1.Introdução 3.Fontes de Energia e Tecnologias para 4...
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1. Introdução
2. Marco regulatório na geração de pequenoporte e na eficiência energética
3. Fontes de Energia e Tecnologias para geração de energia elétrica
4. Eficiência Energética e Elétrica
5. Resultados de casos analisados
6. Análise em extrusora
7. Conclusões
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1. Introdução
PLANEJAMENTO ENERGÉTICO:
É a determinação do melhor cronograma de implantações dos possíveis
projetos energéticos, visando atender as necessidades da população. Como
indicação do que seria a melhor solução, são sempre considerados,
tradicionalmente, os aspectos técnicos, econômicos, ambientais, sociais e
políticos.
Existem sistemas interligados e sistemas isolados, como também há sistemascentralizados e sistemas distribuídos de geração de energia elétrica.
Geração Distribuída (GD) é a produção de energia elétrica realizada junto oupróxima do(s) consumidor(es), independente da potência, tecnologia efonte de energia.
No Brasil, GD é a geração de energia elétrica não despachada pelo ONS erealizada pelo consumidor ou empresa independente, paraatendimento direto de consumidores.” (ONS – ANEEL)
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PLANEJAMENTO ENERGÉTICO:
Produtor Independente de Energia Elétrica (PIE): pessoa jurídica ou empresas em
consórcio, que recebem concessão ou autorização para produzir energia elétrica
destinada ao comércio de toda ou parte da energia produzida por sua conta e
risco.
Autoprodutor de Energia Elétrica (AEE): pessoa jurídica ou empresas reunidas em
consórcio que recebam concessão ou autorização para produzir energia elétrica
destinada ao seu próprio uso.
Cogerador de Energia Elétrica: Gera Vapor de Processo e Energia Elétrica para
uso próprio ou comercialização com gerador dedicado.
Os concessionários de serviço público de eletricidade ficam autorizados a adquirir
energia excedente de autoprodutores gerada com a utilização de fontes
energéticas que não empreguem combustível derivado de petróleo.
O PIE e o Autoprodutor terão assegurados o livre acesso aos sistemas de
distribuição e transmissão de concessionárias e permissionários, mediante o
ressarcimento do custo do transporte envolvido.
1. Introdução
6
Resolução Normativa no 482, de 17/04/2012:
Estabelece as condições gerais para o acesso de microgeração e minigeração distribuídaaos sistemas de distribuição de energia elétrica. Ela visa a reduzir as barreirasregulatórias existentes para conexão de geração de pequeno porte disponível na rede dedistribuição, a partir de fontes de energia incentivadas, bem como introduzir o sistema decompensação de energia elétrica (net metering), além de estabelecer adequaçõesnecessárias nos Procedimentos de Distribuição – PRODIST. As normas se aplicam amicrogeradores (até 100 KW) e minigeradores (de 100KW a 1MW) que usam fontesrenováveis solar, eólica, hídrica ou de biomassa.
Resolução Normativa no 481, de 17/04/2012:
Pela qual ficou estipulado, para a fonte solar com potencia injetada nos sistemas detransmissão ou distribuição menor ou igual a 30 MW, o desconto de 80% (oitenta porcento) para os empreendimentos que entrarem em operação comercial até 31/12/ 2017,aplicável nos 10 (dez) primeiros anos de operação da usina, nas tarifas de uso dossistemas elétricos de transmissão e de distribuição – TUST e TUSD, sendo esse descontoreduzido para 50% (cinquenta por cento) após o décimo ano de operação da usina.
2. Marco regulatório no Brasil (legislação)
Fonte: ANEEL (2015) - http://www.aneel.gov.br
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Nota Técnica da CCEE para a ANEEL e EPE em 29/07/2015:
A Câmara de Comercialização de Energia Elétrica – CCEE desenvolveu umaproposta inicial para comercialização da energia excedente da micro eminigeração no Ambiente de Contratação Livre – ACL. A ideia é criar umacapacidade de monetização que estimule o desenvolvimento do segmento.
Eficiência Energética: Lei 10.295/Out2001 - Dispõe sobre a Política Nacional deConservação e Uso Racional de Energia
Portaria Interministerial 553#08-12-2005/MME/MCT/MDIC – Rendimentos Mínimos deMotores Elétricos.
PROCEL: Portaria interministerial nº 1.877, de 30 de dezembro de 1985, institui oPrograma Nacional de Conservação de Energia Elétrica.
PROCEL INDÚSTRIA: Programa Nacional de Eficiência Energética Industrial – instituídoem 2002 pela ELETROBRAS/PROCEL, atua em parceria com as entidades querepresentam o setor industrial brasileiro, com as micro e pequenas empresas do Estadodo Rio de Janeiro e com instituições de ensino superior do país.
2. Marco regulatório no Brasil (legislação)
Fonte: ANEEL (2015) - http://www.aneel.gov.br
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PROCEL e PROCEL Indústria, continuação...: Principal foco de atuação do
Programa, voltado ao segmento industrial, são os sistemas motrizes, pelo fato de
que a indústria consome cerca de 40% da energia elétrica produzida no país e
perto de dois terços desta energia é utilizada somente pelos sistemas motrizes.
O elevado consumo apresentado por estes sistemas torna a força motriz o
principal alvo de atuação dos programas de eficiência energética voltados para o
segmento industrial.
O uso eficiente de energia propicia redução do seu consumo e que proporciona
mais competitividade e produtividade, além de maior disponibilidade de energia
e redução de impactos ambientais.
A indústria de alimentos e bebidas é subdividida em segmentos de alimentos e
de bebidas. No segmento de alimentos, há a cadeia de “Fabricação de rações
balanceadas e de alimentos preparados para animais”
2. Marco regulatório no Brasil (legislação)
Fonte: ANEEL (2015) - http://www.aneel.gov.br
9Fonte: MME/ANEEL/EPE-2015
3. Fontes de Energia e Tecnologias para geração de energia elétrica
FONTES NÃO RENOVÁVEIS de ENERGIA :
A taxa de utilização do recurso é maior
que a taxa de renovação do mesmo,
levando-o a um possível esgotamento.
FONTES RENOVÁVEIS de ENERGIA:
A taxa de utilização do recurso é
menor que a taxa de renovação do
mesmo, tornando-o disponível ao
longo do tempo.
10Fonte: MME/ANEEL/EPE-2015
FONTE RENOVÁVEL ou
NÃO RENOVÁVEL
TECNOLOGIAS para GERAÇÃO de ENERGIA ÉLÉTRICA
HIDRÁULICA
Turbinas hidráulicas (Pelton, Francis, Kaplan, Hélice, Turgo, Bulbo,
etc) com vazão constante adequadas para MINI, MICRO,
PEQUENA, MÉDIA E GRANDE USINA
EÓLICAAerogeradores de eixo horizontal (grande, médio e pequeno porte)
e Aerogeradores de eixo vertical (pequeno porte)
SOLARPainéis fotovoltaicos com células de diferentes materiais e CSP
(Concentrate Solar Power)
BIOMASSACombustão direta (Caldeiras), Pirólise e Gaseificação e
Biodigestão de resíduos de animais
ÓLEO COMBUSTÍVEL,
DIESEL, GÁS
NATURAL e CARVÃO
Processos Termodinâmicos com uso de Turbinas a Vapor, Grupo
Motor-Gerador, etc
3. Fontes de Energia e Tecnologias para geração de energia elétrica
11
Fonte: BRACIANI-2011 com 1US$ = R$ 1,85
Custo em
US$/kW
Instalado
1,431.35
1,160.54
2,331.35
Fonte Renovável Custo de Investimento - US$/kW
Hidráulica 1,000.00 a 2,000.00 (UHE)
Eólica 2,000.00 a 3,000.00 (Grande Porte)
Solar Fotovoltaica 4.0 a 8.0/Wp (Pequeno e Médio porte)
Custos de Investimento – Fontes da Matriz Elétrica
3. Fontes de Energia e Tecnologias para geração de energia elétrica
12Fonte: EPE-NT-CME-2015
Considerando-se que os projetos de geração eólica se
tornam economicamente viáveis com ventos cuja
velocidade média seja 5,5 m/s , tem-se:
Velocidade Média do Vento Custo de Geração
Vv ( m/s ) US$ / MWh
5,5 Vv 7,0 90
7,0 Vv 8,0 65
Vv 8,0 45
Custo de Geração de Energia – Fontes da Matriz Elétrica
O Custo Marginal de Expansão – CME do sistema elétrico está hoje em CME = 154 R$/MWh
O CME para 2019 é R$ 113,00/MWh (Plano Decenal de Expansão de Energia 2019-EPE/MME
3. Fontes de Energia e Tecnologias para geração de energia elétrica
13
Custo de Instalação de sistemas fotovoltaicos por faixa de potência (EUA, 2010)
3. Fontes de Energia e Tecnologias para geração de energia elétrica
14
Custo de Investimento em Sistemas Fotovoltaicos no Brasil (R$ / Wp)
Fonte: ZILLES (2014)
BAPV (Building Applied Photovoltaic systems)
BIPV (Building Integrated Photovoltaic systems)
3. Fontes de Energia e Tecnologias para geração de energia elétrica
15
Custo de Investimento em Sistemas Fotovoltaicos no Brasil (R$ / kWp)
Fonte: ZILLES (2014)
3. Fontes de Energia e Tecnologias para geração de energia elétrica
16 Fonte: ANEEL (2015) - http://www.aneel.gov.br/area.cfm?idArea=550
Relatórios do Sistema de Apoio à Decisão
3. Fontes de Energia e Tecnologias para geração de energia elétrica
Ano 2015 Mês (Janeiro a Agosto)
Tarifa Média de Fornecimento(R$/MWh) Regiões
Classe de Consumo BrasilCentro
OesteNordeste Norte Sudeste Sul
Comercial, Serviços e Outras R$ 385,22 R$ 386,09 R$ 357,40 R$ 391,27 R$ 392,24 R$ 386,55
Consumo Próprio R$ 391,03 R$ 409,69 R$ 370,64 R$ 364,02 R$ 407,87 R$ 376,49
Iluminação Pública R$ 233,91 R$ 239,26 R$ 218,51 R$ 238,95 R$ 241,54 R$ 229,75
Industrial R$ 344,42 R$ 308,02 R$ 296,93 R$ 300,15 R$ 370,59 R$ 344,38
Poder Público R$ 394,12 R$ 389,56 R$ 369,69 R$ 392,57 R$ 404,26 R$ 408,68
Residencial R$ 398,39 R$ 407,42 R$ 350,72 R$ 386,70 R$ 414,87 R$ 405,85
Rural R$ 278,91 R$ 308,13 R$ 276,21 R$ 305,44 R$ 288,10 R$ 257,15
Rural Aquicultor R$ 200,09 R$ 340,70 R$ 197,05 R$ 312,97 R$ 309,77 R$ 218,57
Rural Irrigante R$ 227,23 R$ 296,17 R$ 178,37 R$ 276,52 R$ 295,24 R$ 206,33
Serviço Público (água, esgoto e
saneamento)R$ 298,66 R$ 298,27 R$ 258,30 R$ 284,17 R$ 321,71 R$ 303,52
Serviço Público (tração elétrica) R$ 317,76 R$ 355,04 R$ 266,45 R$ 0,00 R$ 315,06 R$ 374,63
Total por Região R$ 366,49 R$ 365,23 R$ 325,58 R$ 360,52 R$ 385,78 R$ 359,91
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No Brasil, existe mercado promissor para a inserção de geração de
energia elétrica por meio de sistemas de geração de pequeno porte (até
1MW)
Marco regulatório já está definido pela ANEEL e as empresas concessionárias
de distribuição de energia elétrica tem suas próprias normas para regular
a conexão de microgeração de energia elétrica em sua rede de distribuição
Pesquisas na linha de Geração Distribuída e Smart Grid são necessárias
para adequar normas de conexão, de qualidade e de confiabilidade para
o fornecimento de energia elétrica por meio de microgeração.
Considerações
3. Fontes de Energia e Tecnologias para geração de energia elétrica
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4. Eficiência Energética e Elétrica
Referência para ações de eficiência energética no Brasil : Guia de M&V (ANEEL,
2014); elaborado para atender o programa de eficiência energética do mercado
regulado (ACR) da ANEEL.
Este documento não é impositivo, mas sim um Manual de Orientação e de Boas Práticas:
foi baseado no PIMVP - Protocolo Internacional de Medição e Verificação de Performance
(Efficiency Valuation Organization - EVO,2012).
Estabelece um conjunto de metodologias de M&V por uso final para cada uso
final/tipologia: Iluminação, Refrigeração, Aquecimento solar, Adequação das Instalações,
Climatização, Força Motriz, Acionamento de Motores, Ar Comprimido, Cogeração a partir
de Resíduos e Cogeração a partir de Combustíveis Adquiridos.
Para cada situação específica, deve ser elaborado um Plano de M&V para direcionar as
ações e para garantir que todos os dados necessários para a determinação da economia
estarão disponíveis após a implementação das Ações de Eficiência Energética, dentro de
um orçamento aceitável.
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4. Eficiência Energética e Elétrica
A norma DIN EM ISO 50.001-Energy Management Systems é a ferramenta para implantar
o sistema de gestão que auxiliará na redução do consumo energético total da indústria.
Esta ferramenta auxilia todos os setores das empresas a usarem a energia de maneira
mais eficiente.
O elo entre aspectos energéticos e dados do monitoramento do processo permite a
detecção sistemática dos chamados energetic hot spots, isto é pontos do processo que
mais consomem energia, seja elétrica ou outra forma.
Deve ser elaborado um diagnóstico e, a partir deste, definir a linha de base e de
determinação da economia.
Estrutura básica do método do diagnóstico energético (Adaptado de Marques et al, 2006).
IDENTIFICAR QUANTIFICAR MODIFICAR ACOMPANHAR
V M
20
4. Eficiência Energética e Elétrica
Início do diagnóstico é pela Análise das Contas de Energia Elétrica:
A análise da série histórica deve ser feita com base em dados de pelo menos 24meses de consumo. Se não houver dados, solicite-os à Concessionária local.
Esta análise possibilita a observação do padrão de uso desta energia e dos ganhosresultantes das ações da implementação das medidas de eficiência energética.
Desta análise, podem-se obter reduções de custo significativas com alterações nocontrato de fornecimento de energia elétrica firmado com a concessionária.
ELIMINAÇÃO DE DESPERDÍCIOS: Na grande maioria dos casos esta etapa requer
investimento mínimo ou mesmo nenhum e os resultados são obtidos através da
conscientização dos usuários, mudança de hábitos e adequação de tarefas.
INTRODUÇÃO DE TECNOLOGIAS QUE AUMENTEM A EFICIÊNCIA DO USO DA
ENERGIA: Nesta etapa, devem ser feitos estudos técnicos e econômicos, pois são exigidos
investimentos, tanto na substituição de equipamentos e processos por outros de maior
rendimento ou eficiência, como na implementação de dispositivos de controle e operação.
21 Fonte: Confederação Nacional da Indústria-CNI (2010)
http://arquivos.portaldaindustria.com.br/app/conteudo_24/2012/09/05/220/20121126132514523849i.pdf
4. Eficiência Energética e Elétrica
1TEP equivale a 11,63 x 10³ kWh
22
Fonte: BEU - Balaço de Energia Útil (MME, 2005)
4. Eficiência Energética e Elétrica
Principais indicadores utilizados são Consumo
Específico ou Eficiência Energética (EE),
Custo Específico ou Unitário (CE) e
Intensidade Energética (IE) :
EE =Quant. EnergiaQuant. Produto
(tep ou MJ ou kWh/t)
CE =Quant. RecursoQuant. Produto
(US$/t)
IE =Quant. Energia
Valor Adicionado(tep ou MJ ou kWh/US$)
23Fonte: BEU - Balaço de Energia Útil (MME, 2005)
4. Eficiência Energética e Elétrica
A tabela mostra a produção, os consumo específicos, médio e mínimo, tanto de energia
térmica como de elétrica, e a distribuição do consumo energético por usos finais, dada
pelos coeficientes de distribuição de energia da cadeia de Rações e Alimentos para Animais
24
4. Eficiência Energética e Elétrica
Principais partes do processo que consomem energia elétrica na indústria
de rações balanceadas e de alimentos preparados para animais
PELLETING (Peletização)
60%MILLING (Moagem)
16%
CONVEYING (Expedição/Transporte)
14%
RECEIVING (Recepção)
7%
MIXING (Mistura)
2%
DELIVERY (Distribuição)
1%
Divisão do Consumo de Energia Elétrica no Processo
Fonte: AllAboutFeed (Vol 22, n. 6, 2014)
25
4. Eficiência Energética e Elétrica
Fonte: AllAboutFeed (Vol 22, n. 6, 2014)
ENERGIA
ELÉTRICA
REFRIGERAÇÃO
Resfriamento e congelamento: normalmente por compressão mecânica.
Resfriamento (sem refrigeração direta): convecção forçada do ar ou da água.
Armazenamento com refrigeração e/ou congelamento.
FORÇA MOTRIZ
Extrusão: pressurização mecânica do produto por meio de bocais.
Moagem: trituração ou pulverização.
Mistura
Separação: pré-concentração de líquidos, usando filtração mecânica,
centrifugação, peneiramento, ultra-filtração ou membranas.
ILUMINAÇÃO Instalações: industriais (internas e externas) e administrativas.
26Fonte: Guia M&V (ANEEL, 2014) e site INDÚSTRIA WEG (2015)
4. Eficiência Energética e Elétrica
Alguns dos principais caminhos para a redução do consumo de energia na força motriz:
1. A modernização de sistemas industriais (injetoras e extrusoras de plástico ou outro material,
sistemas de bombeamento, ventilação e refrigeração, filtros de manga, torres de resfriamento, silos
etc.) permite até 60% de redução de consumo e são ações de rápida implementação. Uma solução
são os controladores de velocidade (bombas, ventiladores, compressores com regimes de operação
bastante variáveis).
2. A substituição de motores antigos por novos, com tecnologia de alta eficiência, diminui as perdas
de energia elétrica. Apesar de tratar-se de uma ação simples, é importante que a empresa tenha uma
política de continuamente avaliar os motores antigos, principalmente no momento em que há a
necessidade de manutenção.
3. O motor em operação, quando dimensionado adequadamente, evita desperdício de energia
elétrica. Certifique-se de que os equipamentos que operam por um maior número de horas na sua
indústria estejam corretamente dimensionados.
27Fonte: Site INDÚSTRIA WEG (2015)
4. Eficiência Energética e Elétrica
INVESTIMENTO NO
MOTOR NOVO MAIS
EFICIENTE
+
ECONOMIA DE ENERGIA
×CUSTO DO REPARO
+
CUSTOS INDIRETOS
+
DESPERDÍCIO DE ENERGIA
A Substituição Gradual é mais fácil de aplicar por mover menos motores ao mesmo tempo, mas
necessita de uma regra, uma política.
Se o parque instalado é antigo e há histórico de queimas frequentes, a opção pela substituição em
lugar do reparo é fácil. Mas uma análise mais completa recomenda a comparação:
Normalmente a comparação para esta decisão é tão somente o Custo do Motor Novo × Custo do
Reparo.
Isto deixa de fora o fator mais oneroso na operação de um motor elétrico que é o seu consumo de
energia, onde se localizam os maiores desperdícios. Mas também há custos completamente
negligenciados, os Custos Indiretos; estes são os custos dos processos internos como emissão de
notas fiscais para recuperação externa e seu tratamento posterior, os custos de levantamento de
orçamentos para definição dos reparos e os trâmites internos de aprovação
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5. Resultados de casos analisados
Instalações industriais participantes do estudo
* A empresa apresenta produtos com unidades de medida distintas Fonte: PERILLO & ROSSI (CBPE 2012)
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5. Resultados de casos analisados
• Aplicação do Guia Nacional de M&V
• Para a realização das medições em campo, foi utilizada uma adaptação da metodologia demedição e verificação (M&V)
Fonte: PERILLO & ROSSI (CBPE 2012)
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5. Resultados de casos analisados
CRITÉRIOS DE ANÁLISE DO CARREGAMENTO DO MOTOR ELÉTRICO
Potência de Saída ou Corrente de trabalho (Verificar as condições
de operação – uso normal ou subutilização da capacidade do
equipamento):
≤ 50 % Motor Superdimensionado.
> 50 % e ≤ 75 % Analisar a Viabilidade Econômica da Substituição
> 75 % ≤ 100 % Bem Dimensionado;
> 100 % Motor Sub Dimensionado. http://www.kronweb.com.br
Fonte: FIESP - 2012
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5. Resultados de casos analisados
EXEMPLO DE SOBREDIMENSIONAMENTO
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
CO
RR
EN
TE (
A)
HORÁRIO
Carregamento de Motor EBERLE 100cv /380V
Exaustor de Central de Areia
Motor de 100cv: Inominal = 138,9 A
Imáx = 80 A Motor de 60cv: Inominal = 81,3 A
Sobredimensionamento = ( 100cv - 60cv) / 60cv = 66,6%
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5. Resultados de casos analisados
EXEMPLO DE SOBREDIMENSIONAMENTO
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
PO
TÊN
CIA
(K
W)
HORÁRIO
Pmáx = 80 kW = 110 cv
Carregamento de Motor EBERLE 250cv-4p-380V - Misturador da Central de Areia
Sobredimensionamento = ( 250cv - 125cv) / 125cv = 100,0%
Fonte: FIESP - 2012
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5. Resultados de casos analisados
EXEMPLO DE SUBSTITUIÇÃO DE MOTOR
FONTE: http://www.weg.net/br/Media-Center/Central-de-Downloads/
Aplicação: Substituição de motor de corrente contínua
por motor de ímãs permanentes - Wmagnet Drive System
(W22) em EXTRUSORA DE PLÁSTICO
Princípio de funcionamento:
Modulação da rotação do motor
através de inversor de frequência
o motor de ímãs, devido às menores
perdas, não necessita de ventilação
forçada.
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5. Resultados de casos analisados
Eficiência Energética para Aeração de Silos de Armazenagem de Grãos
FONTE: http://www.weg.net/br/Media-Center/Central-de-Downloads/
Nome: Cooperativa
COCARI com ramo de
atividade no Agronegócio.
Cidade: Borrazópolis - PR
METODOLOGIA
A solução consistiu na aplicação do Motor W22 Premium ou WMagnet acionado por Inversor de freqüência
interligado ao controlador de Aeração EF-ENERGY, não sendo necessária a substituição do sistema de
termometria (sensores e cabos) usualmente já presentes nos silos.
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5. Resultados de casos analisados
Eficiência Energética para Aeração de Silos de Armazenagem de Grãos
FONTE: http://www.weg.net/br/Media-Center/Central-de-Downloads/
METODOLOGIA
O Controlador de Aeração permite a seleção do tipo de produto (grão) no silo, identifica
sua temperatura e nível e envia sinal ao Inversor para controle da vazão no conjunto
Motor/Ventilador. Fornecer exatamente a ventilação que o produto precisa é a razão da
grande economia obtida. O controlador ainda analisa a temperatura e umidade do
ambiente na definição desta ventilação.
APLICAÇÃO DA SOLUÇÃO
O abastecimento dos Silos nº 01 e nº 02 foi com o milho. A solução de eficiência
energética foi aplicada apenas no Silo nº 02, mantendo a igualdade de nível, tempo de
aeração, potência dos motores, especificação dos ventiladores, enfim, todas as
características em geral, possibilitando assim, um comparativo real dos ganhos entre os
dois silos.
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5. Resultados de casos analisados
Eficiência Energética para Aeração de Silos de Armazenagem de Grãos
FONTE: http://www.weg.net/br/Media-Center/Central-de-Downloads/
CONCLUSÃO
A solução proporcionou ao Silo Nº 02 redução de 90% no consumo de energia
elétrica, obtendo assim, um retorno em 03 Meses do investimento aplicado.
Além de ganhos como :
Redução da demanda de energia;
Aumento da qualidade do produto ;
Controle preciso de temperatura, umidade dos grãos e nível no silo;
Automatização do sistema .
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5. Resultados de casos analisados
1) Identificar as possíveis causas do desperdício.
2) Quantificar o desperdício.
3) Analisar a viabilidade técnica/econômica de redução do desperdício.
4) Modificar a situação e reduzir o desperdício.
5) Acompanhar os resultados obtidos.
6) Fixar metas de redução de consumo de energia ou de aumento de produtividade.
Fonte: WEG - 2015
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6. Análise em extrusora
Motor Eberle, modelo S 280s/m4, 150cv, 60 Hz, 1770 rpm, 380 V, 202 A
Regime tarifário contratado, com transformador exclusivo para a fabrica.
Dia 8: ração para cães base de milho e farinhas de origem animal 1500
kg/h, inclusão de 250 litros água/ton no cilindro
Média dia =
43,5%
Índice de Carregamento (%)
30
32
34
36
38
40
42
44
46
48
50
9:00 10:00 11:00 12:00 13:00 14:00 15:00 16:00 17:00
08/03/2006
Ind
ice
de
Ca
rre
ga
me
nto
(%)
Base Potência Aparente Base Potência Ativa
Média dia =
39,1%Antônio Carlos de Oliveira Ferraz
Marcos Fraiha
João Domingos Biagi
Luiz Antonio Rossi
Média dia =
89,25 (A)
Corrente (A)
75.00
80.00
85.00
90.00
95.00
100.00
105.00
9:00 10:00 11:00 12:00 13:00 14:00 15:00 16:00 17:00
08/03/2006
Co
rre
nte
(A
)Legislação ANNEL = 0,92
Nominal Motor = 0,87
Média = 0,74
0.60
0.65
0.70
0.75
0.80
0.85
0.90
0.95
9:00 10:00 11:00 12:00 13:00 14:00 15:00 16:00 17:00
08/03/2006
Fato
r d
e P
otê
ncia
ANEEL = 0,92
Nominal Motor = 0,87
Médio medido = 0,74
Potência
HP (cv)
IEC 60 Hz 220/380V 4 75.00 7.2 1775 rpm 176/102 A IPW55
Proteção
250S/M
Corrente
nominal100%
94.4
100%
0.87
Rotação
nominal
Rendimento (%) Fator de Potência
W22 IR2
http://www.weg.net
Norma FrequênciaTensão
nominalPolos Carcaça Ip / In
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6. Análise em extrusora
Antônio Carlos de Oliveira Ferraz
Marcos Fraiha
João Domingos Biagi
Luiz Antonio Rossi
Média dia =
43,3%
Índice de Carregamento (% )
30
32
34
36
38
40
42
44
46
48
50
9:00 10:00
09/03/2006
Ind
ice
de
Ca
rre
ga
me
nto
(%)
Base Potência Aparente Base Potência Ativa
Média dia =
40,7% Média dia =
93,31 (A)
Corrente (A)
75.0077.0079.0081.0083.0085.0087.0089.0091.0093.0095.0097.0099.00
101.00103.00105.00
9:00 10:00 11:00
09/03/2006
Co
rre
nte
(A
)EXTRUSORAS
Motor Eberle, modelo S 280s/m4, 150cv, 60 Hz, 1770 rpm, 380 V, 202 A
Regime tarifário contratado, com transformador exclusivo para a fabrica.
Dia 9: ração para cães, 1500 kg/h inclusão 250 l/ton no cilindro
PELETIZADORAS
40
7. CONCLUSÕES
Só se pode controlar o que se pode medir.
Praticamente, o Custo Operacional (custo da conta do consumo energético) de um motor
elétrico em um mês, aproximadamente, torna-se igual ao custo de aquisição do mesmo.
Características do equipamento e produto devem ser consideradas.
Em especial, a peletização absorve a maior parte do consumo de energia na fabrica.
O uso eficiente e inteligente da energia é importante para manter a lucratividade e
sustentabilidade da empresa.
A eficiência na economia de energia não será alcançada satisfatoriamente simplesmente
ajustando a Demanda de Energia em alguns locais.
Economia de energia exige um processo exaustivamente pensado que leva em
consideração todos os parâmetros importantes do processo e suas interações.
A norma ISO 50.001 oferece um bom sistema de gerenciamento de energia.