1Introdução

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1 INTRODUÇÃO Há algum tempo diversas questões ambientais vem sendo discutidas, o que permite identificar um interessa cada vez maior, da população em geral, bem como é notável a intensificação do interesse de pesquisadores, ambientalistas, órgãos do setor governamental , ONG’s, bem como do público consumidor. Faz um tempo que questões ambientais vem sendo discutidas e cada vez mais as pessoas estão interessadas nisto, pessoas comum e não apenas pesquisadores da área, ambientalistas e órgãos governamentais e não governamentais, agora os consumidores também estão preocupados. Sendo assim, para uma empresa que deseja manter-se ou entrar de maneira competitiva no mercado financeiro internacional ao longo dos próximos anos, é fundamental que possuam caráter sustentável. Então para uma empresa se manter competitiva no mercado durante os próximos anos, principalmente aquelas que tenham interesse em entrar ou manter-se em mercados internacionais, tem por obrigação, ser uma empresa sustentável. Despontando como uma ótima ferramenta de gestão ambiental está a ACV (análise do ciclo de vida), metodologia esta que utiliza dados de entrada e saída em termos de matéria e energia, bem como mantém o controle sobre os potenciais impactos ambientais relacionados ao produto ou processo idealizado; possibilitando assim a obtenção de importantes resultados sobre o desempenho ambiental de forma geral. Umas das formas de gestão ambiental está a utilização da ACV

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1 INTRODUÇÃO

Há algum tempo diversas questões ambientais vem sendo discutidas, o que permite

identificar um interessa cada vez maior, da população em geral, bem como é notável a

intensificação do interesse de pesquisadores, ambientalistas, órgãos do setor governamental ,

ONG’s, bem como do público consumidor. Faz um tempo que questões ambientais vem

sendo discutidas e cada vez mais as pessoas estão interessadas nisto, pessoas comum e não

apenas pesquisadores da área, ambientalistas e órgãos governamentais e não governamentais,

agora os consumidores também estão preocupados. Sendo assim, para uma empresa que

deseja manter-se ou entrar de maneira competitiva no mercado financeiro internacional ao

longo dos próximos anos, é fundamental que possuam caráter sustentável. Então para uma

empresa se manter competitiva no mercado durante os próximos anos, principalmente aquelas

que tenham interesse em entrar ou manter-se em mercados internacionais, tem por obrigação,

ser uma empresa sustentável.

Despontando como uma ótima ferramenta de gestão ambiental está a ACV (análise

do ciclo de vida), metodologia esta que utiliza dados de entrada e saída em termos de matéria

e energia, bem como mantém o controle sobre os potenciais impactos ambientais relacionados

ao produto ou processo idealizado; possibilitando assim a obtenção de importantes resultados

sobre o desempenho ambiental de forma geral. Umas das formas de gestão ambiental está a

utilização da ACV (análise do ciclo de vida), uma metodologia que utiliza os dados de

entradas e das saídas de matérias e de energia e também dos potenciais impactos ambientais,

referentes ao produto ou processo a ser estudado. Produzindo importantes resultados sobre a

performance ambiental do produto ou processo estudado.

Umas das grandes vantagens do ACV é conhecer “a si mesmo”, no caso conhecer

profundamente o que se faz e o que isso gera. Assim, além de ser uma ferramenta de grande

importância ambiental, ela também pode produzir importantes dados econômicos, permitindo

simular os resultados gerados por mudanças de matéria-prima, fornecedores, método de

produção, distribuição, etc.

Neste trabalho será realizado um ICV (análise do inventário do ciclo de vida), não

realizando portanto a AICV (análise de impacto do ciclo de vida).

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Uma interessante frase proferida por Gilbert Keith Chesterton nos permite introduzir

a problemática de maneira impactante:

“Não é que eles não conseguem ver a solução; eles não conseguem é ver o problema.”

Uma frase impactante de começo, pra chamar a atenção.

– Gilbert Keith Chesterton.

De certo modo, uma ACV é uma ferramenta de autoconhecimento. De certa maneira,

uma ACV é uma maneira de se conhecer

A análise de inventário de ciclo de vida (ICV) é apenas uma das partes constituintes

da análise de ciclo de vida (ACV).

A análise do ciclo de vida surgiu

Problema: A indústria de cimento é uma das mais poluidoras do mundo.

Partindo desse pressuposto, podemos formular algumas perguntas bastante pertinentes e

pontuais:

- Quais os pontos de sua produção que se mostram mais favoráveis a mudança,

através de uma análise de ciclo de vida?

- Através de um análise do inventário do ciclo de vida, quais os fatores da produção

do cimento, que se demonstram mais convenientes, favoráveis e vantajosos à mudança?

- A análise do inventário do ciclo de vida da produção do cimento possibilita uma

mudança em seus aspectos ambientais?

Problema: A indústria de cimento é uma das mais poluidoras do mundo, quais os

pontos de sua produção que se mostram mais favoráveis a mudança, através de uma análise de

ciclo de vida?

Através de um análise do inventário do ciclo de vida, quais os fatores da produção do

cimento, que demonstram-se mais convenientes, vantajoso, proveitosas, apropriadas,

oportunas, promissor, possibilidades de mais favoráveis e mais significativos a mudança?

Através de um análise do inventário do ciclo de vida, quais os fatores da produção do

cimento, que demonstram-se mais convenientes a mudança?

A análise do inventário do ciclo de vida da produção do cimento, possibilita uma

mudança em seus aspectos ambientais?

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Este trabalho propõe-se a responder o seguinte problema de pesquisa: Quais ações,

aspectos ou etapas da produção de cimento mais impactam o desempenho ambiental?

1.1 OBJETIVOS

1.1.1 Objetivo Geral

Identificar, através do ICV, ações, aspectos ou etapas da produção de cimento mais

impactantes no seu desempenho ambiental.

Realizar um ICV (análise do inventário do ciclo de vida) do cimento, a fim de

levantar dados, mostrando o real desempenho da fabricação de cimento, desde a extração de

suas matérias primas, sua manufatura até seu descarte final.

Através dos dados obtidos do ICV, propor possíveis mudanças no processo de

fabricação do cimento.

1.1.2 Objetivos Específicos

Elaborar um ICV voltado a produção do cimento;

Identificar os principais pontos possíveis de melhoria;

Propor mudanças afim de melhorar seu desempenho ambiental.

1.2 JUSTIFICATIVA

As questões ambientais estão cada vez mais em foco e adquirindo cada vez mais

adeptos. Hoje em dia, “meio ambiente” é um tema comum e que faz parte do cotidiano de

uma parcela considerável da população, através de pessoas que se preocupam em consumir

produtos sustentáveis, da imprensa, do vocabulário político, assim como em ONGs, empresas

e nos discursos de líderes sindicais e administradores (BARBIERI, 2011).

As questões ambientais estão cada vez mais em foco e adquirindo cada vez mais

adeptos, pessoas que se preocupam em consumirem produtos sustentáveis. Hoje em dia meio

ambiente é um tema comum, que já faz parte de uma quantia considerável da população, a

imprensa discute, faz parte do vocabulário de políticos, assim como em ONGs, empresas e

nos discursos de líderes sindicais e administradores (BARBIERI, 2011).

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Com o tempo, os problemas (ou ao menos a forma com que nós os percebemos) vão

se alterando. E neste sentido, as questões ambientais mudaram consideravelmente. Sendo

assim, empresas que não possuem um diferencial correm sérios riscos ao parar no tempo. Ser

capaz de realizar o básico já não é suficiente. Mesmo assim, é de grande importância que haja

incentivo e cobrança por parte do governo. “Espera-se que as empresas deixem de ser

problemas e façam parte das soluções. A experiência mostra que essa atitude dificilmente

surge de maneira espontânea.” (BARBIERI, 2011, p. 103).

Com o tempo, os problemas vão mudando, ou ao menos a forma que nós os

percebemos e que lidamos com eles. E neste sentido, as questões ambientais mudaram

consideravelmente, por isso empresas que hoje fazem apenas o básico, o que antes podia ser

um diferencial, já não é mais visto desta forma, é algo necessário. Mesmo assim é de grande

importância um papel forte do governo, pois é preciso incentivo e cobrança por parte do

governo. “Espera-se que as empresas deixem de ser problemas e façam parte das soluções. A

experiência mostra que essa atitude dificilmente surge de maneira espontânea.” (BARBIERI,

2011, p. 103).

Apesar de atualmente a cobrança nas empresas por produtos e atitudes sustentáveis

ser muito maior que antes (o que pode nivelar as empresas neste quesito), ainda é possível

criar um diferencial, como por exemplo: antecipando ações, permitindo à empresa estar de

acordo com novos padrões ambientais antes das suas concorrentes; tentando reduzir o uso de

matéria-prima a fim de obter custos menores de produção e de controle de poluição (podendo

a economia no setor de produção compensar o custo do investimento em novos produtos, ou

tecnologias). Ambas as alternativas significam menores preços de produção e maior valor

agregado (produto ambientalmente responsável), resultando em uma maior competitividade

de mercado. “Se a redução dos custos de produção gera um diferencial competitivo, as

práticas de prevenção da poluição passa a adquirir uma dimensão estratégica para a empresa.”

(BARBIERI, 2011, p. 117).

Apesar de atualmente a cobrança nas empresas por produtos e atitudes sustentáveis

serem muito maiores que antes (o que pode nivelar as empresas neste quesito), ainda pode-se

criar um diferencial, em alguns casos pode-se criar um diferencial me maneira relativamente

fácil. Por exemplo elas podem estarem antecipando ações, que iram permitir a empresa estar

de acordo com novos padrões ambientais, antes das suas concorrentes, elas também pode

tentar diminuir o uso de matérias-primas, levando a custos menores de produção e de controle

de poluição (podendo a economia de no setor de produção compensar o custo do investimento

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em novos produtos, ou tecnologias), significando menores preços de produção e maior valor

agregado (produto ambientalmente responsável), resultando em uma maior competitividade

de mercado. “Se a redução dos custos de produção gera um diferencial competitivo, as

práticas de prevenção da poluição passa a adquirir uma dimensão estratégica para a empresa.”

(BARBIERI, 2011, p. 117).

Um bom ICV colabora na organização, na área ambiental, no planejamento da

produção e no desenvolvimento. Por exemplo, no desenvolvimento e utilização de tecnologias

alternativas, modificação de produtos ou de processos. “Uma ACV é uma ferramenta técnica

que pode auxiliar o gerenciamento e a tomada de decisão na estratégia ambiental da empresa.”

(ACV.IBICT, 2011, p. 2).

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2 SUSTENTABILIDADE

Sustentabilidade é um termo há bastante conhecido, mas que ganhou destaque nas

últimas décadas. O aumento da exigência dos consumidores tem motivado diversos setores a

adotar o “selo” sustentável, indicando que os tempos agora são outros.

Sustentabilidade é um termo cada vez mais comum, mas com a importância que

sempre teve. E com a crescente conscientização da população, o termo sustentabilidade está

cada vez vindo mais a tona. E o desenvolvimento sustentável é algo cada fez mais cobrado

por governos e consumidores, levando a empresas a mudar a sua forma de agir, afim de

estarem dentro dos requisitos do governo e de seus consumidores.

Uma das frases mais conhecidas sobre desenvolvimento sustentável é

“Desenvolvimento sustentável busca atender as necessidades do presente, sem comprometer

que futuras gerações consigam suprir as suas¹” – (UNITED NATIONS, 1987, p. 34 –

tradução nossa). “Sustainable development seeks to meet the needs and aspirations of the

present without compromising the ability to meet those of the future.” (United Nations, 1987)

[nota de rodapé]. Logo quanto menor o impacto ambiental, menor o comprometimento do

ambiente e da capacidades das gerações futuras satisfazerem suas necessidades.

Uma ótima forma de se pensar em sustentabilidade é através do Triple Bottom Line

(ver figura 1.), que é um conceito que diz que sustentabilidade tem três dimensões. Estas

dimensões são: o aspecto ambiental, o social e o econômico, sendo necessária a intersecção

destes três para que aja sustentabilidade, uma vez que nada se sustenta por muito tempo sem

pessoas satisfeitas e se não for economicamente viável ou estiver acabando com o ambiente.

Uma vez que as coisas estão em constante mudança, não é necessário apenas se

manter sustentável, mas é necessário haver um desenvolvimento sustentável constante, para

acompanhar as novas exigências em todos os aspectos da sustentabilidade. Sendo que

desenvolvimento sustentável é basicamente melhorar a qualidade de vida de cada indivíduo,

sem desperdiçar recursos naturais (SETAC; UNEP, 2007).

Felipe, 16/02/14,
CARALEO, quanta redundância. Evite os termos “cada vez mais” ou coisas que indiquem que a população/governo/empresas tem mudado e etc..parece que vc tá só enchendo lingüiça e é beeeeem repetitivo ao longo dos parágrafos.
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Figura 1 – Triple Bottom Line.Fonte: SETAC; UNEP (2007, p. 10).

A gestão ambiental é uma forma da humanidade de se “relacionar” com o meio

ambiente, e serve para evitar ou minimizar a degradação ambiental causada pela geração de

produtos, que são feitos para atender as necessidades humanas (RIBEIRO, 2006).

As principais formas de melhorar o desempenho ambiental são através das seguintes

ações: boas práticas operacionais, mudança na tecnologia ou a substituição de materiais

(BARBIERI, 2011).

Em boa parte das vezes, o impacto ambiental não está relacionado à manufatura do

produto em si, e sim com a extração das matérias-primas e com o uso e/ou destinação final.

Encontra-se aí a importância da análise do ciclo de vida.

Sendo que as vezes, a maior parte do impacto ambiental não está relacionado com a

manufatura em si do produto, mas sim com a extração das matérias-primas, uso e ou

destinação final. Daí a importância da análise do ciclo de vida.

Felipe, 16/02/14,
Tente não escrever como se você estivesse explicando ao vivo. Expressão facial e corporal contam bastante quando você deseja passar uma mensagem, e são recursos que você não possui ao escrever, então tente ser mais formal e objetivo.
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3 ANÁLISE DO CICLO DE VIDA

A análise do ciclo de vida é também conhecida pela expressão do berço ao túmulo

(from cradle to grave), indicando o trajeto desde a fonte de recursos até sua disposição final

no ambiente, ver figura 2. Ou ainda (from cradle to cradle), em alusão aos resíduos que

voltam ao ambiente, podendo voltar a ser matérias-primas.

A avaliação do ciclo de vida é a análise do ciclo físico formado por todos os estágios

de produção e comercialização de um produto ou de algum serviço, desde a compra ou

extração de matérias-primas; produção de energia e/ou seu uso; beneficiamento; questões

relacionadas a embalagem; estocagem; transporte; uso, reuso, manutenção; reciclagem, gestão

de rejeitos, revalorização energética e dos sistemas de fornecimento de energia relevantes

(TIBOR; FELDMAN, 1996; BARBIERI, 2011; ABNT, 2009a; acv.ibict). Na figura 2, pode-

se observar o ciclo básico que os produtos tendem a formar e algumas das principais emissões

causadas pela realização deste ciclo, como substâncias químicas, ocupação de terra, poluição

sonora e a utilização de recursos.

Figura 2 – Exemplo de um ciclo de vida de um produto, da extração até o descarte. Fonte: De Schryver (2010, p. 2).

A busca por melhorias de processos e formas alternativas de energia, aumentou

consideravelmente logo após a primeira crise do petróleo (ocorrida em 1973), embora a maior

parte dos estudos realizados nesta época estavam focados na parte energética, alguns

Felipe, 16/02/14,
Sempre que você puder dizer “e” ou “ou” na mesma frase, coloque os dois separados por uma barra. Sempre. “e/ou”
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chegaram a considerar as emissões (muito impactantes no quesito ambiental). Acredita-se por

convenção, que a análise do ciclo de vida, começou no início da década de 70 na Coca-Cola,

quando contratou o Midwest Research Institute (MRI), com o objetivo de realizar um estudo

comparativo entre diferentes tipos de embalagens de refrigerante, para então selecionar aquela

que apresentava melhores características ambientais (acv.ibict, p. 2). Nos anos que se

seguiram vários estudos foram realizados, mas como não havia uma metodologia elaborada,

os estudos apresentavam resultados confusos quando comparados entre si, então a Society of

Environmental Toxicology and Chemistry (SETAC) iniciou os primeiros projetos de

sistematização e a ISO criou o comitê técnico TC 207 no ano de 1993, que acabou por criar a

série ISO 14000, da qual a ACV faz parte.

Segundo a ISO 14040 (ABNT 14040, 2009a) análise do ciclo de vida pode ter 4

grandes papéis na indústria, que são a identificação dos indicadores relevantes sobre o

desempenho ambiental; a tomada de decisões, pelo planejamento estratégico que a ACV

proporciona; a identificação de oportunidades de melhoria no desempenho ambiental e

também no marketing, uma vez que produtos ambientalmente corretos podem ter um maior

valor agregado.

A análise do ciclo de vida é dividida em 4 etapas, a primeira consiste na definição de

metas e o escopo; a próxima é a análise do inventário do ciclo de vida; a terceira é a análise

do inventário do ciclo de vida; e por último a fase de interpretação. Entretanto algumas vezes,

apenas a interpretação do inventário do ciclo de vida é o suficiente para que os objetivos

sejam cumpridos, não havendo a necessidade de se realizar a análise do inventário do ciclo de

vida, neste caso, o estudo normalmente é denominado de estudo de ICV (ABNT, 2009a).

2.1 GESTÃO DO CICLO DE VIDA

“Ao invés de pensar como fazer uma xícara com o mínimo impacto, pensar em como

beber com o mínimo impacto.” (RIBEIRO, 2006, p. 29).

2.2 DEFINIÇÃO DE METAS E ESCOPO

Nesta etapa definem-se os pontos inicial e final do ciclo de vida do qual deseja-se

fazer a avaliação (chamado de fronteira do sistema), e a que profundidade os dados serão

obtidos e analisados. Estes parâmetros podem variar consideravelmente dependendo do

objetivo do estudo.

Felipe, 16/02/14,
Quando for citar uma empresa ou órgão que não possua tradução, coloque em itálico.
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A ACV normalmente tem um foco ambiental, deixando aspectos sociais e

econômicos normalmente fora do escopo.

A fronteira do sistema delimita quais os processos elementares serão ou não

utilizados, devendo seguir as metas do estudo. A exclusão de estágios ou entradas e saídas só

deve ser feita se não comprometer significativamente nas conclusões do estudo e qualquer

dado que seja omitido, deve ser registrado de maneira clara, explicando os motivos e os

impactos que isso irá provocar (ABNT, 2009b).

A profundidade significa a que nível serão coletados dados, ou serão

desconsiderados os que tiverem uma margem muito pequena de contribuição (critério de

corte), ou se os dados serão analisados na fonte ou serão obtidos através de plataformas de

dados. Enquanto que na fronteira do sistema são os critérios que definem quais os processos

elementares (menor elemento considerado, de entrada ou saída, que serão considerado na

análise do inventário do ciclo de vida) que serão considerados para o sistema do produto

(ABNT, 2009b).

Também nesta fase deve-se definir a unidade funcional e o fluxo de referência. A

unidade funcional é a referência para os dados coletados, podendo ser uma certa quantia de

massa, volume ou unidade. Por exemplo, em um estudo sobre a produção de um certo

polímero, a unidade funcional pode ser 1kg; em um estudo sobre extração e beneficiamento

de madeira ela poderia ser 1m3 e em um estudo sobre sistemas de transportes a unidade

funcional poderia ser 1 passageiro. É importante a clareza na escolha da unidade funcional,

para que diferentes estudos possam ser comparados.Enquanto que fluxo de referência

Muitas vezes a redução da abrangência e da profundidade do ACV tornam-no viável,

pois existem casos onde a medição de todos os dados, ou a total abrangência do ACV deixara-

o muito dispendioso e com os resultados de interesse sendo praticamente os mesmos.

2.3 ANÁLISE DO INVENTÁRIO DO CICLO DE VIDA

É nesta etapa onde são medidas as quantidades de matérias e de energia utilizados ao

longo de todo ciclo de vida do produto ou processo analisado, e com esses dados é produzido

um fluxograma da trajetória do produto.

Como este é um processo iterativo, conforme se adquire mais dados e experiência

com o sistema, algumas vezes torna-se necessário a mudança da coleta de dados, ou até a

revisão das metas e do escopo do trabalho, por causa de novos requisitos ou limitações

encontradas durante a aquisição de dados (ABNT, 2009b).

Felipe, 16/02/14,
Nesse caso vc tinha escrito “a exclusão de estágios ou entradas e saídas só devem ser feitas se não comprometerem”. Nesses casos você não pode usar plural pra “devem”. Você deve usar “deve” porque está fazendo referência à palavra “exclusão”, que está no singular. Isso vale pra todos os casos.
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Depois de coletados os dados relevantes a pesquisa, previamente definidos no

escopo, deve-se validar os dados coletados, correlacionar estes com os processos elementares

e também com os fluxos de referências e a unidade funcional (ABNT, 2009b).

Este também é o ponto de partida para a realização da análise de impacto do ciclo de

vida (ABNT, 2009b).

2.4 ANÁLISE DE IMPACTO DO CICLO DE VIDA

Nesta etapa é realizada a quantificação dos dados das emissões da etapa de ICV em

impactos ambientais potenciais, tanto para o homem quanto para o meio ambiente.

2.5 INTERPRETAÇÃO

Etapa onde os resultados do ICV ou das duas etapas anteriores são avaliadas em

comparação ao objetivo e escopo, tendo-se o objetivo de chegar a conclusões os sugestões de

melhorias no processo de produção do produto ou da realização do serviço avaliado. Assim

como as etapas anteriores este pode ser um processo iterativo, afim de revisar os objetivos e

as metas, assim como a coleta dos dados e suas corretas correlações com os processos e

unidade funcional.

2.6 FERRAMENTAS PARA A ANÁLISE DO CICLO DE VIDA

Dado o grande número de dados utilizados em um estudo de ACV, ao longo do

tempo foram desenvolvidas algumas ferramentas e plataforma de dados para auxiliar na

realização da ACV.

A utilização de softwares para a realização de estudos de ACV facilita em muito sua

realização, além disso permite..

Como o software Umberto®, lançado em 1994 pela empresa alemã ifu Hamburg

GmbH,

Foram criadas algumas plataformas de dados de alguns produtos e serviços, que

podem contribuir muito na fase de análise do inventário do ciclo de vida. Por exemplo os

materiais e energia envolvidos em transportes, geração e distribuição de energia, podem ser

encontrados prontos necessitando a quem precisa desses serviços apenas a ajustar com a sua

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necessidade. Isto pode facilitar ou pode tornar possível em determinados casos onde a coleta

de dados seria muito dispendiosa tanto em tempo quanto em custos envolvidos, além disso

essas plataformas permitem uma melhor exatidão e torna a comparação de alguns produtos ou

serviços semelhantes mais exatas.