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2 9 W^ M r/p v*)',,% i PEDEM OUE PflSSH ¦¦¦ Ifl ESPERO W NE UEN ¦¦» i*»*+*¥*#¥*¥¥#¥¥*¥¥¥¥¥*¥*¥¥¥¥¥¥¥¥¥¥^^ IRÁ DESCANSAR Estamos segura7nente informa- dos de que o Sr. José Linhares, logo depois de transmitir o po- der ao general Eurico Dutra, se- guirá para Poços de Caldas. A rigor, não se pode dizer que S. Ex. irá repousar o corpo, mas, pelo menos irá descansar o pui- so, que deve estar fatigadissimo de tanto assinar decretos. -r -1-íii'ríii* r^B|T*T|l I ^ 7*1 Mf*m O RGA'0 DE ATAQ UES...DE RISO* ' Ano XX ICio de Janeiro, 31 de Janeiro de 1946 IV." 40 *****••••*••••*•*•* Q U I N T O C L I O H É ******************* I**•**••••••• I film» FLAGRANfE DA POSSE 00 PRESIDENTE DUTRA . A MANHA, mantendo bem ai- to o bastão de lider da imprén- sa mundial, publica, na presen- ie edição extra-ordinaria, antes de qualquer outro órgão do pais ou do estrangeiro, a primeira fotografia da' cerimonia da pos- se do general Eurico Gaspar Du- tra. Neste instantâneo, batido pelo tosso fotógrafo juramentado, munido de um "radar", graças to qual pòude relransmitir pi:- los ondas micro-curlas este fia- yrante diretamente para a nos- tu ullra-rápida arrotativa, lemos, à direita do preaidente licito, em grande uniforme, o Venerai Gaz Morteiro, ministro ia Guerra do passado, do atual 5 do futuro governo. A esquerda do primeiro magistrado da va- í«o, solenemente enjorcado em seu fardão anfíbio de marechal- almirante - brigadeiro ;- dp - ar - condicionado, deslâca-sc a nobre figura do exmo. sr. Ba- rão dc Itararé, o patriota indor- mido, que, quando dorme é so- mente para sonhar com a gran- dezu de sua terra e a felicida- de de seu povo. Pela primeira vez, o aristocra- ta progressista que dirige esta folha, apresenta à alta socieda- de internacional o seu novo ti- po dc chapéu. - de - dois - bi- cos, com chaminé - respiradou- ra do lado, por onde se evapo- ram as idéias tropicais, que, em constante ebulição, lhe turbilho- nam o cérebro.i Sabendo que o presidente Du- tra terá que ler um compromis- so de praxe, no qual se compro- mete "a manter e cumprir com perfeita lealdade a Constituição Federal", o sr. Barão de Itararé redigiu, num belo pergaminho, que se enrolado de baixo de seu braço esquerdo, um novo compromisso, segundo o qual o presidente empossado promete fazer o possível de não se guiar pela Constituição fascista de .37 procurando por todos os mtios governar de acordo com o povo através da Assembléia Constitui- te, que lhe deve dar, no menor praso possível, uma nova Cons- tituição verdadeiramente demo- cfátiça. A reprodução desta fotogra- fia è rigorosamente proibid". no todo ou cm parte. COMPENSAÇÃO males que vêm para bem I . ¦ $'ímw&Èi^ y - >>»v<< Jjitijl Büíc>^iK»^_K I mSB3**l^B83>fefgwí3iSSJ"B8S-w: A ».™ ^mW ^k\\\\. ¦¦'¦ :^S I-Bexvk«bBIBi I ^Êm\m WmwÊmm^. ^wÜi ^^^j^ffi^jJBHBbBM&Í,": ¦^^^9tÊÊÊÊm^MnmBÊ '¦¦ jÉB WKàwK* *Í3»F | ^m\ m^Êmmí ' ^S?SÊ9tÊÊÊÍ^..y^í^PÍÍ' .•¦^Om}Xm^mmm\*^m\m\m^m\mWmit& -Wftjtft*to/ .^^^^^^W-fc.iRi^BBBJÇ 'jMilllt f Ân\\\\\^^mn\\ n\\\\\n\'~ ''im&x&eSwBm^f^S^^^^^^jJjíP <^^^*•'*' _^H ^^p/^^H : ^1 ^Hk^^^^^^^mHSffiPH E!^' 3 * W^*""* ^mn*^mmm n\\\\\n\^ '¦hW Ww' * WÊÊÊ& HPv-' K JkW Ifeki ^MWÊWs^mM fyJÊmW pj\Wrim W A m'_>sJyl I'!ÍÍ _^__^ÉHfl^R4Ú. ^aÜ^B I^K$$>W*'3^B*^^*' '_¦! ^^^. il RBíb Ar S^^ ^v^l ^Bht^-úi-^ BKfy . ^wf PW|II lw\ 'v^^ à^m\ n\n\\n^m\\WW\fjl '^W^m\'^^m\ wÊm$^-<J*^m\ ^m\ B -¦_•£< a iflr_fl !S8r>fl IiJ_EJb1íH R flBllKlfi—jMB^fcL' omi rrmri Jnm Vvflfl mKuiÊsma^fAnnm W^m^^nW \\\\nui:mnn\n ¦aJBmBa-^KR^aSar lm\sT^^m*...JF'^Bmsm&ÊBEÈf.- _^H HB^I ¦BS3 \*t ' ¦ or wM^^mw*£yyy&à*M nnn±S$ _9 Bb9 R QWM ¦- JmWtitàJkn nw^kn ^k. ÊÊ H^ -^B __kJfl ^B^_^^^^. __^H^v 'mW^l^m.m*7 \\\ v ^k'' O Governo do Sr. José Linhares, graças a Deus, dará, hoje, o seu último suspiro. E' possível que, neste cur- to espaço de noventa dias> esse Governo tenha feito muita cstrepolia. \ justiça, entretanto, manda reconhecer oue o Sr. Linhares i prestou, pelo me- nos, um grande beneficio aos brasileiros, que viviam no mundo da lua. Nestes próximos quinhen- tos anos. ninguém mais Brasil quererá ouvir falar em í " governos ' togados"... A GLORÍA DAS PLACAS DAS ESQUINAS O PRliFKITO FILAREI.FO RESOLVEU ESPALHAR COM ESGUICHOS 1>F CHAFARIZ AQUILO QUE SE DEVE DISTRIBUIR COM CONTA (JOTAS entre os homenageados, contra tudo o que manda o bom senso, alguns amigos do peito, que estão vivinhos da silva. ' Assim, não foi feliz o prefeito mudando o nome da Avenida Cantagalo para Avenida Henrl- que Dodsworth. Aquela via pú- blica, que fica próxima ás rasi- dencias de alguns fascistas es- crachados, como Pilinto Muller e Miranda Corrêa, deveria setvir para homenagear o Sr. Plinio Salgado. Para isso, bastaria inverter o sexo e modificar a cor da placa, isto é, em vez de Avenida Canta- galo, ein uzul, colocar uma tabu- leta onde sfTlêsse Avenida Canta- galinha, em verde. Afinal, o ex-prefeito Henrique Dodsworth é um espírito quase democrático, que certamente se batera agora pela autonomia do Distrito Federal e se sentirá mui- to mal com a vizinhança indese- Javel daquele quintacolunísmo. * * NSo podemos, entretanto, dei- x&w de reconhecer que o Sr. Pi- lodelfo andou muito acertado dando o nome de Rua José Li- nhares à antiga rua Acarai. Realmente, se não se fizesse agora essa modificação, nunca mais ninguém se lembraria de semelhante homenagem. "™" O Br. Piladelfo, porem, não teve a inspiração de mondar mu- dar o nome da "Rua Natal» para "Rua PortaleBa". - Sim, . porquo Natal é no Rio Grande do Norte, Ü M^'' hm WL< JÊB Artur Bernardcs, atual pa-. trono da antiga Rua Car- valho Monteiro O prefeito Filadelfo de Azeve- do, que está com os seus minutos contados no governo da cidade, ao apagar das luzes, provocou uma dansa madabra nos placas das ruas desta capital. Isso que se faz excepcional- mente, para homenagear algum vulto de grande projeção na vida nacional ou internacional, a cuja memória se queira tributar hon- ras fora do comum, o prefeito de- sihfetantc operou a granel, dé- cretou por atacado, incorporando ,fc 1 '^|¦&;.' _. .•¦.¦• ^t_K ^S ijms ^^VM S^VV «^^ r«*' ll *MÍK^'<r_l H Questão de princípios Nao estamos de acordo com a "posse" do general Este jornal sempre se bateu por princípios, porque come- çando pelo principio é que se poderá chegar a um fim. Por isso, não pode deixar pos- sar em branca nuvem, sem o seu fortonl protesto, a cerimônia da posso do general Enrico Dutra na presidência da República. Concordamos, poi* sei* eviden- te, que o general Dutra ganhou a eleição presidencial, por ex- pressiya maioria sobre os seus competidores. Achamos, poilan- to, que é mais do que justo que S. Ex. assuma o post>) para o qual foi escolhido pela maioria do eleitorado Entretanto, de ma- neir*» alguma concordamos com a "oosse" do cargo. ' O nosso ponto de vista fixa- se sobre o termo da "posse". Pa- rece-nos que o vocábulo esl4 mal aplicado. Essu palavra "posse" age de uma maneira per- niciosa sobre o espirito dos go- vernantes, que, quando tomam "posse" de um lugar na adr.à- nistração pública, sc sentem co- mo verdadeiros proprlotorios do cargo e passam a distribuir a marmelada governamental entre cs pnrentes e amigos, eomo (piem d:spõo de uma coisa sua. Ora, a verdade é bem diferente; O íu- gar '<!¦ do povo. O elei'o ou o es- colhido para dirigir os negócios lúblicos não tem, portanto, o di- roito de sc utilizar do cargo f>a- va satisfazer os apetites domes- tiros. A MANHA, defendendo eí-ta 1'oria, coloca-se ao lado da boa doutrina, sustentando que o goneral Dutra nflo deve tomar a (,ire;ao dos negócios públicos. hós vimos no que resultou a "potsse" do presidente l.-p.ha- res e isto devia-nos servir do lição para o rosto da vida ate a cjiiinquágêsimà geração... REGIMES O professor de biologia da Universidade de Harvard, dr. George Wald, declarou que o homem cresce, segundo a ma- neira como é alimentado, de for- ma que os japoneses nascidos na Califórnia são realmente mais altos que a media do cidadão da classe trabalhista britânica, enquanto os cearenses que almo- cam e jantam no Guanabara são mais gordos e barrigudos que os homens comuns da ser- ra do Baturité. O Conego Olímpio desban- cou um santo S. Luiz dc Gonzaga e Fortaleza é no Ceará, donde velo esse amor de presidente. Aliás, Sc essa rua fosse minha, Eu mandaria asfaltar,; . Com betume da Judéia, Para o Linhares passar... * ? * O prefeito também não foi Jus- to dando o nome de Rua Wash- ington Luis à antiga Travessa do (Concluc na página 3) PIEDADE Um mausoléu digno át) cadáver Um grupo de almas pie- dosas está procurando dar unu sepultura digna ao Go- verno comatoso do Sr. Li- nhares. Sabemos que foi con- tratado um grande escultor nacional para construir um mausoléu simbólico, rodeado por cinco colunas. Sobre a quinta coluna, que será a melhor trabalhada e a me- Ihor protegida do mona- mento, erguer-se-á uma es- tatua de Temis com um pa- uo nos olhos, mas espiando por baixo, rodeada de filhos, e distribuindo um quilo de "bon-bons" também simbó- ticos a todos os membros dc sua numerosa familia. Sobre a lápide de onix e alabastro, em vez. das clás- sicas letras R.I.P. (Re- quiescat in pace), serão cs- culpidas os iniciais cabalís- ticas D.T.P., que, no caso significarão "Descaiisat in poço".

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i PEDEM OUE PflSSH¦¦¦ Ifl ESPERO W NE UEN¦¦»i*»*+*¥*#¥*¥¥#¥¥*¥¥¥¥¥*¥*¥¥¥¥¥¥¥¥¥¥^^

IRÁ DESCANSAREstamos segura7nente informa-

dos de que o Sr. José Linhares,logo depois de transmitir o po-der ao general Eurico Dutra, se-guirá para Poços de Caldas.

A rigor, não se pode dizer queS. Ex. irá repousar o corpo, mas,pelo menos irá descansar o pui-so, que deve estar fatigadissimode tanto assinar decretos.

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Ano XX ICio de Janeiro, 31 de Janeiro de 1946 IV." 40

*****••••*••••*•*•* Q U I N T O C L I O H É *******************I**•**•••••••

I film» FLAGRANfE DA POSSE 00 PRESIDENTE DUTRA. A MANHA, mantendo bem ai-to o bastão de lider da imprén-sa mundial, publica, na presen-ie edição extra-ordinaria, antesde qualquer outro órgão do paisou do estrangeiro, a primeirafotografia da' cerimonia da pos-se do general Eurico Gaspar Du-tra.

Neste instantâneo, batido pelotosso fotógrafo juramentado,munido de um "radar", graçasto qual pòude relransmitir pi:-los ondas micro-curlas este fia-yrante diretamente para a nos-tu ullra-rápida arrotativa, —lemos, à direita do preaidentelicito, em grande uniforme, oVenerai Gaz Morteiro, ministroia Guerra do passado, do atual5 do futuro governo. A esquerdado primeiro magistrado da va-í«o, solenemente enjorcado emseu fardão anfíbio de marechal-almirante - brigadeiro ;- dp -ar - condicionado, deslâca-sc anobre figura do exmo. sr. Ba-rão dc Itararé, o patriota indor-mido, que, quando dorme é so-mente para sonhar com a gran-dezu de sua terra e a felicida-de de seu povo.

Pela primeira vez, o aristocra-ta progressista que dirige estafolha, apresenta à alta socieda-de internacional o seu novo ti-po dc chapéu. - de - dois - bi-cos, com chaminé - respiradou-ra do lado, por onde se evapo-ram as idéias tropicais, que, emconstante ebulição, lhe turbilho-nam o cérebro. i

Sabendo que o presidente Du-tra terá que ler um compromis-so de praxe, no qual se compro-mete "a manter e cumprir comperfeita lealdade a ConstituiçãoFederal", o sr. Barão de Itararéredigiu, num belo pergaminho,que se vé enrolado de baixo deseu braço esquerdo, um novocompromisso, segundo o qual opresidente empossado prometefazer o possível de não se guiarpela Constituição fascista de .37procurando por todos os mtiosgovernar de acordo com o povoatravés da Assembléia Constitui-te, que lhe deve dar, no menorpraso possível, uma nova Cons-tituição verdadeiramente demo-cfátiça.

A reprodução desta fotogra-fia è rigorosamente proibid". notodo ou cm parte.

COMPENSAÇÃOHá males que vêm para bem

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O Governo do Sr. JoséLinhares, graças a Deus,dará, hoje, o seu últimosuspiro.

E' possível que, neste cur-to espaço de noventa dias>esse Governo tenha feitomuita cstrepolia.

\ justiça, entretanto,manda reconhecer oue o Sr.Linhares i prestou, pelo me-nos, um grande beneficioaos brasileiros, que viviamno mundo da lua.

Nestes próximos quinhen-tos anos. ninguém mais nóBrasil quererá ouvir falarem í " governos ' togados"...

A GLORÍA DAS PLACAS DAS ESQUINASO PRliFKITO FILAREI.FO RESOLVEU ESPALHAR COM ESGUICHOS 1>F

CHAFARIZ AQUILO QUE SE DEVE DISTRIBUIR COM CONTA (JOTASentre os homenageados, contratudo o que manda o bom senso,alguns amigos do peito, que estãovivinhos da silva.' Assim, não foi feliz o prefeitomudando o nome da AvenidaCantagalo para Avenida Henrl-que Dodsworth. Aquela via pú-blica, que fica próxima ás rasi-dencias de alguns fascistas es-crachados, como Pilinto Mullere Miranda Corrêa, deveria setvirpara homenagear o Sr. PlinioSalgado.

Para isso, bastaria inverter osexo e modificar a cor da placa,isto é, em vez de Avenida Canta-galo, ein uzul, colocar uma tabu-leta onde sfTlêsse Avenida Canta-galinha, em verde.

Afinal, o ex-prefeito HenriqueDodsworth é um espírito quasedemocrático, que certamente sebatera agora pela autonomia doDistrito Federal e se sentirá mui-to mal com a vizinhança indese-Javel daquele quintacolunísmo.

* *NSo podemos, entretanto, dei-

x&w de reconhecer que o Sr. Pi-lodelfo andou muito acertadodando o nome de Rua José Li-nhares à antiga rua Acarai.

Realmente, se não se fizesseagora essa modificação, nuncamais ninguém se lembraria desemelhante homenagem.

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O Br. Piladelfo, porem, nãoteve a inspiração de mondar mu-dar o nome da "Rua Natal» para"Rua • PortaleBa". - Sim, . porquoNatal é no Rio Grande do Norte,

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WL< JÊBArtur Bernardcs, atual pa-.trono da antiga Rua Car-

valho Monteiro

O prefeito Filadelfo de Azeve-do, que está com os seus minutoscontados no governo da cidade,ao apagar das luzes, provocouuma dansa madabra nos placasdas ruas desta capital.

Isso que só se faz excepcional-mente, para homenagear algumvulto de grande projeção na vidanacional ou internacional, a cujamemória se queira tributar hon-ras fora do comum, o prefeito de-sihfetantc operou a granel, dé-cretou por atacado, incorporando

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Questão de princípiosNao estamos de acordo

com a "posse" do generalEste jornal sempre se bateu

por princípios, porque só come-çando pelo principio é que sepoderá chegar a um fim.

Por isso, não pode deixar pos-sar em branca nuvem, sem o seufortonl protesto, a cerimônia daposso do general Enrico Dutrana presidência da República.

Concordamos, poi* sei* eviden-te, que o general Dutra ganhoua eleição presidencial, por ex-pressiya maioria sobre os seuscompetidores. Achamos, poilan-to, que é mais do que justo queS. Ex. assuma o post>) para oqual foi escolhido pela maioriado eleitorado Entretanto, de ma-neir*» alguma concordamos coma "oosse" do cargo.' O nosso ponto de vista fixa-se sobre o termo da "posse". Pa-rece-nos que o vocábulo esl4mal aplicado. Essu palavra"posse" age de uma maneira per-niciosa sobre o espirito dos go-vernantes, que, quando tomam"posse" de um lugar na adr.à-nistração pública, sc sentem co-mo verdadeiros proprlotorios docargo e passam a distribuir amarmelada governamental entrecs pnrentes e amigos, eomo (piemd:spõo de uma coisa sua. Ora, averdade é bem diferente; O íu-gar

'<!¦ do povo. O elei'o ou o es-colhido para dirigir os negócioslúblicos não tem, portanto, o di-roito de sc utilizar do cargo f>a-va satisfazer os apetites domes-tiros.

A MANHA, defendendo eí-ta1'oria, coloca-se ao lado daboa doutrina, sustentando que ogoneral Dutra nflo deve tomara (,ire;ao dos negócios públicos.

hós já vimos no que resultoua "potsse" do presidente l.-p.ha-res e isto já devia-nos servir dolição para o rosto da vida ate acjiiinquágêsimà geração...

REGIMESO professor de biologia da

Universidade de Harvard, dr.George Wald, declarou que ohomem cresce, segundo a ma-neira como é alimentado, de for-ma que os japoneses nascidos naCalifórnia são realmente maisaltos que a media do cidadãoda classe trabalhista britânica,enquanto os cearenses que almo-cam e jantam no Guanabarasão mais gordos e barrigudosque os homens comuns da ser-ra do Baturité.

O Conego Olímpio desban-cou um santo — S. Luiz

dc Gonzaga

e Fortaleza é no Ceará, dondevelo esse amor de presidente.

Aliás,

Sc essa rua fosse minha,Eu mandaria asfaltar,; .Com betume da Judéia,Para o Linhares passar...

* ? *

O prefeito também não foi Jus-to dando o nome de Rua Wash-ington Luis à antiga Travessa do

• (Concluc na página 3)

PIEDADEUm mausoléu digno át)

cadáverUm grupo de almas pie-

dosas está procurando darunu sepultura digna ao Go-verno comatoso do Sr. Li-nhares.

Sabemos que já foi con-tratado um grande escultornacional para construir ummausoléu simbólico, rodeadopor cinco colunas. Sobre aquinta coluna, que será amelhor trabalhada e a me-Ihor protegida do mona-mento, erguer-se-á uma es-tatua de Temis com um pa-uo nos olhos, mas espiandopor baixo, rodeada de filhos,e distribuindo um quilo de"bon-bons" também simbó-ticos a todos os membros dcsua numerosa familia.

Sobre a lápide de onix ealabastro, em vez. das clás-sicas letras R.I.P. (Re-quiescat in pace), serão cs-culpidas os iniciais cabalís-ticas D.T.P., que, no casosignificarão "Descaiisat inpoço".

Page 2: 2 9 W^ M i PEDEM OUE PflSSH Ifl ESPERO W NE …memoria.bn.br/pdf/720984/per720984_1946_00040.pdfIsso que só se faz excepcional-mente, para homenagear algum vulto de grande projeção

AMANHAAio, S1-1-11MC

NÃO ME TROQUEM U NOME!_ _._— —

Chamo-me Pedro P'reira e tenho muintahonra em ser "Teutónio"

io_Tl ^mmW'***Mt / f^^P

uprimeniodePdTMLIRucevemos a suguinte caria:-inlustre sinlioire dmttotre-ai-

retoire du grande arrutatibo AMANHA.

'Teutónio!", oubiu? "Teutónio',

que è como quaim diz "Um An-tónio purtuguêis saluzansta. musque faz questãon de seire um ah-

ZnL-Uie estas, mal twaüv ^-^^S^/^'linhas pra pruiestaire ooiüra 11avuso dalguns jurnaltstas, quemais parecem jurnauuros e quederam pra trucaire 11 meu nome.

Ora, meu caro diretoire, u no-me da pissôa c uma coisa settra-da, que nãon se lhe debe mechei-re naim tucaire. Si « mo sechama, pur inzemplu, Uhbaiia.Saiazaire, ningaim taim naaa:«>m isso*. Muinto emvora seiUm nome leio, ningaim laiviudiraito d'a?/erá-io. purque u no-me é áéle e acavou-se. Aw*»M«««do algaim falaire no vitmai-ro munistrc puriugueis. imm quedizeire mesmo "Sai-azaire! . ta-zendo figas ou cum a muoii wvolsc, sigurando ais chabes e istotudo si nãon auútére ficaire su-

jaUo a uma grande disgraça.Mas daixemos dc leão este P»-

lontra e visemos a trataire dumeu causo, que é u causo do Pe-d«) Teutónio Freira, que e comoeu mi chamo, saim lhe Uratrcnem poire. .

Alguns jnrnales ehamam-mejiepero freira. Oitras de Pero Tu-ténw * ottros aintUi de Tutómo]P'reira. '\„\

Sim Pero P'mra... Esta«Aon está mal sacada, purqueduma P'reka só pode sane umapera si fore mulhére, ou um Pe-ro, si fore homem. Mas a burãa-ée é que u meu nome nãon cPero, mas Pedro, purque foi cumesse nome qne fui vautizado. Eeerto que sou P'reira. mas luwnmi chamo Tnlénio. Meu nome. ePedro Teutónio e fatio questãonà'assinaire "Teutónio". purque «meu nome. baim tle "teuto". quequére dizeire alimtion e vra queIodos fiquem savenAo qne sou na-àstA. tlu duro.

Ai está u que eu quiria lhe di-zeire. CMmo-me Pedro TeutónioP'reira. Nãon me troquem u nó-»ie, pur favoire. Pero ou Pedro,afinali, pouco mHmporta. Mas tlu"Teutónio" eu nãon avro mãon.

da e calças da mesma coire!"Cum uma mãon libaiitaãa a

moda d'Hitlcr, assino cum a oi-tra, de Bossa Sinhuria, amigos,amigos, mas nigócios à parle —

(a.) Pero Teutónio p'reira."

O INLOGIO DO HESSCrida cândidaHá aqui um clúbio antigo, vu-

nito, todo em estilo manuclzmho,que é rico e taim muivtas bacaspra darem laite ós sóssios. Os

cumentadores nan <juéralm per-

XXX! CARTA DO BITURINO•

d^Tbitr^mdnas e bão lá be- acima do Oomendadoirc Bo*

S SSL, è ie chamam o Rial ffgjf^^fe TOMteGavinête de Laitura. L"nm IUOU

A ôtra noite fizeram lá uma

ÁNTROLOGIÀii 6RÉBE

lá Itai larde, etta Çrél* do* wncúrto*

que daixarum em puz o Haber e o Vebe,

rou ttulo de idmu ilástica e pé lébe

« ulutuitysy clÚAve», praias e vatneartos.

Simpático* me *ão, ma* *ão pLtgiârio*.l**o a que ma cht**e ltojt> **¦ "[rebe

é mem imitmtão tímida t> brebe

de caso* munto mai* extródinários.

Wrílte no Vunco? — H« <!"*«»<> eUt perduro,ritmando a priltae/to amarga e tiura

qm merémia o mundo ingrato * mau

Orélte tut Vaneo? — E> Itélha. — Pura preva,no* Vanco* da di*Utnte Terra Nova

há *ei* anos /«* grébe o Vaealhául

MAROTIMHO NOVHh

wFkMgk.

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J w—

VA6UNÇA

'^MâmmPublica-se fce -quartíts-telrac

Ol retor - responsávelAPPAKICIO TOKKI.I.V

EXPEDIENTEi Mo tem. Jornal serio n&ovive de expediente*. Em to-do o caso cobra

ASSINATURAS(•ob registro)

Capital *. Interior . CrS 50,00Estrangeiro CrS 100.00

ANÚNCIOSOe anusMftoa. para evitar

constrangimentos, n&o oe co-bramos diretamente, mas pertabela, s raato de Cr» 30.00por centímetro de coluna, emjjAglna tndeteniilnada.

REDAÇÃO E ADMINI8-TRAÇÃO

Avenida RW» Branco, 259,... , — 17.* andar

MO UB JANBIKO

F(M Ã FAUÜOIAPorto, 31 — Taim íado mun-

to cumentada a falwaüia twau-dulenta do Valneário Águas Cia-i«s, iiwna impurtçnte que se habia' constituído para montaireum estavlecimenU) modelo.

linbora estibesse «anpre descr-to, diziam co Valne&rio ^Mwcrande lucro liquido.

Afinal, os acionistas se biramsaim uni bintém, e apelaram prójuiz. Este dequelarou que lababadaí as suas mãos.

O gesto taim sido uaunto co-mentado, pois as mãos do jui*.paresse que foram a Untea coisaque se labou algum dia naqueleValneArio modelo.

ÜM' OÍWIO k saü-ZAIRE

lisvoa, 25 - O Dr. Sala«aiw-embiou um oltesio caíuroe» dai

cumrràMtttas * »**» l**_*_n-le do gub»a-no IranrtB, wmh)-«indo a belha amisade «rtrePertagal e * P*ança, « deaendo

<iue c «uberno Itevueta «tear*benladaii amentaB inoantadn «omSdSrtarassões tfeunâo as*iais agoia farmado na França «u*a a

LISVOA, 31 — Contínua sen-do cumentada com muita cirrio-sidatde a nutisíto de qoe bai |*wl'o diavo na Oolónia Pcilãugucsado Vrasile. •

Aqui todos gostam «>unto doRabordão, e nan intendem pur-que é co Sousa Vatista hnbirroucom ele, e porque é «o SousaCruz e o Sousa Vatista andamfrios com o Rainho, e ó mesmo•tempo falam todos juntes. ..—

Infim, nan se perseve nada « Sempre serbe.esperam-se isclarecimenitos. Ar- " =- - *.

í-espeito do assunto pela pri-maira bez istó aparecendo nosjurnais a palabra "Vagunça",

que «t/é aqui era restrltwmenie, vractieira.

BHurínoíj íetsta -dc ounfrataeraiiaassão íartãs-'. ia pois baio <te láswa um lete-{«rama adum íornali a diviêii-e *osi) «i-iminosoB de Nurembewa «jami| uns santos, * oos juizes -que os'istão

julgando hatoiam dir tod.»I pré inferno, € «pie Hitler era uml«emi-Dcus, e a fazêire o bilogioai do Hess. infim, lá desrecalcaram

o phísaniento.Antão os «umendadores inten-

deram *uc não habiam de ficai-ie ati-az. Mandaram bire de S-Paulo um Marquês <|ue é o oun-trãrto do Manques de Pombali,esse hbre-peimadoire, pois é oMaluques da Oru6. E o hómaimvotou auma íaJa <pie «ra di a gen-te <*urairc, a -diafeh* <iue na noçahistória -todo «anto era vom ti-nha .(fue têire Bess, -6 saija S,sigundo a «*a aortegrafia.

Sitou Aíonso Hemiques, quetinha o € no lim, D. Sebastiãoque tinha o S J» principio, Bascoda Oama «jue tinha o S no jnaio;o que importa é oo hóme tanhao seu debido S, mas mais pratia» ou mais p»A íreote tanto dá.

foi o cumendador Rainbo. £ oEnvaixadore Pedro Tiatónio Pe-raira, que (caim habia de dizei-re!) tanvem nam taim S nmhum.Em Pertugal e suas purbmcias sósincontra S em Trás os Montes,aforo o Hess de SanU Comva.

I Tanvem é serto ique D. Jd«*>Pr-imairo, o infante D. Anrioue,D. João IV, e D. Pedro IV, tm-do hiróis da nóça indeptndensia,só tinham S no sim-senhoii»,Mas o Marquês da Cru/, prUtereD Xuão III, que ao menos «nnao S da Inquisição; e cria <**»aró fim da sua oratório pra d1**-re co nosso grande Hess, o nw-so berbadairo e inlustre Htflfi. «caaquela grandecissima e alterna-dissima letra que anepre«;enti»ba

.principio do Saiazaire.Cando êle dice aquilo. Cândida,

! os cumendadoires, que já tánhambubido o laite e .estabam tâi oomas bitraminas todas, tlerain tan-tios verros de intusiasmo que »»-té ademira a abóbora do teto *doindeficio não téire desavado «mcima deles.

Pur fim o Marques da Crua mice co Saiazaire era o milhor aanl-go ca Inglaterra tinha, e -que em-vora nan róbéce uma palabra de

inguelês, naim doutra lingua oi-n-huma purque é munto patilota,cando bia lá o envaixadoire daInglaterra, o Saiazaire sen^prele disàa: _ E Hess? E Hest.?

Foi uma linda Testa, orienta-da pur traz da curtina, sigundose bê do que ele diz, pelo dr.Mário Montairo. Que faria seêle Übesse o S!

Um vaijo cumubido do teuficle

BITURINO

SANEAMENTO PÚV1IC0

LIVRARIAFRANCISCO ALVES

FUNDADA BM MMLivreiro» e Editores

Rua do Ouvidor. IM — Ria

Lisvoa, .31 — O Ministro daSaúde Púvlica arreoeberu i»aa is-tensa isposição. aoinaâa por to-<los aos havitantes da vela. lotica-

nmnw wíf «dade * Cheira-Ventos-de-Bai-Odi^^foiincon^ladope-^ prutestendo Wbamunte ««-

loaoumendadoràe Sousa Vatista,] tra o purjeteuo saneamento da

que taim 3 S S, pra se colocaire pubuassao. *

•í

8UCVR8AI- BM 8.Diretor

l'Atli.0

1 BOVARUO PALMBRIOAvenida 8. Joio. 334

Tet«f0SM: 4-48VI

NOMBRO AVULSODtaUlta itederal ... Cr» 0.50Nos Betadoe Cr| 0.70

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«oda oor*eepo»dencla «nm«alovea ou referente a aartin-toa de adnlBlstracAo da Km-presa Editora A MANHA Ltdadeve aer endereçada ao dlre-tor-resp<msavel.

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Minha sogra é uma verdadeira vitrola INâo dá uma íalgaíMude-lhe o disco que a cousa melhora íPonha-lhe um Disco Continental!

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WML6 f yjf\XÁAhUO^_^

Bom h«#ncr1 Gi.^a!mhw • aBale» • »•» »ud0

MHlurado som toafcttktad»resulta «os aepaléeuloB*h*in de "vaiva" •«¦«*»

qw« o night-clMfc"" do li» da

praia mais lindak> Rio ofeMC*

todat ae aMlesatos seus inútjee-roídoroi

Page 3: 2 9 W^ M i PEDEM OUE PflSSH Ifl ESPERO W NE …memoria.bn.br/pdf/720984/per720984_1946_00040.pdfIsso que só se faz excepcional-mente, para homenagear algum vulto de grande projeção

«iof £1-1-1946 A MANHA

A GREVE DOS BANCÁRIOSOS BANQUEIROS ACABARÃO ENTRE-

GANDO OS PONTOS

LIMPEZA

A greve dos bancários prosse-gue vitoriosamente e só termi-nará com a plena satisfação dasjustas reivindicações da classe.

Entre os patrões, é de justiçate salientar, há banqueiros pro-gressistas, que compreendem asnecessidades dos seus assalaria-dos e estão dispostos a atenderprontamente aos seus pedidos demelhoria. Por estes, a greve jáestaria terminada. s

Há, porem, entre os banquei-ros, verdadeiros "espíritos deporco", almas sovinas de agiotasimpermeáveis, que só querematender à sua fome insaciávelde ouro, embora isto represente ^a miséria de seus auxilia tes. São'esses os grandes entraves que seopõem a uma rápida solução dagreve.

K evidente que, nesta alturados acontecimentos, não deverãovencer esses abutres, quo, como maior cinismo, declaram quenão podem aumentar os venci-mentos dos seus empregados, sobpena de falência.

Esses usurarias esquecem-se cieque. pelo menos uma vez porano, publicam balancetes compolpudos lucros c gordas gratl-ficações. Cegos de cobiça, nãovêem que são os próprios ban-

caries que lhes manipulam a es-cri.a. Por isso, eles podem en-ganar a todo o mundo, menosaos que sabem a verdade sobreos seus negócios.

Se é verdadeira a escrita dosbalanços, verifica-se pelo jogpdos algarismos que os bancos, deum modo geral, poderiam pagar,sem. nenhum abalo,, pelo menosdez vezes mais aos seus empre-gados. Mas, se aqueles númerosnão representam a verdade, en-tão, trata-se de um estratagemapara enganar o público e, por-tanto, não passa de um caso depolicia, não para os bancários,mas para os banqueiros.

De qualquer forma, os onze-narios nã0 poderão fugir a este"diadema": — ou podem pagarmelhor os trabalhadres, e nessecaso devem fazê-lo lmediatamen-te, ou então não podem pagar,c neste caso devem fechar a es-•pelunca, porque não é justo queeles vivam à tripa forra, à custada miséria dos que trabalham.

O Palácio Tiradentes foi lava-do por fora, para a cerimoniada posse do general Dutra, quehoje assumirá a chefia do go-verno da República.

E' sabido, entretanto, que oPalácio Tiradentes estava neces-sitando mais uma' rigorosa de-sinfecção por dentro do que umasimples lavagem por fóra.• GORA, o hospital do Meyer

passou a chamar-se Filadel-fo de Azevedo, em homenagemao prefeito, graças a uma inicia-Uva do Secretario da Saúde, Sr.Velho da Silva. Nesse hospital,sem dúvida, o diretor há de inau-gorar uma sala de operações como nome do Sr. Velho da Silva. Eassim por diante.

*

DERRAPAGENSHá alguns anos, a estrela do

patim Sonja Henie procurouconquistar o milionário DanielToping, que caiu como um pa-tinho, casando-se com ela. Ago-ra Sonja apresentou um proces-so de di-orcio contra Toping,acusando-o de abandono. To-ping, com certeza, topará a pa-

i rada.

CÍRCULO VICIADO

DESAGRADÁVELNão há nada mais desagrada-

vel que passar-se uma noite defrio, dentro de um automóvel an-capotado.

í. TERRA E A LÜA

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LOTERIA FEDERAL

Anda a imprensa metida aserio gaslanão esimço à toacom a historia de que algunscientistas do nosso pobreplaneta já estabeleceramcontado com a lua por in-termedio âo radar.

Não há âibvida que o as-sunto é importante, parti-cularmente numa época e.mque o povo sente enormes dt-liculdades para viver decen-temente por aqui mesmo, fi-cando por isso mesvio dese-joso de saber comn andamas coisas lá por cima.

Entretanto, sentimo-nosno dever de esclarecer o..nossos milhares de leuoreude cabresto, moslranão-lhesmeridtanamcnte as âimensoes exatas do valor daqnc-ia iniciativa dos sábios cs-trangeiros. O que eles fite-ram, na realidade, foi apro-veitar um admirável instru-mento de pesquisa cientifica,que ê o radar, para dar de-senvolvlmento a estudos an-teriores relativos às comum-cações entre a terra e a luu.Apenas isso.

sejamos, conrado, pat.no-tas. Antes deles, um ilustrebrasileiro realizara extram-dinaria proeza lunática, des-cobrindo os mistérios io pia-neta romântico e gozandomesmo da sua inteira intimi-dade. Referimo-nos ao nossocolaborador, Sr. Gustavo Ca-ipanema, que, instalado numMinistério e graças uos privi-legios da sua educação esoiíde, durante muitos anosviveu praticamente no mun-do da lua...

No batente feroz, um guarda resmungava:"Ai, quem me dera ser um chefe, como o Estrela,que brilha na policia, assim como uma vela!"E o Estrela, por sua vez, todo inveja, falava:

"Qual! Chefe de Policia c que eu bem gostariaDe ser, para mandar aqui mais um bocado,Fazer e desfazer, bancar p potentado!"E o Chefe de Policia, com melancolia:

"Pobre de mim, quisera eu ir para o Catete,Pois com o poder nas mãos eu pintaria o sete!"E o Presidente, olhando a paisagem sem vê-la:

"Pesa-me de mais tal responsabilidade.Em dois meses cansei. Estou farto, em verdade.Por que não nasci um simples Edgard Estrela?"

MACHADO DE ASSIS, neto

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fl Hha. *40ÊÊÊÊ Wl^^mw!^^l^m%^W^^^w^mma

(Conclusão da página 1)Ouvidor, que, afinal, nem é ruanem travessa, mas um pobre be-co, que por acaso tem saida,* * *

Outra coisa que não. nos agra-dou foi a homenagem que o se-nhor Piladelfo prestou a diversos;mortos ilustres, cassando a glo- |ria de outros. Isso é o que, em:jiria de sacristia, se costuma!dizer; '"Despir um santo para vestiroutro".

Assim, a rua Dias da Costapassará a se chamar rua Àvinan- Ido Sales de Oliveira; a rua Ho- ¦norio de Lemos daqui para o fu- :turo se denominará avenida Lau- 'ro Sodré; a avenida AparicioBorges será doravante avenidaPresidente Antônio Carlos; a tra- '.vessa Miranda foi transformadaem rua Edmundo Lins- e, final- ;mente, a nossa nacionalissima ;rua do Casta, foi substituída porum nome inglês, que os carteirosvão cortar uma volta para pro-nunciar corretamente, pois nemnós aqui sabemos como se devodizer essa rua Alexandre Mocken-zie.

? * .

Mas não é só. No seu entu-siasmo renovador, o Sr. Filadel-fo tirou as ruas de alguns mor-tos, para entregá-las a alguns vi-vos. Por exemplo: a rua Goularté agora avenida Prado Júnior;a rua Oarvalho Monteiro é atual-mente rua Artur Bernardes;; arua Maria Emilia está sendo já,para todos os efeitos, rua Ga-briela Mlstral, e a rua Mlnervinachamar-se-á, se não houver ne-nhuma ordem em contrario, ruaNoronha Santos.

* ?

Poi, todavia, um ato digno deaplauso» dar a uma via públicao nome do grande prefeito quefoi Pedro Ernesto. Entretanto, échocante que se escolhesse parahomenageá-lo a rua da Harmo-nia, quando outras figuras, quenada fizeram pela cidade e aindacontinuam vivas, tenham os no-mes nas esquinas de ruas muitomais importantes, como acontecena avenida Ataulfo de Paiva.

* ?

A rua S. Luiz (trecho final, en-tre o largo do PedreguMio e o

largo do Bemftóa) chama-se. ago-ra, Olímpio de Melo. O Sr.'Pi-ladelfo, com certeza, quis fazeruma barretada ao ministro doTribunal de Contas da Prefeita-ra, que, ainda algum dia, teráque prestar contas num tribunal,Mas essa não pega. O povo ca-rioca, com seu proverbial espi-rito, dará àquela rua o nome deOlímpio Fernandes de Melo, queé o nome de um dos dirigentesdo sindicato dos bancários, queestá, neste momento, orientando,com grande clarividencia e in-vejavel energia, a vitoriosa grevedos empregados de bancos.* * *

Em toda essa.barafunda, entre-tanto, o Sr. Filadelfo de Azevedoteve uma atitude de bom senso:esqueceu-se de dar a unia dasnossas grandes avenidas o áèupróprio nome. Mas nem por Lsíma sua gloria será empanada. E' -tal a balburdia que já se cirou Jna cidade com essas mudançasem massa dos nomes das ruas;serão tantos os prejuizos que de-correrão para os comerciantes,estabelecidas nas vielas que têmque trocar de denominação, queo nome desse prefeito nâo sairátão medo da boca do povo. E a

í estas horas deve estar com as' orelhas em fogo...

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futura residência

CATETE, 78/8á

HOMEM-FAMILIAO futuro ministro da Agricul-(

tura não é propriamente umhomem-legião, mas é um homem)familia. Chama-se. ele Neto.Campeio Júnior, isto é, Neto eFilho ao mesmo tempo.

BANCO DO COütlO .. LO MAI8 ANTIGO DESTA PRAÇA

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A MANHA Mio, 81-1-1*44

6*

FORA M MOTOeOL0'r-fA-wtABAN6Ã

MCfttc.J[w**3ffi<*»;v*l*^**,*J-:->N*'^^

NOFRIGIRDUSOVUS...ENQUANTO NÃO SE DISCUTE O PROBLEMA DOS OVOS, ÀS

CLARAS, O POVO QUE GEMA

O Pr. Jusc Pihio

S. PAULO, òi — A popula-ção paulistana, justamente in-dignada com a exigência do De-partamento de Produção Animal,relativa à venda de ovos, estáfazendo pressão junto ao gover-no no sentido de ser revogada aportaria que proíbe se venderpvos não carimbados.

Ovos não são selos postais, quediabo! Nem tão pouco as senho-ras galinhas são funcionáriaspúblicas. Daí a celeuma enormeque se levantou na cidade a res-peito dos ovos. Afinal, parece queno frigir dos ditos, tudo ficarána mesma.

A propósito deste rumorosocaso, A MAJfHA procurou ouvira opinião do José Pinto, do Sln-dlcato dc Aves e Ovos, que empoucas palavras botou a questãodos ovos às claras.

— "Assim como Cleopatra se

tornou famosa pelo seu alinha-díssimo nariz, e Aquiles pelo cal-canhar, também Cristóvão Co-lambo celebrizou-se pela historiade um ovo que, evidentemente,não era seu. O ovo de Colombo,daqueles tempos para cá, tornou-se o símbolo da solução fácil pa-ra os casos intrincados.

O povo brasileiro teria umavida bem mais simples e maisfarta, não fôra a tema mania dogoverno em complicar as coisas.Em vez de se limitar a carimbaros selos do correio e outros pa-péis oficiais, inventou agora ogoverno de carimbar também osovos !

Ao povo pouco importa comerovos carimbados ou não. O es-sencial é que sejam frescos ebem amarelinho!? por dentro —sinal de que as galinhas dispõem

de boa matéria prima para o seutrabalho.

Enquanto numerosos funciona-rios perdem o seu tempo na pro-saica tarefa de carimbar ovos.seria bem melhor que fosseimcriar galinhas, com maior pro-veito para si e para o próximo.

O próprio consumidor se en-carrega de verificar se os ovosestão em condições de ser comi-dos ou nâo. Se estão chocos, nãotenham dúvidas que o melhor qutpode acontecer será o vendedorlevá-los nas fuças e devolver odinheiro. Carimbo não resolve.Um ovo honesto e puro se do-cumenta pelas suas qualidadeintrínsecas e não pela casca.

Nesta questão dos ovos a in-tenção do governo é clara: co-brar a fiscalização, e o povo qiugema!"

Durante o. dia de ontem foigrande o movimento na. ruaLarga. As diversas . representa-ções extrangeiras, que se en-contram nesta capital, foram aoItamarati, a fim de apresen-tar as suas credencias ao minis-tro Leão Veloso, das RelaçõesExteriores, que, aliás, é tam-bem das nossas intimas rela-ções. Apezar de serem homensviajados, os embaixadores extra-ordinários à posse do general

•Dutra, antes de chegar e desair da nossa chancelaria, nãopodiam deixar de admirar overdadeiro formigueiro humanoque entrava e saía do "O Dra-gão", o rei dos barateiros, embusca de louças, cristais e a!u-minios. O Itamarati fica ao la-do da Light e a Light, como ésabido, fica em frente a "ODragão".

* i

<0>Preferidos

I nobrasil

i

Grandesucesseo

Buenos A^ re?tJÍUA KM OrvnrUA

BAN6Ü-W0USTRIABRAJIÍIRA

A GREVE DOS BANCÁRIOSDEPUTADOS COMUNISTAS EXAMU

NARAM O ASSUNTOSão Paulo, 31 — Realizou-se

na sede do Sindicato dc* Banca-rios uma reunião, a que compa-recèram os deputado* José MariaCrlsplm e Milton Cayres deBrito.

Tendo um dos bancários — co-nhecldo integralista — declaradoestranhar a Intromissão dos refe-ridos deputados nos seus assuri-

Caiu a ComissãoSão Paulo, 31 — flX>i extinta a

Comissão de Preços. O fato cau-sou verdadeiro p&nico entre o co-mercio local, temendo-se umabaixa generalizada nos preços de

todos os artigos. Mesmo os ar-tigos de fundo.

Aliás, não é de esperar que,tendo caido a Comissão, os pre-ços, ainda consigam subir.

ar 9 a r*»% MMWM... que entusiasmou até o maestro do for-midavel conjunto do norte — OrquestraMarajoara — que está acompanhando a

cantora. Este é um flagrante do "Carnaval da Vitoria" queestá no ar todas as 3a$., 5as. e sábados nas ondas médiasda Radio Tupi a nas curtas da Tamoio das 20.30 horas emdiante. "Carnaval da Vitoria",lança as maiores novidades car-navalescas de 1946 pela voz dosmais queridos cantores ds música

popular.

tos de classe, respondeu um dosrepresentantes d'A MANHA, alipresente, que tal intromissão eramais do que justificada) i provan-do que os deputados eleitos pelo.povo não podem se manter Indi-,ferentes aos anseios das classestrabalhadoras.

_ Ainda mais — prossegue oplenipotenciario d'A MANHA, seba calorosa ovação dos presentes_¦ os deputados que aqui-se en-contram são também bancários,pois pertencem à bancada... co-munista de São Paulo. \

Também o presidente do Sln-dicato, que em matéria de,Ban-cos fala de cadeira, manifestouo agradecimento da classe pelaprova de solidariedade doa futu-ros parlamentares, afirmando queem todas as épocas os bancáriosderam a nota em matéria de rei-vindlcações sociais.

Durante a reunião foram- lidosvários telegramas, entremos quaisum do Banco Hipotecário, hipote-cando solidariedade ao movi-mérito.

Em campos opostosCorrentes políticas dentro

do P.S.D.SAO PAULO, 31 — Duas gran-

des correntes do P. S. D. lu-tam pela presidência do Partido.E é voz corrente que ambas ascorrentes apresentam scric-s con-correntes. De um lado está o{r/ffiipo chefiado pelo Sr. Silviode Campos; do outro, o grupoque forma a igrejinha dos Cam-pos Elíseos. cujo sumo sacerdoteé o Sr. Mais Cedo Só Ares. Co-mo se vê. os dois campos estãobem definidos: os Campos... Eli-seos, e o Sr. Silvio...dc Cam-pos.

Para solucionar o caso. constaque o Sr. Gaspar Dutra irá en-campar o partido.

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SalasProduto da

Cl*» r«V**y Induitriol

SOLIDARIEDADESão Paulo, 31 — Os bancários

de Londres passaram um. tele-grama aos colegas do Brasil, ma-nifestamdo a sua solidariedade oomiovlimento grevista por estes úl-times deflagrado. . .

E' preciso, pois, que este movi-mento saia plenamente Vitorioso.Do («ontrai-lo pensarão qye serviuapenas para inglês ver..

".

O prestigio dos baucavlos estáem cheque.

NEM TODOS OS DIAS SÂOIGUAIS ¦ ¦ ¦

00000

E os sábados e domingos são até bem

diferentes para aqueles que traba*lham toda a semana è, afinal, podem

gozar duas tardes deliciosas no*** ¦'..-;¦ v. >

>..w. í i;

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XV» 3 t 1- V '.' ¦

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HIPÓDROMO DA GÁVEAt ¦ ¦¦

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Bio, JM-IMi AMANHA

IO SONO IL TALE...iaCramalnl £ jAH** jjlraQ^iltf alaaVa&í&v

X% ^^Ifl V^wl

•s** ^?\^^ s*v •.*. ».s,..,j;-> ., ^JwE^ISil-^SSS^BiH *".*• ' v í^ixv 'v^^^xSS; $*Nv ^v"'^*»S.'^-Í^^B»^ftPíiwOgP^ - '""" '%Q&-'l-

MA meia-porçoo da Hora do¦? Brasil, transmitida diária-mente pelo DNI, foi lida, há pou-cos dias, uma página literária arespeito de um vulto histórico —um ilustre Linhares, de séculosatrás, pertencente à nobreza dePortugal. Segundo o autor dacrônica, esse Linhares, por estra-nho que pareça, morreu pobre edesempregado.

J. FERREIRAChegou, ontem, de Londres, um

dos mil e quinhentos JoaquinsFerreiras, que conhecemos. ÒJoaquim Ferreir» que veio deLondres, ontem, entretanto, é di-ferente dos outros, porque estoé funcionário da B. B. C. ecorrespondente d'o GLOBO.

*

Brasüianil Qui mi havelte,lnsieme a «oi mi vedette.; .Son vegnú per salutaréVostra Terra e vostra dgentelU mio caro PresidenteMi mando a ripresentareGU Statti Uniti dei Norte,Dcue tutta dgente é forte,Grande, grossa e ái talentolLá noi tutti siamo allegri,Panda piena, cuor contento,Che úa bianchi, mòri 6 negri.

In América c'é la prática «.Delia fede democrática;Lá noi siamo paladiniDelta mtgliora econômicaDei popoli poveriniDisprotelti da a Naturat: che ancora hanno paúraDelia nostra Bomba AtômicaJ

Io qui. sono, brasiliani,In visita a vottro paêse;Non vi parlo to portughêsePorché non lo só parlare,Ma, vi preggo perãonareQuente piccolo accidente.

Ecco! Qui sono presente:Io mi chiamo íl Fiorello,Florelllno 6 Fiorellonel

Sono "ü tale"... Sono quètloChe nunga fu un "mascalzone?Sono rondo, grasso e grosso,Tegno bagna no o biscossoPerché só come si mangiaUna feigioatta ou una gangia.,tMi piuceino i maccarroni,Moriadelle e salsiccioniCollo pomarollo ingoppa;O Namoialto, a Garoppa,[Multa carne e poechi spint,E un piatto di tagliarinniCon um bell biechiere di ClitónttPer mé, per voi, tutti quantii..

',

¦.-¦¦*

ío qui sono, brasiliani,In nome degli italianiE dei norteafiiericaniPer stringer le vostre mani.A(;radecemo pra tuttiVostri avssili e vostri aiúttiChe a dgente di questa UnaNos mando durante a guerraContro ü tedesco safatto,Quell "bigodigno* dmnatto,Quello cane vagabondo ¦'¦Che volôa ingolir o Mondof

lo sono, anche, entusiasmattVeramente stupefatto '

'

Con qiícsfe belle muntagne ,;,«:-,.".,",, ,¦{Nunga vi coise tamagne- «•>San Gcnnarot Porco Corte/) "

Io parto dei vostro — PANEtDI ZVCCHER —j e ü CORCOVATTO.De onde ü Cristo Redentore, .Colk; ãve braccia sticatio, "*_.'¦Pleno d'orguglio e d'amore, ,Contempla questo splendore:— Bahia di Guanabara!

'-*¦*.

Qemma d'oro, gioia cará, " J .Conoclttffa comme "a tale...",Che nel mondo nó ti ¦igualei

Bene. Adesso mi scusàtte,Io vi preggo: pérdonatteCh'io tegno che dare o fora,Poi, giá stá ciegano.a, horaD' c agente si preppará ;Pro assistir, soíemeiK*?»te,La posse dei presidente. ;

Ciául ar.iicci. Apbracci müle.Ai fratelli dei BrasUeLa sincera saudazzloneDel

FIORELLO FIORELLONE

EM Ipanema foi construído atoque de caixa um respeita-

vel barracão, na fachada do qual,sobre o reboco ainda fresco, aPrefeitura mandou colocar isto,em letras enormes, de madeira :"Escola Presidente José Linha-res". Naturalmente, a idéia deconstruir uma escola é muito Iou-vavel. Mas não se pode dizer omesmo quanto ao nome que lhederam, já que constitui, na rea-lidade, uma homenagem apressa-da de filho ao pai. contudo, é deesperar, pelo menos, que o Sr.Linhares não tenha feito escola.

Noticias literárias.O poeta Augusto Frederico

Schmidt publicou uma biografia:!"O Estrela Solitário'?. '. ' ;Saiu do prelo unia novaíedi-çâo do interessante compêndio de:jardlnagem de Erico Veríssimo —"Molhai os lírios do c.v.npo".

O livro mais discutido doromancista José Lins do Rego é"O Moleque Ricardo".; Uns cri-ticos Julgam que J. I.«. do R.ataca o Sr. Casslano Ricardo,outros acham que ele fere n Sr.Ricardo Pinto.

Os que, em Üão P.iulo, le-vantaram a candidatura a depu-tado do Sr, Noveli Junior, autordo romance "Rua de Santa Cia-ra", são considerados, de modogeral, novelistas.

São bastante conhecidos osirmãos Camargo, na literaturanacional ; Rossini Camargo, opoeta, Joracl Camargo; o tea-trólogo, e Cristóvão Camargo; ochato.

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NOS Estados Unidos as crian-ças aprendem a escrever com am-

bas as mãos. Menos as mane-tas.

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FALAM OS LOUCOSUm doido passa, puxando uma

bola de papel amarrada numcordão- Um outro olha aquilo eobserva:

Que bonito automóvelranjaste! De que raça é?

E' Leghorn.Já fala?

—¦ Já diz papal.Como se chama ?

_ Mimoso.Como se escreve isso tE' como José. Com dois pp,

um maiúsculo e outro minús-culo.

MENINOS PRODÍGIOSO ilustre acadêmico tem a ma-

nia de mostrar-se brilhante, sem-pre exibindo frases de espirito eparadoxos. Apresentado certa veza um garoto dotado de excepçio-nais'aptidões, acentuou então, pe-rante varias pessoas que o cerca-vam, que infelizmente os meni-nos prodígios quando crescem setransformam geralmente em re-matados imbecis.

E o garoto perguntou-lhe, numtom Inocente:~~-

aocio DO CAOCompanheiro útil ou simples-

mente companheiro agradável ,ocão é sempre um animal encan-tador, e tão inteligente que nãofala. E, sem falar, percebem-seuns aos outros e percebem-nosa nós, humanos, ao passo que oshomens quanto mais falam menosse entendem. — VISCONDE DESANTO TIRSO.

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LA GUARDIÃPlorello La Guardiã está entre

nós Chegou ante-ontem, che-fiando a comitiva que o gover-no americano mandou para re-presentá-lo na posse do presi-dente Dutra.

Mas não é só. La Guardiã, aodeixar a prefeitura de Nova York,resolveu dedicar-se ao jornalis-mo mundial e, por isso, aceitougostosamente o convite que lhedirigimos para chefiar o nossosuplemento Italiano.

Fiorello que é um poeta, aero-dinâmico, logo que desembarcouflo avião que o tráuxe da Ameri*ca do Norte, veio à nossa reda-cão, onde assumiu imediatamen-te o seu posto, redigindo o belopoema, que publicamos ao ladoe que temos o prazer de oferç-cer à sensibilidade requentadados nossos leitores cosmopolitas.

SUL AMERICACAPITALIZAÇÃO SA.A mais imporram» compannio do caoitali*

zaçflo da América do Sul.

AMORTIZAÇÕES DO MÊS DE JANEIROEm virtude de ter sido decretado feriado na-

cional o dia 31 de janeiro, comunicamos aos Srs.Portadores de titulos e ao Público em geral que osorteio de amortização relativo ao mês de janeiroserá realizado no dia 1.° de fevereiro, às 16 hpras,no Salão Nobre do Liceu Literário Português, árua Senador Dantas n.° 118-1.° andar.

Os títulos em atraso poderão ser rehftbrtttadosna Sede Social até às 16 horas do dia V defevereiro.

SEDE SOCIALRUA DA ALFÂNDEGA, 41-KO.QUITANDA

(EdiHc^SülacopíInspetor©» «^ffg2?it. •i!LéjÈ-íl-í.''«-,h

Tmn. i *&*

Page 6: 2 9 W^ M i PEDEM OUE PflSSH Ifl ESPERO W NE …memoria.bn.br/pdf/720984/per720984_1946_00040.pdfIsso que só se faz excepcional-mente, para homenagear algum vulto de grande projeção

1 A MANHA Rio, 31-1-191C

ZüBEBMTMíLLE..NHO

FMJZ Mãunr-ãweu-i»

€ crande créveO créve tas pangárrias se bó- i

de jamá lecliidimamende o"Crande Créve".

Crande borgausa ta número techende gue ela achundei numamofimendo siendifigamende orca-niçada e gue íunsionei gom ungbmasiçong mademádigo!

Crande, "dampeng, borgausa togwalitade tas clemendas gue en-drei nela.

Crande, ainda, borgausa tosimbadia gue ela canhei bra du-das ôdras sekdôrres to vida dra-palliLsta, nong sómende ta Tis-dritto Feterral, mas de dudosganclos ta Pracil.

Crande, finalmendc, borgausato cliusclisa e to sincerritade tasmodifos gue orriendei e gonti-ci as suas tiri-içhendès, e o gal-ma e ,o bonterrasong lo unani-mitade tas suas gombônhaiides.

Ninqueng nong fiz parrulhaspeng broíogasongs; ninqueng fuiopril.ada e figa eng gasa ou tedrapalha. As rabais ta Slnti-kat fiz dudo gom muida chuisoe indellchênsla.

¦*»rr*7 ;___.>.... .¦.-.¦ -r..***-*^-*- "" .t.t.v^».s

_______¦¦'.~<___^__t ___f^^^ «.*^___eet^^____ - ^^_____ _________ --

lhlnhas gue soprrei no mesa tassuas panguêtes, uma aukinendoraçoável tos suas salárrias braeles bode, gom os seus familias,enfrendá os crandes tlfigultadesgue o chende to glase métio dengte fensê, senong vai kaput, assenhorres cosatêrras e bilandrasí-esbôndeng sekamende — NONG!— ESTA' IMBOCIFEL! NÓISDAMPENG ESTONG TE DAN-GA...

Ninqueng bode iknorrá gue aoroblêma to vida se gómbliguelbra dudo mundo nestas clrêisúldimas anos, e este gombliga-6ong fui muido mais crave nasbaíses nofos e te nível mais páxote etugasong bobular.

Bra 1942 a chende dinha umabatrrong te vido mais ou menas•'acucndúvel". Gom uma ortena-da te 1.000 ou 1.500 grucèrras, .ung begueno familia to glase mé- ! «mlossal-tc reguerrimendastio bodia vive gom egohomia; I aukmendasong te gabidai te ungsing, mas seng crandes aberdur- ' borsong te pangas, pangons eras nung sitade crande gomo a pangulnhas, gue canhei tinherraRio. Hôche, a chende bresiça | mde nong guerc mais, nestas ul-canhá 3.000, 4.000 e 5.000 gru- c]imas dreis anos!cerras bra face o mesmo vida te Deng panguêrras que figuei1942! E eng 1942 a chende ainda milionárrias ta noidé bra tia! Egomía peng, mas hôche nong se açora, gwando as suas einbre-

Um pangárna

nha uma gabidai te 20.000.000te grucèrras, ligava gondende sedinha uma palanso gom1.000.000 te lukrro ligwida; assuas tirrekdorres canhava, gadauma, 5.000 grucèrras bra gadaméis. Hôche a mesma pangoaukmendei a sua gabidai bra100.000.000, as suas lukrros li-gwidas estong te 20-000.000 e assuas tirrekdorres canha, gadauma, 15.000 ou. 20.000 grucèrrasbra gada méis! Se alquéng nongguer agretidá nestes baláfras,é só betir bra face uma ekçârneno esgrita te uma pango gwal-gué, ou, endong, vai na Tebarda-menda te Fisgallssasong pangár-ria e béde bra vê o gwandltade

bra

Deng, bois, muido raçongs asrebais pangárrias bra betir au-kmendasong tas suas salárrias tefome! E ung veis gue as pan-guerras nong guiz esguta braeles, CRÉVE! Créve firme e re-çoluto indé a fing! Nong afloxa,rabaisíada! Turro gom turro!Tende bra tende, olho bra olho!As panguêrras nong deng ra-çong! O raçong está chundogom as pagárrias! Afande! ra-baciada! Bra frende e brasima!

1 SESSÕES A PAR- ttttB^wiy/^Sfckl J:À^Lw -,, -fl J

I «ETTE COLBER1 ÊmL^lJ^ -íaͧ 00N AMECHF / %mBJP% A /ll

'IICHIW fflUIU / Jf.1 '^ .i/^f il

ÍS!3SSRS!-_l-3ai35mEI*ai3IB-_--i-IIEl^^

Um tolo erudito é mais tolodo que um tolo ignorante. —Moliérc.

Quando o gato enjeila locoE u'a moça casamento,

Ou o coco tem pimenta,Ou a moça impedimento.

Para oou seu

mar..»sol.

sabe áe se gome peng, e mesmose se acha te gome!

, Bra 1942 uma pango que dl-

kadas, agueles gue achutei braeles bra canhá estes fordunaskolossals, vong betir ungs mika-

A ndicamende se amaravagajòro gom linkuisa e ele

nong gomia ela! Hôche...gueng é gue vai gombrá lin-kuisa te 25 grucèrras braamará gajòro gom ela?!...

*&xaÂ&Aj2>^

LUTZ FERRRI1D01

TESSILUÇ0NG!Gwando a chende gué gassá,Vai brimêrro namorrá,Tispois, fala gom a BabaiE ele tiz-, — Nong bode vali.

OUVIDOR.88E FILIRIS

à AU.0D0N6Este gwesdongGom a alkodongNa Pango ta Pracil,Barrése, chá.Gue vai virráNuma "Poisson d'Avril".

QUASI FRITOPiorello La Guardiã está en-

cantado com o Rio, mas con-fessou que o calor dos trópicosquasi o derreteu.

— A minha salvação — acres-centou o ex-prefelto de NovaYork — foi ter encontrado aquiuma casa como "A Esplanada",que tem em stock essas mara-.vllhosas roupas Tran-Chan, que]a gente pode comprar e sair comfelas no corpo no mesmo instan-te. Se não fosse isso, estariafrito...

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MATRIZ: RIO DE JANEIRORUA DO CARMO, 65/G9FILIAI.: COPACABANA

RUA FiaUBIREDO MAGALHÃES, 82

CORRESPONDENTES EMTODO O BRASIL

SAO PAULO: ItÜA S. JOSÉ'BRtCOLA, I?

SANTOS: RUA 15 DENOVEMBRO, 142

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„tio, 31-M046 A MANHA

<Teim$ teatro, ias iãi temos teatros»Mesa redonda promovida por este arrotat

teatro •— A opinião de ProcopioSempre interessada em íocali- —-————_________

üar os problemas íunólamentaisda cultura brasileira, A MANHAtomou a iniciativa de organizaruma mesa perfeitamente redon-da, em roda da qual ilustres en-tendidos em matéria de teatropudessem, ao mesmo tempo, co-mer aJguma coisa de substancia)e transmitir-nos as suas opiniõest< pontos de vista.

Infelizmente., em virtude da si-tuaçao que atravessamos, tivemosde enfrentar tremendas dificul- jtiVides Nko encortramos a me-jsa redonda do diâmetro que de-sujávamos, nos restaurantes elascas dá cidade. As que vimosJA estavam ocupadas. E evidente-monte não nos sentiríamos beincm realizar uma mesa redondanuma mesa quadrada ou retan-guiar.

Pomos assim forçados a utiu-zar uma pequena mesa, com duascadeiras — uma para o repórterc outra para um dos entrevista-dos, escolhido por sorte. Recaiu aescolha em Procopio Ferreira, quec um personagem bastante co-nhecldo no cenário nacional.

QUESTÃO SINGULAR— Em resumo, o problema e

•simples: temos teatro, mas náotemos teatros. Eis uma questãosingular.

Foi assim que Procopio imei< ^o seu depoimento, depois de ha-ver ingerido urna peixada à mo-da c »m churrasco volumoso.

_ nos meios teatrais, sente-sium ambiente de renovação e atéile entusiasmo. Trabalha-se bas-tante pelo desenvolvimento doteatro. Artistas velhos e novosparticipam desse esforço, técnicose escritores. Mas falta-nos o prin-Clpal: é lugar onde trabalhar.

Existem companhias que estão«.l se deamilinguindo porque nãoconseguem um lugar a sombra.Quer dizer: à sombra de um tea-tro. Q_.número de teatros quetemos é insuficiente, mesmo nocentro da cidade, sem falar nossubúrbios, onde seria necessárioliu-Uuar teatros e promover espe-

Procopio Ferreira (FotoManzon)

ivo — Problemas doFerreira

o principal problema de cidade,porque sei que a questão funda-mental para os cariocas é a daautonomia. Mas é um dos pro-blemas mais imf>ortantes, cujasolução deve ser encarada comurgência, sem medo de masca-ras.

E liquidando os restos de umpudim, procopio concluiu:

— E' como dizia o poeta:

Dem teatros ao BrasilTeatros, teatros o mão cheia...

GASTE MeNÒSÍ

OKãtutOA e GaifiiAaó

Antes do desafio, os cantadores do norte em Geralse apresentam, fazendo a si mesmos os maiores elogios,num tom ingênuo c insolente. Cada qual conta as suasíarrombas, irritando c contendor com as suas )amb'*n-ças — tudo no repir.icado da vHa;

táculos teatrais para o povo. Afi-nal de contas o povo não podese contentar com a faTsa que,fora do palco, tanta gente repre-senta.

Tem-se visto por ai uma lutaencarniçada entre inquilinos deteatros: inquilinos que pagam lu-vas, alugam palcos com pVv'a qualquer preço, à maneira doque se faz com apartnnitVf.em Copacabana ou casas na Gavea.

SOLUÇÃO URGENTEO repórter verificou que Pio-

copio comia e falava com igiiáàvelocidade. E foi com o sacri ri-;io da própria sobremesa qne-..onseguiu registar as declaraçõc

do popular ator.— Se o novo prefeito do Di.«

trito Federal quiser representarum bom papel, que tome logo ainiciativa de construir teatros çtransformar em teatros algunscinemas. Não digo que este seja

Taior economia é saberviver. Gillette evitauma despeso supérflua eserve bem a qualquer um.

JOALHERIA

CONFIANÇAAnéis de grau, artigos para

presentes, jóias finas.

URUGUAIANA, 30

j

Valente não teme a lula,enchente não teme o rio,machado não teme o pau,touro não teme*a novio...Violão não teme a primapoeta não teme a rima,nem eu temo desafio.

Sou Veríssimo do Teixeira,fura-pau, fura-tijolo,se mando a mão, veja a queda,se manda o pé, vejo o rolo...Na ponta dá lingua tragonoventa mil desaforo...

Sou Jerônlmo do Junqueiro,de fala branca e macia,pisa no chão devagarque folha seca não chia...Asaubo de pau arribae desço pela furqula...

Sou Romano da Mãe d'Agua,, mato com porva soturna,

) para ganhar inleiçãonão meto a chapa na urna.Salto da ponta da pedrae pega a onça na furna.

Eu sou Claudino Roseira,} i .quele cantor eleito,

conversa de Presidente,barba de juiz de direito;honra de mulher casaria,só faço verso bem feito.

Sou Inácio da Oatingueira,j aparador de catombos;| Dou três tapas, são três qut?das,

Dou três tiros, são três rombos.Negro velho cachaceiro,bebo, mas nao dou um tombo.

Eu sou Pedro Ventania,moiador lá nas "Gangonas",se me vires, não te assustes;se te assustares, não corras;se correres, não te assombres,se te asKombraies, não morras!

*^^____!___?^2 H _T

Quem canta com Azulãose arrisca a perder diploma.Seja duro que nem ferre,fica que parece goma...Não tem santo que dê jeito,nem mesmo o Papa de Romal

Eu jâ suspendi um raiee fiz t. yè)ítu parar.Já tiz estrela corre,j!'i fi-? í-pI quente esfriar,Já fègurôi uma onçapara um muleque mamaf,,..

LAMINA*Gillette

AZUL

Prtsafios dt tempo— Gato se lavando com a saliva

i prenuncia chuva, .| — Cachorro dormindo de pa-: Ias para cima, é sinal de chuva.

AS criança*- dizem o que fa-zem; os velhos, o que fizeram;e os tolos, o que querem fazer.

___^K*^__B_r_l____e*'^wfll

_______________ ^______l_____mp__R^_2_mIÉ_ífl Bi Hf^n__U_P _B

rCassino Copacabana

Apresenta:

-04&mã0Êwn

A\i^r^Mm) :;,.

"«SMBf***-,.,•.,-, 1. . .-|,'.í-..|Mi •. . ».' ••• :¦:. •¦'¦! ¦'.'.'.¦¦.•.;-. \' .. . ¦'. . . i' ¦

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Hoje c Iodas as noites

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f

A LINHA ATACANTE DO SELECIONADO NACIONAL

Sob a .ri.„.aÇã. _-- -. Oà-m Du«r», . «..clonad. ».*„,. «^^^2* S^t^^S^^SpÍSi^^-dade de assegurar-lhe condições de ma or

£^e™^n^^ De agora J diante, a linha dianteira do selec.o--e«»«ujk•_____:_r_5_y5_*ruí53r*.3.£>ç" S$3S* wí•_-*.«•*_

MUITA SORTESegundo os nossos correspon-

dentes especiais no Paraná, foireeleito presidente da FederaçãoParanaense de Futebol o Dr.Felizardo Gomes da Costa.

Oo desportistas locais achamque o Dr. Felizardo está commuita sorte.

¦il JlÜ s^|P_/ufP$ i 1 x«*lr—^ÊéIIíIf

É '

Crònioade«iâllilPRECISO TRABALHAR

REGIME NOVOVAI HAVl.lt ItlSPOItMA NO .IWT.KBOL ÇAIUOCA

NO NINHO ANTIGOd. PAULO, 31 — Passarinho,'que foi o lider dos artilheiros

do último campeonato paulista,renovou o seu contrato com oS.P.R. mediante boas luvas.

Nestas condições, Passarinhonão-ii)udará de galho e se con-serva rá no ninho antigo

Falam muito de inim, e eu seidisso. Mas a verdade é que asondas feitas em torno dp meunome demonstram a importânciada atuação que eu' tenho desen-volvido no campo dos esportesnacionais.

Bu gosto mesmo dessa agita-ção e detesto a agua parada. Sepreferisse o remauso, a vida fa-cil, o ganhar o dinheiro cm si-lencio, então teria arranjado uin>cartório com meu tio .üotülio eestaria na moita, descansando.

Mas nasci e me criei nos patn-

MIRIO FALHADA PRIMEIRAir1 li yyjrilVELHOS ASTROS-III

; Chegam-me cartas de todo o pais, a propósito deste álbum degravuras do futebol brasileiro do principio do século. Come-iam

os leitores a pedir noticias de velhos astros, que hoje não dão nocouro e são forçados a viver atolados noutras atividades não menosperigosas, porem mais lucrativas.* *

2 Um leitor do norte escreve-me, inquieto, a respeito de um an-

tigo crack pernambucano — o Jap. Que fim teria levado o ágilatacante dos campos do Recife? Estaria discretamente fazendo o pa-1peZ de treinador de algum time de subúrbio? I

* i

5Nnda disso. O Jap — ou seja, o Japonês — deixou de vez o fu- '

tebol e, depois de ter sido ministro, já se fez deputado. Noutros jtempos ele deu muita cabeçada. Hoje, na politica, ele joga pra cabeça.

» *jê Jap arrastava a torcida do Recife. O povo apreciava-o, porque*b ele corria veloz como ninguém e chutava com os dois pés, sem

nunca meter os pés pelas mãos. Atacante, sabia se defender, quandoisso se tornava necessário. Fez goals que ficaram famosos na histo-Kia do football pernambucano. * »

5 «Vôo parecia um atleta: era amarelo, como os impaludados.dos

mocambos recifenses. No'entanto, era resistente no jogo. Umtécnico estrangeiro, A. CHateaubriand, afirmou que ele era um dosindivíduos mais "duros" que conhecera. E outro, técnico nacional,o Sr. Adalberto Corrêa, declarou uma vez que nunca vira alguémcorrer tanto quanto Jap. * * „

6 Chegou a pertencer ao selecionado pernambucano. Mas houve

um amigo de sua familia que, com o seu sotaque exótico, pro-curou certa vez convencer Jap de que não devia entrar em campepara disputar uma partida importante. E dizia: "No vais, filho' Novais, filho] "¦ Ainda hoje Jap não pode ouvir tal impressão sem- sen-tir um caíafrio. » * *

7 Depois de uma brilhante carreira no futebol, Jap, que tanto

fulnnrava na meia direita quanto na mein esquerda, fez-se pro-fessor de ginásio e homem, dejetras. Chegou até a escrever unmneçade teatro que ainda hoje é. bastante representada, com risos gerais:"Cala a boca, Etelvino!" * * • *

SFoi até a altos postos, fazendo uma carreira veloz na politica,

como fizera nos campos.de futebol. E agora.está na Câmara,ainda amarelo, ainda joqandq em: varias posições, atacando e aefen-,dendo-se. Os torcedores pernambucanos certamente rcconficccrceo oJaponês no deputado Agamenon Magalhães.

pas, enrljando os músculos nosrodeios mais perigos. domesti-cando os nervos nos mais du-ros entre veros.

Foi por isso que eu conseguivencer campanhas tremendas naFederação e torná-la, afinal, umaentidade mui macanula, capaz deresistir a todos os ataques, semperder o ecfúilibrio.

Aceitei o.posto de deputado nasúltimas eleições para continuara lutar como até agora, Eu es- .pero ser na Câmara aquilo que»na cancha é o nosso Kôleàe.: nn-petuoso, Agressivo 2 oportunista.Hei de cavar brechas na defesacontraria, atacarei sempre comardor e sangue. Jogarei pn ca-beca, dando, de vez cm ..ünndo;algumas cabeçadas em estilo cs-petacular

R/econlwço que as vezes é bomdescansar, tirar a se-sta semmaiores preocupações, fumar umbom charuto em conversa molecom um grupo de amigos e —que me perdoem a expressão —camaradas.

Mas acontece que fui eleito pe-lo Partido Trabalhista. Agora,quer queira quer não, eu tenhode ir para o batente, trabalharno duro, com inteira autonomia.Por sinal que me batendo' res»-.lutamente pela autonomia cio Dis-trito Federal, porque sem r.uto-

I nomia a capital do pais fica re-«(".unida a um clube de subúrbioI que só pode atuar em oeladasj E isso não é decente.

O Sr. João Lyra Filho

O campeonato carioca de 1946vai realizar-se sob um novo re-gime. Segundo informações queo Sr. João Lira Filho nos pres-tou em primeira boca, a coisaagora vai ser muito diferente,graças aos entendimentos que seprocessam entre os cartolas.

— O público pagará entradasde acordo com a importânciados encontros — disse-nos aque-

le nosso distinto colaborador. —Nâo é justo que um torcedor pn-gue, para assistir a um Flaineu-go- Vasco o mesmo que paga pa-ra ficar na arquibancada duran-te um jogo Bangú - Bonsucesso.Neste, há sempre um jogo sim-pies, com um resultado quasesempre previsto, porque sm geralo BÒnsucessoo termina levandoa breca. No outro, oòtiiSitteradoclássico, há, alem do espetáculode football, uma parte clesporti-va mais vasta, com números nebox, tiro ao alvo, corridas de ve-locidade, luta livre, lançamentodè dardos ou pedras, etc. Bntim,

I espetáculos completos.Informou-nos o entrevistado

que é projeto fazer com que osespectadores até recebam di-nheiro quando os jogos não serealizam, por motivos superioresou, na realidade, inferiores.

— Posso garantir à dinâmica; e insuperável reportagem de "A

MANHA" que as cartolas dofootball carioca estão prontas pa-ra trabalhar, mas os clubes Im-portantes não querem que os seusparedros se mantenham nessa si-tuação, isto é, "prontos".

yjÉ___fl%~mM:POR .IOSE O IMS OO LEGO

EIS O GOLPE!Essa gente que vai aos jogos de

football ou apenas os ouve peloradio sempre se confessa surpre- |endidã~^õnTTi.rTnanobr_s-di3-U4n-técnico e estrategista como Fia-vio Costa. Eu nada entendo doriscado, mas não me espanto maiscom essas coisas.

O Aleixo, por exemplo, foiuma surpresa para grande nume-ro de torcedores brasileiros.Ninguém o conhecia, ninguémacreditava nele. O João Lyra Fi-lho chegou a pensar que se tra-

| tava do Pinto Aleixo, da Baia,| um que foi interventor.| Pois o Aleixo que era um obs-[curo, esse brilhou no encontroj sensacional com os uruguaios. O

nosso Jayíne, ,que estava,sendoum herói, íevou a braça,, nwchu-cou-se e saiu de campo.' Entãoo Flavio o substituiu pele Alei-

xo, que agüentou o rojão comuma firmeza e uma bravura develho crack.Imediatamente certos cavalhei-

ros mal informados começarama dizer que o Aleixo era a armasecreta do treinador do nosso se-lecionado. E essa tolice passou acorrer de beca em boca.

Eu é que não acredito em talcoisa. Aleixo foi uma peça damáquina que Flavio Cesta mon-tou. A sua verdadeira arma sé-creta è outra e não joga foot-bali. E' o velho e querido John-son, o massagista da nossa tur-ma.

Johnson é da confiança do téc-nico, E' o melhor massagista doBrasil- E' Flamengo.ido.coração.È isto 6 o gue interessa. O maisé bobagem. . •'„•• . „•••,.

JOSÉ' HIHS DÒ LEÒO. ,

TRANSroa-TES — U'" PV°"lil em a precisaser encara «I««quanto antespelos cartolasdo football ca-rioca. é o dostransportes Oopúblico para i«r"

____________ praças de des-portos. Nao fe por mim que falonisso. Afinal de contas, sou umhomem forte e, alem do í»."1'disponho de um bom cairo depasseio. Mas muito me tlói vercomo o público carioca é mal-tratado nos dias de jogo, andan-do como sardinhas nos lotaçõese nos taxis, arriscando a vida »"'bondes.

O que ai está não pode comi-nuar. E' preciso dar um poucode atenção aos pingentes d»nosso futebol.

Foi para falar nisso ítfic 1°'mei a iniciativa de ir procurar «JMario Polo, no Fluminense. »ele me dfasc logo de entrada <?««*o assunto ia ser resolvido pelotricolor das Laranjeiras.

— A Light declara «.ue eslácom falta d«e; bond«*s e por issohão pode. dar solução:

E passando* lenço na testo*_ O Fluminense delibero" c«-

tão ceder parle dos "boiides

que mantém isob contrai». • ¦

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