2 Edicao Referencial Formacao Pedagogica Inicial Formadores 04-04-2013
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Referencial de Formao
Formao Pedaggica Inicial
de Formadores
DEPARTAMENTO DE FORMAO PROFISSIONAL
CENTRO NACIONAL DE QUALIFICAO DE FORMADORES
-
REFERENCIAL DE FORMAO PEDAGGICA INICIAL DE FORMADORES
Editor
Instituto do Emprego e Formao Profissional, I.P.
Coleo
Referenciais de Formao
Autores
Instituto de Estudos Sociais e Econmicos - IESE
Ttulo
Referencial de Formao Pedaggica Inicial de Formadores
Coordenao Tcnica
Departamento de Formao Profissional
Centro Nacional de Qualificao de Formadores
Direo Editorial
Departamento de Formao Profissional
Centro Nacional de Qualificao de Formadores
Data de Edio
1 Edio - maio de 2012
2 Edio - maro de 2013
-
REFERENCIAL DE FORMAO PEDAGGICA INICIAL DE FORMADORES
NDICE
NDICE
1. ENQUADRAMENTO ....................................................................................................................... 1
2. FINALIDADES ................................................................................................................................ 9
3. DESTINATRIOS ............................................................................................................................ 9
4. CONDIES DE ACESSO FORMAO ............................................................................................. 10
5. OBJETIVOS GERAIS /COMPETNCIAS VISADAS ................................................................................. 12
6. ELEMENTOS ESTRUTURANTES ELENCO MODULAR .......................................................................... 14
7. METODOLOGIAS E ESTRATGIAS DE FORMAO .............................................................................. 33
8. AVALIAO ................................................................................................................................ 34
9. PERFIL DOS FORMADORES .............................................................................................................. 3
10. ORIENTAES PARA O FORMADOR E PARA O FORMANDO .................................................................... 5
ANEXOS ......................................................................................................................................... 60
ANEXO 1 - INSTRUMENTOS DE VERIFICAO DAS CONDIES DE ACESSO .......................................................
ANEXO 2 - MDULO 1..........................................................................................................................
ANEXO 3 - MDULO 2..........................................................................................................................
ANEXO 4 - MDULO 3..........................................................................................................................
ANEXO 5 - MDULO 4..........................................................................................................................
ANEXO 6 - MDULO 5..........................................................................................................................
ANEXO 7 - MDULO 6..........................................................................................................................
ANEXO 8 - MDULO 7..........................................................................................................................
ANEXO 9 - MDULO 8..........................................................................................................................
ANEXO 10 - MDULO 9 .......................................................................................................................
-
REFERENCIAL DE FORMAO PEDAGGICA INICIAL DE FORMADORES
_ SIGLAS E ACRNIMOS
LISTA DE SIGLAS/ACRNIMOS
AD Avaliao Diagnstica AF Avaliao Final ANQ Agncia Nacional de Qualificaes AS Avaliao Sumativa CCP Certificado de Competncias Pedaggicas CCPE Certificado de Competncias Pedaggicas de Especializao CNQF Centro Nacional de Qualificao de Formadores CP Competncias Pedaggicas DTP Dossier Tcnico-Pedaggico EaD Ensino a Distncia ECTS Sistema Europeu de Acumulao e Transferncia de Crditos ECVET Sistema Europeu de Crditos para a Educao e Formao Profissional FPIF Formao Pedaggica Inicial de Formadores IEFP Instituto de Emprego e Formao Profissional LCMS Learning Content Management System LMS Learning Management System MF Mdulo de Formao MTP Mtodos e Tcnicas Pedaggicas OP Objetivos Pedaggicos PCEA Plataformas Colaborativas e de Aprendizagem PI Projeto de Interveno PME Pequenas e Mdias Empresas PNL Programao Neurolingustica RVCC Reconhecimento, Validao e Certificao de Competncias RVCCFor Reconhecimento, Validao e Certificao de Competncias de Formadores SNQ Sistema Nacional de Qualificaes SubM Sub-mdulo de Formao TIC Tecnologias da Informao e Comunicao
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REFERENCIAL DE FORMAO PEDAGGICA INICIAL DE FORMADORES
ENQUADRAMENTO 1
1.
1.1 FORMAO PROFISSIONAL: OS NOVOS DESAFIOS PARA OS FORMADORES
A formao profissional assume um papel central e de crescente importncia (a par da
educao) perante os novos desafios que surgem no pas e, na Unio Europeia: globalizao,
envelhecimento da populao, emergncia e utilizao crescente de novas tecnologias e
consequente necessidade de atualizao e aquisio de competncias1.
Tais desafios requerem um aumento do investimento no capital humano e na necessria
adaptao dos sistemas de educao e formao existentes. A aposta na formao profissional
conduz estruturao e competitividade dos mercados de trabalho e do tecido econmico no
seu todo. A educao e a formao assumem, assim, um papel decisivo na transio para uma
sociedade e economia baseadas no conhecimento2.
O Decreto-Lei n. 396/2007, de 31 de dezembro, que estabelece o regime jurdico do Sistema
Nacional de Qualificaes (SNQ), a melhoria da qualidade da formao profissional, das suas
prticas e dos seus resultados, exige uma atuao que promova a capacidade tcnica e
pedaggica dos formadores, atravs do reforo permanente das suas competncias.
Neste sentido, o novo regime jurdico, aprovado pela Portaria n 214/2011 de 30 de maio,
procura responder a estas necessidades, definindo novas regras relativas aos dispositivos de
qualificao e certificao pedaggica de formadores, sejam eles de Formao Inicial, Contnua
ou de Reconhecimento, Validao e Certificao de Competncias, com mais exigncia,
coerncia e transparncia, facilitando a perceo por parte dos diversos pblicos e das
entidades formadoras e simplificando e desburocratizando procedimentos.
Este diploma legal pretende reforar a qualidade da Formao Profissional atravs da
realizao dos seguintes objetivos:
(i) Valorizar a certificao da aptido pedaggica do formador, estimulando a
mobilizao das competncias capazes de induzir uma relao pedaggica eficaz em
diferentes contextos de aprendizagem;
(ii) Estabelecer a obrigatoriedade da Formao Pedaggica Inicial para o acesso
atividade de formador garantindo uma interveno qualificada neste domnio;
1SIMES, Maria Francisca e Maria Pastora Silva (2008). A operacionalizao de processos de reconhecimento, validao e
certificao de competncias profissionais - guia de apoio, Lisboa, ANQ. 2Idem.
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REFERENCIAL DE FORMAO PEDAGGICA INICIAL DE FORMADORES
2 ENQUADRAMENTO
(iii) Promover a formao contnua dos formadores, salientando a necessidade da sua
atualizao permanente, em especial daqueles que intervm em aes dirigidas a
pblicos mais desfavorecidos, na mediao de formao, na formao de formadores,
na formao a distncia, na formao em contexto de trabalho, na gesto e
coordenao da formao, bem como na consultadoria de formao, particularmente
junto das PME.
Fonte: Portaria n 214/2011 de 30 de maio.
De acordo com este Diploma, para aceder atividade de Formador necessrio ser titular de
um Certificado de Competncias Pedaggicas (CCP) que pode ser obtido atravs de uma
entidade formadora certificada3, mediante uma das vias ilustradas no esquema seguinte:
VIAS DE ACESSO CERTIFICAO DE COMPETNCIAS PEDAGGICAS
Fonte: Adaptado de Portaria n 214/2011 de 30 de maio.
No que respeita Formao Pedaggica Inicial e Contnua de Formadores foi necessrio
adaptar os referenciais existentes s novas perspetivas tcnico-pedaggicas e fazer uso das
recentes investigaes no domnio da formao, considerando a experincia adquirida, os
constrangimentos observados e a evoluo, entretanto, verificada ao nvel do perfil de
3 Portaria n 851/2010, de 6 de setembro.
Frequncia com aproveitamento do curso
de FORMAO PEDAGGICA INICIAL DE FORMADORES
Presencial
b-learning
RECONHECIMENTO, VALIDAO E CERTIFICAO
DE COMPETNCIAS pedaggicas de
formadores, adquiridas por via da experincia
Certificao total de competncias
Certificao parcial de competncias
+ Formao Modular
RECONHECIMENTO DE DIPLOMAS OU
CERTIFICADOS DE HABILITAES DE NVEL SUPERIOR que confiram
competncias pedaggicas correspondentes s
definidas no perfil de referncia, mediante deciso devidamente
fundamentada por parte do IEFP
CCP - CERTIFICADO DE COMPETNCIAS PEDAGGICAS
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REFERENCIAL DE FORMAO PEDAGGICA INICIAL DE FORMADORES
ENQUADRAMENTO 3
competncias do formador e tendo em ateno as orientaes da Portaria decorrentes do
processo de reviso da legislao de enquadramento.
A Formao Pedaggica Inicial de Formadores passa a ter uma durao de base de 90 horas e a
Formao Contnua passa a ser organizada em mdulos de 10 horas, com uma durao
variavl, mxima de 50 horas.
A escolha da modalidade de interveno formativa para a Formao Pedaggica Inicial e
Contnua de Formadores, dever ter em conta os requisitos exigidos, de acordo com a oferta
disponibilizada, podendo optar-se por:
Independentemente da sua opo, qualquer uma destas vias ir permitir ao formando, com
aproveitamento, obter a sua certificao enquanto formador, no caso concreto da Formao
Pedaggica inicial, obter o CCP e no caso da Formao contnua obter um Certificado de
Competncias Pedaggicas de Especializao (CCPE).
O esquema seguinte pretende ilustrar os requisitos ao nvel das qualificaes e experincia
profissional que o Formador deve possuir para o exerccio, com sucesso, da sua atividade:
(i) qualificao acadmica e/ou profissional na rea em que pretende desenvolver a sua
atividade de Formador (p.e., um Formador de informtica dever possuir uma
licenciatura na rea da Informtica);
FORMAO PEDAGGICA INICIAL
FORMAO PRESENCIAL EM SALA
FORMAO blended-learning repartida entre a formao presencial e a formao realizada a
distncia (remetendo-se novamente, nesta ltima componente a distncia, para o e-
learning)
FORMAO CONTNUA
FORMAO PRESENCIAL EM SALA
FORMAO A DISTNCIA, em que a componente a distncia domina a formao: e-learning. As
sesses so ministradas atravs de um sistema informtico com suporte da Web (utilizando os recursos e metodologias interativas que a Web oferece para promoo e suporte da formao-
aprendizagem);
FORMAO blended-learning, repartida entre a formao presencial e a formao realizada a
distncia (remetendo-se novamente, nesta ltima componente a distncia, para o e-learning)
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REFERENCIAL DE FORMAO PEDAGGICA INICIAL DE FORMADORES
4 ENQUADRAMENTO
Profisso
Atividade 2
Atividade 3
Atividade 4
Atividade 1
(ii) experincia profissional relevante na rea de formao de base, que lhe permita ter
um contacto realista com o mercado de trabalho e consequentemente conhecer os
principais desafios da profisso (p.e. tcnico de informtica); e
(iii) formao pedaggica que lhe permita obter o CCP.
Requisitos para o exerccio da atividade de Formador
O enquadramento do perfil profissional do formador como uma atividade e no como uma
profisso leva ainda, ao debate sobre estes conceitos que, na tica do novo enquadramento
legal, enquadram a formao neste prisma.
A Atividade remete, conceptualmente, para um conjunto de comportamentos/aes
realizadas para a execuo tcnica de uma tarefa, de uma tcnica ou do exerccio de uma
profisso.
A Profisso remete para a formao inicial do indivduo adquirida por via formal, no formal e
informal, atravs das escola ou da experincia, identifica-o pelas competncias adquiridas
nessa fase abordando uma ou mais atividades. Neste sentido, a profisso requer estudos
extensivos e o domnio de um dado conhecimento ao passo que a atividade est relacionada
com as funes efetivamente realizadas no Mercado de Trabalho (p.e., um indivduo detentor
de uma formao inicial em Psicologia identificado como Psiclogo de Profisso; contudo, a
Qualificao acadmica
e/ ou profissional
Experincia profissional comprovada
Formao Pedaggica
ATIVIDADE DE
FORMADOR
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REFERENCIAL DE FORMAO PEDAGGICA INICIAL DE FORMADORES
ENQUADRAMENTO 5
atividade que exerce poder ser de Psiclogo, mas tambm poder exercer atividades de: (i)
investigador; (ii) professor; (iii) formador; (iv) gestor de recursos humanos, ; tal como um
indivduo que conclui o seu 12 ano pela via da formao profissional especializando-se na
rea de Mecatrnica poder exercer atividades de: (i) mecnico; (ii) formador; (iii) eletrnico;
)
1.2 COMPETNCIAS PROFISSIONAIS DO FORMADOR: NOVOS FOCOS DE INTERVENO
O Formador, atualmente, responde a mltiplos desafios e tem de estar preparado para
enfrentar as necessidades de um mercado da formao profissional cada vez mais competitivo.
Para responder a este objetivo necessrio, em primeiro lugar, perceber quem o Formador.
De uma forma geral, pode afirmar-se que se trata de um indivduo qualificado, detentor de
habilitaes acadmicas e profissionais especficas, cuja interveno auxilia o formando na
aquisio de conhecimentos e/ou desenvolvimento de capacidades, atitudes e formas de
comportamento.
No entanto, atualmente as empresas e o prprio mercado esperam mais do Formador: exigem
um ser inspirador, motivador e mobilizador, capaz de romper com os paradigmas
tradicionais, pr-ativo, empreendedor e criativo. Os Formadores devem ser profissionais
empresrios de si, que constroem o seu percurso atravs do que Joaquim Azevedo (1999)
designou de voos de borboleta. Enquanto construtores e gestores autnomos da sua
carreira, procuram voar atravs das flutuaes do mercado de trabalho, enraizando em si
prprios um leque de competncias precioso no suporte dos seus sinuosos percursos.
Ao Formador no basta ensinar e transmitir conhecimentos, necessrio ser um facilitador
da aprendizagem, um estimulador criao de novos comportamentos e atitudes, um
profissional que exera influncia nos seus formandos orientao centrada no cliente - no
que respeita excelncia, que observe e estude as diferenas individuais dos sujeitos, as suas
consequncias e as suas causas. O Formador um profissional multitasking (multitarefas) que
deve, simultaneamente, mobilizar competncias das reas de psicologia, sociologia,
pedagogia, gesto, marketing, entre outras cincias.
Daqui decorre o facto destes gestores de si acumularem diferentes funes ao longo das
suas carreiras, como se de uma pequena empresa se tratasse. A utilizao desta metfora
serve para afirmar que estes profissionais detm em si mesmos um departamento de
marketing, um departamento de recursos humanos, um departamento de contabilidade,
um departamento de formao, assemelhando-se ao perfil de profissional que emerge
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REFERENCIAL DE FORMAO PEDAGGICA INICIAL DE FORMADORES
6 ENQUADRAMENTO
cada vez mais no atual mercado, e que tem associada a incerteza e a mudana, em ritmo
acelerado.
Assim, aos formadores exigido que mobilizem competncias fortemente orientadas, no s
para o mbito pedaggico, mas para atitudes e comportamentos que consigam destacar, de
um modo singular, no seio da elevada oferta que existe de formadores no mercado. A
diferenciao comporta a necessidade de ser empreendedor, ter autonomia e esprito de
iniciativa, capacidade de adaptao a qualquer pblico, ser capaz de sair do mbito da sala e
ir para alm do que tradicional e convencional. Em suma, exige-se inovao, criatividade,
diversidade e mediao.
Neste contexto, existe um conjunto de drivers de mudana associados s fortes e rpidas
evolues societais, econmicas, tecnolgicas e socioprofissionais, assim como crescente
heterogeneidade dos clientes (formandos), tendncias que obrigam a uma reorganizao dos
modelos e processos de ensino-aprendizagem. Estas dimenses exigem ao Formador a
mobilizao de competncias (cognitivas, afetivas e psicomotoras) nos seguintes ncleos
temticos:
Uma das ferramentas de informao fundamental e subjacente ao presente documento foi, o
Estudo promovido pelo IEFP Formador: como e porqu muda uma profisso4 que resultou na
produo de um referencial de competncias do Formador. De acordo com este Estudo, o
Formador o profissional que estabelece uma relao pedaggica adequada e eficaz e que
4 Quaternaire Portugal (2010), Estudo Formador - como e porqu muda uma profisso, IEFP.
FORMADOR
Novos contextos de formao
Criatividade pedaggica
Cidadania e igualdade de
gnero
Diversidade social e tnica
Gesto de projetos Empreendedorismo
Marketing e consultoria
Trabalho em equipa e em
parceria
Tecnologias de informao e comunicao
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REFERENCIAL DE FORMAO PEDAGGICA INICIAL DE FORMADORES
ENQUADRAMENTO 7
promove e facilita a aprendizagem, contribuindo para o desenvolvimento de competncias
previstas no referencial pr-definido, mobilizando os saberes e as competncias necessrias
em funo das situaes e de grupos concretos, numa prtica social e eticamente situada. O
Formador, embora interagindo em contextos de formao-aprendizagem diferenciados, tem
reconhecido transversalmente, independentemente do contexto que intervm e dos
destinatrios, um conjunto de competncias nucleares (core).
O Formador, a jusante e a montante da sua interveno, interage, para alm dos seus
destinatrios diretos (os formandos), com uma diversidade alargada de atores institucionais e
individuais, internos e externos ao sistema formativo.
Tendo por base uma reflexo profunda ao Estudo citado, e de acordo com os resultados que o
mesmo apresenta, construiu-se uma matriz que sistematiza os contedos do Estudo, mas j
orientados para o Referencial de Formao Inicial de Formadores. Quer isto dizer que a matriz
disponibilizada assenta na leitura do Estudo mas consubstanciada em contedos orientados
para o presente referencial.
A matriz pretende, deste modo, refletir uma abordagem ao referencial de competncias e uma
melhor compreenso da estrutura do referencial de formao que adiante se apresenta,
descrevendo trs eixos fundamentais que consubstanciam o perfil profissional do Formador:
rea de interveno, Macro competncia e Unidade de competncia.
REA DE INTERVENO MACRO COMPETNCIA UNIDADE DE COMPETNCIA
PREPARAO E
PLANEAMENTO DA FORMAO Preparar e planear o
processo de aprendizagem
Analisar o contexto de interveno da formao
Planear atividades de aprendizagem
CONCEO
DA FORMAO
Conceber os produtos de formao
Desenhar programas de formao
Conceber/explorar recursos didticos e multimdia
DESENVOLVIMENTO DA
FORMAO
Facilitar o processo de aprendizagem
Aplicar tcnicas diferenciadas de interao pedaggica e de dinamizao de grupos
Gerir Networking Utilizar e Gerir Plataformas Colaborativas e
de Aprendizagem
Gerir a diversidade Aplicar metodologias de gesto da
diversidade no contexto da formao
ACOMPANHAMENTO E
AVALIAO Acompanhar e avaliar as
aprendizagens
Conceber os instrumentos de avaliao da Formao e das Aprendizagens
Atribuir e reportar resultados da Formao e das Aprendizagens
Fonte: Adaptado de Quaternaire Portugal (2010), Estudo Formador - como e porqu muda uma profisso, IEFP.
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REFERENCIAL DE FORMAO PEDAGGICA INICIAL DE FORMADORES
8 ENQUADRAMENTO
As principais competncias requeridas para o exerccio da funo de Formador encontram-se
sistematizadas no esquema seguinte.
Fonte: Adaptado de Quaternaire Portugal (2010), Estudo Formador - como e porqu muda uma profisso, IEFP.
COMPETNCIAS NUCLEARES DO FORMADOR
Preparar e planear o processo de aprendizagem
Facilitar o processo de aprendizagem orientando para o cliente (formando)
Acompanhar e avaliar as aprendizagens
Gerir a dinmica da aprendizagem ao longo da vida
Explorar recursos multimdia e plataformas colaborativas
Gerir a diversidade (pedagogia diferenciada e pedagogia inclusiva)
Adotar atitudes de empreendedorismo e criatividade
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REFERENCIAL DE FORMAO PEDAGGICA INICIAL DE FORMADORES
AVALIAO 9
2.
O referencial de Formao Pedaggica Inicial de Formadores constitui um instrumento
estruturante e operacional, que integra um conjunto de competncias nucleares, em funo
das quais se desenvolve o respetivo programa, metodologia pedaggica, planificao e
avaliao visando a melhoria da qualidade da formao profissional ministrada pelos
formadores certificados.
Com a frequencia do Curso de Formao Pedaggica Inicial de Formadores os futuros
formadores devero assumir-se como actores conscientes e dinamizadores do seu papel no
seio do sistema de Formao Profissional.
Dada a importncia do seu papel, o Formador tem como responsabilidade o domnio tcnico
atualizado relativo rea em que especializado, o domnio dos mtodos e das tcnicas
pedaggicas adequadas ao tipo e ao nvel de formao que desenvolve, bem como mobilizar
competncias na rea da comunicao que proporcionam um ambiente facilitador do processo
ensino-aprendizagem.
O formador o tcnico qualificado que atua em diversos contextos, modalidades, nveis e
situaes de aprendizagem, com recurso a diferentes estratgias, mtodos, tcnicas e
instrumentos de formao e avaliao, estabelecendo uma relao pedaggica diferenciada,
dinmica e eficaz com mltiplos grupos ou indivduos, de forma a favorecer a aquisio de
conhecimentos e competncias, bem como o desenvolvimento de atitudes e comportamentos
adequados ao desempenho profissional, tendo em ateno as exigncias atuais e prospetivas
do mercado de emprego.
3.
A Formao Pedaggica Inicial de formadores dirigida a indivduos que pretendam adquirir o
Certificado de Competncias Pedaggicas (CCP) para exercer a atividade de formador.
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REFERENCIAL DE FORMAO PEDAGGICA INICIAL DE FORMADORES
10 AVALIAO
4.
As condies de acesso Formao Pedaggica Inicial de Formadores exigem a verificao dos
requisitos de entrada, exigidos pela Portaria n 214/2011 de 30 de Maio, associados ao nvel
de qualificao escolar:
deve ter preferencialmente uma qualificao de nvel superior;
no pode ter qualificaes inferiores ao 9 ano de escolaridade.
Sem prejuzo dos critrios legais, devero constituir critrios de acesso os seguintes:
Interesse e motivao para a realizao da ao de formao;
Disponibilidade;
Situao profissional;
Expectativas e necessidades de formao;
Relacionamento interpessoal (capacidade de comunicao e interao, tolerncia,
capacidade facilidade de cooperao e de trabalho em equipa, capacidade de
coordenao de trabalho, )
Competncias pessoais e sociais adequadas funo: autonomia, assertividade,
capacidade de resoluo de problemas, esprito empreendedor, iniciativa, criatividade,
flexibilidade, )
Competncias bsicas no domnio das TIC;
Experincia profissional; e,
Outras que se venham a verificar necessrias para a concretizao do objetivo da
formao.
Os processos de seleo dos candidatos formao devero assentar em critrios
predefinidos, relacionados com a salvaguarda da transparncia de mtodos e de igualdade de
oportunidades.
Para assegurar o cumprimento dos critrios de acesso Formao Pedaggica Inicial de
Formadores necessrio:
a entrega do Curriculum-vitae (Modelo Europeu);
o preenchimento da ficha de inscrio/candidatura;
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REFERENCIAL DE FORMAO PEDAGGICA INICIAL DE FORMADORES
AVALIAO 11
Aps anlise curricular e das fichas de inscrio (cf. Anexo 1) para despiste dos casos no
enquadrveis nas condies de acesso, so convocados os candidatos para o preenchimento
de um questionrio de seleo (cf. Anexo 1) ou realizao de entrevistas individuais para
avaliao das expectativas.
Estas formas de avaliar as expectativas dos formandos sero teis no s na admisso ao
curso, como tambm, na aferio dos conhecimentos e competncias prvias.
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REFERENCIAL DE FORMAO PEDAGGICA INICIAL DE FORMADORES
12 AVALIAO
5.
A formao pedaggica de formadores/as visa promover a aquisio, atualizao e o
aperfeioamento de competncias, transferveis para a sua prtica. Estas Competncias
situam-se ao nvel da animao da formao e, tambm, no sentido alargado da sua funo:
1. na conceo e elaborao de programas de formao e de materiais pedaggicos;
2. na gesto e coordenao de formao;
3. no campo da investigao e da experimentao de novas abordagens e metodologias
aplicadas a pblicos e contextos diversificados, em vrias modalidades de formao.
O programa foi concebido com vista a contribuir para que, no final da formao, os futuros
formadores, sejam capazes de:
i) Avaliar o perfil do formador face ao contexto geral da Formao Profissional em Portugal:
Caracterizar os contextos/sistemas da Formao Profissional em Portugal;
Distinguir as competncias exigveis ao formador em funo dos sistemas em que
intervm;
Adotar uma perspetiva de autoavaliao relativamente sua prtica.
ii) Preparar, dinamzar e avaliar unidades de formao:
Planificar unidades de formao tendo como ponto de partida as orientaes e
procedimentos do plano de formao instrumento de gesto de uma organizao;
Formular adequadamente os objetivos pedaggicos que iro orientar a atividade
formativa;
Conceber e aplicar uma metodologia adequada aos objetivos, aos pblicos-alvo e ao
contexto de formao;
Desenvolver um dispositivo de avaliao das aprendizagens til sua prtica
pedaggica e como parte integrante de um sistema interativo de avaliao da
formao;
Utilizar e conceber de forma adequada os recursos didticos e multimdia na
formao, em suportes diversificados em funo da estratgia pedaggica adotada;
Adequar o processo de aprendizagem especificidade do indivduo adulto;
Desenvolver uma relao pedaggica eficaz e produtiva em funo do grupo de
formao.
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REFERENCIAL DE FORMAO PEDAGGICA INICIAL DE FORMADORES
AVALIAO 13
iii) Refletir sobre os sistemas de formao:
Desenvolver uma anlise construtiva que possa contribuir para a melhoria dos
sistemas de formao, ao nvel tcnico-pedaggico e/ou organizacional.
O formador dever ser capaz de estabelecer uma relao pedaggica diferenciada, dinmica e
eficaz com mltiplos grupos ou indivduos, de forma a favorecer a aquisio de conhecimentos
e competncias, bem como o desenvolvimento de atitudes e comportamentos adequados ao
desempenho profissional, tendo em ateno as exigncias atuais e prospetivas do mercado de
emprego.
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REFERENCIAL DE FORMAO PEDAGGICA INICIAL DE FORMADORES
14 AVALIAO
6.
6.1 ELENCO MODULAR
O Referencial de Formao Pedaggica Inicial organiza-se em percursos estruturados de
forma modular, podendo ser dinamizado atravs de diferentes modalidades de interveno
formativa:
Formao presencial, e
Formao em blended-learning .
O referencial de Formao tem uma durao de referncia mnima de 90 horas para 12
participantes5. A partir dos 12 participantes, por cada elemento a mais, deve prever-se um
acrscimo de 2 horas no Mdulo 2 Simulao pedaggica Inicial e Mdulo 9 Simulao
pedaggica Final. Dependendo da modalidade de interveno, a dimenso dos grupos pode
aumentar at determinado nmero de participantes:
na formao presencial, o grupo pode ter entre 8 a 18 participantes;
na formao em b-learning, o grupo pode ter entre 8 a 25 participantes;
As sesses online sncronas, devem ser subdivididas em, pelo menos, 2 subgrupos de
formandos, quando existirem mais de 12 participantes.
Este percurso formativo dever ser realizado num perodo mximo de 6 meses, desde que o
candidato inicia o primeiro mdulo de formao.
O esquema seguinte ilustra a estrutura do referencial de formao bem como os elementos
que o compem: ESTRUTURA DO REFERENCIAL
5
Os grupos no devero possuir menos de 8 formandos.
Referencial de Formao - 90h
Mdulo 1
Mdulo 2
Mdulo 9
Mdulo 1 - 10h
Sub-mdulo 1
Sub-mdulo 2
Sub-mdulo 1 - 4/6 h
Sesso 1 - 2h
Sesso 2 - 2h Sesso 3 - 2h
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REFERENCIAL DE FORMAO PEDAGGICA INICIAL DE FORMADORES
AVALIAO 15
A Figura seguinte apresenta o elenco modular composto pelos mdulos de formao (MF),
sub-mdulos (SubM) e, ainda, pela distribuio horria.
O desenvolvimento da formao presencial prev o recurso a um conjunto variado de
mtodos e de tcnicas pedaggicas harmonizveis de acordo com os objetivos, os pblicos-
alvo e os contextos de formao que incluem, de entre outras, sesses com o recurso a
mtodos expositivos, interrogativos, demonstrativos e ativos, e de tcnicas - Jogo de papis,
Estudo de casos, Tempestade de ideias e realizao de simulaes pedaggicas.
Referencial de Formao
Conjunto de Objetivos gerais
Competncia global
Mdulo Objetivos gerais Competncias
Sub-Mdulo Objetivos
Especficos Micro-
competncias
SubM1.1 - Formador: Contextos de Interveno (6h)
SubM1.2 - Aprendizagem, Criatividade e Empreendedorismo (4h)
MF1 - FORMADOR: SISTEMA, CONTEXTOS E PERFIL (10H)
SubM2.1 - Preparao e Concretizao das Simulaes (4h)
SubM2.2 - Anlise e Projeto de Melhoria (6h)
MF2 SIMULAO PEDAGGICA INICIAL (10H)
SubM3.1 Comunicao e Comportamento Relacional (6h)
SubM3.2 Diversidade no Contexto de Formao (4h)
MF3 COMUNICAO E DINAMIZAO DE GRUPOS EM FORMAO (10H)
SubM4.1 Mtodos e Tcnicas Pedaggicas (6h)
SubM4.2 Pedagogia e Aprendizagem Inclusiva e Diferenciada (4h)
MF4 METODOLOGIAS E ESTRATGIAS PEDAGGICAS (10H)
-
REFERENCIAL DE FORMAO PEDAGGICA INICIAL DE FORMADORES
16 AVALIAO
A estruturao programtica do referencial de formao foi concebida tendo em considerao
quatro dimenses, definidas na Portaria n 214/2011 de 30 de Maio:
Pedaggica, que visa a aquisio e desenvolvimento das competncias necessrias em
funo das modalidades, dos pblicos e dos contextos de interveno, incluindo o uso
das Tecnologias de Informao e Comunicao em diferentes situaes de
aprendizagem;
Organizacional, que inclui as tcnicas e mtodos de planeamento, gesto,
organizao, acompanhamento e avaliao da formao;
Prtica, que consiste na aplicao ou no exerccio contextualizado, real ou simulado,
das competncias tcnico-pedaggicas adquiridas ao longo da formao;
Deontolgica e tica, que abrange a observncia de regras e valores profissionais, bem
como da igualdade de gnero e da diversidade tnica e cultural.
Cada dimenso engloba um conjunto de mdulos cujos contedos so basilares para a
Formao Pedaggica Inicial de Formadores, os quais sero operacionalizados de acordo com
uma durao mnima exigvel (10 horas), definido para a formao presencial.
SubM5.1 Competncias e Objetivos Operacionais (4h)
SubM5.2 Desenho do Processo de Formao-Aprendizagem (6h)
MF5 OPERACIONALIZAO DA FORMAO: DO PLANO ACO (10H)
SubM6.1 Explorao de Recursos Didticos (4h)
SubM6.2 Construo de Apresentaes Multimdia (6h)
MF6 RECURSOS DIDTICOS E MULTIMDIA (10H)
SubM7.1 Plataformas: Finalidades e Funcionalidades (4h)
SubM7.2 Comunidades Virtuais de Aprendizagem (6h)
MF7 PLATAFORMAS COLABORATIVAS E DE APRENDIZAGEM (10H)
SubM8.1 Avaliao Quantitativa e Qualitativa (6h)
SubM8.2 Avaliao: da Formao ao Contexto de Trabalho (4h)
MF8 AVALIAO DA FORMAO E DAS APRENDIZAGENS (10H)
SubM9.1 - Preparao e Concretizao das Simulaes (4h)
SubM9.2 - Anlise e Prospetiva Tcnico-Pedaggica (6h)
MF9 SIMULAO PEDAGGICA FINAL (10H)
-
REFERENCIAL DE FORMAO PEDAGGICA INICIAL DE FORMADORES
AVALIAO 17
Todos os mdulos pertencem a mais do que uma das dimenses definidas, j que abrangem
temas de vrias dimenses, sendo que todos possuem uma dimenso pedaggica.
Matriz de correspondncia entre os mdulos de formao e as dimenses de anlise
DIMENSES DE ANLISE
MDULOS DE FORMAO PEDAGGICA ORGANIZACIONAL PRTICA DEONTOLGICA E TICA
MF1. Formador: Sistemas, Contextos e Perfil
MF2. Simulao Pedaggica Inicial MF3. Comunicao e Dinamizao de Grupos em Formao
MF4. Metodologias e Estratgias Pedaggicas
MF5. Operacionalizao da Formao: do Plano Ao
MF6. Recursos Didticos e Multimdia
MF7. Plataformas Colaborativas e de Aprendizagem
MF8. Avaliao da Formao e das Aprendizagens
MF9. Simulao Pedaggica Final
Como referido anteriormente o Referencial de Formao Pedaggica Inicial encontra-se
estruturado em 9 mdulos de formao de 10 horas cada. Estes mdulos contemplam 2
sub-mdulos de 4 ou 6 horas organizados em sesses de 2 horas, pelo que a cada mdulo
correspondem 5 sesses de formao. Esto organizados segundo as competncias a
adquirir e os contedos estruturantes de cada sub-mdulo.
-
REFERENCIAL DE FORMAO PEDAGGICA INICIAL DE FORMADORES
18 AVALIAO
MDULO 1. FORMADOR: SISTEMA, CONTEXTOS E PERFIL
COMPETNCIAS A ADQUIRIR
Pretende-se que cada formando, aps este mdulo esteja apto a:
Caracterizar os sistemas de qualificao com base nas finalidades, no pblico-alvo, nas tecnologias utilizadas e no tipo e modalidade de formao pretendida;
Identificar a legislao, nacional e comunitria, que Regulamenta a Formao Profissional;
Enunciar as competncias e capacidades necessrias atividade de formador;
Discriminar as competncias exigveis ao formador no sistema de formao;
Identificar os conceitos e as principais teorias, modelos explicativos do processo de aprendizagem;
Identificar os principais fatores e as condies facilitadoras da aprendizagem;
Desenvolver um esprito crtico, criativo e empreendedor.
CONTEDOS
SUB-MDULO 1.1 FORMADOR: CONTEXTOS DE INTERVENO
Sess
o 1
Politicas Europeias e Nacionais de educao/formao
O Sistema Nacional de Qualificaes
O Catlogo Nacional de Qualificaes
Principais ofertas formativas disponveis
Conceitos e fundamentos da formao profissional
Legislao de enquadramento da Formao Profissional
Sess
o 2
Legislao de enquadramento da atividade de Formador
Perfil do Formador (atividades, competncias e capacidades) formador profissional multitarefas
Cdigo deontolgico: direitos e deveres
Tipos de formao profissional:
Inicial
Contnua
Sess
o 3
Modalidades de formao profissional:
Educao e Formao de Jovens
Educao e Formao de Adultos
Formao para Pblicos diferenciados (p.e., com incapacidade ou deficincia)
Formador em Contexto de Trabalho (empresa e outras organizaes)
Modalidades de Interveno Formativa:
Presencial
e-learning
b-learning (blended-learning)
Processos de RVCC
SUB-MDULO 1.2. APRENDIZAGEM, CRIATIVIDADE E EMPREENDEDORISMO
Sess
o 1
Princpios da teoria de aprendizagem
Pedagogia, andragogia, didtica e psicologia da aprendizagem
Processos, etapas e fatores psicolgicos da aprendizagem
Conceitos, caractersticas e percursos da aprendizagem (individualizada/em grupo)
Fatores cognitivos de aprendizagem (memria e ateno)
Sess
o 2
A aprendizagem disruptiva como metodologia de facilitao
Esprito empreendedor na formao (conceito, competncias e principais obstculos)
Pedagogia diferenciada e diferenciao pedaggica: conceitos, tipos e formas de diferenciao
Diferenciar porqu?
A Aprendizagem atravs da Programao Neurolingustica (PNL)
Princpios da Criatividade Pedaggica (abordagem criativa e promoo de competncias)
-
REFERENCIAL DE FORMAO PEDAGGICA INICIAL DE FORMADORES
AVALIAO 19
MDULO 2. SIMULAO PEDAGGICA INICIAL
COMPETNCIAS A ADQUIRIR
Pretende-se que cada formando, aps este mdulo esteja apto a:
Preparar, desenvolver e avaliar sesses de formao;
Identificar os aspetos pedaggicos considerados mais importantes no processo de ensino- aprendizagem;
Propor solues alternativas, apresentar sugestes de estratgias pedaggicas diversificadas;
Exercitar competncias de anlise e de autoanlise relativamente a comportamentos observados no desenvolvimento de uma sesso de ensino-aprendizagem.
CONTEDOS
SUB-MDULO 2.1 PREPARAO E CONCRETIZAO DAS SIMULAES
Sess
o 1
Caractersticas da tcnica de simulao pedaggica
Processo de desenvolvimento das simulaes
Sess
o 2
Processo de desenvolvimento das simulaes
SUB-MDULO 2.2 ANLISE E PROJETO DE MELHORIA
Sess
o 1
Anlise e autoanlise dos comportamentos pedaggicos observados
Sess
o 2
Anlise e autoanlise dos comportamentos pedaggicos observados
Diagnstico das competncias demonstradas e a adquirir/melhorar
Sess
o 3
Diagnstico das competncias demonstradas e a adquirir/melhorar
Elaborao de um projeto de melhoria para acompanhamento da progresso das aprendizagens
-
REFERENCIAL DE FORMAO PEDAGGICA INICIAL DE FORMADORES
20 AVALIAO
MDULO 3. COMUNICAO E DINAMIZAO DE GRUPOS EM FORMAO
COMPETNCIAS A ADQUIRIR
Pretende-se que cada formando, aps este mdulo esteja apto a:
Compreender a dinmica formador-formandos-objeto de aprendizagem, numa perspetiva de facilitao dos processos de formao;
Compreender os fenmenos psicossociais, nomeadamente o da liderana, decorrentes nos grupos em contexto de formao;
Gerir diferentes grupos de trabalho, com fortes condies de potenciar a discriminao e bloquear a aprendizagem;
Compreender a dinmica da individualidade de aprendizagem no seio de um grupo de trabalho;
Reconhecer a importncia do mediador de grupos de trabalho.
CONTEDOS
SUB-MDULO 3.1 COMUNICAO E COMPORTAMENTO RELACIONAL
Sess
o 1
Comunicao pedaggica
Mtodos e tcnicas de comunicao
Estilos de comunicao (assertivo, agressivo, manipulador, passivo)
Fatores inibidores/potenciadores do relacionamento interpessoal e comunicacional
Eficcia e Eficincia da comunicao: Estratgias de atuao
Sess
o 2
Organizao do espao da formao (princpios de Ergonomia)
Trabalho colaborativo
Teorias, fatores, mtodos e tcnicas de motivao
Estilos de liderana e os seus efeitos na prtica pedaggica
Sess
o 3
Papel do animador de grupo
O contrato formativo: compromisso entre a liberdade e a responsabilidade
Princpios de PNL (Programao Neurolingustica)
SUB-MDULO 3.2 DIVERSIDADE NO CONTEXTO DE FORMAO
Sess
o 1
Tcnicas e estratgias de caracterizao do grupo de formao
Mtodos de gesto da diversidade (gnero, etria, cognitiva, socioeconmica, tnico-cultural, deficincia, religio, focos de interesse, )
Processos de mediao
Tcnicas de dinmicas de grupo e de gesto de conflitos
Sess
o 2
Tcnicas e estratgias de caracterizao dos fatores potenciadores de situaes de desigualdade, discriminao e bloqueadores das aprendizagens (conflitos, ausncias, falta de motivao, categorizao, preconceitos, esteretipos, efeito de halo, ...)
Individualidade no processo de aprendizagem
-
REFERENCIAL DE FORMAO PEDAGGICA INICIAL DE FORMADORES
AVALIAO 21
MDULO 4. METODOLOGIAS E ESTRATGIAS PEDAGGICAS
COMPETNCIAS A ADQUIRIR Pretende-se que cada formando, aps este mdulo esteja apto a:
Escolher e a aplicar as tcnicas e os mtodos pedaggicos mais adequados aos objetivos, aos pblicos-alvo e ao contexto de formao;
Descrever as vantagens e importncia da criatividade em meio pedaggico;
Identificar estratgias inclusivas de pblicos diferenciados;
Identificar vantagens e desvantagens da aplicao das diferentes tcnicas pedaggicas em contextos diferenciados.
CONTEDOS SUB-MDULO 4.1 MTODOS E TCNICAS PEDAGGICAS
Sess
o 1
Metodologias e tcnicas de ensino/aprendizagem especficas para adultos (passivas e ativas)
Metodologias e tcnicas de autoestudo (formao a distncia)
Sess
o 2
Mtodos Pedaggicos: expositivo, interrogativo, demonstrativo e ativo
Sess
o 3
Tcnicas pedaggicas: simulao, jogo de papis, exposio, demonstrao, estudo de casos, tempestade de ideias, projetos, aprendizagem no posto de trabalho, exerccios prticos, tutoria e dinmicas de grupo
Critrios de seleo dos mtodos e/ou tcnicas pedaggicas
SUB-MDULO 4.2 PEDAGOGIA E APRENDIZAGEM INCLUSIVA E DIFERENCIADA
Sess
o 1
Relaes entre formador-formando e formando-formando (scio construtivismo)
Criatividade pedaggica: desenvolvimento do processo criativo; a criatividade como ferramenta eficaz; tcnicas e fontes de criatividade; potenciar a atitude criativa
Sess
o 2
Dramatizao de Cenrios Pedaggicos
Estratgias de adaptao e desenvolvimento para a incluso e a formao de grupos coesos
Dinamizao de atividades indoor e/ou outdoor que permitam a aplicao dos contedos em diferentes contextos
Vantagens e desvantagens da aplicao das diferentes tcnicas pedaggicas em contextos diferenciados
-
REFERENCIAL DE FORMAO PEDAGGICA INICIAL DE FORMADORES
22 AVALIAO
MDULO 5. OPERACIONALIZAO DA FORMAO: DO PLANO AO
COMPETNCIAS A ADQUIRIR Pretende-se que cada formando, aps este mdulo esteja apto a:
Distinguir finalidades, metas, competncias, objetivos gerais e objetivos especficos;
Redigir objetivos pedaggicos em termos operacionais;
Hierarquizar objetivos segundo os domnios do saber;
Planificar momentos de ensino-aprendizagem;
Identificar os princpios orientadores para a conceo e elaborao de planos de unidades de formao;
Preencher fichas de planificao da formao (plano de ao de formao/ mdulo/ sesso).
CONTEDOS SUB-MDULO 5.1 COMPETNCIAS E OBJETIVOS OPERACIONAIS
Sess
o 1
Objetivos da formao e da aprendizagem
Metodologias e tcnicas de definio de objetivos
Objetivos pedaggicos: funo, nveis, componentes e domnios
Sess
o 2
Redao de objetivos operacionais
Conceito de competncia
Das competncias aos objetivos
SUB-MDULO 5.2 DESENHO DO PROCESSO DE FORMAO-APRENDIZAGEM
Sess
o 1
Mtodos e tcnicas de organizao e planeamento da formao (presencial e/ou a distncia)
Tcnicas e estratgias de caracterizao do grupo de formao
Tcnicas de anlise de necessidades de competncias profissionais e de caracterizao do contexto profissional dos destinatrios
Tipos de contedos (tericos, prticos e terico/prticos)
Sess
o 2
Como construir um mdulo de formao: Critrios de seleo e sequenciao de contedos segundo uma estrutura modular (unidades de formao, unidade capitalizvel )
Princpios e mtodos de desenvolvimento curricular (aplicados ao desenho de programas de formao)
Tcnicas e critrios para calcular a distribuio do tempo da formao (volume dos contedos, grau de dificuldade, importncia dos contedos/mdulos, perfil dos formandos, modalidade de formao,)
Sess
o 3
Conceo e elaborao do Plano de sesso: pressupostos, etapas, objetivos, contedos
Modelos de planos de sesso
Elementos constituintes do plano de sesso (objetivos, mtodos, tcnicas, recursos, avaliao, durao, )
-
REFERENCIAL DE FORMAO PEDAGGICA INICIAL DE FORMADORES
AVALIAO 23
MDULO 6. RECURSOS DIDTICOS E MULTIMDIA
COMPETNCIAS A ADQUIRIR
Pretende-se que cada formando, aps este mdulo esteja apto a:
Selecionar, conceber e adequar os meios pedaggico-didticos, em suporte multimdia, em funo da estratgia pedaggica adotada;
Conceber, adequar e utilizar apresentaes multimdia;
Compreender a dinmica e importncia do PowerPoint como modelo de apresentao;
Criar apresentaes em PowerPoint tendo em conta as respetivas regras de elaborao.
CONTEDOS
SUB-MDULO 6.1 EXPLORAO DE RECURSOS DIDTICOS
Sess
o 1
Funes dos recursos didticos
Tipos de recursos didticos: convencionais, audiovisuais e multimdia
Sess
o 2
Critrios de seleo dos recursos didticos em funo das caractersticas dos destinatrios, objetivos de aprendizagem, contedos programticos e forma de organizao da formao (presencial/a distncia)
Regras de elaborao de documentos projetveis
SUB-MDULO 6.2 CONSTRUO DE APRESENTAES MULTIMDIA
Sess
o 1
Principais softwares de apresentao multimdia
O PowerPoint como ferramenta base para a criao de apresentaes
Comandos e funcionalidades do PowerPoint
Sess
o 2
A interatividade da ferramenta PowerPoint
Manipulao de apresentaes em PowerPoint
Criao de apresentaes em PowerPoint
Sess
o 3
Regras de elaborao de outras apresentaes multimdia
Tratamento de ficheiros a integrar na apresentao
-
REFERENCIAL DE FORMAO PEDAGGICA INICIAL DE FORMADORES
24 AVALIAO
MDULO 7. PLATAFORMAS COLABORATIVAS E DE APRENDIZAGEM
COMPETNCIAS A ADQUIRIR
Pretende-se que cada formando, aps este mdulo esteja apto a: - Compreender as mudanas evolutivas do Ensino a Distncia; - Identificar as caractersticas e as vantagens do e-learning; - Compreender o funcionamento das Plataformas de suporte da formao a distncia; - Identificar regras de formao atravs da Internet; - Reconhecer a importncia do e-formador/e-mediador no processo formativo a distncia; - Identificar e aplicar os mecanismos/softwares de comunicao online; - Desenvolver uma formao utilizando as Plataformas Colaborativas e de Aprendizagem para
suporte de materiais.
CONTEDOS
SUB-MDULO 7.1 PLATAFORMAS: FINALIDADES E FUNCIONALIDADES
Sess
o 1
Pesquisa e Navegao na Internet
A evoluo da Web (da 1.0 atual)
Ferramentas da Web: Tcnicas de organizao e adequao da informao selecionada aos destinatrios da formao; interao (pesquisar e produzir contedos)
Introduo Web
Princpios bsicos de formao/suporte de formao atravs de plataformas de e-learning;
Sess
o 2
Aprendizagem Cooperativa e Colaborativa
Princpios bsicos sobre e-learning
Tipologias e Funcionalidades de uma plataforma (p.e. Moodle, )
Tcnicas de adaptao dos contedos disponibilizados em papel sua disponibilizao online (em Pdf, comprimidos ZIP, com apresentaes em PowerPoint em modelo .pps)
Regras Net-etiqueta
SUB-MDULO 7.2 COMUNIDADES VIRTUAIS DE APRENDIZAGEM
Sess
o 1
Comunidades virtuais de aprendizagem (blogues, frum de discusso, plataformas, );
Princpios bsicos da Web 2.0 (p.e., Redes sociais)
Insero de recursos didticos em plataformas colaborativas e de aprendizagem (p.e., normas scorm)
Sess
o 2
Estratgias, mtodos e tcnicas de organizao do trabalho e da comunicao online;
Ferramentas de comunicao sncronas (chat e videoconferncia) e assncronas (e-mail, blogues e fruns de discusso)
Sess
o 3
O papel (e funes) do e-formador e e-moderador
Princpios bsicos da e-moderao e do e-formador
-
REFERENCIAL DE FORMAO PEDAGGICA INICIAL DE FORMADORES
AVALIAO 25
MDULO 8. AVALIAO DA FORMAO E DAS APRENDIZAGENS COMPETNCIAS A ADQUIRIR
Pretende-se que cada formando, aps este mdulo esteja apto a: - Distinguir diferentes nveis de avaliao dos resultados de formao; - Construir e aplicar instrumentos de avaliao em funo dos objetivos previamente definidos,
que permitam verificar e controlar os resultados da aprendizagem, a eficincia e a eficcia da formao;
- Identificar causas de subjetividade na avaliao; - Aplicar um mtodo sistmico e evolutivo de anlise de resultados de formao; - Propor medidas de regulao, com vista melhoria do processo de formao.
CONTEDOS
SUB-MDULO 8.1 AVALIAO QUANTITATIVA E QUALITATIVA
Sess
o 1
Conceito, finalidades e objetos da avaliao
Tipos de avaliao da formao (inicial: diagnstica; contnua: formativa e sumativa; e final: sumativa)
Indicadores e critrios de avaliao da aprendizagem
Caractersticas tcnicas da avaliao (fiabilidade, validade e objetividade)
A problemtica da subjetividade no processo de avaliao
Sess
o 2
Tcnicas de avaliao (observao, formulao de perguntas, medio, ) de acordo com os objetivos, metodologias e estratgias de formao
Instrumentos de avaliao (grelhas de observao, escalas de classificao, testes de produo curta e longa, testes com questes de escolha mltipla, de verdadeiro/falso, de emparelhamento, )
Sess
o 3
Escalas de classificao (numricas, literal e descritivas)
Critrios de seleo das tcnicas e instrumentos de avaliao da aprendizagem
Regras da conceo dos instrumentos de avaliao (ponderao, tempo de realizao e tempo mdio por bloco de questes, )
SUB-MDULO 8.2 AVALIAO: DA FORMAO AO CONTEXTO DE TRABALHO
Sess
o 1
Princpios e mtodos de avaliao da formao
Avaliao da eficcia e eficincia do processo tcnico-pedaggico
Avaliao da qualidade da formao (estrutura do programa, objetivos, contedos, metodologia, atividades e recursos, formador, )
Impacte de formao e insero no mercado de trabalho
Sess
o 2
Papis e intervenientes no processo de avaliao (formador, tutor, )
Formador e tutor: competncias em comum
Tcnicas e instrumentos de recolha de informao (testes de conhecimentos, testes de performance, inqurito por entrevista, inqurito por questionrio, anlise documental, observao direta, focus-group, estudos de caso, simulao, elaborao de projetos finais, anlise de incidentes crticos, elaborao de porteflios, anlise custo-benefcio, construo de roteiros de atividades, )
-
REFERENCIAL DE FORMAO PEDAGGICA INICIAL DE FORMADORES
26 AVALIAO
MDULO 9. SIMULAO PEDAGGICA FINAL COMPETNCIAS A ADQUIRIR
Pretende-se que cada formando, aps este mdulo esteja apto a: - Preparar, desenvolver e avaliar sesses de formao; - Identificar os aspetos pedaggicos considerados mais importantes no processo de ensino-
aprendizagem; - Propor solues alternativas, apresentar sugestes de estratgias pedaggicas diversificadas; - Exercitar competncias de anlise e de autoanlise relativamente a comportamentos
observados no desenvolvimento de uma sesso de ensino-aprendizagem; - Comparar o nvel de competncias pedaggicas adquiridas ao longo do processo formativo,
com o nvel de desempenho demonstrado no incio da ao; - Elaborar uma sntese e avaliao dos processos formativos vivenciados; - Construir percursos para autoformao (traado de percursos individuais de formao).
CONTEDOS
SUB-MDULO 9.1 PREPARAO E CONCRETIZAO DAS SIMULAES
Sess
o 1
Processo de desenvolvimento das simulaes
Sess
o 2
Processo de desenvolvimento das simulaes
SUB-MDULO 9.2 ANLISE E PROSPETIVA TCNICO-PEDAGGICA
Sess
o 1
Anlise e autoanlise dos comportamentos pedaggicos observados
Sntese e avaliao dos comportamentos pedaggicos adquiridos
Sess
o 2
Anlise e autoanlise dos comportamentos pedaggicos observados
Sntese e avaliao dos comportamentos pedaggicos adquiridos
Sess
o 3
Percursos para autoformao e Aprendizagem ao Longo da Vida (Formao de: Formador de Formadores; Formador a distncia; Formador-Consultor; Gestor/ Coordenador de Formao; Mediador de Formao dos cursos EFA)
-
REFERENCIAL DE FORMAO PEDAGGICA INICIAL DE FORMADORES
AVALIAO 27
6.2 A OPERACIONALIZAO DO REFERENCIAL DE FORMAO: ORIENTAES METODOLGICAS
(a) Simulaes pedaggicas: linhas de orientao
A aplicao da tcnica pedaggica da autoscopia ou simulao pedaggica vai exigir ao
Formador uma forte aposta na conduo e acompanhamento das mesmas, nomeadamente se
estiver perante um grupo de maior dimenso (p.e, de 18 formandos). O Formador ter como
responsabilidade distribuir pelos seus formandos o nmero de simulaes a que estes devero
assistir e quais as temticas que podero ser mais interessantes para o seu percurso
profissional e/ou pessoal.
Estes casos sero mais paradigmticos nas situaes em que, dado o nmero de participantes,
tero de ser acrescentadas horas por cada elemento. Ainda que ocorra este acrscimo, cada
formando pode apenas frequentar as 10 horas obrigatrias, seguindo as orientaes que o
Formador lhe fornecer.
As simulaes pedaggicas podero ser substitudas por outras tcnicas, no caso em que os
formandos j desenvolvem funes enquanto formadores. O esquema seguinte ilustra as
vrias tcnicas que podero ser utilizadas no desenvolvimento dos Mdulos MF2 Simulao
Pedaggica Inicial e MF9 Simulao Pedaggica Final.
(b) Construir um projeto de interveno: uma mais-valia para o futuro Formador
O contexto de interveno atual do Formador muito diversificado podendo este estar afeto a
uma empresa ou atuar como freelancer, o que exige um conjunto de competncias alargado
SIMULAES PEDAGGICAS
ANLISE DAS PRTICAS PROFISSIONAIS
(visita ao posto de trabalho)
SITUAO DE SSIA (cria-se uma situao fictcia em que o
indivduo vai faltar ao trabalho e pede a algum que o substitua, mas ningum pode notar que no ela, pelo que necessrio
passar toda a informao)
SITUAO DE AUTO-CONFRONTAO
(visualizao de uma sesso de formao ministrada pelo candidato)
PRTICA SIMULADA OU OBSERVAO EM CONTEXTO
DE TRABALHO
-
REFERENCIAL DE FORMAO PEDAGGICA INICIAL DE FORMADORES
28 AVALIAO
que vai alm das competncias tcnico-pedaggicas, nomeadamente possuir um esprito
empreendedor, ter capacidade de iniciativa e forte criatividade.
Neste sentido, a construo de um Projeto de Interveno, desenvolvido ao longo de toda a
ao de formao e alvo de reflexo em todos os mdulos, ir certamente enriquecer e
desenvolver as competncias do futuro Formador. Por este motivo, dever ser encarado pelos
formandos como um investimento que poder ser rentabilizado futuramente.
O trabalho em questo no mais do que uma proposta de uma interveno pedaggica, que
pode contribuir para a melhoria das competncias do Formador a vrios nveis: tcnico,
organizacional, relacional, etc.
Neste sentido, ainda que sempre acompanhados pela equipa pedaggica, cada formando deve
propor um mdulo de formao, a partir do qual constroem o respetivo plano de formao,
que dever ser acompanhado, preferencialmente, e quando realizado o percurso completo,
pelo formador que ministra os mdulos 3, 4, 5 e 8. Este plano poder servir de base para a
simulao pedaggica final na medida em que podero extrair um contedo para o qual
apresentam um plano de sesso.
Em termos prticos, cada formando vai planificar um mdulo de formao, percorrendo os
seguintes campos:
DESIGNAO DO
MDULO
ENQUADRAMENTO (explicar o ponto de
partida do projecto e justificar a pertinncia
pedaggica)
PBLICO-ALVO
(definio do perfil de entrada e sada)
DURAO DO MDULO OBJETIVOS GERAIS OBJETIVOS ESPECFICOS
CONTEDOS DE APRENDIZAGEM
METODOLOGIAS E ESTRATGIAS
RECURSOS DIDTICOS
AVALIAO (das aprendizagens e da
formao)
-
REFERENCIAL DE FORMAO PEDAGGICA INICIAL DE FORMADORES
AVALIAO 29
A situao anteriormente descrita aplica-se claramente aos casos em que os formandos
frequentam toda a ao de formao, ou seja, todo o projeto ter uma sequncia lgica de
trabalho ao longo de todos os mdulos.
No entanto, e dependendo da forma como este projeto for apropriado, poder o mesmo ser
subdivido em diferentes produtos, cada um deles respeitante a um determinado tema, logo,
associados a resultados de aprendizagem especficos. Assim, cada formando poder
desenvolver esse subproduto no ficando prejudicado no alcance das competncias de
empreendedorismo, criatividade, autonomia e iniciativa.
(c) Mdulos de formao: precedncias
O conceito de precedncia, no quadro do atual referencial de FPIF, assume um carcter
flexvel, uma vez que no obriga a uma sequncia completamente rgida. No obstante, os
mdulos que exigem a aquisio de competncias prvias no podero ser avaliados sem que
os mdulos precedentes tenham sido concludos com aproveitamento.
Assim, importante tecer algumas consideraes sobre determinados contedos que, no
existindo a demonstrao prtica da mobilizao das competncias-chave, poder condicionar
a participao efetiva do indivduo e, consequentemente, o cumprimento dos resultados de
aprendizagem do respetivo mdulo.
Os mdulos mais crticos so os que respeitam ao eixo da operacionalizao da formao,
nomeadamente o MF5 Operacionalizao da Formao: do plano ao e o MF8
Avaliao da Formao e das Aprendizagens, bem como o MF9 Simulao pedaggica
Final. Estes trs mdulos exigem a aquisio de competncias prvias:
Para o Mdulo MF5 - Operacionalizao da Formao: do plano ao, no qual se
desenha o processo de formao-aprendizagem, necessrio que o indivduo domine
as temticas dos mdulos MF1 Formador: Contextos de Interveno, MF2
Simulao pedaggica Inicial e MF4 - "Metodologias e Estratgias Pedaggicas, na
medida em que todos incorporam respostas a competncias necessrias para
desenvolvimento do Mdulo 5.
MF1 MF2 MF4
MF5
-
REFERENCIAL DE FORMAO PEDAGGICA INICIAL DE FORMADORES
30 AVALIAO
A frequncia do Mdulo MF8 - Avaliao da Formao e das Aprendizagens implica
que o indivduo domine, por exemplo, a redao dos objetivos pedaggicos, contedo
integrante do mdulo MF5 Operacionalizao da Formao: do Plano Ao, pois
sem a mobilizao destas competncias e da sua importncia na construo de
instrumentos de avaliao das aprendizagens, muito dificilmente cumprir os objetivos
deste mdulo.
A frequncia do Mdulo da Simulao Pedaggica Final, dever ocorrer aps a
concluso com aproveitamento de todos os mdulos anteriores.
Nestes casos, recomenda-se, que seja elaborada uma ferramenta de diagnstico (um
questionrio, por exemplo, ou uma entrevista com um caso prtico), aplicado entrada que
permita aferir o grau de conhecimento dos indivduos nestas matrias. Este procedimento vai
permitir garantir que aquele futuro formando apreenda com maior eficcia e eficincia os
resultados da aprendizagem.
Em relao sequncia modular, importante que a equipa pedaggica imprima lgica na
organizao dos mdulos, que atribua uma sequncia que pedagogicamente faa sentido em
termos dos resultados de aprendizagem a alcanar.
Acresce, ainda, que todos os mdulos aqui propostos, assim como as respetivas sesses foram
descritos em funo de uma avaliao de diagnstico e do perfil de sada visado. Esta lgica
permite considerar que devem existir mdulos de carcter obrigatrio no que diz respeito
sequncia de dinamizao, tais como o MF1 Formador: Sistema, Contextos e Perfil e MF2
Simulao Pedaggica Inicial que devem ser realizados por essa ordem.
MF1 MF2 MF4 MF5
MF8
MF1 MF2 MF3 MF4 MF5 MF6 MF7 MF8
MF9
-
REFERENCIAL DE FORMAO PEDAGGICA INICIAL DE FORMADORES
AVALIAO 31
Os mdulos MF3 Comunicao e Dinamizao de Grupos em Formao, MF4
Metodologias e Estratgias Pedaggicas, MF6 Recursos Didticos e Multimdia e MF7
Plataformas Colaborativas e de Aprendizagem so de carcter livre.
Neste sentido, ainda que se sublinhe a flexibilidade e o carcter autnomo dos mdulos de
formao que compem o referencial, apresentam-se algumas opes que se consideram
pedagogicamente recomendveis, considerando a organizao das temticas e o prprio
encadeamento programtico.
(d) Mdulos de formao: assiduidade
Para a obteno do CCP necessrio que os formandos realizem todo o percurso formativo
com aproveitamento positivo, cumprindo uma assiduidade mnima de 95%.
Devem concluir os nove mdulos de formao, num perodo mximo de 6 meses, a contar da
data em que o candidato a formador inicia o seu primeiro mdulo de formao, no podendo
faltar a um sub-mdulo na ntegra.
A frequncia da ao de formao reveste-se como de participao obrigatria uma vez que se
apoia em mtodos ativos, ou seja, apela sistematicamente demonstrao prtica da
mobilizao das competncias-chave.
Em situaes excecionais, em que um formando falta (com justificao atendvel) a um ou
mais mdulos, tendo sido respeitadas as precedncias, a entidade formadora dever facultar a
possibilidade do formando frequentar os mdulos em falta noutra ao o mais rapidamente
OPO 1
MF1
MF2
MF3
MF4
MF6
MF5
MF7
MF8
MF9
OPO 2
MF1
MF2
MF4
MF6
MF5
MF8
MF3
MF7
MF9
OPO 3
MF1
MF2
MF6
MF7
MF3
MF4
MF5
MF8
MF9
-
REFERENCIAL DE FORMAO PEDAGGICA INICIAL DE FORMADORES
32 AVALIAO
possvel, tendo em considerao que para um formando frequentar o Mdulo 9 - Simulao
Pedaggica Final, ter obrigatoriamente de ter aproveitamento em todos os mdulos.
Quando integrado em outra ao fundamental que o dossier tcnico pedaggico evidencie a
sua presena em todos os mdulos, devendo a entidade colocar cpia da documentao
referente outra ao frequentada e dos mdulos com aproveitamento positivo (exemplo:
folhas de presena e avaliaes) que comprovem a frequncia de todos os mdulos.
(e) Formao em b-learning: principais requisitos e recomendaes
Para a concretizao deste referencial em b-learning, nomeadamente os mdulos mediados
pela Internet, so necessrios alguns requisitos de base:
Conhecimentos base de informtica;
Equipamento informtico com acesso Internet.
Alm destes requisitos de base direcionados para os formandos, para o desenvolvimento da
formao, necessrio ter em conta determinados fatores que auxiliem a clarificar, formandos
e formadores, sobre o seu papel online, p.e., orientar futuras auditorias de qualidade:
Conceo de um manual de apoio sobre o sistema de gesto da aprendizagem
Plataforma Colaborativa e de Aprendizagem (p.e. plataforma Moodle ou outras
plataformas) onde se desenvolver a formao; e,
experimentao prvia por parte dos formandos das funcionalidades dessa mesma
Plataforma Colaborativa e de Aprendizagem.
Ainda para o desenvolvimento da formao, na sua componente a distncia, so requisitos
obrigatrios:
realizao de uma sesso sncrona por mdulo, sendo recomendvel que o formador-
tutor seja mediador e impulsionador do processo de debate online e que, promova a
interao entre todos os formandos;
abertura no primeiro dia de formao de fruns para debate de temticas, assistncia
de dvidas dos formandos, ;
incluso na equipa pedaggica de um tutor online que responder s dvidas de
carcter tcnico-administrativo, tal como reencaminhar as dvidas pedaggicas para
os respetivos formadores do mdulo, sempre que necessrio;
realizao das simulaes pedaggicas em sesses presenciais;
realizao de 95% dos trabalhos que so pedidos para os mdulos online;
-
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AVALIAO 33
realizao da formao completa num perodo mximo de 6 meses, tal como para a
formao presencial.
7.
7.1 BATERIA DE EXERCCIOS DE APLICAO PRTICA
O presente referencial pretende facilitar a operacionalizao dos mdulos e sub-mdulos de
formao por parte do formador, integrando exerccios de aplicao prtica para cada um dos
mdulos (cf. Ponto D Bateria de Exerccios em cada uma dos Anexos). Neste sentido, so
apresentados exemplos de referncia, isto , no existe obrigatoriedade de aplicao dos
exerccios apresentados, mas funcionam como uma orientao para o formador na
planificao das sesses de formao.
Para uma melhor harmonizao, cada exerccio prtico obedece a uma estrutura-tipo, que
contempla os seguintes campos:
Mdulo e sub-mdulo onde se integra;
Temtica(s) a abordar;
Objetivos a atingir;
Durao;
Dimenso do grupo (se aplicvel);
Material a utilizar.
Neste sentido, subjacente descrio do exerccio est um modelo que deve ser aplicado em
todos eles.
7.2 ROTEIROS DE TRABALHO
A apresentao de roteiros de trabalho (cf. Ponto C Roteiros de Trabalho em cada uma dos
Anexos) tem como objetivos a fundamentao pedaggica das atividades a desenvolver nas
diferentes sesses, a descrio dos objetivos/competncias a atingir, a definio das condies
de realizao (durao, dimenso do grupo, material utilizado e espao fsico), a identificao
da metodologia pedaggica a aplicar e, ainda, as etapas para a realizao da atividade.
semelhana dos exerccios de aplicao prtica os roteiros de trabalho constituem exemplos
de referncia, no existindo obrigatoriedade da sua aplicao.
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REFERENCIAL DE FORMAO PEDAGGICA INICIAL DE FORMADORES
34 AVALIAO
8.
8.1 METODOLOGIA DE AVALIAO ADOTADA
O acompanhamento e avaliao so considerados componentes estruturantes dos processos
formativos. Neste quadro, configuram-se como processos de interveno contnua e
sistemtica, por forma a promover nos participantes o desenvolvimento de uma capacidade
crtica sustentada e a validar progressivamente as competncias adquiridas e/ou
desenvolvidas ao longo e no final da formao.
Sendo parte integrante do processo formativo, a avaliao tem como finalidade prioritria
validar os conhecimentos, as capacidades e as aptides adquiridas e/ou desenvolvidas pelos
formandos ao longo da formao. Alm deste aspeto, e numa outra leitura, os resultados
obtidos em cada sub-mdulo ou mdulo do curso so interpretados como elementos de
validao das respetivas aes formativas.
A metodologia de acompanhamento e avaliao da formao baseia-se num conjunto de
tcnicas que visa identificar as formas, os tipos e os instrumentos disponveis para realizar a
respetiva avaliao, tendo por objetivo obter feedback de todos os participantes, imprimir
qualidade em todo o sistema, promover um processo de melhoria contnua e aferir as
aprendizagens.
A avaliao, como processo sistemtico, contnuo e integral dever ocorrer em trs
momentos:
Avaliao inicial (no incio da formao): Avaliao diagnstica (perfil de entrada dos
formandos);
Avaliao contnua (ao longo/durante a formao): Avaliao formativa e sumativa
(processo/desenvolvimento da formao); e
Avaliao final (no final da formao): Avaliao sumativa (perfil de sada).
Na definio dos objetivos que lhe esto inerentes pretende-se com a avaliao:
identificar o perfil de entrada dos formandos (avaliao diagnstica);
melhorar o ensino e a aprendizagem (avaliao formativa);
medir os resultados e a aprendizagem realizada (avaliao sumativa).
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REFERENCIAL DE FORMAO PEDAGGICA INICIAL DE FORMADORES
AVALIAO 35
O primeiro permite identificar quais os conhecimentos e competncias que os formandos
possuem antes da formao e, o segundo pode ser definido como um processo sistemtico e
contnuo para determinar em que medida os objetivos pedaggicos foram alcanados pelo
formando, permitindo a correo do processo de ensino-aprendizagem nos seus vrios
aspetos.
A avaliao sumativa constitui a finalidade clssica da avaliao e assume uma relevncia tanto
maior, quando certo ser ela a responsvel pela tomada de decises a vrios nveis, decises
essas que influenciam, por vezes, a vida dos formandos e das organizaes.
Avaliao Diagnstica
A avaliao diagnstica consiste numa fase essencial para os formadores, j que esta avaliao
prvia resultante da simulao pedaggica inicial permite identificar quais os conhecimentos e
competncias que os formandos possuem e desta forma definir a estratgia formativa mais
adequada para que os formandos alcancem um resultado pedagogicamente satisfatrio.
Esta avaliao dever ser realizada atravs da aplicao: da Ficha de Apreciao do Plano de
Sesso da Simulao Pedaggica (Inicial), da Ficha de apreciao dos Recursos Didticos
aplicados na Simulao Pedaggica (Inicial) e Ficha de apreciao da Progresso nas
Simulaes Pedaggicas quanto ao Domnio do Desenvolvimento da Formao.
Avaliao Formativa
A Avaliao formativa (contnua) visa introduzir, no decurso do processo de formao-
aprendizagem, momentos de avaliao global da atividade desenvolvida. Assim, atendendo
aos objetivos especficos delineados no incio do mdulo, a avaliao formativa permite
diagnosticar a forma como o formando vai acompanhando o processo de formao-
aprendizagem. Este feedback essencial para o ajustar das estratgias, que em muitos casos
decisiva para o sucesso do formando.
Cabe ao formador de cada mdulo orientar o processo de avaliao formativa de forma
contnua ao longo de todo o processo de formao-aprendizagem. Neste sentido, durante as
explicaes e demonstraes o formador deve, constantemente, verificar a compreenso e o
progresso dos formandos, fazendo perguntas e observando as suas reaes, salientando o que
o formando est a fazer bem e mal, dando-lhe sugestes para melhorar o trabalho,
encorajando a autoavaliao e fornecendo meios para que o formando possa avaliar o seu
prprio trabalho e corrigir os seus erros.
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36 AVALIAO
A autoavaliao um processo insubstituvel de autorregulao do desenvolvimento das
competncias adquiridas ou a adquirir e a explicitao/negociao de critrios de avaliao
necessria para a compreenso da qualidade do desempenho.
Avaliao Sumativa
A avaliao sumativa (aprendizagens) visa, ao classificar, traduzir o processo de avaliao
contnua num referencial universalmente reconhecido (escala), possibilitando a certificao.
da responsabilidade de cada formador proporcionar as condies ideais para que a avaliao
sumativa de cada mdulo resulte efetivamente da ponderao de todos os elementos de
avaliao definidos.
A Avaliao das Aprendizagens pode processar-se atravs da aplicao de vrios instrumentos
e permite medir o desempenho dos formandos relativamente a:
Domnio dos objetivos especficos a adquirir atravs da frequncia da formao; e
Reforo das competncias pedaggicas a adquirir atravs da frequncia da formao.
O grau de Domnio dos objetivos pedaggicos (OP) constata-se atravs das apreciaes
realizadas pelos formadores envolvidos na ao, por observao dos participantes nos
mdulos individuais, ao nvel do domnio dos assuntos, relaes interpessoais, entre outras.
Estas observaes devero ser registadas na Ficha de Observao dos Participantes por
Mdulo.
O Reforo de Competncias Pedaggicas (CP) verificado atravs da anlise comparativa da
Simulao Pedaggica Inicial e Final e Avaliao do Projeto de Interveno. Neste contexto so
avaliados os seguintes parmetros:
I. O plano de sesso, na rea de atividade do formador em formao, tendo em conta a sua
estrutura e os materiais de apoio Ficha de apreciao do Plano de Sesso da Simulao
Pedaggica (CP1_Inicial e CP1_Final).
II. Os recursos didticos tendo em conta o rigor tcnico, a estruturao e a criatividade dos
meios/documentos concebidos para a sesso simulada - Ficha de apreciao dos Recursos
Didticos aplicados na Simulao Pedaggica (CP2_Inicial e CP2_Final).
III. O desempenho como formador, no domnio pedaggico-didtico do desenvolvimento da
Formao, pela observao de critrios de anlise pr-estabelecidos. Tambm nesta ficha
de avaliao possvel retirar critrios que no se adequem formao em questo, tal
como acrescentar novos que se justifiquem mais pertinentes e que tenham sido
desenvolvidos a priori, antes do incio da formao (Ficha de Progresso nas Simulaes
Pedaggicas, quanto ao Domnio de Desenvolvimento da Formao CP3A; CP3B_Inicial;
CP3B_Final).
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AVALIAO 37
IV. Qualidade do mdulo de formao (Ficha de Apreciao do Projeto de Interveno
AS/PI) tendo em conta os vrios elementos que o compem: designao do mdulo,
enquadramento, durao do mdulo, pblico-alvo, objetivos gerais, objetivos especficos,
contedos de aprendizagem, metodologias e estratgias, recursos didticos e avaliao.
A Avaliao Final de cada formando, determina o grau de sucesso da aprendizagem
confrontando-se os resultados obtidos na avaliao contnua com os objetivos operacionais
definidos a priori.
Ser o Responsvel e/ou Coordenador Pedaggico que, aps obteno das avaliaes
individuais dos formadores, far a sua compilao e converter o somatrio quantitativo (1 a
5) das avaliaes numa escala.
ESCALAS DE AVALIAO DAS APRENDIZAGENS (UM NVEL NEGATIVO E QUATRO NVEIS POSITIVOS)
QUALITATIVA* QUANTITATIVA
APROVEITAMENTO INSUFICIENTE
APROVEITAMENTO SATISFATRIO
APROVEITAMENTO BOM
APROVEITAMENTO RELEVANTE
APROVEITAMENTO EXCELENTE
NUMRICA Nveis 1 a 5
1 2 3 4 5
LITERAL Nveis A a E
E D C B A
PERCENTUAL Valores de 0 a 20
0 - 9 10 - 13 14 - 16 17 - 18 19 - 20
PERCENTUAL 0 a 100%
0% - 49% 50% - 69% 70% - 84% 85% - 94% 95% - 100%
* DESIGNAO QUE DEVE CONSTAR NOS CERTIFICADOS
O peso de cada um dos elementos apresentados distinto para o clculo da Avaliao Final
dos formandos. Assim sendo, a Avaliao Final dos formandos assenta nas seguintes
percentagens:
(i) Avaliao Diagnstica (AD):
Simulao Pedaggica Inicial - 10%
(ii) Avaliao Sumativa (AS):
Objetivos Pedaggicos (OP) 30%
Competncias Pedaggicas (CP) 30%
Projeto de Interveno (PI) 30%
AVALIAO FINAL = [(0,10 X AD) + (0,3 X AS/OP)+ (0,30 X AS/CP) + (0,3 X AS/PI)]
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38 AVALIAO
Desta feita, a aprovao do formando no final do curso ser determinada pelos seguintes
critrios:
a) Considera-se que um formando teve aproveitamento no curso quando a sua
classificao final for igual ou superior ao nvel 2, correspondendo em termos
qualitativos a Aproveitamento Satisfatrio e tendo registado uma assiduidade
mnima de 95% sobre a durao global do curso.
b) Considera-se que um formando no teve aproveitamento no curso quando a sua
classificao final for igual ao nvel 1, correspondendo em termos qualitativos a
Aproveitamento Insuficiente ou no tendo registado uma assiduidade mnima de
95% sobre a durao global do curso, no podendo faltar a um sub-mdulo inteiro.
Na tabela abaixo so apresentadas as descries globais da escala qualitativa:
DESCRIO GLOBAL DOS CRITRIOS DE AVALIAO
Escala Qualitativa CENTRADO NAS COMPETNCIAS CENTRADO NOS OBJETIVOS
APROVEITAMENTO INSUFICIENTE
No adquiriu as competncias-chave previstas no referencial de formao. Necessita de um reforo de formao ou de melhoria ao nvel dos comportamentos e atitudes.
No atingiu 50% dos objetivos operacionais visados pelo referencial de formao. Necessita de um reforo de formao ou de melhoria ao nvel dos comportamentos e atitudes.
Avaliao qualitativa, no final da formao, dos profissionais aptos para o exerccio autnomo e qualificado das funes de formador:
APROVEITAMENTO SATISFATRIO
Adquiriu as competncias-chave previstas no referencial de formao e demonstrou aptides satisfatrias para o exerccio da atividade de formador.
Atingiu pelo menos 50% dos objetivos operacionais visados pelo referencial de formao e demonstrou aptides satisfatrias para o exerccio da atividade de formador.
APROVEITAMENTO BOM
Adquiriu todas as competncias previstas no referencial de formao e demonstrou boas aptides de comunicao e de trabalho em equipa, capacidade de anlise e autonomia na resoluo de problemas.
Atingiu todos os objetivos operacionais visados pelo referencial de formao e demonstrou boas aptides de comunicao e de trabalho em equipa, capacidade de anlise e autonomia na resoluo de problemas.
APROVEITAMENTO RELEVANTE
Adquiriu todas as competncias previstas no referencial de formao e demonstrou relevantes aptides de comunicao e de trabalho em equipa, elevado empenho, capacidade de anlise, autonomia e criatividade na resoluo de problemas
Atingiu todos os objetivos operacionais visados pelo referencial de formao e demonstrou relevantes aptides de comunicao e de trabalho em equipa, elevado empenho, capacidade de anlise, autonomia e criatividade na resoluo de problemas.
APROVEITAMENTO EXCELENTE
Superou as competncias previstas no referencial de formao e demonstrou excecionais aptides de comunicao e de trabalho em equipa, elevado empenho, capacidade de anlise, autonomia e criatividade na resoluo de problemas, utilizando de forma consistente diferentes suportes, canais, fontes e redes de conhecimento, bem como esprito empreendedor.
Superou os objetivos operacionais visados pelo referencial de formao e demonstrou excecionais aptides de comunicao e de trabalho em equipa, elevado empenho, capacidade de anlise, autonomia e criatividade na resoluo de problemas, utilizando de forma consistente diferentes suportes, canais, fontes e redes de conhecimento, bem como esprito empreendedor.
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REFERENCIAL DE FORMAO PEDAGGICA INICIAL DE FORMADORES
AVALIAO 39
Avaliao do Processo Formativo
Esta avaliao a efetuar durante a realizao da formao acompanha a execuo da mesma,
produzindo informao para a monitorizao e controlo de gesto do processo formativo. Esta
avaliao pretende aferir a qualidade: da estrutura do programa, da metodologia utilizada, do
desempenho dos formadores, do modelo organizativo da ao e dos recursos tcnicos,
humanos e materiais. Este feedback ajudar o Responsvel/Coordenador Pedaggico na
redao de Relatrios Finais de Avaliao da Formao que devem constar no Dossier Tcnico-
Pedaggico (DTP), estando apto a perceber os pontos fortes da ao e as melhorias a realizar
em futuros cursos de formao.
Os instrumentos a utilizar so questionrios que pretendem inquirir formandos e formadores,
sobre a qualidade da formao;
Ficha de Avaliao da Qualidade da Formao (a preencher pelo formando)
Visando objetivos essencialmente pedaggicos pretende-se com este questionrio recolher as
opinies dos formandos sobre a ao de formao frequentada (satisfao com a ao de
formao/mdulo e desempenho dos formadores) com vista a melhorar a qualidade da
mesma. O questionrio dever ser preenchido no dia da concluso da ao de formao.
Ficha de Avaliao da Qualidade da Formao (a preencher pelo formador)
Tem por objetivo permitir ao formador expressar a sua opinio sobre a ao em 3 dimenses:
Preparao, ao nvel do trabalho com a equipa pedaggica, na construo da
respetiva ao de formao;
Desenvolvimento, ao nvel do trabalho com os formandos e da adequao das
metodologias e tcnicas definidas anteriormente;
Apoio, tanto ao nvel da coordenao do curso, como ao nvel das
instalaes/equipamentos disponibilizados pela instituio acolhedora da ao de
formao.
O questionrio dever ser preenchido aps a concluso da ao de formao.
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REFERENCIAL DE FORMAO PEDAGGICA INICIAL DE FORMADORES
40 AVALIAO
De acordo com a portaria 214/2011 de 30 de Maio os Certificados de Competncias
Pedaggicas so emitidos de forma automtica e por via eletrnica, atravs do Portal
NetForce, aps:
O registo e validao das classificaes finais dos candidatos que obtiveram
aproveitamento, pela entidade onde se realizou a formao ou o processo de
reconhecimento, validao e certificao de competncias pedaggicas;
O registo da equivalncia dos diplomas ou certificados de habilitao de nvel
superior, sempre que seja essa a via de acesso certificao;
O pagamento dos encargos procedimentais previstos no artigo 11.
O Certificado de Competncias Pedaggicas dispensa a emisso pelas entidades formadoras de
qualquer outro documento de certificao, e consiste na atribuio de um cdigo de validao,
enviado eletronicamente a cada formador, que permite o seu acesso e ou de terceiros
autorizados, atravs da Internet, aos dados que comprovam a respetiva certificao.
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REFERENCIAL DE FORMAO PEDAGGICA INICIAL DE FORMADORES
AVALIAO 41
8.2 INSTRUMENTOS/FICHAS DE AVALIAO
As fichas de avaliao encontram-se disponveis no portal NetForce para download.
FICHA DE OBSERVAO DOS PARTICIPANTES POR MDULO
FORMADOR AO N
MDULO
PARTICIPANTES
PARMETROS DE AVALIAO (atribuir pontuao de 1 a 5)
DOMNIO DOS ASSUNTOS Aplica os conhecimentos adquiridos em exerccios ou casos concretos
CRIATIVIDADE E AUTONOMIA Demonstra capacidade de anlise dos temas e situaes, autonomia na pesquisa de informao e criatividade na abordagem dos assuntos.
GENERALIZAO DOS SABERES Transfere ou generaliza os saberes adquiridos a novas situaes
PARTICIPAO Mostra interesse e intervm a propsito, colaborando na dinamizao das atividades formativas
RESPONSABILIDADE Demonstra sentido de responsabilidade na frequncia da ao, em termos de cumprimento dos tempos e das atividades propostas
RELAES INTERPESSOAIS Comunica com os colegas, formadores e outros, demonstrando tolerncia e esprito de equipa
SOMATRIO DE PONTOS
PONTUAO POR FORMADO OP1 (Somatrio de Pontos a dividir /Total de itens avaliados)
Replicar a ficha de observao dos participantes para os 7 mdulo: (MF1,MF3,MF4,MF5, MF6,
MF7 E MF8)
DATA / /
RUBRICA DO FORMADOR
-
REFERENCIAL DE FORMAO PEDAGGICA INICIAL DE FORMADORES
42 AVALIAO
Ficha de Pontuao Final obtida na aferio do grau de Domnio dos Objetivos
Participantes
OP/MF
MF1
MF3
MF4
MF5
MF6
MF7
MF8
Somatrio de Pontos
0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Total AS/OP 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Data / /
Ao n
Coordenador da Ao
-
REFERENCIAL DE FORMAO PEDAGGICA INICIAL DE FORMADORES
43 AVALIAO
FICHA DE APRECIAO DO PLANO DE SESSO DA SIMULAO PEDAGGICA (INICIAL E FINAL)
FORMADOR
PARTICIPANTES
BLOCOS PARMETROS DE AVALIAO
(ATRIBUIR PONTUAES DE 1 A 5)
PO
ND
ERA
DO
R
ESTRUTURA
Identifica o tema a tratar, os contedos, a durao prevista, o pblico-alvo e o contexto de ensino-aprendizagem
20%
Define os objetivos da sesso ou do mdulo e determina uma estratgia pedaggica estabelecendo as relaes com as fases/etapas principais a desenvolver
30%
Descreve os critrios e as formas de avaliao dos formandos e da sesso, indicando os instrumentos a aplicar
10%
MATERIAIS DE APOIO
Seleciona ou concebe recursos didticos adequados estratgia pedaggica preconizada
10%
Recorre a Plataformas Colaborativas e de Aprendizagem ou Comunidades Virtuais como suporte interativo da formao
10%
Prepara instrumentos de avaliao dos formandos e da formao, em harmonia com os objetivos
10%
Sistematiza a planificao da sesso ou mdulo e os materiais de apoio, segundo uma organizao lgica e coerente
10%
PONTUAO DO FORMANDO - CP1
[Fichas CP1_inicial e CP1_final disponveis no NetForce]
AO N DATA / /
RUBRICA DO FORMADOR
-
REFERENCIAL DE FORMAO PEDAGGICA INICIAL DE FORMADORES
AVALIAO 44
FICHA DE APRECIAO DOS RECURSOS DIDTICOS APLICADOS NA SIMULAO PEDAGGICA (INICIAL E FINAL)
FORMADOR
PARTICIPANTES
BLOCOS PARMETROS DE AVALIAO
(ATRIBUIR PONTUAES DE 1 A 5)
PO
ND
ERA
DO
R
QUALIDADE DOS
RECURSOS
RIGOR TCNICO Elabora os recursos de forma criteriosa e rigorosa, em consonncia com o contedo da formao e adequados estratgia pedaggica definida e aos pblicos-alvo
40%
ESTRUTURAO Concebe os recursos aplicando os princpios pedaggicos e tcnicos, especficos dos diferentes suportes
40%
CRIATIVIDADE Concebe ou seleciona recursos com inovao, originalidade e aproximao a modelos reais
20%
PONTUAO POR FORMADO CP2
[Fichas CP2_inicial e CP2_final disponveis no NetForce]
AO N DATA / /
RUBRICA DO FORMADOR
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REFERENCIAL DE FORMAO PEDAGGICA INICIAL DE FORMADORES
AVALIAO 45
INSTRUES DE PREENCHIMENTO DO CONJUNTO DE FICHAS DE PROGRESSO NAS SIMULAES PEDAGGICAS QUANTO AO DOMNIO DE DESENVOLVIMENTO DA FORMAO
Esta Ficha (CP3) subdivide-se em duas: