2 Edicao Referencial Formacao Pedagogica Inicial Formadores 04-04-2013

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Referencial de Formação Formação Pedagógica Inicial de Formadores DEPARTAMENTO DE FORMAÇÃO PROFISSIONAL CENTRO NACIONAL DE QUALIFICAÇÃO DE FORMADORES

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  • Referencial de Formao

    Formao Pedaggica Inicial

    de Formadores

    DEPARTAMENTO DE FORMAO PROFISSIONAL

    CENTRO NACIONAL DE QUALIFICAO DE FORMADORES

  • REFERENCIAL DE FORMAO PEDAGGICA INICIAL DE FORMADORES

    Editor

    Instituto do Emprego e Formao Profissional, I.P.

    Coleo

    Referenciais de Formao

    Autores

    Instituto de Estudos Sociais e Econmicos - IESE

    Ttulo

    Referencial de Formao Pedaggica Inicial de Formadores

    Coordenao Tcnica

    Departamento de Formao Profissional

    Centro Nacional de Qualificao de Formadores

    Direo Editorial

    Departamento de Formao Profissional

    Centro Nacional de Qualificao de Formadores

    Data de Edio

    1 Edio - maio de 2012

    2 Edio - maro de 2013

  • REFERENCIAL DE FORMAO PEDAGGICA INICIAL DE FORMADORES

    NDICE

    NDICE

    1. ENQUADRAMENTO ....................................................................................................................... 1

    2. FINALIDADES ................................................................................................................................ 9

    3. DESTINATRIOS ............................................................................................................................ 9

    4. CONDIES DE ACESSO FORMAO ............................................................................................. 10

    5. OBJETIVOS GERAIS /COMPETNCIAS VISADAS ................................................................................. 12

    6. ELEMENTOS ESTRUTURANTES ELENCO MODULAR .......................................................................... 14

    7. METODOLOGIAS E ESTRATGIAS DE FORMAO .............................................................................. 33

    8. AVALIAO ................................................................................................................................ 34

    9. PERFIL DOS FORMADORES .............................................................................................................. 3

    10. ORIENTAES PARA O FORMADOR E PARA O FORMANDO .................................................................... 5

    ANEXOS ......................................................................................................................................... 60

    ANEXO 1 - INSTRUMENTOS DE VERIFICAO DAS CONDIES DE ACESSO .......................................................

    ANEXO 2 - MDULO 1..........................................................................................................................

    ANEXO 3 - MDULO 2..........................................................................................................................

    ANEXO 4 - MDULO 3..........................................................................................................................

    ANEXO 5 - MDULO 4..........................................................................................................................

    ANEXO 6 - MDULO 5..........................................................................................................................

    ANEXO 7 - MDULO 6..........................................................................................................................

    ANEXO 8 - MDULO 7..........................................................................................................................

    ANEXO 9 - MDULO 8..........................................................................................................................

    ANEXO 10 - MDULO 9 .......................................................................................................................

  • REFERENCIAL DE FORMAO PEDAGGICA INICIAL DE FORMADORES

    _ SIGLAS E ACRNIMOS

    LISTA DE SIGLAS/ACRNIMOS

    AD Avaliao Diagnstica AF Avaliao Final ANQ Agncia Nacional de Qualificaes AS Avaliao Sumativa CCP Certificado de Competncias Pedaggicas CCPE Certificado de Competncias Pedaggicas de Especializao CNQF Centro Nacional de Qualificao de Formadores CP Competncias Pedaggicas DTP Dossier Tcnico-Pedaggico EaD Ensino a Distncia ECTS Sistema Europeu de Acumulao e Transferncia de Crditos ECVET Sistema Europeu de Crditos para a Educao e Formao Profissional FPIF Formao Pedaggica Inicial de Formadores IEFP Instituto de Emprego e Formao Profissional LCMS Learning Content Management System LMS Learning Management System MF Mdulo de Formao MTP Mtodos e Tcnicas Pedaggicas OP Objetivos Pedaggicos PCEA Plataformas Colaborativas e de Aprendizagem PI Projeto de Interveno PME Pequenas e Mdias Empresas PNL Programao Neurolingustica RVCC Reconhecimento, Validao e Certificao de Competncias RVCCFor Reconhecimento, Validao e Certificao de Competncias de Formadores SNQ Sistema Nacional de Qualificaes SubM Sub-mdulo de Formao TIC Tecnologias da Informao e Comunicao

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    ENQUADRAMENTO 1

    1.

    1.1 FORMAO PROFISSIONAL: OS NOVOS DESAFIOS PARA OS FORMADORES

    A formao profissional assume um papel central e de crescente importncia (a par da

    educao) perante os novos desafios que surgem no pas e, na Unio Europeia: globalizao,

    envelhecimento da populao, emergncia e utilizao crescente de novas tecnologias e

    consequente necessidade de atualizao e aquisio de competncias1.

    Tais desafios requerem um aumento do investimento no capital humano e na necessria

    adaptao dos sistemas de educao e formao existentes. A aposta na formao profissional

    conduz estruturao e competitividade dos mercados de trabalho e do tecido econmico no

    seu todo. A educao e a formao assumem, assim, um papel decisivo na transio para uma

    sociedade e economia baseadas no conhecimento2.

    O Decreto-Lei n. 396/2007, de 31 de dezembro, que estabelece o regime jurdico do Sistema

    Nacional de Qualificaes (SNQ), a melhoria da qualidade da formao profissional, das suas

    prticas e dos seus resultados, exige uma atuao que promova a capacidade tcnica e

    pedaggica dos formadores, atravs do reforo permanente das suas competncias.

    Neste sentido, o novo regime jurdico, aprovado pela Portaria n 214/2011 de 30 de maio,

    procura responder a estas necessidades, definindo novas regras relativas aos dispositivos de

    qualificao e certificao pedaggica de formadores, sejam eles de Formao Inicial, Contnua

    ou de Reconhecimento, Validao e Certificao de Competncias, com mais exigncia,

    coerncia e transparncia, facilitando a perceo por parte dos diversos pblicos e das

    entidades formadoras e simplificando e desburocratizando procedimentos.

    Este diploma legal pretende reforar a qualidade da Formao Profissional atravs da

    realizao dos seguintes objetivos:

    (i) Valorizar a certificao da aptido pedaggica do formador, estimulando a

    mobilizao das competncias capazes de induzir uma relao pedaggica eficaz em

    diferentes contextos de aprendizagem;

    (ii) Estabelecer a obrigatoriedade da Formao Pedaggica Inicial para o acesso

    atividade de formador garantindo uma interveno qualificada neste domnio;

    1SIMES, Maria Francisca e Maria Pastora Silva (2008). A operacionalizao de processos de reconhecimento, validao e

    certificao de competncias profissionais - guia de apoio, Lisboa, ANQ. 2Idem.

  • REFERENCIAL DE FORMAO PEDAGGICA INICIAL DE FORMADORES

    2 ENQUADRAMENTO

    (iii) Promover a formao contnua dos formadores, salientando a necessidade da sua

    atualizao permanente, em especial daqueles que intervm em aes dirigidas a

    pblicos mais desfavorecidos, na mediao de formao, na formao de formadores,

    na formao a distncia, na formao em contexto de trabalho, na gesto e

    coordenao da formao, bem como na consultadoria de formao, particularmente

    junto das PME.

    Fonte: Portaria n 214/2011 de 30 de maio.

    De acordo com este Diploma, para aceder atividade de Formador necessrio ser titular de

    um Certificado de Competncias Pedaggicas (CCP) que pode ser obtido atravs de uma

    entidade formadora certificada3, mediante uma das vias ilustradas no esquema seguinte:

    VIAS DE ACESSO CERTIFICAO DE COMPETNCIAS PEDAGGICAS

    Fonte: Adaptado de Portaria n 214/2011 de 30 de maio.

    No que respeita Formao Pedaggica Inicial e Contnua de Formadores foi necessrio

    adaptar os referenciais existentes s novas perspetivas tcnico-pedaggicas e fazer uso das

    recentes investigaes no domnio da formao, considerando a experincia adquirida, os

    constrangimentos observados e a evoluo, entretanto, verificada ao nvel do perfil de

    3 Portaria n 851/2010, de 6 de setembro.

    Frequncia com aproveitamento do curso

    de FORMAO PEDAGGICA INICIAL DE FORMADORES

    Presencial

    b-learning

    RECONHECIMENTO, VALIDAO E CERTIFICAO

    DE COMPETNCIAS pedaggicas de

    formadores, adquiridas por via da experincia

    Certificao total de competncias

    Certificao parcial de competncias

    + Formao Modular

    RECONHECIMENTO DE DIPLOMAS OU

    CERTIFICADOS DE HABILITAES DE NVEL SUPERIOR que confiram

    competncias pedaggicas correspondentes s

    definidas no perfil de referncia, mediante deciso devidamente

    fundamentada por parte do IEFP

    CCP - CERTIFICADO DE COMPETNCIAS PEDAGGICAS

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    ENQUADRAMENTO 3

    competncias do formador e tendo em ateno as orientaes da Portaria decorrentes do

    processo de reviso da legislao de enquadramento.

    A Formao Pedaggica Inicial de Formadores passa a ter uma durao de base de 90 horas e a

    Formao Contnua passa a ser organizada em mdulos de 10 horas, com uma durao

    variavl, mxima de 50 horas.

    A escolha da modalidade de interveno formativa para a Formao Pedaggica Inicial e

    Contnua de Formadores, dever ter em conta os requisitos exigidos, de acordo com a oferta

    disponibilizada, podendo optar-se por:

    Independentemente da sua opo, qualquer uma destas vias ir permitir ao formando, com

    aproveitamento, obter a sua certificao enquanto formador, no caso concreto da Formao

    Pedaggica inicial, obter o CCP e no caso da Formao contnua obter um Certificado de

    Competncias Pedaggicas de Especializao (CCPE).

    O esquema seguinte pretende ilustrar os requisitos ao nvel das qualificaes e experincia

    profissional que o Formador deve possuir para o exerccio, com sucesso, da sua atividade:

    (i) qualificao acadmica e/ou profissional na rea em que pretende desenvolver a sua

    atividade de Formador (p.e., um Formador de informtica dever possuir uma

    licenciatura na rea da Informtica);

    FORMAO PEDAGGICA INICIAL

    FORMAO PRESENCIAL EM SALA

    FORMAO blended-learning repartida entre a formao presencial e a formao realizada a

    distncia (remetendo-se novamente, nesta ltima componente a distncia, para o e-

    learning)

    FORMAO CONTNUA

    FORMAO PRESENCIAL EM SALA

    FORMAO A DISTNCIA, em que a componente a distncia domina a formao: e-learning. As

    sesses so ministradas atravs de um sistema informtico com suporte da Web (utilizando os recursos e metodologias interativas que a Web oferece para promoo e suporte da formao-

    aprendizagem);

    FORMAO blended-learning, repartida entre a formao presencial e a formao realizada a

    distncia (remetendo-se novamente, nesta ltima componente a distncia, para o e-learning)

  • REFERENCIAL DE FORMAO PEDAGGICA INICIAL DE FORMADORES

    4 ENQUADRAMENTO

    Profisso

    Atividade 2

    Atividade 3

    Atividade 4

    Atividade 1

    (ii) experincia profissional relevante na rea de formao de base, que lhe permita ter

    um contacto realista com o mercado de trabalho e consequentemente conhecer os

    principais desafios da profisso (p.e. tcnico de informtica); e

    (iii) formao pedaggica que lhe permita obter o CCP.

    Requisitos para o exerccio da atividade de Formador

    O enquadramento do perfil profissional do formador como uma atividade e no como uma

    profisso leva ainda, ao debate sobre estes conceitos que, na tica do novo enquadramento

    legal, enquadram a formao neste prisma.

    A Atividade remete, conceptualmente, para um conjunto de comportamentos/aes

    realizadas para a execuo tcnica de uma tarefa, de uma tcnica ou do exerccio de uma

    profisso.

    A Profisso remete para a formao inicial do indivduo adquirida por via formal, no formal e

    informal, atravs das escola ou da experincia, identifica-o pelas competncias adquiridas

    nessa fase abordando uma ou mais atividades. Neste sentido, a profisso requer estudos

    extensivos e o domnio de um dado conhecimento ao passo que a atividade est relacionada

    com as funes efetivamente realizadas no Mercado de Trabalho (p.e., um indivduo detentor

    de uma formao inicial em Psicologia identificado como Psiclogo de Profisso; contudo, a

    Qualificao acadmica

    e/ ou profissional

    Experincia profissional comprovada

    Formao Pedaggica

    ATIVIDADE DE

    FORMADOR

  • REFERENCIAL DE FORMAO PEDAGGICA INICIAL DE FORMADORES

    ENQUADRAMENTO 5

    atividade que exerce poder ser de Psiclogo, mas tambm poder exercer atividades de: (i)

    investigador; (ii) professor; (iii) formador; (iv) gestor de recursos humanos, ; tal como um

    indivduo que conclui o seu 12 ano pela via da formao profissional especializando-se na

    rea de Mecatrnica poder exercer atividades de: (i) mecnico; (ii) formador; (iii) eletrnico;

    )

    1.2 COMPETNCIAS PROFISSIONAIS DO FORMADOR: NOVOS FOCOS DE INTERVENO

    O Formador, atualmente, responde a mltiplos desafios e tem de estar preparado para

    enfrentar as necessidades de um mercado da formao profissional cada vez mais competitivo.

    Para responder a este objetivo necessrio, em primeiro lugar, perceber quem o Formador.

    De uma forma geral, pode afirmar-se que se trata de um indivduo qualificado, detentor de

    habilitaes acadmicas e profissionais especficas, cuja interveno auxilia o formando na

    aquisio de conhecimentos e/ou desenvolvimento de capacidades, atitudes e formas de

    comportamento.

    No entanto, atualmente as empresas e o prprio mercado esperam mais do Formador: exigem

    um ser inspirador, motivador e mobilizador, capaz de romper com os paradigmas

    tradicionais, pr-ativo, empreendedor e criativo. Os Formadores devem ser profissionais

    empresrios de si, que constroem o seu percurso atravs do que Joaquim Azevedo (1999)

    designou de voos de borboleta. Enquanto construtores e gestores autnomos da sua

    carreira, procuram voar atravs das flutuaes do mercado de trabalho, enraizando em si

    prprios um leque de competncias precioso no suporte dos seus sinuosos percursos.

    Ao Formador no basta ensinar e transmitir conhecimentos, necessrio ser um facilitador

    da aprendizagem, um estimulador criao de novos comportamentos e atitudes, um

    profissional que exera influncia nos seus formandos orientao centrada no cliente - no

    que respeita excelncia, que observe e estude as diferenas individuais dos sujeitos, as suas

    consequncias e as suas causas. O Formador um profissional multitasking (multitarefas) que

    deve, simultaneamente, mobilizar competncias das reas de psicologia, sociologia,

    pedagogia, gesto, marketing, entre outras cincias.

    Daqui decorre o facto destes gestores de si acumularem diferentes funes ao longo das

    suas carreiras, como se de uma pequena empresa se tratasse. A utilizao desta metfora

    serve para afirmar que estes profissionais detm em si mesmos um departamento de

    marketing, um departamento de recursos humanos, um departamento de contabilidade,

    um departamento de formao, assemelhando-se ao perfil de profissional que emerge

  • REFERENCIAL DE FORMAO PEDAGGICA INICIAL DE FORMADORES

    6 ENQUADRAMENTO

    cada vez mais no atual mercado, e que tem associada a incerteza e a mudana, em ritmo

    acelerado.

    Assim, aos formadores exigido que mobilizem competncias fortemente orientadas, no s

    para o mbito pedaggico, mas para atitudes e comportamentos que consigam destacar, de

    um modo singular, no seio da elevada oferta que existe de formadores no mercado. A

    diferenciao comporta a necessidade de ser empreendedor, ter autonomia e esprito de

    iniciativa, capacidade de adaptao a qualquer pblico, ser capaz de sair do mbito da sala e

    ir para alm do que tradicional e convencional. Em suma, exige-se inovao, criatividade,

    diversidade e mediao.

    Neste contexto, existe um conjunto de drivers de mudana associados s fortes e rpidas

    evolues societais, econmicas, tecnolgicas e socioprofissionais, assim como crescente

    heterogeneidade dos clientes (formandos), tendncias que obrigam a uma reorganizao dos

    modelos e processos de ensino-aprendizagem. Estas dimenses exigem ao Formador a

    mobilizao de competncias (cognitivas, afetivas e psicomotoras) nos seguintes ncleos

    temticos:

    Uma das ferramentas de informao fundamental e subjacente ao presente documento foi, o

    Estudo promovido pelo IEFP Formador: como e porqu muda uma profisso4 que resultou na

    produo de um referencial de competncias do Formador. De acordo com este Estudo, o

    Formador o profissional que estabelece uma relao pedaggica adequada e eficaz e que

    4 Quaternaire Portugal (2010), Estudo Formador - como e porqu muda uma profisso, IEFP.

    FORMADOR

    Novos contextos de formao

    Criatividade pedaggica

    Cidadania e igualdade de

    gnero

    Diversidade social e tnica

    Gesto de projetos Empreendedorismo

    Marketing e consultoria

    Trabalho em equipa e em

    parceria

    Tecnologias de informao e comunicao

  • REFERENCIAL DE FORMAO PEDAGGICA INICIAL DE FORMADORES

    ENQUADRAMENTO 7

    promove e facilita a aprendizagem, contribuindo para o desenvolvimento de competncias

    previstas no referencial pr-definido, mobilizando os saberes e as competncias necessrias

    em funo das situaes e de grupos concretos, numa prtica social e eticamente situada. O

    Formador, embora interagindo em contextos de formao-aprendizagem diferenciados, tem

    reconhecido transversalmente, independentemente do contexto que intervm e dos

    destinatrios, um conjunto de competncias nucleares (core).

    O Formador, a jusante e a montante da sua interveno, interage, para alm dos seus

    destinatrios diretos (os formandos), com uma diversidade alargada de atores institucionais e

    individuais, internos e externos ao sistema formativo.

    Tendo por base uma reflexo profunda ao Estudo citado, e de acordo com os resultados que o

    mesmo apresenta, construiu-se uma matriz que sistematiza os contedos do Estudo, mas j

    orientados para o Referencial de Formao Inicial de Formadores. Quer isto dizer que a matriz

    disponibilizada assenta na leitura do Estudo mas consubstanciada em contedos orientados

    para o presente referencial.

    A matriz pretende, deste modo, refletir uma abordagem ao referencial de competncias e uma

    melhor compreenso da estrutura do referencial de formao que adiante se apresenta,

    descrevendo trs eixos fundamentais que consubstanciam o perfil profissional do Formador:

    rea de interveno, Macro competncia e Unidade de competncia.

    REA DE INTERVENO MACRO COMPETNCIA UNIDADE DE COMPETNCIA

    PREPARAO E

    PLANEAMENTO DA FORMAO Preparar e planear o

    processo de aprendizagem

    Analisar o contexto de interveno da formao

    Planear atividades de aprendizagem

    CONCEO

    DA FORMAO

    Conceber os produtos de formao

    Desenhar programas de formao

    Conceber/explorar recursos didticos e multimdia

    DESENVOLVIMENTO DA

    FORMAO

    Facilitar o processo de aprendizagem

    Aplicar tcnicas diferenciadas de interao pedaggica e de dinamizao de grupos

    Gerir Networking Utilizar e Gerir Plataformas Colaborativas e

    de Aprendizagem

    Gerir a diversidade Aplicar metodologias de gesto da

    diversidade no contexto da formao

    ACOMPANHAMENTO E

    AVALIAO Acompanhar e avaliar as

    aprendizagens

    Conceber os instrumentos de avaliao da Formao e das Aprendizagens

    Atribuir e reportar resultados da Formao e das Aprendizagens

    Fonte: Adaptado de Quaternaire Portugal (2010), Estudo Formador - como e porqu muda uma profisso, IEFP.

  • REFERENCIAL DE FORMAO PEDAGGICA INICIAL DE FORMADORES

    8 ENQUADRAMENTO

    As principais competncias requeridas para o exerccio da funo de Formador encontram-se

    sistematizadas no esquema seguinte.

    Fonte: Adaptado de Quaternaire Portugal (2010), Estudo Formador - como e porqu muda uma profisso, IEFP.

    COMPETNCIAS NUCLEARES DO FORMADOR

    Preparar e planear o processo de aprendizagem

    Facilitar o processo de aprendizagem orientando para o cliente (formando)

    Acompanhar e avaliar as aprendizagens

    Gerir a dinmica da aprendizagem ao longo da vida

    Explorar recursos multimdia e plataformas colaborativas

    Gerir a diversidade (pedagogia diferenciada e pedagogia inclusiva)

    Adotar atitudes de empreendedorismo e criatividade

  • REFERENCIAL DE FORMAO PEDAGGICA INICIAL DE FORMADORES

    AVALIAO 9

    2.

    O referencial de Formao Pedaggica Inicial de Formadores constitui um instrumento

    estruturante e operacional, que integra um conjunto de competncias nucleares, em funo

    das quais se desenvolve o respetivo programa, metodologia pedaggica, planificao e

    avaliao visando a melhoria da qualidade da formao profissional ministrada pelos

    formadores certificados.

    Com a frequencia do Curso de Formao Pedaggica Inicial de Formadores os futuros

    formadores devero assumir-se como actores conscientes e dinamizadores do seu papel no

    seio do sistema de Formao Profissional.

    Dada a importncia do seu papel, o Formador tem como responsabilidade o domnio tcnico

    atualizado relativo rea em que especializado, o domnio dos mtodos e das tcnicas

    pedaggicas adequadas ao tipo e ao nvel de formao que desenvolve, bem como mobilizar

    competncias na rea da comunicao que proporcionam um ambiente facilitador do processo

    ensino-aprendizagem.

    O formador o tcnico qualificado que atua em diversos contextos, modalidades, nveis e

    situaes de aprendizagem, com recurso a diferentes estratgias, mtodos, tcnicas e

    instrumentos de formao e avaliao, estabelecendo uma relao pedaggica diferenciada,

    dinmica e eficaz com mltiplos grupos ou indivduos, de forma a favorecer a aquisio de

    conhecimentos e competncias, bem como o desenvolvimento de atitudes e comportamentos

    adequados ao desempenho profissional, tendo em ateno as exigncias atuais e prospetivas

    do mercado de emprego.

    3.

    A Formao Pedaggica Inicial de formadores dirigida a indivduos que pretendam adquirir o

    Certificado de Competncias Pedaggicas (CCP) para exercer a atividade de formador.

  • REFERENCIAL DE FORMAO PEDAGGICA INICIAL DE FORMADORES

    10 AVALIAO

    4.

    As condies de acesso Formao Pedaggica Inicial de Formadores exigem a verificao dos

    requisitos de entrada, exigidos pela Portaria n 214/2011 de 30 de Maio, associados ao nvel

    de qualificao escolar:

    deve ter preferencialmente uma qualificao de nvel superior;

    no pode ter qualificaes inferiores ao 9 ano de escolaridade.

    Sem prejuzo dos critrios legais, devero constituir critrios de acesso os seguintes:

    Interesse e motivao para a realizao da ao de formao;

    Disponibilidade;

    Situao profissional;

    Expectativas e necessidades de formao;

    Relacionamento interpessoal (capacidade de comunicao e interao, tolerncia,

    capacidade facilidade de cooperao e de trabalho em equipa, capacidade de

    coordenao de trabalho, )

    Competncias pessoais e sociais adequadas funo: autonomia, assertividade,

    capacidade de resoluo de problemas, esprito empreendedor, iniciativa, criatividade,

    flexibilidade, )

    Competncias bsicas no domnio das TIC;

    Experincia profissional; e,

    Outras que se venham a verificar necessrias para a concretizao do objetivo da

    formao.

    Os processos de seleo dos candidatos formao devero assentar em critrios

    predefinidos, relacionados com a salvaguarda da transparncia de mtodos e de igualdade de

    oportunidades.

    Para assegurar o cumprimento dos critrios de acesso Formao Pedaggica Inicial de

    Formadores necessrio:

    a entrega do Curriculum-vitae (Modelo Europeu);

    o preenchimento da ficha de inscrio/candidatura;

  • REFERENCIAL DE FORMAO PEDAGGICA INICIAL DE FORMADORES

    AVALIAO 11

    Aps anlise curricular e das fichas de inscrio (cf. Anexo 1) para despiste dos casos no

    enquadrveis nas condies de acesso, so convocados os candidatos para o preenchimento

    de um questionrio de seleo (cf. Anexo 1) ou realizao de entrevistas individuais para

    avaliao das expectativas.

    Estas formas de avaliar as expectativas dos formandos sero teis no s na admisso ao

    curso, como tambm, na aferio dos conhecimentos e competncias prvias.

  • REFERENCIAL DE FORMAO PEDAGGICA INICIAL DE FORMADORES

    12 AVALIAO

    5.

    A formao pedaggica de formadores/as visa promover a aquisio, atualizao e o

    aperfeioamento de competncias, transferveis para a sua prtica. Estas Competncias

    situam-se ao nvel da animao da formao e, tambm, no sentido alargado da sua funo:

    1. na conceo e elaborao de programas de formao e de materiais pedaggicos;

    2. na gesto e coordenao de formao;

    3. no campo da investigao e da experimentao de novas abordagens e metodologias

    aplicadas a pblicos e contextos diversificados, em vrias modalidades de formao.

    O programa foi concebido com vista a contribuir para que, no final da formao, os futuros

    formadores, sejam capazes de:

    i) Avaliar o perfil do formador face ao contexto geral da Formao Profissional em Portugal:

    Caracterizar os contextos/sistemas da Formao Profissional em Portugal;

    Distinguir as competncias exigveis ao formador em funo dos sistemas em que

    intervm;

    Adotar uma perspetiva de autoavaliao relativamente sua prtica.

    ii) Preparar, dinamzar e avaliar unidades de formao:

    Planificar unidades de formao tendo como ponto de partida as orientaes e

    procedimentos do plano de formao instrumento de gesto de uma organizao;

    Formular adequadamente os objetivos pedaggicos que iro orientar a atividade

    formativa;

    Conceber e aplicar uma metodologia adequada aos objetivos, aos pblicos-alvo e ao

    contexto de formao;

    Desenvolver um dispositivo de avaliao das aprendizagens til sua prtica

    pedaggica e como parte integrante de um sistema interativo de avaliao da

    formao;

    Utilizar e conceber de forma adequada os recursos didticos e multimdia na

    formao, em suportes diversificados em funo da estratgia pedaggica adotada;

    Adequar o processo de aprendizagem especificidade do indivduo adulto;

    Desenvolver uma relao pedaggica eficaz e produtiva em funo do grupo de

    formao.

  • REFERENCIAL DE FORMAO PEDAGGICA INICIAL DE FORMADORES

    AVALIAO 13

    iii) Refletir sobre os sistemas de formao:

    Desenvolver uma anlise construtiva que possa contribuir para a melhoria dos

    sistemas de formao, ao nvel tcnico-pedaggico e/ou organizacional.

    O formador dever ser capaz de estabelecer uma relao pedaggica diferenciada, dinmica e

    eficaz com mltiplos grupos ou indivduos, de forma a favorecer a aquisio de conhecimentos

    e competncias, bem como o desenvolvimento de atitudes e comportamentos adequados ao

    desempenho profissional, tendo em ateno as exigncias atuais e prospetivas do mercado de

    emprego.

  • REFERENCIAL DE FORMAO PEDAGGICA INICIAL DE FORMADORES

    14 AVALIAO

    6.

    6.1 ELENCO MODULAR

    O Referencial de Formao Pedaggica Inicial organiza-se em percursos estruturados de

    forma modular, podendo ser dinamizado atravs de diferentes modalidades de interveno

    formativa:

    Formao presencial, e

    Formao em blended-learning .

    O referencial de Formao tem uma durao de referncia mnima de 90 horas para 12

    participantes5. A partir dos 12 participantes, por cada elemento a mais, deve prever-se um

    acrscimo de 2 horas no Mdulo 2 Simulao pedaggica Inicial e Mdulo 9 Simulao

    pedaggica Final. Dependendo da modalidade de interveno, a dimenso dos grupos pode

    aumentar at determinado nmero de participantes:

    na formao presencial, o grupo pode ter entre 8 a 18 participantes;

    na formao em b-learning, o grupo pode ter entre 8 a 25 participantes;

    As sesses online sncronas, devem ser subdivididas em, pelo menos, 2 subgrupos de

    formandos, quando existirem mais de 12 participantes.

    Este percurso formativo dever ser realizado num perodo mximo de 6 meses, desde que o

    candidato inicia o primeiro mdulo de formao.

    O esquema seguinte ilustra a estrutura do referencial de formao bem como os elementos

    que o compem: ESTRUTURA DO REFERENCIAL

    5

    Os grupos no devero possuir menos de 8 formandos.

    Referencial de Formao - 90h

    Mdulo 1

    Mdulo 2

    Mdulo 9

    Mdulo 1 - 10h

    Sub-mdulo 1

    Sub-mdulo 2

    Sub-mdulo 1 - 4/6 h

    Sesso 1 - 2h

    Sesso 2 - 2h Sesso 3 - 2h

  • REFERENCIAL DE FORMAO PEDAGGICA INICIAL DE FORMADORES

    AVALIAO 15

    A Figura seguinte apresenta o elenco modular composto pelos mdulos de formao (MF),

    sub-mdulos (SubM) e, ainda, pela distribuio horria.

    O desenvolvimento da formao presencial prev o recurso a um conjunto variado de

    mtodos e de tcnicas pedaggicas harmonizveis de acordo com os objetivos, os pblicos-

    alvo e os contextos de formao que incluem, de entre outras, sesses com o recurso a

    mtodos expositivos, interrogativos, demonstrativos e ativos, e de tcnicas - Jogo de papis,

    Estudo de casos, Tempestade de ideias e realizao de simulaes pedaggicas.

    Referencial de Formao

    Conjunto de Objetivos gerais

    Competncia global

    Mdulo Objetivos gerais Competncias

    Sub-Mdulo Objetivos

    Especficos Micro-

    competncias

    SubM1.1 - Formador: Contextos de Interveno (6h)

    SubM1.2 - Aprendizagem, Criatividade e Empreendedorismo (4h)

    MF1 - FORMADOR: SISTEMA, CONTEXTOS E PERFIL (10H)

    SubM2.1 - Preparao e Concretizao das Simulaes (4h)

    SubM2.2 - Anlise e Projeto de Melhoria (6h)

    MF2 SIMULAO PEDAGGICA INICIAL (10H)

    SubM3.1 Comunicao e Comportamento Relacional (6h)

    SubM3.2 Diversidade no Contexto de Formao (4h)

    MF3 COMUNICAO E DINAMIZAO DE GRUPOS EM FORMAO (10H)

    SubM4.1 Mtodos e Tcnicas Pedaggicas (6h)

    SubM4.2 Pedagogia e Aprendizagem Inclusiva e Diferenciada (4h)

    MF4 METODOLOGIAS E ESTRATGIAS PEDAGGICAS (10H)

  • REFERENCIAL DE FORMAO PEDAGGICA INICIAL DE FORMADORES

    16 AVALIAO

    A estruturao programtica do referencial de formao foi concebida tendo em considerao

    quatro dimenses, definidas na Portaria n 214/2011 de 30 de Maio:

    Pedaggica, que visa a aquisio e desenvolvimento das competncias necessrias em

    funo das modalidades, dos pblicos e dos contextos de interveno, incluindo o uso

    das Tecnologias de Informao e Comunicao em diferentes situaes de

    aprendizagem;

    Organizacional, que inclui as tcnicas e mtodos de planeamento, gesto,

    organizao, acompanhamento e avaliao da formao;

    Prtica, que consiste na aplicao ou no exerccio contextualizado, real ou simulado,

    das competncias tcnico-pedaggicas adquiridas ao longo da formao;

    Deontolgica e tica, que abrange a observncia de regras e valores profissionais, bem

    como da igualdade de gnero e da diversidade tnica e cultural.

    Cada dimenso engloba um conjunto de mdulos cujos contedos so basilares para a

    Formao Pedaggica Inicial de Formadores, os quais sero operacionalizados de acordo com

    uma durao mnima exigvel (10 horas), definido para a formao presencial.

    SubM5.1 Competncias e Objetivos Operacionais (4h)

    SubM5.2 Desenho do Processo de Formao-Aprendizagem (6h)

    MF5 OPERACIONALIZAO DA FORMAO: DO PLANO ACO (10H)

    SubM6.1 Explorao de Recursos Didticos (4h)

    SubM6.2 Construo de Apresentaes Multimdia (6h)

    MF6 RECURSOS DIDTICOS E MULTIMDIA (10H)

    SubM7.1 Plataformas: Finalidades e Funcionalidades (4h)

    SubM7.2 Comunidades Virtuais de Aprendizagem (6h)

    MF7 PLATAFORMAS COLABORATIVAS E DE APRENDIZAGEM (10H)

    SubM8.1 Avaliao Quantitativa e Qualitativa (6h)

    SubM8.2 Avaliao: da Formao ao Contexto de Trabalho (4h)

    MF8 AVALIAO DA FORMAO E DAS APRENDIZAGENS (10H)

    SubM9.1 - Preparao e Concretizao das Simulaes (4h)

    SubM9.2 - Anlise e Prospetiva Tcnico-Pedaggica (6h)

    MF9 SIMULAO PEDAGGICA FINAL (10H)

  • REFERENCIAL DE FORMAO PEDAGGICA INICIAL DE FORMADORES

    AVALIAO 17

    Todos os mdulos pertencem a mais do que uma das dimenses definidas, j que abrangem

    temas de vrias dimenses, sendo que todos possuem uma dimenso pedaggica.

    Matriz de correspondncia entre os mdulos de formao e as dimenses de anlise

    DIMENSES DE ANLISE

    MDULOS DE FORMAO PEDAGGICA ORGANIZACIONAL PRTICA DEONTOLGICA E TICA

    MF1. Formador: Sistemas, Contextos e Perfil

    MF2. Simulao Pedaggica Inicial MF3. Comunicao e Dinamizao de Grupos em Formao

    MF4. Metodologias e Estratgias Pedaggicas

    MF5. Operacionalizao da Formao: do Plano Ao

    MF6. Recursos Didticos e Multimdia

    MF7. Plataformas Colaborativas e de Aprendizagem

    MF8. Avaliao da Formao e das Aprendizagens

    MF9. Simulao Pedaggica Final

    Como referido anteriormente o Referencial de Formao Pedaggica Inicial encontra-se

    estruturado em 9 mdulos de formao de 10 horas cada. Estes mdulos contemplam 2

    sub-mdulos de 4 ou 6 horas organizados em sesses de 2 horas, pelo que a cada mdulo

    correspondem 5 sesses de formao. Esto organizados segundo as competncias a

    adquirir e os contedos estruturantes de cada sub-mdulo.

  • REFERENCIAL DE FORMAO PEDAGGICA INICIAL DE FORMADORES

    18 AVALIAO

    MDULO 1. FORMADOR: SISTEMA, CONTEXTOS E PERFIL

    COMPETNCIAS A ADQUIRIR

    Pretende-se que cada formando, aps este mdulo esteja apto a:

    Caracterizar os sistemas de qualificao com base nas finalidades, no pblico-alvo, nas tecnologias utilizadas e no tipo e modalidade de formao pretendida;

    Identificar a legislao, nacional e comunitria, que Regulamenta a Formao Profissional;

    Enunciar as competncias e capacidades necessrias atividade de formador;

    Discriminar as competncias exigveis ao formador no sistema de formao;

    Identificar os conceitos e as principais teorias, modelos explicativos do processo de aprendizagem;

    Identificar os principais fatores e as condies facilitadoras da aprendizagem;

    Desenvolver um esprito crtico, criativo e empreendedor.

    CONTEDOS

    SUB-MDULO 1.1 FORMADOR: CONTEXTOS DE INTERVENO

    Sess

    o 1

    Politicas Europeias e Nacionais de educao/formao

    O Sistema Nacional de Qualificaes

    O Catlogo Nacional de Qualificaes

    Principais ofertas formativas disponveis

    Conceitos e fundamentos da formao profissional

    Legislao de enquadramento da Formao Profissional

    Sess

    o 2

    Legislao de enquadramento da atividade de Formador

    Perfil do Formador (atividades, competncias e capacidades) formador profissional multitarefas

    Cdigo deontolgico: direitos e deveres

    Tipos de formao profissional:

    Inicial

    Contnua

    Sess

    o 3

    Modalidades de formao profissional:

    Educao e Formao de Jovens

    Educao e Formao de Adultos

    Formao para Pblicos diferenciados (p.e., com incapacidade ou deficincia)

    Formador em Contexto de Trabalho (empresa e outras organizaes)

    Modalidades de Interveno Formativa:

    Presencial

    e-learning

    b-learning (blended-learning)

    Processos de RVCC

    SUB-MDULO 1.2. APRENDIZAGEM, CRIATIVIDADE E EMPREENDEDORISMO

    Sess

    o 1

    Princpios da teoria de aprendizagem

    Pedagogia, andragogia, didtica e psicologia da aprendizagem

    Processos, etapas e fatores psicolgicos da aprendizagem

    Conceitos, caractersticas e percursos da aprendizagem (individualizada/em grupo)

    Fatores cognitivos de aprendizagem (memria e ateno)

    Sess

    o 2

    A aprendizagem disruptiva como metodologia de facilitao

    Esprito empreendedor na formao (conceito, competncias e principais obstculos)

    Pedagogia diferenciada e diferenciao pedaggica: conceitos, tipos e formas de diferenciao

    Diferenciar porqu?

    A Aprendizagem atravs da Programao Neurolingustica (PNL)

    Princpios da Criatividade Pedaggica (abordagem criativa e promoo de competncias)

  • REFERENCIAL DE FORMAO PEDAGGICA INICIAL DE FORMADORES

    AVALIAO 19

    MDULO 2. SIMULAO PEDAGGICA INICIAL

    COMPETNCIAS A ADQUIRIR

    Pretende-se que cada formando, aps este mdulo esteja apto a:

    Preparar, desenvolver e avaliar sesses de formao;

    Identificar os aspetos pedaggicos considerados mais importantes no processo de ensino- aprendizagem;

    Propor solues alternativas, apresentar sugestes de estratgias pedaggicas diversificadas;

    Exercitar competncias de anlise e de autoanlise relativamente a comportamentos observados no desenvolvimento de uma sesso de ensino-aprendizagem.

    CONTEDOS

    SUB-MDULO 2.1 PREPARAO E CONCRETIZAO DAS SIMULAES

    Sess

    o 1

    Caractersticas da tcnica de simulao pedaggica

    Processo de desenvolvimento das simulaes

    Sess

    o 2

    Processo de desenvolvimento das simulaes

    SUB-MDULO 2.2 ANLISE E PROJETO DE MELHORIA

    Sess

    o 1

    Anlise e autoanlise dos comportamentos pedaggicos observados

    Sess

    o 2

    Anlise e autoanlise dos comportamentos pedaggicos observados

    Diagnstico das competncias demonstradas e a adquirir/melhorar

    Sess

    o 3

    Diagnstico das competncias demonstradas e a adquirir/melhorar

    Elaborao de um projeto de melhoria para acompanhamento da progresso das aprendizagens

  • REFERENCIAL DE FORMAO PEDAGGICA INICIAL DE FORMADORES

    20 AVALIAO

    MDULO 3. COMUNICAO E DINAMIZAO DE GRUPOS EM FORMAO

    COMPETNCIAS A ADQUIRIR

    Pretende-se que cada formando, aps este mdulo esteja apto a:

    Compreender a dinmica formador-formandos-objeto de aprendizagem, numa perspetiva de facilitao dos processos de formao;

    Compreender os fenmenos psicossociais, nomeadamente o da liderana, decorrentes nos grupos em contexto de formao;

    Gerir diferentes grupos de trabalho, com fortes condies de potenciar a discriminao e bloquear a aprendizagem;

    Compreender a dinmica da individualidade de aprendizagem no seio de um grupo de trabalho;

    Reconhecer a importncia do mediador de grupos de trabalho.

    CONTEDOS

    SUB-MDULO 3.1 COMUNICAO E COMPORTAMENTO RELACIONAL

    Sess

    o 1

    Comunicao pedaggica

    Mtodos e tcnicas de comunicao

    Estilos de comunicao (assertivo, agressivo, manipulador, passivo)

    Fatores inibidores/potenciadores do relacionamento interpessoal e comunicacional

    Eficcia e Eficincia da comunicao: Estratgias de atuao

    Sess

    o 2

    Organizao do espao da formao (princpios de Ergonomia)

    Trabalho colaborativo

    Teorias, fatores, mtodos e tcnicas de motivao

    Estilos de liderana e os seus efeitos na prtica pedaggica

    Sess

    o 3

    Papel do animador de grupo

    O contrato formativo: compromisso entre a liberdade e a responsabilidade

    Princpios de PNL (Programao Neurolingustica)

    SUB-MDULO 3.2 DIVERSIDADE NO CONTEXTO DE FORMAO

    Sess

    o 1

    Tcnicas e estratgias de caracterizao do grupo de formao

    Mtodos de gesto da diversidade (gnero, etria, cognitiva, socioeconmica, tnico-cultural, deficincia, religio, focos de interesse, )

    Processos de mediao

    Tcnicas de dinmicas de grupo e de gesto de conflitos

    Sess

    o 2

    Tcnicas e estratgias de caracterizao dos fatores potenciadores de situaes de desigualdade, discriminao e bloqueadores das aprendizagens (conflitos, ausncias, falta de motivao, categorizao, preconceitos, esteretipos, efeito de halo, ...)

    Individualidade no processo de aprendizagem

  • REFERENCIAL DE FORMAO PEDAGGICA INICIAL DE FORMADORES

    AVALIAO 21

    MDULO 4. METODOLOGIAS E ESTRATGIAS PEDAGGICAS

    COMPETNCIAS A ADQUIRIR Pretende-se que cada formando, aps este mdulo esteja apto a:

    Escolher e a aplicar as tcnicas e os mtodos pedaggicos mais adequados aos objetivos, aos pblicos-alvo e ao contexto de formao;

    Descrever as vantagens e importncia da criatividade em meio pedaggico;

    Identificar estratgias inclusivas de pblicos diferenciados;

    Identificar vantagens e desvantagens da aplicao das diferentes tcnicas pedaggicas em contextos diferenciados.

    CONTEDOS SUB-MDULO 4.1 MTODOS E TCNICAS PEDAGGICAS

    Sess

    o 1

    Metodologias e tcnicas de ensino/aprendizagem especficas para adultos (passivas e ativas)

    Metodologias e tcnicas de autoestudo (formao a distncia)

    Sess

    o 2

    Mtodos Pedaggicos: expositivo, interrogativo, demonstrativo e ativo

    Sess

    o 3

    Tcnicas pedaggicas: simulao, jogo de papis, exposio, demonstrao, estudo de casos, tempestade de ideias, projetos, aprendizagem no posto de trabalho, exerccios prticos, tutoria e dinmicas de grupo

    Critrios de seleo dos mtodos e/ou tcnicas pedaggicas

    SUB-MDULO 4.2 PEDAGOGIA E APRENDIZAGEM INCLUSIVA E DIFERENCIADA

    Sess

    o 1

    Relaes entre formador-formando e formando-formando (scio construtivismo)

    Criatividade pedaggica: desenvolvimento do processo criativo; a criatividade como ferramenta eficaz; tcnicas e fontes de criatividade; potenciar a atitude criativa

    Sess

    o 2

    Dramatizao de Cenrios Pedaggicos

    Estratgias de adaptao e desenvolvimento para a incluso e a formao de grupos coesos

    Dinamizao de atividades indoor e/ou outdoor que permitam a aplicao dos contedos em diferentes contextos

    Vantagens e desvantagens da aplicao das diferentes tcnicas pedaggicas em contextos diferenciados

  • REFERENCIAL DE FORMAO PEDAGGICA INICIAL DE FORMADORES

    22 AVALIAO

    MDULO 5. OPERACIONALIZAO DA FORMAO: DO PLANO AO

    COMPETNCIAS A ADQUIRIR Pretende-se que cada formando, aps este mdulo esteja apto a:

    Distinguir finalidades, metas, competncias, objetivos gerais e objetivos especficos;

    Redigir objetivos pedaggicos em termos operacionais;

    Hierarquizar objetivos segundo os domnios do saber;

    Planificar momentos de ensino-aprendizagem;

    Identificar os princpios orientadores para a conceo e elaborao de planos de unidades de formao;

    Preencher fichas de planificao da formao (plano de ao de formao/ mdulo/ sesso).

    CONTEDOS SUB-MDULO 5.1 COMPETNCIAS E OBJETIVOS OPERACIONAIS

    Sess

    o 1

    Objetivos da formao e da aprendizagem

    Metodologias e tcnicas de definio de objetivos

    Objetivos pedaggicos: funo, nveis, componentes e domnios

    Sess

    o 2

    Redao de objetivos operacionais

    Conceito de competncia

    Das competncias aos objetivos

    SUB-MDULO 5.2 DESENHO DO PROCESSO DE FORMAO-APRENDIZAGEM

    Sess

    o 1

    Mtodos e tcnicas de organizao e planeamento da formao (presencial e/ou a distncia)

    Tcnicas e estratgias de caracterizao do grupo de formao

    Tcnicas de anlise de necessidades de competncias profissionais e de caracterizao do contexto profissional dos destinatrios

    Tipos de contedos (tericos, prticos e terico/prticos)

    Sess

    o 2

    Como construir um mdulo de formao: Critrios de seleo e sequenciao de contedos segundo uma estrutura modular (unidades de formao, unidade capitalizvel )

    Princpios e mtodos de desenvolvimento curricular (aplicados ao desenho de programas de formao)

    Tcnicas e critrios para calcular a distribuio do tempo da formao (volume dos contedos, grau de dificuldade, importncia dos contedos/mdulos, perfil dos formandos, modalidade de formao,)

    Sess

    o 3

    Conceo e elaborao do Plano de sesso: pressupostos, etapas, objetivos, contedos

    Modelos de planos de sesso

    Elementos constituintes do plano de sesso (objetivos, mtodos, tcnicas, recursos, avaliao, durao, )

  • REFERENCIAL DE FORMAO PEDAGGICA INICIAL DE FORMADORES

    AVALIAO 23

    MDULO 6. RECURSOS DIDTICOS E MULTIMDIA

    COMPETNCIAS A ADQUIRIR

    Pretende-se que cada formando, aps este mdulo esteja apto a:

    Selecionar, conceber e adequar os meios pedaggico-didticos, em suporte multimdia, em funo da estratgia pedaggica adotada;

    Conceber, adequar e utilizar apresentaes multimdia;

    Compreender a dinmica e importncia do PowerPoint como modelo de apresentao;

    Criar apresentaes em PowerPoint tendo em conta as respetivas regras de elaborao.

    CONTEDOS

    SUB-MDULO 6.1 EXPLORAO DE RECURSOS DIDTICOS

    Sess

    o 1

    Funes dos recursos didticos

    Tipos de recursos didticos: convencionais, audiovisuais e multimdia

    Sess

    o 2

    Critrios de seleo dos recursos didticos em funo das caractersticas dos destinatrios, objetivos de aprendizagem, contedos programticos e forma de organizao da formao (presencial/a distncia)

    Regras de elaborao de documentos projetveis

    SUB-MDULO 6.2 CONSTRUO DE APRESENTAES MULTIMDIA

    Sess

    o 1

    Principais softwares de apresentao multimdia

    O PowerPoint como ferramenta base para a criao de apresentaes

    Comandos e funcionalidades do PowerPoint

    Sess

    o 2

    A interatividade da ferramenta PowerPoint

    Manipulao de apresentaes em PowerPoint

    Criao de apresentaes em PowerPoint

    Sess

    o 3

    Regras de elaborao de outras apresentaes multimdia

    Tratamento de ficheiros a integrar na apresentao

  • REFERENCIAL DE FORMAO PEDAGGICA INICIAL DE FORMADORES

    24 AVALIAO

    MDULO 7. PLATAFORMAS COLABORATIVAS E DE APRENDIZAGEM

    COMPETNCIAS A ADQUIRIR

    Pretende-se que cada formando, aps este mdulo esteja apto a: - Compreender as mudanas evolutivas do Ensino a Distncia; - Identificar as caractersticas e as vantagens do e-learning; - Compreender o funcionamento das Plataformas de suporte da formao a distncia; - Identificar regras de formao atravs da Internet; - Reconhecer a importncia do e-formador/e-mediador no processo formativo a distncia; - Identificar e aplicar os mecanismos/softwares de comunicao online; - Desenvolver uma formao utilizando as Plataformas Colaborativas e de Aprendizagem para

    suporte de materiais.

    CONTEDOS

    SUB-MDULO 7.1 PLATAFORMAS: FINALIDADES E FUNCIONALIDADES

    Sess

    o 1

    Pesquisa e Navegao na Internet

    A evoluo da Web (da 1.0 atual)

    Ferramentas da Web: Tcnicas de organizao e adequao da informao selecionada aos destinatrios da formao; interao (pesquisar e produzir contedos)

    Introduo Web

    Princpios bsicos de formao/suporte de formao atravs de plataformas de e-learning;

    Sess

    o 2

    Aprendizagem Cooperativa e Colaborativa

    Princpios bsicos sobre e-learning

    Tipologias e Funcionalidades de uma plataforma (p.e. Moodle, )

    Tcnicas de adaptao dos contedos disponibilizados em papel sua disponibilizao online (em Pdf, comprimidos ZIP, com apresentaes em PowerPoint em modelo .pps)

    Regras Net-etiqueta

    SUB-MDULO 7.2 COMUNIDADES VIRTUAIS DE APRENDIZAGEM

    Sess

    o 1

    Comunidades virtuais de aprendizagem (blogues, frum de discusso, plataformas, );

    Princpios bsicos da Web 2.0 (p.e., Redes sociais)

    Insero de recursos didticos em plataformas colaborativas e de aprendizagem (p.e., normas scorm)

    Sess

    o 2

    Estratgias, mtodos e tcnicas de organizao do trabalho e da comunicao online;

    Ferramentas de comunicao sncronas (chat e videoconferncia) e assncronas (e-mail, blogues e fruns de discusso)

    Sess

    o 3

    O papel (e funes) do e-formador e e-moderador

    Princpios bsicos da e-moderao e do e-formador

  • REFERENCIAL DE FORMAO PEDAGGICA INICIAL DE FORMADORES

    AVALIAO 25

    MDULO 8. AVALIAO DA FORMAO E DAS APRENDIZAGENS COMPETNCIAS A ADQUIRIR

    Pretende-se que cada formando, aps este mdulo esteja apto a: - Distinguir diferentes nveis de avaliao dos resultados de formao; - Construir e aplicar instrumentos de avaliao em funo dos objetivos previamente definidos,

    que permitam verificar e controlar os resultados da aprendizagem, a eficincia e a eficcia da formao;

    - Identificar causas de subjetividade na avaliao; - Aplicar um mtodo sistmico e evolutivo de anlise de resultados de formao; - Propor medidas de regulao, com vista melhoria do processo de formao.

    CONTEDOS

    SUB-MDULO 8.1 AVALIAO QUANTITATIVA E QUALITATIVA

    Sess

    o 1

    Conceito, finalidades e objetos da avaliao

    Tipos de avaliao da formao (inicial: diagnstica; contnua: formativa e sumativa; e final: sumativa)

    Indicadores e critrios de avaliao da aprendizagem

    Caractersticas tcnicas da avaliao (fiabilidade, validade e objetividade)

    A problemtica da subjetividade no processo de avaliao

    Sess

    o 2

    Tcnicas de avaliao (observao, formulao de perguntas, medio, ) de acordo com os objetivos, metodologias e estratgias de formao

    Instrumentos de avaliao (grelhas de observao, escalas de classificao, testes de produo curta e longa, testes com questes de escolha mltipla, de verdadeiro/falso, de emparelhamento, )

    Sess

    o 3

    Escalas de classificao (numricas, literal e descritivas)

    Critrios de seleo das tcnicas e instrumentos de avaliao da aprendizagem

    Regras da conceo dos instrumentos de avaliao (ponderao, tempo de realizao e tempo mdio por bloco de questes, )

    SUB-MDULO 8.2 AVALIAO: DA FORMAO AO CONTEXTO DE TRABALHO

    Sess

    o 1

    Princpios e mtodos de avaliao da formao

    Avaliao da eficcia e eficincia do processo tcnico-pedaggico

    Avaliao da qualidade da formao (estrutura do programa, objetivos, contedos, metodologia, atividades e recursos, formador, )

    Impacte de formao e insero no mercado de trabalho

    Sess

    o 2

    Papis e intervenientes no processo de avaliao (formador, tutor, )

    Formador e tutor: competncias em comum

    Tcnicas e instrumentos de recolha de informao (testes de conhecimentos, testes de performance, inqurito por entrevista, inqurito por questionrio, anlise documental, observao direta, focus-group, estudos de caso, simulao, elaborao de projetos finais, anlise de incidentes crticos, elaborao de porteflios, anlise custo-benefcio, construo de roteiros de atividades, )

  • REFERENCIAL DE FORMAO PEDAGGICA INICIAL DE FORMADORES

    26 AVALIAO

    MDULO 9. SIMULAO PEDAGGICA FINAL COMPETNCIAS A ADQUIRIR

    Pretende-se que cada formando, aps este mdulo esteja apto a: - Preparar, desenvolver e avaliar sesses de formao; - Identificar os aspetos pedaggicos considerados mais importantes no processo de ensino-

    aprendizagem; - Propor solues alternativas, apresentar sugestes de estratgias pedaggicas diversificadas; - Exercitar competncias de anlise e de autoanlise relativamente a comportamentos

    observados no desenvolvimento de uma sesso de ensino-aprendizagem; - Comparar o nvel de competncias pedaggicas adquiridas ao longo do processo formativo,

    com o nvel de desempenho demonstrado no incio da ao; - Elaborar uma sntese e avaliao dos processos formativos vivenciados; - Construir percursos para autoformao (traado de percursos individuais de formao).

    CONTEDOS

    SUB-MDULO 9.1 PREPARAO E CONCRETIZAO DAS SIMULAES

    Sess

    o 1

    Processo de desenvolvimento das simulaes

    Sess

    o 2

    Processo de desenvolvimento das simulaes

    SUB-MDULO 9.2 ANLISE E PROSPETIVA TCNICO-PEDAGGICA

    Sess

    o 1

    Anlise e autoanlise dos comportamentos pedaggicos observados

    Sntese e avaliao dos comportamentos pedaggicos adquiridos

    Sess

    o 2

    Anlise e autoanlise dos comportamentos pedaggicos observados

    Sntese e avaliao dos comportamentos pedaggicos adquiridos

    Sess

    o 3

    Percursos para autoformao e Aprendizagem ao Longo da Vida (Formao de: Formador de Formadores; Formador a distncia; Formador-Consultor; Gestor/ Coordenador de Formao; Mediador de Formao dos cursos EFA)

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    AVALIAO 27

    6.2 A OPERACIONALIZAO DO REFERENCIAL DE FORMAO: ORIENTAES METODOLGICAS

    (a) Simulaes pedaggicas: linhas de orientao

    A aplicao da tcnica pedaggica da autoscopia ou simulao pedaggica vai exigir ao

    Formador uma forte aposta na conduo e acompanhamento das mesmas, nomeadamente se

    estiver perante um grupo de maior dimenso (p.e, de 18 formandos). O Formador ter como

    responsabilidade distribuir pelos seus formandos o nmero de simulaes a que estes devero

    assistir e quais as temticas que podero ser mais interessantes para o seu percurso

    profissional e/ou pessoal.

    Estes casos sero mais paradigmticos nas situaes em que, dado o nmero de participantes,

    tero de ser acrescentadas horas por cada elemento. Ainda que ocorra este acrscimo, cada

    formando pode apenas frequentar as 10 horas obrigatrias, seguindo as orientaes que o

    Formador lhe fornecer.

    As simulaes pedaggicas podero ser substitudas por outras tcnicas, no caso em que os

    formandos j desenvolvem funes enquanto formadores. O esquema seguinte ilustra as

    vrias tcnicas que podero ser utilizadas no desenvolvimento dos Mdulos MF2 Simulao

    Pedaggica Inicial e MF9 Simulao Pedaggica Final.

    (b) Construir um projeto de interveno: uma mais-valia para o futuro Formador

    O contexto de interveno atual do Formador muito diversificado podendo este estar afeto a

    uma empresa ou atuar como freelancer, o que exige um conjunto de competncias alargado

    SIMULAES PEDAGGICAS

    ANLISE DAS PRTICAS PROFISSIONAIS

    (visita ao posto de trabalho)

    SITUAO DE SSIA (cria-se uma situao fictcia em que o

    indivduo vai faltar ao trabalho e pede a algum que o substitua, mas ningum pode notar que no ela, pelo que necessrio

    passar toda a informao)

    SITUAO DE AUTO-CONFRONTAO

    (visualizao de uma sesso de formao ministrada pelo candidato)

    PRTICA SIMULADA OU OBSERVAO EM CONTEXTO

    DE TRABALHO

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    28 AVALIAO

    que vai alm das competncias tcnico-pedaggicas, nomeadamente possuir um esprito

    empreendedor, ter capacidade de iniciativa e forte criatividade.

    Neste sentido, a construo de um Projeto de Interveno, desenvolvido ao longo de toda a

    ao de formao e alvo de reflexo em todos os mdulos, ir certamente enriquecer e

    desenvolver as competncias do futuro Formador. Por este motivo, dever ser encarado pelos

    formandos como um investimento que poder ser rentabilizado futuramente.

    O trabalho em questo no mais do que uma proposta de uma interveno pedaggica, que

    pode contribuir para a melhoria das competncias do Formador a vrios nveis: tcnico,

    organizacional, relacional, etc.

    Neste sentido, ainda que sempre acompanhados pela equipa pedaggica, cada formando deve

    propor um mdulo de formao, a partir do qual constroem o respetivo plano de formao,

    que dever ser acompanhado, preferencialmente, e quando realizado o percurso completo,

    pelo formador que ministra os mdulos 3, 4, 5 e 8. Este plano poder servir de base para a

    simulao pedaggica final na medida em que podero extrair um contedo para o qual

    apresentam um plano de sesso.

    Em termos prticos, cada formando vai planificar um mdulo de formao, percorrendo os

    seguintes campos:

    DESIGNAO DO

    MDULO

    ENQUADRAMENTO (explicar o ponto de

    partida do projecto e justificar a pertinncia

    pedaggica)

    PBLICO-ALVO

    (definio do perfil de entrada e sada)

    DURAO DO MDULO OBJETIVOS GERAIS OBJETIVOS ESPECFICOS

    CONTEDOS DE APRENDIZAGEM

    METODOLOGIAS E ESTRATGIAS

    RECURSOS DIDTICOS

    AVALIAO (das aprendizagens e da

    formao)

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    AVALIAO 29

    A situao anteriormente descrita aplica-se claramente aos casos em que os formandos

    frequentam toda a ao de formao, ou seja, todo o projeto ter uma sequncia lgica de

    trabalho ao longo de todos os mdulos.

    No entanto, e dependendo da forma como este projeto for apropriado, poder o mesmo ser

    subdivido em diferentes produtos, cada um deles respeitante a um determinado tema, logo,

    associados a resultados de aprendizagem especficos. Assim, cada formando poder

    desenvolver esse subproduto no ficando prejudicado no alcance das competncias de

    empreendedorismo, criatividade, autonomia e iniciativa.

    (c) Mdulos de formao: precedncias

    O conceito de precedncia, no quadro do atual referencial de FPIF, assume um carcter

    flexvel, uma vez que no obriga a uma sequncia completamente rgida. No obstante, os

    mdulos que exigem a aquisio de competncias prvias no podero ser avaliados sem que

    os mdulos precedentes tenham sido concludos com aproveitamento.

    Assim, importante tecer algumas consideraes sobre determinados contedos que, no

    existindo a demonstrao prtica da mobilizao das competncias-chave, poder condicionar

    a participao efetiva do indivduo e, consequentemente, o cumprimento dos resultados de

    aprendizagem do respetivo mdulo.

    Os mdulos mais crticos so os que respeitam ao eixo da operacionalizao da formao,

    nomeadamente o MF5 Operacionalizao da Formao: do plano ao e o MF8

    Avaliao da Formao e das Aprendizagens, bem como o MF9 Simulao pedaggica

    Final. Estes trs mdulos exigem a aquisio de competncias prvias:

    Para o Mdulo MF5 - Operacionalizao da Formao: do plano ao, no qual se

    desenha o processo de formao-aprendizagem, necessrio que o indivduo domine

    as temticas dos mdulos MF1 Formador: Contextos de Interveno, MF2

    Simulao pedaggica Inicial e MF4 - "Metodologias e Estratgias Pedaggicas, na

    medida em que todos incorporam respostas a competncias necessrias para

    desenvolvimento do Mdulo 5.

    MF1 MF2 MF4

    MF5

  • REFERENCIAL DE FORMAO PEDAGGICA INICIAL DE FORMADORES

    30 AVALIAO

    A frequncia do Mdulo MF8 - Avaliao da Formao e das Aprendizagens implica

    que o indivduo domine, por exemplo, a redao dos objetivos pedaggicos, contedo

    integrante do mdulo MF5 Operacionalizao da Formao: do Plano Ao, pois

    sem a mobilizao destas competncias e da sua importncia na construo de

    instrumentos de avaliao das aprendizagens, muito dificilmente cumprir os objetivos

    deste mdulo.

    A frequncia do Mdulo da Simulao Pedaggica Final, dever ocorrer aps a

    concluso com aproveitamento de todos os mdulos anteriores.

    Nestes casos, recomenda-se, que seja elaborada uma ferramenta de diagnstico (um

    questionrio, por exemplo, ou uma entrevista com um caso prtico), aplicado entrada que

    permita aferir o grau de conhecimento dos indivduos nestas matrias. Este procedimento vai

    permitir garantir que aquele futuro formando apreenda com maior eficcia e eficincia os

    resultados da aprendizagem.

    Em relao sequncia modular, importante que a equipa pedaggica imprima lgica na

    organizao dos mdulos, que atribua uma sequncia que pedagogicamente faa sentido em

    termos dos resultados de aprendizagem a alcanar.

    Acresce, ainda, que todos os mdulos aqui propostos, assim como as respetivas sesses foram

    descritos em funo de uma avaliao de diagnstico e do perfil de sada visado. Esta lgica

    permite considerar que devem existir mdulos de carcter obrigatrio no que diz respeito

    sequncia de dinamizao, tais como o MF1 Formador: Sistema, Contextos e Perfil e MF2

    Simulao Pedaggica Inicial que devem ser realizados por essa ordem.

    MF1 MF2 MF4 MF5

    MF8

    MF1 MF2 MF3 MF4 MF5 MF6 MF7 MF8

    MF9

  • REFERENCIAL DE FORMAO PEDAGGICA INICIAL DE FORMADORES

    AVALIAO 31

    Os mdulos MF3 Comunicao e Dinamizao de Grupos em Formao, MF4

    Metodologias e Estratgias Pedaggicas, MF6 Recursos Didticos e Multimdia e MF7

    Plataformas Colaborativas e de Aprendizagem so de carcter livre.

    Neste sentido, ainda que se sublinhe a flexibilidade e o carcter autnomo dos mdulos de

    formao que compem o referencial, apresentam-se algumas opes que se consideram

    pedagogicamente recomendveis, considerando a organizao das temticas e o prprio

    encadeamento programtico.

    (d) Mdulos de formao: assiduidade

    Para a obteno do CCP necessrio que os formandos realizem todo o percurso formativo

    com aproveitamento positivo, cumprindo uma assiduidade mnima de 95%.

    Devem concluir os nove mdulos de formao, num perodo mximo de 6 meses, a contar da

    data em que o candidato a formador inicia o seu primeiro mdulo de formao, no podendo

    faltar a um sub-mdulo na ntegra.

    A frequncia da ao de formao reveste-se como de participao obrigatria uma vez que se

    apoia em mtodos ativos, ou seja, apela sistematicamente demonstrao prtica da

    mobilizao das competncias-chave.

    Em situaes excecionais, em que um formando falta (com justificao atendvel) a um ou

    mais mdulos, tendo sido respeitadas as precedncias, a entidade formadora dever facultar a

    possibilidade do formando frequentar os mdulos em falta noutra ao o mais rapidamente

    OPO 1

    MF1

    MF2

    MF3

    MF4

    MF6

    MF5

    MF7

    MF8

    MF9

    OPO 2

    MF1

    MF2

    MF4

    MF6

    MF5

    MF8

    MF3

    MF7

    MF9

    OPO 3

    MF1

    MF2

    MF6

    MF7

    MF3

    MF4

    MF5

    MF8

    MF9

  • REFERENCIAL DE FORMAO PEDAGGICA INICIAL DE FORMADORES

    32 AVALIAO

    possvel, tendo em considerao que para um formando frequentar o Mdulo 9 - Simulao

    Pedaggica Final, ter obrigatoriamente de ter aproveitamento em todos os mdulos.

    Quando integrado em outra ao fundamental que o dossier tcnico pedaggico evidencie a

    sua presena em todos os mdulos, devendo a entidade colocar cpia da documentao

    referente outra ao frequentada e dos mdulos com aproveitamento positivo (exemplo:

    folhas de presena e avaliaes) que comprovem a frequncia de todos os mdulos.

    (e) Formao em b-learning: principais requisitos e recomendaes

    Para a concretizao deste referencial em b-learning, nomeadamente os mdulos mediados

    pela Internet, so necessrios alguns requisitos de base:

    Conhecimentos base de informtica;

    Equipamento informtico com acesso Internet.

    Alm destes requisitos de base direcionados para os formandos, para o desenvolvimento da

    formao, necessrio ter em conta determinados fatores que auxiliem a clarificar, formandos

    e formadores, sobre o seu papel online, p.e., orientar futuras auditorias de qualidade:

    Conceo de um manual de apoio sobre o sistema de gesto da aprendizagem

    Plataforma Colaborativa e de Aprendizagem (p.e. plataforma Moodle ou outras

    plataformas) onde se desenvolver a formao; e,

    experimentao prvia por parte dos formandos das funcionalidades dessa mesma

    Plataforma Colaborativa e de Aprendizagem.

    Ainda para o desenvolvimento da formao, na sua componente a distncia, so requisitos

    obrigatrios:

    realizao de uma sesso sncrona por mdulo, sendo recomendvel que o formador-

    tutor seja mediador e impulsionador do processo de debate online e que, promova a

    interao entre todos os formandos;

    abertura no primeiro dia de formao de fruns para debate de temticas, assistncia

    de dvidas dos formandos, ;

    incluso na equipa pedaggica de um tutor online que responder s dvidas de

    carcter tcnico-administrativo, tal como reencaminhar as dvidas pedaggicas para

    os respetivos formadores do mdulo, sempre que necessrio;

    realizao das simulaes pedaggicas em sesses presenciais;

    realizao de 95% dos trabalhos que so pedidos para os mdulos online;

  • REFERENCIAL DE FORMAO PEDAGGICA INICIAL DE FORMADORES

    AVALIAO 33

    realizao da formao completa num perodo mximo de 6 meses, tal como para a

    formao presencial.

    7.

    7.1 BATERIA DE EXERCCIOS DE APLICAO PRTICA

    O presente referencial pretende facilitar a operacionalizao dos mdulos e sub-mdulos de

    formao por parte do formador, integrando exerccios de aplicao prtica para cada um dos

    mdulos (cf. Ponto D Bateria de Exerccios em cada uma dos Anexos). Neste sentido, so

    apresentados exemplos de referncia, isto , no existe obrigatoriedade de aplicao dos

    exerccios apresentados, mas funcionam como uma orientao para o formador na

    planificao das sesses de formao.

    Para uma melhor harmonizao, cada exerccio prtico obedece a uma estrutura-tipo, que

    contempla os seguintes campos:

    Mdulo e sub-mdulo onde se integra;

    Temtica(s) a abordar;

    Objetivos a atingir;

    Durao;

    Dimenso do grupo (se aplicvel);

    Material a utilizar.

    Neste sentido, subjacente descrio do exerccio est um modelo que deve ser aplicado em

    todos eles.

    7.2 ROTEIROS DE TRABALHO

    A apresentao de roteiros de trabalho (cf. Ponto C Roteiros de Trabalho em cada uma dos

    Anexos) tem como objetivos a fundamentao pedaggica das atividades a desenvolver nas

    diferentes sesses, a descrio dos objetivos/competncias a atingir, a definio das condies

    de realizao (durao, dimenso do grupo, material utilizado e espao fsico), a identificao

    da metodologia pedaggica a aplicar e, ainda, as etapas para a realizao da atividade.

    semelhana dos exerccios de aplicao prtica os roteiros de trabalho constituem exemplos

    de referncia, no existindo obrigatoriedade da sua aplicao.

  • REFERENCIAL DE FORMAO PEDAGGICA INICIAL DE FORMADORES

    34 AVALIAO

    8.

    8.1 METODOLOGIA DE AVALIAO ADOTADA

    O acompanhamento e avaliao so considerados componentes estruturantes dos processos

    formativos. Neste quadro, configuram-se como processos de interveno contnua e

    sistemtica, por forma a promover nos participantes o desenvolvimento de uma capacidade

    crtica sustentada e a validar progressivamente as competncias adquiridas e/ou

    desenvolvidas ao longo e no final da formao.

    Sendo parte integrante do processo formativo, a avaliao tem como finalidade prioritria

    validar os conhecimentos, as capacidades e as aptides adquiridas e/ou desenvolvidas pelos

    formandos ao longo da formao. Alm deste aspeto, e numa outra leitura, os resultados

    obtidos em cada sub-mdulo ou mdulo do curso so interpretados como elementos de

    validao das respetivas aes formativas.

    A metodologia de acompanhamento e avaliao da formao baseia-se num conjunto de

    tcnicas que visa identificar as formas, os tipos e os instrumentos disponveis para realizar a

    respetiva avaliao, tendo por objetivo obter feedback de todos os participantes, imprimir

    qualidade em todo o sistema, promover um processo de melhoria contnua e aferir as

    aprendizagens.

    A avaliao, como processo sistemtico, contnuo e integral dever ocorrer em trs

    momentos:

    Avaliao inicial (no incio da formao): Avaliao diagnstica (perfil de entrada dos

    formandos);

    Avaliao contnua (ao longo/durante a formao): Avaliao formativa e sumativa

    (processo/desenvolvimento da formao); e

    Avaliao final (no final da formao): Avaliao sumativa (perfil de sada).

    Na definio dos objetivos que lhe esto inerentes pretende-se com a avaliao:

    identificar o perfil de entrada dos formandos (avaliao diagnstica);

    melhorar o ensino e a aprendizagem (avaliao formativa);

    medir os resultados e a aprendizagem realizada (avaliao sumativa).

  • REFERENCIAL DE FORMAO PEDAGGICA INICIAL DE FORMADORES

    AVALIAO 35

    O primeiro permite identificar quais os conhecimentos e competncias que os formandos

    possuem antes da formao e, o segundo pode ser definido como um processo sistemtico e

    contnuo para determinar em que medida os objetivos pedaggicos foram alcanados pelo

    formando, permitindo a correo do processo de ensino-aprendizagem nos seus vrios

    aspetos.

    A avaliao sumativa constitui a finalidade clssica da avaliao e assume uma relevncia tanto

    maior, quando certo ser ela a responsvel pela tomada de decises a vrios nveis, decises

    essas que influenciam, por vezes, a vida dos formandos e das organizaes.

    Avaliao Diagnstica

    A avaliao diagnstica consiste numa fase essencial para os formadores, j que esta avaliao

    prvia resultante da simulao pedaggica inicial permite identificar quais os conhecimentos e

    competncias que os formandos possuem e desta forma definir a estratgia formativa mais

    adequada para que os formandos alcancem um resultado pedagogicamente satisfatrio.

    Esta avaliao dever ser realizada atravs da aplicao: da Ficha de Apreciao do Plano de

    Sesso da Simulao Pedaggica (Inicial), da Ficha de apreciao dos Recursos Didticos

    aplicados na Simulao Pedaggica (Inicial) e Ficha de apreciao da Progresso nas

    Simulaes Pedaggicas quanto ao Domnio do Desenvolvimento da Formao.

    Avaliao Formativa

    A Avaliao formativa (contnua) visa introduzir, no decurso do processo de formao-

    aprendizagem, momentos de avaliao global da atividade desenvolvida. Assim, atendendo

    aos objetivos especficos delineados no incio do mdulo, a avaliao formativa permite

    diagnosticar a forma como o formando vai acompanhando o processo de formao-

    aprendizagem. Este feedback essencial para o ajustar das estratgias, que em muitos casos

    decisiva para o sucesso do formando.

    Cabe ao formador de cada mdulo orientar o processo de avaliao formativa de forma

    contnua ao longo de todo o processo de formao-aprendizagem. Neste sentido, durante as

    explicaes e demonstraes o formador deve, constantemente, verificar a compreenso e o

    progresso dos formandos, fazendo perguntas e observando as suas reaes, salientando o que

    o formando est a fazer bem e mal, dando-lhe sugestes para melhorar o trabalho,

    encorajando a autoavaliao e fornecendo meios para que o formando possa avaliar o seu

    prprio trabalho e corrigir os seus erros.

  • REFERENCIAL DE FORMAO PEDAGGICA INICIAL DE FORMADORES

    36 AVALIAO

    A autoavaliao um processo insubstituvel de autorregulao do desenvolvimento das

    competncias adquiridas ou a adquirir e a explicitao/negociao de critrios de avaliao

    necessria para a compreenso da qualidade do desempenho.

    Avaliao Sumativa

    A avaliao sumativa (aprendizagens) visa, ao classificar, traduzir o processo de avaliao

    contnua num referencial universalmente reconhecido (escala), possibilitando a certificao.

    da responsabilidade de cada formador proporcionar as condies ideais para que a avaliao

    sumativa de cada mdulo resulte efetivamente da ponderao de todos os elementos de

    avaliao definidos.

    A Avaliao das Aprendizagens pode processar-se atravs da aplicao de vrios instrumentos

    e permite medir o desempenho dos formandos relativamente a:

    Domnio dos objetivos especficos a adquirir atravs da frequncia da formao; e

    Reforo das competncias pedaggicas a adquirir atravs da frequncia da formao.

    O grau de Domnio dos objetivos pedaggicos (OP) constata-se atravs das apreciaes

    realizadas pelos formadores envolvidos na ao, por observao dos participantes nos

    mdulos individuais, ao nvel do domnio dos assuntos, relaes interpessoais, entre outras.

    Estas observaes devero ser registadas na Ficha de Observao dos Participantes por

    Mdulo.

    O Reforo de Competncias Pedaggicas (CP) verificado atravs da anlise comparativa da

    Simulao Pedaggica Inicial e Final e Avaliao do Projeto de Interveno. Neste contexto so

    avaliados os seguintes parmetros:

    I. O plano de sesso, na rea de atividade do formador em formao, tendo em conta a sua

    estrutura e os materiais de apoio Ficha de apreciao do Plano de Sesso da Simulao

    Pedaggica (CP1_Inicial e CP1_Final).

    II. Os recursos didticos tendo em conta o rigor tcnico, a estruturao e a criatividade dos

    meios/documentos concebidos para a sesso simulada - Ficha de apreciao dos Recursos

    Didticos aplicados na Simulao Pedaggica (CP2_Inicial e CP2_Final).

    III. O desempenho como formador, no domnio pedaggico-didtico do desenvolvimento da

    Formao, pela observao de critrios de anlise pr-estabelecidos. Tambm nesta ficha

    de avaliao possvel retirar critrios que no se adequem formao em questo, tal

    como acrescentar novos que se justifiquem mais pertinentes e que tenham sido

    desenvolvidos a priori, antes do incio da formao (Ficha de Progresso nas Simulaes

    Pedaggicas, quanto ao Domnio de Desenvolvimento da Formao CP3A; CP3B_Inicial;

    CP3B_Final).

  • REFERENCIAL DE FORMAO PEDAGGICA INICIAL DE FORMADORES

    AVALIAO 37

    IV. Qualidade do mdulo de formao (Ficha de Apreciao do Projeto de Interveno

    AS/PI) tendo em conta os vrios elementos que o compem: designao do mdulo,

    enquadramento, durao do mdulo, pblico-alvo, objetivos gerais, objetivos especficos,

    contedos de aprendizagem, metodologias e estratgias, recursos didticos e avaliao.

    A Avaliao Final de cada formando, determina o grau de sucesso da aprendizagem

    confrontando-se os resultados obtidos na avaliao contnua com os objetivos operacionais

    definidos a priori.

    Ser o Responsvel e/ou Coordenador Pedaggico que, aps obteno das avaliaes

    individuais dos formadores, far a sua compilao e converter o somatrio quantitativo (1 a

    5) das avaliaes numa escala.

    ESCALAS DE AVALIAO DAS APRENDIZAGENS (UM NVEL NEGATIVO E QUATRO NVEIS POSITIVOS)

    QUALITATIVA* QUANTITATIVA

    APROVEITAMENTO INSUFICIENTE

    APROVEITAMENTO SATISFATRIO

    APROVEITAMENTO BOM

    APROVEITAMENTO RELEVANTE

    APROVEITAMENTO EXCELENTE

    NUMRICA Nveis 1 a 5

    1 2 3 4 5

    LITERAL Nveis A a E

    E D C B A

    PERCENTUAL Valores de 0 a 20

    0 - 9 10 - 13 14 - 16 17 - 18 19 - 20

    PERCENTUAL 0 a 100%

    0% - 49% 50% - 69% 70% - 84% 85% - 94% 95% - 100%

    * DESIGNAO QUE DEVE CONSTAR NOS CERTIFICADOS

    O peso de cada um dos elementos apresentados distinto para o clculo da Avaliao Final

    dos formandos. Assim sendo, a Avaliao Final dos formandos assenta nas seguintes

    percentagens:

    (i) Avaliao Diagnstica (AD):

    Simulao Pedaggica Inicial - 10%

    (ii) Avaliao Sumativa (AS):

    Objetivos Pedaggicos (OP) 30%

    Competncias Pedaggicas (CP) 30%

    Projeto de Interveno (PI) 30%

    AVALIAO FINAL = [(0,10 X AD) + (0,3 X AS/OP)+ (0,30 X AS/CP) + (0,3 X AS/PI)]

  • REFERENCIAL DE FORMAO PEDAGGICA INICIAL DE FORMADORES

    38 AVALIAO

    Desta feita, a aprovao do formando no final do curso ser determinada pelos seguintes

    critrios:

    a) Considera-se que um formando teve aproveitamento no curso quando a sua

    classificao final for igual ou superior ao nvel 2, correspondendo em termos

    qualitativos a Aproveitamento Satisfatrio e tendo registado uma assiduidade

    mnima de 95% sobre a durao global do curso.

    b) Considera-se que um formando no teve aproveitamento no curso quando a sua

    classificao final for igual ao nvel 1, correspondendo em termos qualitativos a

    Aproveitamento Insuficiente ou no tendo registado uma assiduidade mnima de

    95% sobre a durao global do curso, no podendo faltar a um sub-mdulo inteiro.

    Na tabela abaixo so apresentadas as descries globais da escala qualitativa:

    DESCRIO GLOBAL DOS CRITRIOS DE AVALIAO

    Escala Qualitativa CENTRADO NAS COMPETNCIAS CENTRADO NOS OBJETIVOS

    APROVEITAMENTO INSUFICIENTE

    No adquiriu as competncias-chave previstas no referencial de formao. Necessita de um reforo de formao ou de melhoria ao nvel dos comportamentos e atitudes.

    No atingiu 50% dos objetivos operacionais visados pelo referencial de formao. Necessita de um reforo de formao ou de melhoria ao nvel dos comportamentos e atitudes.

    Avaliao qualitativa, no final da formao, dos profissionais aptos para o exerccio autnomo e qualificado das funes de formador:

    APROVEITAMENTO SATISFATRIO

    Adquiriu as competncias-chave previstas no referencial de formao e demonstrou aptides satisfatrias para o exerccio da atividade de formador.

    Atingiu pelo menos 50% dos objetivos operacionais visados pelo referencial de formao e demonstrou aptides satisfatrias para o exerccio da atividade de formador.

    APROVEITAMENTO BOM

    Adquiriu todas as competncias previstas no referencial de formao e demonstrou boas aptides de comunicao e de trabalho em equipa, capacidade de anlise e autonomia na resoluo de problemas.

    Atingiu todos os objetivos operacionais visados pelo referencial de formao e demonstrou boas aptides de comunicao e de trabalho em equipa, capacidade de anlise e autonomia na resoluo de problemas.

    APROVEITAMENTO RELEVANTE

    Adquiriu todas as competncias previstas no referencial de formao e demonstrou relevantes aptides de comunicao e de trabalho em equipa, elevado empenho, capacidade de anlise, autonomia e criatividade na resoluo de problemas

    Atingiu todos os objetivos operacionais visados pelo referencial de formao e demonstrou relevantes aptides de comunicao e de trabalho em equipa, elevado empenho, capacidade de anlise, autonomia e criatividade na resoluo de problemas.

    APROVEITAMENTO EXCELENTE

    Superou as competncias previstas no referencial de formao e demonstrou excecionais aptides de comunicao e de trabalho em equipa, elevado empenho, capacidade de anlise, autonomia e criatividade na resoluo de problemas, utilizando de forma consistente diferentes suportes, canais, fontes e redes de conhecimento, bem como esprito empreendedor.

    Superou os objetivos operacionais visados pelo referencial de formao e demonstrou excecionais aptides de comunicao e de trabalho em equipa, elevado empenho, capacidade de anlise, autonomia e criatividade na resoluo de problemas, utilizando de forma consistente diferentes suportes, canais, fontes e redes de conhecimento, bem como esprito empreendedor.

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    AVALIAO 39

    Avaliao do Processo Formativo

    Esta avaliao a efetuar durante a realizao da formao acompanha a execuo da mesma,

    produzindo informao para a monitorizao e controlo de gesto do processo formativo. Esta

    avaliao pretende aferir a qualidade: da estrutura do programa, da metodologia utilizada, do

    desempenho dos formadores, do modelo organizativo da ao e dos recursos tcnicos,

    humanos e materiais. Este feedback ajudar o Responsvel/Coordenador Pedaggico na

    redao de Relatrios Finais de Avaliao da Formao que devem constar no Dossier Tcnico-

    Pedaggico (DTP), estando apto a perceber os pontos fortes da ao e as melhorias a realizar

    em futuros cursos de formao.

    Os instrumentos a utilizar so questionrios que pretendem inquirir formandos e formadores,

    sobre a qualidade da formao;

    Ficha de Avaliao da Qualidade da Formao (a preencher pelo formando)

    Visando objetivos essencialmente pedaggicos pretende-se com este questionrio recolher as

    opinies dos formandos sobre a ao de formao frequentada (satisfao com a ao de

    formao/mdulo e desempenho dos formadores) com vista a melhorar a qualidade da

    mesma. O questionrio dever ser preenchido no dia da concluso da ao de formao.

    Ficha de Avaliao da Qualidade da Formao (a preencher pelo formador)

    Tem por objetivo permitir ao formador expressar a sua opinio sobre a ao em 3 dimenses:

    Preparao, ao nvel do trabalho com a equipa pedaggica, na construo da

    respetiva ao de formao;

    Desenvolvimento, ao nvel do trabalho com os formandos e da adequao das

    metodologias e tcnicas definidas anteriormente;

    Apoio, tanto ao nvel da coordenao do curso, como ao nvel das

    instalaes/equipamentos disponibilizados pela instituio acolhedora da ao de

    formao.

    O questionrio dever ser preenchido aps a concluso da ao de formao.

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    40 AVALIAO

    De acordo com a portaria 214/2011 de 30 de Maio os Certificados de Competncias

    Pedaggicas so emitidos de forma automtica e por via eletrnica, atravs do Portal

    NetForce, aps:

    O registo e validao das classificaes finais dos candidatos que obtiveram

    aproveitamento, pela entidade onde se realizou a formao ou o processo de

    reconhecimento, validao e certificao de competncias pedaggicas;

    O registo da equivalncia dos diplomas ou certificados de habilitao de nvel

    superior, sempre que seja essa a via de acesso certificao;

    O pagamento dos encargos procedimentais previstos no artigo 11.

    O Certificado de Competncias Pedaggicas dispensa a emisso pelas entidades formadoras de

    qualquer outro documento de certificao, e consiste na atribuio de um cdigo de validao,

    enviado eletronicamente a cada formador, que permite o seu acesso e ou de terceiros

    autorizados, atravs da Internet, aos dados que comprovam a respetiva certificao.

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    AVALIAO 41

    8.2 INSTRUMENTOS/FICHAS DE AVALIAO

    As fichas de avaliao encontram-se disponveis no portal NetForce para download.

    FICHA DE OBSERVAO DOS PARTICIPANTES POR MDULO

    FORMADOR AO N

    MDULO

    PARTICIPANTES

    PARMETROS DE AVALIAO (atribuir pontuao de 1 a 5)

    DOMNIO DOS ASSUNTOS Aplica os conhecimentos adquiridos em exerccios ou casos concretos

    CRIATIVIDADE E AUTONOMIA Demonstra capacidade de anlise dos temas e situaes, autonomia na pesquisa de informao e criatividade na abordagem dos assuntos.

    GENERALIZAO DOS SABERES Transfere ou generaliza os saberes adquiridos a novas situaes

    PARTICIPAO Mostra interesse e intervm a propsito, colaborando na dinamizao das atividades formativas

    RESPONSABILIDADE Demonstra sentido de responsabilidade na frequncia da ao, em termos de cumprimento dos tempos e das atividades propostas

    RELAES INTERPESSOAIS Comunica com os colegas, formadores e outros, demonstrando tolerncia e esprito de equipa

    SOMATRIO DE PONTOS

    PONTUAO POR FORMADO OP1 (Somatrio de Pontos a dividir /Total de itens avaliados)

    Replicar a ficha de observao dos participantes para os 7 mdulo: (MF1,MF3,MF4,MF5, MF6,

    MF7 E MF8)

    DATA / /

    RUBRICA DO FORMADOR

  • REFERENCIAL DE FORMAO PEDAGGICA INICIAL DE FORMADORES

    42 AVALIAO

    Ficha de Pontuao Final obtida na aferio do grau de Domnio dos Objetivos

    Participantes

    OP/MF

    MF1

    MF3

    MF4

    MF5

    MF6

    MF7

    MF8

    Somatrio de Pontos

    0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

    Total AS/OP 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

    Data / /

    Ao n

    Coordenador da Ao

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    43 AVALIAO

    FICHA DE APRECIAO DO PLANO DE SESSO DA SIMULAO PEDAGGICA (INICIAL E FINAL)

    FORMADOR

    PARTICIPANTES

    BLOCOS PARMETROS DE AVALIAO

    (ATRIBUIR PONTUAES DE 1 A 5)

    PO

    ND

    ERA

    DO

    R

    ESTRUTURA

    Identifica o tema a tratar, os contedos, a durao prevista, o pblico-alvo e o contexto de ensino-aprendizagem

    20%

    Define os objetivos da sesso ou do mdulo e determina uma estratgia pedaggica estabelecendo as relaes com as fases/etapas principais a desenvolver

    30%

    Descreve os critrios e as formas de avaliao dos formandos e da sesso, indicando os instrumentos a aplicar

    10%

    MATERIAIS DE APOIO

    Seleciona ou concebe recursos didticos adequados estratgia pedaggica preconizada

    10%

    Recorre a Plataformas Colaborativas e de Aprendizagem ou Comunidades Virtuais como suporte interativo da formao

    10%

    Prepara instrumentos de avaliao dos formandos e da formao, em harmonia com os objetivos

    10%

    Sistematiza a planificao da sesso ou mdulo e os materiais de apoio, segundo uma organizao lgica e coerente

    10%

    PONTUAO DO FORMANDO - CP1

    [Fichas CP1_inicial e CP1_final disponveis no NetForce]

    AO N DATA / /

    RUBRICA DO FORMADOR

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    AVALIAO 44

    FICHA DE APRECIAO DOS RECURSOS DIDTICOS APLICADOS NA SIMULAO PEDAGGICA (INICIAL E FINAL)

    FORMADOR

    PARTICIPANTES

    BLOCOS PARMETROS DE AVALIAO

    (ATRIBUIR PONTUAES DE 1 A 5)

    PO

    ND

    ERA

    DO

    R

    QUALIDADE DOS

    RECURSOS

    RIGOR TCNICO Elabora os recursos de forma criteriosa e rigorosa, em consonncia com o contedo da formao e adequados estratgia pedaggica definida e aos pblicos-alvo

    40%

    ESTRUTURAO Concebe os recursos aplicando os princpios pedaggicos e tcnicos, especficos dos diferentes suportes

    40%

    CRIATIVIDADE Concebe ou seleciona recursos com inovao, originalidade e aproximao a modelos reais

    20%

    PONTUAO POR FORMADO CP2

    [Fichas CP2_inicial e CP2_final disponveis no NetForce]

    AO N DATA / /

    RUBRICA DO FORMADOR

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    AVALIAO 45

    INSTRUES DE PREENCHIMENTO DO CONJUNTO DE FICHAS DE PROGRESSO NAS SIMULAES PEDAGGICAS QUANTO AO DOMNIO DE DESENVOLVIMENTO DA FORMAO

    Esta Ficha (CP3) subdivide-se em duas: