2 - Livros históricos

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Comentário bíblico extraido da internet.

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Introduo ao 6 Livro Bblico: JosuEscritor: incerto Lugar da escrita: Cana Data: 1400 - 1375 Os israelitas, acampados nas plancies de Moabe, esto prontos para entrar em Cana, a Terra Prometida. O territrio do outro lado do Jordo habitado por grande nmero de pequenos reinos, que possuem cada qual um exrcito. Estes reinos esto divididos entre si e enfraquecidos em razo dos muitos anos em que o Egito os dominou de modo corrupto. Contudo, para a nao de Israel, a oposio forte. Se o pas h de ser subjugado, ser preciso tomar as muitas cidades fortificadas, tais como Jeric, Ai, Hazor e Laquis. Tempos difceis esto frente. preciso travar e ganhar batalhas decisivas, com a ajuda do prprio Deus que realizar grandes milagres para seu povo, a fim de cumprir a sua promessa de o estabelecer nessa terra. Incontestavelmente, estes acontecimentos extraordinrios, to notveis nos tratos de Deus com o seu povo, tm de ser assentados por escrito, e isso por uma testemunha ocular. Que homem poderia ser melhor para isso do que o prprio Josu, aquele que Deus designara qual sucessor de Moiss? (Nm 27:15-23). Deus escolheu Josu como lder dos acontecimentos prestes a ocorrer. Durante os 40 anos passados no ermo, ele foi ntimo colaborador de Moiss. Tem sido ministro de Moiss desde a sua idade viril, o que mostra sua aptido como lder espiritual e lder militar (Nm 11:28; Ex 24:13; 33:11; Js 1:1). Quando Israel saiu do Egito, Josu era capito dos exrcitos de Israel, quando este derrotou os amalequitas (Ex 17:9-14). Na qualidade de companheiro leal de Moiss e valente comandante do exrcito, era a escolha lgica para representar a tribo de Efraim, quando se escolheu um homem de cada tribo para a perigosa misso de espiar Cana. A coragem e fidelidade que demonstrou nessa ocasio lhe asseguraram a entrada na Terra Prometida (Nm 13:8; 4:69, 30, 38). Sim, este Josu, filho de Num, um homem em quem h esprito; um homem que seguiu a Deus integralmente, um homem cheio do Esprito de sabedoria. No de admirar que Israel continuou a servir a Deus todos os dias de Josu (Nm 27:18; 32:12; Dt 34:9; Js 24:31). Josu no personagem lendrio, mas um servo de Deus, que realmente existiu. Seu nome mencionado nas Escrituras Gregas Crists (At 7:45; Hb 4:8). lgico dizer que, assim como Moiss foi usado para escrever sobre os eventos dos seus dias, seu sucessor, Josu, seria usado para escrever os acontecimentos que ele prprio presenciou. Que o livro foi escrito por algum que presenciou os eventos, demonstra-se em Josu 6:25. A tradio judaica atribui a escrita a Josu, e o prprio livro declara: Ento escreveu Josu estas palavras no livro da lei de Deus. (Js 24:26). Na ocasio da destruio de Jeric, Josu proferiu uma maldio proftica sobre os que reconstrussem a cidade, que teve cumprimento notvel uns 500 anos mais tarde, nos dias de Acabe, rei de Israel (Js 6:26; I Re 16:33, 34). Alm do mais, a autenticidade do livro de Josu confirmada pelas muitas referncias que posteriores escritores da Bblia fazem aos eventos relatados nele. Vez aps vez, os salmistas se referem a estes (Sl 44:1-3; 78:54, 55; 105:42-45; 135:10-12; 136:17-22), assim como Neemias (Ne

9:22-25), Isaas (Is 28:21), o apstolo Paulo (At 13:19; Hb11:30, 31) e o discpulo Tiago (Tg 2:25). O livro de Josu abrange um perodo de mais de 20 anos, desde a entrada em Cana at provavelmente ao ano em que Josu morreu. O prprio nome Josu (em hebraico: Yehohsha`), que significa Deus Salvao, perfeitamente adequado, em vista do papel que Josu como lder visvel em Israel desempenhou durante a conquista do pas. Ele atribuiu toda a glria a Deus, o Libertador. Na Septuaginta, o livro chamado Iesos (o equivalente grego de Yehohsha`), e desta palavra que se deriva o nome Jesus. Pelas suas excelentes qualidades de coragem, obedincia e integridade, Josu foi realmente um maravilhoso tipo proftico de nosso Senhor Jesus Cristo (Rm 5:1).

CONTEDO DE JOSUO livro se divide de forma natural em quatro partes:1) a entrada na Terra Prometida, 2) a conquista de Cana, (3) a distribuio do pas e 4) as exortaes de despedida de Josu. O relato inteiro feito de modo vvido e est cheio de episdios dramticos.

A entrada na Terra Prometida (Josu 1:15:12).Sabendo de antemo as provaes frente, Deus de incio encoraja a Josu e lhe d bom conselho: Somente s corajoso e muito forte (...) Este livro da lei no se deve afastar da tua boca e tu o tens de ler em voz baixa dia e noite, para cuidar em fazer segundo tudo o que est escrito nele; pois ento fars bem sucedido o teu caminho e ento agirs sabiamente. No te dei ordem? S corajoso e forte (...) pois o Senhor, teu Deus, est contigo onde quer que andares (1:7-9). Josu atribui o crdito a Deus como o verdadeiro Lder e Comandante, e passa imediatamente a fazer os preparativos para a travessia do Jordo, segundo a ordem de Deus. Os israelitas o reconhecem como sucessor de Moiss e juram-lhe lealdade. Avante, pois, para a conquista de Cana! Dois homens so enviados para fazer reconhecimento de Jeric. Raabe, a meretriz, aproveita a oportunidade para mostrar sua f em Deus, escondendo os espias e arriscando sua prpria vida. Em troca, os espias juram que ela ser poupada quando Jeric for destruda. Os espias retornam trazendo a informao de que todos os habitantes do pas esto desalentados por causa dos israelitas. Sendo favorvel o relatrio, Josu avana imediatamente em direo ao rio Jordo, que se acha na poca da cheia. ento que Deus d uma prova tangvel de que sustm a Josu e de que, assim como no tempo de Moiss, h um Deus vivente no meio de Israel (3:10). No momento em que os sacerdotes que carregam a arca do pacto pem os ps nas guas do Jordo, as guas a montante se encapelam, permitindo que os israelitas atravessem a p enxuto. Josu toma 12 pedras do meio do rio como memorial, e coloca outras 12 pedras dentro do rio, onde os sacerdotes se acham de p, aps o que os sacerdotes atravessam o rio, e as guas retornam cheia.

Tendo atravessado o rio, o povo acampa em Gilgal, entre o Jordo e Jeric, e ali Josu coloca as pedras memoriais como testemunho para as geraes futuras, para que todos os povos da terra conheam a mo de Deus, que ela forte; a fim de que deveras temais ao Senhor, vosso Deus, para sempre (4:24). (Josu 10:15 indica que, depois disso, Gilgal foi usado, talvez, como acampamento de base por um bom tempo). aqui que os filhos de Israel so circuncidados, pois no havia sido praticada a circunciso durante a jornada no ermo. Celebra-se a Pscoa, cessa o man e finalmente os israelitas comeam a comer dos produtos da terra.

A conquista de Cana (5:1312:24).Agora, o primeiro objetivo se acha ao alcance deles. Mas como tomar esta rigorosamente fechada, murada, cidade de Jeric? (6:1). O prprio Deus d os pormenores do proceder a seguir, enviando o prncipe do exrcito de Deus para instruir a Josu (5:14). Uma vez por dia, durante seis dias, os exrcitos de Israel devem marchar em volta da cidade, estando testa os guerreiros, seguidos dos sacerdotes que tocam as buzinas de corno de carneiro e de outros que carregam a arca do pacto. No stimo dia, precisam fazer a volta sete vezes. Josu transmite fielmente as ordens ao povo. Exatamente como se lhes ordenou, os exrcitos marcham em volta de Jeric. No se profere nenhuma palavra. No se ouve seno o barulho surdo de passos e o toque das buzinas pelos sacerdotes. Da, no ltimo dia, depois de se completar a stima volta, Josu lhes d o sinal para gritarem. Eles do um grande grito de guerra, e as muralhas de Jeric ruem! (6:20). Todos juntos, lanam-se sobre a cidade, capturando-a e devotando-a destruio pelo fogo. Somente a fiel Raabe e sua famlia so poupadas. Agora rumo ao oeste, para Ai! A certeza de outra vitria fcil se transforma em terror, quando os homens de Ai desbaratam os 3.000 soldados israelitas enviados para capturar a cidade. O que acontecera? Ser que Deus abandonara seu povo? Inquieto, Josu consulta a Deus. Deus revela que, contrrio sua ordem de destruir tudo o que havia em Jeric, algum no acampamento desobedeceu, roubando algo e escondendo-o. Essa impureza precisa ser removida do acampamento antes que Israel possa continuar a prosperar com a bno de Deus. Sob a orientao divina, Ac, o malfeitor, descoberto, e ele e sua famlia so mortos a pedradas. Restabelecido o favor de Deus, os israelitas avanam contra Ai. O prprio Deus revela mais uma vez a estratgia a usar. Os homens de Ai so engodados a sair de sua cidade murada e descobrem que esto encurralados numa emboscada. A cidade capturada e destruda, com todos os seus habitantes. (8:26-28) No h transigncia com o inimigo! Josu edifica a seguir um altar no monte Ebal, em obedincia ordem de Deus por intermdio de Moiss, e escreve sobre as pedras uma cpia da lei (8:32). Depois, Josu l as palavras da Lei, junto com a bno e a maldio, perante a assemblia da inteira nao que est de p, metade diante do monte Gerizim e a outra metade diante do monte Ebal (Dt 11:29; 27:1-13). Diversos dos pequenos reinos de Cana, alarmados com o progresso rpido da invaso, se unem no esforo de impedir o avano de Josu. Mas, os habitantes de Gibeo, ouvindo o que Josu havia feito a Jeric e a Ai, agem com astcia (Js 9:3, 4). Fingem ser de um pas distante de Cana, e fazem um pacto com Josu para deix-los viver. Quando os israelitas descobrem o ardil, respeitam o pacto, mas fazem dos

gibeonitas ajuntadores de lenha e tiradores de gua, quais escravos mais baixos, cumprindo-se assim em parte a maldio que No, sob inspirao divina, pronunciara contra Cana, filho de C (Js 9:15, 27; Gn 9:25). Essa desero dos gibeonitas no coisa insignificante, pois Gibeo era uma cidade grande (...) maior do que Ai, e todos os seus homens eram poderosos (Js 10:2). Adoni-Zedeque, rei de Jerusalm, v nisso uma ameaa contra si mesmo e contra os demais reinos de Cana. Tem de ser punido para servir de exemplo, a fim de que no haja mais desero para o lado do inimigo. Portanto, Adoni-Zedeque e outros quatro reis (das cidades-reinos de Hbron, Jarmute, Laquis e Eglom) se organizam e guerreiam contra Gibeo. Josu, fiel a seu pacto com os gibeonitas, marcha a noite inteira para ir em socorro deles, e desbarata os exrcitos dos cinco reis. Mais uma vez, Deus luta pelo seu povo, empregando poderes e sinais sobre-humanos, com resultados devastadores. Grandes pedras de saraiva caem do cu, matando mais inimigos do que as espadas do exrcito israelita. Da, maravilha das maravilhas, o sol fica parado no meio dos cus e no tem pressa em pr-se por cerca de um dia inteiro (10:13). Assim, podem ser completadas as operaes de limpeza. Os sbios do mundo talvez tentem desacreditar este acontecimento miraculoso, mas os homens de f aceitam o relato divino, bem cientes do poder de Deus de controlar as foras do universo e de dirigi-las segundo a Sua vontade. Pois, com efeito, o prprio Deus lutava por Israel (10:14). Josu, depois de matar os cinco reis, destri a Maqued. Indo rapidamente para o sul, destri completamente a Libna, Laquis, Eglom, Hbron e Debir, cidades situadas nas montanhas e colinas entre o mar Salgado e o Grande Mar. As notcias sobre a invaso espalham-se ento por todo o pas de Cana. No Norte, o alarme dado por Jabim, rei de Hazor. A toda a parte, a ambos os lados do Jordo, ele envia mensageiros para convocar uma ao unida em massa contra os israelitas. Quando as foras reunidas do inimigo se acampam junto s guas de Merom, abaixo do monte Hermom, so uma multido como os gros de areia que h beira do mar (11:4). Novamente Deus assegura a Josu a vitria e fornece o plano da estratgia da batalha. Qual o resultado? Mais uma derrota esmagadora para os inimigos do povo de Deus! Hazor incendiada, e as cidades aliadas e seus reis so destrudos. Assim, Josu estende a rea da dominao israelita por todo o comprimento e por toda a largura de Cana. Trinta e um reis foram derrotados.

A distribuio do pas (13:122:34)Apesar dessas muitas vitrias, destruio das muitas cidades principais fortificadas e fim da resistncia organizada por algum tempo, em uma parte muito grande ainda resta de se tomar posse do pas (13:1). Mas, Josu j est com quase 80 anos, e outro trabalho grande ainda resta a fazer o da distribuio do pas por herana entre nove tribos inteiras e a meia tribo de Manasss. Rubem, Gade e metade da tribo de Manasss j receberam a sua herana ao leste do Jordo, e a tribo de Levi no receber nenhuma, sendo a sua herana o Senhor Deus, o Deus de Israel (13:33). Com a ajuda do sacerdote Eleazar, Josu faz ento as designaes do lado oeste do Jordo. Calebe, com 85 anos de idade, sempre com o mesmo zelo para lutar contra os inimigos de Deus at o fim, solicita Hbron, uma regio infestada de anaquins, o que lhe concedido (14:1215). Depois de as tribos receberem as suas heranas por sorte, Josu solicita a cidade de Timnate-Sera, nos montes de Efraim, e isto lhe concedido por ordem de Deus

(19:50). A tenda da reunio armada em Silo, que tambm fica na regio montanhosa de Efraim. Seis cidades de refgio so reservadas, trs de cada lado do Jordo, para o homicida no intencional. As ao oeste do Jordo so Quedes, na Galilia; Siqum, em Efraim; e Hbron, no territrio montanhoso de Jud. As ao leste so Bezer, no territrio de Rubem; Ramote, em Gileade; e Gol, em Bas. Deu-se a estas categoria sagrada (20:7). Quarenta e oito cidades, com seus pastos, das que foram dadas a cada tribo, so designadas por sorte como cidades de residncia para os levitas. Essas incluem as seis cidades de refgio. Dessa forma, Israel passou a tomar posse da terra e a morar nela. Como Deus prometera, tudo se cumpriu (21:43, 45). Os guerreiros das tribos de Rubem, de Gade e da meia tribo de Manasss, que continuaram com Josu at este tempo, voltam agora para as suas heranas, do outro lado do Jordo, levando consigo a exortao de serem fiis e a bno de Josu. A caminho, ao chegarem perto do Jordo, erigem um grande altar. Isto provoca uma crise. Visto que o lugar designado para a adorao de Deus a tenda de reunio, em Silo, as tribos do oeste temem traio e deslealdade, e preparam-se para lutar contra os supostos rebeldes. Entretanto, evita-se o derramamento de sangue, quando se explica que o altar no para sacrifcios, mas apenas para servir de testemunha entre ns [os israelitas ao leste e ao oeste do Jordo] de que o Senhor Deus o verdadeiro Deus (22:34).

Exortaes de despedida de Josu (23:124:33)E sucede, muitos dias depois de Deus ter dado a Israel descanso de todos os seus inimigos ao redor, sendo Josu j idoso e avanado em dias, que ele convoca todo o Israel para dar inspiradas exortaes de despedida (23:1). Humilde at o fim, ele atribui a Deus todo o crdito das grandes vitrias sobre as naes. Que todos continuem agora a ser fiis! Tendes de ser muito corajosos para guardar e fazer tudo o que est escrito no livro da lei de Moiss, nunca vos desviando dele nem para a direita nem para a esquerda (23:6). Precisam evitar os deuses falsos, e guardar constantemente as suas almas, amando ao Senhor, seu Deus (23:11). No pode haver transigncia com os cananeus remanescentes ali, nem casamento nem alianas de interconfessionalismo com eles, pois isto provocaria a ira ardente de Deus contra eles. Reunindo todas as tribos em Siqum, e convocando os respectivos representantes delas perante Deus, Josu passa a fazer a narrativa pessoal de Deus sobre seus tratos com seu povo desde o momento em que chamou a Abrao e o conduziu a Cana at a conquista e a ocupao da Terra da Promessa. Novamente Josu adverte contra a religio falsa, exortando Israel a temer a Deus e servi-lo sem defeito e em verdade. Sim: servi a Deus! A seguir, ele lhes apresenta o assunto com a mxima clareza: Escolhei hoje para vs a quem servireis, se aos deuses a quem serviram os vossos antepassados (...) ou aos deuses dos amorreus em cuja terra morais. Mas, quanto a mim e aos da minha casa, serviremos a Deus. Com convico que faz lembrar a de Moiss, Josu relembra Israel que o Senhor um Deus santo; ele um Deus que exige devoo exclusiva. Portanto, abaixo os deuses estranhos! Ento, o povo fica entusiasmado a declarar uma s voz: Ao Senhor, nosso Deus, serviremos, e a sua voz escutaremos! (24:14, 15, 19, 24). Antes de os despedir, Josu faz um pacto com eles, escreve essas palavras no livro da lei de Deus e coloca uma grande pedra para servir de

testemunho. Da, Josu morre em idade avanada, com 110 anos, e enterrado em Timnate-Sera.

POR QUE PROVEITOSO PARA NOSSOS DIASAo ler as exortaes de despedida de Josu relativas ao servio fiel, no vibra seu corao? No endossa as palavras que Josu proferiu h mais de 3.400 anos: Quanto a mim e aos da minha casa, serviremos a Deus? Ou, se estiver servindo a Deus em condies difceis ou isolado de outros fiis, no se sente inspirado com as palavras de Deus dirigidas a Josu no incio da marcha para a Terra da Promessa: S corajoso e muito forte? Alm do mais, no acha que de inestimvel proveito seguir o Seu conselho de ler [a Bblia] em voz baixa, dia e noite, para fazer bem sucedido o seu caminho? Certamente, todos os que seguem estes conselhos sbios os acharo notavelmente proveitosos (24:15; 1:7-9). Os eventos, descritos to vividamente no livro de Josu, so mais do que mera histria antiga. Destacam os princpios divinos acima de tudo sublinham que a f implcita em Deus e a obedincia a Ele so vitais para a obteno das bnos dle. O autor da carta aos hebreus, conta que pela f caram os muros de Jeric, depois de terem sido rodeados por sete dias, e que, pela f, Raabe, a meretriz, no pereceu com os que agiram desobedientemente (Hb 11:30, 31). Tiago menciona igualmente a Raabe como exemplo til para os cristos quanto a produzir obras de f (Tg 2:24-26). Os eventos incomuns e sobrenaturais, relatados em Josu 10:10-14, onde se diz que o sol se deteve e a lua ficou parada, bem como os muitos outros milagres que Deus realizou para seu povo, so poderosos lembretes de que o propsito de Deus exterminar definitivamente todos os inquos oponentes de Deus, e que Ele tem poder para isso. Isaas relaciona a cena das batalhas de Gibeo, tanto na poca de Josu como na de Davi, com Deus levantar-se agitado para tal extermnio, para fazer o seu ato - seu ato estranho - e para executar a sua obra - sua obra incomum (Is 28:21, 22). Apontam os acontecimentos narrados no livro de Josu para o Reino de Deus? Certamente que sim! Que a conquista e o povoamento da Terra Prometida tm a ver com algo de muito maior importncia, foi indicado pelo autor da carta aos hebreus, que disse: Pois, se Josu os tivesse conduzido a um lugar de descanso, Deus no teria depois falado de outro dia. De modo que resta um descanso sabtico para o povo de Deus. (Hb 4:1, 8, 9). Eles fazem empenho para assegurar a sua entrada no reino eterno de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo (II Pd 1:10, 11). Segundo indicado em Mateus 1:5, Raabe se tornou uma antepassada de Jesus Cristo. O livro de Josu fornece, pois, na narrativa, outro elo importante que conduz produo da Semente do Reino. Esse livro d a firme segurana de que as promessas do Reino de Deus se cumpriro ao p da letra. Falando da promessa de Deus feita a Abrao, a Isaque e a Jac, e a seus descendentes, os israelitas, o relato diz concernente aos dias de Josu: No falhou nem uma nica de todas as boas promessas que Deus fizera casa de Israel; tudo se cumpriu (Js 21:45; Gn 13:14-17). O mesmo se d com a boa promessa de Deus relativa ao justo Reino dos cus tudo se cumprir!

Introduo ao 7 livro bblico: JuizesEscritor: desconhecido Lugar da Escrita: Israel Data: entre 1050 e 1000 a.C. Eis uma pgina da histria de Israel cheia de ao, que mostra o povo ora envolvido com a religio demonaca e as conseqncias desastrosas, ora arrependido e misericordiosamente libertado por Deus, por meio de juizes divinamente nomeados. As poderosas obras de Otniel, Ede, Sangar e os outros juizes que os seguiram inspiram f. Conforme disse o escritor de Hebreus: O tempo me faltaria se prosseguisse relatando sobre Gideo, Baraque, Sanso, Jeft, (...) os quais, pela f, derrotaram reinos, puseram em execuo a justia, (...) dum estado fraco foram feitos poderosos, tornaram-se valentes na guerra, desbarataram os exrcitos de estrangeiros (Hb 11:32-34). Para completar a lista dos 12 juizes fiis desse perodo, mencionamos tambm Tola, Jair, Ibs, Elom e Abdom. (Samuel geralmente no contado entre os juizes.) Deus combatia pelos juizes, e Seu Esprito os envolvia ao passo que executavam seus atos de bravura. Eles atribuam todo o crdito e toda a glria ao seu Deus. Na Septuaginta, o livro chamado de "Krita", e na Bblia hebraica "Shofetm", que, traduzido, Juizes. Shofetm deriva-se do verbo "shaft", que significa julgar, vindicar, punir, governar, o que expressa bem a funo destes homens nomeados teocraticamente por Deus, o Juiz de todos (Hb 12:23). Deus suscitou esses homens em determinadas ocasies para libertar seu povo do jugo estrangeiro. Que perodo abrange o livro de Juizes? Pode-se calcular isto tomando por base 1 Reis 6:1, que diz que Salomo comeou a edificar a casa de Deus no quarto ano de seu reinado, que era tambm o quadringentsimo octogsimo ano depois da sada dos filhos de Israel da terra do Egito. (Quadringentsimo octogsimo um nmero ordinal que representa 479 anos inteiros). Os conhecidos perodos includos nos 479 anos so: 40 anos no ermo, sob a liderana de Moiss (Dt 8:2), 40 anos do reinado de Saul (At 13:21), 40 anos do reinado de Davi (II Sm 5:4, 5) e os 3 primeiros anos inteiros do reinado de Salomo. Subtraindo este total de 123 anos dos 479 anos, de 1 Reis 6:1, obtemos o resultado de 356 anos, que abrangem o perodo entre a entrada de Israel em Cana e o incio do reinado de Saul. Os eventos relatados no livro de Juizes, que ocorreram em grande parte desde a morte de Josu at o tempo de Samuel, abrangem cerca de 330 anos deste perodo de 356 anos. A autenticidade de Juizes incontestvel. Os judeus sempre o aceitaram como parte do cnon da Bblia. Tanto os escritores das Escrituras Hebraicas como os das Gregas Crists fazem aluso a esse relato, como em Salmo 83:9-18; Isaas 9:4; 10:26 e Hebreus 11:32-34. Usando de toda a franqueza, o livro no esconde as faltas e as reincidncias por parte de Israel, exaltando ao mesmo tempo a infinita benevolncia de Deus. o Senhor Deus , e no um mero juiz humano, que glorificado como Libertador de Israel.

Ademais, as descobertas arqueolgicas confirmam a genuinidade de Juizes. Bem surpreendentes so as descobertas arqueolgicas sobre a natureza da religio de Baal praticada pelos cananeus. Fora as referncias na Bblia, pouco se sabia sobre o baalismo at 1929, quando se escavou a antiga cidade canania de Ugarit (a moderna Ras Xamra, na costa sria, defronte da ponta nordeste da ilha de Chipre). Foi revelado aqui que a religio de Baal se caracterizava pelo materialismo, extremo nacionalismo e adorao do sexo. Cada cidade canania tinha evidentemente seu santurio de Baal, bem como capelas conhecidas como os altos. Dentro dessas capelas, havia provavelmente imagens de Baal, e, perto dos altares, do lado de fora, encontravam-se colunas de pedra talvez smbolos flicos de Baal. Detestveis sacrifcios humanos manchavam de sangue estes santurios. Quando os israelitas ficaram contaminados com o baalismo, ofereceram da mesma forma seus filhos e suas filhas (Jr 32:35) Havia um poste sagrado que representava a me de Baal, Axer. A deusa da fertilidade, Astorete, esposa de Baal, era adorada por meio de licenciosos ritos sexuais, sendo mantidos tanto homens como mulheres como consagrados prostitutos do templo. No de admirar que Deus ordenasse o extermnio do baalismo e de seus aderentes bestiais. Teu olho no deve ter d deles; e no deves servir aos seus deuses (Dt 7:16).

CONTEDO DE JUZESO livro se divide logicamente em trs partes. Os dois captulos 1 e 2 iniciais descrevem as condies que existiam naquela poca em Israel. Os captulos 3 a 16 falam das libertaes por parte dos 12 juizes. Os captulos 17 a 21 descrevem, em seguida, incidentes das lutas internas em Israel.

Condies em Israel no tempo dos juizes (1:1-2:23)As tribos de Israel so descritas medida que se dispersam para se estabelecerem nos seus respectivos territrios designados. Mas, em vez de expulsarem totalmente os cananeus, os israelitas submetem muitos desses a trabalhos forados, permitindo que residam entre eles. Em conseqncia disso, o anjo de Deus declara: Pelo que tambm eu disse: No os expelirei de diante de vs; antes, estaro s vossas costas, e os seus deuses vos sero por lao (2:3). Assim, quando surge uma nova gerao que no conhece a Deus nem as obras realizadas por ele, o povo logo abandona a Deus para servir aos Baalins e a outros deuses. Visto que a mo de Deus est contra ele para calamidade, vem a estar em srio aperto. Em virtude de sua obstinao e recusa de ouvir mesmo aos juizes, Deus no expulsa nenhuma das naes que ele deixou para provar Israel. Este fundo histrico nos ser de ajuda para entendermos os eventos subseqentes (2:15).

O juiz Otniel (3:1-11)Angustiados por causa de seu cativeiro s mos dos cananeus, os filhos de Israel comeam a invocar a Deus em busca de socorro. Ele suscita primeiro a Otniel qual juiz. Julga Otniel mediante poder e sabedoria humana? No, pois lemos: Ento veio sobre ele o Esprito de Deus, para subjugar os inimigos de Israel. Depois o pas teve sossego por quarenta anos (3:10, 11)

O juiz Ede (3:12-30)Depois de os filhos de Israel terem sido subjugados por 18 anos a Eglom, rei de Moabe, clamam a Deus que ouve outra vez as suas splicas e suscita o juiz Ede. Tendo conseguido uma audincia particular com o rei, o canhoto Ede saca de sua espada caseira escondida na sua vestimenta e crava-a profundamente no ventre gordo de Eglom, matando-o. Israel se junta imediatamente a Ede na luta contra Moabe, e o pas goza outra vez do descanso que Deus lhe concede, por 80 anos.

O juiz Sangar (3:31)Sangar salva a Israel, abatendo 600 filisteus. Que a vitria se deve ao poder de Deus, indica-se mediante a arma que emprega uma simples aguilhada de gado.

O juiz Baraque (4:1-5:31)Depois, Israel cai sob o jugo do rei cananeu, Jabim, e de Ssera, seu chefe de exrcito, que se jacta de seus 900 carros munidos de foices de ferro. Israel clama de novo a Deus que o escuta e suscita o juiz Baraque, eficazmente ajudado pela profetisa Dbora. Para que Baraque e seu exrcito no tenham motivo para se jactar, Dbora d a conhecer que a batalha ser travada por orientao de Deus, e passa a profetizar: Ser mo de uma mulher que Deus vender a Ssera (4:9). Baraque convoca os homens de Naftali e de Zebulon ao monte Tabor. Seu exrcito de 10.000 homens desce ento ao combate. Sua firme f lhes traz a vitria. Deus comea a lanar em confuso tanto a Ssera como a todos os seus carros de guerra e todo o acampamento, esmagando-os por uma inundao sbita no vale do Quisom. No restou nem sequer um (4:15, 16). Jael, esposa de Hber, o queneu, para cuja tenda Ssera foge, leva ao clmax a matana, pregando contra o cho a cabea de Ssera com uma estaca de tenda. Assim subjugou Deus (...) a Jabim (4:23). Dbora e Baraque entoam um cntico para a glria do poder invencvel de Deus, que fez com que at mesmo as estrelas lutassem desde suas rbitas contra Ssera. deveras ocasio para bendizer a Deus! (5:2). Seguem-se 40 anos de paz.

O juiz Gideo (6:1-9:57)De novo fazem os filhos de Israel o que mau, e o pas devastado pelos midianitas invasores. Por intermdio de seu anjo, Deus suscita o juiz Gideo, e o prprio Deus o assegura, com as palavras: Mostrarei estar contigo (6:16). O primeiro ato de coragem de Gideo consiste em destruir o altar de Baal que se acha na sua prpria cidade. Os exrcitos combinados do inimigo cruzam ento em direo de Jezreel, mas o Esprito de Deus envolve Gideo ao passo que este convoca Israel para a batalha (6:34). Mediante a prova de expor um velo de l ao orvalho no cho da eira, Gideo recebe duplo sinal de que Deus est com ele. Deus diz a Gideo que seu exrcito, composto de 32.000 homens, grande demais, e que o tamanho poder dar motivo para jactncia humana sobre a vitria. Primeiro, os temerosos so enviados para casa, restando apenas 10.000 (Jz 7:3; Dt 20:8). Depois, mediante a prova da maneira de beber gua, todos, exceto 300 alertas e

vigilantes, so eliminados. Gideo faz reconhecimento do acampamento midianita durante a noite e de novo assegurado do sucesso ao ouvir um homem interpretar um sonho como significando: isto no seno a espada de Gideo (...) O verdadeiro Deus lhe entregou na mo a Midi e a todo o acampamento (Jz 7:14). Gideo presta adorao a Deus e divide seus homens em trs grupos em volta do acampamento midianita. O silncio da noite subitamente rompido: os 300 homens de Gideo tocam as buzinas, quebram os grandes jarros, acendem as tochas e gritam: A espada de Deus e de Gideo! (7:20). O acampamento do inimigo vira um pandemnio. Os midianitas lutam uns contra os outros e pem-se em fuga. Mas Israel os persegue, mata-os, abate tambm a seus prncipes. Os israelitas pedem ento que Gideo domine sobre eles, mas Gideo recusa, dizendo: Deus quem dominar sobre vs (8:23). Contudo, do despojo da guerra ele faz um fode, que chega a ser mais tarde objeto de grande venerao, tornando-se assim um lao para Gideo e sua famlia. O pas tem descanso por 40 anos durante o tempo em que Gideo juiz. Depois da morte de Gideo, Abimeleque, um de seus filhos, nascido de uma concubina sua, usurpa o poder e assassina seus 70 meios-irmos. Joto, o filho mais novo de Gideo, o nico que escapa, e, do cume do monte Gerizim, ele profere uma maldio sobre Abimeleque. Nessa parbola das rvores, ele assemelha a realeza de Abimeleque a um modesto espinheiro. Abimeleque v-se logo envolvido numa luta interna em Siqum, onde sofre a humilhao de ser morto por uma mulher que lhe atira, do alto da torre de Tebes, uma m certeira, esmagando-lhe o crnio (Jz 9:53; II Sm11:21).

Os juizes Tola e Jair (10:1-5)Estes so os prximos a efetuar libertaes pelo poder de Deus, julgando por 23 e 22 anos, respectivamente.

O juiz Jeft (10:6-12:7)Visto que Israel persiste em voltar-se para a idolatria, a ira de Deus se acende de novo contra a nao. O povo sofre agora opresso por parte dos amonitas e dos filisteus. Jeft chamado de volta do exlio para liderar Israel no combate. Mas quem realmente o juiz nessa controvrsia? As prprias palavras de Jeft fornecem a resposta: Julgue hoje Deus, o Juiz, entre os filhos de Israel e os filhos de Amom (11:27). Ao passo que o Esprito de Deus opera nele, Jeft faz um voto de que, ao retornar de Amom em paz, devotar a Deus a primeira pessoa que de sua casa sair ao seu encontro. Jeft subjuga Amom com grande matana. Ao voltar para casa, em Misp, a sua prpria filha que lhe sai primeiro ao encontro, correndo, com alegria pela vitria de Deus. Jeft cumpre o seu voto no, no mediante sacrifcio humano, pago, segundo os ritos do baalismo, mas devotando esta filha nica ao servio exclusivo na casa de Deus, para Seu louvor. Os efraimitas protestam ento que no foram convocados para lutar contra Amom, e ameaam a Jeft, que se v obrigado a repeli-los. Ao todo, 42.000 efraimitas so mortos, muitos deles nos vaus do Jordo, onde so reconhecidos por no conseguirem pronunciar corretamente a senha Xibolete. Jeft continua a julgar Israel por seis anos. 12:6.

Os juizes Ibs, Elom e Abdom (12:8-15)Embora se fale pouco concernente a estes, os perodos em que julgaram so declarados como sendo de sete, dez e oito anos, respectivamente.

O juiz Sanso (13:1-16:31)Mais uma vez Israel cai sob o jugo dos filisteus. Desta vez, Deus suscita a Sanso como juiz. Desde seu nascimento, seus pais o devotam como nazireu, e isto requer que no se lhe passe nunca a navalha sobre a cabea. Quando cresce, Deus o abenoa, e, com o tempo, o Esprito de Deus principia a impeli-lo (13:25). O segredo da sua fora no est em msculos humanos, mas no poder dado por Deus. quando o Esprito de Deus se torna ativo nele que recebe o poder de matar um leo sem ter nada na mo, e mais tarde de revidar a traio filistia, abatendo 30 dentre eles (14:6, 19). Visto que os filisteus continuam a agir traioeiramente em conexo com o casamento que Sanso est para contrair com certa moa filistia, ele toma 300 raposas e, virando-as cauda contra cauda, coloca tochas entre as caudas e as envia para incendiarem os campos de cereais, os vinhedos e os olivais dos filisteus. Da, efetua uma grande matana de filisteus, empilhando pernas sobre coxas (15:8). Os filisteus persuadem seus co-israelitas, homens de Jud, a amarrarem Sanso e o entregarem a eles, mas, de novo o Esprito de Deus se torna ativo nele, e seus grilhes se derretem, por assim dizer, caindo de suas mos. Sanso fere mortalmente mil desses filisteus um monto, dois montes! (15:1416). Que arma de destruio usa ele? A queixada fresca dum jumento. Deus revigora seu servo exausto por fazer surgir miraculosamente uma fonte donde jorra gua no local da batalha. Depois, Sanso pernoita em Gaza, na casa de uma prostituta; os filisteus o cercam em emboscada. Mas, o Esprito de Deus revela estar novamente com ele ao levantar-se meia-noite e arrancar os batentes da porta da cidade com seus postes, carregando-os de l para o cume dum monte, defronte de Hbron. Depois disso, ele se enamora da prfida Dalila. Sendo instrumento fcil nas mos dos filisteus, ela o atormenta at que ele revela que a sua devoo a Deus como nazireu, simbolizada pelos seus cabelos compridos, a verdadeira fonte de sua grande fora. Enquanto ele est dormindo, ela manda que se lhe cortem os cabelos. Desta vez, em vo que ele acorda para ir travar o combate, pois foi Deus quem se retirara dele (16:20). Os filisteus o pegam, vazam-lhe os olhos e o fazem virar a m na priso, como escravo. Quando chega a poca da celebrao de uma grande festa em honra de Dagom, deus dos filisteus, estes mandam tirar Sanso de l para lhes servir de espetculo. No dando importncia ao fato de que seu cabelo crescia outra vez em abundncia, permitem que se coloque entre as duas grandes colunas da casa usada para adorao de Dagom. Sanso invoca a Deus: Senhor Deus, por favor, lembra-te de mim e fortalece-me s esta vez. E Deus lembra-se deveras dele. Segurando as colunas, Sanso se encurva com poder com o poder de Deus e a casa cai, de modo que os mortos, que entrega morte ao ele mesmo morrer, vm a ser mais do que os que entregara morte durante a sua vida (16:28-30). Chegamos ento aos captulos 17 a 21, que descrevem algumas das lutas internas que infelizmente desgastam a Israel nessa poca. Esses eventos ocorrem cedo no

perodo dos juizes, conforme se indica pela meno de Jonat e Finias, netos de Moiss e de Aro, provando que esto ainda vivos.

Mic e os danitas (17:1-18:31)Mic, um efraimita, estabelece seu prprio sistema religioso independente, a idlatra casa de deuses, com tudo, imagem esculpida e um sacerdote levita (17:5). Homens da tribo de D passam por l, a caminho da posse de sua herana no norte. Eles saqueiam Mic, tirando-lhe os acessrios religiosos e o sacerdote, e avanam para o extremo norte, a fim de destrurem a insuspeitosa cidade de Las. Em seu lugar, edificam a sua prpria cidade de D, e colocam ali a imagem esculpida que pertencera a Mic. Assim, seguem a religio de sua prpria escolha, independente, durante todos os dias em que a casa da verdadeira adorao de Deus continua em Silo.

O pecado de Benjamim em Gibe (19:1-21:25)O acontecimento escrito a seguir faz Osias dizer posteriormente estas palavras: Pecaste desde os dias de Gibe, Israel (Os 10:9). Certo levita de Efraim, voltando para casa com sua concubina, passa a noite na casa de um homem idoso, em Gibe de Benjamim. Homens imprestveis dessa cidade cercam a casa, exigindo ter relaes sexuais com o levita. Eles aceitam, entretanto, sua concubina em seu lugar, e abusam dela a noite inteira. Pela manh, ela encontrada morta na soleira da porta. O levita leva o cadver para casa, recorta-o em 12 pedaos e envia estes a todo o Israel. As 12 tribos so destarte postas prova. Castigaro a Gibe, removendo assim do meio de Israel a imoralidade? Os benjamitas fecham os olhos a esse crime bestial. As outras tribos se congregam perante Deus, em Misp, onde resolvem decidir por sortes quem lutar contra Benjamim, em Gibe. Depois de duas derrotas sanguinrias, as outras tribos levam a vitria, colocando uma emboscada, e praticamente aniquilam a tribo de Benjamim, escapando apenas 600 homens que se refugiam no rochedo de Rimom. Mais tarde, Israel lastima que uma tribo foi cortada. Eles procuram ento um meio de encontrar esposas para os benjamitas sobreviventes dentre as filhas de Jabes-Gileade e de Silo. Com isto termina a narrativa de lutas e intrigas em Israel. Conforme repetem as palavras concludentes de Juizes: Naqueles dias no havia rei em Israel. Cada um costumava fazer o que era direito aos seus prprios olhos (Jz 21:25).

POR QUE PROVEITOSO OS DIAS ATUAISLonge de ser apenas uma narrativa de lutas e de derramamento de sangue, o livro de Juizes exalta a Deus como o grande Libertador de seu povo. Mostra como ele expressou sua misericrdia e longanimidade incomparveis para com o povo chamado pelo Seu nome, toda vez que recorria a ele com corao arrependido. O livro de Juizes de grande proveito em defender decididamente a adorao de Deus e em seus poderosos avisos acerca da tolice da religio demonaca, do interconfessionalismo e das associaes imorais. A condenao severa que Deus pronunciou contra a adorao de Baal deve impelir-nos a nos resguardar dos seus equivalentes modernos: o materialismo, o nacionalismo e a imoralidade sexual (2:11-18).

Um exame da destemida e corajosa f dos juizes deve inspirar em nosso corao uma f similar. No de admirar que eles sejam mencionados em Hebreus 11:32-34, em termos to calorosos de aprovao! Lutaram para santificar o nome de Deus, mas no na sua prpria fora. Conheciam a fonte de seu poder, o Esprito de Deus, e o reconheciam com humildade. Da mesma forma hoje, podemos tomar a espada do Esprito, a Palavra de Deus, certos de que Deus nos dar foras, assim como deu a Baraque, Gideo, Jeft, Sanso e muitos outros. Sim, com a ajuda do Esprito de Deus, podemos ser to fortes, em sentido espiritual, como Sanso era em sentido fsico, para vencermos poderosos obstculos, se to-somente orarmos a Deus e confiarmos nele (Ef 6:17,18; Jz 16:28). Em dois lugares o profeta Isaas se refere ao livro de Juizes, a fim de mostrar que Deus, sem falta, esmagar o jugo que Seus inimigos colocam sobre seu povo, assim como fez nos dias de Midi (Is 9:4; 10:26). Isto nos faz lembrar tambm do cntico de Dbora e de Baraque, que termina com a orao fervorosa: Peream assim todos os teus inimigos, Deus, e sejam os que te amam como quando o sol sai na sua potncia (Jz 5:31). E quem so os que amam a Deus? O prprio Jesus Cristo indica que so os herdeiros do Reino, empregando uma expresso semelhante em Mateus 13:43: Naquele tempo, os justos brilharo to claramente como o sol, no reino de seu Pai. De modo que o livro de Juizes aponta para o tempo em que o justo Juiz e Semente do Reino, Jesus, exercer seu poder. Por intermdio dele, Deus glorificar e santificar Seu nome, em harmonia com a orao do salmista concernente aos inimigos de Deus: Faze-lhes como a Midi, como a Ssera, como a Jabim no vale da torrente de Quisom (...) para que as pessoas saibam que tu, Deus de Israel, somente tu s o Altssimo sobre toda a terra (Sl 83:9, 18; Jz 5:20, 21).

Introduo ao 8 Livro Bblico: RuteEscritor: Desconhecido Lugar da Escrita: Israel Escrita Completada: Sculo X a.C. Tempo Abrangido: 11 anos do domnio dos juizes Tema: Amor que redime Em emocionante cena, o livro de Rute desabrocha-se na bela histria de amor entre Boaz e Rute. Mas, no mero idlio de amor. A inteno no proporcionar diverso. O livro acentua o propsito de Deus de produzir o herdeiro do Reino e exalta a Sua benevolncia. (Rute 1:8; 2:20; 3:10) A grande qualidade do amor de Deus se manifesta em escolher ele uma moabita, ex-adoradora do deus pago Quems, que se convertera religio verdadeira, para se tornar uma antepassada de Jesus Cristo. Rute uma das quatro mulheres mencionadas por nome na genealogia de Jesus que comea com Abrao (Mateus 1:3, 5, 16). Rute, assim como Ester, uma das duas mulheres cujos nomes so dados a livros da Bblia. E sucedeu que, nos dias em que os juizes julgavam . . . Com estas palavras iniciais, o livro de Rute comea a sua comovente histria. Estas palavras indicam tambm que esse livro foi escrito mais tarde, no tempo dos reis de Israel. Entretanto, os eventos relatados no livro abrangem um perodo de cerca de 11 anos no tempo dos juizes. Embora o nome do escritor no seja declarado, bem provvel que tenha sido Samuel, que tambm parece ter escrito Juizes, e que era a destacada pessoa fiel no incio do perodo dos reis. Samuel, bem familiarizado com a promessa de Deus, a respeito de um leo da tribo de Jud, e que havia sido usado por Deus para ungir a Davi, que era dessa tribo, para ser rei em Israel, estaria profundamente interessado em fazer um registro da genealogia at Davi. (Gnesis 49:9, 10; I Samuel 16:1, 13; Rute 1:1; 2:4; 4:13, 18-22). A autoridade cannica de Rute nunca foi contestada. Deu-se confirmao suficiente dela quando Deus inspirou que se alistasse Rute na genealogia de Jesus, em Mateus 1:5. O livro de Rute foi sempre reconhecido pelos judeus como parte do cnon hebraico. No de surpreender, pois, que foram encontrados fragmentos do livro entre outros livros cannicos nos Rolos do Mar Morto, descobertos a partir de 1947. Alm disso, Rute harmoniza-se plenamente com os propsitos de Deus, referentes ao Reino, e com os requisitos da Lei de Moiss. Embora fosse proibido aos israelitas o casamento com cananeus e moabitas idlatras, isto no se aplicava aos estrangeiros que, como no caso de Rute, aceitassem a adorao de Deus. No livro de Rute, a lei sobre resgatadores e casamento com cunhado observada em todos os seus pormenores (Deuteronmio 7:1-4; 23:3, 4; 25:5-10).

CONTEDO DE RUTEA deciso de Rute de ficar com Noemi (1:1-22): a histria comea durante uma poca de fome em Israel. Elimeleque (meu Deus Rei), um homem de Belm (casa do Po), atravessa o Jordo em companhia de sua esposa, Noemi (agradvel), e de seus dois filhos, Malom (definhamento) e Quiliom (fraqueza), para passarem algum tempo na terra de Moabe (terra de maldio). Ali, os filhos se casam com mulheres moabitas,

Orfa (aquela que d as costas) e Rute (amiga). Sobrevm desgraa a essa famlia; primeiro morre o pai e depois morrem os dois filhos. As trs mulheres ficam vivas e sem filhos, no havendo descendente para Elimeleque. Noemi ouve que Deus voltou novamente a sua ateno para Israel, dando po a Seu povo, e decide retornar sua terra natal, Jud. As noras se pem a caminho com ela. Mas Noemi roga-lhes que voltem a Moabe, pedindo a benevolncia de Deus para prover marido a cada uma dentre os homens do povo delas. Por fim, Orfa volta ao seu povo e aos seus deuses, mas Rute, sincera e firme na sua converso adorao de Deus, fica com Noemi. Ela expressa belamente a sua deciso nas seguintes palavras: Aonde quer que fores, irei eu, e onde quer que pernoitares, pernoitarei eu. Teu povo ser o meu povo, e teu Deus, o meu Deus. Onde quer que morreres, morrerei eu e ali serei enterrada. Assim me faa Deus e assim lhe acrescente mais, se outra coisa seno a morte fizer separao entre mim e ti (1:15-17) Entretanto, Noemi, viva e sem filhos, cujo nome significa Minha Agradabilidade, sugere que a chamem pelo nome de Mara, que significa Amarga. Rute respiga no campo de Boaz (2:1-23): ao chegar a Belm, Noemi permite que Rute v respigar durante a colheita da cevada. Boaz, o dono do campo, um judeu de idade madura e parente prximo de Elimeleque, sogro de Rute, nota-a. Embora a lei de Deus lhe conceda o direito de respigar, Rute demonstra sua humildade, pedindo permisso para trabalhar no campo. (Levticos 19:9, 10) Concede-se-lhe prontamente a permisso, e Boaz lhe diz que respigue somente em seu campo com suas moas. Contalhe que ouviu sobre sua conduta leal para com Noemi e a encoraja com as palavras: Deus recompense teu modo de agir e haja para ti um salrio perfeito da parte de Deus, o Deus de Israel, debaixo de cujas asas vieste refugiar-te (Rute 2:12) Naquela noitinha, Rute partilha generosamente com Noemi os frutos de seu trabalho, e explica que o xito dela em respigar foi graas boa vontade de Boaz. Noemi v nisso a mo de Deus, dizendo: Bendito seja ele por Deus que no abandonou a sua benevolncia para com os vivos e os mortos (...) O homem aparentado conosco. Ele um dos nossos resgatadores (2:20). Com efeito, Boaz parente chegado que tem legalmente o direito de suscitar descendncia para Noemi em nome do falecido Elimeleque. Rute continua a respigar nos campos de Boaz at o fim da colheita da cevada e do trigo. Boaz, como resgatador, casa-se com Rute (3:14-22): Noemi, tendo passado a idade de dar luz filhos, instrui Rute para se casar em lugar dela, segundo a lei do levirato. Numa poca to importante como a da colheita, era costume o proprietrio do campo supervisionar pessoalmente a joeira dos cereais, que se fazia noitinha, a fim de aproveitar a brisa que soprava depois de um dia quente. Boaz estaria dormindo no cho da eira, e ali que Rute o encontra. Ela se aproxima dele quietamente, descobre-lhe os ps e se deita. Ao despertar ele no meio da noite, ela se identifica e, de acordo com o costume seguido pelas mulheres quando reivindicavam o direito do casamento segundo a lei do levirato, pede que ele estenda sobre ela a aba de sua veste. Boaz declara: Que Deus te abenoe, minha filha, e elogia-a por no se ter interessado em jovens, por paixo ou por cobia. Longe de ser algum que faria proposta de relao impura, Rute ganha para si a reputao de ser mulher de bem (3:10, 11). Todavia, conforme ele ento lhe diz, h outro resgatador que parente mais prximo que ele; consultar a este pela manh. Rute continua deitada aos ps dele at de manh cedo. Da, ele lhe d de presente cereais e ela volta para Noemi, que ansiosamente pergunta sobre o resultado. Boaz vai de manh cedo at o porto da cidade procura do resgatador. Levando consigo dez dos homens mais idosos da cidade quais testemunhas, d primeiro a este

parente mais prximo a oportunidade de resgatar tudo o que pertencera a Elimeleque. Far ele isso? A sua resposta imediata sim, ao lhe parecer que pode aumentar a sua riqueza. Mas, quando fica sabendo do requisito de casamento com Rute, segundo a lei do levirato, teme pela sua prpria herana, e apresenta legalmente a sua recusa, tirando a sua sandlia. O nome dele no mencionado no relato da Bblia, recebendo apenas meno desonrosa como Fulano. Diante das mesmas testemunhas, Boaz resgata Rute como sua esposa. Faz ele isso por algum motivo egosta? No, mas para que o nome do morto no seja decepado (4:1, 10). Todos ali presentes invocam a bno de Deus sobre esta terna proviso, e essa bno revela ser deveras maravilhosa! Rute d luz um filho a Boaz que j era de idade avanada, e Noemi se torna a ama da criana. Dizse que Noemi nasceu um filho, e chamado de Obede (4:17). Os versculos finais do livro de Rute do a genealogia desde Peres, atravs de Boaz, at Davi. Certos crticos argumentam que nem todas as geraes esto alistadas, visto que o espao de tempo muito grande para to poucas pessoas. isso verdade? Ou foi cada um abenoado com muita longevidade, e com um filho em idade avanada? A ltima concluso parece ser a certa, o que sublinha que a produo da prometida Semente depende da providncia de Deus e de sua benignidade, no do poder natural do homem. Em outras ocasies, Deus exerceu seu poder de modo similar, como no caso do nascimento de Isaque, de Samuel e de Joo, o Batizador (Gnesis 21:1-5; I Samuel 1:120; Lucas 1:5-24, 57-66).

POR QUE PROVEITOSO PARA NS:Esta narrativa encantadora certamente proveitosa, visto que ajuda a edificar forte f nos que amam a justia. Todos os personagens principais neste emocionante drama demonstraram ter notvel f em Deus, e receberam testemunho por intermdio de sua f (Hebreus 11:39). Tornaram-se bons exemplos para ns hoje. Noemi teve profunda confiana na benevolncia de Deus (1:8; 2:20). Rute deixou de livre vontade a sua terra natal para praticar a adorao de Deus; provou ser leal e submissa, bem como trabalhadora disposta. Foi o profundo apreo pela lei de Deus, por parte de Boaz, e sua aquiescncia humilde em fazer a vontade de Deus, bem como seu amor pela fiel Noemi e pela laboriosa Rute, que o conduziram a cumprir o seu privilgio do casamento por meio de resgate. A proviso de casamento, feita por Deus, neste caso um casamento por meio de resgate, foi usada em honra dele. Deus foi o Arranjador do casamento de Boaz com Rute, e o abenoou segundo a sua benevolncia; ele o usou como meio de preservar ininterrupta a linhagem real de Jud, conduzindo a Davi e finalmente ao Davi Maior, Jesus Cristo. O cuidado vigilante de Deus na produo do Herdeiro do Reino, segundo a sua proviso legal, deve fortalecer a nossa certeza e fazer com que aguardemos com confiana o cumprimento de todas as promessas do Reino. Isto nos deve estimular a trabalhar diligentemente na colheita atual, certos de uma recompensa perfeita da parte de Deus, o Deus do Israel espiritual, debaixo de cujas asas viemos refugiar-nos e cujos propsitos concernentes ao Reino esto progredindo to gloriosamente em direo ao seu pleno cumprimento (2:12). O livro de Rute mais um elemento essencial da narrativa que conduz a tal Reino!

OUTROS TEXTOS BBLICOS CITADOSMateus 1:3, 5, 16: Jud gerou de Tamar a Perez e a Zera; Perez gerou a Esrom; Esrom, a Aro; (...) Salmom gerou de Raabe a Boaz; este, de Rute, gerou a Obede; e Obede, a Jess; (...) E Jac gerou a Jos, marido de Maria, da qual nasceu Jesus, que se chama o Cristo. Gnesis 49:9, 10: Jud leozinho; da presa subiste, filho meu. Encurva-se e deita-se como leo e como leoa; quem o despertar? O cetro no se arredar de Jud, nem o basto de entre seus ps, at que venha Sil; e a ele obedecero os povos. I Samuel 16:1, 13: Disse o SENHOR a Samuel: At quando ters pena de Saul, havendo-o eu rejeitado, para que no reine sobre Israel? Enche um chifre de azeite e vem; enviar-te-ei a Jess, o belemita; porque, dentre os seus filhos, me provi de um rei. (...) Tendo-se retirado de Saul o Esprito do SENHOR, da parte deste um esprito maligno o atormentava. Mateus 1:5: SALMOM GEROU DE RAABE A BOAZ; ESTE, DE RUTE, GEROU A OBEDE; E OBEDE, A JESS. Deuteronmio 7:1-4; 23:3, 4; 25:5-10: Quando o SENHOR, teu Deus, te introduzir na terra a qual passas a possuir, e tiver lanado muitas naes de diante de ti, os heteus, e os girgaseus, e os amorreus, e os cananeus, e os ferezeus, e os heveus, e os jebuseus, sete e o SENHOR, teu Deus, as tiver dado diante de ti, para as ferir, totalmente as destruirs; no fars com elas aliana, nem ters piedade delas; nem contrairs matrimnio com os filhos dessas naes; no dars tuas filhas a seus filhos, nem tomars suas filhas para teus filhos; pois elas fariam desviar teus filhos de mim, para que servissem a outros deuses; e a ira do SENHOR se acenderia contra vs outros e depressa vos destruiria. (...) Nenhum amonita ou moabita entrar na assemblia do SENHOR; nem ainda a sua dcima gerao entrar na assemblia do SENHOR, eternamente. Porquanto no foram ao vosso encontro com po e gua, no caminho, quando saeis do Egito; e porque alugaram contra ti Balao, filho de Beor, de Petor, da Mesopotmia, para te amaldioar. (...) Se irmos morarem juntos, e um deles morrer sem filhos, ento, a mulher do que morreu no se casar com outro estranho, fora da famlia; seu cunhado a tomar, e a receber por mulher, e exercer para com ela a obrigao de cunhado. O primognito que ela lhe der ser sucessor do nome do seu irmo falecido, para que o nome deste no se apague em Israel. Porm, se o homem no quiser tomar sua cunhada, subir esta porta, aos ancios, e dir: Meu cunhado recusa suscitar a seu irmo nome em Israel; no quer exercer para comigo a obrigao de cunhado. Ento, os ancios da sua cidade devem cham-lo e falar-lhe; e, se ele persistir e disser: No quero tom-la, ento, sua cunhada se chegar a ele na presena dos ancios, e lhe descalar a sandlia do p, e lhe cuspir no rosto, e protestar, e dir: Assim se far ao homem que no quer edificar a casa de seu irmo; e o nome de sua casa se chamar em Israel: A casa do descalado. Levticos 19:9, 10: Quando tambm segares a messe da tua terra, o canto do teu campo no segars totalmente, nem as espigas cadas colhers da tua messe. No

rebuscars a tua vinha, nem colhers os bagos cados da tua vinha; deix-los-s ao pobre e ao estrangeiro. Eu sou o SENHOR, vosso Deus. Gnesis 21:1-5: Visitou o SENHOR a Sara, como lhe dissera, e o SENHOR cumpriu o que lhe havia prometido. Sara concebeu e deu luz um filho a Abrao na sua velhice, no tempo determinado, de que Deus lhe falara. Ao filho que lhe nasceu, que Sara lhe dera luz, ps Abrao o nome de Isaque. Abrao circuncidou a seu filho Isaque, quando este era de oito dias, segundo Deus lhe havia ordenado. Tinha Abrao cem anos, quando lhe nasceu Isaque, seu filho. I Samuel 1:1-20: Houve um homem de Ramataim-Zofim, da regio montanhosa de Efraim, cujo nome era Elcana, filho de Jeroo, filho de Eli, filho de To, filho de Zufe, efraimita. Tinha ele duas mulheres: uma se chamava Ana, e a outra, Penina; Penina tinha filhos; Ana, porm, no os tinha. Este homem subia da sua cidade de ano em ano a adorar e a sacrificar ao SENHOR dos Exrcitos, em Sil. Estavam ali os dois filhos de Eli, Hofni e Finias, como sacerdotes do SENHOR. No dia em que Elcana oferecia o seu sacrifcio, dava ele pores deste a Penina, sua mulher, e a todos os seus filhos e filhas. A Ana, porm, dava poro dupla, porque ele a amava, ainda mesmo que o SENHOR a houvesse deixado estril. A sua rival a provocava excessivamente para a irritar, porquanto o SENHOR lhe havia cerrado a madre. E assim o fazia ele de ano em ano; e, todas as vezes que Ana subia Casa do SENHOR, a outra a irritava; pelo que chorava e no comia. Ento, Elcana, seu marido, lhe disse: Ana, por que choras? E por que no comes? E por que ests de corao triste? No te sou eu melhor do que dez filhos? Aps terem comido e bebido em Sil, estando Eli, o sacerdote, assentado numa cadeira, junto a um pilar do templo do SENHOR, levantou-se Ana, e, com amargura de alma, orou ao SENHOR, e chorou abundantemente. Lucas 1:5-24, 57-66: Nos dias de Herodes, rei da Judia, houve um sacerdote chamado Zacarias, do turno de Abias. Sua mulher era das filhas de Aro e se chamava Isabel. Ambos eram justos diante de Deus, vivendo irrepreensivelmente em todos os preceitos e mandamentos do Senhor. E no tinham filhos, porque Isabel era estril, sendo eles avanados em dias. Ora, aconteceu que, exercendo ele diante de Deus o sacerdcio na ordem do seu turno, coube-lhe por sorte, segundo o costume sacerdotal, entrar no santurio do Senhor para queimar o incenso; e, durante esse tempo, toda a multido do povo permanecia da parte de fora, orando. E eis que lhe apareceu um anjo do Senhor, em p, direita do altar do incenso. Vendo-o, Zacarias turbou-se, e apoderou-se dele o temor. Disse-lhe, porm, o anjo: Zacarias, no temas, porque a tua orao foi ouvida; e Isabel, tua mulher, te dar luz um filho, a quem dars o nome de Joo. Em ti haver prazer e alegria, e muitos se regozijaro com o seu nascimento. Pois ele ser grande diante do Senhor, no beber vinho nem bebida forte e ser cheio do Esprito Santo, j do ventre materno. E converter muitos dos filhos de Israel ao Senhor, seu Deus. E ir adiante do Senhor no esprito e poder de Elias, para converter o corao dos pais aos filhos, converter os desobedientes prudncia dos justos e habilitar para o Senhor um povo preparado. Ento, perguntou Zacarias ao anjo: Como saberei isto? Pois eu sou velho, e minha mulher, avanada em dias. Respondeu-lhe o anjo: Eu sou Gabriel, que assisto diante de Deus, e fui enviado para falar-te e trazer-te estas boas-novas. Todavia, ficars mudo e no poders falar at ao dia em que

estas coisas venham a realizar-se; porquanto no acreditaste nas minhas palavras, as quais, a seu tempo, se cumpriro. O povo estava esperando a Zacarias e admirava-se de que tanto se demorasse no santurio. Mas, saindo ele, no lhes podia falar; ento, entenderam que tivera uma viso no santurio. E expressava-se por acenos e permanecia mudo. Sucedeu que, terminados os dias de seu ministrio, voltou para casa. Passados esses dias, Isabel, sua mulher, concebeu e ocultou-se por cinco meses (...) A Isabel cumpriu-se o tempo de dar luz, e teve um filho. Ouviram os seus vizinhos e parentes que o Senhor usara de grande misericrdia para com ela e participaram do seu regozijo. Sucedeu que, no oitavo dia, foram circuncidar o menino e queriam dar-lhe o nome de seu pai, Zacarias. De modo nenhum! Respondeu sua me. Pelo contrrio, ele deve ser chamado Joo. Disseram-lhe: Ningum h na tua parentela que tenha este nome. E perguntaram, por acenos, ao pai do menino que nome queria que lhe dessem. Ento, pedindo ele uma tabuinha, escreveu: Joo o seu nome. E todos se admiraram. Imediatamente, a boca se lhe abriu, e, desimpedida a lngua, falava louvando a Deus. Sucedeu que todos os seus vizinhos ficaram possudos de temor, e por toda a regio montanhosa da Judia foram divulgadas estas coisas. Todos os que as ouviram guardavam-nas no corao, dizendo: Que vir a ser, pois, este menino? E a mo do Senhor estava com ele. Hebreus 11:39: Pela f, atravessaram o mar Vermelho como por terra seca; tentando-o os egpcios, foram tragados de todo.

Introduo ao 9 Livro Bblico: I SamuelEscritores: incerto Lugar da Escrita: Israel Data: entre 931 e 722 a.C. Tema: Deus age na histria

A organizao nacional de Israel sofreu momentosa mudana. Nomeou-se um rei humano! Isto se deu enquanto Samuel servia como profeta de Deus em Israel. Embora Deus soubesse de antemo e predissesse essa mudana para a monarquia, segundo a exigncia do povo de Israel, ainda assim, foi um golpe atordoador para Samuel. Devotado ao servio de Deus desde seu nascimento e estando cheio de reconhecimento reverente da realeza do Senhor Deus, Samuel previu os resultados desastrosos para os co-membros daquela nao santa de Deus. Foi s sob a orientao de Deus que Samuel cedeu s exigncias deles. Samuel falou ento ao povo sobre a prerrogativa legtima do reinado, e escreveu-a num livro e depositou-o perante Deus (10:25). Assim terminou a poca dos juizes, e comeou a poca dos reis humanos que veria Israel subir a um poder e prestgio sem precedentes, s para finalmente cair na desonra e ser divorciado do favor de Deus. Os dois livros de Samuel eram originalmente um s rolo ou volume. Fez-se a diviso de Samuel em dois livros quando se publicou esta parte da Septuaginta grega. Na Septuaginta, Primeiro Samuel foi chamado Primeiros Reinados. Esta diviso e o nome Primeiro Reis foram adotados pela Vulgata latina e continuam at hoje em Bblias catlicas. Que Primeiro e Segundo Samuel formavam originalmente um s livro, demonstra-se pela nota massortica sobre 1Samuel 18:24, que declara que este versculo se acha na metade do livro de Samuel. H muita evidncia da exatido da narrativa. Os locais geogrficos se enquadram nos eventos descritos. interessante notar que o ataque bem-sucedido de Jonat contra a guarnio filistia de Micms, que levou completa derrota dos filisteus, foi repetido na Primeira Guerra Mundial por um oficial do Exrcito Britnico, que, conforme noticiado, desbaratou os turcos, seguindo os pontos de referncia descritos no livro inspirado de Samuel (14:4-14). Todavia, h provas ainda mais fortes da inspirao e da autenticidade desse livro. Contm o notvel cumprimento da profecia de Deus de que Israel pediria um rei (Dt 17:14; I Sm 8:5) Anos mais tarde, Osias confirmou isso, citando as palavras de Deus: Passei a dar-te um rei na minha ira e o tirarei na minha fria (Os13:11). Pedro mostrou que Samuel era inspirado ao identificar a Samuel como o profeta que havia declarado distintamente os dias de Jesus (At 3:24). Paulo se referia a 1Samuel.13:14, quando contou brevemente a histria de Israel (At 13:20-22). O prprio Jesus atestou a autenticidade do relato, ao perguntar aos fariseus dos seus dias: No lestes o que Davi fez quando ele e seus homens ficaram com fome? Passou ento a relatar que Davi pediu o po da proposio (Mt 12:1-4; I Sm 21:1-6). Esdras tambm aceitou o relato como sendo genuno, conforme j mencionado (I Cr 29:29). Sendo este o relato original das atividades de Davi, toda meno de Davi em todas as Escrituras confirma o livro de Samuel como sendo parte da Palavra inspirada de

Deus. Alguns de seus eventos so at mencionados nos cabealhos dos salmos de Davi, como no Salmo 59 e I Sm 19:11, no Salmo 34 e I Sm 21:13, 14 e no Salmo 142 e I Sm 22:1 ou I Sm 24:1, 3. Assim, a evidncia interna da prpria Palavra de Deus testifica conclusivamente a autenticidade de Primeiro Samuel.

CONTEDO DE PRIMEIRO SAMUELO livro abrange, em parte ou no todo, a vida de quatro lderes de Israel: Eli, o sumo sacerdote; Samuel, o profeta; Saul, o primeiro rei; e Davi, que foi ungido para ser o prximo rei.

A judicatura de Eli e o jovem Samuel (1:1-4:22)No incio da narrativa, somos apresentados a Ana, esposa favorita de Elcana, um levita. Ela no tem filhos e desprezada por isso pela outra esposa de Elcana, Penina. Enquanto a famlia faz uma das suas visitas anuais a Silo, onde se acha a arca do pacto de Deus, Ana ora fervorosamente a Deus para que lhe d um filho. Ela promete que, se sua orao for atendida, devotar o filho ao servio de Deus. Deus atende a sua orao, e ela d luz um filho, Samuel. Logo que desmamado, ela o leva casa de Deus e o coloca sob os cuidados do sumo sacerdote Eli, como algum emprestado a Deus (1:28). Ana se expressa, ento, em jubilante orao de agradecimentos e de felicidade. O menino se torna ministro de Deus perante Eli, o sacerdote (2:11). Nem tudo vai bem com Eli. Est velho, seus dois filhos se tornaram imprestveis, e no reconhecem a Deus (2:12). Usam o seu cargo sacerdotal para satisfazer a sua ganncia e seus desejos imorais. Eli deixa de os corrigir. Deus, portanto, passa a enviar mensagens divinas contra a casa de Eli, avisando que nunca chegar a haver um homem idoso na tua casa, e que ambos os filhos de Eli morrero num s dia (I Sm 2:30-34; I Re 2:27). Por fim, Ele envia o menino Samuel a Eli com uma mensagem de julgamento de fazer tinir os ouvidos. Assim, o jovem Samuel credenciado funo de profeta em Israel (3:1, 11). No devido tempo, Deus executa esse julgamento, suscitando os filisteus. Visto que o resultado da batalha desfavorvel a Israel, os israelitas levam, com grande grito, a arca do pacto de Silo para seu acampamento militar. Ouvindo o grito e sabendo que a Arca foi trazida para dentro do acampamento de Israel, os filisteus fortalecem-se e ganham uma sensacional vitria, desbaratando totalmente os israelitas. A Arca capturada, e os dois filhos de Eli morrem. Com corao tremendo, Eli ouve o relato. Ao se mencionar a Arca, cai de costas da cadeira, quebra o pescoo e morre. Assim, termina a sua judicatura de 40 anos. Deveras: A glria exilou-se de Israel, pois a Arca representa a presena de Deus com o seu povo (4:22).

Samuel julga Israel (5:1-7:17)Agora os filisteus tambm tm de aprender, para a sua grande tristeza, que a arca de Deus no deve ser usada como amuleto. Quando levam a Arca para dentro da casa de adorao de Dagom, em Asdode, o deus deles cai estirado de bruos. No dia seguinte,

Dagom cai de novo estirado na soleira, desta vez com a cabea e as palmas de ambas as mos decepadas. Com isto comea o costume supersticioso, entre os filisteus, de no pisar no limiar de Dagom (5:5). Os filisteus mandam apressadamente a Arca para Gate, e da para Ecrom, mas tudo em vo! Sobrevm tormentos em forma de pnico, hemorridas e uma praga de roedores. Os senhores do eixo dos filisteus, em desespero final com o aumento do nmero de mortos, devolvem a Israel a Arca num novo carro puxado por duas vacas que amamentam. Em Bete-Semes, sobrevm calamidade sobre alguns dos israelitas, porque olham para a Arca (I Sm 6:19; Nm 4:6, 20). Finalmente, a Arca descansa na casa de Abinadabe, na cidade levtica de Quiriate-Jearim. Por 20 anos, a Arca permanece na casa de Abinadabe. Samuel, j adulto, insta com os israelitas para que se desfaam dos Baalins e das imagens de Astorete e sirvam a Deus de todo o corao. Eles fazem isso. Quando se renem em Misp para adorao, os senhores do eixo dos filisteus aproveitam a oportunidade para batalhar, e Israel apanhado de surpresa. Israel invoca a Deus por intermdio de Samuel. Um grande barulho de trovo da parte de Deus lana os filisteus em confuso, e os israelitas, fortalecidos mediante sacrifcios e oraes, obtm uma vitria esmagadora. Daquele tempo em diante, a mo de Deus continua a ser contra os filisteus todos os dias de Samuel (7:13). Contudo, Samuel no pra seu servio. Durante toda a vida, continua a julgar Israel, fazendo viagem anual desde Ram, logo ao norte de Jerusalm, at Betel, Gilgal e Misp. Em Ram, ele levanta um altar a Deus.

Saul, o primeiro rei de Israel (8:1-12:25)Samuel j est envelhecido no servio de Deus, mas seus filhos no andam nos caminhos de seu pai, pois aceitam subornos e pervertem o julgamento. Neste tempo, os homens mais idosos de Israel vo ter com Samuel com o seguinte pedido: Designa-nos deveras um rei para nos julgar, igual a todas as naes (8:5). Samuel, extremamente perturbado, busca a Deus em orao. Deus responde: No a ti que rejeitaram, mas a mim que rejeitaram como rei sobre eles (...) E agora escuta a sua voz. (8:7-9) Primeiro, porm, Samuel precisa adverti-los das conseqncias funestas de seu pedido rebelde: arregimentao, pagamento de impostos, perda da liberdade e, com o tempo, amargura e clamor a Deus. O povo, irredutvel nos seus desejos, exige um rei. Agora, passamos a conhecer Saul, filho de Quis, da tribo de Benjamim, e incomparavelmente o mais belo e o mais alto homem em Israel. Ele conduzido a Samuel, que lhe reserva um lugar de honra num banquete, unge-o e da o apresenta a todo o Israel numa assemblia em Misp. Embora no incio Saul se esconda entre a bagagem, finalmente apresentado como sendo a escolha de Deus. Samuel relembra mais uma vez a Israel a prerrogativa do reinado, escrevendo-a num livro. Entretanto, no seno depois da vitria sobre os amonitas, que acaba com o stio em Jabes de Gileade, que Saul levado a srio por todos os dentre o povo, de modo que confirmam a sua realeza em Gilgal. Samuel os exorta outra vez a temer, servir e obedecer a Deus, e roga a Deus que envie um sinal em forma de troves e chuva fora de poca, na ocasio da colheita. Numa demonstrao aterradora, Deus mostra a sua ira por terem rejeitado a Ele qual Rei.

A desobedincia de Saul (13:1-15:35)Ao passo que os filisteus continuam a molestar a Israel, Jonat, o corajoso filho de Saul, derrota uma guarnio dos filisteus. O inimigo, para vingar-se disto, envia um

enorme exrcito, como os gros de areia que h beira do mar, em tamanho, e eles acampam em Micms. A inquietao assola as fileiras dos israelitas. Se to-somente Samuel viesse dar-nos a orientao de Deus! Saul, impaciente de esperar por Samuel, peca, oferecendo presunosamente ele prprio o sacrifcio queimado. Samuel aparece de sbito. Rejeitando as pouco convincentes desculpas de Saul, pronuncia o julgamento de Deus: E agora teu reino no durar. Deus certamente achar para si um homem que agrade ao seu corao; e Deus o comissionar como lder do seu povo, porque no guardaste o que Deus te ordenou (13:14). Jonat, cheio de zelo pelo nome de Deus, ataca outra vez um posto avanado dos filisteus, desta vez acompanhado apenas de seu escudeiro, e como um raio eles abatem cerca de 20 homens. Um terremoto aumenta a confuso dos inimigos. Estes se pem em fuga e os israelitas os perseguem decididamente. Contudo, a plena fora da vitria fica enfraquecida pelo juramento precipitado de Saul de proibir os guerreiros de comer antes de terminar a batalha. Os homens se cansam logo e da pecam contra Deus, comendo carne recm-abatida, sem dar tempo para o sangue escoar. Jonat, da sua parte, revigorara-se com um favo de mel antes de saber do juramento que ele denuncia intrepidamente como um empecilho. Ele remido da morte pelo povo, por causa da grande salvao que efetuou em Israel. Chega, ento, o tempo de Deus executar o julgamento sobre os vis amalequitas (Dt 25:17-19) Devem ser totalmente exterminados. Nada dever ser poupado, nem homem nem animal. Nenhum despojo deve ser tomado. Tudo tem de ser entregue destruio. Entretanto, Saul, desobedecendo, poupa a Agague, rei dos amalequitas, e os melhores animais dentre os rebanhos e manadas, ostensivamente para os sacrificar a Deus. Isto desagrada tanto ao Deus de Israel que ele inspira Samuel a expressar uma segunda rejeio de Saul. Desconsiderando as desculpas de Saul que quer salvar as aparncias, Samuel declara: Tem Deus tanto agrado em ofertas queimadas e em sacrifcios como em que se obedea voz de Deus? Eis que obedecer melhor do que um sacrifcio (...) Visto que rejeitaste a palavra de Deus, ele concordemente rejeita que sejas rei (I Sm 15:22, 23). Saul estende ento o brao para implorar clemncia a Samuel e arranca a aba de sua tnica. Samuel lhe certifica que Deus arrancar igualmente o reino de Saul e o dar a um homem melhor. O prprio Samuel lana mo da espada, executa a Agague e vira as costas a Saul, para nunca mais o ver.

A uno de Davi, sua bravura (16:1-17:58)Deus conduz a seguir Samuel casa de Jess, em Belm de Jud, para selecionar e ungir o futuro rei. Um por um os filhos de Jess so passados em revista, mas so rejeitados. Deus faz lembrar a Samuel: No como o homem v o modo de Deus ver, pois o mero homem v o que aparece aos olhos, mas quanto a Deus, ele v o que o corao (16:7). Finalmente, Deus indica a sua aprovao de Davi, o mais moo, descrito como sendo ruivo, rapaz de belos olhos e bem-parecido, e Samuel o unge com leo (16:12). O Esprito de Deus vem ento sobre Davi, mas Saul desenvolve um esprito mau. Os filisteus fazem novamente incurses em Israel, apresentando o seu campeo, Golias, um gigante de seis cvados e um palmo (cerca de 2,9 m) de altura. to monstruoso que sua cota de malha pesa cerca de 57 quilos e a lmina de sua lana, quase 7 quilos (17:4, 5, 7). Dia aps dia, este Golias desafia blasfema e

desdenhosamente a Israel para que escolha um homem e o deixe sair para lutar, mas ningum responde. Saul estremece na sua tenda. Entretanto, Davi chega a ouvir os escrnios do filisteu. Com justa indignao e coragem inspirada, Davi exclama: Quem este filisteu incircunciso que venha escarnecer das fileiras combatentes do Deus vivente? (17:26). Rejeitando a armadura de Saul porque no a experimentou antes, Davi sai ao combate, munido unicamente de um basto de pastor, uma funda e cinco pedras lisas. Considerando o confronto com este jovem pastor uma afronta sua dignidade, Golias invoca o mal sobre Davi. Ressoa a resposta confiante: Tu vens a mim com espada, e com lana, e com dardo, mas eu chego a ti com o nome de Deus dos exrcitos (17:45). Uma pedra certeira da funda de Davi lana o campeo dos filisteus por terra! Correndo para ele plena vista de ambos os exrcitos, Davi desembainha a espada do gigante e a usa para decepar a cabea do dono dela. Que grande libertao da parte de Deus! Que regozijo no acampamento de Israel! Morto o seu campeo, os filisteus fogem, e os jubilantes israelitas os perseguem cerradamente.

Saul persegue a Davi (18:1-27:12)Em conseqncia da ao destemida de Davi a favor do nome de Deus, apresentase-lhe uma amizade maravilhosa. com Jonat, filho de Saul e herdeiro natural do reino. Jonat chega a am-lo como a sua prpria alma, de modo que os dois fazem um pacto de amizade. (18:1-3) Enquanto se celebra a fama de Davi em Israel, Saul, irado, procura mat-lo, mesmo lhe dando sua filha Mical em casamento. A inimizade de Saul se torna cada vez mais insana, de modo que Davi se v forado a fugir com a amorosa ajuda de Jonat. No momento da separao, os dois choram, e Jonat reafirma a sua lealdade a Davi, dizendo: Mostre o prprio Deus estar entre mim e ti, e entre a minha descendncia e a tua descendncia, por tempo indefinido (20:42). Davi e seu pequeno grupo de apoiadores famintos, fugindo do exacerbado Saul, chegam a Nobe. Ali, o sacerdote Aimeleque, depois de se certificar de que Davi e seus homens se abstiveram de mulheres, permite-lhes comer do po sagrado da proposio. Agora, armado da espada de Golias, Davi foge para Gate, no territrio dos filisteus, onde finge estar louco. De l, ele se esconde na caverna de Adulo, depois foge para Moabe, e mais tarde, seguindo o conselho do profeta Gade, ele retorna terra de Jud. Temendo uma insurreio a favor de Davi, o Rei Saul, louco de cimes, ordena a Doegue, o edomita, que massacre a populao sacerdotal de Nobe; s Abiatar escapa e foge para junto de Davi. Ele se torna o sacerdote do grupo. Davi, servo leal de Deus, trava ento uma bem-sucedida guerrilha contra os filisteus. Entretanto, Saul continua a sua campanha total de capturar a Davi, convocando seus guerreiros e indo ao encalo dele no ermo de En-Gedi (24:1). Mas Davi, o amado de Deus, consegue sempre manter-se um passo frente de seus perseguidores. Em certa ocasio, Davi tem oportunidade de matar a Saul, mas ele se refreia e apenas corta a aba da tnica de Saul para lhe provar que lhe poupara a vida. Mesmo este gesto inofensivo faz o corao de Davi bater, pois sente que agiu contra o ungido de Deus. Que grande respeito pela organizao de Deus! A narrativa mencione nesta altura a morte de Samuel (25:1), Davi pede a Nabal, de Maom de Jud, que o proveja de alimento em troca dos servios prestados a seus pastores. Mas Nabal s lana invectivas contra os homens de Davi, e Davi pe-se a caminho para puni-lo (25:14). Compreendendo a gravidade da situao, Abigail, esposa

de Nabal, leva secretamente provises a Davi e aplaca-lhe a ira. Davi a abenoa pela sua iniciativa judiciosa e a envia de volta em paz. Quando Abigail informa Nabal sobre o sucedido, ele atacado do corao, e dez dias mais tarde morre. Davi casa-se ento com a bondosa e bela Abigail. Pela terceira vez, Saul persegue obstinadamente a Davi, e, mais uma vez, goza da misericrdia de Davi. Um sono profundo da parte de Deus cai sobre Saul e seus homens. Isto permite que Davi entre no acampamento e se apodere da lana de Saul, mas ele se refreia de estender a mo contra o ungido de Deus (26:11, 12). Pela segunda vez Davi forado a buscar refgio junto aos filisteus que lhe do Ziclague como lugar de residncia. De l, ele continua as suas incurses contra outros inimigos de Israel. Fim suicida de Saul (28:1-31:13). Os senhores do eixo dos filisteus se unem num exrcito combinado e acampam em Sunm. Em contrapartida, Saul posta-se junto ao monte Gilboa. Num estado de grande agitao, Saul busca orientao divina, mas no consegue obter nenhuma resposta de Deus. Se to-somente pudesse entrar em contato com Samuel! Saul se disfara e parte para ir consultar uma mdium esprita, em EnDor, por trs das linhas dos filisteus, cometendo assim outro grave pecado. Encontrando-a, roga-lhe que contate Samuel. Precipitado em tirar concluses, Saul presume que aquele que a mdium faz aparecer seja o falecido Samuel. Entretanto, Samuel no tem mensagem consoladora para o rei. No dia seguinte, ele morrer e, em conformidade com as palavras de Deus, o reino lhe ser tirado. No outro acampamento, os senhores do eixo dos filisteus esto subindo ao combate. Vendo a Davi e seus homens entre as fileiras deles, ficam com suspeitas e os mandam para casa. Os homens de Davi voltam a Ziclague no momento exato! Um bando de invasores amalequitas levou a famlia e as posses de Davi e de seus homens, mas Davi e seus homens os perseguem, e tudo recuperado sem nenhum dano. A batalha travada no monte Gilboa. Israel sofre uma desastrosa derrota, e os filisteus controlam as reas estratgicas do pas. Jonat e outros filhos de Saul so mortos, e Saul, mortalmente ferido, mata-se com a sua prpria espada um suicida. Os filisteus vitoriosos prendem os cadveres de Saul e de seus trs filhos nas muralhas da cidade de Bete-S, mas os homens de Jabes-Gileade retiram os corpos dessa humilhante posio. O calamitoso reinado do primeiro rei de Israel chega assim a um fim desastroso.

PROVEITOSO PARA OS NOSSOS DIASQue impressionante histria contm Primeiro Samuel! Com honestidade notvel em todos os pormenores, expe tanto a fraqueza como a fora de Israel. So mencionados aqui quatro lderes de Israel: dois seguiram a lei de Deus e dois no. Notese como Eli e Saul fracassaram nos seus deveres: o primeiro negligenciou tomar ao e o segundo agiu presunosamente. Por outro lado, Samuel e Davi mostraram amor pelo caminho de Deus desde a sua mocidade, e prosperaram em conseqncia disso. Que lies valiosas encontramos aqui para todos os ministros! Quo necessrio que estes sejam firmes, que velem pela pureza e pela ordem na congregao de Deus, que respeitem as providncias tomadas nela, que sejam destemidos, calmos, corajosos, que tenham amor e considerao para com os outros! (2:23-25; 24:5, 7; 18:5, 14-16).

digno de nota tambm que os dois que foram bem-sucedidos tiveram a vantagem de uma boa formao teocrtica desde a tenra infncia, e, bem jovens ainda, falavam corajosamente a mensagem de Deus e se desincumbiam dos interesses que se lhes confiavam (3:19; 17:33-37). Que todos os jovens adoradores de Deus hoje possam ser pequenos Samuis e pequenos Davis! Dentre todas as palavras proveitosas deste livro, preciso lembrar claramente as que Deus inspirou Samuel a proferir ao julgar Saul por este no extinguir a meno de Amaleque debaixo dos cus (Dt 25:19). A lio de que a obedincia melhor que sacrifcio repetida em vrias situaes, em Osias.6:6, Miquias.6:6-8 e em Marcos.12:33. (I Sm15:22). essencial que tiremos proveito hoje deste relato inspirado, obedecendo plena e completamente voz de Deus, nosso Senhor! A obedincia em reconhecer a santidade do sangue tambm trazida nossa ateno, em 1Samuel14:32, 33. Comer carne sem que se tenha deixado escoar devidamente o sangue era considerado pecar contra Deus. Isto se aplica tambm congregao crist, segundo o que dito claramente em Atos15:28,29. O que ressalta do livro de Primeiro Samuel o lastimvel erro de uma nao que chegou a considerar a dominao de Deus desde os cus como no sendo prtica (I Sm 8:5, 19, 20; 10:18, 19). As armadilhas e a futilidade da dominao humana so retratadas de modo descritivo e proftico (8:11-18; 12:1-17). No incio, Saul revela ser homem modesto, que tinha o Esprito de Deus (9:21;11:6), mas seu bom-senso se obscureceu e seu corao ficou amargo ao passo que diminua seu amor pela justia e sua f em Deus (14:24, 29, 44). Suas aes anteriores de zelo foram anuladas pelos seus atos posteriores de presuno, desobedincia e infidelidade a Deus (I Sm 13:9; 15:9; 28:7; Ez 18:24). A sua falta de f gerou insegurana, transformando-se em inveja, dio e assassnio (18:9,11; 20:33; 22:18, 19). Morreu assim como viveu, faltando com o dever para com seu Deus e para com seu povo, e constitui um aviso para qualquer indivduo que venha a ser obstinado como ele foi II Pd 2:10-12. No entanto, h o contraste com o bem. Por exemplo, note-se a conduta do fiel Samuel, que serviu Israel por toda a vida, sem usar de fraude, parcialidade ou favoritismo (I Sm12:3-5). Mostrava-se ansioso por obedecer desde a sua infncia (3:5), era corts e respeitoso (3:6-8), fidedigno no cumprimento de seus deveres (3:15), inabalvel na sua dedicao e devoo (7:3-6; 12:2), disposto a ouvir (8:21), pronto a apoiar as decises de Deus (10:24), firme no seu julgamento para com quem quer que fosse (13:13), firme na obedincia (15:22), perseverante no cumprimento de incumbncias (16:6,11). Era tambm algum que recebeu testemunho favorvel dos de fora. (2:26; 9:6) No somente deve o seu ministrio na mocidade incentivar os jovens a empreender o ministrio hoje em dia (2:11, 18), mas a sua perseverana nele, sem parar, at o fim de seus dias, deve reconfortar os desgastados pela idade (7:15). H, tambm, o notvel exemplo de Jonat. Ele no manifestou rancor por ser Davi ungido para ser rei do reino que ele poderia ter herdado. Ao contrrio, reconheceu as excelentes qualidades de Davi e fez um pacto de amizade com ele. Similar companheirismo desinteresseiro pode ser grandemente edificante e encorajador entre os que hoje servem fielmente a Deus (23:16-18). Para as mulheres, h o exemplo de Ana, que acompanhava regularmente seu esposo ao lugar de adorao de Deus. Era mulher humilde, voltada a oraes, e

renunciou ao companheirismo de seu filho para manter a sua palavra e mostrar apreo pela bondade de Deus. Foi deveras maravilhosa a sua recompensa ao v-lo entrar no servio frutfero de Deus, por toda a vida (1:11, 21-23, 27, 28). Alm disso, h o exemplo de Abigail, que demonstrou submisso feminina e sensatez, o que lhe granjeou o louvor de Davi, de modo que mais tarde ela se tornou sua esposa (25:32-35). O amor de Davi por Deus expresso de modo comovedor nos salmos que comps enquanto perseguido no ermo por Saul, o ungido de Deus que cara no pecado (I Sm 24:6; Sl 34:7, 8; 52:8; 57:1, 7, 9). E, com que sincero apreo, Davi santificou o nome de Deus, quando lanou o desafio ao escarnecedor Golias! Eu chego a ti com o nome de Deus dos exrcitos (...) No dia de hoje Deus te entregar na minha mo, (...) e pessoas de toda a terra sabero que existe um Deus que pertence a Israel. E toda esta congregao saber que no nem com espada nem com lana que Deus salva, porque a Deus pertence a batalha, e ele ter de entregar-vos na nossa mo (17:45-47). Davi, o corajoso e leal ungido de Deus, magnificou a Deus como sendo Deus de toda a terra e a nica Fonte real de salvao (II Sm 22:51). Sigamos sempre este corajoso exemplo! O que nos informa o livro de Primeiro Samuel sobre o desenrolar dos propsitos de Deus concernentes ao Reino? Ah! isto nos leva ao verdadeiro ponto alto deste livro da Bblia! Pois aqui que conhecemos a Davi, cujo nome significa, provavelmente, Amado. Davi era amado de Deus e escolhido como o homem que agradou ao seu corao, aquele que era apto para ser rei em Israel (3:14). Assim, o reino passou para a tribo de Jud, em harmonia com a bno de Jac, em Gnesis 49:9, 10, e a realeza havia de permanecer na tribo de Jud, at que viesse o Governante, a quem pertence a obedincia de todos os povos. Alm do mais, o nome de Davi est associado com o da Semente do Reino, que tambm nasceu em Belm, da linhagem de Davi (Mt 1:1, 6; 2:1; 21:9, 15). Trata-se do glorificado Jesus Cristo, o Leo que da tribo de Jud, a raiz de Davi, e a raiz e a descendncia de Davi, e a resplandecente estrela da manh (Ap5:5; 22:16). Regendo no poder do Reino, este filho de Davi mostrar toda a firmeza e coragem de seu ilustre antepassado em lutar contra os inimigos de Deus at os derrubar, e em santificar em toda a terra o nome de Deus. Quo forte a nossa confiana nesta Semente do Reino!

Introduo ao 10 Livro Bblico: II SamuelEscritores: provavelmente o sacerdote Abiatar Lugar da Escrita: Israel Data: entre 931 e 722 a.C. Tema: rei Davi, precursor do Messias A nao de Israel estava desesperada por causa da derrota que sofrera em Gilboa e da invaso do pas pelos vitoriosos filisteus em conseqncia disso. Os lderes de Israel e a nata de seus jovens jaziam mortos. ento que Davi, o jovem ungido de Deus, filho de Jess, faz sua entrada propriamente dita na cena nacional (19:21). Assim comea o livro de Segundo Samuel, que bem poderia ser chamado de livro de Deus e Davi. A narrativa est cheia de ao de toda sorte. Vai desde o nadir da derrota at o znite da vitria, desde a angstia de uma nao dilacerada pelas lutas internas at a prosperidade de um reino unido e desde o vigor da juventude at a sabedoria da idade avanada. Aqui se relata a vida ntima de Davi, que de todo o corao procurava seguir a Deus. um relato que deve incitar o leitor a fazer um escrutnio de seu corao, a fim de estreitar sua relao com seu Criador e ter o Seu favor. O nome de Samuel, na realidade, nem sequer mencionado no relato de Segundo Samuel, sendo este nome dado ao livro, pelo que parece, por ter sido originalmente um s rolo, ou volume, com Primeiro Samuel. Devemos aceitar o livro de Segundo Samuel como parte do cnon da Bblia pelos mesmos motivos apresentados com respeito a Primeiro Samuel. incontestvel a sua autenticidade. A prpria franqueza e sinceridade dos escritores, no passando por alto nem mesmo os pecados e as faltas do Rei Davi, , em si, forte evidncia indireta da veracidade desse documento. Todavia, a evidncia mais convincente da autenticidade de Segundo Samuel reside no cumprimento das profecias, especialmente as relacionadas com o pacto do Reino feito com Davi. Deus fez a seguinte promessa a Davi: Tua casa e teu reino ho de ficar firmes por tempo indefinido, diante de ti; teu prprio trono ficar firmemente estabelecido por tempo indefinido (7:16). Mesmo no crepsculo do reino de Jud, Jeremias declarou que esta promessa feita casa de Davi subsistiria, dizendo: Assim disse Deus: No caso de Davi, no se decepar homem seu, impedindo-o de sentar-se no trono da casa de Israel (Jr 33:17). Esta profecia se cumpriu, pois, mais tarde, Deus suscitou a Jesus Cristo, filho de Davi, da tribo de Jud, segundo testifica to claramente a Bblia (Mt 1:1).

CONTEDO DE SEGUNDO SAMUELEventos no incio do reinado de Davi (1:1-4:12)Aps a morte de Saul, junto ao monte Gilboa, um amalequita foge da batalha e apressadamente vai ter com Davi, em Ziclague, para lhe dar a notcia. Procurando agradar a Davi, inventa a histria de que ele prprio tirou a vida de Saul. Em vez de elogios, o amalequita recebe como recompensa a morte, pois testifica contra si mesmo,

dizendo que matou o ungido de Deus (1:16.) O novo rei, Davi, compe ento uma endecha, O Arco, na qual deplora a morte de Saul e de Jonat. Este cntico atinge um belo clmax na expresso comovente do superabundante amor de Davi por Jonat: Estou aflito por ti, meu irmo Jonat, tu me eras muito agradvel. Teu amor a mim era mais maravilhoso do que o amor das mulheres. Como caram os poderosos e pereceram as armas de guerra! (1:17, 18, 26, 27). Sob a ordem de Deus, Davi e seus homens mudam-se com suas famlias para Hbron, no territrio de Jud. Ali, os ancios da tribo ungem a Davi qual rei. O general Joabe se torna o mais proeminente dos apoiadores de Davi. Contudo, Is-Bosete, filho de Saul, como rival no trono de Israel, ungido por Abner, chefe do exrcito. H choques peridicos entre as duas foras oponentes, e Abner mata um irmo de Joabe. Por fim, Abner passa para o lado de Davi. Ele leva para Davi a Mical, filha de Saul, por quem Davi havia pagado muito tempo antes o dote do casamento. Mas Joabe aproveita a oportunidade para matar Abner, vingando assim a morte de seu irmo. Davi fica muito angustiado com isso, eximindo-se de qualquer culpa. Pouco depois, o prprio Is-Bosete assassinado, enquanto faz a sua sesta do meio-dia (4:5).

Davi, rei em Jerusalm (5:1-6:23).Embora esteja reinando em Jud j por sete anos e seis meses, Davi se torna agora o rei absoluto, e os representantes das tribos o ungem para ser rei sobre todo o Israel. Esta a sua terceira uno. Um dos primeiros atos de Davi na qualidade de rei do inteiro reino capturar a fortaleza de Sio, em Jerusalm, ocupada pelos jebuseus; ele os surpreende, passando pelo tnel de gua. Davi faz, ento, de Jerusalm a sua capital. Deus dos exrcitos abenoa a Davi, tornando-o grande, cada vez mais. At mesmo Hiro, o rico rei de Tiro, envia a Davi cedros valiosos e tambm trabalhadores para a construo de uma casa para o rei. A famlia de Davi aumenta, e Deus faz prosperar o seu reino. H mais duas batalhas com os combativos filisteus. No primeiro destes, Deus rompe as fileiras do inimigo diante de Davi, em Baal-Perazim, dando-lhe assim a vitria. No segundo combate, Deus realiza outro milagre, fazendo ouvir um rudo de marcha nas copas dos lentiscos, o que indica que Deus vai frente de Israel para derrotar os exrcitos dos filisteus (5:24). Mais uma grande vitria para as foras de Deus! Tomando consigo 30.000 homens, Davi pe-se a caminho para trazer a arca do pacto de Baale-Jud (Quiriate-Jearim) para Jerusalm. Ao ser transportada ao som da msica e com grande alegria, a carroa em que carregada d um solavanco, e Uz, que est caminhando do lado, estende a mo para segurar a Arca sagrada. Nisso se acendeu a ira de Deus contra Uz, e o verdadeiro Deus o golpeou ali pelo ato irreverente (6:7). A Arca fica na casa de Obede-Edom, e, nos trs meses seguintes, Deus abenoa ricamente a casa de Obede-Edom. Depois de trs meses, Davi pe-se a caminho para ir buscar a Arca e lev-la de modo correto pelo resto do caminho. A Arca conduzida para a capital de Davi com gritos alegres, msica e dana. Davi d livre curso sua grande alegria, danando perante Deus, mas sua esposa Mical desaprova isto. Davi insiste: Vou festejar perante Deus (6:21). Em conseqncia disso, Mical permanece sem filhos at morrer.

O pacto de Deus com Davi (7:1-29). Chegamos, agora, a um dos mais importantes eventos da vida de Davi, diretamente relacionado com o tema central da Bblia: a santificao do nome de Deus por meio do Reino, sob a Semente prometida. Este evento se origina do desejo de Davi de construir uma casa para a arca de Deus. Residindo ele prprio numa linda casa de cedro, Davi revela a Nat seu desejo de construir uma casa para a arca do pacto de Deus. Por intermdio de Nat, Deus reafirma a Davi Sua benevolncia para com Israel e faz com ele um pacto que subsistir para sempre. Entretanto, no ser Davi, mas o seu descendente (semente) quem edificar uma casa para o nome de Deus. Alm disso, Deus faz a amorosa promessa: E tua casa e teu reino ho de ficar firmes por tempo indefinido diante de ti; teu prprio trono ficar firmemente estabelecido por tempo indefinido (7:160). Comovido pela bondade que Deus manifestou, fazendo este pacto do Reino, o corao de Davi transborda de gratido por toda a benevolncia de Deus: Que nica nao na terra semelhante ao teu povo Israel, que Deus foi remir para si como povo e designar um nome para si, e fazer par