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MUNICÍPIO DE SÃO BERNARDO DO CAMPO SECRETARIA DE EDUCAÇÃO

DEPARTAMENTO DE AÇÕES EDUCACIONAIS

SUMÁRIO

Capa _____________________________________________________________01

Sumário___________________________________________________________02

1. Identificação da Unidade Escolar ____________________________________04

1.1 Quadro de identificação dos funcionários________________________ 05

1.2 Quadro de organização das modalidades_________________________08

2. Avaliação e metas para o ano de 2017________________________________09

2.1 Introdução_________________________________________________09

2.2 Empenho da Equipe em colaborar ______________________________11

2.3 Avaliação e Metas __________________________________________14

3. Caracterização e plano de ação para os segmentos de atuação da escola

3.1 Atribuições dos diferentes cargos e funções da Equipe Escolar_______18

3.2 Comunidade Escolar________________________________________29

3.2 Professores________________________________________________33

3.4Auxiliares em Educação______________________________________42

3.5 Funcionários_______________________________________________44

4. Conselho de escola e APM_________________________________________46

5. Organização e desenvolvimento do trabalho pedagógico.

5.1 Objetivos _________________________________________________50

5.2 Levantamento de objetivos gerais e específicos ___________________51

5.3 Concepção Pedagógica ______________________________________52

5.4 Qualidade da Educação ______________________________________55

5.5 Autonomia_________________________________________________56

5.6 Valorização do profissional da educação_________________________56

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6. Levantamento dos objetivos e conteúdos por área de conhecimento________57

6.1 Língua Portuguesa__________________________________________57

6.1.1 Linguagem Oral_______________________________________57

6.1.2 Escrita______________________________________________66

6.1.3 Leitura______________________________________________77

6.1.4 Objetivos e conteudos da Língua por faixa etária ____________ 87

6.2 Matemática_______________________________________________94

6.2.1 Medidas e Grandezas__________________________________110

6.2.2 Espaço e Forma______________________________________114

6.3 Corpo e Movimento________________________________________120

6.4 Ciências e Educação Ambiental______________________________127

6.5 Artes Visuais e Música______________________________________136

6.5.1 Artes cênicas_______________________________________151

6.5.2 Música___________________________________________153

6.6 Brincar__________________________________________________166

7. Organização da Rotina do tempo/espaço_____________________________170

7.1 Adaptação________________________________________________192

8. Avaliação das aprendizagens das crianças ___________________________194

8.1 Educação Infantil __________________________________________194

9. Acompanhamento dos Instrumentos Metodológicos_____________________197

10. Ações Suplementares ____________________________________________199

10.1 AEE (Atendimento Educacional Especializado) __________________199

11. Referências ___________________________________________________200

12. Anexos _______________________________________________________201

12.1 Histórico da escola_______________________________________201

12.2 Retrospectiva histórica do Trabalho Pedagógico _______________203

12.3 Descrição da estrutura física da escola_______________________208

12.4 Materiais Pedagógicos e Equipamentos______________________209

12.5 Calendário Escolar Homologado____________________________210

12.6 Programa Saúde na Escola _______________________________ 211

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1. IDENTIFICAÇÃO DA UNIDADE ESCOLAR

ESCOLA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO BÁSICA – E.M.E.B. “MOYSÉS CHEID”

TELEFONE: (11) 4392 2389

Endereço: Rua João XXIII, 660 - Jardim Nazareth – São Bernardo do Campo - SP

CEP: 09851- 707

E - mail: [email protected]

CIE: 0099338

Equipe gestora:

Professora respondendo pela direção - PRD: Andréia Aparecida Viana Araújo

Professora de Apoio à Direção – PAD: Marlene Donizete Pelegrino Martins Lima

Coordenadora Pedagógica - CP: Viviane Sampaio de Souza

Orientadora Pedagógica referência - OP Denise Duarte

Equipe de Orientação Técnica (EOT):

Psicóloga: Fátima Neves da Silva

Fonoaudióloga: Renata Cristina B. Gramani

Fisioterapeuta: Flávia Alves Leite

Terapeuta Ocupacional: Ana Maria Diniz Canet

Assistente Social: de acordo com a demanda será definida pela SE11 – Região 3

Modalidade de ensino oferecida pela escola: Educação Infantil

Horário de funcionamento da escola: 7h às 18h

Períodos: Manhã: 8h às 12h

Tarde: 13h às 17h

Horário de atendimento da secretaria: 7h às 18h

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1.1 Quadro de identificação dos funcionários:

Nome

Matrícula

Cargo/Função

Horário de trabalho Período

de férias

Adriana Tiago da Silva 18.418-8 Professor 13h00-18h00 Janeiro

Andreia Aparecida Viana Araújo

37.248-8 Diretora

2ª e 5 -9h00-18h00 3ª 7h00-16h00-18h40-

21h40 4ª 7h00-12h00 6ª 8h00-17h00

Janeiro

Bruna Radichi

39.285

Professora

12h às 17h Janeiro

Célia Antonio Inácio 26.355-4 Professora 2ª e 5ª 12h00 - 17h00

2ª, 4ª e 6ª 13h00 – 18h00

Janeiro

Cristiane Euclides Brito 79.393-5 Estagiária 13h00-17h00 -----

Daniele Luiz Diniz

37.994-5

Professora

2ªe 4ª e 5ª -12h00-

17h00 3ª 7h20--18h00 6ª 7h00-17h00

Janeiro

Danilo Oliveira

32.688-7

Professora

8h00-17h00 Janeiro

Edmiro Gonçalves

Skill

Vigilante

6h00-18h00 Fevereir

o

Elisabete Barbosa Oliveira

26.745-1

Professora

7h00-12h00

Janeiro

Elisabete Barbosa Oliveira

28.694-8

Professora

13h00-18h00

Janeiro

Elisabete Pereira de Paiva Almeida

30.429-5

Professora

13h00-18h00

Janeiro

Estela Mari Jacobsen Martins

61.930-9

Aux. de Limpeza

6h35 às 15h30

Fevereiro

Ester Sales Gabriel

33.971-5

Professora

7h00 às 12h00

Janeiro

Gercilândia Rodrigues de Lima

Aux. De Cozinha

7h00-16h48

Janeiro

Gilvane Simões Sampaio

27.696-1

Professora

7h00-12h00

Janeiro

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Gisleine de Oliveira Wolhffen

12.360-7

Aux. Em Educ.

readaptada

08h00 as 17h00

Janeiro

Gláucia Elaine Gomes Silva

79.231-1

Estagiária

12h00-18h00

Janeiro

Iara Da Silva Oliveira

42.996-8

Professora

12h às 17h

Janeiro

Izenilda de Souza Brito Lima

62.2596

Aux.de limpeza

8h30-17h30

janeiro

Janaina de Souza Nakamura

36.483-7

Professora

07h00-12h00

Janeiro

Juliana Premozelli da Silva

43.019-5

Professora

7h00-12h00

Janeiro

Leni Alves Meirellis

60.918-6

Aux. de Limpeza

09h00 às 18h00

Abril

Lucileide da Paz e silva 38.013-0 Professora 2ª e 4ª- 6ª 12h00-17h00

3ª- 7h00-18h00 5ª 7h20-17h00

Janeiro

Lucimar da Silva Vicente

34.456-4

Oficial de escola

7h30 às 16h30

Março

Márcia Martins de Souza 38.018-0 Professora

2ª- 7h00-17h00 3ª 7h20-17h00

4ª, e 6ª12h00-17h00 5ª 7h20-17h00

Janeiro

Maria Ap. da Silva 60.601-5 Auxiliar de

Limpeza 9h00-18h00

Janeiro

Marina Beijo de Godói

Merendeira

06h00 às 15h48

Janeiro

Marlene Donizete P. Martins Lima

23.750-9

PAD

2ª -8h00-16h00 3ª8h40-21h40 4ª 9h00-18h00 5ª 8h00-17h00 6ª- 7h00-12h00

Janeiro

Micleane Pereira Crispim Viana

41.991-5 Professora 7h00-12h00 Janeiro

Nayara G.O.Nascimento

37.579-7

Professora

07h00 às 12h00

Janeiro

Patricia Carenzio Costa

42.632-6

Aux. Educação

8h00-17h00

Janeiro

Patricia Farias

36.541-9

Professora

13h00-18h00

Janeiro

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Rita de Cássia Xavier Martins

42.245-3

Professora

7h00-12h00

Janeiro

Rosangela da Conceição Guerra

37.830-5 Professora

7h00-12h00

Janeiro

Sandra Regina Mambre Alves

40.722-9

Oficial Adm.

( Bei)

7h25-16h25

Sebastião Belarmino da Costa

Skil

Vigilante

6h00-18h00 Fevereir

o

Valeria Fiuza Bispo 36.027-3 Professora

07h00 às 12h00 Janeiro

Vanessa Lucia da Silva Alves

37.409-2

Professora

7h00-12h00 Janeiro

Vera Lúcia de Souza Omena

60.968-1

Aux. Limpeza

6h45-15h45 Janeiro

Viviane Sampaio de Souza

23.764-8 Coordenadora Pedagógica

2ª- 7h00-17h00 3ª13h40-17h40-

18h40-21h40 4ª 8h00-17h00 5ª 7h00-16h00 6ª 9h00-18h00

Janeiro

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1.2 Quadro de organização das modalidades

Período

Agrupamento

Turma

Professora

Sala

Total de alunos

por turma

Total de alunos

por período

MANHÃ

Infantil III

Turma A

Micleane

1

22

198

Infantil III

Turma B

Janaina

4

26

Infantil IV

Turma A

Rosangela

2

26

Infantil IV

Turma B

Gilvane

3

25

Infantil IV

Turma C

Rita

6

24

Infantil V

Turma A

Bete B.

7

23

Infantil V

Turma B

Valéria

5

21

Infantil V

Turma C

Ester

8

23

TARDE

Infantil II

Turma A

Lucileide

4

22

174

Infantil II

Turma B

Márcia

1

25

Infantil III

Turma C

Bete P

3

24

Infantil III

Turma D

Bruna

2

23

Infantil IV

Turma D

Bete B

7

26

Infantil IV

Turma E

Daniele

5

27

Infantil V

Turma D

Patricia

8

27

Infantil V

Turma E

Célia

6

27

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2. AVALIAÇÃO

2.1 Introdução

Este documento é denominado “Projeto Político Pedagógico” – “PPP” e tem

como embasamento teórico A Proposta Curricular de São Bernardo do Campo, Lei de

Diretrizes e Base da Educação Nacional 9394/96, Constituição Federal, Estatuto da

Criança e do Adolescente, Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil e

Parecer CNE/CEB (2009), entre outras fontes que norteiam o trabalho pedagógico

realizado na escola.

É projeto porque reúne propostas de ação concreta a executar durante

determinado período de tempo.

É político por considerar como “tarefa primordial da educação a de proporcionar

as crianças condições para o exercício da sua cidadania – participação efetiva na

criação e socialização da cultura e da história, em que atuarão individual e

coletivamente na sociedade. Logo, a escola tem o desafio de organizar seu trabalho no

sentido de torná-lo cada vez mais atingível por aqueles que a constituem.

É pedagógico porque define e organiza práticas e atividades voltadas ao

processo de ensino e aprendizagem das crianças.

Ao juntar as três dimensões, o PPP, ganha a força de um mapa “de navegação”,

norteador de nosso trabalho, ele é a certeza de que existe o lugar (onde queremos

chegar).

A construção deste projeto se dá com a participação da equipe escolar e da

comunidade, buscando a corresponsabilidade e constituição do pertencimento, visando

o desenvolvimento integral e a cidadania de nossas crianças.

O ponto de partida do nosso trabalho se baseia nos Princípios de:

inclusão;

justiça

igualdade.

Nas Diretrizes de:

Acesso, permanência e Sucesso Escolar;

Gestão Democrática;

Qualidade Social da Educação (práticas pedagógicas);

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No Conceito de:

Escola Pública.

O PPP se configura numa flexível ferramenta de planejamento e avaliação, vem

sendo reestruturado pela equipe escolar e comunidade, podendo ser alterado e

acrescido, mediante análise e parecer para homologação durante o ano. Está disponível

para consulta, apropriação e conhecimento do trabalho realizado por todos os atores do

processo.

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2.2 Empenho da Equipe em colaborar

De acordo com Terezinha Azeredo Rios, “O trabalho é efetivamente

coletivo quando as pessoas se empenham em colaborar com ele”. Partindo

desse pressuposto, a equipe escolar da EMEB. Moysés Cheid, na Reunião

Pedagógica realizada no dia 01 de fevereiro de 2017, assumiu o seu empenho em

colaborar...

“Ouvir e ver o outro sem

julgamentos, levar comigo o melhor dele e deixar com ele o melhor de mim. Afetar o outro e

ser afetada”.

Micleane

“Com todos os profissionais, com a limpeza, com a aprendizagem das crianças, com as atividades coletivas, sempre colaborar com

o outro.”

Rita

“Empenhar - me a ver, ouvir e aprender. Colaborar com

as minhas habilidades e conhecimentos”.

Elisabete P.

“Que o espaço das crianças esteja sempre em condições de uso, pode contar comigo”.

Cida

“Vou colaborar com a limpeza dos espaços e me colocar no lugar do

outro que é muito difícil”

Estela

“Eu acredito que que o empenho precisa permear todas as ações. Em 2017, quero ser melhor professora, melhor parceira. Estudar mais, escutar mais as crianças.

Estar sempre aberta às mudanças, colaborar com o que precisar”

Elisabete B. “Colaborar com a equipe,

inclusive nos desafios, ter a compreensão e colaboração de todos para poder fazer um ano

de excelência.”

Patrícia

“Limpar os espaços das crianças, ajudar

o possível com tudo.”

Izenilda

Elisabete B.

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Daniele Gil

Vera

Sandra

Gláucia

Valéria

Márcia

Vanessa Lúcia

“As parceiras da mesma fase

proporcionar uma amizade verdadeira, fazer o trabalho fluir

com leveza e prazer.”

“Continuarei a me empenhar na colaboração de ideias e práticas para um trabalho

prazeroso com as crianças e ajudar meus colegas em tudo

o que for possível.”

“Quero contribuir no que for possível para que as

crianças possam ser bem tratadas, e quero cada vez

mais me colocar no lugar do outro: não fazer aos outros o que eu não quero pra mim”.

“Ajudar o próximo em tudo que precisar.”

“Respeito pelas opiniões, colaborar com trabalho

em equipe, com a vontade de aprender também.

Tendo sempre a iniciativa do aprendizado.”

“Com tudo o que seja para o bom

andamento dos dias de trabalho na nossa escola.”

“Minhas parceiras de trabalho no

crescimento da equipe com as

crianças.”

“O trabalho em equipe (coletivo) em nossa escola criando assim um ambiente em harmonia, prazeroso e

alegre em estar aqui na escola.”

“O meu trabalho, dando o melhor de mim,

oferecendo conhecimento e estando

aberta a novos aprendizados.”

Rosangela

“Tudo o que for preiso para o bem estar de todos.”

Patrícia Farias

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2.3 Avaliação e metas para 2017

De um modo geral, a Equipe Escolar, se reporta ao ano de 2016, como um

ano marcante e de muitos desafios... Alguns desafios foram superados, principalmente por manter a escola em movimento, tanto no que se refere as aprendizagens das crianças quanto a alguns aspectos formativos, contemplando formação sobre o Brincar, reflexões sobre intervenções didáticas, participação no Seminário de práticas e realização dos sábados letivos.

Para 2017, o grupo se mostra disposto em colaborar com a reconstrução de uma equipe mais colaborativa e corresponsável pelas ações que almejam a qualificação do trabalho.

A partir dessas considerações, foi necessário, avaliar a escola que temos e projetar ações para construir a escola que queremos. Este trabalho foi realizado no dia 01 de março, em Reunião Pedagógica, possibilitando a participação de toda a equipe escolar. Inicialmente, discutiu-se a importância da avaliação como norteadora das futuras ações e o PPP como um documento de identidade da escola.

Aspectos do PPP que foram avaliados positivamente:

Período de adaptação: houve a colaboração de toda a equipe escolar; Entrada das crianças: há sempre um funcionário para acolher e conduzir as

crianças; Rotina: organização do tempo e espaço; Parceria entre professores; Parceria entre UBS’s (apresentações);

PROJETO POLITICO

PEDAGÓGICO

Deve ser a identidade da

escola

Norteador do trabalho

Toda a Equipe precisa

participar da construção e ter

acesso

Precisa ser verdadeiro

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Aspectos do PPP que precisa melhorar: GT 1:

O que precisa melhorar

Curto, médio ou longo prazo? Em

que momento tais ações

devem ocorrer?

Quem será responsável?

Ações pensadas pelo grupo Validação da equipe

- Comunicação: dos eventos; entre funcionários e gestão; - Acesso ao PPP; - Limpeza periódica do parque e tanque de areia; -Orientação e formação sobre registro e relatório;

- Curto prazo: sempre que houver evento ou informações novas; - Médio prazo - Curto Prazo - Médio prazo: HTP e HTPC

- Gestão e parceria; - Articulação da Gestão; - Antes da entrada das crianças; - Gestão e apoio; - Coordenação.

-Mostra cultural; - Parte do impresso para cada sala, mala itinerante de parte do PPP para as famílias e um PPP impresso na íntegra para consulta na BEI; - Ter um funcionário responsável por este trabalho; -Formação e troca de experiências.

Validado pela equipe

GT 2:

O que precisa melhorar

Curto, médio ou longo prazo? Em

que momento tais ações

devem ocorrer?

Quem será responsável?

Ações pensadas pelo grupo

Validação da equipe

- Acolhimento e formação de novos funcionários

Curto prazo Toda a Equipe -Acolher o funcionário novo, apresentando o grupo, escola e a rotina de sua função; -Trazer informações e formações do HTPC e indicações de cursos na rede e fora dela.

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GT 3:

O que precisa melhorar

Curto, médio ou longo prazo?

Em que momento tais ações devem

ocorrer?

Quem será responsável?

Ações pensadas pelo grupo Validação da equipe

- Plano de formação de funcionários; - Organização e desenvolvimento do trabalho pedagógico;

- Longo prazo; - Através das reuniões diversas.

Trio gestor - Socializar todas as decisões: combinados, eventos, passeios e visitas.

Validado pela equipe

GT 4:

O que precisa melhorar

Curto, médio ou longo prazo?

Em que momento tais ações devem

ocorrer?

Quem será responsável?

Ações pensadas pelo grupo

Validação da equipe

- Organizar os objetivos e conteúdos por faixa etária.

- Curto prazo, até a entrega do PPP. - Nos HTP’s e HTPC’s. - Uma vez por semana.

Gestão e corpo docente.

-Separar os professores por faixa etária -Fazer a leitura das diretrizes e do PPP para escrever de acordo com a proposta do ano.

- Compartilhar com as professora do grupo da manhã; - O trabalho irá ocorrer ao longo do ano; - Estudar a BNCC; - Consultar a O.P.

GT 5:

O que precisa melhorar

Curto, médio ou longo prazo? Em

que momento tais ações

devem ocorrer?

Quem será responsável?

Ações pensadas pelo grupo

Validação da equipe

Visão de grupo para a constituição de uma equipe

Curto prazo e em todos os momentos da rotina.

Coordenação da gestão, mas todos deverão ser corresponsáveis

-Formação por segmento; -Dinâmica que trazem a questão de grupo; -Saídas culturais; -Incluir todos os segmentos nas diversas ações da escola (calendário mensal); Ouvir todos os funcionários

Validado pela equipe

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GT 6:

O que precisa melhorar?

Curto, médio ou longo prazo? Em

que momento tais ações

devem ocorrer?

Quem será responsável?

Ações pensadas pelo grupo Validação da equipe (coletivo)

A organização do espaço da Brinquedoteca (voltar a ter os cantos para as brincadeiras simbólicas).

- Médio prazo; - Deverão ocorrer em horário de HTPC e HTP

Equipe Escolar

- Iniciar em HTPC o planejamento de organização; - Em HTP executar o que foi planejado coletivamente; - O apoio fica responsável pela limpeza antes de iniciar a organização e depois semanalmente para manter o espaço limpo; - As professoras sem sala e de 40 horas, quando não estiverem substituindo, deverão ajudar na organização do espaço; - Antes de iniciar a utilização do espaço da brinquedoteca com as crianças, o grupo deve estabelecer combinados para manter a organização; - Fazer um levantamento dos brinquedos que precisam ser comprados em parceria com a gestão; - Levantar o que existe de brinquedo; - Definir os cantos simbólicos; - Regras de utilização com o grupo e com as crianças;

Validado pela equipe

GT 7:

O que precisa melhorar

Curto, médio ou longo prazo? Em

que momento tais ações

devem ocorrer?

Quem será responsável?

Ações pensadas pelo grupo

Validação da equipe

Formação para todos os segmentos

No decorrer do ano

Coordenação da Gestão e todos os funcionários como corresponsáveis

- Participação dos representantes do conselho, prestação de contas para a comunidade; - Divulgação dos eventos para todos os segmentos; - Participação nas entradas coletivas; -Encontros formativos; - Limpeza do pátio antes das entradas coletivas;

Validado pela equipe

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GT 8: O que precisa

melhorar Curto, médio ou

longo prazo? Em que

momento tais ações devem

ocorrer?

Quem será responsável?

Ações pensadas pelo grupo

Validação da equipe

- Conservação dos espaços externos;

- Médio prazo, porém permanente

Gestão, professores, apoio, APM e conselho.

- Conscientizar os pais/família de que as crianças precisam brincar nos espaços externos da escola; - Organização de mutirões com a comunidade; - Combinar com as crianças uma vistoria antes de utilizar o espaço; - Cartazes produzidos pelas crianças; - Sensibilizar toda a equipe de que o ambiente escolar tem as marcas das experiências das crianças.

Validado pela equipe

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3. CARACTERIZAÇÃO E PLANO DE AÇÃO PARA OS SEGMENTOS DE ATUAÇÃO DA ESCOLA

3.1 Atribuições dos diferentes cargos e funções da Equipe Escolar

Através do diálogo, da mediação e intervenções pontuais busca-se a

coparticipação entre os componentes desta equipe para o desenvolvimento de um

trabalho pedagógico e administrativo de qualidade.

As atribuições de cada um são conhecidas através do Regimento Escolar

Único para as escolas de educação infantil e fundamental.

Os direitos e deveres de todos os funcionários estão estabelecidos em

disposições legais e vigentes no Estatuto do Funcionário Público do Município de

São Bernardo do Campo e dos Professores e Especialistas da Educação no

Estatuto do Magistério.

Professor de apoio à direção - PAD

Substituir o Diretor Escolar, em sua ausência e impedimentos, respondendo pela

direção da Unidade Escolar;

Assessorar o Diretor Escolar no desempenho das atribuições que lhe são

próprias;

Participar da elaboração do Projeto Político Pedagógico da unidade escolar;

Acompanhar e controlar a execução de programações relativas às atividades de

apoio administrativo e apoio técnico-pedagógico;

Coordenar as atividades relativas à manutenção e conservação do prédio

escolar, mobiliário e equipamentos da Unidade Escolar;

Acompanhar e garantir a aplicação de medidas necessárias às observações das

normas de segurança e higiene das oficinas, laboratórios ou outros locais de

trabalho;

Desenvolver estratégias que contribuam para o desenvolvimento do educando,

em conjunto com a equipe multidisciplinar;

Atuar no atendimento e orientações às famílias sempre que necessário, pautadas

nos princípios e diretrizes estabelecidos pela Secretaria de Educação;

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Atuar em equipe multidisciplinar, desenvolvendo estratégias que contribuam para

a participação e envolvimento da comunidade com o Projeto Político Pedagógico

da unidade escolar;

Acompanhar e atuar em planos de trabalho estabelecidos pela Equipe Escolar,

que visam à garantia da frequência dos educandos;

Manter a Equipe Escolar ciente de todas as demandas e ações que envolvam a

unidade escolar;

Articular e garantir o fluxo de comunicação dentre os vários segmentos da

unidade escolar;

Promover canais de comunicação para garantir o fluxo de informações entre a

Secretaria de Educação e a Unidade Escolar, visando à qualidade e o sucesso

do processo pedagógico e administrativo;

Promover a valorização do ambiente escolar como espaço social de convivência

ética, em conjunto com a Equipe Gestora para a integração da equipe escolar,

educandos e seus familiares, bem como a população usuária, para a ampliação

de seus conhecimentos e de sua consciência cidadã;

Contribuir com os órgãos colegiados, com indicações para a aquisição de

equipamentos e materiais pedagógicos, assim como reformas e reorganização

dos espaços escolares, para melhorar a qualidade do atendimento aos

educandos;

Atualizar-se profissionalmente, participando de Congressos, Simpósios,

Encontros, Seminários e Grupos de Estudo relativos à Educação;

Contribuir com indicações de diretrizes para a Secretaria de Educação, em prol

do acesso e da qualidade do ensino público municipal;

Desenvolver outras atividades correlatas ao cargo.

Coordenador Pedagógico - CP:

Propiciar em conjunto com a Equipe Gestora a articulação entre Propostas

Curriculares, metas da Secretaria de Educação, Regimento Escolar e o Projeto

Político Pedagógico da Unidade Escolar, com base nos princípios e diretrizes

para a Educação, exarados na Constituição Federal, Lei de Diretrizes e Bases da

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Educação e pela Secretaria de Educação, objetivando constantes avanços da

qualidade da Educação Municipal e o sucesso da aprendizagem;

Promover a valorização do ambiente escolar como espaço social de convivência

ética, em conjunto com a Equipe Gestora para a integração da equipe escolar,

educandos e seus familiares, bem como a população usuária, para a ampliação

de seus conhecimentos e de sua consciência cidadã;

Elaborar estratégias formativas destinadas aos professores, que considerem a

Educação como processo e campo dinâmico e heterogêneo, onde os paradigmas

teóricos precisam sempre ser repensados, de forma a manter o vínculo efetivo

com a realidade social e com a evolução científica do pensamento humano;

Compor com o Diretor Escolar a Equipe Gestora, com vistas ao planejamento e a

organização das ações pedagógicas, subsidiando os professores na execução

dos programas e projetos de ensino, objetivando o melhor desempenho das

atividades docentes e discentes;

Coordenar junto com a Equipe Escolar a elaboração e implementação do Projeto

Político Pedagógico da Unidade Escolar onde atua;

Organizar ações pedagógicas e demandas de trabalho, de acordo com as

especificidades estabelecidas pelo currículo da unidade escolar onde atua,

objetivando a transposição para a prática docente dos objetivos, diretrizes e

metas definidas pela Secretaria de Educação e pelo Projeto Político Pedagógico;

Planejar, organizar e coordenar em conjunto com os demais membros da Equipe

Gestora, reuniões pedagógicas, horário de trabalho pedagógico coletivo,

utilizando estratégias formativas que promovam reflexões e transposições

teóricas para a prática docente;

Acompanhar a ação docente, a execução dos projetos pedagógicos e os índices

ou indicadores das aprendizagens dos educandos, com vistas à ampliação de

saberes e competências, e propor aos professores estratégias avaliativas e re-

planejamento das ações pedagógicas;

Desenvolver estratégias e produzir subsídios pedagógicos para qualificar a ação

docente, identificando necessidades de aperfeiçoamento teórico, didático e

metodológico do professor;

Realizar leitura devolutiva e acompanhamento dos instrumentos metodológicos

dos professores orientando-os individualmente, sempre que necessário;

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Discutir juntamente com a Equipe Gestora eventuais dificuldades decorrentes da

coordenação pedagógica da Unidade Escolar na busca de superação das

mesmas;

Coordenar a equipe escolar na reflexão e organização de espaços e materiais

coletivos visando a melhoria do trabalho pedagógico e autonomia dos

educandos;

Apoiar o professor no atendimento e orientação às famílias quanto às questões

relativas ao trabalho pedagógico da unidade escolar;

Contribuir com os órgãos colegiados, com indicações para a aquisição de

equipamentos e materiais pedagógicos, assim como reformas e reorganização

dos espaços escolares, para melhorar a qualidade do atendimento aos

educandos;

Participar de reuniões com os diversos setores e equipes da Secretaria de

Educação para planejar e avaliar ações pedagógicas;

Participar de cursos, seminários, encontros, ciclos de estudos, congressos e

outros eventos relacionados à educação, como parte de sua formação

profissional;

Contribuir com indicações de diretrizes para a Secretaria de Educação, em prol

do acesso e da qualidade do ensino público municipal;

Desenvolver outras atividades correlatas ao cargo.

Diretor escolar

Garantir em conjunto com a Equipe Gestora a articulação entre Propostas

Curriculares, metas da Secretaria de Educação, Regimento Escolar e o Projeto

Político Pedagógico da Unidade Escolar, com base nos princípios e diretrizes

para a Educação, exarados na Constituição Federal, Lei de Diretrizes e Bases da

Educação e pela Secretaria de Educação, objetivando constantes avanços da

qualidade da Educação Municipal e o sucesso da aprendizagem;

Gerenciar a Unidade Escolar em acordo com os princípios e diretrizes para a

Educação, exarados na Constituição Federal e Leis de Diretrizes e Bases da

Educação, e pela Secretaria de Educação;

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Planejar, organizar e coordenar a execução dos programas e projetos de ensino

e os serviços administrativos, viabilizando o melhor desempenho das atividades

docentes e discentes;

Promover a valorização do ambiente escolar como espaço social de convivência

ética, integrar equipe escolar, com educandos e seus familiares, bem como

população usuária, para a ampliação de seus conhecimentos e de sua

consciência cidadã;

Garantir, no âmbito escolar, os princípios democráticos e participativos, para

envolver toda a equipe e comunidade escolar na proposição de objetivos e ações

para o Projeto Político Pedagógico da Unidade Escolar;

Desenvolver ações junto a Equipe Gestora, de forma articulada com o Orientador

Pedagógico;

Organizar ações pedagógicas e administrativas, definir horários e distribuir

tarefas e demandas de trabalho, de acordo com as especificidades de cada

integrante da equipe escolar que gerencia;

Contribuir na elaboração de estratégias formativas destinadas aos professores,

que considerem a Educação como processo e campo dinâmico e heterogêneo,

onde os paradigmas teóricos precisam sempre ser repensados, de forma a

manter o vínculo efetivo com a realidade social e com a evolução científica do

pensamento humano;

Articular e garantir o fluxo de comunicação dentre os vários segmentos da

unidade escolar;

Promover canais de comunicação para garantir o fluxo de informações entre a

Secretaria de Educação e a Unidade Escolar, visando à qualidade e o sucesso

do processo pedagógico e administrativo;

Responsabilizar-se pela alimentação de dados dos programas sistêmicos,

tratando-os com precisão nas informações, principalmente nos processos de

matricula, lista de espera de educandos, Censo Escolar, etc.;

Planejar, organizar e coordenar, em conjunto com os demais membros da Equipe

Gestora, reuniões pedagógicas, horários de trabalho pedagógico coletivo,

utilizando estratégias formativas que promovam reflexões e transposições

teóricas para a prática docente, e também aquelas que favoreçam a melhor

atuação da equipe multiprofissional que gerencia;

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23

Acompanhar a ação docente, a execução dos projetos pedagógicos e os índices

ou indicadores das aprendizagens dos educandos para a ampliação de saberes

e competências, propondo aos professores estratégias avaliativas e re-

planejamento das ações pedagógicas;

Responsabilizar-se pelo cumprimento do Calendário Escolar e pelo horário de

funcionamento da Unidade Escolar, garantindo a carga horária e os dias letivos

exigidos por lei, com a divulgação de tais informações às famílias;

Coordenar, acompanhar e garantir a organização pedagógica e administrativa da

Unidade Escolar, a fim de manter ordenada e atualizada a documentação e os

registros necessários definidos pela Secretaria de Educação;

Atender as solicitações da Secretaria, através de seus vários setores,

responsabilizando-se pelo cumprimento dos prazos definidos para entrega de

documentos, relatórios, avaliações e outros;

Participar de reuniões e atividades definidas pela Secretaria de Educação;

Zelar pela integridade física e mental dos educandos, durante a permanência na

escola, e tomar as providências cabíveis nos casos de emergência e urgência;

Integrar os órgãos colegiados existentes na Unidade Escolar, e incentivar a

participação da comunidade;

Participar e acompanhar o funcionamento e as ações dos órgãos colegiados

complementares e auxiliares do ensino no âmbito escolar, considerando os

princípios da gestão democrática;

Zelar pelo prédio público, seus equipamentos e materiais, com utilização e

manutenção adequadas e tomar as providências, junto aos órgãos competentes,

sempre que necessário, solicitando serviços de manutenção, readequação,

reformas, ampliações, aquisições e reabastecimento;

Apurar e providenciar encaminhamentos necessários relativos a quaisquer falhas

ou irregularidades da atuação profissional daqueles que compõem a equipe

escolar;

Contribuir com os órgãos colegiados, com indicações para a aquisição de

equipamentos e materiais pedagógicos, assim como reformas e reorganização

dos espaços escolares, para melhorar a qualidade do atendimento aos

educandos;

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Manter-se atualizado em relação às legislações específicas que regulamentam a

educação nas diferentes esferas: municipal, estadual e federal, bem como,

desenvolver ações no sentido de garantir a implementação destas;

Realizar outras demandas que se vinculam à gestão escolar, resultantes de

avanços e aprimoramentos dos objetivos, diretrizes e metas definidas pela

Secretaria de Educação, bem como de legislação que regulamenta a Educação,

nos níveis federal, estadual e municipal;

Participar de cursos, seminários, encontros, ciclos de estudos, congressos e

outros eventos relacionados à educação, como parte de sua formação

profissional;

Contribuir com indicações de diretrizes para a Secretaria de Educação, em prol

do acesso e da qualidade do ensino público municipal; e

Desenvolver outras atividades correlatas ao cargo.

Oficial de Escola:

Organizar e manter atualizados prontuários de documentos de educandos,

procedendo ao registro e escrituração relativos à vida escolar, especialmente no

que se refere a matrícula, frequência e histórico escolar;

Manter registros relativos a resultados anuais dos processos de avaliação e

promoção, incineração de documentos, reuniões administrativas, termos de visita

de supervisores pedagógicos e outras autoridades da administração do ensino;

Manter registros de levantamentos de dados estatísticos e de informações

educacionais;

Responsabilizar-se pela alimentação de dados dos programas sistêmicos,

tratando-os com precisão nas informações, principalmente nos processos de

matricula e lista de espera de alunos, de remoção de funcionários, etc;

Receber, registrar, distribuir e expedir correspondências, processos e papéis em

geral que tramitam na Unidade, organizando e mantendo o protocolo e arquivo;

Organizar e manter atualizados assentamentos dos servidores em exercício na

Unidade;

Requisitar, receber e controlar o material de consumo;

Manter registros do material permanente recebido pela Unidade e do que lhe for

dado ou cedido e elaborar inventário anual dos bens patrimoniais;

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25

Organizar e manter atualizado o documentário de leis, decretos, regulamentos,

resoluções, portarias e comunicados de interesse para a Unidade;

Atender os servidores da escola e os educandos, prestando-lhes

esclarecimentos relativos à escrituração e legislação;

Atender o público;

Redigir memorandos, cartas, relatórios e ou mensagens, cotas em processo,

termos de juntada de documentos;

Participar do funcionamento de instituições complementares e auxiliares de

ensino;

Coordenar os serviços rotineiros;

Desenvolver outras atividades correlatas ao cargo.

Auxiliar em Educação:

Receber e entregar os educandos matriculados na unidade de ensino;

Cuidar, supervisionar e orientar os educandos quanto à sua higiene corporal;

Orientar e auxiliar os educandos sobre hábitos alimentares;

Colaborar no desenvolvimento de atividades recreativas e psicopedagógicas

previamente estabelecidas;

Participar e colaborar com a equipe no plano de trabalho da unidade de ensino;

Contribuir para a criação e desenvolvimento de condições que propiciem a

construção do conhecimento do educando;

Informar o grupo familiar sobre as ações educativas realizadas na unidade de

ensino;

Atualizar-se profissionalmente, participando de Palestras, Cursos, Seminários,

Encontros, Grupos de Estudos e outros eventos relativos à Educação;

Colaborar e participar do preparo de execução de programas de festividades,

comemorações e outras atividades desenvolvidas na unidade de ensino;

Estabelecer com o educando, regras de convivência, responsabilidade e

assiduidade;

Participar do funcionamento de instituições complementares e auxiliares de

ensino;

Outros serviços correlatos ao cargo.

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Auxiliar de Limpeza:

Promover a limpeza geral das dependências e instalações da Unidade Escolar;

Auxiliar na limpeza, zelar e manter em ordem o interior da Unidade Escolar, bem

como suas fachadas, jardins e passeios;

Limpar e conservar limpos os banheiros e outras áreas de serviço, inclusive

escadas, terraços, varandas e parapeitos;

Abastecer banheiros, lavatórios e locais semelhantes com materiais higiênico;

Providenciar junto ao diretor e/ou responsável pela Direção da unidade Escolar o

abastecimento dos materiais de limpeza necessários ao serviço;

Controlar o uso e gastos dos materiais de limpeza, solicitando, quando

necessário, a requisição dos mesmos;

Responsabilizar-se pelo manuseio de objetos, utensílio e/ou equipamentos,

quando da limpeza dos móveis existentes na Unidade Escolar;

Comunicar ao diretor e/ou responsável pela Direção da Unidade Escolar toda e

qualquer irregularidade constatada em seu horário de serviço;

Executar outras atividades correlatas à função.

Professores

Integra o corpo docente todos os professores da escola em que exercem suas

funções incumbindo-se de:

Ministrar aulas de acordo com a modalidade de ensino em que atua, garantindo

no planejamento destas a articulação entre Propostas Curriculares, metas da

Secretaria, Regimento Escolar e o Projeto Pedagógico Educacional da unidade

escolar, com base nos princípios e diretrizes para a Educação, exarados na:

Constituição Federal, Lei de Diretrizes e Bases da Educação e da Secretaria,

objetivando constantes avanços da qualidade da Educação Municipal e o

sucesso da aprendizagem;

Assumir seu papel profissional como integrante da equipe escolar, articulando

paradigmas teóricos à prática docente, resultando em projetos pedagógicos, em

conteúdos programáticos, assumidos como projeto coletivo da escola;

Estimular seu espírito investigador, adotando uma postura reflexiva quanto à sua

prática, buscando novos aportes teóricos e metodológicos;

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Identificar e atender às necessidades de seus alunos, articulando seu

planejamento às atividades pedagógicas para tal finalidade;Efetivar a ação

docente, reconhecendo que o processo de aprendizagem transcorre de forma

dialógica, intimamente ligada às estratégias didáticas e metodológicas, onde

cada pessoa envolvida no processo educacional se encontre em processo de

humanização, como seres históricos que modificam suas heranças no dinamismo

das relações interpessoais e na construção do conhecimento;

Participar de cursos, seminários, encontros, ciclos de estudos, congressos e

outros eventos relacionados à educação, como parte da sua formação

profissional;

Constituir ação docente que considere as peculiaridades de seus alunos/as e da

comunidade da escola onde atua, com o objetivo de integrar construção de

conhecimento e necessidades da vida prática;

Participar da elaboração do Projeto Pedagógico Educacional da escola onde

atua, propondo alterações ou inclusões para a execução dos programas e

projetos de ensino, objetivando o melhor desempenho das atividades docentes e

discentes;

Ter atitudes colaborativas como membro da equipe escolar, desenvolvendo

pensamento autônomo fundamentado pela ética profissional;

Incentivar os educandos, através de estratégias pedagógicas que favoreçam o

desenvolvimento de seus saberes e competências, da curiosidade, da

descoberta e do espírito investigador;

Planejar e executar sua ação docente, considerando as diferenças no

desenvolvimento e no ritmo de aprendizagem dos educandos, alterando suas

estratégias, seu plano de aula e atividades pedagógicas que atendam às

necessidades identificadas;

Desenvolver atendimento educacional especializado;

Atuar no processo de formação dos Professores na rede regular de ensino,

visando melhor compreender as necessidades educacionais especiais, de forma

a buscar alternativas junto à equipe escolar, garantindo o desenvolvimento

integral do aluno;

Participar, ministrar, coordenar cursos, palestras e reuniões com a equipe da

rede regular de ensino, tendo como enfoque o educando com necessidades

educacionais especiais;

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Participar de programas de prevenção à deficiência com outras instituições,

contribuindo para pesquisa, divulgação e viabilização de seus objetivos;

Acompanhar e orientar os educandos nos procedimentos de sua higiene pessoal;

Planejar e avaliar os objetivos e atividades concernentes ao desenvolvimento do

educando, garantindo a continuidade do processo educativo, mediante registros

diários e relatórios com periodicidade estabelecida pela equipe de gestão e pela

Secretaria;

Encaminhar os dados resultantes dos processos avaliativos e da apuração de

assiduidade, referentes aos educandos regularmente matriculados, conforme

normas estabelecidas pela Secretaria;

Elaborar e aplicar instrumentos de avaliação da aprendizagem que lhe indiquem

índices ou indicadores das aprendizagens dos alunos, com vistas à ampliação de

saberes e competências, replanejando ações pedagógicas que potencializem

bons resultados;

Organizar e realizar reunião de pais ou responsáveis, mantendo permanente

contato com os mesmos, informando-os sobre os objetivos do Projeto Pedagógico

Educacional, o seu plano de aula e a aprendizagem dos educandos;

Zelar pela frequência a aulas, informando pais ou responsáveis e equipe de

gestão, sempre que identificar baixo índice de assiduidade dos educandos,

efetuando diariamente os devidos registros em seu diário de classe;

Atuar como membro do Conselho de Escola e/ou da Associação de Pais e

Mestres;

Conhecer o Regimento Escolar, cumprindo com o que ele estabelece;

Responsabilizar-se pelo bom uso e conservação de mobiliário, equipamentos,

materiais pedagógicos individuais e coletivos, bem como ter atitude colaborativa

na organização dos espaços coletivos onde ocorre a ação docente e discente;

Participar das atividades pedagógicas coletivas de acordo com cronograma

estabelecido na unidade escolar;

Desenvolver, quando designado, atividades educacionais complementares;

Realizar outras demandas que se vinculam à docência, resultantes de avanços e

aprimoramentos dos objetivos, diretrizes e metas definidas pela Secretaria;

Desenvolver outras atividades correlatas ao cargo

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3.2 Comunidade Escolar

Caracterização

O bairro vem sofrendo modificações constantes e significativas com a vinda

de famílias de diferentes localidades. Vem apresentando melhorias nas condições

econômicas.

A Unidade Básica de Saúde - UBS Jardim Nazareth próxima a escola foi

reformada e o horário de atendimento foi ampliado até às 19h.

Com relação ao transporte coletivo os moradores contam com apenas uma

linha de ônibus até o centro da cidade.

A quadra da escola é utilizada diariamente pela comunidade ao final do

período de aula e aos finais de semana. A escola conta com seguranças da

Empresa Skill diariamente, dia e noite.

O bairro conta com algumas indústrias de porte médio: Müller (metalúrgica),

Art Fest (artigos para festa) e Ortobom (fábrica de colchões).

O comércio está em constante expansão, com mercados, bares, bazar,

papelaria, doceria, padaria, farmácia etc. Observa-se que há um comércio informal

bastante significativo. O impeditivo da APM em realizar parcerias para eventuais

compras/prestação de serviços é a falta de notas fiscais dos comerciantes da região.

Temos a Escola Estadual João Batista Bernardes (Fundamental II e o Ensino

Médio) e a EMEB Professor Salvador Gori (Fundamental I e Educação para Jovens

e Adultos).

Realizamos em parceria, algumas ações com as escolas vizinhas, inclusive a

transição para o Ensino Fundamental. Com a UBS realizamos, além do Programa

Saúde na Escola, atividades com os agentes de saúde sobre saúde preventiva e

atividades com o grupo da Terceira Idade.

De modo geral, a comunidade é participativa e interessada na vida escolar

das crianças.

Assim como em demais localizações da cidade, temos um grande número de

mães/pais que trabalham fora, ficando as crianças aos cuidados de avós ou outros

responsáveis. A maioria das famílias comparece e participa das reuniões com

pais/responsáveis, sábados letivos e eventos proporcionados pela escola. O

Conselho de Escola e a APM conta com a participação de seus membros nas

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diversas reuniões realizadas durante o ano nas quais são tomadas decisões em

conjunto. Nas atividades de Estudo do Meio participam auxiliando no bom

andamento da atividade.

Roda de Capoeira realizada pelo grupo de Capoeira do Bairro

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Plano de ação para a comunidade escolar

Justificativa Objetivos gerais e específicos

Ações Propostas (Metodologia)

Responsáveis Prazo/ Periodi cidade

-Fortalecimento da relação entre escola e família

- Construir vínculos de confiança entre escola e família; - Propiciar momentos de reflexão com a família sobre a importância do trabalho pedagógico realizado na Educação Infantil, bem como o papel da família na formação da criança; - Reconhecer e acolher a diversidade como parte integrante de nosso cotidiano e buscar a integração entre toda a comunidade escolar -Oportunizar as crianças a expressão dos conhecimentos que adquiriram no decorrer do processo de aprendizagem.

Reuniões com as famílias Reuniões com APM e Conselho de Escola; Realização do Projeto Coletivo com participação das famílias em etapas do projeto Sábados letivos Evento de encerramento do Projeto Coletivo e Exposição de trabalhos realizados durante o ano pelas crianças

Equipe escolar

Todo o ano

Parceria EMEB Salvador Gori

Ampliar vínculo com o entorno da escola Favorecer a transição das crianças da Creche para a Educação Infantil e desta para o Ensino Fundamental

Levar as nossas crianças para conhecer o espaço escolar do Ensino Fundamental Encontro das equipes gestoras das U.E. para discussão de encaminhamentos específicos em 2016

Equipe Gestorada UE

Final do ano letivo

Favorecimento de Ações Intersetoriais estabelecendo parceria com a Saúde Necessidade de medidas preven tivas de casos de dengue e pediculose

Favorecer a parceria entre a escola e a UBS do bairro Reconhecer a importância da atividade física e de uma boa alimentação para o favorecimento da saúde Identificar causas e medidas de combate à dengue e pediculose

Programa Saúde na Escola Trabalho em sala de aula com o objetivo de combate à dengue Teatro para as crianças com o tema prevenção da dengue

Professoras, trio gestor e oficial da BEI Trio gestor

1º semestre

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32

Avaliação

A avaliação ocorrerá durante o ano letivo ao término de cada atividade

proposta, visando análise e replanejamento. A equipe escolar observará o aumento

da participação da comunidade nas atividades realizadas na escola, os registros de

cada reunião e avaliação feita pelos pais/ comunidade.

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3.3 Plano de formação para os professores – HTPC (Horário de Trabalho

Pedagógico Coletivo) e HTP (Horário de Trabalho Pedagógico)

Professores:

Nome

Situação funcional

Carga horária

Escolaridade

Tempo na

PMSBC

Tempo na

escola

Observação

Adriana Tiago da Silva

Celetista

30h

Magistério,Pedagogia, Pós Arte de contar histórias

13 anos

2015

Trabalha no CEU Milton Santos PMSP

Bruna Radichi

Estatutária 30h

Pedagogia, Pós Psicopedagogia e Ludopedagogia

2013 2013 -

Célia Antônio Inácio

Estatutária

30h

Magistério, Pedago gia, Prática Educati- va na Educ Inclusiva, PROFA

17 anos

12 anos

Trabalha em outra Rede (Diadema)

Daniele Luiz Diniz

Estatutária 40h

Pedagogia 4 anos 2015 -

Elisabete Barbosa Oliveira

Estatutária

30h

Magistério,Pedagogia Psicopedagogia, Supervisão Escolar, Ludopedagogia

17 anos

6 anos

* Possui outra mat. nesta UE.

Elisabete Pereira de Paiva Almeida

Estatutária 30h Pedagogia 2003 2017 -

Ester Araujo Sales

Estatutária

30h

Magistéio, Pedago gia,Pós Neuropsico pedagogia e Ludoped

9 anos

7anos

-

Gilvane Simões Sampaio

Estatutária 30 h

16 anos 2001 000000

Iara da Silva Oliveira

Estatutária 30 h

Estatutário 2017 23/02/17

Janaína de Souza Vieira Nakamura

Estatutária 30h

Pedagogia, Pós Educação Infantil e Gestão Pedagógica

8 anos 2015 (já trabalhou na UE)

-

Juliana Premozelli da Silva

Estatutária 30 h

Pedagogia 2017 23/02//17

Lucileide da Paz e Silva

Estatutária 40 h

Pedagogia 6 anos 2015 -

Marcia Mar-tins de Souza

Estatutária

40h

Pedagogia Pós Neu ropsicopedagogia

6 anos 2015 -

Micleane Pereira Crispim Viana

Estatutária 30 h Pedagogia 01 ano 2016

Trabalha em escola particular (Diadema)

Nayara G.o. Nascimento

Estatutária 30h Pedagogia 2012 2017 -

Patricia Estatutária 30h 2011 2017

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34

Farias Rita de Cássia Xavier

Estatutária 30h Pedagogia 2017

Rosângela da Conceição Guerra

Estatutária 30 h Pedagogia. Pós Psicopedagogia

5anos 2016 Trabalha em outra Rede (São Paulo).

Valéria Fiuza Bispo

Estatuária

30h

Magistério

10 anos

4 anos

* Trabalha na EMEB Thales de Andrade SBC

Vanessa Lucia da Silva Alvez

Estatutária

30h

Pedagogia Pós: Psicopedagogia, Arte e Educação, cursando Educação Ambiental e Ludopedagogia

7 anos 2015

-

HTPC 07 de março – Grandes mulheres, muitas histórias: histórias que fazem rir, que ensinam,

que emocionam, que afetam o outro...

A formação permanente de professores na escola conta com o HTPC, HTP e

as reuniões pedagógicas. O HTPC é um espaço formativo onde é garantido tempo

para as discussões e planejamentos coletivos e para a formação com foco em um

plano específico de acordo com as necessidades formativas do grupo. Em nossa

escola o HTPC é realizado semanalmente às terças-feiras das 18h40min às

21h40min.

A Secretaria da Educação através dos cursos e palestras oferecidos dentro e

fora do horário de trabalho contribui também para nossa formação permanente. Em

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HTPC as formações são socializadas, sobretudo aquelas em que a Coordenadora

Pedagógica participa.

O HTP caracteriza-se por um espaço formativo onde é garantido tempo para

planejamento individual, devolutivas junto a Coordenação Pedagógica, Orientadora

Pedagógica e Equipe de Orientação Técnica, elaboração de relatórios, atendimento

à comunidade, estudos, preparação de materiais pedagógicos entre outras

atividades pertinentes ao processo de ensino e de aprendizagem.

As reuniões pedagógicas oportunizam o encontro com toda a equipe escolar

favorecendo a formação de todos os atores envolvidos na formação da criança.

Justificativa:

A partir das necessidades formativas indicadas pela equipe docente, o plano

de formação irá enfatizar o estudo sobre Campos de Experiências, com o objetivo de

reconceitualizar as áreas de conhecimento que norteiam o atual PPP. Assim sendo,

será preciso ressignificar conceitos estruturantes para que os Campos de

Experiências dialoguem com a prática e garanta a transposição didática, como:

protagonismo infantil, experiência, organização do espaço, mediação, intervenção e

documentação pedagógica.

De acordo com as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil

(DCNEI) e Práticas Cotidianas para a Educação Infantil, a escola deve comunicar a

concepção de infância que norteia as ações pedagógicas por meio da organização

do espaço, dos materiais pedagógicos oferecidos aos pequenos, do que as paredes

falam sobre as experiências das crianças e principalmente, um fazer pedagógico

que dialogue com o protagonismo infantil.

Para tanto, ao longo do ano, a equipe docente irá atuar como agente de

mudança do espaço escolar, por meio de estudo, reflexão sobre a ação e ações

concretas que qualifique o espaço.

Objetivos:

Reorganizar e qualificar o uso dos espaços;

Ressignificar conceitos estruturantes: protagonismo infantil, experiência,

organização do espaço, mediação, intervenção e documentação pedagógica.

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Instrumentalizar os professores para que qualifiquem o planejamento, mediações

e intervenções junto às crianças;

Reconceitualizar a concepção de projeto investigativo para a Infância;

Diferenciar Campos de Experiências de áreas de conhecimento;

Fazer (a longo prazo) a transposição das áreas de conhecimento para Campos

de experiências;

Responsavel:

Coordenação da Coordenadora Pedagógica em parceria com os demais membros

da Equipe Gestora;

Ações propostas:

Levantamento das expectativas de aprendizagens e saberes dos professores;

Socialização do plano de formação, estabelecendo contrato didático entre a

equipe docente;

Discussões em agrupamentos produtivos e socialização;

Acompanhamento de registro e planejamento;

Troca de experiências;

Tematização da prática;

Revisão conceitual do PPP;

Avaliação semestral do Plano de formação;

Estudo dirigido;

Apreciação de imagens e fotografias;

Análise de documentários e filmes que estejam relacionados a concepção de

Educação;

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HTPC 04 de abril – Experiência com materiais não estruturados: realizado por mãos que tocam

o outro, que planejam, que transformam, que criam...

Avaliação do Plano de Formação:

Observar se há envolvimento nas propostas: participação nas discussões,

realização das leituras indicadas, contribuição com materiais para troca de

experiências, tematização da prática e registros com foco no conteúdo abordado;

Observação da prática e de possíveis mudanças nas ações educativas da

professora;

Análise dos projetos e sequencias a fim de avaliar se houve apropriação dos

conceitos ressignificados no decorrer do processo formativo;

Ao final de cada semestre será proposta uma avaliação e autoavaliação a ser

realizada pelos professores, considerando diferentes aspectos: Os objetivos foram

atingidos? A Coordenação Pedagógica contribuiu com a formação proposta no plano

de formação? Quais foram as suas aprendizagens e dificuldades?

Observação: Todas as avaliações, tarefas e outros instrumentos irão compor o

portfólio da professora.

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Cronograma:

Mês HTPC Data Reunião Pedagógica Data

Fevereiro

Contrato de trabalho Discussão/revisão do PPP: Adaptação, entrada coletiva e circuito. Levantamento das necessidades formativas Documentação Pedagógica

07,14,21,28

Acolhimento CENFORPE Planejamento da

Reunião com Pais Planejamento do

Período de adaptação

Março

Discussão do PPP: Avaliação do Período de adaptação, entrada coletiva, circuito Planejamento Coletivo Plano de acompanhamento da EOT e discussão de caso Palestra Zoonoses sobre a Dengue; Discussão sobre o Brincar

07,14,21,28 Avaliação e metas para 2017

01

Abril

Planejamento coletivo Discussão e planejamento de Reunião com pais Planejamento do sábado letivo Discussão sobre o Brincar Reorganização do acervo de brinquedos das salas e brinquedoteca Discussão sobre datas comemorativas

04,11,18,25

Maio

Planejamento coletivo Discussão sobre Concepção de projetos Tematização sobre relatórios Conceituando experiência, mediação e protagonismo na infância Socialização de experiência com a professora Micleane “Experiências com a luz” (09/05)

02,09,16,23,30 Apresentação do PPP 2017 e organização para o sábado letivo

12

Junho

Planejamento coletivo Escrita de Relatórios Diferença entre áreas de conhecimento e Campos de Experiências

06,13,20,27

Julho Avaliação do semestre Planejamento coletivo Devolutiva da avaliação

04 e 25 Avaliação do semestre e Saída Cultural com a Equipe Escolar

07 e 29

Agosto

Planejamento coletivo Planejamento para Reunião com pais Estudo BNCC / Campos de Experiências

01,08,15,22,29

Setembro Planejamento coletivo Estudo BCNC / Campos de Experiências

05,12,19,26 22

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Outubro

Planejamento do sábado letivo Planejamento coletivo

Tematização de relatório individuais de aprendizagem

Escrita de relatório Estudo BNCC/ Campos de Experiências

03,10,17,24,31 Organização para o

sábado letivo 20

Novembro

Planejamento coletivo Organização do sábado letivo

Discussão de casos e montagem das turmas para 2018

Avaliação do sábado letivo Organização para Reunião

com pais

07,14,21,28

Dezembro Planejamento para o

período de adaptação 2017 Avaliação

05,12,19 Avaliação 01

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Horário de trabalho pedagógico (HTP) Justificativa:

O HTP é o espaço formativo destinado ao planejamento individual, devolutivas junto a Coordenação Pedagógica, reunião com a Equipe de Orientação Técnica e/ou Orientadora Pedagógica, elaboração de relatórios, atendimento à comunidade, estudos, preparação de materiais pedagógicos entre outras atividades pertinentes ao processo de ensino e de aprendizagem Objetivo:

Qualificar a documentação pedagógica; Otimizar o HTP como aliado ao fazer pedagógico; Trocar experiências e estabelecer parcerias com demais professores; Pesquisar, estudar, selecionar subsidios teóricos e materias que favoreçam a

ação pedagógica; Conhecer e selecionar livros, recursos audiovisuais e materiais existentes no

acervo da escola;

Açoes propostas:

Planejamento da rotina de HTP para otimização e organização do tempo; Elaboração da Documentação Pedagógica (relatórios, registros, palnejamento,

tratamento de filmagens e fotografias etc.); Atendimento a família quando houver agendamento; Organização de espaço; Preparação de materiais; Seleção de livros, recursos audiovisuais e outros materiais; Estudo e pesquisa; Atendimento individualizado com a CP; Encontro com a EOT; Ações relacionadas à preparação para o acolhimento e a adaptação das famílias

e dos alunos (confecção de agendas, crachás, placas de nomes, listas com nomes dos alunos;

planejamento e preparação dos ambientes para receber as familias nas

Reuniões com Pais;

Leitura de relatórios do ano anterior e entrevistas com os pais.

Preparação para a reunião com os pais/ responsáveis, como pauta, acolhimento,

preparação de materiais que serão utilizados, informes, lista de assinatura, e

outros;

Preenchimento dos diários de classe;

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Planejamento e organização de espaços e materiais para os sábados letivos com

a comunidade;

Responsável:

Equipe gestora

Acompanhamento e organização dos registros pelo membro da gestão que estiver

realizando o acompanhamento do HTP

Professor responsável pelo próprio registro individual de HTP

Cronograma:

Diariamente

Avaliação:

Observação da atuação docente nos momentos de HTP e autoavaliação, tendo

como referencia o PPP.

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3.4 Auxiliar de Educação

Caracterização

Nome Situação Funcional

Escolaridade Tempo na PMSBC

Tempo na Escola

Patrícia Carenzio Costa Estatutário Superior completo-Marketing

09/2016 09/2016

Danilo Oliveira Estatutário Superior- Pedagogia

04/2007 2017

Justificativa:

Partindo do princípio de que “todos os adultos que participam da escola são

educadores”, o auxiliar em educação tem um papel fundamental que engloba o

cuidar e o educar. Para tanto, faz-se necessário a formação em serviço, visto que

não possui exigência acadêmica como pré-requisito e também não possui em sua

jornada, hora de trabalho pedagógico.

Consideramos que alguns conteúdos da formação com as professoras serão

abordados pontualmente com os auxiliares em educação, justamente para

instrumentalizá-los a atuar de acordo com os princípios e diretrizes que embasam o

nosso PPP.

Objetivo:

Aprofundar o conhecimento sobre a concepção de criança, educador para

qualificar as ações educativas.

Ações Propostas:

Levantamento das expectativas de aprendizagens e saberes dos professores;

Socialização do plano de formação, estabelecendo contrato didático entre a

equipe de auxiliares;

Participação nas Reuniões Pedagógicas;

Pesquisa sobre Autismo;

Atendimento considerando as especificidades das crianças

acompanhadas/turma, mensalmente;

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Estudo sobre o desenvolvimento das regularidades das crianças de 3 a 6 anos;

Paticipação de encontros com a EOT para estudo de caso e ou orientação

quanto ao acompanhamento das crianças com NEE;

Avaliação:

Observar se há envolvimento nas propostas: participação nas discussões e

entrega de registros;

Observação da prática e de possíveis mudanças nas ações educativas do

auxiliar em educação;

Ao final de cada semestre será proposta uma avaliação e autoavaiação a ser

realizada pelos auxiliares, considerando os diferentes aspectos: Os objetivos foram

atingidos? A Coordenação pedagógica contribuiu com a formação proposta no plano

de formação? Quais foram as suas aprendizagens e dificuldades?

Observação: Todas as avaliações, tarefas e outros instrumentos irão compor o

portfólio do auxiliar.

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3.5 Funcionários

Caracterização

Os funcionários desta Unidade Escolar consistem em 05 auxiliares de limpeza,

2 oficiais de escola, 2 cozinheiras (Convida) e uma auxiliar em educação

readaptada.

Plano de Formação dos Funcionários:

Justificativa:

Com o objetivo de qualificar o trabalho dos funcionários de acordo com a

função que cada um exerce nos diferentes segmentos e tendo a necessidade de

constituir o seu papel atrelado à função educativa no ambiente escolar, pretendemos

ao longo do ano, realizar encontros mensais com cada segmento, para reorganizar a

rotina, levantar as especificidades, enfatizando a relevância de cada um, como

corresponsáveis pelo trabalho realizado na escola.

Objetivos:

Reorganizar a rotina de acordo com as necessidades das crianças;

Construção do papel dos funcionários dentro do contexto escolar com foco na

ação educativa;

Oportunizar momentos de discussão e tematização de prática;

Eleger um funcionário para participar diretamente das reuniões de Conselho de

Escola e APM, com o objetivo de multiplicar as informações com o segmento e

ou levar demandas para as reuniões;

Discutir possíveis intervenções e procedimentos na relação com as crianças,

tendo como principio, o respeito a diversidade e as características das diferentes

faixas etárias atendidas. Exemplo: Quando uma criança da turma do Infantil III

vai ao banheiro sozinha e precisa de ajuda ou quando uma criança está

transitando sozinha pela escola, sem a presença da professora, como proceder?

Ações propostas:

Participação em Reuniões Pedagógicas;

Reuniões mensais com cada segmento;

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45

Entrega do calendário mensal com os agendamentos das atividades relevantes

que irão ocorrer ao longo do mês;

Participação de um funcionário, como representante, nas Reuniões de APM e

Conselho de Escola;

Responsável:

Trio Gestor

Cronograma:

Reuniões Pedagógicas e encontros mensais

Avaliação do Plano de Formação

Ocorrerá no decorrer do ano letivo através da observação da relação

funcionário/criança, da auto avaliação sobre a postura profissional e desempenho de

suas funções.

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46

4. CONSELHO DE ESCOLA E ASSOCIAÇÃO DE PAIS E MESTRES -

APM

Gestão Democrática

A Gestão democrática é um princípio constitucional previsto e contemplado

na Lei de Diretrizes e Bases 9394/96. Entende-se que em uma escola democrática

a participação da comunidade escolar (crianças, pais/responsáveis professores e

funcionários) é indispensável, pois as decisões e tarefas são compartilhadas. A

participação é um processo de aprendizagem, demanda espaço, tempo, esforço e

deve ser desenvolvida de modo coletivo.

A representatividade dos órgãos colegiados, APM e Conselho de Escola

se faz necessária na construção de uma escola verdadeiramente democrática e no

desenvolvimento de uma cidadania ativa, capaz de tornar os diversos segmentos da

escola sujeitos políticos coletivos, autores e atores da pratica educativa escolar.

Caracterização

O Conselho é uma das instâncias da gestão democrática. Composto por

representantes dos diversos segmentos da comunidade escolar considera o critério

de paridade e proporcionalidade. Tem como atribuição discutir e deliberar sobre

questões político-pedagógicas, administrativas e financeiras no âmbito da escola.

Representa assim, um lugar de participação e decisão, um espaço de discussão,

negociação e encaminhamento das demandas educacionais, garantindo a

elaboração de normas internas sobre a organização e o funcionamento geral da

escola, contribuindo decisivamente para o processo de construção da cidadania. É

responsável pelo estabelecimento de diretrizes e metas, além de outras ações

relativas ao Projeto Político Pedagógico. O Conselho deve assegurar, junto ao Poder

Público, condições necessárias para um bom desempenho da Unidade Escolar,

professores e funcionários qualificados, propondo ações:

a) Consultivas: quando tem um caráter de assessoramento analisando as

questões encaminhadas pelos diversos segmentos e apresentando sugestões.

b) Fiscais: avaliam as ações pedagógicas, administrativas e financeiras.

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47

c) Mobilizadores: quando promovem a participação, de forma integrada dos

segmentos representativos da escola.

Fazem parte do Conselho:

A direção da escola, os pais, professores, funcionários, comunidade local;

As decisões têm validade apenas quando tomadas coletivamente e não apenas

por um membro;

O Diretor (membro nato do Conselho) pode atuar como Coordenador na

execução das deliberações do Conselho Escolar e também como articulador nas

diversas questões;

Os suplentes podem estar presentes em todas as reuniões, mas apenas com

direito a voz, se o membro efetivo estiver presente.

APM (Associação de Pais e Mestres)

A APM é um órgão jurídico, de direito privado, criado para ser um instrumento

facilitador da gestão democrática, viabilizando maior participação da comunidade e

consequentemente na tomada de decisões que dizem respeito ao funcionamento da

escola nas áreas administrativas, Pedagógica e Financeira. A APM é constituída por

pais, professores e diretor.

Composição do Conselho de Escola -2017/2018

Nome Segmento Função Mandato Andréia Aparecida Viana Araújo Diretora Membro Nato 01/04/17 a 31/03/18 Viviane Sampaio de Souza C.P Coordenador 01/04/17 a 31/03/18 Valeria Fiuza Bispo Professora 1ª Secretária 01/04/17 a 31/03/18 Leni Alves Meirellis Funcionária Membro 01/04/17 a 31/03/18 Iracema Ap. da Silva Mãe Membro 01/04/17a 31/03/18 Nilza Januário Barros Ferreira Mãe Membro 01/04/17 a 31/03/18 Jucineide Lustosa da Silva dos Reis Mãe Membro 01/04/17 a 31/03/18 Ludimila Pucci Gomes Pereira Mãe Membro 01/04/17 a 31/03/18 Marlene Pelegrino M. Lima PAD Suplente 01/04/17 a 31/03/18 Patricia Carenzio Costa Funcionária Suplente 01/04/17 a 31/03/18 Patricia Farias Professora Suplente 01/04/17 a 31/03/18 Vanderley Viana Santos Pai Suplente 01/04/17 a 31/03/18 Clarice Souza Santos Mãe Suplente 01/04/17 a 31/03/18 Larissa Rocha Monteiro Mãe Suplente 01/04/17 a 31/03/18

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Composição da APM -2017/2018

CONSELHO DELIBERATIVO

NOME CARGO CATEGORIA

Lucimara Aparecida Kaufmann arabe Presidente Pai ou mãe de aluno

Micleane Pereira Crispin Viana 1º Secretário(a) Professor

Larissa Rocha Monteiro 2º Secretário(a) Pai ou mãe de aluno

Viviane Cristina Clemnetino da Silva Membro Pai ou mãe de aluno

Andréia Aparecida Viana Araujo Membro Diretor da escola

DIRETORIA EXECUTIVA

NOME CARGO CATEGORIA

Francisca da Silva Bezerra Diretor(a) Executivo(a) Pai ou mãe de aluno

Patricia Huttenlocher Cardoso Vice-Diretor(a) Executivo(a)

Pai ou mãe de aluno

Luana Cristina Marques Alves de Lira 1º Tesoureiro(a) Pai ou mãe de aluno

Vanderley Viana Santos 2º Tesoureira(a) Pai ou mãe de

aluno

Rosangela da Conceição Guerra 1º Secretário(a) Professor

Vanessa Lucia da Silva Alves 2º Secretário(a) Professor

CONSELHO FISCAL

NOME CARGO CATEGORIA

Clarice Souza Santos Presidente Pai ou mãe de aluno

Elisabete Barbosa Oliveira Membro Professor

Nilza Januário de Barros Ferreira Membro Pai ou mãe de aluno

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Plano de Ação do Conselho de Escola e APM

Avaliação

Ocorrerá durante as reuniões mensais, através da observação da participação

dos membros nas tomadas de decisões, dos relatos trazidos pelos mesmos sobre a

rotina escolar (sugestões, críticas e opiniões).

Objetivos Gerais e específicos

Ações propostas (metodológica)

Respon sáveis

Crono grama

Objetivos Gerais: a) Fortalecer a gestão democrática e participativa na

unidade escolar, representando as aspirações da comunidade;

b) Estimular a participação corresponsável de funcionários, professores e comunidade;

c) Estabelecer parcerias com a comunidade; d) Buscar a integração dos diferentes segmentos que

compõem os órgãos colegiados: APM e Conselho de Escola;

e) Sensibilizar a comunidade quanto ao uso responsável do espaço escolar fora do horário normal de aula.

f) Participar conjuntamente à equipe escolar na consecução de seus objetivos educacionais;

g) Representar, junto à direção do estabelecimento, as aspirações da comunidade, constituída de pais, educandos e professores;

h) Acompanhar, observar e colaborar nas atividades escolares respeitadas os regulamentos da Unidade de Ensino/Secretaria de Educação. Objetivos específicos:

a) Discutir a importância dos órgãos colegiados numa gestão democrática e participativa;

b) Fortalecer-se como instancia de discussões e busca de alternativas;

c) Embasar as relações nos âmbitos escolar/comunidade dentro dos princípios democráticos;

d) Buscar a conscientização da comunidade quanto à importância de sua participação nas tomadas de decisão;

e) Gerir e administrar os recursos financeiros de Acordo com as prioridades elencadas; f) Atuar em projetos da escola buscando a articulação

com a SE; g) Zelar pelo espaço público.

Reuniões mensais ou de acordo com as necessidades da escola; Sábados letivos Discussões dos projetos; Formação: - Reflexão dos Parâmetros Norteadores da Rede Municipal de São Bernardo do Campo. -Conselho Mirim - 1º Encontro dos Membros da APM e Conselho de Escola de anos anteriores.

Direção e represen tantes do Conselho de Escola e APM.

1º e 2º Semestre de 2017

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50

5. ORGANIZAÇÃO E DESENVOLVIMENTO DO TRABALHO

PEDAGÓGICO

5.1 Objetivos

Lei 9.394, de 20/12/96 – Lei de Diretrizes e Bases.

Lei 11.274 de 06/02/2006 que altera a LDB com os artigos:

Art. 3° que altera a redação do art. 32 as Seção lll do ensino Fundamental;

Art. 5° que estabelece: “Os municípios, Os Estados e o Distrito Federal, terão prazo

até 2010 para implementar a obrigatoriedade para o Ensino Fundamental disposto

no art. 3° desta lei e a abrangência da pré- escola de que trata o art. 2° desta lei.”.

Resolução nº 5, de 17 de dezembro de 2009

Objetivo da Educação Básica

- LDB: Título V – Dos Níveis e das Modalidades de Educação e Ensino

Capitulo ll

Seção l

Das Disposições Gerais

“Art. 22°. A Educação básica tem por finalidades desenvolver o educando,

assegurando-lhe a formação comum indispensável para o exercício da cidadania e

fornecer-lhe meios para progredir no trabalho e em estudos posteriores.”

Seção ll

Da Educação Infantil

“Art. 29°”. A educação infantil, primeira etapa da educação básica, tem como

finalidade o desenvolvimento integral da criança até seis anos de idade ( ou zero a

cinco, na medida em que as crianças de seis anos ingressem no Ensino

Fundamental ), em seus aspectos físico, psicológico, intelectual e social,

complementando a ação da família e da comunidade.”

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51

5.2. Levantamento de objetivos gerais e específicos

Formar cidadãos críticos e éticos, priorizando uma educação de qualidade,

educando para a igualdade social, a justiça e a autonomia, respeitando a

diversidade e possibilitando que toda a equipe aprenda a buscar os

conhecimentos acumulados pela humanidade, reconstruindo-os, reelaborando-os

e, consequentemente, transformando-os, produzindo novos conhecimentos;

Valorizar as experiências pessoais e a partir delas, ampliar conhecimentos,

desenvolvendo a autonomia intelectual nessa construção (em todos os

segmentos: professores, pessoal de apoio, alunos, famílias);

Contribuir para a formação de cidadãos críticos, solidários, participativos,

criativos, autônomos, dinâmicos, expressivos na manifestação de suas ideias,

sentimentos e afetos. Buscando que este se perceba como agente no processo

de construção do conhecimento e de transformador das relações entre homem,

sociedade e meio (todos os segmentos);

Subsidiar o trabalho dos professores, buscando atender as necessidades

formativas dos mesmos, com vista na melhoria do processo educativo;

Estimular o pensamento reflexivo sobre valores e normas que regem as condutas

humanas com base na seguinte pergunta: como devo agir perante o outro?

Trata-se de uma pergunta fácil de ser formulada mais difícil de ser respondida.

Todo o grupo escola estará envolvido buscando sempre uma mudança de

comportamento na convivência com o outro, consigo mesmo e com a natureza.

A escola se organizará de forma que os educandos construam as

seguintes capacidades (proposta curricular):

Brincar, ampliando suas capacidades expressivas e simbólicas, reelaborando

significados sobre o mundo, sobre os contextos e as relações entre os seres

humanos;

Ampliar os conhecimentos sobre o seu próprio corpo, suas possibilidades de

atuação no espaço, bem como desenvolver e valorizar hábitos de cuidado com a

saúde e bem estar;

Construir uma imagem positiva de si, com confiança em suas capacidades,

atuando cada vez mais de forma autônoma nas situações cotidianas;

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Conhecer diferentes manifestações culturais como constitutivas de valores e

princípios, demonstrando respeito e valorizando a diversidade;

Construir e ampliar relações sociais, aprendendo a articular seus interesses e

pontos de vista com os demais, respeitando as diferenças e desenvolvendo

atitudes cooperativas;

Valorizar e desenvolver atitudes de preservação do meio ambiente,

reconhecendo-se como integrante, dependente e agente transformador do

mesmo;

Construir e apropriar-se do conhecimento organizado nas diferentes

linguagens (corporal, musical, plástica, oral e escrita), utilizando-as para

expressar suas ideias, sentimentos, necessidades e desejos, ampliando sua

rede de significações;

Aprender a buscar informações de forma autônoma, exercitando sua

curiosidade frente ao objeto de conhecimento.

5.3 Concepção pedagógica

A concepção pedagógica que embasa o trabalho realizado na escola é

sócio-construtivista-interacionista, tem como base as teorias da construção do

conhecimento desenvolvidas pelos teóricos: Piaget, Vygotsky e Wallon.

Wallon: Henri Wallon nasceu na França formado em Filosofia e Medicina.

Atuou como médico, atendendo crianças com distúrbios neurológicos. Tornou-se

professor e desenvolveu diversas teorias, sempre enfocando a origem do caráter

infantil. Em sua busca para compreender o desenvolvimento infantil Wallon recorreu

a dados provenientes de vários campos de conhecimento: Neurologia,

Psicopatologia, Antropologia e a Psicologia. Apoiado no materialismo histórico

dialético, o autor construiu uma teoria sobre o desenvolvimento humano integrando

e entrelaçando o desenvolvimento motor, afetivo e intelectual. Wallon afirma que a

criança reage de forma diferente a cada um dos contextos em que está inserida,

constituindo- como um ser social. Quanto maior a troca a diversidade de trocas com

o ambiente , maior a possibilidade de aprendizagem e desenvolvimento. Pela

perspectiva walloniana, o desenvolvimento infantil é um processo pontuado de

conflitos, tanto de origem externa quanto de origem interna. Há uma sucessão de

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fases com predominância alternadamente afetiva e cognitiva. Sendo

respectivamente ênfase para a construção do “eu” e para o conhecimento do mundo

físico. O movimento é a base de sustentação da atividade mental, pois por meio dele

a criança expressa sua compreensão do mundo.

Piaget: Jean Piaget: nasceu na Suiça, biólogo de formação, estudou Filosofia e

doutorou-se em Ciências Naturais. Sua teoria denominada Epistemologia Genética

foi elaborada a partir de seus estudos sobre o desenvolvimento da inteligência e

construção do pensamento. Suas pesquisas basearam-se na observação de muitas

crianças através do método clinico, que incluía também diálogos e entrevistas com

as crianças. Piaget aborda a inteligência como algo dinâmico, que decorre da

construção de estruturas de pensamento. Para ele, o desenvolvimento da

inteligência é explicado pela relação entre sujeito e objeto. O desenvolvimento da

inteligência se dá, então num processo em que fatores biológicos, sociais e

ambientais interagem entre si. Na medida em que se desenvolve, a criança vai

construindo esquemas de ação, no inicio motoras e depois simbólicas e logico-

formais, o que vai ampliando e complexificando a natureza do contato que pode

estabelecer com o meio, com os objetos, com as pessoas, com o conhecimento.

Aqui a criança é concebida como um ser dinâmico que, a todo momento, interage

com a realidade, operando ativamente com os objetos e pessoas, constituindo-se

desta forma, como construtora de conhecimentos. Atuar em consonância às

contribuições de Piaget significa assumir uma prática reflexiva, que reconheça a

criança como ser ativo, ou seja, que constrói conhecimento a partir das interações

que estabelece com os objetos, o meio, e, principalmente, com as pessoas, adultos

e crianças.

Vygotsky: Lev Semenovich Vygotsky russo, graduou-se em Direito, dedicando-

se posteriormente, ao magistério, aprofundando suas pesquisas no campo da

Psicologia, enveredando também, para o campo da educação de pessoas com

necessidades especiais. O foco de suas pesquisas, (com referencias no

materialismo histórico dialético) foi o desenvolvimento do individuo e da espécie

humana como resultado do processo sócio histórico.Vygotsky afirma que tanto a

historia da espécie humana quanto a vida de cada individuo são marcadas por saltos

qualitativos que conduzem as transformações nos sistemas sociais e psíquicos do

homem, ou seja, que existe uma relação de interdependência entre as necessidades

sociais que levam a novas formas de atividade e organização social e a produção de

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novas estruturas psíquicas. Isso levou a espécie humana a ser regida, por meio da

produção de objetos sócio-culturais e da linguagem, a libertar-se das determinações

orgânicas e a ser regida pelas leis sócio-históricas. O homem, por sua vez, pode

superar as limitações biológicas ampliando a capacidade de significação do mundo

por meio do uso de linguagens e dos sistemas simbólicos. Sua teoria dá grande

ênfase à cultura do desenvolvimento humano, assim como no desenvolvimento de

cada individuo; e pode-se afirmar que diferentes culturas produzem modos

diferentes de funcionamento psicológico. A partir dessa perspectiva, deve-se

compreender uma das ideias centrais de seus estudos: o conceito da mediação.

Enquanto sujeito de conhecimento, o homem não tem acesso direto aos objetos,

mas sim por meio de recortes do real, operados pelos sistemas simbólicos de que

dispõe. Há dois sistemas básicos de mediação: os instrumentos e os signos. Os

instrumentos são objetos construídos pelo homem com vistas a ampliar suas

possibilidades de transformação da natureza, e que diferentemente do que podem

fazer os animais, os guardam para uso futuro e os transmitem à outras gerações. O

instrumento “ carrega consigo, portanto, a função para a qual foi criado e o modo de

utilização desenvolvido durante a história do trabalho coletivo” ( Oliveira, 1997,p.29).

Signo, exclusivamente humano, refere-se as representações mentais que

substituem os objetos do mundo real. Age como um instrumento da atividade

psicológica de maneira análoga, semelhante ao papel de um instrumento. Utilizar um

barbante no dedo para não esquecer um encontro, anotar na agenda para não

esquecer uma reunião, consultar um atlas para localizar um país são exemplos da

utilização dos signos que ampliam a capacidade de memória, de atenção, tornando

as formas de pensamento mais complexas. ( Rego,1994,p.52 ).

A linguagem é um signo fundamental por ser uma importante via de

transmissão de conhecimento às novas gerações. Por meio dela cada individuo

pode apropriar-se do conhecimento acumulado pela humanidade, partindo da cultura

já construída. A brincadeira funciona como grande fonte de aprendizagem, pois nela

a criança desempenha aquilo que não pode desempenhar em termos reais. Sua

teoria aponta a necessidade de historicizar os fenômenos que se deseja

compreender, assim pensar a escola é considerar como ela tem se constituído e

qual rumo tem tomado.

Importante lembrar que a Educação ocorre em diferentes lugares (educação

informal): família, igrejas, clubes, etc. Mas, é na escola que lidamos com a educação

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formal, sistemática e intencional (conhecimentos acumulados pela humanidade),

cujo objetivo básico é desenvolvimento de sujeitos críticos e autônomos, capazes de

decidir, opinar, refletir e conviver. A criança é um ser único que vive determinado

período histórico, tem uma história de vida e uma série de conhecimentos já

construídos, levanta suas hipóteses a respeito do mundo e dos assuntos que a

cerca. Faz história, reelabora o conhecimento, a partir das relações que faz com o

que já sabe. É um ser por natureza lúdico, e muitas vezes, é brincando que

consegue elaborar os conhecimentos de uma forma significativa. Dentro dessa

concepção buscamos um profissional pesquisador, reflexivo, aberto à colaboração

dos formadores e colegas, que saiba conviver, cooperar, acolher e trabalhar em

equipe.

São norteadores de nosso trabalho:

A busca da construção da afetividade no grupo, promovendo a socialização e a

construção de vínculo entre as crianças, o educador e demais adultos da escola;

Conscientização da comunidade, orientando os pais e responsáveis para a

educação baseada no atendimento à diversidade;

Conscientização da importância do apoio de toda equipe, pois o aluno é

responsabilidade de todos os envolvidos nesse processo;

Articulação do trabalho com diferentes profissionais (Fonoaudióloga, Psicóloga,

Pisioterapeuta, Professora do AEE, Orientadora Pedagógica, Terapeuta

Ocupacional e Assistente Social) e acolhimento de todas as crianças, numa

atitude de respeito e com clareza de que todas são capazes de aprender,

considerando as suas possibilidades;

Potencialização dos saberes das crianças.

5.4 Qualidade da Educação

Busca-se uma educação que considere a criança como sujeito de direitos e

que se desenvolve nas múltiplas interações que vai experimentando socialmente.

Um ser histórico que deve ser respeitado como único e capaz de avançar nos

seus conhecimentos. “Educar é construir a humanidade. Ninguém nasce humano,

torna-se humano por um processo educativo”.

Pensar na qualidade da educação traz a necessidade de considerar as

condições objetivas para que isso se dê: verbas suficientes, instalações adequadas,

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salários dignos, condições materiais e estruturais de trabalho, além da formação e

instrumentalização do professor.

Melhorar a qualidade da educação implica melhorar os processos de ensino e

aprendizagem que ocorrem nos espaços escolares e também as relações existentes

dentro da escola.

5.5 Autonomia

Buscamos autonomia nas seguintes dimensões:

Autonomia do educando: que a criança aprenda a buscar e construir

conhecimento e consiga tomar decisões, fazer escolhas e argumentar acerca de

seus interesses.

Autonomia pedagógica: participação do professor na construção e execução do

PPP da escola e na adequação deste à realidade concreta onde está inserido.

Autonomia administrativa: administração de recursos materiais, humanos e

financeiros.

Valorização do profissional da educação

Garantir a formação continuada dos profissionais da educação.

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6. LEVANTAMENTO DOS OBJETIVOS E CONTEÚDOS POR ÁREA

DE CONHECIMENTO

6.1 Língua Portuguesa

6.1.1 Linguagem Oral

Infantil IV – Professora Valéria: Roda de conversa

A linguagem oral ocupa um importantíssimo papel no desenvolvimento da

criança, pois possibilita comunicar ideias, pensamentos e intenções de diversas

naturezas. Sendo a comunicação um produto funcional da necessidade humana

de expressão, serve para transformação dos interlocutores e da realidade que os

rodeia.

Pensar o trabalho com oralidade na educação infantil pressupõe olhar toda rotina

planejada e reconhecer os ricos momentos onde ela é desenvolvida. Conversar com as

crianças e propiciar conversas entre elas, é a tônica deste trabalho. Todos os momentos

podem ser aproveitados para que as crianças falem, expressem seus desejos,

sentimentos, contem experiências, argumentem suas razões, interagindo com o outro.

Porém, além das situações espontâneas, devem também haver situações

intencionalmente planejadas, com o objetivo que a criança organize o seu pensamento,

falando de forma cada vez mais elaborada.

(Proposta Curricular da Educação Infantil – vol. II).

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A fala evolui de uma fala exterior (discurso socializado) que tem a função

emocional e comunicativa, para uma fala egocêntrica (acompanha a ação e é dirigida ao

próprio sujeito) e desta para o discurso interior, no qual a fala passa a ter a função

planejadora. Precede a ação. Esta “visão do futuro” permite que a criança realize

operações psicológicas bem mais complexas. Passa a poder prever, comparar, deduzir,

etc.

(Relação entre pensamento e Linguagem - Vygotsky ).

Segundo Claire Blanche-Benviniste, em seu texto “Língua oral, gêneros e

Paródias”, há duas categorias do trabalho com a comunicação oral: situações

espontâneas (conversas cotidianas) e as situações planejadas (situações

formais; requer uma organização do pensamento, uma preparação prévia).

A avaliação das competências lingüísticas do aluno só é possível nas

situações planejadas, pois são estas que permitem o acesso às formas de

competências mais amplas, mais diversificadas e normativas da língua. Esta

avaliação pode se dar em diversas situações: reconto de histórias, entrevistas,

imitação de características de certos “gêneros de discurso” (como se fala em

determinada situação), situações de paródia (falar como o outro: jornalista,

locutor, apresentador, médico, professor, personagens de histórias,

etc.),discursos públicos, narrativos, argumentativos, ou seja, é indispensável criar

situações-problema nas quais o professor possa observar como as crianças se

apropriam das particularidades da língua. As situações espontâneas só permitem

avaliação de aspectos psicológicos do aluno e a facilidade com que tomam a

palavra espontaneamente.

As situações planejadas podem ser: situações pouco rentáveis, nas quais

não há intencionalidade educativa, nem precisão dos resultados que se deseja

alcançar (o adulto acaba falando muito mais que a criança para motivar, orientar

ou organizar a fala da mesma. Normalmente a criança produz cerca de três

frases com tempos verbais pouco construídos); e as situações rentáveis, nas

quais há objetivos definidos, clara intencionalidade educativa: preparação para

que os educandos dquiram informações necessárias sobre o assunto. As

crianças que têm mais dificuldade em se colocar recebem tarefas muito definidas,

apoio e um tempo maior para se prepararem e o professor observa se os alunos

conseguiram se apropriar dos modelos propostos e a fluidez do discurso. Os dois

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momentos são importantes e podem ser intercalados neste trabalho com a

oralidade.

A preparação do discurso e a familiaridade com o registro em gravador

podem influir muito sobre a facilidade de palavra do aluno.

Nas situações de paródias as crianças podem assumir papéis sociais que

“pedem” diferentes gêneros discursivos, ou seja, diferentes jeitos de falar. Não só

falar como, mas também se portar como... Buscam palavras adequadas, usam

vocabulários diferentes e reproduzem detalhes de expressões gramaticais.

Portanto, eleger a linguagem oral como conteúdo exige o planejamento de

ações pedagógicas com objetivos definidos. As crianças precisam vivenciar

experiências diversificadas e ricas envolvendo os diversos usos possíveis da

linguagem oral, situações de comunicação que exijam diferentes graus de

formalidades (RCN).

Objetivos:

Utilizar a linguagem como instrumento para ter acesso à informações;

Desenvolver suas possibilidades de organização de ideias e comunicação;

Ampliar as possibilidades de argumentação, narração e interlocução de fatos;

Expor suas ideias e impressões em relação a um tema proposto;

Utilizar a linguagem oral para expressar seus sentimentos, experiências,

necessidades, desejos, ideias e impressões;

Descrever lugares, pessoas e objetos;

Reproduzir e recontar textos narrativos e de tradição oral, tais como: trava-

línguas, parlendas, adivinhas, quadrinhas, poemas, canções, contos, notícias;

Produzir oralmente textos sabendo adequar as intenções e situações

comunicativas;

Fazer exposições orais com ajuda do educador ou outra criança;

Conteúdos:

Participação em situações que envolvem a necessidade de explicar e

argumentar suas ideias, pontos de vista, impressões, etc.;

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Adequação do discurso oral de acordo com as várias situações

comunicativas;

Reconto de histórias conhecidas, com aproximação às características do

gênero;

Reprodução de textos de tradição oral e jogos verbais como: trava-língua

(desafios vocais), adivinhas, parlendas, canções, poesias, etc.;

Relato de experiências vividas e narração de fatos em seqüência temporal e

causal;

Respeito diante da colocação de outras pessoas tanto no que se refere às

idéias quanto ao modo de falar;

Descrição de lugares, pessoas e objetos;

Utilização da linguagem como instrumento para ter acesso a informações

Elaboração de perguntas e respostas.

Orientações didáticas:

Escutar atentamente o que a criança fala, significando as diferentes formas de

expressão, ajudando a criança a organizar o seu pensamento;

O professor deve fazer perguntas abertas que possibilitem diferentes

respostas e ajudar com perguntas com duas ou mais alternativas,

favorecendo a expressão da criança e a possibilidade de continuidade do

diálogo, para que haja uma situação real de interlocução;

Respeitar as variantes linguísticas, procurar entendê-las e dar o modelo de

fala utilizada no contexto social, para que o aluno amplie seus recursos

expressivos;

Acompanhar os processos singulares da construção da linguagem de cada

criança. Nesse aspecto o registro é um grande aliado do professor, e é essa

observação e registro que vai nortear as futuras intervenções;

Elaborar juntamente com a sala roteiro de perguntas quando no trabalho com

entrevistas;

Tematização de temas sociais, notícias, casos que as sensibilize, propor

debates possibilitando espaço para as crianças exponham suas opiniões;

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Propor discussões entre as próprias crianças com temas polêmicos ou

conflitos que apareçam no grupo, deixando a decisão para o mesmo. O

professor vai mediando a troca de informação e qualificando a comunicação,

deixando que a criança fale o seu ponto de vista, ouça o colega e busquem

juntos uma solução;

Ir construindo, gradativamente, com os alunos, regras de convívio de acordo

com as necessidades que aparecerem no dia a dia;

Aproveitar situações emergenciais (problemas que surjam em sala de aula, na

comunidade, na cidade, no país ou no mundo) e propor soluções em grupo;

Respeitar as opiniões das crianças gerando autoconfiança para que se sintam

valorizadas;

Possibilitar espaços para que as crianças recontem histórias de diferentes

tipos com suporte visual ou não para que ampliem seu repertório lingüístico e

organizem o pensamento;

Utilizar diferentes materiais tais como: gravador, filmadora, vídeo cassete,

para analisar diferentes formas de contar histórias;

Utilizar diferentes instrumentos de apoio para o conto de histórias (fantoche,

varetas, livros, etc.), e também dispor estes instrumentos para o manuseio

das próprias crianças;

Propor atividades de dramatização, brincadeira simbólica, fantoche, nas quais

as crianças se expressam oralmente;

Propor situações de paródias, nas quais o aluno tem que se portar como outra

pessoa (jornalista, personagem de histórias, vendedor, etc.), em uma

determinada situação, produzindo assim, discursos que não produziria

normalmente em intercâmbio comum e modificando a atitude enunciativa, a

pronúncia e o vocabulário de acordo com cada situação, ampliando as

possibilidades de comunicação;

Planejar atividades que possibilitem os alunos refletirem sobre como se

expressar dentro de cada situação comunicativa;

Promover jogos orais como parlendas, adivinhas, trava-línguas, etc.;

Propor situações de participação às quais as crianças possam levar recados,

pedir informações, buscar material, etc.;

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Propor situações de apresentação oral ao público, respeitando o gênero do

discurso;

Na roda de conversa o professor deve ter claro o objetivo que se quer

alcançar (ampliar capacidade de formulação de perguntas e respostas,

organização do pensamento, argumentação, etc.). Este momento tanto pode

ser utilizado para desenvolver jogos orais, discussão de vários assuntos ou

também, podem ser livre (deixar assunto fluir de acordo com o interesse das

crianças). É interessante que esses momentos sejam intercalados, garantindo

o interesse dos alunos.

Quanto menor a criança, maior a necessidade de atenção e intervenção do

professor para a construção do diálogo. O professor deve considerar o

pensamento sincrético da criança pequena e procurar entender o que ela quer

dizer e contextualizar sua fala para fazer ligação com o que está sendo

discutido;

Sugestões de Atividades de jogos orais:

Jogo da Berlinda - é uma atividade onde uma das crianças da sala é

escolhida e entrevistada pelas demais. Algumas regras fazem parte deste

jogo: não se deve falar ao mesmo tempo, as perguntas não podem ser

repetidas, para tanto todos precisam estar atentos;

Planejamento da rotina – é um momento importante de organização do

trabalho, distribuição de tarefas, explicitação de regras, etc.

Utilizar gravador, fitas de vídeo, filmadora para analisar junto com crianças

diferentes formas de produção oral (noticiário gravado, entrevistas, contos,

descrições, conversas ao telefone tentando descobrir o que o outro falou,

situações de compra e venda etc.);

“Se eu fosse” – é um jogo onde as crianças devem se transportar para um

mundo imaginário e criativamente falar das características do personagem

que assumiu;

“Eu gosto, eu não gosto”, Por quê? – jogo onde as crianças deverão emitir

opiniões próprias e argumentá-las;

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Dia da Notícia - o professor ou aluno neste dia trazem uma notícia escrita ou

gravada para a roda e o grupo comentará sobre ela;

Caixa Surpresa – o professor esconde algum objeto em uma caixa e as

crianças deverão fazer perguntas que as leve a descobrir o seu conteúdo.

Entrevistas diversas – sequência do jogo da berlinda, mas as pessoas

entrevistadas não fazem parte do grupo, são profissionais, parentes das

crianças, funcionários da escola, etc. As perguntas devem ser previamente

elaboradas pelo grupo;

Temas Sociais: o professor pode provocar uma reflexão através de notícias,

comentários e levar as crianças a emitirem opiniões criando assim um debate;

Relato de Acontecimentos: muitas vezes as crianças chegam ansiosas para

contar algo para o professor. É importante possibilitar esse momento ao

grupo.

Adivinhe quem é? – Uma criança deve descrever um personagem, um amigo

da sala, etc. e os demais colegas descobrir de quem ele está falando;

Você decide – é uma interessante atividade para trabalharmos com questões

polêmicas onde os alunos deverão decidir qual caminho determinado

personagem deverá tomar sempre dentro de princípios éticos e morais.

Exemplo: o professor conta uma história- “Havia uma mulher idosa muito

doente, no hospital foi medicada e o médico receitou um remédio caríssimo

que ela deveria tomar por um longo tempo”. Seu filho não tinha o dinheiro

para comprar o remédio, mas ao adentrar na farmácia encontra o remédio

sobre o balcão e o atendente não estava por ali. O que deve fazer o rapaz?

Pegar o remédio ou não? As crianças deverão decidir pelo rapaz

argumentando suas idéias ou arranjando outras soluções;

Painel de fotos – uma criança deverá trazer uma foto sua e relatar o que

estava acontecendo no momento da foto e porque escolheu aquela fotografia;

Rádio, análise de diferentes programas de rádio, comparando com a

televisão, observando semelhanças e diferenças;

Retrato falado – do pai, da mãe, de uma pessoa que gosta muito

(características);

Ursinho de pelúcia – (ou fantoche) - cada criança que vai recebendo o

ursinho falará com ele ao invés de falar com a classe, facilitando para aqueles

que têm vergonha de se colocar;

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Objeto de estimação - trazer um objeto querido e explicar para classe porque

escolheu;

Telefone - conversar com as crianças por meio de um aparelho de telefone

(facilitar a comunicação);

Música – apresentar uma música preferida para os alunos e dizer por que

gosta dela; possibilitar que as crianças também tragam;

Situação problema – o professor traz para um problema e cada um se coloca

na situação e busca uma forma de solucionar o problema (exemplo: você foi

fazer compra com a sua mãe e se perdeu no mercado. O que faria?);

Gravador - gravar a conversa na roda e depois escutar e discutir com o grupo

(inclusive sobre os procedimentos – falar um de cada vez...);

Figura ou obra disparadora de conversa - mostrar uma figura para sala e

discutir sobre a mesma;

Fui à lua e levei... - falar o nome do amigo e acrescentar o seu, o próximo

deve falar os dois nomes e acrescentar o dele e assim por diante. Os últimos

acabam por falar o nome de quase todos ou todos os amigos (tipo jogo da

memória);

Fui viajar e levei - cada criança deve escolher alguma coisa para levar, mas

só poderá embarcar aqueles que escolherem os objetos de acordo com um

critério pré determinado. Quem conseguir descobrir qual é o critério é que vai

optar pelo objeto certo e consequentemente viajará;

Jogo da memória oral – é uma atividade muito interessante de associação

de ideias. Inicia-se o jogo com o professor falando uma palavra qualquer, o

aluno seguinte deverá falar outra palavra que tenha ou esteja associada a

aquela dita, assim consecutivamente. Quando chegar ao último aluno deve-se

fazer o caminho inverso lembrando as palavras que foram ditas. Exemplo:

Arroz, feijão, comida, fome, miséria, pobre, dinheiro, banco, cadeia, justiça. –

Falei justiça porque ele falou cadeia, eu falei cadeia porque ele falou ladrão,

eu ladrão porque ele falou dinheiro... Até chegar à primeira palavra;

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O QUE OBSERVAR: (oralidade)

A criança participa, expõe suas ideias com clareza e confiança?

Respeita os procedimentos da roda: ouvir, esperar a sua vez de falar?

Participa das tomadas de decisão do grupo?

Argumenta?

Demonstra atitudes solidárias, positivas e de respeito para com o grupo?

Elabora perguntas e respostas?

Participa de situações de paródias, de reconto, exposições?

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6.1.2 Escrita

Considerando a aprendizagem da escrita e da leitura em uma concepção

construtivista, utilizamos o termo alfabetização em um conceito mais amplo, por

acreditar que aprendizagem do sistema alfabético e o seu uso são simultâneos

(não havendo assim, separação entre alfabetização e letramento). Salientamos

que serão vivenciadas com às crianças práticas de comunicação e expressão

em sua língua nas diferentes situações sociais dentro de contextos reais e

significativos para elas. O trabalho para o desenvolvimento da escrita será

ofertado de acordo com o processo de aprendizagem da criança.

Hipóteses de escrita:

O que sabe uma criança com hipótese de escrita pré-silábica?

Diferencia a escrita do desenho, entendendo que esta é ordenada de forma linear

(normalmente a criança imita a escrita cursiva do adulto) e que as letras não

reproduzem a forma do objeto (as formas são arbitrárias: a palavra macaco, por

exemplo, em nada lembra a figura do macaco). Um entendimento que para a

criança é um grande passo.

Encaminhamentos para que avancem:

Aprender a escrever o próprio nome;

Conhecimento das letras;

Leituras diversas tanto feitas pelo professor como pelas próprias crianças;

Presenciar o professor escrevendo: agenda do dia, produção oral da turma,

bilhetes, recados, convites, etc.;

Leitura não convencional de textos memorizados;

Que se usam letras para escrever. Inicialmente elas se utilizam das letras do

próprio nome e a partir daí vai ampliando o seu repertório (por isso a

importância da aprendizagem da escrita do nome próprio e dos colegas nesse

processo de construção);

Estabelece quantidade mínima de letras: algo para estar escrito e poder ser

lido necessita de um mínimo de letras (normalmente de três a cinco). Esta

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hipótese é um avanço, pois a criança começa a se preocupar com a

quantidade de letras de uma palavra, porém, quando avança para a hipótese

silábica, essa forma de pensar entra em conflito com essa nova hipótese. Por

isso é tão difícil para a criança que pensa dessa forma escrever monossílabo

ou se estabeleceu quantidade mínima de quatro letras, por exemplo, e precisa

escrever um trissílabo, mesmo estando com a hipótese silábica se recusa a

escrever com apenas três letras e acaba por acrescentar outra letra no final. O

professor percebe isso na leitura do aluno;

Preocupa-se com a variedade: não repetem na palavra letras iguais juntas,

mesmo tendo um repertório de letras muito pequeno, a criança consegue ter

esse cuidado;

Preocupa-se com o arranjo: além de pensar na estrutura da palavra, pensa

também em diferenciar uma palavra da outra: coisas diferentes devem ser

escritas de forma diferente;

Preocupa-se com a conservação: coisas iguais devem ser escritas de uma

mesma forma.

Encaminhamentos para que avancem:

A criança precisa perceber que a escrita representa a fala. Como?

Presenciar o professor escrevendo: agenda do dia, produção oral da turma,

bilhetes, recados, convites, etc.;

Leitura não convencional de textos memorizados: a criança precisa ajustar o

falado ao escrito e para isso o professor deve escolher textos que lhe “dêem

pistas” para este ajuste, para quando se perder na leitura, ter como se

encontrar com autonomia. Pode-se trabalhar também com a formação de

parcerias produtivas para realização desta leitura, para que os alunos que já

ajustam a leitura ajudar os que ainda não o fazem;

Leitura após a escrita.

O que sabe uma criança com hipóteses de escrita silábica?

Sem Valor Sonoro: descobriu a relação entre a escrita e a fala e passa a se

preocupar com a quantidade de letras da palavra. Inicialmente, essa

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preocupação vai aparecer no momento da leitura (a criança vai ajustando a

quantidade e acaba sobrando letras que normalmente elas optam por apagar).

Encaminhamento para que avancem:

Saber o nome das letras do alfabeto vai ajudar a criança a pensar na

sonoridade da mesma na hora de escrever ou quando questionada na leitura.

Esse saber, vai ajudar muito o professor a fazer intervenções mais pontuais;

Ler imediatamente o que escreveu;

Observações sobre as regularidades da língua;

Agrupamentos produtivos;

Socialização de escritas.

Com Valor Sonoro: começa a preocupa-se com a qualidade das letras

escolhidas para escrever, buscando uma letra que tenha relação com a

sonoridade da sílaba.

Encaminhamentos para que avancem:

Intervenções planejadas e pontuais: o professor deve procurar intervenções

que provoquem novos conflitos, que causem desequilíbrios, pois nessa fase

as crianças costumam ficar muito seguras e convictas de seus saberes,

muitas vezes permanecendo nesta hipótese por muito tempo;

Agrupamentos produtivos;

Socialização de escritas.

Sugestão de intervenções:

Atividades que tragam o conflito de variedade à tona: como a criança que se

preocupa com a variedade não aceita escrever letras iguais juntas, estando

silábica com valor na vogal, vai entrar em conflito quando tiver que escrever

palavras como: arara, macaca, etc., sendo obrigada a pensar em nova

estratégia. Porém, se a criança ainda não estiver segura nas hipóteses este

desafio pode causar um bloqueio na sua aprendizagem. O professor deve

perceber o momento ideal para provocar o conflito;

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Atividades que tragam o conflito de arranjos: já que coisas diferentes devem

ser escritas de forma diferente, e estando a criança silábica com valor na

vogal, vai entrar em conflito ao escrever, cavalo, macaco ou rato, gato, pato,

galo;

Planejar intervir em letras que dão indícios para a escrita, as chamadas

consoantes mágicas: B, D, G, P, Q, T, V, e Z. Estas letras acrescidas da vogal

“E” têm o som do nome da própria letra, facilitando assim, a intervenção do

professor. Exemplo: uma criança que escreve peteca assim: EEA, ao ser

questionada com que letra começa a palavra, pode mudar sua escrita ou

acrescentando o P ou mesmo substituindo o E pelo P (desde que conheça o

nome das letras). Depois de algumas intervenções como esta, a criança

começa a pensar também nas consoantes em suas escritas;

Para crianças com valor sonoro na consoante, a intervenção pode se dar

nas palavras que iniciam com vogal ou que tenham vogal intercalada

(exemplo: abelha- para questionar o início da palavra/ sanduíche- para

questionar o I intercalado);

Cruzadinha com e sem banco de dados;

Escrita com letras móveis, com a quantidade certa de letras para cada

palavra;

Fazer a criança refletir sobre a escrita do próprio nome;

Forca;

Boas parcerias: silábico com valor/silábico sem valor; silábico com valor na

vogal/silábico com valor na consoante; silábico como mais experiente com

pré-silábico; silábicos com valor/silábico-alfabético;

Socialização das resoluções dos conflitos (nas parcerias);

Escrita coletiva: de listas, histórias, parlendas, etc.

O que sabe uma criança com escrita silábico-alfabética?

Que para escrever uma única letra não é suficiente para formar uma sílaba.

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Encaminhamentos para que avancem:

A criança precisa aprender a pesquisar, buscando a informação que precisa

nas várias fontes (palavras estáveis) que deve ter acesso. Esta autonomia é

muito importante para a criança no seu processo de construção e também

para o professor que não vai precisar ficar ajudando o aluno passo a passo, o

que o torna até dependente dele para escrever;

A criança precisa também aprender a deduzir: se para escreve PA uso o P e o

A, para escrever PO... Lembrando que esta dedução não tem relação com

família silábica, e sim, com mais uma construção do aluno que pode ser

significada e socializada pelo professor;

Parcerias e agrupamentos produtivos;

Atividades: cruzadinhas, diretinhas, escrita com quantidade certa de letras

para cada palavra, etc.

O que sabe uma criança com hipóteses de escrita alfabética?

Compreende o funcionamento do sistema alfabético.

O que fazer para que avancem?

Trabalho com questões ortográficas;

Segmentação de texto.

Produção de Texto (oral)

A conquista da escrita alfabética não garante a possibilidade de produzir e

compreender textos em linguagem escrita. Isto requer um trabalho mais

sofisticado e complexo do ponto de vista da Língua. Estudo este voltado para a

aprendizagem da linguagem que se usa para escrever.

Mesmo crianças bem pequenas devem ser desafiadas a produzirem textos.

Pois produtor é quem cria o discurso, independente de grafá-lo ou não.

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Para estruturar um trabalho nesse sentido devemos considerar:

Relação do texto escolhido com a realidade: levar em conta na escolha os

textos que mais circulam no meio social da comunidade e o interesse do

aluno;

O propósito da atividade: deve estar claro para o aluno. Para quê e para quem

estão produzindo o texto. É esse propósito que vai significar a atividade para

o aluno, despertando e mantendo seu interesse;

Organização da tarefa didática: ter claro os objetivos que se quer atingir,

organizar a sequência, os pontos principais que serão aprofundados com a

turma;

Características dos textos: o tipo de texto escolhido já é por si um organizador

das situações didáticas: cada um tem uma linguagem peculiar, uso de

palavras específicas, tempos verbais determinados ( exemplo: nos contos os

verbos aparecem sempre no passado, nas receitas, no imperativo, etc.); a

relação com a realidade: uma notícia deve trazer a realidade tal qual ela é,

com a máxima veracidade possível, já os contos, qualquer semelhança com a

realidade é mera coincidência.

Relação título e conteúdo: o título serve para despertar o interesse e a

curiosidade e também para propiciar a antecipação do conteúdo. E também

variam muito de acordo com o tipo de texto (exemplo: os contos trazem como

título o nome do protagonista da história ou pelo menos tem relação com o

mesmo; já as manchetes não precisam ter ligação direta com o texto, etc.); o

autor: a aproximação do autor como pessoa comum (com família, costumes,

vontades, frustrações, etc., deixam claro para o aluno que qualquer pessoa

pode produzir textos).

Revisão de texto:

O objetivo da revisão é a reflexão sobre a linguagem que se escreve. Ela

pode acontecer durante o processo, no qual o professor, juntamente com a

turma, já vai eliminando os “erros” mais corriqueiros como os vícios de

linguagem, os de concordância verbal, etc., e depois priorizar um aspecto de

cada vez para aprofundar a revisão.

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Possibilidades para se trabalhar com a revisão:

Coerência: desde a sequência lógica, até pensar em que recursos usar para

surpreender, persuadir ou emocionar; pensar sobre estratégias e planos para

armar ou solucionar conflitos. Podem-se apreciar frases, expressões e

estratégias de alguns escritores nesse sentido;

Coesão: apreciar textos bem escritos que mostre como o autor faz para iniciar

outro parágrafo (então, portanto, embora, horas depois, passado algum

tempo, etc.) e mesmo estratégias para não repetir o nome das personagens (o

saci, negrinho de uma perna só, aquele travesso, ele, dele, etc.);

Diálogos: transformar o discurso indireto (a mãe da Chapeuzinho pediu que

ela fosse na casa da vovó) em discurso direto (a mãe de Chapeuzinho disse:

_ Chapeuzinho vá até...);

Descrição de personagens e lugares: também partindo de boas apreciações;

Na revisão dois procedimentos são essenciais para o desenvolvimento do

trabalho: o professor como modelo de revisor de texto e o procedimento de ler

o que já foi escrito (isto também é aprendido);

Atividades:

De várias versões para uma criação;

Bilhetes do cotidiano.

Transformar histórias: história em quadrinhos em conto, uma notícia em

história em quadrinhos, etc. Esta atividade é bem rica desde que a criança

conheça bem as características dos textos envolvidos;

Comparar vários aspectos de diferentes textos: personagens de gibi, de

conto, de notícia; diálogos de gibi, de conto; lugares em conto, em notícias

dentre outros aspectos (imagem/ilustração, estrutura, etc.);

Gravar contos de causo e depois transcrevê-los. Podem ser contribuição de

pessoas da comunidade ou funcionários da escola. Esse tipo de atividade

deixa claro para a criança a diferença entre a linguagem oral e a linguagem

escrita, uma vez que vai refletir exatamente sobre isso nessa transformação;

Fazer uma receita e depois produzir a escrita;

Aprender um jogo e depois escrever as regras do mesmo (texto instrucional);

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Inventar outro final, começo ou trama, etc. Focando apenas parte do texto a

ser trabalhado;

Criar e escrever títulos para textos;

Desenhar a história por partes, trabalhando com galeria de personagens;

Montar um livro com a equipe ou em parceria com algumas colegas;

Dramatização;

Objetivos:

Compreender a função social da escrita;

Conhecer o funcionamento do sistema de escrita (sistema alfabético);

Avançar nas hipóteses de escrita;

Escrever o próprio nome e de colegas;

Familiarizar-se com a escrita por meio de manuseio de diversos portadores

Compreender que o que se escreve é para ser lido;

Produzir e revisar textos escritos atendendo a estrutura do gênero escolhido,

tendo o professor como escriba;

Conteúdos:

Participação em situações cotidianas nas quais se faz necessário o uso da

escrita;

Escrita do próprio nome (sobrenome) e de colegas;

Prática da escrita de próprio punho, utilizando os conhecimentos que dispõe no

momento, sobre o sistema de escrita;

Participação em situações de escrita de diferentes tipos de textos a partir da sua

intencionalidade comunicativa;

Reescrita/produção de textos tendo o professor como escriba;

Revisão de textos;

Reconhecimento do alfabeto;

Respeito pela produção própria e alheia;

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Orientações Didáticas

Apresentar modelo (nome da criança) através do crachá ou fichas para

identificar seus pertences;

Propor jogos onde as crianças consigam escrever seus nomes e de seus

colegas;

Considerar os conhecimentos prévios das crianças para a partir deles propor

novos desafios;

Trabalhar a complexidade e natureza dos conteúdos da linguagem escrita,

sem descaracterizá-los, ou seja, inseridos numa prática social, em que

tenham verdadeiro sentido;

Planejar situações em que as crianças aprendam sobre comportamento

escritor, tendo o professor como modelo;

Propor situações que levem as crianças a refletirem sobre o sistema pelo qual

a língua é grafada ( o sistema alfabético);

O professor deve conhecer as hipóteses das crianças sobre a escrita, a fim de

subsidiar o planejamento de intervenções, que promovam reflexões sobre o

sistema, objetivando avanços;

Planejar as atividades respeitando a diversidade da sala. Como cada criança

está em uma fase diferente da construção da escrita, as atividades devem

procurar atender as necessidades de cada um. Mesmo que seja a mesma para

todos os desafios devem ser diferenciados, para que todos ponham em jogo

tudo que sabem. Os agrupamentos produtivos facilitam este planejamento;

Incentivar cada criança a aprender fazendo perguntas que os desafiem,

provocando conflitos cognitivos;

Propor situações em que as crianças tenham que escrever espontaneamente

de acordo com suas hipóteses (músicas, poesias, parlendas, desde que

estejam memorizados). Mesmo as crianças pequenas devem ser desafiadas a

escrever textos e não só palavras;

Nas atividades de escrita, lembrar a importância de formar parcerias

produtivas. Isso requer um planejamento cuidadoso do professor, que deve

considerar o nível da aprendizagem dos alunos (diferente, porém, próximo), e

suas características afetivas e sociais, além do objetivo da atividade, para que

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de fato um contribua com o avanço do outro, trocando ideias, comparando

opiniões, confrontando pontos de vista, etc.;

Refletir em grupo sobre a função dos portadores;

Oferecer referências para a escrita das crianças, através de listas de palavras

que se tornaram estáveis como os nomes das crianças da classe, listas das

histórias contadas, lista de personagens mais queridos das crianças, poesias,

músicas, etc. Ensinando-as a se reportarem com autonomia a esse “banco de

dados”. Assim, elas aprendem a utilizar o que já sabem para escrever o que

ainda não sabem;

Possibilitar a socialização das diferentes hipóteses de escrita convidando as

crianças a escreverem na lousa suas hipóteses e construir a palavra refletindo

em grupo com base nas hipóteses que apareceram. Provocando assim, a

máxima circulação de informações;

É importante que o professor tenha definido, antecipadamente, o que

pretende alcançar quando solicita que as crianças escrevam, pois, se for para

que reflitam sobre o sistema de escrita alguns gêneros são facilitadores,

como: listas, poesias, parlendas, músicas. Tendo o texto de memória, a

preocupação da criança será apenas com o “como” escrever;

Propor situações em que as crianças produzam e revisem textos

coletivamente, tendo o professor como escriba/mediador. Mesmo as crianças

pequenas devem ser desafiadas. Neste caso a preocupação da criança é

apenas com “o que” escrever, refletindo sobre a linguagem que se escreve.

Mostrar para as crianças que é sempre possível melhorar o texto. É a revisão

que permite um olhar mais minucioso sobre o texto. O professor deve

privilegiar um aspecto de cada vez para as crianças pensarem sobre o

mesmo: características das personagens e dos lugares, ocorrência de

repetições, ordem dos fatos, etc.;

O professor deve deixar materiais como cartazes, textos memorizados, listas

de nomes, livros infantis, jornais, revistas, ao acesso dos alunos para serem

manipulados, apreciados, investigados,, servindo como fonte de informação,

entretenimento, etc., a utilização destes materiais devem ser mediados pelo

professor, para que haja interação, aprendizagem e autonomia da criança;

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Oferecer condições para as crianças produzirem seus próprios textos;

(professor escriba ou não);

Criar na classe um clima propício para que as crianças ousem escrever,

sintam-se seguras de que suas produções serão aceitas;

O que o professor deve observar:

Na criança com hipótese de escrita:

Pré-silábica:

Diferencia escrita de desenhos?

Escrita formada por garatujas que parecem imitar a escrita cursiva?

Faz tentativas de letras?

Usa muitas letras para escrever uma palavra?

Utiliza as letras do nome?

Estabeleceu quantidade mínima de letras?

Exige variedade mínima de letras (que as letras não sejam repetidas)?

Garante uma ordem diferente de letras para a escrita de cada palavra?

Escreve uma mesma palavra sempre da mesma forma (conservação)?

Sugestão de pauta de observação e acompanhamento da criança com

hipótese de escrita pré-silábica:

Não possui valor sonoro;

Permanência, estabilidade, conservação (sempre que a palavra se repete,

escreve da mesma forma)?

Hipótese de escrita silábica

Possui valor sonoro na vogal?

Possui valor sonoro nas consoantes?

Varia o valor sonoro ora na vogal ora na consoante?

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Na criança com hipótese de escrita silábico-alfabética e alfabética:

Escreve palavras convencionalmente (mesmo que com erros ortográficos);

Que questões ortográficas apresentam?

Segmenta o texto?

6.1.3 Leitura

Ler é construir sentido. O significado não está no texto, mas sim no esforço

de interpretação realizado pelo leitor.

Desde o nascimento, a criança vivencia momentos de leitura, lendo o

mundo (pessoas, reações, imagens, símbolos, textos e desenhos), interpretando

o que ouve, pensando e refletindo a partir do que já conhece desta forma, a

leitura está presente desde sempre na vida da criança. Mesmo que não leia

convencionalmente, faz leitura de imagens, ler através dos olhos do professor,

fazendo uma interpretação pessoal acerca do que está ouvindo. Sendo assim,

não há uma única interpretação possível, pois, esta vai depender de cada um.

Na perspectiva de formar leitores competentes e não apenas

decodificadores, é essencial, aprender a ler lendo. Ou seja, devem ser oferecidas

as crianças inúmeras oportunidades de desenvolver os procedimentos e

estratégias de leitura (seleção, antecipação, verificação, decodificação e

inferência), para que coloque em jogo o que sabem, antecipando o conteúdo do

texto, fazendo inferências a partir do contexto, buscando indícios para verificar

suposições feitas tanto em relação à forma escrita quanto ao significado,

validando ou descartando as mesmas.

Ao ler para as crianças ensina-se que a leitura é motivada por uma

finalidade, uma intenção, ler para lembrar, para ter prazer, para aprender, para se

informar, para se comunicar, para fazer... Ensina-se sobre o conteúdo do que

está sendo lido, sobre a linguagem escrita e as características de cada gênero,

ensina-se que para cada tipo de leitura há procedimentos diferentes, ensina-se

assim, como e porque escolher um texto e não outro.

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Objetivo Geral

Ler com diferentes intenções e finalidades.

Objetivos específicos:

Desenvolver a apreciação e o interesse pelas leituras valorizando-as como

fonte de informação e entretenimento;

Relacionar o que foi lido ao que foi escrito;

Reconhecer o próprio nome e de outras crianças da sala

Ouvir e interessar-se por diferentes tipos de textos atribuindo-lhes significado.

Conteúdos:

Relação entre a fala e a escrita;

Participação em situações de leituras de diferentes gêneros, inseridos no

próprio portador, a partir de uma intencionalidade;

Reconhecimento do próprio nome e dos colegas;

Busca de informações e consulta a diferentes fontes.

Orientações Didáticas:

Promover situações em que as crianças estejam engajadas e interessadas no

processo de leitura;

Propiciar aos alunos leitura diária, de diferentes tipos de textos,

preferencialmente no próprio portador, selecionando previamente os textos a

serem lido, priorizando a qualidade dos mesmos;

Contar histórias de forma envolvente adequando à tonalidade da voz, criando

um clima mágico no ambiente;

Realizar várias leituras do mesmo gênero, permitindo que as crianças

conheçam características próprias do mesmo;

Fazer várias leituras da mesma história para que a interpretação não se

reduza a uma única análise;

Colocar à disposição das crianças os livros já lidos para que descubram o

prazer de reler aqueles que mais gostaram;

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Garantir situações de empréstimo de livros da BEI, organizando momentos

periódicos, e incentivando a autonomia da escolha das crianças;

Dispor materiais de leitura de forma que as crianças possam escolhê-los

livremente, respeitando assim o seu interesse, e garantindo que eles tenham

acesso a uma variedade de textos, podendo utilizá-los como fonte de

pesquisa (lista de nomes, poesias, músicas, parlendas e outros textos

trabalhados);

Planejar situações em que as crianças utilizem as estratégias de leitura,

pondo em jogo tudo que sabem (descobrir o tema da história a partir do título,

antecipar o sentido do texto a partir do contexto, etc.); planejar intervenções

para que avancem e socializar as estratégias utilizadas pelos alunos;

Aproveitar textos já memorizados como parlendas e músicas para que se

estabeleça relação entre o que foi falado e escrito;

Trabalhar a complexidade e natureza dos conteúdos de leitura sem

descaracterizá-los, ou seja, inseridos numa prática social, em que tenham

verdadeiro sentido (contexto de uso real);

Garantir a máxima circulação de informações, promovendo socialização de

respostas;

Propor situações em que as crianças aprendam sobre o comportamento leitor;

Organizar agrupamentos produtivos, levando em conta aspectos cognitivos,

afetivos e sociais e considerando o que os alunos devem realizar;

Ajustar o nível de desafios às possibilidades das crianças para que tenham

bons problemas a resolver, respeitando a diversidade da sala;

Encorajar cada uma das crianças a aprender, fazendo perguntas que as

desafiem, provocando conflitos cognitivos (fazendo-as refletir sobre a letra

inicial, a final, ao meio das palavras, procurando, sempre que possível, fazer

relações com o nome deles ou dos colegas, reportá-los aos indícios

quantitativos ou ao ajuste de leitura);

Conhecer os indícios de leitura utilizados pelos alunos quando desafiados a

ler (se utiliza como indício a letra inicial da palavra, o final, o meio, a

quantidade de letras ou palavras, etc.,) para a partir deles propor outros

desafios;

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A criança que se utiliza somente da decodificação, perdendo até mesmo o

sentido do texto, deve ser incentivada a utilizar-se de outras estratégias de

leitura;

O professor deve incentivar a criança a pesquisar em palavras estáveis para

utilizando o que já sabe ler, para ler o que ainda não consegue;

Incentivar a criança a utilizar a dedução.

O que o professor pode observar:

A criança se interessa por leituras?

Escolhe com autonomia o que deseja ler? Quais suas preferências?

Faz leitura de imagens?

Considera o tamanho: figuras grandes nomes grandes?

Relaciona o que foi lido ao que está escrito (leitura não convencional)?

Faz uso das estratégias de leitura? Quais?

Compreende a ideia do texto?

A Importância do Trabalho com o Nome Próprio:

Nome da gente

Eu não gosto do meu nome Não fui eu quem escolheu. Eu não sei por que se metem Com um nome que é só meu. O nenê vai nascer Vai chamar como o padrinho. Vai chamar como o vovô Mas ninguém vai perguntar O que pensa o coitadinho. Foi meu pai quem decidiu Que o meu nome fosse aquele Isso só seria justo Se eu escolhesse o nome dele. Quando eu tiver um filho Não vou por nome nenhum Quando ele for bem grande Ele que procure um.

(Pedro Bandeira)

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81

O trabalho com o nome dos alunos reporta diretamente a identidade de

cada um. O nome é um objeto único, pessoal, significativo, que traz consigo uma

existência, uma vida...

É uma escrita voltada para o uso social real, por isso é livre de contexto;

Proporciona o uso como modelo estável, na construção de outras palavras;

É uma forma significativa de se trabalhar com estratégias de leitura, sendo

peça chave para alfabetização;

Auxilia a criança a checar suas próprias hipóteses;

É um saber compartilhado por emissor e receptor.

Informa o educando sobre:

A forma e o valor sonoro convencional das letras;

Quantidade de letras necessárias para escrever os nomes;

A ordem não aleatória dentro de um conjunto de letras;

A posição das letras em uma escrita convencional.

Reconhecimento do nome próprio e dos colegas:

As crianças precisam sentir a necessidade de reconhecer o próprio nome,

sendo assim, deve ser desafiada de várias maneiras, tanto em situações do

cotidiano como saber encontrar seus materiais, como em situações planejadas

para este fim (brincadeiras e atividades);

O reconhecimento do nome dos colegas é de extrema importância, pois

aumenta o repertório de letras e de palavras estáveis. Por meio deste trabalho é

possível atrelar o conhecimento do alfabeto, fazendo uma relação deste com o

nome dos colegas;

Aprendendo o nome dos colegas, juntamente com o procedimento de

pesquisa, a criança se torna muito mais autônoma na construção do processo de

escrita;

Para trabalhar com estratégias de leitura, nada melhor do que utilizar os

nomes das crianças. Tomando cuidado em adequar os desafios de acordo com o

desenvolvimento de cada agrupamento de alunos (as crianças que já usam)

como indício a primeira letra dos nomes para “descobrir” de quem é, deve ser

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desafiada a utilizar o final e até o meio dos mesmos, assim como também, outros

indícios como: quantitativos, quantidade de letras ou palavras, ajuste de leitura,

etc.

Escrita do nome:

A criança que não escreve o próprio nome deve ser observada (qual a

razão), para que o professor planeje intervenções pontuais sobre cada

dificuldade.

Dificuldades e intervenções:

Uso de letras móveis propiciando a reflexão sobre o sistema de escrita.

Faltam letras: a criança deve observar e refletir sobre o seu próprio nome,

levantando observáveis como: quantas letras têm? Quais são as letras que

aparecem? Qual costuma esquecer? (Relacionar as letras que costuma

esquecer com o nome de outros colegas ou mesmo familiares para que se

tornem mais significativas);

Falta ordem nas letras: a criança precisa saber que essa ordem existe e se for

mudada não estará escrito a mesma coisa. É interessante ler para ela como

ficou a escrita do seu nome em desordem e até brincar com o nome de alguns

colegas se trocarem à ordem;

Posição das letras diferente: informar, mostrar ou pesquisar qual a forma

convencional da escrita das letras. Muitas vezes a criança só precisa de

informação e algumas dicas;

Escrita espelhada: observar que toda escrita e leitura começam da esquerda

para direita. Dar algumas dicas.

Trabalho para o ano todo:

O nome proporciona trabalho significativo e desafiador durante todo o ano,

pois os desafios que podem ser oferecidos são muitos e proporcionam uma

organização crescente dos mesmos.

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Jogos Com Nomes:

(Cada atividade deve ter propostas diferentes, com desafios pensados para cada

agrupamento produtivo).

Forca com nomes;

Bingo com o próprio nome: Cada criança recebe uma cartela com a escrita do

seu nome. A professora retira uma letra e diz o nome da letra e depois mostra;

quem tiver no seu nome a letra sorteada marca; (pode-se fazer também com o

sobrenome)

Bingo com o nome dos colegas: dobrar um papel em quatro partes e em cada

uma delas escolher e escrever o nome de um colega. A professora vai

sorteando os nomes até que alguém complete a “cartela”; (aumentar a

quantidade de nomes conforme o desenvolvimento da sala);

Jogo: “Salve seu nome da bruxa” (ou lobo, etc.): utilizando as placas de

nomes: com poucos nomes sem desafio (letras iniciais diferentes); poucos

nomes com desafios (iniciando com a mesma letra, com o mesmo final); com

muitos nomes; com a lista da sala;

Jogo de dado com vogais: Cartela com nomes das crianças da classe sem as

vogais. Dados com vogais. Cada componente do grupo tem a sua frente a

cartela com a escrita do seu nome sem as vogais. Ao centro da mesa, coloca-

se uma bandeja contendo as letras e as vogais. O primeiro jogador rola o

dado o observa se a letra que caiu faz parte do seu nome. Caso afirmativo

compra a referida letra da bandeja, ao contrário passa a jogada para outro

colega. Ganha quem completar a cartela primeiro;

Adivinhações: Ex. “Tenho um cartão com um nome com 6 letras que começa

com o F. Qual é?

Jogo da memória relacionando fotos e nomes: ir aumentando o grau de

desafio conforme o desenvolvimento da sala ou grupos (fotos e nomes dos

colegas da própria mesa, dos melhores amigos, até chegar ao ponto de

relacionar todos da sala)

Atividades com fotos: relacionar, pintar recortar e colar, etc. (foco só no início

do nome, depois ir aumentando os desafios: no final, no meio da palavra).

Aqui também entra cruzadinha com os nomes com ou sem banco;

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A professora coloca na mesa as letras dos nomes de quatro alunos: cada um

deve encontrar as que pertencem ao seu próprio nome e depois com o grupo,

procurar quais são coincidentes com as dos outros nomes;

Descoberta dos nomes que vão sendo escritos na lousa pela professora a

partir de orientações que ela oferece. “Primeira letra é S, depois vem o A, de

quem será este nome?”;

Utilização de cartões com os nomes dos personagens das histórias lidas,

misturados a outros com os nomes das crianças para classificar e analisar.

Ex. Quais os nomes que começam com o B de Branca de Neve Quais os que

têm mais letras que o nome do Pinóquio? Quais tem menos letras que o da

Cinderela?

Pesquisa e montagem do nome com letras encontradas em revistas;

Classificação alfabética do nome de acordo com a primeira letra; montar

painel e deixar para consulta na sala;

Construir uma lista com os nomes das crianças; deixar exposto na sala para

que as crianças leiam e pesquisem; cada um deve ter também a lista de

nomes no caderno ou pasta de texto para ajustar leitura, pesquisar, brincar de

stop, etc;

Cada criança recebe uma ficha com seu nome, mas faltando algumas letras,

que deverão ser pesquisadas em revistas e coladas no respectivo lugar;

Nome escondido: a professora vai mostrando as letras aos poucos para que

as crianças “descubram” de quem é (foco no início, no final e no meio do

nome);

Trabalhar com letras móveis: com placa procurar as letras entre as do colega;

sem a placa com as letras separadas (preocupação com a ordem), sem placa

com letras misturadas (quais letras?);

Desenhe o colega cujo nome está na atividade: a criança precisa descobrir de

quem é nome para depois desenhar. Cada um recebe um nome diferente;

Trenzinho de nome: colocar aleatoriamente uma placa com nome de alguém

da classe atrás de todas as crianças e estas deverão formar um trem,

encontrando com quem está o seu nome e se posicionando atrás.

Trabalhar com rimas e depois propor que inventem rimas com o nome dos

colegas (pode-se fazer um livrinho com as mesmas);

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Brincadeiras para reconhecimento do nome:

Dança das cadeiras: quando parar a música cada criança deverá sentar na

cadeira em que estiver sua placa;

Pesca nomes: fazer uma pescaria com os nomes das crianças: um bom

pescador tem que saber o nome do peixe. Se não souber devolve o peixe ao

mar. Ganha quem conseguir mais placas com os nomes;

Se eu fosse um peixinho: brincadeira tradicional, porém, ao invés da criança

ficar no meio da roda fica as placas com o nome; (da mesma forma posso

brincar com outras cantigas de roda: tango, tango, tango morena; a canoa

virou etc.);

Dominó com nomes;

Jogo da memória foto/nome;

Cruzadinha;

Stop;

Nomes estranhos ou letras estranhas: consiste em acrescentar letras

diferentes no nome da criança para que descubram quais estão “sobrando” ou

nomes diferentes ao da classe para que descubram quais são.

A criança já sabe o seu nome e dos colegas, que trabalho poderá ser

desenvolvido a partir daí?

Mesmo antes de saber o nome de todos os colegas já pode ser iniciado um

trabalho de pesquisa com a lista de nomes. As crianças precisam construir

procedimentos de pesquisa não só na lista de nomes como também em outras

palavras estáveis. Esta pesquisa consiste em utilizar as palavras conhecidas

como referência para escrever novas palavras. Exemplo: A criança quer escrever

tamanduá: poderá recorrer ao nome da Tamires, da Amanda e da Maria Eduarda.

Claro que este procedimento não é espontâneo e necessita de várias

intervenções do professor ou de colegas mais experientes. Porém, vale apena

investir, pois, quando a criança consegue fazer esta pesquisa com autonomia,

não só utilizando as iniciais dos nomes dos amigos, mas também o meio

(tamanduá, man de Amanda), o seu repertório de referências amplia de forma

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muito significativa e ela recorrerá ao professor somente quando não encontrar

nenhuma referência. Passa a ser mais autônoma em suas construções.

O que o professor deve observar na escrita do nome:

Reconhece o próprio nome?

Reconhece o nome dos colegas? Quais?

Utiliza o nome próprio e dos colegas, como palavras estáveis, na construção

de outras escritas?

Escreve o primeiro nome: Com o auxílio do crachá?

Com letras móveis?

Com letras fora de ordem?

Faltando letras?

Letras em posições diferentes?

Corretamente sem o auxílio de placas?

Mesmas questões para a construção do sobrenome.

Lê o nome e/ou sobrenome ajustando o falado ao escrito?

Reconhece as letras do nome e/ou sobrenome?

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6.1.4 Objetivos e conteúdos por faixa etária – Língua Portuguesa

Infantil II

Objetivo geral:

Proporcionar o uso da linguagem, visando o alcance de uma maior

participação nas práticas sociais de oralidade, leitura e escrita.

Objetivos Linguagem Oral: - Participar de variadas situações de comunicação oral para interagir e expressar desejos, necessidades e sentimentos por meio da linguagem oral, contando suas vivências -Desenvolver suas possibilidades de organização de ideias e comunicação; - Descrever lugares, pessoas e objetos; - Reproduzir e recontar textos narrativos e de tradição oral, tais como: trava-línguas, parlendas, adivinhas, quadrinhas, poemas, canções, contos; Leitura - Interessar-se pela leitura de histórias - Ler em diferentes situações, mesmo que não convencionalmente;

- Utilizar diferentes procedimentos de leitura Linguagem escrita - Familiarizar-se aos poucos com a escrita por meio da participação em

Conteúdos Linguagem Oral: - Uso da linguagem oral para conversar, comunicar-se, relatar suas vivências e expressar desejos, vontades, necessidades e sentimentos, nas diversas situações de interação presentes no cotidiano. - Reprodução oral de textos de tradição oral e jogos verbais como: parlendas, canções, poesias com ajuda do professor - Relato de experiências vividas e narração de fatos - Respeito diante da colocação de outras pessoas - Descrição de lugares, pessoas e objetos; Leitura - Participação em situações de leitura de diferentes gêneros feita pelo professor ou outros adultos, como contos, poemas, parlendas, trava-línguas e outros. - Exploração de livros e outros portadores de texto

-Reconto de histórias conhecidas, com aproximação a alguma característica do gênero;

Linguagem escrita - Participação em situações

Que no decorrer do ano criança aprenda: Linguagem Oral: - perceber a possibilidade de se manifestar através da fala e não apenas do corpo diminuindo assim as manifestações corporais vigorosas - com a ajuda do professor organizar a sua fala de maneira que se torne cada vez mais clara - perceber quais são os momentos apropriados para falar e ouvir e participar desses momentos - Esperar sua vez para falar Leitura - Interessar-se por livros e pela leitura de histórias - adquirir algum comportamento leitor como, a preocupação em não deixar o livro de cabeça para baixo no momento da leitura, dar uma olhada na capa e outros - fazer antecipação de leitura (significado) apoiando-se na imagem. - cuidar bem dos livros Linguagem escrita - Reconhecer o próprio o nome. - Recontar histórias conhecidas, com alguma

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situações nas quais ela se faz necessária e do contato cotidiano com livros, revistas, histórias em quadrinhos, etc. - Familiarizar-se com o próprio nome

- Familiarizar-se com o nome dos colegas

- Familiarizar-se com a função social da escrita

- Participar de produções coletivas de textos tendo o professor como escriba e autor experiente

cotidianas nas quais se faz necessário o uso da leitura e da escrita - Observação e manuseio de materiais impressos, como livros, revistas, histórias em quadrinhos e outros previamente apresentados ao grupo.

aproximação da história original;

Infantil III

Objetivo geral:

Proporcionar o uso da linguagem, visando o alcance de uma maior participação nas

práticas sociais de oralidade, leitura e escrita.

Objetivos Linguagem Oral: - Participar de variadas situações de comunicação oral para interagir e expressar desejos, necessidades e sentimentos por meio da linguagem oral, contando suas vivências -Ampliar as possibilidades de narração de fatos e interlocução; - Desenvolver e ampliar suas possibilidades de organização de ideias e comunicação; - Descrever lugares, pessoas e objetos; - Reproduzir e recontar textos narrativos e de tradição oral, tais como: trava-línguas, parlendas, adivinhas, quadrinhas, poemas, canções, contos; Leitura - Interessar-se pela leitura de histórias

Conteúdos Linguagem Oral: - Uso da linguagem oral para conversar, comunicar-se, relatar suas vivências e expressar desejos, vontades, necessidades e sentimentos, nas diversas situações de interação presentes no cotidiano. - Reconto de histórias conhecidas, com aproximação às características do gênero; - Reprodução de textos de tradição oral e jogos verbais como: parlendas, canções, contos, poesias com ajuda do professor - Relato de experiências vividas e narração de fatos - Respeito diante da colocação de outras pessoas - Descrição de lugares, pessoas e objetos;

Leitura

- Participação em situações de

Que no decorrer do ano criança aprenda a: Linguagem Oral: - com a ajuda do professor organizar a sua fala de maneira que se torne cada vez mais clara - perceber quais são os momentos apropriados para falar e ouvir e participar desses momentos - Esperar sua vez para falar -expressar seus desejos e necessidades, por meio da oralidade. - Ampliar seu repertório de músicas, parlendas e histórias. Leitura - Interessar-se por livros e pela

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- Ler em diferentes situações, mesmo que não convencionalmente; - Utilizar diferentes procedimentos de leitura Linguagem escrita

- Familiarizar-se aos poucos com a escrita por meio da participação em situações nas quais ela se faz necessária e do contato cotidiano com livros, revistas, histórias em quadrinhos, etc. - Familiarizar-se com a função social da escrita - Participar de produções coletivas de textos tendo o professor como escriba e autor experiente - Reconhecer o próprio nome e outros que lhe sejam significativos - Familiarizar-se com o nome dos colegas

leitura de diferentes gêneros feita pelo professor ou outros adultos, como contos, poemas parlendas, trava-línguas.

- Exploração de livros e outros portadores de texto

-Reconto de histórias conhecidas, com aproximação a alguma característica do gênero;

Linguagem escrita - Participação em situações cotidianas nas quais se faz necessário o uso da leitura e da escrita - Observação e manuseio de materiais impressos, como livros, revistas, histórias em quadrinhos e outros previamente apresentados ao grupo.

- Reconhecimento do próprio nome dentro do conjunto de outros nomes significativos nas situações em que isso se fizer necessário

- Participação em situações em que as crianças leiam

- Procedimentos de leitura e de escrita

leitura de histórias - adquirir comportamento leitor - fazer antecipação de leitura (significado) apoiando-se na imagem. - cuidar bem dos livros - Ampliar seu repertório de diferentes gêneros textuais.

Linguagem escrita

- Reconhecer o próprio nome e de alguns amigos. - Escrever o próprio nome com o apoio da plaquinha. - Recontar histórias conhecidas, com alguma aproximação da história original;

Infantil IV

Objetivo geral:

Proporcionar o uso da linguagem, visando o alcance de uma maior participação nas

práticas sociais de oralidade, leitura e escrita.

Objetivos Linguagem Oral - Ampliar gradativamente suas possibilidades de comunicação e expressão participando de variadas situações de comunicação oral e intercâmbio social nas quais possa interagir, expressar desejos, necessidades e sentimentos, contar suas vivências, ouvir as de outras pessoas, elaborar e responder perguntas; - Organizar seqüência de ideias;

Conteúdos Linguagem Oral: - Uso da linguagem oral nas diversas situações de interação presentes no cotidiano - Participação em jogos de linguagem como rodas, canções e brincadeiras -Participação em brincadeiras simbólicas

Que no decorrer do ano criança aprenda a: Linguagem Oral: - Com a ajuda do professor organizar a sua fala de maneira que se torne cada vez mais clara - perceber quais são os momentos apropriados para falar e ouvir e participar desses momentos - Esperar sua vez para falar

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- Desenvolver a capacidade de argumentação - Ampliar a capacidade de narração de fatos e de diálogo; - Expor seu ponto de vista; -Descrever lugares, pessoas e objetos; -Reproduzir e recontar textos narrativos e de tradição oral, tais como: trava-línguas, parlendas, adivinhas, quadrinhas, poemas, canções, contos, notícias; Leitura - Interessar-se pela leitura de histórias - Escutar textos lidos, apreciando a leitura feita pelo professor - Escolher os livros para ler e apreciar - Ler em diferentes situações, mesmo que não convencionalmente Linguagem Escrita - Familiarizar-se com a escrita por meio de manuseio de diversos portadores textuais e da vivência de diversas situações nas quais seu uso de faça necessário - Interessar-se por escrever palavras e textos ainda que maneira não convencional

- - Reconhecer seu nome escrito, saber identificá-lo nas diversas situações do cotidiano;

- Respeito diante da colocação de outras pessoas tanto no que se refere às ideias quanto ao modo de falar; - Participação em situações que envolvem a necessidade de explicar suas ideias e pontos de vista e argumentar sobre eles; - Elaboração de perguntas e respostas de acordo com os diversos contextos de que participa - Reconto de histórias conhecidas com aproximação às características da história original no que se refere à descrição de personagens, cenários e objetos com ou sem a ajuda do professor; - Relato de experiências vividas e narração de fatos em sequência temporal e causal - Reprodução de textos de tradição oral e jogos verbais como: trava-língua (desafios vocais), adivinhas, parlendas, canções, poesias, etc.; Leitura - Participação em situações de leitura de diferentes gêneros feita pelo professor ou outros adultos, como contos, poemas parlendas, trava-línguas, notícias de jornal, informativos - Participação em situações que as crianças leiam ainda que não o façam de maneira convencional. - Valorização da leitura como fonte de prazer e entretenimento Linguagem Escrita: - Procedimentos de leitura e escrita - Reconhecimento do próprio nome dentro do conjunto de outros nomes significativos nas situações em que isso se fizer necessário - Observação e manuseio de materiais impressos, como livros,

-expressar seus desejos, suas necessidades e ideias, por meio da oralidade. -Ampliar seu repertório de músicas, parlendas, histórias, - Relatar fatos do cotidiano preocupando-se com a ordem dos fatos - Recontar histórias conhecidas respeitando a sequência dos fatos Leitura - Interessar-se por livros e pela leitura de histórias - adquirir comportamento leitor -Adquirir a postura de ouvinte. - fazer antecipação de leitura (significado) apoiando-se na imagem. - cuidar bem dos livros - Ampliar seu repertório de diferentes gêneros textuais. - Apreciar a leitura de diferentes portadores. Linguagem Escrita: -Reconhecer o próprio nome e de alguns amigos - Escrever o próprio nome com o apoio da plaquinha.

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- - Participar de situações em que haja a função social da escrita;

revistas, histórias em quadrinhos e outros previamente apresentados ao grupo. - Participação em situações cotidianas nas quais se faz necessário o uso da escrita

- Recontar histórias conhecidas, com alguma aproximação da história original; - Produzir textos atendendo a estrutura do gênero trabalhado tendo o professor como escriba

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Infantil V

Objetivo geral:

Proporcionar condições para que os alunos ampliem sua competência em relação à

oralidade, escrita e leitura, podendo assim comunicar-se, solucionar problemas da

vida cotidiana e ter acesso aos bens culturais.

Objetivos Linguagem Oral - Ampliar gradativamente suas possibilidades de comunicação e expressão participando de variadas situações de comunicação oral e intercâmbio social nas quais possa interagir, expressar desejos, necessidades e sentimentos, contar suas vivências, ouvir as de outras pessoas, elaborar e responder perguntas; - Estruturar a seqüência de idéias; - Ampliar a capacidade de argumentação, narração de fatos e de diálogo; - Descrever lugares, pessoas e objetos; -Falar com clareza, fazendo-se entender; - Ampliar o vocabulário; -Utilizar a linguagem como instrumento para acesso à informação, compreendê-la e fazer uso dela. - Reproduzir e recontar textos narrativos e de tradição oral, tais como: trava-línguas, parlendas, adivinhas, quadrinhas, poemas, canções, contos, notícias; - Fazer exposições orais com ajuda do educador ou outra criança; Leitura Interessar-se pela leitura de histórias

Conteúdos Linguagem Oral: - Uso da linguagem oral nas diversas situações de interação presentes no cotidiano - Participação em jogos de linguagem como rodas, canções e brincadeiras -Participação em brincadeiras simbólicas - Respeito diante da colocação de outras pessoas tanto no que se refere às ideias quanto ao modo de falar; - Participação em situações que envolvem a necessidade de explicar suas ideias e pontos de vista e argumentar sobre eles; - Elaboração de perguntas e respostas de acordo com os diversos contextos de que participa - Relato de experiências vividas e narração de fatos em sequência temporal e causal - Reprodução de jogos verbais como: trava-língua (desafios vocais), adivinhas, parlendas, canções, poesias.

-Planejamento coletivo e oral das atividades/rotina do dia; - Descrição de imagens, relatos, leituras, objetos e pessoas; - Reconhecimento da necessidade da linguagem oral para realizar ações cotidianas (Individual ou coletivamente)

Que no decorrer do ano criança aprenda a: Linguagem Oral: - Expressar seus desejos, necessidades, ideias e sentimentos por meio da linguagem verbal de maneira que seja possível entendê-la - Relatar com coerência suas vivências ou fatos que tenha tomado conhecimento - Ouvir com atenção o relato de outras pessoas - Esperar sua vez de falar - Questionar o assunto abordado em rodas de conversa - fazer descrições de lugares, pessoas e objetos com a aproximação da descrição original -Ampliar o seu vocabulário.

- reproduzir de memória parlendas, canções e quadrinhas -Ampliar seu repertório de músicas, parlendas e histórias Leitura - Interessar-se por livros

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Escutar textos lidos, apreciando a leitura feita pelo professor Escolher os livros para ler e apreciar - Ler em diferentes situações, mesmo que não convencionalmente; - Ler com diferentes intenções e finalidades; Linguagem Escrita - Avançar nas hipóteses de escrita; - Escrever o próprio nome. - Participar de situações onde haja a função social da escrita; - Produzir oralmente textos sabendo adequar as intenções e situações comunicativas, tendo o professor como escriba;

Leitura Reconto de textos literários conhecidos, buscando aproximação com as características do texto fonte, descrevendo personagens, cenários com ou sem a ajuda do professor -Valorização da leitura e da escrita como fonte de entretenimento, informação e de comunicação; Linguagem Escrita: - Reconhecimento e escrita do próprio nome em situações que se fizer necessário; - Reconto de histórias conhecidas com a aproximação com as características do gênero - Participação em situações de leitura e escrita de diferentes tipos de textos, a partir de sua intencionalidade comunicativa - Produção de texto, ainda que de forma não convencional individual ou coletiva a partir de sua intencionalidade comunicativa, considerando o destinatário, a finalidade do texto e as características do gênero - Reconhecimento da necessidade da linguagem escrita para realizar ações cotidianas ( individual ou coletivamente)

revistas, gibis, jornais, cadernos infantis e pela leitura de histórias - adquirir comportamento leitor - fazer antecipação de leitura (significado) apoiando-se na imagem. - cuidar bem dos livros -Ampliar seu repertório de diferentes gêneros textuais. - Ouvir com atenção textos lidos pelo professor ou outro leitor competente - ler (de maneira não convencional) para outro ouvir - Distinguir diferentes gêneros textuais Linguagem Escrita - Recontar textos e histórias ouvidas e analisadas com frequência apresentando características da historia original -Reconhecer o Próprio nome - Escrever o próprio nome e de alguns amigos. - Perceber a função social da escrita - Perceber que o que se escreve é para ser lido - Produzir textos atendendo a estrutura do gênero trabalhado tendo o professor como escriba

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6.2 Matemática O ensino da matemática deve ter uma conexão direta com a vida, enquanto

parte da mesma. Não é possível viver sem a matemática pois ela está em tudo: na

tecnologia, nos impostos, na televisão, na arte, nas dívidas, nos pagamentos, nas

compras etc.

Segundo Constance Kamii a matemática na Educação Infantil pode ser

trabalhada por meio de situações da vida diária e jogos.

Nas situações da vida diária é importante a criança perceber o quanto a

matemática é utilizada fora da escola: os pais utilizam muito a matemática, ela

está presente na música, nas brincadeiras, no futebol, na comida, nas profissões,

etc. Com isso, a criança reconhece a importância e o significado em aprender

matemática. As atividades (seqüenciadas, projetos) que possibilitam que ela

estabeleça relações com o seu cotidiano são mais concisas e significativas.

Propor aos alunos estudar uma situação do cotidiano da escola, da cidade ou

mesmo do país, é um enfoque adequado para um trabalho interdisciplinar, sem

artificialismos e que poderá contribuir para o desenvolvimento da cidadania

(exemplo: eleições, copa, pesquisas sociais, etc.).

Nas situações de jogos a criança aprende de forma lúdica e prazerosa. A

primeira vez em que a criança se depara com um jogo, a sensação pode ser de

impotência. É a experiência com o mesmo que auxilia no desenvolvimento das

estratégias e também do prazer de jogar. Quando a criança começa a pensar em

formas de resolver o jogo e a considerar a própria jogada em função da jogada

do (s) adversário(s), está realmente envolvida na situação de jogo.

A importância da interação social:

As crianças aprendem muitas coisas umas com as outras. As ideias dos

colegas são importantes porque elas promovem situações que levam a criança a

pensar criticamente sobre suas próprias ideias em relação às deles. O conhecimento

lógico matemático é construído pelo pensamento autônomo da criança. Quando a

criança se convence que a ideia do outro é mais sensata que a sua própria elas

mudam a sua forma de pensar corrigindo-se de dentro para fora.

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O confronto de ponto de vista é fundamental desde a infância para elaboração

do pensamento lógico. Nesta interação com o outro a criança:

Explica sua forma de pensar, o que auxilia na organização do próprio

pensamento;

Argumenta com o grupo: para convencer o outro da sua ideia a criança tem que

buscar formas de explicação, está seguro daquilo que fez e acreditar na sua

capacidade de resolver problemas;

Ouve a explicação dos demais e estabelece relação com suas próprias

estratégias (compara os procedimentos);

Escolhe o melhor procedimento/estratégia para resolver determinada questão;

Percebe que o erro faz parte do seu processo de construção de conhecimento;

A socialização das estratégias, dos procedimentos de resolução

utilizados é primordial para que os alunos avancem e aprendam tanto a elaborar

cada vez mais o pensamento como também a ouvir e respeitar formas diferentes

de raciocínio. Para tanto, é importante que a aula seja dividida em dois

momentos: um para que as crianças desenvolvam suas estratégias e outro para

que as socializem e discutam, estimulando a troca de ideias, a reflexão sobre as

regularidades observadas e descobertas feitas e suscitem comparação entre

diferentes possibilidades de solução. Segundo Vygotsky, para as crianças falar é

tão importante como atuar quando se propõe uma meta e, quanto mais complexa

a experiência e menos direta a sua solução, mais importante resulta a linguagem

na sua operação.

Tanto nos jogos como nas resoluções de problemas é imprescindível uma

atitude de reflexão: primeiro voltado para si próprio: como e por que resolvi desta

forma? E depois, relacionar com as outras estratégias: como pode ser resolvida

de forma diferente? E como eu poderia melhorar a solução?

O professor deve sempre focar a reflexão, seja qual for a atividade. Ter

claro que pensar sobre o assunto é sempre mais proveitoso que qualquer

atividade gráfica, que muitas vezes a criança realiza sem precisar desenvolver

nenhum tipo de estratégia.

Muitos autores, dentre eles Polya estudaram uma seqüência interessante a

ser considerada na resolução de problemas: compreender o problema, conceber

um plano para resolvê-lo, executar o plano e examinar a solução. Cada problema

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deve contar com um elemento novo para impedir que a criança desenvolva

estereótipos. Por outro lado sabemos que o que é problema para uma pessoa

pode não ser para outra e também que, uma vez encontrada a solução, deixará

de ser um problema.

A construção do conhecimento lógico matemático:

A criança aprende a partir de ações que produz para resolução de uma

situação e quando atribui sentido aos conhecimentos matemáticos veiculados

socialmente. Essas ações investigativas geram na criança o desejo de responder a

uma pergunta interessante, ajustarem-se às regras de um jogo, seguir as estratégias

socializadas por um colega, entre outros procedimentos. É importante também

relacionar as novas informações com os conhecimentos já construídos

anteriormente. Em outras palavras, a criança aprende quando tem que pensar

decidir, argumentar, explicar, discutir, comparar e trocar informações.

O Erro e a Matemática

Em geral, os erros na matemática são pouco tolerados, talvez pelo fato de

ser definida como uma ciência exata. Pensar nas estimativas, nos cálculos

aproximados que fazemos diariamente, nos problemas que aceitam múltiplas

respostas ou que não têm solução e naqueles que são resolvidos por tentativa e

erro, nos faz repensar esta afirmação. O processo de aquisição do conhecimento

matemático prevê experimentação por parte do sujeito que aprende, reflexões e

reformulações através de sucessivas aproximações.

A História da Matemática

Compreender um conhecimento elaborado, tal qual como se apresenta

hoje, pressupõe um conhecimento anterior e ainda, considerar que este

conhecimento está em permanente evolução e avança de forma cada vez mais

elaborada, pode contribuir com o processo de ensino e aprendizagem nesta área.

“O contexto histórico possibilita ver a matemática em sua prática filosófica,

científica e social e contribuiu para a compreensão do lugar que ela tem no

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mundo” (PCN). Quando os conceitos matemáticos são abordados no contexto

histórico, podem esclarecer idéias matemáticas que estão sendo construídas pelo

aluno, contribuindo para a construção de um olhar mais crítico sobre o objeto de

conhecimento.

Objetivos Gerais:

1. Utilizar o conhecimento matemático para resolver problemas do seu cotidiano

ou nas situações de aprendizagem relacionadas a quantificação e exploração

do espaço;

2. Desenvolver estratégias para resolver problemas, experimentando formas de

raciocínio como ensaio e erro, relações e estimativa;

3. Utilizar a linguagem oral para comunicar hipóteses, processos e resultados

desenvolvidos em contexto matemático;

4. Desenvolver a capacidade de orientar-se espacial e temporalmente;

5. Identificar as funções sociais do número (medir, quantificar, ordenar e

codificar).

Conteúdos

São três grandes blocos:

Sistema de numeração

Medida e grandezas

Espaço e forma

1. Número e Sistema de Numeração

Número? Para que serve? Como são organizados? Como são usados?

Os signos numéricos e a base dez são convenções sociais que para

aprender a criança precisa de informações de outra pessoa. A relação de ordem

e a inclusão hierárquica do sistema de unidades e dezenas são construções

internas realizadas pelas crianças (o número como ideia abstrata de

representação de quantidade). Seis doces são observáveis, mas o conceito seis

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não é. Conceitos numéricos são relações construídas pela criança através de

abstrações construtivas.

Recitação:

A recitação é a pura memorização da sequência numérica. É base para o

trabalho com a matemática, pois é ela que junto com a correspondência

biunívoca, vai dar autonomia para criança contar, consultar a tabela numérica,

etc. Pode ser trabalhada por meio de recursos de memorização (músicas infantis,

parlendas e brincadeiras) e atividades permanentes como contagem das

crianças, trabalho com calendário, distribuição de material, etc.

Alguns desafios que ajudam na construção da regularidade:

Contar a partir de... (sobrecontagem);

Contagem decrescente;

Contar de 2 em 2, 5 em 5, 10 em 10, de 100 em 100, de 1000 em 1000: é o

conhecimento dos marcos das escritas convencionais (10, 100, 1000....) que

vai proporcionar que a criança construa outras escritas numéricas;

Superação da zona de irregularidade: os números de 11 a 15;

Superação dos nós (quando muda? Porque muda?) (19...29...39...);

Uso da tabela numérica: auxilia muito na observação das regularidades

existentes no nosso sistema de numeração.

Contagem:

Já a contagem envolve uma relação de ordem. Quando a criança não faz

essa relação de ordem, ela conta duas vezes um mesmo objeto ou esquece-se

de contar outro. Quando estabelece esta relação, que não precisa ser

necessariamente espacial consegue contar quantidades maiores sem se perder.

Contudo, isto não quer dizer que entenda a relação de número e quantidade.

Muitas vezes para a criança, o número é o seu nome, da mesma forma que

segunda-feira é o nome do dia da semana. Quando perguntamos para ela

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quantos tem, pensa que queremos saber o último número da seqüência (para

registrar 3, por exemplo, precisa do 1,2 e 3).

A criança está contando quando: estabelece a correspondência um a um,

mantém a ordem da seqüência numérica, relaciona cada objeto sem omitir nem

repetir nenhum e considera que o último número representa o total do conjunto.

Reconhecimento numérico:

É interessante possibilitar a construção de um repertório de números das

crianças, partindo daqueles que são mais significativos para elas (Nº. da roupa,

do sapato, do telefone, peso, medida, idade, data de nascimento, endereço, etc.)

e depois avançar com esse repertório (agenda, álbum de figurinha, pesquisa de

portadores numéricos, consulta à tabela (descobrir regularidades – o que é igual?

O que muda? Quando muda? O que vem antes? O que vem depois?)

Registro numérico:

Dois pontos são importantes nesse trabalho: primeiro é deixar que as

crianças sintam a necessidade de registrar (para descobrir quem ganhou

quem fez mais pontos ou mesmo para saber quantos pontos ele mesmo fez). O

segundo ponto é trabalhar com seqüência de atividades respeitando

inicialmente as estratégias de registro de cada um e investindo para que

avancem cada vez mais, até chegar à sistematização de um registro para

determinado jogo, por exemplo.

Comparação de quantidade:

Desafiar a criança a descobrir quem ganhou o jogo é a melhor forma de

trabalhar com a comparação de quantidade;

O jogo “batalha” também é específico para esse conteúdo;

Comparação e ordenação de escritas numéricas (exemplo ordenar números

de casas);

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Cálculo mental:

Estimular a construção de procedimentos e estratégias em qualquer jogo ou

situação problema e socializar e comparar as resoluções obtidas.

Orientações Didáticas

O professor deverá:

Compreender como a criança constrói o conhecimento lógico matemático;

Planejar sempre pensando “para quê” realizar determinada atividade;

Explorar situações cotidianas;

Propor situações desafiadoras, considerando as experiências que as crianças já

trazem de suas vivências;

Formular boas perguntas e planejar boas intervenções;

Estimular as crianças a desenvolverem seus próprios procedimentos, propor

soluções, explorar possibilidades, levantar hipóteses, etc.;

Garantir a máxima circulação de informações, por meio das socializações das

estratégias desenvolvidas, encorajando a explicar sua forma de raciocínio,

questionar, argumentar, validar suas próprias conclusões, formando uma rede de

interações e permitindo que diferentes inteligências se mobilizem durante a

discussão;

Incentivar as trocas de pontos de vista entre as crianças e abster-se de reforçar

respostas corretas e corrigir as erradas;

Diversificar os desafios para que todas as crianças tenham questões para

resolver, ou seja, considerar a Zona de Desenvolvimento Proximal das crianças

para mediar o processo de aprendizagem a partir das necessidades de cada

agrupamento produtivo, e, desta forma, estruturar seu trabalho prevendo níveis

de ajuda que possibilitem os avanços de todas as crianças;

Propor situações nas quais os conhecimentos prévios imediatos das crianças

não sejam suficientes e que a coloque diante de desafios que exija busca de

procedimentos, construções de estratégias e novos saberes;

Provocar situações que estimulem a necessidade de contagem oral;

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Estudar atentamente os “erros” das crianças - eles nos mostram como elas estão

pensando naquele momento;

Tornar a aprendizagem matemática prazerosa e significativa é tarefa

importante para o professor, portanto, trabalhar com pesquisas de forma que

as crianças desenvolvam o espírito investigativo e busque as informações de

que necessita é instrumento norteador do trabalho pedagógico;

Nos jogos: levantar hipóteses de como se joga, aproveitar os conhecimentos

que a criança já tem sobre o jogo, observar o conhecimento de base que a

criança necessita para jogar (adaptação de desafios), socializar estratégias

que as crianças utilizam para ganhar e incentivar o aluno a considerar a

própria jogada em função da jogada do outro(s);

Propor atividades que envolvam cálculo por estimativa;

Propor situações problema onde as crianças possam refletir sobre nosso

sistema de numeração e investigá-los;

Registrar os avanços das crianças para que, além do professor, ela mesma

possa acompanhar seu desempenho e buscar sempre superá-lo.

Sugestões de atividades:

Propor pesquisa de onde os números se encontram e investigar para que

serve;

Propor atividades para que as crianças distribuam materiais para os colegas

fazendo relações materiais/ crianças, utilizando-se da nomenclatura correta

(sobrou, faltou, mais, menos, ...);

Organizar o quadro de aniversariantes visando à análise do gráfico de barras;

Utilização do calendário refletindo sua função social e problematizar o mesmo

(controle dos ajudantes, marcação de passeios, quantos dias ficarão em casa,

quantos dias faltam para festa, etc.);

Tabulação de dados em diferentes gráficos (gráfico de aniversariantes, de

número de sapatos, tamanho das crianças, etc.);

Criar situações de compra e venda para que as crianças pensem sobre nosso

sistema monetário;

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Utilizar calculadora, pois é um portador presente no convívio das crianças que

não pode ficar fora da escola;

Propor situações de utilização da tabela numérica para consulta, comparando

e observando sua regularidade;

No momento da chamada trabalhar com a matemática problematizando

situações reais de crianças faltantes e presentes, quantidade de meninos e

meninas;

Criar necessidades reais de registro de quantidades tanto com a pontuação

de jogos, contagem semanal de coleções, etc;

Álbum de figurinha;

Paginar livro construído por eles;

Pesquisar números de casas;

Seqüência de atividade com lista telefônica e/ ou nº de telefone, placa de

carros, canal de televisão, etc.;

Sugestões de Músicas para desenvolver a contagem oral

Mariana conta um...

Quando o relógio bate a uma...

Dez formiguinhas...

Um, dois, três indiozinhos.

A galinha do vizinho

Um dois feijão com arroz.

JOGOS DE MESA: Que Desenvolvem o Cálculo Mental

Feche a caixa

Apresentação do jogo para a classe toda com sulfite numeradas de 1 a 9 e

dois dados. Dividir as crianças em dois grupos e a cada jogada discutir as

possibilidades de fechar as caixas escolhendo assim as mais interessantes.

Ao final, nesta primeira apresentação registrar só o número de caixas

abertas, lembrando que vencerá aquele grupo que fechar o maior número de

caixas.

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Outra possibilidade de trabalhar as regras deste jogo é utilizando cartas de

As a 9 do baralho com duplas de jogadores (dois contra dois) para possibilitar

discussão entre as duplas na escolha da melhor possibilidade de jogada. O

registro será ainda da quantidade de caixas abertas, ganhando aquele que

ganhar mais caixas.

Jogo com tabuleiro em duplas é outra possibilidade, cada jogador deverá

pensar nas melhores possibilidades para se fechar o maior número de caixas

possíveis. O registro no primeiro momento poderá ser o número de caixas

abertas, mas o professor deverá acrescentar o desafio de registrar a soma das

caixas abertas.

O professor deverá propor também, após a assimilação das regras do jogo,

diferentes situações problema para que as crianças em dupla ou individualmente

resolvam.

Jogo da tartaruga

Este jogo é composto por um tabuleiro com numerais de 1 a 6 para se jogar

com um dado. O objetivo é reconhecer o numeral onde colocar uma ficha sobre

aquele que sair no dado. Ganhará o jogo, aquele que cobrir primeiro todo o casco

da tartaruga. Existem outros tabuleiros de 2 a 12 para jogarmos com dois dados

e de 3 a 18 para jogarmos com três dados. Nos jogos com 2 e 3 dados, o objetivo

é que as crianças sejam capazes de realizar o cálculo mental.

Poderemos apresentar este jogo para a classe toda, desenhando uma

grande tartaruga no chão e dividindo a turma em dois grandes grupos. A idéia de

trabalhar este jogo com um único dado é para que as crianças reconheçam o

numeral. Quando o professor perceber que seu objetivo foi alcançado, deverá

apresentar outros desafios com dois dados e mais tarde com três para que as

crianças operem mentalmente.

Quando o jogo estiver aprendido por todos, o professor poderá apresentar a

subtração para que as crianças decidam qual a melhor possibilidade de cobrir os

numerais, somando ou subtraindo.

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Descubra

É um jogo de tabuleiro com numerais de 2 a 12 onde as crianças jogam com

dois dados. Elas deverão descobrir na seqüência numérica os numerais cuja

soma saiu no seu dado. Ganhará aquele que descobrir o maior número de casas.

Sugerimos começar em grupo no chão já utilizando os dois dados. Outra forma

de trabalhar com este jogo é fazer um bingo com a classe toda. O resultado da

soma dos dados vale para todos, ganhará aquele que preencher a cartela

primeiro. O professor poderá escolher se as crianças marcarão em duplas,

mesinhas de quatro ou individualmente.

Varetas

Para apresentarmos este jogo, propomos trabalhá-lo em grupos de quatro

crianças utilizando somente a contagem de palitos comparando quantidades para

descobrir o vencedor. Quando a regra tiver sido aprendida por todos, poderemos

acrescentar o desafio apresentando uma legenda onde cada cor de palito tem um

valor. O registro então será feito por cores e mais tarde com o valor para

descobrirmos o vencedor.

Batalha

Este jogo é composto por um baralho de mais ou menos 30 cartas

numeradas de 0 a 9. O professor poderá trabalhá-lo para provocar discussões

sobre nosso sistema de numeração, pois em dupla as crianças deverão pegar

duas cartas e posicionar os números descobrindo qual é o maior. Aquela que

estiver com o maior pegará as quatro cartas para si. Vencerá o jogo aquele que

tiver o maior número de cartas.

Sugerimos apresentar este jogo em pequenos grupos com cada criança

pegando uma carta (unidade). Um segundo passo será trabalhar com duas cartas

(dezena) provocando discussões sobre o valor posicional e mais tarde com três

cartas (centena).

Quando apresentamos o jogo, poderemos deixar que as crianças mudem a

posição das cartas e discutam, mas conforme se apropriam das regras do jogo,

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não poderão mais mudar a posição das cartas o valor posicional deverá ser feito

mentalmente.

Jogos que Ajudam a Desenvolver a Relação Biunívoca:

Boliche

É um jogo simples. Composto por garrafas e bolas (variando a quantidade

de acordo com o objetivo). O objetivo do jogo é derrubar a maior quantidade

possível de garrafas e fazer a contagem e o registro.

Polvo

É um jogo de percurso simples cujo tabuleiro é composto por um polvo com

quatro tentáculos, cada tentáculo de uma cor. Cada criança deverá jogar o seu

dado e caminhar pelo tentáculo, aquele que chegar até a cabeça primeiro será o

vencedor.

Este jogo poderá ser apresentado na quadra com bambolês, em pequenos

grupos na diversificada ou nas aulas de matemática em grupos para todas as

mesas.

Centopéia

É um jogo de percurso simples como o do polvo que pode ser jogado em

duplas ou trios.

Jogo da corrida maluca

É um jogo de percurso com obstáculos com as cores do semáforo. O

vermelho Pare – ficará uma rodada sem jogar. O amarelo: Atenção – avançará

uma casa. O verde: Siga – avançar duas casas.

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Jogo da pizza

É um jogo de regra simples cujo tabuleiro é circular, como uma pizza,

dividido em quatro partes; cada parte é composta por círculos de cores

diferentes. As crianças jogarão em grupos de 4 escolherão quem iniciará o jogo e

jogarão o dado e marcarão na pizza as rodelas de sua cor com botões

representando a quantidade que tiraram no dado. Ganhará o jogo aquele que

cobrir primeiro todas as rodelas da mesma cor.

Em roda, expor o jogo da pizza para as crianças, explicar as regras e jogar

com três alunos na frente de todo o grupo. Distribuir uma pizza para cada mesa

onde as crianças deverão jogar. Neste momento o professor deverá percorrer a

sala, observar como estão jogando e fazer intervenções pontuais com base nos

seus objetivos.

Jogo da árvore

É um jogo com regras simples idênticas ao jogo da pizza, a única diferença

está no tabuleiro que é individual.

Dado de cores

É um jogo interessante para trabalharmos com nossos alunos a questão do

registro. Ele é composto por três dados coloridos, mas a criança só marcará

ponto quando cair o azul.

Sugerimos que este jogo seja apresentado para todas as crianças dispostas

em roda. Explicar as regras dizendo que quando cair o azul, é para marcar um

ponto, em seguida, deveremos jogar com algumas crianças para que as outras

observem os procedimentos.

O professor deverá trabalhar com este jogo quando as crianças já fizerem

relação biunívoca, pois a intervenção será no registro.

Poderemos propor o jogo para todas as mesas onde das quatro crianças, 3

jogarão e 1 registrará os pontos. Nesse período o professor deverá percorrer a

classe observando com as crianças estão jogando e deverá fazer as intervenções

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que achar necessário, observando também como os registros estão sendo feitos

quais os procedimentos das crianças, organização, etc.

Socializar os registros é fundamental, pois cada registrador deverá contar

como registrou (estratégia), se conseguimos saber quem ganhou, quantos pontos

fizeram etc. Sugerimos que o mesmo registrador fique por um tempo para que se

aproprie e avance no ato de registrar.

Uma interessante possibilidade é desenvolver com as crianças um

campeonato entre mesas e porque não entre classes de forma a tornar

significativa a atividade onde prazerosamente as crianças estarão registrando e

calculando.

Indicadores para Avaliação

(1-) Contagem:

Utiliza a recitação numérica nos jogos, nas brincadeiras, nas músicas e em

situações que reconheça sua necessidade?

Organiza objetos para contar ou conta duas vezes o mesmo e esquece

outros?

Faz contagem estabelecendo relação um a um?

Sincroniza o gesto de contar com a seqüência recitada?

Designa uma quantidade a partir da contagem?

Tem noção de antecessor e sucessor ou precisa contar tudo de novo?

Conta até que número?

Quais são os erros recorrentes na contagem?

Param ou confundem as dezenas ( os nós )? No caso de pararem, seguem

quando dizemos o seguinte?

Faz contagem por agrupamento (2em 2. 5 em 5, 10 em 10, 100 em 100, 1000

em 1000)?

2-) Reconhecimento Numérico:

Faz leitura de números em diferentes contextos (fora da seqüência

numérica)?

Lê os números separadamente (23 são o dois e o três)?

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Fala diretamente o número ou necessita contar desde o um para chegar ao

nome do mesmo?

Registra com o numeral?

Reporta-se a série ordenada dos números para consulta/pesquisa (tabela,

calendário ou outros portadores)?

Observa regularidade na tabela numérica?

3-) Antecessor / Sucessor:

Fala diretamente o número anterior/seguinte ou faz uso da tabela para chegar

ao mesmo?

Ordena números?

Faz sobrecontagem (contar a partir de determinado número)? Ou seja,

conserva quantidade?

4-) Comparação de Quantidades:

Compara um a um os objetos de cada coleção?

Compara aleatoriamente?

Conta os objetos de uma coleção e posteriormente da outra?

Compara e ordena escritas numéricas?

5-) Registro (A criança registra por meio de):

Desenhos alinhados?

Marcas? Quais?

Algarismos, porém, mantendo a correspondência termo a termo (exemplo:

para registrar 4 a criança coloca 1234 ou 4444)?

Com numerais convencionalmente?

6-) Cálculo Mental:

Soma de memória dois algarismo cuja soma seja dez ( 1+9 / 6+4 )?

Soma de memória dois algarismos cuja soma seja maior que dez?

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Agrega dobros, dezenas?

Conta a partir de determinada quantidade?

7-) Resolve Situações Problema por meio de:

Explicitação oral? Desenhos? Números?

8-) Quanto à utilização da Tabela Numérica:

Aluno percebe e/ou utiliza a regularidade da mesma?

Faz consulta com autonomia ou necessita de ajuda?

Em que situação recorre á tabela?

9-) Hipótese dos alunos em relação a qual é o número maior:

1ª Hipótese – quanto maior a quantidade de algarismo maior é o número;

2ª Hipótese – o primeiro número é o que manda (para números com a

mesma quantidade de algarismos);

3ª Hipótese – o segundo número é o que manda (quando o primeiro é igual).

10-) Escrita do Número:

Faz a escrita à imagem e semelhança da numeração falada (289 a criança

escreve 200 80 9)?

Compõe o numeral?

Decompõe o numeral?

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6.2.1 Grandezas e Medidas

“A aranha realiza operações que lembram o tecelão, as abelhas envergonham o

trabalho de muitos arquitetos. Mas mesmo o pior dos arquitetos difere de início, da

mais hábil abelha pelo fato de que, antes de fazer uma caixa de madeira, ele já o

construiu mentalmente”.

Karl Marx – O capital

Convenções necessárias para nos entendermos

Para chegarmos a instrumentos convencionais de medida a humanidade

percorreu um longo caminho. De acordo com as necessidades que foram surgindo,

foram sendo criados diferentes padrões de medidas: pé, polegada, passo, punhado,

etc. Porém, com a inexatidão destas medidas vieram os conflitos e também as

soluções. A primeira unidade convencional de medida foi a jarda, baseada nas

características de um personagem reconhecido do lugar (entre o nariz de Henrique I

e a ponta de seus dedos, uma vez estendido o braço). Como não se podia levar o rei

para lá e para cá, foi estabelecido o uso de varas. O rei ficou tranqüilo em seu reino.

As varas por sua vez foram divididas em partes menores e pouco a pouco fomos

chegando à régua, ao metro.

O Ensino de Medidas Hoje

Temos duas linhas de pensamento: a Piagetiana, diz que as noções de

medidas constituem-se somente a partir de haver alcançado a compreensão do

número, e, a Vygotskiana, da escola russa, que defende que as noções de medidas

constituem-se a partir de “processos próprios da medição”, e assim, apoia-se na

didática que reproduza o caminho que a humanidade percorreu.

Segundo pesquisas, as crianças trabalhadas de acordo com os preceitos de

Vygotsky atingiram um nível superior de desenvolvimento em seus conceitos

referentes à medida.

Entende-se por medir o processo pelo qual averiguamos quantas vezes uma

quantidade, escolhida como padrão ou unidade de medida, está contida em outra da

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mesma magnitude. O número obtido a partir deste processo é, precisamente, a

medida.

A repetição de uma unidade de medida requer certa noção de divisão e de

subdivisão e que deve recobrir todo o intervalo, sem lacunas nem justaposições.

Quando usamos unidades menores obtemos medidas maiores e quando

usamos unidades maiores, obtêm-se medidas menores (proporcionalidade inversa).

Por isso, somos obrigados a expressar a unidade utilizada para medir: 1 km, 100 m,

10 quadras, 3 cm, etc.

Quando se trabalha com unidade de medida não convencional deixa claro

para a criança que medir é verificar quantas vezes a unidade cabe dentro do todo.

Para nós parece simples, mas para a criança é uma construção complexa. Por

exemplo: um cinto mede 25 cm. A criança precisa entender que 25 é quantas vezes

o 1 cm aparece no cinto medido. Portanto, o medir com palmos, passos, etc., torna

este processo de entendimento mais fácil, uma vez que a criança familiariza-se com

a ação de medir, passa a utilizar as unidades de medida convencional, com

propriedade. O uso precoce de instrumentos de medida poderia obstaculizar este

processo.

Outro aspecto importante é não “arredondar” resultados, pois o “resto” vai

ajudar a criança a construir as pequenas medidas como metro e centímetro, por

exemplo. Então, usar termos como: três copos e um pouquinho a mais, três copos e

meio, cinco passos e três pés, etc.

Objetivos Específicos:

Identificação da função social das diversas formas de medidas (peso,

comprimento, tempo e temperatura);

Comparar medidas;

Conhecer e ter noção de como utilizar os instrumentos de medida.

Conteúdos:

Comparação de tamanhos;

Conhecimento da função dos instrumentos de medidas;

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Utilização dos instrumentos de medida;

Orientações Didáticas para o Trabalho com Medidas:

Trazer para a sala diferentes instrumentos de medidas tais como: fita métrica,

termômetro, trena, metro, balança, ampulheta, relógio, etc.;

Fazer tabela ou gráfico de peso e altura das crianças procurando sempre

problematizar através de análises e comparações.

Propiciar diferentes jogos de estimativa para provocar conflito;

Propor atividades culinárias criando uma relação necessidade de medida com

diferentes instrumentos ( colher, xícara, copo, pitada, tempo de cozimento, ...);

Comparar o tamanho dos pés com os sapatos observando o que ocorre;

Propor a utilização do relógio em sala de aula.

Atividades culinárias: tempo de cozimento, e quantidades de medidas (litro,

gramas, colher, pitada, etc.);

Trabalho com medidas não convencionais: passos, palmas, punhados,

polegadas, palitos, barbantes, cordas, tira de papel, etc. (propor desafios para os

quais as crianças terão que recorrer a essas medidas);

Debates sobre as diferenças ocorridas com uso das unidades não convencionais

de medida (este conflito que levará a necessidade de se usar as convencionais);

Trabalho com unidades de medida convencional: régua, fita métrica, trena,

metro, etc.

Elaboração e confecção de jogos (com medidas específicas);

Proporções corporais: equivalências (2 vezes a medida do pescoço = a cintura;

medida do pé = antebraço, as duas primeiras falanges do indicador = nariz, etc.;

Medida de tempo: relógio, calendário (diferença entre dia, semana, mês, ano),

tempo histórico na família e na comunidade (pode ser observada por meio de

fotos antigas e recentes – linha do tempo);

Tomar medidas de uma boneca para fazer-lhe uma roupa;

Produtos: normalmente as embalagens trazem informações sobre peso,

metragem, capacidade;

Capacidade: verter, transbordar, encaixar são ações que aproximam o

descobrimento da capacidade de diferentes recipientes. Exemplo: quantos copos

podem ser servidos com 2 litros de refrigerante?

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Confecção de balança de equilíbrio: as primeiras noções são fornecidas pela

“sensação” de peso. “É pesado”, “é mais leve”. Com a utilização da balança,

podem ser realizados vários desafios de comparação;

O professor deve aproveitar situações de sala de aula para empregar o

vocabulário relativo às medidas: longo, curto, grande, pequeno, espesso, fino,

alto, estreito etc;

Jogos

Quilles com bola grande na quadra

Material: corda, bola e garrafas de refrigerante.

Propor a primeira jogada com garrafas vazias, girar a bola tentando

derrubar o maior número possível de garrafas. Registrar os pontos. O objetivo

será descobrir a medida de força e o movimento para derrubar o maior número

de garrafas.

Jogar também com garrafas cheias será uma interessante experiência de

comparação de medida de força. Poderemos também trabalhar com garrafas de

pesos diferentes tendo assim que modificar a estratégia de jogada.

Jogos de arremesso

Salto em distância: medir as distâncias dos saltos .

Aumenta-aumenta (salto em altura): com uma corda o professor poderá

modificar alturas, com desafios crescentes.

Indicadores para avaliação:

Faz medidas diretas e indiretas de grandezas;

Compara tamanhos de objetos colocando-os lado a lado;

Mede com instrumentos;

Marca o tempo por meio do calendário ou relógio.

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6.2.2 Espaço e Forma

Não há espaço que se configure sem o desenvolvimento do esquema

corporal. Corpo é espaço. Ocupa espaço. Divide espaço. Faz análise do espaço

primeiro com seu corpo, antes de fazê-la com os olhos, para acabar por fazê-la com

a mente. Todos os outros objetos ao seu redor são vistos em função da posição

atual do próprio corpo. Esta é a primeira estabilização perceptiva e o trampolim

indispensável para estruturação do espaço.

Atividades de corpo e movimento, principalmente a dança, os jogos em grupo

e parcerias, proporcionam bons desafios: corpo X espaço.

Objetivos Específicos

Explorar relações espaciais;

Construir objeto a partir de modelo ou livremente;

Representar graficamente objetos e lugares;

Analisar gráficos e itinerários;

Elaborar e/ou interpretar gráficos de barra;

Conteúdos:

Exploração de relações espaciais;

Construção de objetos;

Representação gráfica de objetos;

Representação gráfica de lugares;

Análise de itinerários;

Elaboração e interpretação de gráficos.

Orientações didáticas:

Propor jogos e brincadeiras que trabalhem as questões de espaço e forma

(amarelinha jogo do caracol, quadrados no chão...);

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Observação de mapas e itinerários refletindo sobre sua função (mapa do

caminho de casa até a escola, mapa de ruas, do zoológico, etc.); representação

de caminhos (com pontos de referências), representação de parte da escola

(parque, sala de aula, etc.), apreciação e representação da planta da escola,

desenho de circuito, maquetes de espaço, mapa do tesouro, etc.;

Propor situações de observação e representação de espaços conhecidos

através de maquete, desenhos e plantas (maquete da escola, planta da

escola, da sua casa, etc.);

Utilização de blocos de madeira, e brinquedos de encaixe, buscando a

representação no plano;

Trabalhar com as equivalências do Tangran;

Observação das formas geométricas que se apresentam na natureza;

Representar graficamente objetos em diferentes ângulos de visão (desenho

de observação);

Representações tridimensionais como maquetes, construções de argila, Lego

dacta, etc.;

Construir diferentes estratégias em jogos de formas diversas como: Ta Te Ti,

Dama, Xadrez, Dominó de cores, etc.;

Socialização de estratégias ampliando conhecimento;

Propor jogos de montar como lego data, Tangran, quebra cabeça...

Tangran

É um tipo de quebra cabeça de sete peças (1 quadrado, 2 triângulos

pequenos, 2 triângulos grandes , 1 triângulo médio e 1 paralelogramo).

Sugerimos:

1-) Iniciar este trabalho contando a Lenda do Tangran (história do chinês) onde

as crianças se tornam dispostas a ajudar o chinês com a montagem do espelho

utilizando as sete peças. – Socializar descobertas;

2-) Deixar que as crianças montem figuras livremente utilizando as 7 peças do

tangran;

3-) Montar figuras sobrepondo as peças a modelos;

4-) Sobreposição faltando algumas linhas;

5-) Montar figuras onde aparece apenas a silhueta ou sombra;

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6-) Montar figuras observando modelos;

7-) Montar figuras seguindo instruções.

Outras ideias:

As atividades podem ser trabalhadas em duplas para enriquecer as

discussões.

Registrar figuras para compor novas cartelas é outra tarefa bastante

interessante e desafiadora;

Ditar uma figura e aquela que se aproximar mais do modelo será a vencedora.

Quando as crianças estiverem dominando muito bem o jogo, o professor

poderá propor atividade de dobradura e recorte das peças do tangran

coletivamente;

Nomeação correta das peças

Equivalências no Tangran:

Trabalhar com equivalências neste jogo é muito importante, onde o professor

poderá propor vários desafios. Com estas brincadeiras as crianças estarão

pensando e descobrindo coisas neste jogo.

Alguns desafios:

Observar e comparar as peças, verificar quais peças têm o mesmo tamanho, a

mesma forma, quantas vezes uma “cabe” dentro da outra.

Compor um quadrado usando 2 peças do tangran;

Compor um paralelogramo utilizando dois triângulos pequenos;

Um quadrado utilizando dois triângulos grandes;

Um triângulo médio utilizando dois pequenos;

Compor um triângulo usando 2, 3 e 4 peças do tangran;

Compor um quadrado, com 3 e 4 peças do tangran;

Compor um retângulo, usando 3 e 4 peças do tangran;

Obs.: Desenhar as respostas e verificar quantas possibilidades existem.

Outras situações com o Tangran:

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Jogo dos comprimentos das peças: cada jogador tem um jogo do Tangran

completo. O primeiro jogador coloca uma peça e os demais vão colocando as peças

de tal maneira que um dos seus lados toque em um lado da mesma. Se não tiver

passa a vez. Vence o primeiro que colocar todas as peças (tipo dominó).

Compor figuras livremente com as 7 peças e inventar uma história para sua

figura. Criar uma história coletiva na classe tendo como personagens as figuras

que cada um criou.

Jogo da velha

A apresentação deste jogo poderá ser feita para todo o grupo desenhando-o

no chão. Perguntaremos _ Quem sabe jogar? E jogaremos com esta criança. Em

seguida proporemos o jogo em duplas combinando a quantidade de jogadas.

Combinar o registro para sabermos quem será o vencedor e propor até um

campeonato na sala.

Apresentar uma situação de jogo congelada e pedir para que as crianças

levantem possibilidades para se ganhar o jogo. Socializar possibilidades.

Elaborar cartaz com as possibilidades elaboradas pelo grupo e constatar

estas possibilidades.

Ta Te Ti

Apresentar este jogo após o jogo da velha apontando as diferenças;

Propor novos campeonatos;

Propor atividades em quadra onde as crianças sejam os pinos humanos.

Dominó das quatro cores

Propor às crianças que em grupos de quatro, montem um quadrado com as

quatro cores. Em seguida pedir para que montem o quadrado com as quatro

cores sem encostar as laterais da mesma cor. Fazer registro com lápis de cor e

papel, trocar os registros entre os grupos e fazer a solução encontrada pelos

outros colegas.

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O novo desafio será que as crianças montem o quadrado sem unir laterais e

vértices das mesmas cores. Fazer registro e trocar com outros grupos.

Atividades como: fazer desenhos livremente sem tirar o lápis do papel e

pintar o próprio desenho utilizando o teorema das quatro cores é uma atividade

que poderá ocorrer antes do desafio com o dominó de cores. Os desenhos

poderão ser trocados entre as crianças onde cada um pintará o que o amigo fez.

Outros Jogos: trilha, batalha naval, amarelinha, boliche (traz questões de

direção – mais para direita, mais para a esquerda, mais perto, e também de força

– mais forte, mais fraco, etc.).

Trabalho com o tridimensional: passar do bi para o tridimensional. O Lego

Dacta traz fichas que ajudam bastante nesta passagem do espaço

representativo para o perceptivo e vice e versa. Esculturas de sucata, blocos de

madeira ou de montar, massinha ou argila também podem ser utilizadas nestas

representações;

Relação com Outras Áreas de Conhecimento

Corpo e movimento:

Brincadeiras que se medem: arremesso de peso, salto à distância, salto em

alturas;

Pedir para que a criança desenhe a brincadeira é uma ótima atividade de espaço

e forma (roda, amarelinha, pula corda, etc.). Quando faz isso à criança passa o

espaço perceptivo para o representativo.

Arte:

O trabalho realizado com mosaicos, vitrais, formas geométricas (artistas como

Mondrian e Volpi exploram bem esses temas), malhas, simetrias, esculturas, etc.

A observação e exploração das regularidades da natureza: teia de aranha,

estrela do mar, flores, frutas, folhas, etc.

Observação e representação de um objeto visto por vários ângulos

(principalmente visão aérea)

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Outras situações:

Elaboração e confecção de jogos: trabalhar com seqüenciadas de atividades

para este fim, podendo no final montar uma “jogoteca”, para que as crianças

possam levar jogos para brincar em casa com os familiares e amigos.

Indicadores para Avaliação

Explora relações espaciais (quebra-cabeça)?

Constrói um objeto utilizando-se de modelo (passa do espaço representativo

para o perceptivo - Lego Dacta)?

Constrói objetos livremente a partir de outros?

Representa graficamente objetos (passar do espaço perceptivo para o

representativo)?

Descreve percursos observando pontos de referência?

Representa espaços (itinerários, lugares, brincadeiras)?

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6.3 CORPO E MOVIMENTO

“Corpo e mente devem ser entendidos como componentes que integram um

único organismo. Ambos devem ter assento na escola, não um (mente) para

aprender e o outro (corpo) para transportar, mas ambos para se emancipar. Caso

contrário o corpo fica reduzido a um estorvo que, quanto mais quieto estiver

menos atrapalhará”.

“Fica difícil falar em educação concreta na escola quando o corpo é considerado

um intruso. A concretude do ensino depende, a meu ver, de ações práticas,

corporais, conhecimentos significativos, formação para a autonomia e assim por

diante”. “Sugiro que, a cada ano letivo, por ocasião das matrículas, também o

corpo de cada criança seja matriculado”.

(João Batista Freire, Educação de Corpo Inteiro)

Esta área de conhecimento não trabalha apenas o movimento, mas

também o autocontrole, a emoção e a auto-estima das crianças. Quando estas

vencem desafios com o corpo e movimento, isso naturalmente se reflete no

trabalho com as outras áreas. No entanto, a importância da área se justifica por

ela mesma, ou seja, ela é tão importante quanto às outras áreas do currículo.

O corpo é o primeiro objeto de interação do sujeito com o mundo. O

conhecimento do próprio corpo se dá através das vivências pessoais. Dentro

dessas vivências, os jogos e brincadeiras, as rodas cantadas, as danças, os

circuitos, as estações de movimentos e as explorações de materiais oferecem

situações de aprendizagem interessantes e dentro de um contexto rico e

significativo para as crianças. A escola é um dos lugares onde acontece a

construção dessa cultura lúdica e quem assume esse papel é o educador, que ao

socializar o conhecimento de todos, ajuda o grupo a construir um repertório de

brincadeiras em comum. Já que o brincar é fruto da relação social do sujeito e é

algo que se aprende, é fundamental para as crianças ter adultos que lhe ensinem

os jogos e as brincadeiras. (Proposta Curricular da Educação Infantil, vol.II)

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Objetivos:

Explorar e controlar os próprios movimentos, conhecendo limites e

potencialidades, buscando superá-los;

Apropriar-se progressivamente da imagem global de si mesmo;

Explorar possibilidades de movimentos através de diferentes materiais;

Criar uma auto-imagem positiva, em relação ao próprio corpo e possibilidades

de movimento;

Desenvolver a noção de equipe, cooperação e respeito.

Conteúdos:

Participação em diferentes atividades corporais, com solidariedade,

cooperação, principalmente, utilizando os jogos cooperativos;

Valorização das suas conquistas corporais e as dos outros;

Resgate de brincadeiras, cantigas, que envolvam corpo e movimento;

Conhecimento e respeito às regras;

Manuseio de objetos como corda, bola, arco, bastão, etc.;

Aperfeiçoamento dos gestos (desafios corporais envolvendo equilíbrio,

flexibilidade, coordenação, lateralidade, ampliação do movimento, etc.);

Aperfeiçoamento de possibilidades de locomoção (andar, correr, saltar,

desviar, engatinhar, rolar, escalar, pedalar, sentar, dançar, girar, escorregar,

etc.);

Aperfeiçoamento de possibilidades de manipulação de materiais (bater,

rebater, pular, chutar, arremessar, encaixar, lançar, etc.)

Aperfeiçoamento de possibilidades de equilíbrio (rolar, pendurar-se, girar,

andar sobre uma linha (reta, curva), pular em um pé só, etc.)

Orientações Didáticas

Organizar tempo e espaço para que a atividade se desenvolva da melhor

maneira, de modo a propiciar estímulo, interesse e participação, evitando

tempo de espera;

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Estimular a participação de todos para superar possíveis causas (medo,

vergonha...);

Organizar o ambiente com materiais que propiciem descobertas e explorações

de movimentos (circuito, estações);

Promover diversidade de desafios, levando em conta os conhecimentos

prévios;

Propor jogos e brincadeiras envolvendo imitação, interação, e reconhecimento

do corpo;

Desenvolver atividades nas quais as crianças possam saltar obstáculos,

escalar, coordenar habilidades motoras, velocidade, flexibilidade e força;

Desenvolver trabalho em parceria com outra(s) sala(s);

Possibilitar momentos de interação/discussão entre as crianças permitindo o

confronto de percepções e esquemas, comparações, troca de informações e

pontos de vistas, ajudando-as a fazerem relações entre o que já sabem com

novos conhecimentos;

Fazer um resgate cultural de jogos e brincadeiras (com os alunos, professores

ou pais);

Respeitar a diversidade e garantir a participação de todos os alunos

Planejar as atividades previamente tendo claro o objetivo que pretende

alcançar e os desafios corporais que irão favorecer a ampliação das

aprendizagens das crianças em seus repertórios de movimentos;

Avaliar e registrar os avanços e dificuldades dos alunos para elaboração de

novos desafios e intervenções;

Ficar atento quanto às crianças que apresentam questões de saúde, buscar

sempre orientações médicas para respaldar a sua prática;

Repetir a atividade para garantir a apropriação das crianças;

Valorizar o esforço e as conquistas pessoais.

Sugestão de organização semanal das aulas:

2ª feira 3ª feira 4ª feira 5ª feira 6ª feira Jogos e brincadeiras

Atividade com materiais:corda, bola, pneu, bambolê, etc.

Circuito /dança e roda cantada

Jogo simbólico

Atividade escolhida pela turma

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O que o professor deve observar:

Como a criança se porta frente aos desafios corporais?

Participa com prazer das atividades propostas?

Qual sua evolução em relação ao desenvolvimento de suas habilidades

motoras (pular corda equilibrar-se, etc.);

Como é sua integração com o grupo?

Coopera? Tem respeito pelo outro?

Tem noção do trabalho em equipe?

Como se relaciona com as regras dos jogos? Contribui para construção das

mesmas?

Como se apropria das brincadeiras apresentadas?

Possui ritmo? Cria movimento nas danças? Tem lateralidade? Equilíbrio?

Contenção do movimento?

Tem noção de espaço, tempo e força?

Possui atenção/concentração nos jogos e brincadeiras?

Participa de dramatizações/jogos simbólico? Tem expressão corporal?

Lista de brincadeiras:

Corre cotia;

Rodas cantadas (Ciranda-cirandinha, Nesta rua, Terezinha de Jesus, Onde

está a Margarida, Fui ao Tororó, Para dentro e para fora, Caranguejo não é

peixe, Jacaré poiô, Rabo da serpente, Roda pião, Roda, roda, roda, Marre-

marré, Se eu fosse um peixinho, A canoa virou etc.);

Pega-pega;

Pega-pega diferente: todas as crianças posicionam-se sentadas no chão com

as pernas esticadas, ocupando todo o espaço da quadra e elegem-se dois

elementos um para ser o pegador e o outro para ser o fugitivo. O fugitivo

quando quiser poderá escolher alguém, pular a sua perna e sentar-se em

seguida. A criança que foi “pulada” passa a ser o pegador e quem era o

pegador passa a ser o fugitivo;

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Pega- pega corrente: quem for sendo pego vai formando uma corrente e

quem estiver nas extremidades são os pegadores (pode-se combinar quem

irão pegar);

Pega-pega de boné: sempre que pega alguém passa o boné. Quem estiver

com o boné é o pegador

Pega-pega vira estátua: quem for pego vira estátua e quem ainda não foi

pego pode salvar as estátuas

Meleca: desenhar várias formas no chão. Dentro de cada meleca fica uma

criança que será pegadora. As outras crianças devem fugir e se forem

tocadas pela meleca viram melecas também

Coelhinho sai da toca

Quatro cantos: cada equipe em um canto, a um sinal trocar de canto sem

deixar-se pegar pelo pegador que fica no meio;

Morto vivo enterrado

Estátua

Batata quente

Mãe da rua

Queremos passar pelo rio vermelho

Balança caixão

Passa, passa três vezes

Boca de forno

Rabo da serpente

Camaleão

Passa anel

Somos três mocinhos da Europa

Queimada

Beijo, abraço e aperto de mão

Corda: Salada saladinha/ Com quem será que o fulano vai se casar? / Um

homem bateu em minha porta e eu abri/ Aumenta-aumenta/ Cobrinha, etc.

Jogo das pedrinhas

Dança das cadeiras

Gato e rato

Basquetinho (jogo das bolinhas de papel)

Peteca de jornal

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Escravos de Jó

Pula sela

Barra manteiga

Vivo ou morto

Duro ou mole

Cabra cega

Corrida do saco

Túnel humano

Cabo de guerra

O mestre mandou

Elefantinho colorido

Polícia e ladrão

Atividades com bexiga

Cada macaco no seu galho

Dramatização ou mímica

Amarelinha

Esconde-esconde

Estátua

Mamãe polenta

Colchão humano

Pipa

Seu lobo

Jogos cooperativos

Patinho feio

Seu rei mandou

Brincadeira do espelho

Fadas e robôs

Pato, pato, ganso

Vassourobol

Acorda seu urso

Carneirinho, carneirão

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Algumas ideias para desenvolver sequência de atividades corporais:

Corda:

Cobrinha

Aumenta-aumenta

Desafio de aprender a pular corda

Pular em dupla

Entrar

Sair

Músicas que trazem desafios:

“Com quem será que fulano vai se casar?

Loiro, moreno, careca, cabeludo

Rei, ladrão, polícia, capitão?

Com a, com b, com c...”

“Salada, Saladinha

Bem temperadinha, com sal

Pimenta, pimentinha, pimentão (ir acelerando)”

“Um homem bateu em minha porta

E eu abri

Senhoras e senhores põem a mão no chão

Senhoras e senhores pulam num pé só

Senhoras e senhores dão uma rodadinha

E vão pro olho da rua... (sai uma criança e entra outra)

Basquete:

Aprender a bater a bola;

Bater a bola em movimento (andando);

Arremesso à cesta;

Passar a bola para os amigos;

Trabalhar em equipe;

Com equipe adversária;

Jogo com regras simples

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6.4 Ciências e Educação Ambiental

Turma do Infantil V – Professora Elisabete Barboza – Observação da metamorfose

Os conhecimentos científicos valorizados historicamente apresentam uma

estreita vinculação com o contexto sócio-político e econômico de cada momento, o

que acaba mobilizando a mudança de postura das pessoas. Não há, portanto, uma

neutralidade nas produções e formas de organização do conhecimento, estando a

ciência a serviço de certos interesses de determinada época. Tentar separar a

ciência do corpo da história é distanciá-la de sua compreensão como processo de

construção social, produto do esforço da humanidade. Assim, quando ensinamos e

aprendemos Ciências e Educação Ambiental na escola, estamos mais que

ensinando e aprendendo conceitos, atitudes ou procedimentos, estamos ensinando e

aprendendo formas de olhar, pensar e conceber o mundo.

Refletir e discutir sobre questões do cotidiano como: a mídia, a ideologia de

consumo, o desperdício, a violência, o egoísmo e o preconceito é um ponto de

partida para construção de culturas que constroem valores.

Dentro deste contexto, consideramos que a proposta para esta área deva

orientar a ações de todos (alunos, profissionais da Educação e a comunidade) para

um novo paradigma, comprometido com uma nova relação ética, estética e política

compreendida de uma maneira sistêmica. Propomos educar sob a égide:

Da ética: que respeita a vida em toda a sua processualidade, localizando o ser

humano como um elo na biodiversidade, desenvolvendo a consciência que

valorize todas as formas de vida com as quais compartilhamos este planeta,

respeitando seus ciclos vitais e impondo limites à exploração predatória das

mesmas;

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Da estética: que recria, assim como a arte, novos campos de beleza desfocando

a ideologia do consumo;

Da política: capaz de quebrar o invólucro do ser humano alienado e hipnotizado

pelo seu “eu onipotente” de modo à resignificar valores como a: convivência com

o outro, a solidariedade, a igualdade e o respeito aos direitos humanos, a

cooperação, o diálogo entre indivíduos, a interação entre as culturas com a

finalidade de criar novos modos de vida, sem distinções éticas, físicas, de gênero,

idade, religião ou classe.

Estes princípios precisam ser compreendidos de uma maneira integrada,

promovendo à transformação e a construção da sociedade que envolve uma

perspectiva holística, enfocando a relação entre o ser humano, a natureza e o

universo de forma interdisciplinar, integrando conhecimentos, aptidões, valores,

atitudes e ações, convertendo cada oportunidade em experiências educativas de

sociedades sustentáveis.

Vale lembrar que, sobretudo na Educação Infantil, devem-se orientar os

planejamentos para o trabalho com a formação de valores e procedimentos, mais do

que a ansiedade de se garantir informações e conceitos vazios, descontextualizados

e pouco significativos.

Objetivando um trabalho pedagógico mais sistematizado e intencional, no que

se refere à Educação Ambiental, consideramos a proposta apresentada pelo prof.

Zysman Neiman (“Educação Ambiental –EA- Conceitos e definições”.) abordando; a

sensibilização como forma de cultivar uma atitude de reverência para com a vida; a

informação como elemento que favorece a reflexão sobre as conseqüências de

nossas atitudes a respeito do entorno ecológico e assim, assumir decisões

consciente; a mobilização como a ação que orienta as pessoas, instituições e

comunidades para cooperarem, transformarem e construírem situações desejáveis,

estando todos abertos para diferentes pontos de vista e a ação que assegurará a

execução prática dos projetos ambientais que se deseja concretizar.

Proposta Curricular – vol.II

Objetivos:

Conhecer e valorizar os acontecimentos culturais de sua comunidade;

Conhecer e respeitar modos de vida de diversos grupos sociais;

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Sensibilizar para a necessidade da construção de uma sociedade justa, de

respeito às diferenças, ao pluralismo de idéias e concepções, solidariedade,

cooperação e sensibilizar o olhar para as injustiças e discriminações,

compreendendo o conceito de justiça baseado na idéia de equidade;

Valorizar e empregar o diálogo como forma de esclarecer conflitos e tomar

decisões coletivas e individuais; assumindo posições segundo seu próprio

juízo de valor, considerando diferentes pontos de vista e aspectos de cada

situação;

Valorizar a vida, sob suas mais diversas formas, identificando, apreciando e

reconhecendo a diversidade natural e sócia cultural, adotando postura de

respeito e convívio aos diferentes aspectos e formas do patrimônio natural,

ético e cultural;

Desenvolver o procedimento de pesquisa, utilizando a BEI (livros, internet,

vídeos, jornais, revistas, CD-ROOM) e outros meios (pesquisa de campo, na

família, entrevistas com pessoas que conheçam a situação pesquisada);

Ampliar o conhecimento sobre o uso consciente da água;

Envolver a família no processo educativo.

Conteúdos

Pesquisa de diferentes fontes para buscar informações;

Percepção e cuidados necessários à preservação da vida e meio ambientes;

Fenômenos da natureza – Ciclo d’água: a importância, características,

estados físicos e áreas mananciais;

Organização do espaço da horta e acompanhamento sistemático dos vegetais

ali plantados;

Seres vivos (Relação no Ecossistema);

Conhecimentos e cuidados básicos de vegetais por meio do cultivo;

Conhecimento de algumas espécies de faunas brasileiras;

Organização dos grupos e seu modo de vida ;

Poluição;

Enchentes;

Desperdício (foco na água: bem não renovável;

Consumismo;

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Lixo – Reciclar – Reduzir – Reutilização;

Atuação sobre o meio ambiente de forma a preservá-lo;

Conhecimento das influências dos fenômenos da Natureza;

Extinção: um perigo que nos cerca;

Ética de bem viver na sociedade, na escola, em casa e com o meio ambiente.

Orientações Didáticas

Fazer boas perguntas;

Partir de um problema, uma situação real;

Valorizar os questionamentos e dúvidas considerando os conhecimentos

prévios;

Considerar as hipóteses que as crianças formulam, buscando entender a

lógica do seu pensamento;

Incentivar as crianças a buscarem respostas, comprovarem ou não a

veracidade das suas hipóteses;

Organizar atividades para as crianças trabalharem em grupo, propiciando a

troca de ideias;

Observar e registrar as hipóteses que aparecem para comparar com a

informação pesquisada;

Procurar ampliar seus próprios conhecimentos sobre os temas trabalhados

com as crianças, estar atento às necessidades do seu grupo, a fim de nortear

o trabalho,

Ter clareza dos objetivos a serem atingidos;

Selecionar previamente os materiais necessários para determinada atividade;

Ter a coerência entre sua ação e seu discurso, fazendo valer a proposta

desenvolvida;

Utilizar diferentes estratégias para a busca de informações coletando dados

por meio de pesquisa, entrevista, histórias de vida, experiência direta, vídeos,

músicas, histórias, etc;

Propor diferentes formas de sistematização (registros) dos conhecimentos

(exposições, textos, desenhos, fotos, vídeos, etc.);

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131

Propor experiência direta, estudo do meio ambiente, por meio de visitas a

Museus, parques e jardins, observação direta de plantas e animais;

Propor a utilização de registros de observação do processo de transformações

das experiências;

Orientar a observação das crianças, o que observar e como;

Trabalhar por meio de projetos privilegiando a utilização do espaço da BEI,

como espaço pensado para o desenvolvimento da pesquisa e a construção da

autonomia na busca da informação;

Abordar assuntos que despertem a curiosidade das crianças e manter o olhar

mais voltado para o processo do que para o produto ou tema, valorizando as

apropriações procedimentais e/ou atitudinais dos alunos.

Pesquisa na Educação Infantil

Tema: Como trabalhar um projeto de pesquisa com crianças de 3 a 5 anos.

Objetivo: Leitura

Ler para divertir-se – Conhecer outros mundos possíveis e refletir sobre o

próprio.

Ler para informar-se – Jornais, revistas, bulas, etc.

Ler para fazer – Manual etc.

Ler para aprender – Conjunto de situações para aprender – aprender a

aprender.

Para que o aluno construa e se aproprie dos procedimentos de pesquisa é

necessário que haja um trabalho direcionado e sistematizado para isto.

Da mesma forma, para que o professor construa estratégias de mediação para

este trabalho com o aluno, a sistematização se faz necessária. Somente com a

prática, sentindo o que deu certo para manter, reformulando o que não deu,

socializando com o grupo é que este objetivo vai sendo atingido. Não é de um dia

para o outro, nem mesmo de um ano para o outro.

Para a sistematização deste trabalho, nada melhor do que trabalhar com

projetos.

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132

Mas, como pesquisar com crianças de 3 a 5 anos?

A pesquisa deve cumprir algumas etapas;

O professor vai construindo procedimentos de mediação frente à pesquisa;

O objetivo da pesquisa é aprender a aprender.

Etapa 1: Escolha do Tema

Deve-se levar em consideração alguns aspectos, tais como:

É um assunto que desperta o interesse das crianças?

O tema traz em si questões problematizadoras que as crianças se sintam

instigadas a procurar por respostas?

As crianças possuem algum tipo de conhecimento prévio?

Existe a possibilidade de ter material de consulta suficiente para que o

trabalho seja conduzido até o final?

Há continuidade educativa? Encadeamento significativo de suas etapas –

complexidade crescente.

Etapa 2: como apresentar o projeto?

Introdução da pesquisa

Seleção de materiais para apresentar às crianças (livros, fotos, ilustrações,

cantos temáticos)

Levantar com o grupo questões problematizadoras para instigar a curiosidade

dos alunos a buscar as respostas;

Produto final – compartilhar com o grupo qual será o resultado final do

trabalho desenvolvido, pois para a criança o produto final é o objetivo a ser

atingido, é o que torna o projeto significativo.

Etapa 3: Pesquisa Coletiva

Pesquisar sobre um sub-tema coletivamente, tendo o professor como

modelo, pois é a primeira vez que os procedimentos de leitura para buscar

informações que serão colocadas em jogo;

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Formulação de perguntas: as crianças pequenas (3-4) devem trabalhar com

uma, no máximo duas perguntas (Ex. estudo sobre animais/ sub-tema: leão/

Questões: o que o leão come? onde ele vive?)

Explicitação de todos os procedimentos utilizados: em roda o professor vai

retomando tudo o que foi feito desde a escolha de portador até a localização

da informação desejada (Ex: A informação foi encontrada em livro, Como

encontramos este livro? Usamos índice? Número da página?, etc)

Registro das informações: é importante haver o registro tanto antes (o que já

sabemos e o que desejamos saber), como depois (o que aprendemos?) Sem

o registro a informação se perde e não tem como o professor retomar o que

foi apreendido, acompanhar o desenvolvimento do grupo, assim como,

também não é possível o aluno acompanhar o desenvolvimento de sua

própria aprendizagem.

Etapa 4: Pesquisa em Pequenos Grupos

Cada grupo vai formular a questão a ser buscada; o professor deve ajudá-los

a organizar as perguntas levantadas, pois estas serão o material organizador

do trabalho, em todos os momentos da pesquisa.

Como organizar os grupos?

Agrupamento pensado pelo professor, levando em conta as características de

cada um;

Dividir o grupo de acordo com as fontes a serem pesquisadas: vídeo, jornal,

revista, livros, etc

O trabalho coletivo pode continuar a acontecer junto com o trabalho em grupo

( o professor não precisa parar com um, para dar início ao outro)

3 e 4 anos – Pesquisas coletivas

5 anos – A pesquisa termina nos agrupamentos

Orientações Importantes

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Socialização das informações encontradas: importante para o crescimento do

grupo.

Socialização dos procedimentos: importante para o professor. Exemplo: O que

o leão come? – importa para o aluno. Como encontrar a informação: é o que

importa para o professor.

Aproximar os alunos de textos informativos: ler o texto na íntegra para os

alunos.

Entender que: procurar a informação e se apropriar da mesma, são processos

completamente diferentes;

Combinar como o registro será feito com a classe;

A autonomia é construída gradativamente: nem mesmo no final da educação

infantil as crianças irão aprender todos os procedimentos;

Monitoramento do professor: quanto menor a criança, maior esse

monitoramento;

Importância em se trabalhar a estrutura do livro para facilitar o procedimento

da pesquisa ( índice, páginas, editora, autor, título, etc)

3 anos: trabalhar mais com leitura de imagem;

4 anos: além da leitura de imagem, já pode começar a utilizar estratégias de

leitura.

Conclusões

Num trabalho voltado para aprender a pesquisar o que mais vai importar é a

apropriação dos procedimentos.

O educando aprendeu aonde e como buscar uma informação,

principalmente numa biblioteca com vários recursos? Sabe o que fazer com a

informação?

O que o professor deve observar:

A criança formula hipótese (utiliza os conhecimentos prévios) depois checa as

mesmas por meio de pesquisa e estudo, reformulando suas respostas?

Qual seu desenvolvimento frente aos procedimentos de pesquisa?

Estabelece relação de respeito e preservação em relação ao meio ambiente,

a outras culturas, raças, etc.?

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Apresenta cooperação, integração e solidariedade na convivência social?

Consegue trabalhar em grupo?

Que mudanças de atitude podem ser observadas?

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136

6.5 Artes Visuais e Música

O ensino das Artes na escola deve considerar o pensamento, a

sensibilidade, a imaginação, a percepção, a interação e a cognição da criança em

cada fase de desenvolvimento, num trabalho integrado que favoreça o

desenvolvimento de suas capacidades criativas e expressivas.

“No processo de aprendizagem em Artes, a criança traça um percurso de

criação e construção individual que envolve escolhas, experiências pessoais,

aprendizagens, relações com a natureza, motivação interna e/ou externa.”

(RCNEI, 1998:91)

Os saberes e fazeres das crianças se transformam ao longo de seus

processos, pois, são saberes provisórios. Assim, as crianças avançam

progressivamente em seus percursos enquanto produtores e apreciadores de

Arte.

A Arte infantil – desenhos, pinturas, colagens, modelagem, construções,

esculturas e fotografia – tanto em seu processo quanto no resultado, deve

dialogar com o que acontece e existe de arte para além dos muros escolares. O

assunto destes diálogos faz com que uma rede de relações seja construída,

possibilitando que a criança conheça mais sobre si e seu processo artístico,

sobre a sua cultura, sobre a cultura de diferentes povos e épocas.

Alimentar as descobertas e a criação com diversidade de materiais,

propostas e imagens é condição fundamental para o desenvolvimento da

experiência pessoal da criança, criando e recriando individualmente formas

expressivas de ser e de estar no mundo. O objetivo é que cada criança

desenvolva e trabalhe segundo sua marca pessoal, fruto de estímulos internos e

externos. A Arte, desta forma, é linguagem, é meio de comunicação de ideias e

sentidos.

As crianças desde pequenas podem e devem OLHAR, FAZER e PENSAR

arte. Assim, estes são os eixos que, articulados, determinam a prática do ensino

das artes visuais na escola:

a-) Fazer Arte:

O fazer compreende o processo e também o produto. O processo de fazer

arte é individual, cada aluno o faz a partir das suas experiências. Mas este

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processo se dá também nas diferentes interações com outras crianças, imagens

e propostas feitas pelo professor.

No entanto, com diferentes modalidades artísticas, as crianças conhecem,

pesquisam e exploram possibilidades, assimilam procedimentos e se apropriam

dos saberes de acordo com as características de seu percurso criador.

Pode-se fazer arte também em duplas, em grupo e coletivamente.

b-) Olhar Arte:

É muito importante olhar a própria produção. Quando falamos em processos

de produção, estamos falando sobre a articulação entre fazer, olhar e pensar.

Olhar novamente para o que fez, transforma o ato criador em um fato

potencialmente mais significativo. Permite recuperar todo o caminho, numa

ação que conecta passado, presente e futuro: olhar o resultado, desfrutar da

ação de olhar e projetar idéias para trabalhos futuros;

Olhar a produção dos colegas também é rica fonte de conhecimento e

informações sobre arte. Isto significa olhar não apenas o produto, mas

também para o processo de produção. Este olhar faz pensar na arte como

fruto de buscas e de trabalhos e que a partir de uma mesma proposta cada

criança apresenta uma solução diferente, contribuindo para a compreensão

da marca pessoal.

Olhar a produção artística de diferentes povos e épocas, além de

conhecer sobre o trabalho de artistas permite entrar em contato com uma

diversidade de referências. Olhar para diferentes produções artísticas

favorece o pensamento e a consideração de diferentes pontos de vistas, de

diferentes linguagens. Olhar para a diversidade favorece descobrir entre

tantas possibilidades qual é a linguagem de cada um. Possibilita olhar e

interpretar o mundo por meio da arte. O olhar não pode ficar restrito aos

momentos que estamos trabalhando com artes visuais. Despertar a inquietude

de investigar e revelar os estímulos visuais do entorno e do mundo fará com

que as crianças possam olhar e interpretar para compreender cada vez

melhor todo tipo de imagem, seja por observação direta ou indireta do meio,

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138

seja por imagens representadas na fotografia, na pintura, no desenho na

televisão, no cinema, no vídeo, entre outras fontes.

c-) Pensar Arte: quando falamos em pensar sobre arte, estamos

considerando que não existem distinções entre o fazer e o pensar, nem que

um é hierarquicamente mais importante do que o outro. Ao contrário a criança

faz e pensa simultaneamente. Quanto mais conhecimento a criança tiver

sobre o que está apreciando ou produzindo mais elaborado será o seu

pensamento, sua reflexão sobre a obra. Portanto, é importante contextualizar

e significar todo trabalho relacionado à arte, auxiliando assim, o

desenvolvimento da elaboração do pensamento artístico.

Objetivos gerais em artes visuais:

Conhecer e ampliar o repertório de imagens e o conhecimento de mundo por

meio da linguagem do desenho, pintura, escultura, etc.;

Aprender a escolher e utilizar diferentes materiais plásticos (suporte, tintas,

argila, massinha, sucata, etc.) e modalidades (pintura, colagem, desenho,

escultura) como instrumentos e recursos próprios da linguagem artística e

explorá-los por meio dos sentidos, experimentando combinações na utilização

nos planos bidimensionais e tridimensionais;

Representar graficamente o próprio corpo, o espaço e a realidade;

Desenvolver a leitura de imagens a partir das observações das obras de arte

da cultura humana e produções infantis;

Construir o conhecimento artístico desenvolvendo o gosto pelo fazer e

apreciar artes visuais, tanto na escola, como em visitas a museus, galerias,

ateliês, artes publicas, etc.;

Desenvolver a autoconfiança na produção dos trabalhos visuais bem como as

atitudes de cooperação e solidariedade;

Desenvolver o valor estético sem preconceito;

Participar de situações coletivas de organização do espaço (sala de aula,

ateliê, espaços expositivo dentro e fora da escola);

Refletir e discutir sobre as obras de Arte, percurso criador do artista, dela

própria e de outras crianças;

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139

CONTEÚDOS

Reconhecimento da importância e significado das Obras de Artes para a

humanidade;

Desenvolvimento de tema;

Desenvolvimento gráfico;

Apreciação e valorização de boas atividades artísticas das próprias crianças,

de artistas renomados ou não, de diferentes culturas e épocas, imagens do

cotidiano, ampliando o repertório visual;

Narração, descrição e interpretação de imagens;

Desenvolvimento do espírito de pesquisa tanto de diferentes materiais e seus

efeitos como também, investigação sobre temas propostos (fundo, proporção,

estampa, movimento, expressão facial, estereótipos, etc.) e sobre os

elementos da linguagem visual (composição, forma, luz, cor, textura, volume,

linha, ponto);

Conhecimento das diferentes modalidades da linguagem das Artes Visuais:

Pintura – aquarela, nanquim, xilogravura, óleo sobre tela, tintas orgânicos,

etc.;

Desenho – grafite, carvão, giz de cera, crayon, lápis de cor, etc.;

Colagem – papéis, tecidos, objetos, palitos, etc.

Escultura – modelada, esculpida, montada, etc.;

Instalação – obra interativa, onde o observador sente com o próprio corpo a

idéia do artista que envolve o ambiente;

Fotografia;

Ready-Made: transformação de qualquer objeto em obra de arte, realizando

uma crítica radical ao sistema da arte;

Assemblage: obra juntada, agregada ou montada na forma bidimensional ou

de escultura. Utiliza-se de material já pronto, natural ou manufaturado.

Orientações Didáticas

Planejar o trabalho com artes visuais, sabendo o que quer ensinar,

oferecendo crescentes desafios e alimentando o fazer artístico das crianças;

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Estabelecer uma rotina que contemple as diversas formas de organizar o

trabalho de artes visuais (atividades independentes, seqüenciadas,

permanentes e projetos).

Planejar atividades que possibilitem respostas abertas, valorizando, desta

forma, a marca pessoal de cada um, seu jeito e sua singularidade;

Propor situações que necessitem de soluções investigadoras e criativas por

parte das crianças, ou seja, que as motivem para a pesquisa, para busca da

informação, reflexão sobre o tema proposto e criação de formas para

desenvolvê-lo;

Explicar para as crianças qual o objetivo para as suas produções, pois quando

a criança sabe o que se espera dela, o trabalho flui e o resultado é mais

gratificante;

É importante que o professor seja investigador, conheça sobre o ensino de

arte para localizar e contextualizar sua prática pedagógica;

Conhecer e entender o desenvolvimento gráfico (evolução do desenho) para

compreender e valorizar as produções dos alunos, com vista ao planejamento

de intervenções que provoquem avanços;

Selecionar e organizar materiais, meios, suportes, instrumentos adequados a

cada estratégia que irá utilizar, considerando as possibilidades de trabalhar

com cada faixa etária;

Valorizar a produção das crianças, expondo-as para que componham o

ambiente escolar entre outros;

Propiciar troca de experiências socializando observações e comentários;

Encarar a arte como linguagem de idéias, expressões e sentimentos,

considerando a criança produtora da mesma;

Propiciar momentos de prazer no trabalho individual ou em grupo

desenvolvendo a autoconfiança;

Garantir oficinas de percurso como atividade permanente para que sejam

realizados projetos pessoais, alimentando o percurso criador e garantindo a

possibilidade de avanço das produções das crianças;

Possibilitar o acesso à diversidade de produções artísticas, por meio de

observações diretas e imagens de diferentes procedências, a fim de

enriquecer o conhecimento dos alunos em relação ao saber e fazer arte,

proporcionando às crianças o contato sistemático com atividades de

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apreciação de diferentes imagens seja elas: das próprias crianças, de artistas

renomados ou não, artesãos de diferentes culturas e épocas, propiciando

visitas a espaços de exposições convencionais (museus, galerias, ateliê de

artistas, etc.) e não convencionais (bancos, praças, etc.);

Veicular informação através de exposições das crianças, convidando outras

classes, pais e comunidade para prestigiá-las;

Trabalhar com atividades permanente, sequenciadas e/ou com projetos,

garantindo uma apropriação dos conteúdos de forma significativa;

Registrar e documentar o processo de desenvolvimento dos alunos para

poder recuperá-lo quando necessário e para planejar novas propostas de

intervenções, garantindo ações que valorizem e ampliem a criação, a

experiência e as produções artísticas das crianças; também é importante que

criança acompanhe o seu desenvolvimento

O Desenho das Crianças

“As crianças pensam e pesquisam muito, quando têm oportunidade de desenhar

freqüentemente. Alimentam a imaginação e o pensamento, apreciam, elaboram

idéias, projetos e pesquisas, aprendem a fazer escolhas, formam gostos,

desenvolvem preferências e muitas competências. Mas, ao contrário do que

muitos pensam não é espontânea nem original, é fruto de muito trabalho” (Valéria

Pimentel).

Para compreendermos como a criança pensa, constrói e avança no seu

grafismo é importante conhecermos os processos pelos quais ela passa. A

Rhoda Kellogg tem uma contribuição muito importante nesse sentido,

mostrando-nos o desenvolvimento plástico da criança pequena: vinte rabiscos

básicos, produzidos em dezessete padrões diferentes de colocação no papel.

Para ela, os primeiros trabalhos figurativos estão muito influenciados pelas

garatujas que a criança fez anteriormente.

A criança avança a partir da percepção de suas próprias garatujas, de

forma que os desenhos de figuras humanas, animais, casas, plantas e

transportes refletem os diagramas, combinações, agregados, mandalas, sois e

radiais que traçou antes.

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Rosa Lavelberg utiliza todo o estudo realizado pela Rhoda Kellogg e

outros pesquisadores e acrescenta a importância das intervenções do professor e

colegas mais avançados na construção do percurso artístico da criança. Ela traz

quatro momentos conceituais pelos quais as crianças passam:

1-) Desenho de ação: é ação sobre a superfície que implica em algo a ser visto.

São formas pré-simbólicas.

A criança aprende por ação e observação nos próprios desenhos e, por contágio

com desenho de outras crianças e adultos (a imitação do próprio gesto e do gesto

do outro). Gostam de mostrar os resultados de seus gestos gráficos.

2-) Desenho de imaginação: o desenho continua a ser desenho de ação sobre a

superfície que produz algo para ser visto e torna visível algumas coisas que podem

ser desenhadas: objetos do mundo imaginário da natureza e da cultura.

A criança pensa que o que pode aparecer no seu desenho corresponde à sua

experiência de poder fazer símbolos gráficos. Essas formas simples,

progressivamente, vão se articulando formando construções mais complexas.

O desenho de imaginação opera em dois tempos sucessivos:

a-) Simbolismo desarticulado: quando símbolos se apresentam isolados: uma bola,

um menino, um carro.

b-) Simbolismo articulado: quando os símbolos estão relacionados e cresce a

enumeração do que pode ser desenhado. Tudo pode ser desenhado, o que o

desenhista quiser e tiver habilidade de realizar.

3-) Desenho de apropriação: a criança pensa o desenho com ênfase na apropriação

das regularidades presentes nas formas da “cultura desenhada”. Nesse momento da

aprendizagem não ocorre um empobrecimento do plano expressivo, apenas intensifica-

se o plano construtivo. Tal intensidade do momento do desenho de apropriação revela

um aprendiz interessado nos modelos da cultura, copiando-os ativamente para “saber

como se faz”, incorporando seus segredos à própria prática desenhista.

4-) Momento de Proposição: no qual o desenhista tem consciência de que desenho é

uma linguagem, que expressa sentimentos, desejos e estados de espíritos de quem o

faz e consegue se colocar no papel com estilo e marca pessoal.

Orientações específicas: o que observar no desenho das crianças:

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Identificar o processo de construção da criança (estágios da Rhoda ou os

momentos conceituais da Rosa Iavelberg) não para classificar as crianças, mas

para melhor intervir.

Como a criança utiliza o espaço do papel? Existe equilíbrio?

Como as linhas são executadas (vigorosas, leves, imprecisas, contínuas)?

Utiliza cores variadas?

Existe representação gráfica?

De que forma estrutura a figura humana?

Há linha de base ou as figuras voam?

Há transparência dos corpos?

Preocupa-se com a composição de fundo?

Tem movimento em suas produções?

LEITURAS E RELEITURAS DE OBRAS

A Música – Henri Matisse Futebol – Cândido Portinari

O que se entende por leitura de obras de arte? O que está implicado no ato

de ler uma imagem, em especial uma obra de arte?

Poderíamos dizer que a leitura de uma imagem seria a leitura de um texto, de

uma trama, de algo tecido com formas, cores, texturas, volumes. Ao ler, estamos

entrelaçando informações do objeto, suas características formais, cromáticas,

topológicas e informações do leitor, seu conhecimento acerca do objeto, suas

inferências e sua imaginação.

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Considerando que ler é atribuir significado, como atribuir significado a uma

obra de arte?

Uma leitura se torna significativa quando estabelecemos relações entre o

objeto de leitura e nossas experiências de leitor. O olhar artístico não é um olhar

passivo que recebe e registra impressão das coisas. É um olhar construtivo. Nesse

sentido não há uma leitura, mas leituras, onde cada um precisa encontrar modos

múltiplos de melhor saborear a imagem.

Já a releitura, como o próprio nome diz, trabalha sobre a idéia de um artista,

reinterpretando temas e até técnicas presentes na obra de outro.

Há quem diga que criança não faz releitura, pois para fazê-lo é preciso ter um

estilo próprio, uma marca pessoal definida. A criança ainda não possui, muito

embora, algumas crianças estejam num processo de construção bem avançado

nesse sentido. Vendo por esse ângulo, realmente a criança não tem como fazê-lo.

Como propor releitura na Educação Infantil?

Vendo a releitura por outro ângulo, no qual o aluno vai se utilizar da idéia ou

da técnica de outro para estruturar sua própria representação, a criança faz releitura.

E como um dos objetivos do nosso trabalho com a arte é ajudar a criança a construir

seu estilo, valorizando e incentivando sua marca pessoal, a releitura torna-se uma

atividade muito interessante para esse fim.

Vendo a arte como um meio de expressão e comunicação, é importante

garantir espaço para a criança se expressar, colocar no papel o que pensa sobre a

vida, as pessoas, o meio em que vive, o amor, a alegria, a paz, a violência, etc.,

tendo como referência a obra de artistas que retrataram tais temas. Exemplo:

“Romero Britto retratou o amor dessa forma. Como você representaria o amor? O

que é o amor para você?” E dessa maneira, oportunizar que a criança expresse o

que pensa e o que sente.

Cabe ao educador saber quais as possibilidades de releitura de seus alunos,

quais são seus referenciais e quais seus pontos de partida. Para conhecê-los, basta

prestar atenção à sua leitura, pois existe uma relação imprescindível entre releitura e

leitura.

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Oficina de Percurso

Entender a importância da Oficina de Percurso implica uma concepção de

educação que acredita na autonomia, na intervenção e no desafio.

Percurso criador: é o processo individual de desenvolvimento artístico.

Somente ele revela o que os alunos já construíram e, consequentemente, deixa

claro para o professor as necessidades de investimentos futuros, ampliando a

qualidade de suas intervenções.

Duas estratégias básicas permeiam a construção do percurso criador: a Oficina

de Percurso e as Atividades de Propostas.

É de suma importância alimentar o percurso criador de nossos alunos,

transitando entre essas duas possibilidades: por um lado, possibilita a resolução de

questões externas (atividades propostas pelo professor) e por outro, resoluções de

questões internas (desafios que o próprio aluno se propõe). Isso torna o aprendizado

da arte mais sólido, já que é possível lançar mão de um mesmo conhecimento em

contextos diferentes.

Como temos esses dois caminhos, fica claro que a atividade proposta pelo

professor alimenta o fazer da criança na Oficina de Percurso e vice e versa. São

esses dois momentos que vão garantir o avanço do percurso dos alunos.

No início dos estudos, acreditava-se que o momento da Oficina deveria ser

totalmente livre para as crianças, sem nenhum tipo de intervenção por parte do

professor. Hoje, sabemos que é um rico momento de intervenção, pois, o professor

tem a possibilidade de alimentar o percurso de cada criança ou grupo de acordo

com seus interesses. Por exemplo, se um pequeno grupo está pesquisando o

desenho sobre “casas”, o professor pode oferecer obras com esse tema para

apreciação, tanto na própria Oficina como também em outros momentos, como

atividade diversificada, roda de conversa ou mesmo atividade de proposta. Pode

também incentivar que a partir do desenho explorem outras modalidades da arte: a

pintura, recorte e colagem, escultura, construções, fotografia, instalações. São

muitas as possibilidades de alimentar o percurso das crianças. Mesmo que seja um

tema de interesse de apenas uma criança, o professor pode desafiá-lo a buscar

novos caminhos e avançar no seu processo de construção. Afinal, para que

trabalhamos com arte, se não para que o aluno se expresse cada vez mais e melhor

dentro das suas possibilidades?

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Em que momento da nossa rotina possibilitamos que a criança se expresse e

ponha em jogo tudo que sabe sobre arte?

Momentos como a Oficina de Percurso garante a criança ao aluno manusear e

escolher todos os materiais que conhece, utilizando-os de acordo com seu interesse

pessoal. Ou seja, é o momento que garante a criança se ver como produtora de arte,

produzindo objetos artísticos que comunicam suas ideias e sentimentos. É o

momento em que utiliza seus conhecimentos já construídos, deixando claro se

houve apropriação das atividades proposta realizadas em aula. Isso dá indício ao

professor dos investimentos necessários para a turma.

As aprendizagens que se dão durante as Oficinas de Percurso são realmente

conquistas que acontecem única e exclusivamente em uma situação complexa como

desse tipo de atividade, tornando-a insubstituível.

Marca Pessoal

É muito interessante observar a marca pessoal das crianças. O professor e os

colegas “bate o olho” na atividade e já sabe que é de “Fulano”ou de “Beltrano”. A

criança tem estilo e o demonstra seja pelo grafismo, linhas, pela forma que desenha

cabelo, boca, mãos, olhos, nariz, seja pela predominância de cores, formas ou

traços.

Objetivos para a Oficina de Percurso:

Valorizar a marca pessoal (estilo);

Expressar ideias e sentimentos por meio de suas produções;

Colocar em jogo tudo que sabe;

Aprimorar seus procedimentos;

Escolher meios e suportes com autonomia;

Pesquisar diferentes materiais;

Criar diversas possibilidades nas modalidades da arte (pintura, colagem,

desenho, etc.);

Desenvolver um tema de sua preferência;

Escolher como, com quem e o que quer trabalhar.

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Papel do professor:

Organizar a sala e os materiais;

Fazer intervenções individuais ou grupais;

Apreciar com respeito as produções das crianças;

Expor os trabalhos dando destino a eles;

Socializar os trabalhos por meio de exposições;

Oferecer apoio técnico para que haja continuidade e perseverança frente ao

trabalho, possibilitando uma aproximação da ideia do que se quer realizar

com o produto final, apontar caminhos e sugerir procedimentos, ou seja,

ajudar a criança a romper obstáculos e conquistar organização e autonomia

na sua criação;

Mostrar para as crianças procedimentos de outros produtores de arte, adultos

ou crianças, colabora e ajuda na solução de problemas em suas produções;

Dar a oportunidade de a criança escolher parcerias para trabalhar em grupo,

desde que todos participem e atuem. Para isso, é necessário que a criança já

saiba trabalhar em grupo, dividir tarefas, etc.

Intervenções:

Cada criança, ou mesmo alguns grupos desenvolvem temas específicos de

acordo com seu desejo, curiosidades ou necessidade. Para que as

habilidades e competências se desenvolvam e se ampliem sempre e para

que seus interesses e necessidades sejam supridos, estes percursos

precisam ser alimentados (com propostas ou intervenções individuais);

O professor deve incentivar a ideia de um ajudar o outro;

O professor deve planejar e se organizar para acompanhar todos da turma

mais de perto, observando como cada um trabalha, qual seu estilo, a

modalidade que mais procura, em que precisa de apoio, a construção de

seus percursos, etc. Isso, no decorrer de várias Oficinas, pois não tem como

atender a todos com qualidade em uma mesma aula;

Quanto mais o professor conhece o percurso e a marca pessoal das crianças,

mais intervenções podem fazer (indicar caminhos, dar sugestões, indicar

colega mais experiente que pode ajudar, etc.);

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O professor não deve se omitir durante a Oficina com receio de bloquear a

produção da criança. Pode dialogar com ela, perguntar suas intenções, como

pensou nesse ou naquele aspecto, colocar novos desafios, etc.

O professor deve comparar e relacionar atentamente as diversas produções

de um mesmo aluno, observando e registrando seus avanços; é importante

que o aluno também acompanhe esses avanços. Isso o deixará mais

motivado para continuar avançando;

Tempo:

O bom senso do professor deve nortear seu planejamento, pois é ele que

conhece as características da sala que esta trabalhando (a faixa etária deve

ser levada em consideração). Porém, deve-se manter sempre o mesmo tempo

de duração, para que a criança construa a noção de quanto tempo dispõe

para realizar sua produção, aproveitando todo o tempo da Oficina; quanto

maior a criança, maior pode ser o tempo;

É preciso garantir regularidade e frequência para a realização de Oficinas de

Percurso. Ter um dia da semana específico para esta atividade favorece a

organização temporal por parte da criança. O professor pode ajudar nessa

construção, chamando a atenção para o dia da semana, quantos dias faltam...

O professor pode sugerir que as crianças pensem e comecem a ter ideias

sobre o que pretende fazer;

Deve ser previsto o tempo da organização, da atividade, da arrumação e da

apreciação, todos esses momentos são importantes na construção da

autonomia da criança;

O momento para apreciação pode ser antes ou depois da Oficina. Antes:

ajuda a criança a elaborar ideias. Depois: ajuda a acompanhar o processo de

construção de algumas crianças. Pode-se também, apreciar produções de

crianças de outras turmas ou artistas;

Variar a forma de apreciação é interessante para que a criança tenha

maneiras diferentes de se relacionar com as produções próprias e dos outros.

O professor deve planejar encaminhamentos diferentes propondo recortes

que considera necessário de ser partilhados com o grupo;

O trabalho pode ser continuado na próxima oficina;

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Espaço Físico:

Organizar o espaço de modo a permitir fácil acesso aos materiais e a

possibilitar a livre circulação das crianças;

Colocar os materiais em bancadas (duas ou três mesas juntas) para facilitar o

acesso (bancada de tintas, de materiais secos, de suportes);

A atividade pode ser acompanhada com um fundo musical, de preferência

música clássica para favorecer um ambiente mais tranqüilo.

É importante que a configuração seja a mais estável possível (estrutura

espacial, mobiliário e material). Isso é primordial para que a criança se

aproprie desse espaço e haja com autonomia. Se algo for mudado deve ser

comunicado ao grupo;

O espaço deve atender todas as necessidades individuais e coletivas, ou seja,

que todos estejam bem acomodados, conheçam todas as possibilidades de

trabalho, atuem e se movimentem com autonomia.

Materiais:

Atentar para que os materiais fiquem sempre no mesmo lugar, assim as

crianças não precisam ficar procurando;

Classificar os materiais por tipo, cor, tamanho, forma, como o professor

preferir, para facilitar a localização e acesso;

Apresentar às crianças como estão organizados antes de começar a oficina;

É necessário que os materiais oferecidos sejam conhecidos;

Esses podem ser oferecidos aos poucos de acordo com a turma, porém, uma

vez que passa a fazer parte da Oficina de Percurso, é fundamental que seja

mantido sempre. Isso garante que as crianças possam dar continuidade a

trabalhos já iniciados, prosseguir com pesquisas anteriores, planejar o que vai

fazer com antecedência e assim, aprofundar seus conhecimentos relativos

aos materiais, procedimentos e possibilidades de cada modalidade;

Adequar meio e suporte e intervir quando os materiais não forem compatíveis;

Destino das produções (sugestões):

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Troca dos trabalhos entre classes:

Troca dos trabalhos entre escolas;

Exposição de Artes;

Decoração para o refeitório e pátio (móbiles, esculturas, quadros);

Presentear alguém;

Cartão Postal para outra escola;

Ilustração de livros, cartazes, folhetos, encartes;

O que Observar na Oficina de Percurso:

A marca pessoal do aluno (estilo);

Desenvolve pesquisa sobre algum tema? (próprio ou por influência);

Possui intencionalidade ao selecionar os materiais?

Pesquisa diferentes materiais?

Demonstra apropriações das atividades realizadas com propostas?

Apropria-se das socializações realizadas?

Organiza os materiais antes, durante e depois da oficina?

É possível observar avanços nas suas produções.

6.5.1 ARTES CÊNICAS

"A arte alimenta-se de ingenuidades, de imaginações infantis que ultrapassam os

limites do conhecimento; é ai que se encontra o seu reino. Toda a ciência do mundo

não seria capaz de penetrá-lo."

(Loinello Venturi)

Objetivos:

Reconhecer o teatro e a dança como linguagem expressiva e conhecimento

de mundo;

Ter noção do espaço que o cerca;

Conhecer o próprio corpo e as diversas possibilidades de movimento

(equilíbrio e consciência corporal);

Desenvolver a improvisação e criatividade;

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Aprimorar a capacidade de observação, atenção e concentração;

Criar uma autoimagem positiva (autoestima);

Desenvolver a expressão oral (teatro);

Expressar emoções, sentimentos e pensamentos por meio da linguagem do

corpo;

Respeitar as diferenças individuais;

Perceber o trabalho coletivo (noção de grupo);

Propiciar a integração e a cooperação entre os membros do grupo

Conteúdos:

Reconhecimento de características básicas de algumas modalidades de

dança:

Conhecimento do corpo e das possibilidades de movimentação deste no

espaço;

Expressão corporal;

Expressão oral;

Integração e cooperação;

Flexibilidade e coordenação

Orientações didáticas:

Ter claro os objetivos que deseja alcançar;

Favorecer um ambiente físico e social onde os alunos se sintam seguros para

arriscar e vencer desafios. Quanto mais rico e desafiador for o ambiente mais

possibilitará a ampliação de conhecimentos a cerca de si, dos outros e do

meio em que interage;

Deve considerar o medo, a vergonha e o preconceito apresentado pelos

alunos, para ajudá-los a lidar com isso de forma positiva;

Respeitar o conhecimento prévio do aluno, pois é a partir dele que vamos

caminhar, não impondo uma linguagem estranha, mas sim, procurando

facilitar as conexões do que já sabem com os novos conhecimentos;

Oferecer um trabalho sistemático;

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Trabalhar com sentimentos como o medo, a raiva, a tristeza, o amor, etc.,

liberando impulsos e repressões, sejam de dor, alegria ou agressividade;

Compreender o caráter lúdico e expressivo das manifestações da motricidade

infantil, para melhor organizar sua prática;

Trabalhar sobre situações problema: dada uma situação, os alunos

desenvolvem soluções e as representam;

Criar uma história para representação de algum acontecimento real ou fictício

(exemplo o primeiro dia de uma criança na escola: chorando para ficar com a

mãe, para não se separar da mochila, etc.);

Contar uma história e no decorrer da mesma as personagens vão sendo

escolhidas na hora (teatro interativo);

Para trabalhar com a dança:

Apresentar diversas modalidades de dança (clássico, moderno,

contemporâneo, jazz, etc.) utilizando vídeo (separar parte de filmes ou vídeo

específico) e/ou convidar grupos de dança para apresentar-se para os alunos;

Propiciar contato sistemático com uma ou mais modalidade de dança

preferida dos alunos para que estes se apropriem desse repertório e possam

criar seus próprios passos;

Além desse contato, é necessário fazer um trabalho sistematizado para que o

aluno possa desenvolver movimentos cada vez mais bem coordenados. Um

movimento apresentado em certo nível pode servir de base para outras

aquisições mais complexas;

Ampliar o repertório dos alunos para que não fiquem somente a mercê

daqueles oferecidos pela mídia. Caso contrário, o aluno fica sem opção de

comparação e escolha (não é necessário dar ênfase ao conhecimento que já

está na mente e no corpo dos alunos);

Possibilitar a movimentação livre dos alunos acompanhando vários ritmos;

Motivar os alunos a se movimentarem oferecendo diversos materiais como:

bambolês, fitas, bastões, papel crepom, chumaços de papel, tecidos leves,

etc;

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Trabalhar com histórias coreografadas: consiste em contar uma história e ir

representando alguns movimentos das personagens dançando (exemplo: a

Branca de Neve limpando a casa dos anões, fazendo

movimentos de lavar, varrer, tirar pó, etc; Os anões trabalhando nas minas; a

bruxa fazendo feitiço...);

O que o professor pode observar Artes Cênicas e Dança

A criança participa das atividades propostas?

Possui segurança nos movimentos?

Cria movimentos nas danças?

Que modalidade mais aprecia?

Possui ritmo?

Tem noção do espaço, do trabalho em grupo?

Como é sua integração com os demais?

3.6.2 Música

Música resgata épocas, períodos, momentos, sentimentos... Nos leva a uma

viagem no tempo. Tem música que toca no fundo de nossa alma, nos faz sorrir,

dançar, chorar... Não importa como, mas “mexe com a gente”. Deixa marcas

registradas em nossa memória...

Desde sempre ela está presente na nossa vida, quer seja em momentos

alegres ou tristes, importantes ou de descontração.

O trabalho com a música na Educação Infantil, não tem por objetivo formar

músicos ou ensinar a tocar instrumentos musicais... A proposta é trabalhar a

musicalização, ou seja, permitir que a criança tenha contato com as mais variadas

formas de produzir sons, com jogos, canções e brincadeiras, partindo do repertório

que conhece, ampliando suas experiências no contato com outros gêneros, estilos e

culturas diferentes.

Ela é uma importante forma de expressão humana, que integra os aspectos

sensíveis, afetivos, estéticos e cognitivos, bem como promove a interação e a

comunicação social.

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“Atualmente a música é reconhecida como um importante meio de educação, tanto que deixou

de permanecer restrita às escolas de música ou conservatórios passando a fazer parte indispensável

dos currículos de ensino das escolas regulares. Podemos afirmar, sem receio de excessos, que a

música desenvolve as melhores virtudes do ser humano, dentre elas destacando-se a sensibilidade e

a imaginação criadora”.

(Yassuda, L.Y. Winther – O bê-a-ba do do –ré-mi: jogos e brincadeiras musicais.)

Ela é um importante instrumento para a criança desenvolver faculdades como:

percepção sensorial, auditiva e rítmica, concentração, socialização, disciplina,

extroversão, autoconfiança, criatividade, sensibilidade, raciocínio e reflexão.

Objetivos:

Reconhecer e utilizar a música como linguagem expressiva e forma de

conhecimento;

Expressar-se musicalmente por meio da voz, do corpo, instrumentos musicais

e materiais sonoros diversos;

Conhecer músicas de diferentes gêneros, ritmos e estilos conhecendo um

pouco sobre a história, assim com alguns de seus criadores;

Desenvolver o senso rítmico e a acuidade auditiva;

Aprender a apreciar, compor e executar música;

Pesquisar fontes sonoras diferentes, explorando possibilidades de produção

de som;

Reconhecer e identificar fontes sonoras e elementos da música utilizando

seus conhecimentos em produções musicais;

Participar de jogos de improvisação com materiais diversos, desenvolvendo a

memória musical;

Conteúdos:

Pesquisa, contato e exploração do som;

Compreensão da música como produto cultural do ser humano;

Contextualização histórico-social de músicas e da vida dos seus criadores,

valorizando compositores brasileiros;

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Utilização de sonoplastia como recurso enriquecedor da mensagem;

Pesquisa sobre instrumentos musicais;

Contato sistemático com repertório de musicas infantis;

Execução, apreciação e produção musical;

Participação em brincadeiras e jogos cantados rítmicos;

Produção de objetos sonoros

Teca de Alencar destaca alguns pontos no trabalho com a música:

Ela compara os trabalhos desenvolvidos em música e em artes plásticas: ambos

estão voltados para a apreciação, reflexão e o fazer, embora na área da música isso

não esteja ainda tão claro;

Defende o direito fundamental de a criança apreciar, pensar e produzir sua

própria música;

Ressalta a importância de se trabalhar música dentro de uma pedagogia

construtivista: buscando apresentar para as crianças algo que tenha significado

para ela, se dedicando a perceber como ela pensa o mundo, o que ela já sabe

que hipótese cria sobre aquilo que observa. Música é uma linguagem cujo

conhecimento a criança deveria construir e que os adultos não deixam porque já

lhes dão tudo pronto, “tolhendo” o tempo do exercício, da exploração do gesto,

da pesquisa, que é o caminho para ela chegar a um conhecimento mais

convencional e estruturado;

Música é música com valor em si. É legítima como linguagem, como conteúdo;

As atividades musicais devem ser integradas com a reflexão, devem estar

sintonizadas com a consciência que a criança tem em relação ao fazer musical.

Música não é reprodução. É preciso abrir um espaço para observar o que a

criança faz.

Modelo tecla:

O inglês Keith Swanwich (pesquisador e educador musical) elaborou um

conjunto de parâmetros que permeiam a experiência musical, denominado “Modelo

Tecla”. Esses parâmetros muito utilizados na Inglaterra têm sido usados no Brasil

em pesquisas e práticas curriculares.

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T (Técnica)

E (Execução)

C (Composição)

L (Literatura)

A (Apreciação)

Três dessas atividades proporcionam um envolvimento direto com a música:

Execução, Composição e Apreciação. As outras: Técnica e Literatura servem para

apoiar as primeiras. Na verdade é importante trabalhar todas de forma integrada.

Execução Musical: nada mais é do que tocar ou cantar algo. Podem-se utilizar

vozes, sons corporais, objetos sonoros, instrumentos simples de percussão, etc. É

importante que os alunos executem obras compostas por eles próprios e por outras

pessoas;

Composição Musical: refere a todo tipo de criação musical: fazer uma composição

rítmica, um arranjo para determinada música, uma improvisação, uma paródia, a

criação de uma música inédita...;

Apreciação Musical: implica em uma escuta ativa. É preciso aprender a ouvir.

Assim, antes de explicarmos a uma criança a forma de uma música, é interessante

que ela escute primeiro, com muita atenção, e depois conte o que ouviu. A partir daí,

cada característica percebida pelo aluno pode ser trabalhada pelo professor.

Técnica: se refere aos elementos necessários para se adquirir habilidades, tanto

instrumentais como de escrita e leitura musical. O manuseio de instrumentos, os

parâmetros do som, a execução em grupo, atividades de escrita e leitura musical,

etc. possibilitam um desenvolvimento da técnica;

Literatura: está relacionada à pesquisa e inclui a literatura das músicas trabalhadas

(compositores, período histórico, característica dos instrumentos, etc.)

Os Parâmetros Do Som:

Altura: grave e agudo

Intensidade: forte e fraco

Timbre: som característico de cada voz, objeto ou instrumento;

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Ritmo: pulso e acento

Duração Sonora: tempo do som

Orientações Didáticas:

Propor jogos que estimulam a percepção auditiva (exemplo: de olhos

fechados, observarem diversos tipos de sons: os que nos rodeiam, de

animais, de florestas, de cachoeira, etc.). Mostrar como podemos direcionar

nossa escuta de acordo com a concentração;

Propor que os alunos apreciem músicas de boa qualidade;

Trabalhar com gestos e movimentos corporais ligados à música;

Promover situações para fazer e escutar música (fazer marcação com

instrumentos, com os sons do próprio corpo);

Propiciar momentos de jogos com uso de linguagem musical;

Oferecer produções significativas e de boa qualidade;

Discutir com as crianças sobre a importância e o efeito da sonoplastia (trilha

sonora) de filmes e peças teatrais;

Propor sonorização de histórias;

Propor jogos de improvisação;

Trabalhar com rodas cantadas;

Trabalhar com atividades sequenciadas ou projetos, dando continuidade

educativa, de forma significativa;

Trabalhar também com a comunidade fazendo apresentações para mesma,

de profissionais da área, das próprias crianças, de alguém da comunidade;

Em reuniões com as famílias trabalhar com nutrição musical, sensibilizando-os

para o trabalho com a música e propiciando que ampliem seu repertório;

As primeiras atividades devem ser realizadas com um mesmo instrumento para

todos (chocalhos, bastões, toquinhos de madeira, coco, etc.) e depois ir

apresentando os demais instrumentos aos poucos, cuidando para que cada

criança tenha a oportunidade de conhecer, aprender a forma correta de segurar e

tocar o mesmo. É necessário que tenham um tempo para explorar as

possibilidades de produzir sons;

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Algumas ideias para trabalhar com a apreciação musical:

O que o compositor quis comunicar (cada música conta uma história que a

criança pode ser motivada a escutar com atenção, mesmo as instrumentais);

Que tipo de sentimento a música desperta (alegria, tristeza, vontade de dançar,

raiva, medo, etc.);

O que cada um lembra quando escuta (momentos reais ou fictícios);

Como imaginam que a música foi construída (o que será que foi criado primeiro,

a música ou a letra? Será que foi a mesma pessoa ou pessoas diferentes?);

Que tipo de instrumentos foram utilizados;

Conseguem identificar sons graves e agudos, fortes e fracos, momentos de som

e silêncio;

Conseguem localizar e acompanhar a pulsação da música;

Identificam timbres de cantores estudados;

Pode-se também fazer apreciações comparativas (cantores/ estilos);

Perceber de quantas partes a música é composta.

Apreciação de sons:

De animais (CD);

Do corpo: explorar todos os sons possíveis de ser extraído do próprio corpo.

Pode-se especificar uma parte, por exemplo, boca, e propor que a criança

produza sons diferente com a mesma, até esgotar as possibilidades;

Da natureza (CD);

Do cotidiano: todos fecham os olhos e tentam identificar os sons que estão

presentes naquele momento, depois um aluno por vez relata o que conseguiu

observar, tentando não repetir o que já foi dito pelos colegas;

De instrumentos musicais: trazer instrumentos para a sala, tomando o cuidado

para que no início sejam todos iguais e deixar que as crianças explorem à

vontade, apreciando o som produzido pelo mesmo.

Produção Musical

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Para que a criança seja capaz de criar, é necessário investir muito na

ampliação de seu repertório de sons, levá-la a pesquisar bastante e exercitar a

criação. Para trabalhar com a invenção o professor precisa ousar, acreditar na

capacidade da criança e possibilitar a criação.

Para trabalhar a produção musical:

Propor para as crianças criarem pequenos arranjos musicais (com instrumentos

ou com percussão corporal), utilizando os conteúdos trabalhados (pois para criar

é necessário que a criança tenha um repertório: forte/fraco, grave/agudo,

som/silêncio);

Construção de estruturas rítmicas com diversos sons (do corpo, da bandinha ou

qualquer outro tipo de material). Cada criança ou grupo cria uma estrutura rítmica

e os demais repetem algumas vezes, para sentir, apreciar e vivenciar a criação

do(s) colega(s);

Trabalhar com a improvisação, partindo do que as crianças já sabem (repertório

pessoal e do grupo). Uma Educação Musical sem a improvisação não é

completa. No ato de improvisar, a criança manipula elementos musicais, adquire

experiências e conhecimentos. Se estimulada ela passará a confiar na sua

capacidade de criar (aspecto importante na formação da sua personalidade) e,

na medida em que for sentindo-se mais livre, soltando-se para se expressar, sua

capacidade para improvisar também irá progredindo. Como não se cria do nada,

pois criatividade é a capacidade que o ser humano tem de reformular o

conhecimento, não podemos esperar improvisações muito aprimoradas no início

do trabalho, esses resultados vão melhorando à medida que as crianças irão

assimilando os conteúdos das outra atividades musicais;

O professor toca uma frase rítmica (pergunta) e cada criança cria outra (como

resposta);

O grupo trabalha um ritmo de oito tempos e cada aluno improvisa dentro de

outros oito tempos. Os demais ficam em silêncio, prestando atenção à hora de

recomeçar;

Memória rítmica: em roda uma criança passeia do lado de fora e todos cantam:

“hoje eu vou sair, uma visita vou fazer. Preste bem atenção que na porta eu vou

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bater.” Essa criança para atrás de uma que está na roda e improvisa um ritmo de

quatro tempos que pode ser com palmas, com instrumento ou qualquer outro

objeto. A criança deverá imitar o ritmo e depois trocar de lugar com a que estava

fora da roda;

Explorar o Tutti (todos acompanhando um som coletivamente) e o Solo

(participação de cada um – criação e improvisação);

Criar história para uma música instrumental;

Musicar uma história conhecida;

Sonorizar uma música conhecida;

Criar música para personagem (história em quadrinhos e outros);

Criar uma música a partir de uma história;

Criar música a partir de um tema;

Fazer paródia;

Brincadeira qual é a música: semelhante a brincadeira de mímica. O grupo é

dividido em duas equipes. Uma criança “toca” ou sonoriza com a boca (sons

vocais) determinada melodia e ao final sua equipe tenta descobrir qual é a

música;

Orquestra de papel (jornal, revista, papelão): pesquisa sonora, exploração dos

sons do papel (no caso do jornal, amassar, esticar, girar, bater, etc.),

improvisação (cada um cria um som com o jornal), regência (a princípio o

professor pode “reger” os sons criados, separando as crianças em grupos de

acordo com suas criações e, depois, propor que as próprias crianças façam isso,

convidando-as uma a uma);

Fazer sonoplastia ou musicar uma poesia;

Sequência minima: em grupos de até 10 crianças, um cria um som (mínimo) e o

próximo cria um outro som que “encaixe” naquele já criado e assim por diante,

sempre procurando o espaço mais livre entre um som e outro, para que o seu

som contribua com a composição coletiva e não se esconda na mesma. O

professor (ou aluno) então, pode “reger” esses diversos sons, produzindo

diferentes arranjos (é necessário alguns combinados como: sinal para parar, para

voltar a produzir o som, para todos e para nenhum tocar);

Gravar as produções e deixar que as crianças escutem;

Criar sons com bexiga: depois de explorarem os sons possíveis, pode-se sentar

em roda cada criança apresenta um som diferente até esgotar as possibilidades.

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Trabalhar primeiramente com a bexiga cheia e depois, em uma outra atividade,

com ela vazia;

Apresentação de Instrumentos Musicais

Uma maneira interessante de apresentar novos instrumentos é a “sacola

surpresa”, que consiste em colocar o instrumento dentro de uma sacola ou caixa, de

modo que não se consiga ver. Passe por todas as crianças para que uma a uma

apalpe e descrevam o que estão sentindo (é duro, mole, leve, grosso...). Por fim

retirar o instrumento da sacola e deixar que todos explorem. Sugestão de música

para exploração:

“Tum tum tum tum tum

Toca o tamborzinho

E agora é a vez

Do meu amiguinho”

Dividindo os instrumentos por partes das músicas: esta divisão pode ser feita

utilizando os elementos da música (mais grave/mais agudo, andamento – rápido e

lento, etc.).

Para trabalhar com timbre:

Cada som tem uma característica própria, tem sua “personalidade”, seu timbre.

Colocar músicas de cantores conhecidos para as crianças identificá-los;

Brincadeira do gatinho: uma criança fica vendada no centro de uma roda, se

aproxima e toca um dos colegas, este mia e a criança vendada têm que

descobrir quem é o gato (timbre de voz);

Identificar a voz das pessoas que estão falando fora da sala, os sons que se

ouve (carro, ônibus, palma, etc.);

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Pegar quatro potinhos e colocar um objeto em cada um (papel. Clips, areia,

feijão, arroz, pedrinhas, borrachas). Mostrar para as crianças e fechar. As

crianças deverão, através do som, descobrir o que tem dentro de cada potinho;

Jogo da memória com som: pegar dez potinhos e separar por pares. Cada par

terá o mesmo conteúdo. Os educandos deverão descobrir os pares de acordo

com o som que produzem (mesmo timbre);

Trazer várias músicas tocadas com instrumentos diferentes para que as crianças

possam conhecer o timbre característico de cada instrumento. Um bom exemplo

para esse uso é a vinheta “Que som é esse?” do CD “Meu pé, Meu Querido pé”;

“Postes Sonoros”: uma criança ficará com os olhos vendados e outras serão

“postes” que ficarão parados e terão em suas mãos, instrumentos musicais. O

professor vai percorrer junto com o aluno vendado determinado caminho.

Sempre que passar por um “poste”, este deve tocar o instrumento. Depois tira a

venda da criança e esta deverá percorrer o mesmo caminho;

Para trabalhar com o pulso:

O relógio, o pisca pisca de carro, pingo de uma torneira, são exemplos de

pulsação, sem correr, parar ou atrasar, ela mantém sempre a mesma freqüência, no

mesmo tempo. O mesmo deve acontecer, quando estivermos cantando ou tocando

uma estrutura rítmica. Devemos manter a mesma pulsação.

Algumas atividades:

Explicar que como nós, a música também tem um coração, com suas pulsações,

que são sempre iguais e não podem parar. Podem-se observar as batidas do

coração com estetoscópio (mangueira com funil na ponta);

Acompanhar o pulso de variadas músicas com sons do corpo, instrumentos

musicais ou objetos;

Para trabalhar com o Acento

O trabalho com o acento deve começar quando a turma já tiver se apropriado do

pulso.

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Os acentos marcam os tempos mais fortes da música. Começar com músicas que

têm dois tempo (ritmo binário: 1º forte e o 2º fraco).

Algumas atividades:

Andar contando: 1, 2 ou falando: esquerda, direita;

Bater as mãos nas pernas no um e palma no 2;

Em roda passar a bola no 1 e segurá-la no 2;

Ensinar o ritmo ternário (três tempos: 1º forte, 2º e 3º fracos);

Bater palma no 1 e estalar os dedos no 2 e 3;

Bater uma bola no chão 1 e nos demais tempos (2,3 e 4) brincar com ela de uma

mão para a outra;

Música “A bola levada” (pág. 14 da apostila do curso Música na Ed. Infantil);

Ritmo da Melodia (Desenho Rítmico)

Para entender melhor o que é ritmo da melodia, experimente cantar uma

música com uma única sílaba. Cada sílaba corresponde a uma batida de mão ou

instrumento.

É importante usar canções já conhecidas para facilitar a compreensão;

Colocar uma canção já trabalhada para que os alunos batam no ritmo da melodia

com instrumentos de percussão;

Dividir o grupo em dois: um toca instrumentos mais graves, batendo o pulso (ou

os acentos) e o outro o ritmo da melodia.

Andamento (rápido e devagar)

É a velocidade da música. Os andamentos variam desde o bem lentos até os

muito rápidos.

Algumas atividades:

Marcar o andamento com um instrumento de percussão (tambor, por exemplo).

As crianças andam pela sala livremente, variando a velocidade dos passos de

acordo com o andamento do som do instrumento (do andar ao correr);

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Em círculo passar objetos variados, de acordo com o andamento da música.

Para esta atividade podem ser usadas bolas, pedras, saquinhos, caixinhas, bolas

de meia e outros objetos pequenos;

Apresentar uma gravação com melodias de andamentos diferentes e pedir que

as crianças dancem de acordo com o andamento da música (pode-se também

desenhar, passar bola em roda, tocar instrumentos, e deixar que os alunos criem

outras maneiras de trabalhar com o andamento);

Cantar músicas variando o andamento, acompanhando com instrumentos de

percussão;

Manter o andamento: fingir que abaixa o rádio e a música continua no

pensamento, quando aumenta o rádio, devem continuar a cantar no mesmo

tempo.

Para trabalhar com Altura (Grave e Agudo)

Com o auxílio de um apito de êmbolo, agachar quando o som ficar grave e

levantar quando ficar agudo (ou fazer movimentos ascendentes e descendentes

com os braços);

Música “Senhor caçador” (pág. 11 da apostila do curso Música na Educação

Infantil);

Para trabalhar com a Intensidade

Esconder uma caixinha de música. A criança tem o tempo de música para

encontrá-la;

Esconder um objeto – procurá-lo seguindo as dicas dos colegas, por meio de

palmas (ou outro som combinado): fracas/frio, fortes/quente;

Ao acompanhar uma música com instrumento, combinar com eles momentos de

tocar forte e momentos para tocar forte;

Para trabalhar com a Duração

Associar o som longo ao voar da borboleta e o som curto ao pular do grilo;

Fazer cobrinhas (sons longos) e bolinhas (sons curtos) com massinha de

modelar e ler o tamanho da duração do som;

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Desenhar traços curtos e longos e pedir que os alunos leiam (com apito, com a

voz, com instrumentos de percussão, com língua de sogra);

Fazer ditado para que as crianças repitam e “escrevam” o que ouviram com

traços longos e curtos;

Com apitos, o professor faz um som longo ou curto para os alunos repetirem.

Criar uma seqüência de sons (começar com três e acrescentar aos poucos),

variando longos e curtos;

Música: “Abelhinha Zum”

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6.6 Brincar

HTPCs: 28 de março e 04 de abril – Resgate das brincadeiras da infância e construção com

materiais não estruturados. A inteireza dos corações refletidos na interação, na criação, nos

sorrisos, na imaginação e nas brincadeiras de infância...

“A criança que não brinca não é feliz, ao adulto que quando criança não

brincou, falta-lhe um pedaço no coração”.

(Ivan Cruz)

Sabemos que as crianças gostam de brincar de faz-de-conta. Se ela não

está doente, com fome ou irritada, brincar é a sua forma de ser e estar no mundo.

É nas brincadeiras que ela encontra sentido para sua vida, é nela que as coisas

se tornam, são construídas de muitos modos e repetidas tantas vezes quantas a

criança quiser (Lino de Macedo).

O faz-de-conta refere-se ao “mundo do imaginário, da fantasia” (Houaiss).

Fantasia é “criar pela imaginação”.

Para Piaget, essas atividades indicam que as crianças já podem

representar, isto é, já possuem função simbólica. Representar significa poder

tratar A como se fosse B, ou seja, substituir um objeto, pessoa ou acontecimento

por seus equivalentes funcionais. Representar é uma nova forma de assimilação

que expressa a qualidade simbólica de nossa inteligência. O símbolo é qualquer

palavra, gesto, objeto ou índice que tem a propriedade de reunir, de recuperar

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aquilo que partiu, que não é ou está presente. Para a criança consiste em

incorporar ao seu mundo objetos, pessoas ou acontecimentos significativos.

Graças ao faz-de-conta, a criança pode imaginar, imitar, criar ou jogar

simbolicamente e, assim, pouco a pouco, vai reconstituindo em esquemas

verbais ou simbólicos todas as suas vivências. Com isso, pode ampliar seu

mundo, estendendo ou aprofundando seus conhecimentos para além do seu

próprio corpo. Pode encurtar tempos, alargar espaços, substituir objetos, criar

acontecimentos. Além disso, pode entrar no universo de sua cultura ou sociedade

aprendendo os costumes, regras e limites.

O faz-de-conta permite o desenvolvimento da evocação e da simbolização.

Assim, pela palavra podemos dar nomes aos objetos, pessoas e aos

acontecimentos, um nome que sintetiza, classifica, ordena, identifica, que nos

remete a algo impossível, como totalidade, não fosse a linguagem, o pensamento

ou a imagem. Dessa forma, o faz-de-conta possibilita-nos desfrutar, gozar uma

presença, e concede-nos a ilusão da permanência de alguma coisa, por si

mesma sempre passageira, eventual, incompleta.

Com a tecnologia da informação, dos transportes, da comunicação, por

exemplo, o mundo virou um grande faz-de-conta e o espaço e o tempo de nossas

vidas estão podendo ser encurtados, estendidos, aproximados de muitos modos.

Nesse mundo, ler, escrever, calcular, experimentar, explicar e criar são

expressões de formas de descentração.

Como a escola - com seus faz-de-conta – pode emancipar as crianças,

favorecendo seus processos de desenvolvimento? Como pode recorrer aos

jogos e brincadeiras para incluir de fato as crianças, em ações que façam sentido

para elas e que lhes possibilitem, quem sabe, um mundo melhor? (Lino de

Macedo).

Espaço para Brincar:

É de suma importância que o brincar tenha um espaço garantido na rotina.

É importante também que seja organizado para que as crianças interajam tanto

com os brinquedos como com os colegas, possibilitando que o professor deixe de

ser o centro das atenções. Quanto mais organizado o espaço, menos as crianças

solicitam o professor.

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Diferentes arranjos espaciais permitem diferentes atividades lúdicas a

partir de diversas modalidades de interação.

Didatização ou abandono do brincar?

O equilíbrio é norte para planejar esse momento. A brincadeira não deve

ser nem tão à vontade que dispense o educador, dando margem a práticas

espontaneístas que sacralizam o ato de brincar, nem tão dirigida que deixa de ser

brincadeira. Brincar é uma atividade paradoxal: livre, imprevisível e espontânea,

porém, ao mesmo tempo, regulamentada; meio da superação da infância;

maneira de apropriação do mundo de forma ativa e direta, mas também através

da representação, ou seja, da fantasia e da linguagem. Brincando o indivíduo age

como se fosse outra coisa e estivesse em outro tempo e lugar, embora esteja

absolutamente ligada com a realidade.

O Papel do Professor

Em nenhum momento da rotina, o professor deve estar tão inteiro e tão

rigoroso – no sentido de atento às crianças e aos seus próprios

conhecimentos e sentimentos – quanto nessa hora. A observação das

crianças brincando é uma ocasião para o professor reelaborar novas

propostas de trabalho.

O professor deve perceber que o melhor jogo é aquele que dá espaço para a

ação de quem brinca, além de instigar e conter mistérios.

Sua intervenção no brincar não deve ser para apartar brigas, decidir quem fica

com o quê, quem começa ou quando termina, e sim para estimular a atividade

mental, social e psicomotora dos alunos com questionamentos e sugestões

de encaminhamentos.

Identificar situações potencialmente lúdicas, fomentando-as, de modo a fazer

a criança avançar do ponto em que está na sua aprendizagem e no seu

desenvolvimento.

É necessário que o educador insira o brincar em um projeto educativo, o que

supõe intencionalidade, ou seja, ter objetivos e consciência da importância da

sua ação em relação ao desenvolvimento e a aprendizagem infantil.

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Brinquedoteca:

Este ano a equipe optou por utilizar esse espaço para guardar os diversos

brinquedos da escola organizando-os em Kits os quais a professora e/ou sua

turma leva para sala de aula ou outro espaço para utilizar com as crianças

guardando-os no mesmo local após a utilização. Paralelamente ao espaço onde

ficarão guardados os Kits pensa-se em organizar uma espécie de ateliê de artes

onde as crianças possam realizar pinturas, desenhos, colagens, oficinas de

percurso, releituras de obras e demais atividades artísticas. No decorrer do ano

serão implementadas tais mudanças bem como serão avaliadas e adequadas

conforme o resultado das avaliações.

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7. ORGANIZAÇÃO DA ROTINA DO TEMPO/ESPAÇO

A partir dos conteúdos discutidos na formação sobre Educação Infantil com a

formadora Mônica Pinazza trazidos pela Coordenadora Pedagógica e discutidos

com o grupo docente, esclarecemos que o objetivo da grade de horários é garantir

uma organização do uso dos espaços uma vez que a escola e o número de

crianças são muito grandes. Porém, não é o espaço que determinará a rotina e sim

o planejamento da professora com suas crianças, podendo e devendo realizar

alterações nos horários dependendo da atividade planejada.

Entrada das crianças

No momento da entrada, observa-se o envolvimento da equipe gestora

(sempre tem um ou mais representantes) e demais funcionários da equipe de apoio,

desde a abertura do portão, em receber as crianças de modo que as mesmas se

sintam acolhidas, cuidadas e seguras. Por vezes, após o final de semana, recesso

ou emendas de feriado, algumas crianças se ressentem e choram ao se afastar da

família, porém, existe toda uma preocupação em oferecer bem estar, conforto físico

e emocional a estas crianças, que são aguardadas pelas professoras no pátio,

diminuindo sua ansiedade. Desta forma, dá-se continuidade ao processo de

adaptação que se estende o ano todo. Como muitas funcionárias moram no bairro

e conhecem as famílias auxiliam de maneira significativa neste momento.

Horário de Entrada com acompanhamento dos funcionários: Cida, Leni, Marlene e Sebastião

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Self Service

O que está implícito quando todas as crianças são servidas por determinada

pessoa, com a mesma quantidade e a mesma opção para todos? Não há

diferenciação entre as crianças;

Não há respeito pela sua individualidade: seu gosto... o tamanho da sua fome;

A criança não tem competência para servir-se.

Com o Self - Service a mensagem é exatamente o contrário de tudo isso:

“Você é capaz de escolher o que deseja comer, a quantidade necessária, o local

para sentar-se e os amigos mais queridos”. Ou seja, deixamos claro para a

criança que acreditamos nela.

Este deve ser um momento especial na rotina, prazeroso e com

possibilidade de conversa entre as crianças.

Essa autonomia é construída gradativamente. E, principalmente as

crianças que estão iniciando sua vida escolar, precisam de muito apoio nessa

construção. Juntamente com a autonomia, vem a responsabilidade, que também

é construída e necessita de mediações constantes.

Como lidar com o desperdício de alimentos?

E com a manutenção/organização do refeitório?

Rheta Devries em seu livro “A Ética na Educação Infantil” (Cap. Sobre

Arrumação), traz a discussão sobre que crianças queremos formar quando

buscamos dar a elas autonomia atrelada à responsabilidade:

Desejamos que as crianças pensem sobre o cuidado com os espaços e

principalmente com o outro, em termos de consideração e justiça para com

todos. Isso envolve a capacidade de descentrar-se para pensar sobre como

os outros se sentem em relação à determinada situação. Para isso, os

conflitos são ótimas oportunidades para construção de uma atmosfera sócio-

moral construtivista;

Esperamos que as crianças sintam a necessidade de ordem não como

heterônoma, ditada de cima para baixo, mas como necessidade moral,

emergindo de uma sensação de pertencer ao grupo;

Para o professor evitar a obediência por insistência, salientar necessidade

práticas:

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As crianças precisam saber o porquê de fazer isto ou aquilo (colocar pouca

comida, não desperdiçar, deixar o refeitório organizado);

O professor deve ser específico em sua explicação e nos seus

questionamentos (as crianças não se prendem a divagações);

Procurar fazer com que as crianças se coloquem no lugar do outro (como

você se sentiria se fosse sentar e a mesa estivesse toda suja? Alguém

derrubou suco na cadeira e você sentou... Alguém mordeu o pão e jogou de

volta no cesto... você pegou... Se você fosse da última turma e não fosse

possível repetir porque as primeiras turmas desperdiçaram muita comida?)

Ou seja, levantar questões que façam as crianças se colocarem no lugar

do outro e falar desses sentimentos. Depois questionar: o que podemos fazer

para que isso não ocorra?

Questões morais são mais difíceis de serem entendidas pelas crianças.

Entretanto, a maior parte delas, tem pelo menos um entendimento rudimentar do

significado de justo e injusto. O professor pode partir daí...

Reduzir a autoridade adulta e entregá-la às próprias crianças (que fazem sua

parte e questionam quem não o faz, entendendo que a autoridade moral da

turma vem, não do professor, mas de si mesmos);

Este senso de responsabilidade apresenta benefícios a longo prazo, no

sentido de que as crianças que cuidam de seus ambientes imediatos e das

pessoas a sua volta, podem, eventualmente, vir a cuidar de ambientes mais

amplos, desde o próprio bairro, até o planeta (da escola – um microcosmo _

para uma sociedade maior).

Levando em conta todos esses aspectos, nos momentos de lanche,

nossas crianças e servem sozinhos. São responsáveis por deixar o refeitório

organizado para a próxima turma. É feito um trabalho com a equipe de apoio

(serventes e merendeiras) para que nosso objetivo pedagógico seja

alcançado.

Atividades de Higiene

Ocorrem também diariamente antes das refeições (higiene das mãos) e

depois (escovação de dentes); Outros hábitos de higiene também são

incentivados como: lavar as mãos após o uso do banheiro, dar descarga, etc.

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Higiene e organização de todos os ambientes utilizados pela turma,

segundo os mesmos critérios citados acima no cuidado com o refeitório: a

sensação de pertencer ao grupo (escola), a questão de se colocar no lugar do

outro, etc.

Hora da Leitura

Ocorre diariamente onde os professores procuram estimular e desenvolver

prazerosamente o hábito da leitura, aproximando nossos alunos de textos de

qualidade e diversos portadores. (vide Leitura – Língua Portuguesa). Fica a

critério de cada professor o local e momento para a realização das leituras.

Roda de Conversa

A roda de conversa tem como objetivo principal que as crianças

desenvolvam a oralidade e a organização do pensamento, por meio da

interlocução com o outro. Não podemos esquecer também que, ao falar sobre

experiências que vivenciou, potencializa a aprendizagem, portanto é importante

organizar rodas de conversa para socializar e expor produções das crianças nas

mais diversas atividades.

Para uma conversa acontecer é necessário que haja troca, um interesse do

outro em querer saber. Quando o assunto desperta o interesse do grupo, todos

querem falar. Isso pode gerar dificuldade de organização na roda de conversa, mas

não quer dizer que as crianças estão dispersas. Elas querem falar ao mesmo tempo.

Porém, são justamente as crianças que estão ouvindo que interrompem quem está

falando. Isso significa que a fala do amigo mexeu com suas ideias e suscitou o

desejo de falar.

Para Bakhtin a linguagem só pode ser definida na interação. É vista como

interlocução, como acontecimento, ou seja, é viva porque é o encontro de sujeitos

históricos construindo o discurso no aqui e no agora. Procede de alguém e se dirige

para alguém.

Considerado Isso, destacamos alguns pontos importantes para embasar as

nossas ações:

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Compreender as práticas orais como algo vivo, sincrético, histórico e

circunstancial;

Entender a natureza do pensamento sincrético e interagir com os alunos de

modo a apoiá-los, aceitando suas respostas e oferecendo-lhes uma estrutura

discursiva nova que favoreça a elaboração de conceitos mais complexos;

Trazer para roda questões significativas que valorizem a ampliação do discurso

e a organização das ideias das crianças;

Não ter a preocupação de que todas as crianças, necessariamente, falem de

determinado assunto. O professor poderá mediar diálogos e incentivar

participações, mas sem essa pretensão. Caso queira garantir que todas as

crianças falem, a roda passa a ser por revezamento de falas (cada um tem a sua

vez de falar) tornando-se cansativa e muitas vezes repetitiva.

A conversa não precisa ter um único foco (o que é muito difícil para a criança que

tem o pensamento sincrético). O assunto trazido pelo professor serve como

disparador da conversa, podendo ser mudado mediante a necessidade das

crianças.

Trazer perguntas, assuntos, gravuras, acontecimentos, notícias, fotos, objetos,

etc. que suscitem na criança o desejo de falar, discutir, defender opinião;

Ajudar a criança pequena a concluir o que deseja falar, para que se aproprie do

processo de organização do pensamento;

A professora renuncia, estrategicamente, da sua definição do conceito e contribui

para que o diálogo se mantenha, procurando despertar uma atitude responsiva

das crianças e abrir possibilidades de criação de algo novo;

Abrir a possibilidade das crianças trazerem dados da sua experiência social;

Algumas estratégias:

Brincadeiras, jogos, fantoches, ajudam na contextualização da fala da criança

perante o grupo;

É interessante trabalhar com jogos que envolvam o contar relatos, causos e

histórias;

Aproveitar toda oportunidade de estender o diálogo;

Aproveitar tópicos trazidos pelas crianças;

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Mostrar interesse pelo que é dito;

Encorajar a criança a dizer o que pensa, pois, se queremos auxiliá-la a organizar

o pensamento, precisamos dar oportunidade para que se expresse;

Coordenar pontos de vista;

Ajudar a criança a ampliar ideias e organizar melhor suas verbalizações;

É de suma importância estabelecer a diferença entre falar para as crianças e

falar com as crianças.

Atividades Diversificadas

Em relação às Atividades Diversificadas faz-se necessário uma

consideração:

Em 2015 a formação dos coordenadores pedagógicos realizada por

Mônica Pinazza trouxe como um dos temas as chamadas Atividades

Diversificadas. Vários questionamentos foram levantados gerando grande

reflexão sobre esta ação, principalmente referente a forma como ela é planejada

e realizada pela grande maioria dos professores das Unidades Escolares da rede

municipal de ensino de São Bernardo do Campo. Cabe lembrar que na época em

que as Atividades Diversificadas foram instituídas, houve várias formações a

respeito resultando inclusive num texto explicativo publicado em um dos

Cadernos de Validação. Pois bem, questionar uma prática tão sólida e

fundamentada e por tratar-se de uma prática que há muito tempo é realizada na

rede de ensino de São Bernardo com este formato, gerou muitas dúvidas e é

natural que levará um tempo para nos apropriarmos das considerações trazidas

pela formadora. Em nossa escola a coordenadora pedagógica socializou nos

HTPC todos os encontros realizados com este tema, trazendo a discussão para o

grupo. Vale lembrar que a formação trouxe elementos conclusivos e não regras a

serem seguidas. Daí que qualquer mudança na execução desta atividade virá da

reflexão e entendimento de cada professor, sendo o coordenador o mediador das

reflexões e novas propostas de ação. Pretende-se com esse esclarecimento,

colocar que alguns professores realizam as Atividades Diversificadas tal como

constava nos PPP anteriores, outros a utilizam como Acolhimento e outros estão

procurando colocar em prática alguns pontos discutidos. A seguir encontram-se

os elementos conclusivos da formação realizada por Mônica Pinazza e a forma

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como as Atividades Diversificadas constavam nos PPP anteriores de nossa

Unidade Escolar com algumas ressalvas levantadas durante as discussões:

Atividades diversificadas que constavam nos PPP anteriores:

Objetivos da atividade:

Desenvolver autonomia de escolha;

Atender as diferenças individuais (preferências e necessidades pessoais);

O que possibilita?

Construção e apropriação de conteúdos já trabalhados (dispor atividades ou

materiais utilizados em atividades propostas para garantir um maior contato da

criança com os mesmos. Exemplos: tesoura cola, tintas, pincéis, rolinhos de

pintura, etc.).

Disponibilizar materiais que requeiram um manuseio mais individualizado;

Auxiliar na aquisição de procedimentos como: uso de tesoura, tinta, cola,

podendo esses ser introduzidos em pequenos grupos.

Orientações didáticas

As propostas devem:

Privilegiar sempre a oportunidade de escolha, evitando direcionar decisões, e, se

isso acontecer, que seja na forma de sugestão;

Ao explicar a proposta pela primeira vez, ressaltar a dinâmica de

desenvolvimento do trabalho e a possibilidade de escolha de cada um;

Cada vez que acontecerem mudanças de cantos, as crianças precisam ser

informadas; Obs: as crianças deverão participar do planejamento da ação o que

inclui a escolha dos materiais

Em sua maioria, devem considerar a curiosidade e o interesse das crianças;

Ser auto- estruturante, ou seja, devem ser organizadas de tal forma que

possibilitem a autonomia das crianças, para isso, elas precisam conhecer a

atividade e/ou material;

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Possibilitar a pesquisa, a investigação, a exploração, etc. Quanto mais

possibilidades de respostas pessoais, mais rica é a proposta;

Pode ser oferecida proposta para realização em grupo.

As intervenções:

Devem acontecer por meio da organização dos materiais, do espaço, do tempo e

dos desafios propostos;

O professor pode incentivar as crianças a se proporem desafios e buscar superá-

los, indo nos cantos mais desafiantes, pois a nossa tendência é buscarmos o que

temos mais facilidade;

O professor poderá incentivar algumas crianças a diversificarem as escolhas

para que se autorizem a enfrentar novos desafios e outras a repetir determinadas

propostas;

A socialização de algumas produções pode ajudar a incentivar as crianças a

procurar novos cantos. A socialização das produções é na verdade, fundamental.

A organização dos cantos:

Trazer cantos que encantem as crianças: espaços embaixo das mesas, cabanas,

mesas de pernas para cima, pistas de carros, cavaletes para pintura, ou seja,

mudar o ambiente proporcionando surpresa e interesse. Trazer as propostas e

planejar junto com as crianças, ouvindo-as e acolhendo suas falas para montar

os cantos.

Os materiais que estão em uso, devem ser selecionados previamente e podem

ser guardados em caixas ou deixados em um determinado local, acessível às

crianças, facilitando assim, que a organização (de montagem e desmontagem

dos cantos) seja realizada por elas próprias;

As crianças devem ser orientadas a manter a organização dos materiais;

Os cantos mais disputados, podem ser oferecidos em maior número, fazer

inscrições prévias para diminuir a ansiedade dos alunos e pode ser mantido por

mais tempo, para que as crianças tenham segurança de que permanecerão pelo

tempo suficiente e equivalente ao interesse do grupo;

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Os cantos mantidos por mais tempo podem ir sendo incrementados com novos

desafios. Exemplos:

Canto do desenho: desenho livre, variando o suporte e os materiais

(canetinha, carvão, giz de cera, giz de lousa, cola colorida, tinta

nanquim,etc.), depois esse canto pode ser incrementado com novos desafios

como: contorno com canetinha de desenhos já realizados anteriormente,

fundo de obras, desenho de observação (do colega, da professora, de objetos

como carro, boneca, ou qualquer outra natureza morta, obras de artistas ou

das próprias crianças, etc;

Canto de recorte e colagem: colagem de figuras e/ou formas geométricas

em diferentes fundos e suportes, recortes de tiras para montar uma obra,

recorte de figuras de revistas, recorte e colagem a partir de observação de

obras.

Canto do Lego Dacta: exploração livre, montagem com as fichas, desenhar

as montagens, criar e montar objetos para solucionar situações problema

(exemplo: um guindaste para desencalhar uma baleia, uma caravela para

descobrir novas terras, carrinhos para disputa de fórmula um, etc.;

Já os cantos que não despertam o interesse, devem ser substituídos, porém,

é necessário fazer uma reflexão sobre a causa do desinteresse (desafio além

ou aquém das possibilidades da turma, falta de conhecimento do material,

etc). As próprias crianças deverão ser convidadas a fazer uma avaliação.

O tempo:

É importante estabelecer um tempo e respeitá-lo, para que as crianças possam

construir a noção desse tempo e aprender a utilizá-lo (de forma a não sobrar ou

faltar tempo); Levar em consideração o interesse das crianças e não interromper

a atividade caso as crianças estejam envolvidas.

Pode ser dividido em: organização da sala, desenvolvimento da proposta,

arrumação e socialização/apreciação de algumas produções das crianças; Incluir

como primeira etapa o planejamento realizado juntamente com as crianças.

Neste momento a leitura e a escrita podem e devem estar presentes.

A constância da atividade na rotina proporciona segurança, diminui a ansiedade

e possibilita o planejamento de escolhas por parte das crianças.

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O que o professor pode observar?

Se os materiais escolhidos e atividades propostas instigam o interesse e a busca

de estratégia individual ou grupal para solução de problemas e exploração de

materiais;

Preferências individuais e do grupo;

A existência ou não de planejamento para as escolhas;

Lideranças, tomadas de decisão;

As estratégias utilizadas para solucionar problemas;

As pesquisas, as explorações, os levantamentos de hipóteses;

Relação com o grupo: faz escolhas próprias ou fica na dependência de

parceiros? Tem facilidade de relacionar-se com os colegas? Há atitudes de

cooperação/competição? Consegue trabalhar em grupo?

Se a criança rodizia nos cantos ou permanece no mesmo;

Se o grupo tem autonomia na organização e arrumação dos cantos.

Atividades Diversificadas - Elementos levantados e discutidos na formação de

Coordenadores Pedagógicos com Mônica Pinazza socializados com o grupo

de professoras em 2015

O objetivo da discussão é que cada profissional seja coordenador ou

professor reflita sobre a sua concepção de “atividade diversificada” e avalie a

necessidade e possibilidades de mudanças para que tal atividade atenda às

Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil.

Numa retrospectiva histórica, na educação infantil no Brasil as Atividades

Diversificadas surgiram como proposta à superação de problemáticas como:

Propostas de atividades uniformizadas para todas as crianças em tempo

concomitante;

Longos tempos de espera a que se submetiam as crianças, especialmente, no

momento da entrada;

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As Atividades Diversificadas chegam, sob a forma de um argumento em favor de

uma educação infantil de melhor qualidade, especialmente, para banir a prática de

uniformização das ações das crianças.

Porém, observamos que outros sentidos foram sendo dados às atividades

diversificadas:

Sedimentou-se a noção de “atividade diversificada” identificando-a com um

“momento ou tempo da rotina” (“Agora é o momento das atividades

diversificadas, depois vamos para o parque, depois vamos para o ateliê; depois

vamos desenvolver projetos, etc, etc”).

O que era para ser uma diversificação de situações e de materiais passa a

ganhar uma expressão rotineira, repetindo-se as propostas de atividades e de

materiais.

Em dado momento as atividades diversificadas que foram adotadas para

corresponder a uma condição de acolhimento das crianças, distanciaram-se

dessa condição porque há uma arquitetura de ações que faz com que os

professores não se aproximem efetivamente das crianças do grupo: ou eles

dedicam a atenção a um subgrupo particular, ou eles aproveitam o tempo para

realizar ações relacionadas ao seu próprio trabalho, como por exemplo,

conferência e leitura das agendas, organização de registros e assim por diante.

Os próprios PPPs das Unidades Escolares apontam para que os professores

aproveitem de fato este momento para darem atenção a grupos menores.

Ao propor as atividades diversificadas o foco recai sobre os materiais a serem

destacados para cada subgrupo, não sendo o foco dos professores as

experiências das crianças.

As atividades diversificadas não guardam elos com as ações antecedentes e/ou

subsequentes e, nem tampouco, são consideradas as produções e

manifestações das crianças resultantes desses momentos das atividades

diversificadas;

Na condição das atividades diversificadas há a primazia das ações dos

professores, que planejam, organizam os espaços, elegem os materiais,

subdividem as crianças em pequenos grupos e estabelecem tempos para as

realizações e finalização das atividades. Tal como em outras condições, as

crianças têm participação bastante restrita.

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Disso conclui-se que houve uma apropriação estreita do conceito de “atividade

diversificada”. Além disso, elas não favoreceram uma pedagogia participativa,

centrada nas potencialidades, nas manifestações e expressões próprias das

crianças.

Elementos conclusivos

As chamadas “atividades diversificadas” correspondem a uma forma de

organização do grupo, que pode ser melhor definida como uma condição de

trabalho em “pequenos grupos”, em que as crianças experimentam, em um dado

momento, com um grupo menor de parceiros, possibilidades variadas de

brincadeiras e de produções de trabalhos, ligados ou não a projetos, que elas

estejam desenvolvendo no agrupamento.

Pode-se ter a condição de crianças desenvolvendo ações diferenciadas em

subgrupos, visando a propósitos educativos distintos. A organização em pequenos

grupos pode abrigar uma proposta do(a) professor(a), com vistas em algo que está

sendo trabalhado com a turma (por exemplo, atividades relacionadas a uma história)

ou pode abrigar propostas das crianças, mediante planejamentos dos quais elas

participam ativamente e têm total iniciativa de escolha.

A potência educativa das chamadas “atividades diversificadas” não está,

necessariamente, na diversificação de materiais e de atividades envolvidas, mas sim

(e principalmente) no quanto ela promove experiências enriquecidas e

enriquecedoras. Dentro do que se tem definido atualmente como “atividades

diversificadas”, pode-se ter condições que potencializam experiências interessantes

e expressivas às crianças, mas também, ao invés disso, pode-se ter “atividades

diversificadas” desinteressantes que condenam as crianças a ações rotineiras,

repetitivas ou meramente exploratórias.

Portanto, “atividade diversificada” é uma condição e não um tipo de atividade.

Ademais, as “atividades diversificadas” implicam diversificação de propostas de

atividades e materiais, mas com vistas à diversificação de experiências.

Quando se fala em promover atividades livres às crianças, é preciso ter em

mente o quanto essas atividades promovem realmente experiências expressivas. Se

as experiências que suscitam não superam o estatuto de mera exploração e de

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reprodução prolongada, pode-se dizer que tais propostas de atividades ficam muito

pouco potentes.

Atividades Permanentes

São aquelas que respondem às necessidades básicas de cuidados,

aprendizagem e de prazer para as crianças, cujos conteúdos necessitam de

constância. A regularidade da atividade permanente pode variar dependendo da

sua natureza e dos objetivos do professor.

Temos como atividades permanentes na nossa escola: estabelecimento da

rotina do dia com as crianças no início da aula, acompanhamento da data no

calendário, contagem dos alunos presentes, brincadeiras no espaço interno e

externo, roda de história, roda de conversa, atividades na Biblioteca, cuidados

com o corpo, alimentação, entrada coletiva, inter salas e outras.

Atividades Sequenciadas

São planejadas e orientadas com o objetivo de promover uma

aprendizagem específica e definida. São sequenciadas com intenção de oferecer

desafios com graus diferentes de complexidade para que as crianças possam ir

paulatinamente resolvendo problemas a partir de diferentes proposições. A partir

dos interesses manifestados pelas crianças no decorrer do ano, o professor

poderá organizar sequências didáticas planejando experiências para as crianças

vivenciarem sobre o tema.

Projetos de Trabalho

São conjuntos de atividades que trabalham com conhecimentos específicos

construídos a partir de um eixo de trabalho que se organizam ao redor de um

problema para resolver ou de um produto final que se quer obter. Possui uma

duração que pode variar conforme o objetivo, o desenrolar das várias etapas, o

desejo e o interesse das crianças pelo assunto tratado.

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Projeto em parceria com a Equipe do Expresso Lazer

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Atividades Especiais (Estudo do meio e outras)

Além da grade apresentada acima e das atividades realizadas diariamente,

existem também alguns momentos que ocorrem com uma periodicidade

diferenciada, são eles:

Entrada Coletiva

Entrada coletiva 31 de março: Contação de história “O caso do Bolinho”, com recursos

que encantaram e seduziram o outro a cantar, ao som do violão e narração com teatro de

sombras.

A partir das discussões realizadas no HTPC do dia 07 de março de 2017, a

equipe docente avaliou que em 2016, as entradas coletivas semanais, foram pouco

produtivas para as crianças e professoras. Devido à falta de tempo hábil para

realizar planejamento prévio, sobrecarga de demandas e a não divisão de tarefas

entre a equipe docente. Assim sendo, ficou definido que em 2017, as entradas

coletivas serão mensais, realizadas por duplas de professoras, com envolvimento da

Gestão, equipe do apoio e auxiliares em educação.

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Encaminhamentos:

A CP irá providenciar cronograma com as datas mensais e escala das duplas

responsáveis do mês;

O planejamento irá ocorrer no último HTPC do mês e a preparação e

organização de materiais deverão ocorrer nos HTPs;

Hino Nacional e do Município: a partir da avaliação de que não fazia sentido para

as crianças pequenas tocar o Hino nos dias de entrada coletiva, por não

compreenderem o porquê de se manter uma postura mais contida durante a

execução do Hino, a temática será abordada em rodas de conversa, com a

apreciação do Hino e da bandeira, clipes que ilustrem diferentes contextos sobre

a execução do Hino Nacional, pesquisa sobre o significado das cores da

bandeira, pesquisa para saber se pode ou não bater palmas e outras ações (de

acordo com a faixa etária). E posteriormente, será incorporado nas entradas

coletivas.

Algumas ideias:

Contação de histórias com diferentes materiais (fantoche, objetos não

convencionais...);

Dança;

Gincanas;

Apresentação das crianças;

Músicas com gestos;

Atividades de sensibilização musical;

Relaxamento, alongamento;

Apresentação de peça teatral feita por um grupo de professoras ou pela própria

turma ou funcionários da escola;

Abordagem de um tema atual ou data histórica cuidando bem da forma como

abordar com crianças pequenas o tema escolhido;

Alguma outra atividade que considerar interessante, etc.

Proporciona:

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Momento que reúne todas as crianças para uma mesma atividade;

Contato da criança com atividades variadas;

A criança conhece os demais professores;

Encontro com colegas, primos, irmãos que frequentam outra turma;

Aprendizagem de conteúdos atitudinais, tais como a postura respeitosa na

apresentação de espetáculos, no momento de cantarmos o Hino Nacional, etc.

Assistir a um espetáculo;

Apresentar um espetáculo para um público;

Orientações Didáticas para a Entrada Coletiva

Ao elaborar as atividades levar em conta a quantidade de crianças, as diversas

faixas etárias e o tempo de concentração que são capazes de permanecer;

Planejar as atividades e separar os materiais necessários com antecedência;

As crianças poderão compartilhar suas experiências;

Selecionar recursos atrativos que favoreçam as contações de histórias;

Intersalas:

Diz respeito a um momento privilegiado de interação entre crianças com

idades diferentes. Momento este pensado e organizado para propiciar essa

interação. O papel do professor se faz importantíssimo tanto na organização do

espaço como na mediação das relações, incentivando a interação entre as

idades.

O professor será responsável em organizar a proposta que será

desenvolvida.

Objetivos:

Integrar crianças de idade diferentes;

Conhecer e explorar outros espaços e materiais da escola;

Desenvolver iniciativa, responsabilidade, respeito, cooperação e autonomia.

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Valorizar as diferenças entre as pessoas;

Ampliar contato com outras pessoas, ou seja, relacionar-se com outros grupos

diferentes do seu;

Ampliar a confiança em si mesma;

Aprender e ensinar na relação com o outro.

Ações que antecedem a atividade:

Fazer uma roda com as crianças, explicando como funciona, e retomando

combinados como:

Lembrar quais são os cantos e

Cuidado na locomoção, ir andando, pois correr pode gerar acidentes como

trombadas e quedas;

O cuidado no contato com o outro: os menores, incentivados a perguntar,

brincar, se relacionar com as crianças maiores e, essas por sua vez,

incentivadas a ajudar e ensinar os menores, sempre um cuidando do outro;

A organização da sala que deve ser feita por quem utilizou o material, dando

ênfase à importância de todos ajudarem.

Organizar o ambiente e os materiais previamente (esses servirão como

mediadores das interações entre as crianças), buscando espaços convidativos

e um clima de segurança e confiança;

3. Ações durante a atividade:

O professor deve mediar e incentivar as relações, as interlocuções entre as

crianças, ou seja, motivar as crianças para integração e interação com o

outro;

Interagir com o grupo, por meio do material escolhido;

Mediar situações de conflito pessoal ou grupal, quando necessário, sempre

buscando que a solução parta das próprias crianças;

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4. Ações após a atividade:

Registrar as observações realizadas;

Conversar com os alunos sobre o desenvolvimento da atividade: o que

fizeram o que mais gostaram etc., socializando os acontecimentos das

atividades;

Trocar com a equipe docente os principais acontecimentos, os avanços e

dificuldades com relação à atividade.

O que o professor pode observar:

Houve interação entre as crianças? Como elas brincam? Como interagem?

As crianças agem com autonomia?

Há lideranças/ dependências?

Houve trocas de informações significativas?

Houve intervenções funcionais?

Circuito

O circuito irá ocorrer às segundas-feiras, com planejamento mensal e por

faixa etária, a fim de garantir desafios adequedos para a faixa etária. Serão

organizadas atividades diversas com materiais que proponham desafios corporais

para que as crianças tenham uma maior consciência corporal e ampliem, dia a

dia, seus limites. Os desafios devem ser crescentes, respeitando as

possibilidades de cada faixa etária. Um mesmo desafio pode ser realizado de

formas diferentes, por exemplo, em um banco pode-se arrastar de barriga, de

costas, passar por baixo, pode-se andar sobre o mesmo tanto de frente como de

costas, de lado, de olhos vendados, em parceria, etc. É o professor que vai

aumentando o grau do desafio à proposta apresentada, para que a criança

sempre se sinta desafiada. Deverá ser pensada numa forma de organização das

atividades de forma que as crianças não tenham que permanecer em fila

esperando a sua vez de brincar, ou seja, que seja possibilitado que as crianças

brinquem todas de uma vez, variando os desafios propostos.

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Sugestão de Materiais:

Cordas, bambolês, bancos, mesas, lençóis, tecidos, plinto, colchões,

pneus, túnel, pé de pau, pé de lata, amarelinha (borracha), caixas de tamanhos

variados, bastões, cabos de vassouras, tapetes, cavaletes, cones, etc.

É importante também que as crianças participem do planejamento e da

elaboração de materiais para o circuito.

Por questão de organização, cada turma deverá ir ao circuito no horário

reservado para quadra. Em dias chuvosos, será organizado no pátio interno.

Aniversários

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Fica livre para os professores, combinar com os pais/ responsáveis se

cantarão ou não os parabéns ao aniversariante levando em consideração a religião.

Estudo do Meio

Relacionar os temas estudados na escola com o que ocorre fora dela é

fundamental para que a criança compreenda significativamente os conteúdos

abordados. Um estudo do meio além de empolgar as crianças, expande a

aprendizagem. Seja num museu, num parque, num zoológico, num teatro, nas

ruas, é nesses lugares que as crianças observarão pessoalmente o que viram em

vídeo, imagens e discussões na escola. No local visitado, previamente escolhido

pela professora para complementar um tema estudado em sala, a criança

experimentará, vivenciará e dará significado in loco aos fatos estudados em sala

e desenvolverá assim a sua visão própria do mundo.

A equipe escolar conhece ou conhecerá previamente os locais a serem

explorados certificando-se de que todos ofereçam segurança às crianças e

possuam espaços para lanche. No dia da ida aos locais para a realização de

Estudos do Meio será disponibilizado número de adultos suficiente para garantir o

acompanhamento seguro das crianças nos espaços, bem como nos trajetos.

Algumas mães de crianças se disponibilizaram no inicio do ano letivo para este

acompanhamento e havendo necessidade a escola conta com essa parceria.

Dia da Família

O objetivo principal do Dia da Família, além da valorização das relações

familiares, é resgatar os laços de afetividade entre a família e a escola.

A cada ano a equipe discute e planeja coletivamente quais atividades realizar.

13 de maio/ sábado letivo: Será realizado o “Dia da família na escola – Era uma

vez...muitas histórias, jogos e brincadeiras na EMEB. “Moysés Cheid”

21 de outubro de 2017: Para o sábado letivo do dia 21 de outubro de 2017, o

trabalho será pautado nas Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação

Infantil, com o tema “Brincadeiras e Interações”, cujo planejamento será

cuidadosamente realizado no início do segundo semestre.

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A equipe docente, juntamente com o trio gestor, realizou a leitura da

retrospectiva do trabalho coletivo descrito no PPP, justamente para fomentar a

discussão acerca da temática que será abordada para o próximo sábado letivo (21

de outubro de 2017). Observou-se que desde 1994, as diferentes equipes

constituídas em cada período/ano, passaram por muitas discussões, atreladas a

concepção e ao trabalho da Unidade Escolar. A proposta de projeto coletivo norteou

as ações educativas em vários anos, mas não foi predominante, justamente por ter

sido considerado o percurso de trabalho de cada turma e as necessidades da

comunidade escolar. Questão essa, que provocou a equipe a refletir sobre as

próprias experiências de anos anteriores e sobre a concepção de infância a qual

buscamos transpor para a prática pedagógica, embasada na Concepção histórico

cultural, respaldada pelas Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil

e fundamentada mais recentemente, pela Base Nacional Comum Curricular. Sendo

um documento que organiza o Currículo por Campos de Experiências, o qual será o

nosso objeto de estudo e pesquisa, previsto no plano de formação da equipe

docente.

Reportando-se ao Projeto Coletivo de 2016, as professoras avaliaram que:

O projeto coletivo propiciou aprendizagens significativas, no entanto, as etapas

foram elaboradas pelas professoras;

Parte das crianças não reconheciam suas próprias produções, pois haviam sido

realizadas ao longo do ano, ficando muito distante da Mostra Cultural,

Houve um investimento de alto custo para organizar a Mostra, pois foi necessário

adquirir materiais diversos;

No dia da Mostra Cultural que compartilhou o produto final do projeto coletivo, a

frequência foi baixa (cerca de 6 crianças por turma).

A partir de toda discussão analítica, reflexiva e avaliativa, a equipe definiu que

para o ano de 2017, a divulgação das experiências das crianças irão ocorrer ao

longo do ano, por meio de exposição das produções, documentação pedagógica,

dando mais vida as paredes e espaço escolar, as famílias serão implicadas no

processo e em alguns momentos, convidadas a participar da divulgação das

pesquisas e descobertas das crianças, pois o que desejamos...

Crianças protagonistas;

Crianças pesquisadoras;

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Crianças brincantes;

Crianças falantes;

Crianças com experiências significativas e diversas.

Semana das crianças

Na semana das crianças organizamos para que em cada dia aconteça algum

evento diferente como: brinquedos infláveis, piquenique proporcionado através da

merenda escolar bem como lanche diferenciado, peça de teatro, brincadeiras,

gincanas, cinema com pipoca, entre outras atividades e brincadeiras. Neste

documento encontra-se em anexo um projeto específico para esta semana.

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193

7.1 Adaptação

(Trecho do Registro Reflexivo da professora Gilvanea sobre o período de adaptação)

Novo ano, permanência da maioria dos funcionários que compõem a equipe

escolar e a necessidade de se readaptar...

Readaptar-se as mudanças de espaço, organização e ao outro...

O outro que mudou de escola, que já fazia parte desta ou que acabou de

iniciar...

E para iniciar o ano, não poderia ser diferente: discutir, refletir e planejar o

período inicial de adaptação;

Discussão que provocou reflexões, como: a diferença entre acolher e adaptar,

planejar ações intencionais e envolventes para minimizar a insegurança dos

pequenos, criar vínculo com as famílias, plajenar de acordo com as especificidades

de cada faixa etária e se empenhar em colaborar para vencer o desafio da

adaptação inicial.

Após o período inicial de adaptação, a equipe docente, gestão e auxiliares em

educação, realizaram a revisão do PPP e avaliação, sendo indicadas alterações na

escrita do texto. Além da experiência do perído de adaptação, o trabalho teve como

inspiração para reflexão, a citação de Juliana Davini:

“... O que queremos deve estar sempre bem claro: fazer um vínculo de confiança com pais,

para que a estadia da criança na escola seja prazerosa e produza crescimento intelectual, social,

sensível e afetivo (isto para todos nós!). Queremos que estes pais sejam parceiros, cúmplices de

nossos objetivos e que possamos nos entender nos momentos de divergência ou conflito que com

certeza passaremos. Desejamos que os pais possam nos ajudar com participação e interesse e que

adaptação seja mais humana e tranquila para ambos. Enfim, não queremos pouco... por isso

trabalhamos”.

“Este período é caracterizado pelo grande desafio que nós professores, demais

funcionários, pais e crianças vivenciamos ao iniciar um ano letivo. É justamente nele

que estreitamos os laços de convivência, acolhimento, criamos vínculos e

estabelecemos a autoconfiança de todos os envolvidos...”

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194

Avaliação:

O que foi bom em 2017? O que precisa melhorar para o próximo ano?

Que cuidados precisamos ter em 2018?

- Boa frequencia no periodo de adaptação;

- Compreensão da família quanto à importância

do período inicial de adaptação;

- Participação dos funcionários de apoio;

- A divisão da turma quando as famílias

participaram do primeiro dia;

- Envolvimento da equipe escolar;

- Grande número de crianças presentes na primeira

Reunião, dificultando o diálogo com as famílias;

- Planejar coletivamente, dinâmica de acolhimento;

- Quando houver a junção dos agrupamentos, deverá

ser iniciado as 13h e não as 15h;

- Quando a criança vier em horário diferenciado do

que foi definido previamente, a criança deverá ficar

com a professora;

- Cuidar para que os irmãos fiquem no memso

horário;

-Menos informes na primeira Reunião;

- Fazer reunião com as famílias de crianças novas,

após o período de matrícula (Gestão);

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8. AVALIAÇÃO DAS APRENDIZAGENS DOS ALUNOS

8.1 Educação Infantil

“A observação é uma ação estudiosa da realidade. Estudo quando eu tenho uma

pauta, quando eu direciono o meu olhar. Quando observo eu ordeno, seleciono

diagnostico significados, classifico questões. É uma ação altamente reflexiva,

diferente de registrar mecanicamente tudo que vê ou estar ali olhando.”

(Madalena freire, 1989)

A partir de estudos e discussões sobre avaliação proporcionados pela

rede de ensino de São Bernardo do Campo e desenvolvidos no interior da escola,

temos como suporte teórico as ideias de Jussara Hoffmann sobre avaliação e

utilizamos os instrumentos metodológicos sistematizados por Madalena Freire:

observação, registro, reflexão, planejamento e avaliação. Ao final da cada

semestre as professoras produzem um relatório das aprendizagens da cada

criança a partir das intervenções realizadas. Além do relatório cada professora

organiza um portfolio para cada aluno com atividades selecionadas pelo

professor e pela criança que revelarão o desenvolvimento dos nossos alunos no

processo de ensino e aprendizagem. Estas atividades selecionadas serão

analisadas pelo professor que escreverá registros pontuais sobre o que tem

observado sobre a criança em suas produções.

Este portfólio deverá trazer informações de todo processo da criança

(social, afetivo e cognitivo) com enfoque na aprendizagem.

Deve conter:

Informações tanto sobre o processo de aprendizagem da criança como os

conteúdos e estratégias desenvolvidos pelo professor;

As atividades devem ser datadas;

As atividades de escrita devem conter indicações da leitura realizada pelo

aluno e trazer detalhes significativos do processo de construção da criança e

não só termos técnicos (hipóteses de escrita);

Não é necessário elaborar atividades matemáticas para comprovar os

avanços das crianças. Se o professor está trabalhando com um jogo, por

exemplo da pizza, com o objetivo que os alunos contem e façam

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correspondência biunívoca, é isso que vai avaliar e relatar no relatório

individual. Não é necessário pensar em uma atividade gráfica para esse fim.

Relatar sobre procedimentos adquiridos como consultar a tabela numérica, o

alfabeto, pesquisar na lista de nomes, etc.

A avaliação deve se dar com base nos objetivos pedagógicos que estão

sendo trabalhados. Não se trata somente de constatar avanços e dificuldades

dos alunos, mas sim, refletir sobre as competências construídas por eles com

vista a dar encaminhamentos necessários para a continuidade do processo de

ensino e aprendizagem.

O registro das observações deve ser contínuo e sistemático. Levar em

conta as diferenças individuais dos alunos o que exige do professor formas

diferenciadas de atuação e intervenção para provocar a aprendizagem em cada

um e no grupo.

Avaliação de todos os envolvidos no processo educativo:

Semestral

Professores (relatórios da turma e avaliação sobre o trabalho geral da escola);

Comunidade (avaliação sobre vários itens relacionados ao andamento da

escola).

Todos acompanharão seus próprios desempenhos se auto avaliando e

contribuindo também com os demais, avaliando, criticando e dando sugestões

para o trabalho realizado pelos diferentes atores do processo educacional, com o

objetivo de replanejar nossas ações.

Vai acontecendo de acordo com o processo de aprendizagem de cada

aluno. Sendo assim, cada portfólio vai ter a “cara” do aluno, pois terá registro de

seus avanços, dificuldades e encaminhamentos, conforme esses forem

acontecendo.

Registros dos avanços das crianças – Portfólio individual, com relatórios

semestrais;

Registros dos professores – onde o professor escreve as situações de

aprendizagem importantes que ocorreram na sala, suas reflexões e

encaminhamentos;

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Relatórios feitos por todas as professoras onde são registrados os avanços, as

conquistas e dificuldades da criança; Os relatórios devem conter:

Brasão e dados da escola

MUNICÍPIO DE SÃO BERNARDO DO CAMPO

SECRETARIA DE EDUCAÇÃO - DEPARTAMENTO DE AÇÕES EDUCACIONAIS

E.M.E.B “MOYSÉS CHEID”

Rua João XXIII, 660, Jardim Nazareth, Cep 09851-707 - São Bernardo do Campo- São Paulo

Tel. Fax: 4392.2389

Nome completo da criança; data do nascimento; turma; período

Nome completo do professor;

Número de dias letivos e número de faltas

Processo de aprendizagem – saberes da criança;

Registro das suas interações,

Intervenções/ ações efetuadas pelo professor em relação a criança

Encaminhamentos e investimentos necessários

Considerar os diferentes destinatários (pais/ responsáveis, equipe escolar,

equipe gestora, secretaria da educação, psicólogos, fonoaudiólogos, enfim,

todos que possam a vir fazer uso do relatório como forma de conhecer a

criança, ou de atuar junto à mesma, ou para fins legais, etc).

Cuidar do vocabulário.

Contemplar conteúdos atitudinais, conceituais e procedimentais

Garantir a explicitação dos objetivos do semestre para a turma e para a

criança em específico.

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9. ACOMPANHAMENTO DOS INSTRUMENTOS METODOLÓGICOS

Utilizamo-nos de alguns instrumentos que tem auxiliado o acompanhamento do

trabalho do professor. São eles:

Planejamento onde os encaminhamentos didáticos são previamente pensados;

É olhando para o próprio fazer que o (re) organizamos, é olhando para o fazer

do outro que ampliamos o nosso, enfim trabalharemos para que os professores

consigam fazer transposições didáticas, identifiquem e reflitam sobre suas

concepções de ensino, que consolidem e valorizem sua identidade profissional,

ampliando horizontes e alcançando metas de forma apaixonante e significativa. Que

nossos espaços de formação possam oxigenar as práticas docentes e desenvolvam

nos professores o espírito da investigação científica frente às aprendizagens

próprias e dos alunos.

Nossa busca é de um profissional competente, reflexivo, aberto à colaboração

dos formadores e colegas, portador de conhecimentos baseados na própria história

de vida e profissional, com suas crenças, teorias e estratégias de lidar com a

aprendizagem.

Ações permanentes:

Garantir nos espaços formativos a máxima circulação de informações, através de

trocas de experiências, estudos específicos, planejamento em parcerias, reflexão

e tematização sobre a prática, construindo um “coletivo escolar” e

conscientizando o professor da necessidade de investir na sua auto formação,

sendo um investigador em sala de aula e refletindo constantemente sobre o seu

fazer pedagógico;

Portfólio dos alunos: Acompanhar o desenvolvimento dos alunos, fazendo

leituras e intervenções (quando necessárias) nesses instrumentos.

Estudo e uso do PPP: propiciar momentos para este estudo, uma vez que o

PPP vem sendo modificado gradativamente pelo grupo, com várias

contribuições. O objetivo principal é que o PPP seja realmente um norte no

trabalho de cada um, fazendo parte integrante dos planejamentos;

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Estruturação anual do trabalho: com base nas Diretrizes Curriculares

Nacionais para a Educação Infantil e nos objetivos proposto no PPP, refletir e

estruturar o trabalho a ser desenvolvido no decorrer do ano. Com isso, o

professor tem clareza de onde partir e aonde chegar e quais conteúdos priorizar.

Aquisição de novos conhecimentos: o professor precisa de formação teórica

permanente e consistente, que alimente sua prática e a sua autonomia. Porém,

esses pressupostos teóricos devem ser relacionados com a realidade do

cotidiano escolar, com a prática dos professores. Para isso, buscaremos

Incentivar a transposição da teoria para a prática, e analisar essas situações

práticas em sala de aula, buscando adequações.

Trocas de experiências: propiciar momentos para os professores, socializarem e

tematizarem suas práticas; buscar a participação de todos na socialização de

boas práticas. Acreditamos que é por meio da troca e da reflexão que o grupo

avança em seus conhecimentos e na sua prática em sala de aula.

Acompanhamento da atuação dos professores: acompanhar o uso dos

instrumentos metodológicos (planejamento, registro, relatório, avaliação/portfólio

do aluno), sua atuação em sala de aula (análise de situações práticas), sua

contribuição para com o grupo escola (cooperação, integração, troca), suas

parcerias e lideranças. Buscar o avanço de cada um, procurando conscientizá-

los da importância da formação para o crescimento pessoal/profissional.

Registrar este desenvolvimento e procurar dar devolutivas pontuais, pensando

sempre em instrumentalizá-los para que tenham intencionalidade educativa, para

que sistematize seu trabalho por meio de projetos, atividades sequenciadas,

permanentes, etc.

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10. AÇÕES SUPLEMENTARES

10.1 AEE (Atendimento Educacional Especializado)

Está previsto que os acompanhamentos ocorram semanalmente pela professora

do AEE no período em que a criança está matriculado. O atendimento se dá através

da chamada ação colaborativa no qual a professora do AEE atua ora diretamente

com a criança, ora com a professora e ora com a coordenação pedagógica. Além

disso, a professora do AEE é corresponsável na elaboração de atividades e

materiais para o trabalho com a criança em sala de aula. Periodicamente realizamos

encontros entre a coordenadora pedagógica, professora da sala regular, professora

do AEE, Equipe de Orientação Técnica e Equipe de Orientação Pedagógica quando

necessário para discutir, planejar, avaliar e replanejar ações e traçar

encaminhamentos para as crianças que estão inseridas no AEE.

.

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11. REFERÊNCIAS

Antunes, Celso. Jogos para a estimulação das múltiplas inteligências. Petrópolis:

Vozes, 2000

Regina Scarpa Leite, Baseada em Vygotsky, Wallon e Bakhtin

Rheta Drevies – Ética na educação infantil.

Referencial Curricular nacional para a educação infantil.

Kichimoto, Tizuki Morchida – Jogo, brinquedo, brincadeira e a educação. São

Paulo: Cortez, 1999.

Campelo, Carmute. Bertazzo, Ivaldo. Tenso equilíbrio na dança da sociedade.

São paulo: SESC.

Bertazzo, Ivaldo. Espaço e corpo: Guia de reeducação do movimento.

R.C.N.E.I, 1998

Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil, 2010

Proposta Curricular – vol. Ll

Encontros iniciais com a matemática. Editora Artes médicas – cap. 4

Brincadeiras infantis nas aulas de Matemática – Artmed

Proposta Curricular – vol. l

A educação do olhar no ensino das artes – Analice Dutra Pillar

(Capítulos 1 e 2 ).

Revista Avisa la nº 15 de Julho de 2003, o livro Explorando o Universo da música

de Nicole Jeandot, apostila do curso “ Música na Educação Infantil”, ministrando

por Helenice Scapol Villar Rosa, Proposta Curricular, Vol. II.

O ensino da língua Escrita – Myrian Nemirivsky:

Revista Avisa lá: Linhas e Entrlinhas de uma história;

Livro: E – mails Pedagógicos.

Pinazza, Mônica formação para Coordenadores da Educação Infantil da rede de

São Bernardo do Campo

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12. ANEXOS

12.1 Histórico da escola

Antigamente as crianças de nossa região para estudar tinham que se

deslocar até a EMEB “Thales de Andrade” ou “Padre José Maurício” escolas

pertencentes a bairros vizinhos. Esta dificuldade fez com que a Sociedade Amigos

do Bairro, na pessoa do Sr. Edson Matias Santos, então presidente da Sociedade e

Sra. Marlene Alonso, moradora do bairro, buscassem vereadores de nossa

cidade para expor a necessidade de uma escola de educação infantil para atender a

demanda da região. Assim sendo, em abril de 1984, instala-se as duas primeiras

salas de cinco e seis anos, anexa a EMEB “Padre José Maurício” cuja Diretora era a

Sra. Lindalva Ramalho de Araujo.

Com a crescente demanda, em 1986 a escola começa a funcionar em três

períodos deixando de ser escola anexa à EMEI “Padre José Maurício” e tornando-se

CMEI Jardim Uenoyama sob a direção da Sra. Maria Terezinha Rodrigues (Polota).

Ainda com as reivindicações da Sociedade Amigos do bairro e da

comunidade a Prefeitura se propõe a construir a nova EMEI, pois a CMEI já não

mais atendia a demanda.

O antigo proprietário do terreno era o Sr. Fernando Antônio Castione e, a

construtora responsável pelo prédio foi a Planova.

As obras tiveram início no dia 23/09/1987 e terminaram no dia 10/11/1988. No

dia 08/06/1988, sob o decreto de lei nº 3087, nossa escola passa a chamar EMEI

“Moysés Cheid”.

A escola ficou então constituída por seis salas de aulas, pátio, palco,

secretaria, sala dos professores, almoxarifado de materiais pedagógicos,

almoxarifado de materiais de limpeza, sala de vídeo, sala de biblioteca, quadra,

parque e enorme área gramada para deleite das crianças.

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203

Biografia do patrono:

O Sr Moysés Cheid, nasceu na cidade de Monte Aprazível, neste Estado no dia

06/10/1929 e faleceu no dia 19/03/1988 em São Bernardo do Campo. Radicou-se

em São Bernardo em 1949 iniciando suas atividades profissionais no setor bancário

como estagiário no Banco Auxiliar de São Paulo, foi gerente de vários bancos,

diretor da empresa de economia mista Procap – Casas Populares de São Bernardo

do Campo S/A e assessor técnico da PROSBC- Progresso de São Bernardo do

Campo.

O Sr. Moysés Cheid foi sempre personalidade de destaque neste município,

sendo durante muito tempo, conselheiro do Esporte Clube São Bernardo e sempre

colaborador de casas assistenciais e filantrópicas. Para homenagear tal

personalidade o Prefeito Aron Galante denominou esta escola de EMEI “Moysés

Cheid”.

No dia 03/09/1988 nossa escola é inaugurada e passa a dar conta da demanda

escolar deste bairro.

Histórico da biblioteca escolar interativa Rubem Alves

A Biblioteca Escolar Interativa “Rubem Alves” foi inaugurada em

18/05/2004. Concorreu para a sua implantação o empenho da comunidade, que

apesar de saber que a prioridade da Secretaria de Educação e Cultura era a

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implantação em U.E. da Educação Fundamental e Especial e adequação de

espaço para linguagem REBI para a U.E. de Educação Infantil, a comunidade fez

solicitações enfáticas justificando a necessidade da implantação da BEI em

nossa unidade escolar.

A escolha do nome foi do grupo de professores por reconhecerem sua

importância na Educação e na Literatura, portanto elaboramos um conjunto de

atividades para que os alunos o conhecessem, bem como suas obras. No

término do Projeto “Rubem Alves”, cada classe confeccionou um livro de recontos

baseados nos livros do autor. Estes livros fazem parte do acervo da BEI e estão

expostos na estante temática.

Neste ano contamos com a presença da oficial designada para o trabalho

na BEI que contribui fortemente para o bom andamento das atividades.

12.2 Retrospectiva Histórica do Trabalho pedagógico – Produto do Nosso

Trabalho

Desde 1993 nossa escola vem tentando trabalhar de forma diferenciada

arriscando com novas práticas tornar a educação mais significativa tanto para as

crianças quanto para os professores. Iniciamos o trabalho com projetos nesta época,

sem muito embasamento teórico, mas na tentativa de acertar resolvemos arriscar.

Nosso primeiro trabalho foi denominado “Projeto Arte”, era feito por toda a equipe ao

mesmo tempo e a duração foi de três meses, o plano era igual para todos os níveis

e as atividades adaptadas a cada classe. Teve como produto final uma Exposição

de Arte com a visita de um artista plástico e arquiteto (Reynaldo Calles) que após

falar sobre o seu trabalho, acompanhou a criação das crianças em uma oficina de

esculturas, onde cada um teve a oportunidade de construir a sua. No final do

período as mães foram convidadas a visitar a exposição de todos os trabalhos

produzidos nas diferentes etapas do projeto. É importante frisar, que nessa época

nosso currículo havia acabado de ser elaborado e norteou nosso trabalho até aqui. A

equipe estava muito motivada ao trabalho e atribuímos isto ao espaço que tínhamos

para estudar o currículo e discutir nossa prática, quando este espaço de estudo

acabou, nossa equipe passou a utilizar as meias horas diária, mas não era mais a

mesma coisa, o tempo era escasso.

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Em 1995, nosso projeto era de Ciências e nossa prática modificou-se um

pouco, o tema central Ciência, era trabalhado por todas as professoras, mas os

conteúdos eram diversificados e cada participante da equipe realizava projetos que

“engordariam” o tema central. Como produto final realizamos uma Feira de Ciências

onde as classes puderam apresentar à comunidade os diferentes estudos que foram

realizados naquele período, (funcionou exatamente com funciona uma Feira de

Ciências).

“Em 1996, com o sucesso dos trabalhos anteriores, resolvemos elaborar o

Projeto Caminhando através da História” que foi dividido em: Pré História, Idade

Antiga, Idade Média e Renascimento. Ainda neste ano, o plano pedagógico era igual

para todas as turmas. Cada turma realizou projetos com temas que interessavam as

crianças com dinossauros, os egípcios, castelos reis rainhas, a Arte Renascentista,

etc. As revistas “Por um Triz” nos ajudaram muito na elaboração destes projetos

onde nas nossas reuniões semanais eram estudadas pela nossa equipe. Como

produto final, realizamos nossa Feira de História onde os alunos contavam para os

pais e comunidade o que aprenderam. Foi um momento rico e interativo entre a

escola e comunidade. Ainda em 1996, tivemos como marco em nossa proposta

pedagógica o jornal “Nossa História” elaborada pelos nossos alunos e professores

onde todas as classes puderam contribuir.

Em 1997 iniciamos o ano com a proposta de continuar com o Projeto

“Caminhando através da História” cujo enfoque principal era o Brasil. Entretanto

percebemos que a unidade de nosso grupo estava se perdendo, a equipe não

estava conseguindo trabalhar de forma motivadora e, consequentemente, as

crianças não estavam envolvidas. Algo estava acontecendo, será que era momento

de revermos nossa prática? Depois de muito refletirmos, analisamos e estudamos,

com o apoio das assessorias resolvemos modificar nossa prática e começamos a

trabalhar com projetos diversificados aos pares que passaram a ser elaborados de

forma mais sistemática e para a apresentação dos produtos finais realizamos uma

Mostra Educacional onde todos os produtos finais dos projetos puderam ser

apresentados.

Até então, todas as áreas eram trabalhadas dentro dos projetos de forma

interdisciplinar. Após as assessorias nossa prática passou a modificar-se e

começamos a trabalhar as áreas separadamente, cada uma com suas

peculiaridades e organizando o tempo didático através de atividades permanentes,

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seqüenciadas e os projetos. Houve uma modificação sistemática nas atividades de

rotina como um todo.

Em 1998 continuamos a trabalhar neste mesmo esquema organizando o

tempo didático e trabalhando com diferentes projetos que foram sempre nossa

marca. No final de outubro, fizemos II Mostra Educacional com a apresentação dos

projetos: “Contos de fadas” (trabalho com portadores de texto), “As lendas e o

jornal”, “Copa do Mundo”, “O fundo do mar”, “Músicas Clássicas”, “Picasso, Tarsila e

a pintura”. Momento este que todas as etapas dos projetos foram apresentadas aos

pais e comunidade.

A partir daí, passamos a trabalhar com um projeto único para a escola, envolvendo

também os pais e culminando sempre na Mostra Educacional no final do ano:

1999. Projeto “Em tempos de Guerra, em busca de Paz”

2000. Projeto de Artes “Pintando os Sete”

2001. Projeto de Artes “Fases de Mulher”

2002. Projeto de Artes “Em busca de paz”

2003. Projeto de Artes “A arte sempre fez parte”

2004. “O Futuro em nossas mãos, quem ama cuida”

2005. Projeto de Teatro “Educação pela Arte”: a Mostra Cultural mudou de cara, foi

realizada por meio de apresentações de peças teatrais, coral e danças para a

comunidade, refletindo o nosso projeto coletivo que foi “Teatro na Escola”.

2006. Resgate cultural: “Brasil Mostre a sua Cara”: Mostra cultural baseada em

apresentações para comunidade por meio de peça teatral, dança e música de

acordo com a cultura da região brasileira estuda no projeto coletivo.

2007. Projeto “Raízes” – A formação do povo brasileiro (índios, brancos e negros).

Foram apresentadas à comunidade aspectos das culturas: indígena, portuguesa,

espanhola, italiana e negra, mostrando as contribuições de cada povo na formação

da nossa cultura, por meio de dança, música e do teatro.

2008. Projeto “Moysés Cheid, vinte anos de história” – resgate da história da escola:

entrevista com antigos funcionários, painel de foto das diversas turmas que por aqui

passaram, pintura de telas para afixar nos alambrados (retratando a história),

criação e eleição de mascotes para a escola. Foi um projeto bem significativo para

os alunos e para a comunidade, tendo sua finalização com a mostra cultural e um

jornal sobre o resgate da história.

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2009. Projeto “Sítio do Pica-Pau Amarelo” – Comemoração do 5º aniversário da

Biblioteca Escolar Interativa “Rubem Alves”, decidiu-se enfocar a obra de um autor

brasileiro muito conhecido por suas histórias e personagens: “Monteiro Lobato”. 2010. Projeto: “Contos de fadas” – A intenção desse projeto foi por meio da magia

dos contos de fadas envolver nossos alunos, despertando a curiosidade pela

pesquisa e o gosto pela leitura.

2011. Projeto: “Meio ambiente”-Pensando na atual sociedade com seus recursos

naturais cada vez mais raros e escassos, propomos a sensibilização das crianças

e comunidade quanto ao equilíbrio entre o crescimento econômico e a utilização

responsável dos recursos naturais.

2012. Projeto: O trabalho com música oportuniza momentos em que a criança

reconheça e utilize a música como linguagem expressiva e forma de

conhecimento.

2013: Projeto Brincar: Em linhas gerais o objetivo central do projeto foi a

valorização do lúdico e proporcionar momentos prazerosos de interação e

aprendizagens. Brincando a criança adquire e forma conceitos, conhece o mundo

que a rodeia, interage e socializa-se. Os sábados letivos foram voltados ao

Projeto e proporcionaram momentos de brincadeira e diversão com as crianças e

suas famílias e apresentação de produções das crianças realizadas durante o

projeto, bem como apresentação de danças pertinentes ao Projeto.

2014: Projeto Viajando pelas Nações

Em 2014 um dos eventos esportivos de maior destaque no planeta, a Copa

do Mundo, aconteceu aqui no Brasil. Em ocasiões como essa aparecem na mídia

muitas informações não apenas sobre o esporte e os times, mas também sobre os

países envolvidos: características, regime governamental, comidas típicas, lugares

turísticos com imagens maravilhosas e outros. Considerando que estas informações

chegaram às crianças com facilidade via televisão, por exemplo, usamos como

ponto de partida para proporcionar um aprendizado sobre os diferentes países

inclusive o Brasil.

2015: Projeto Meio Ambiente

As Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil colocam a

necessidade de garantir às crianças experiências que “promovam a interação, o

cuidado, a preservação e o conhecimento da biodiversidade e da sustentabilidade

da vida na Terra, assim como o não desperdício dos recursos naturais” e também

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“incentivem a curiosidade, a exploração, o encantamento, o questionamento, a

indagação e o conhecimento das crianças em relação ao mundo físico e social, ao

tempo e à natureza”. Pretendemos despertar nas crianças e em todos os envolvidos

no projeto o encantamento com a natureza a fim de preservá-la. Pretendemos ainda

encontrar formas de produzir menos lixo e dar o destino correto ao lixo produzido.

Contaremos com a parceria com o programa Ação Saudável e com o Projeto

Ecoviver o que sem dúvida favorecerá o andamento do projeto.

2016: Projeto Regiões do Brasil

“Uma ação educativa comprometida com a cidadania e com a formação de uma sociedade

democrática e não excludente deve, necessariamente, promover o convívio com a diversidade, que é

marca da vida social brasileira. Essa diversidade inclui não somente as diversas culturas, os hábitos,

os costumes, mas também as competências, as particularidades de cada um. Aprender a conviver e

relacionar-se com pessoas que possuem habilidades e competências diferentes, que possuem

expressões culturais e marcas sociais próprias, é condição necessária para o desenvolvimento de

valores éticos, como a dignidade do ser humano, o respeito ao outro, a igualdade e a equidade e a

solidariedade. (RCN, 1998, v.1, p.35)”

É com este pensamento e procurando atender também as Diretrizes

Curriculares Nacionais para a Educação Infantil (ìtem 06 referente as Práticas

Pedagógicas da Educação Infantil) que o corpo docente optou em realizar este ano

o Projeto Coletivo Regiões do Brasil. Além disso nosso país tem uma grande

diversidade de culturas e é importante que a criança, desde os primeiros anos,

possa compreender as diferenças e aprender a respeitá-las, notando que cada

região brasileira tem suas próprias características, advindas de suas influências e

história. Estudar as regiões é conhecer mais o país e conhecer mais o país é

aprender mais sobre a própria história! Pretende-se também: aprimorar habilidades

e competências do trabalho em equipe e de pesquisa; desenvolver a compreensão

de que cada região tem suas próprias características e história; desenvolver

competências e habilidades próprias ao aluno leitor e escritor; desenvolver a

compreensão da divisão do Brasil em regiões; notar a importância de respeitar a

diversidade e as diferenças culturais do país; identificar regiões do Brasil pelos

nomes; proporcionar o contato e a exploração dos costumes, comidas, danças,

músicas, brincadeiras, lendas, entre outras manifestações específicas de cada

região bem como de outros elementos da tradição cultural das diversas regiões;

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ampliar o envolvimento da comunidade no processo educativo; possibilitar vivências

e experiências éticas e estéticas de diferentes grupos regionais brasileiros.

2017: Para o sábado letivo do dia 21 de outubro de 2017, o trabalho será pautado nas Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação Infantil, com o tema “Brincadeiras e Interações”, cujo planejamento será cuidadosamente realizado no início do segundo semestre.

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12.3 DESCRIÇÃO DA ESTRUTURA FÍSICA DA ESCOLA

Acesso de Pais Entrada dos alunos

Estacionamento

12.4 Materiais pedagógicos e equipamentos

Brinquedoteca

Sala 7

wc

wc

Sala 8

Quadra

Sala 3

Sala 6

Pátio Interno

Tanque de areia

Sala 2

Sala 5

Sala 1

Sala 4

Entrada dos alunos

Cozinha

Coordenação

Direção

wc

wc

wc

Parque

wc A L M O X A R I F A D O

Acesso Func.

wc

Sala dos Professores

Secretaria

BEI

Casa do Caseiro

Horta

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De modo geral contamos com uma grande variedade de materiais pedagógicos

que subsidiam o trabalho das professoras em sala de aula como brinquedos, jogos,

letras móveis, material dourado, quebra-cabeça e outros. Na sala da Coordenadora

também temos um acervo de materiais da mesma natureza.

. Ao final de 2015 em avaliação o corpo docente optamos por nova

organização dos brinquedos. As professoras reuniram no pátio todos os brinquedos

da escola que deverão ser organizados em Kits por categorias, que ficarão

guardados no espaço da Brinquedoteca. De acordo com o planejamento da

professora, a mesma retirará os brinquedos ou kits que for utilizar, devolvendo-os

após o uso. Acordou-se também que será organizado uma espécie de ateliê no

espaço restante. Essa organização será experimental e será avaliada sua

funcionalidade podendo ser rediscutido o uso do espaço quando o grupo considerar

importante. Para a organização do espaço será necessário adquirir caixas

organizadoras e afins. À medida que o grupo sentir necessidade de ficar com alguns

brinquedos em sala de aula, havendo em grande quantidade, serão disponibilizados.

Temos uma TV, um DVD e um aparelho de som em sistema de carrinho, a

disposição das professoras para atividades no pátio ou nas salas de aula.

Possuímos também um computador na sala da coordenação e uma impressora que

podem ser usados pelo grupo de professores para a confecção e impressão de

atividades. Quando necessário também é utilizado o computador e a impressora da

sala da direção de modo a facilitar e agilizar o trabalho pedagógico.

Na BEI existem dois computadores, uma TV, um DVD e um Vídeo- Cassete

que são utilizados constantemente durante as aulas neste espaço.

Existem também aparelhos como: filmadora, máquina fotográfica, retro projetor,

projetor, piscina de bolinhas a disposição de todos quando necessário.

12.5 Calendário Escolar

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12.6 Programa saúde na escola

O Programa Saúde na Escola visa estabelecer uma parceria entre as escolas

e os postos de saúde a fim de atingir todas as crianças do município em termos de

saúde. Acredita-se que as crianças que por ventura estejam com o

acompanhamento da saúde em defasagem, sejam vacinas ou consultas rotineiras

ao pediatra para avaliação do crescimento e desenvolvimento, sejam localizadas via

escola. O posto de saúde fará encaminhamentos aos responsáveis para retomada

do acompanhamento à saúde.

Para 2016 serão agendados dias para a ação dos profissionais da saúde da

UBS na escola relativa à pesagem, medição e avaliação bucal de cada criança. A

escola solicita às famílias o envio de cópia da carteira de vacinação da criança. As

crianças do Infantil IV e V passarão também por avaliação oftalmológica. Além disso,

de acordo com as possibilidades a escola receberá os agentes de saúde para

apresentação de teatro às crianças sobre a prevenção da dengue. Neste ano já

estiveram na escola alguns estagiários em saúde para conversar com as crianças

sobre pediculose no período da manhã. No período da tarde a conversa foi realizada

pela enfermeira da UBS, cumprindo assim, o objetivo da ação. Ficou acordado que a

mesma enfermeira voltará à escola em 29 de abril para uma breve conversa na

reunião com os pais. Planeja-se também recebermos o grupo da terceira idade De

Bem com A Vida que tradicionalmente na Semana da Criança realiza uma

apresentação de dança as crianças.