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    como um dispositivo .eur+stico para pensar so"re o campo como umtodo# e o que veio a partir desses esorços6 >ma revisão da literaturamostra que os estudiosos t=m aplicado o Metamodelo de maneirasque se seguem# implicitamente# vrias das sugest&es que aca"ei demencionar! Cada ve- mais# nos ltimos anos# o Metamodelo tornou*se

    um assunto de discussão cr+tica entre os tericos da Comunicação#cumprindo assim# em certa medida a sua declaração# o propsito de'salto inicial'# um discurso re?e/ivo no campo (Craig# 1999# p! 1

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    ,ntre os primeiros usos su"stanciais do Metamodelo estavam# emgeral# livros de Teoria da Comunicação! ,m BriFn acrescentou*se umcap+tulo so"re 'Mapeando o Territrio'$ quarta edição do seu te/to (BriFn# 7888)# no qual ele apresentousuas interpretaç&es das sete tradiç&es (mais tarde ediç&es

    acrescentado um oitavo# 'Tradição Gtica') e colocado as tradiç&es emum mapa visual do campo ao longo de um continuum primriovariando a partir de ormas 'o"jetivas'# 'interpretativas' da Teoria!tep.en Hittlejo.n adicionou uma seção no Metamodelo $ sua s%timaedição (7887) e na pr/ima edição# Hittlejo.n e Ioss (7883)reorgani-ado o te/to de acordo com uma matri- de teorias cru-adasclassifcadas nas sete tradiç&es (e/ceto para a retrica) com umconjunto de dom+nios tpicos (o comunicador# mensagem# etc!)#mostrando assim que as tradiç&es oram representadas por teoriasem cada dom+nio! Alguns te/tos incluiram seç&es curtas em que oMetamodelo e as sete tradiç&es oram usadas para ilustrar aamplitude da Teoria da Comunicação (Miller# 7887E Jic.ard K Hussier#7883)! utros livros t=m mencionado o Metamodelo "revemente ounão em todos!

    A diversidade intelectual da Teoria da Comunicação# "em como aenorme quantidade de material que poderia potencialmente serinclu+do a torna um assunto di+cil de ensinar! Mesmo em um cursoque não a"race os princ+pios su"jacentes ao Metamodelo Constituivo#as sete tradiç&es podem ser teis para dar aos alunos uma visãoampla so"re o assunto antes de introdu-ir uma seleção de teorias a

    um estudo mais proundo (por e/emplo# Maguire# 788L)! Claro# odesacordo com seus princ+pios su"jacentes pode ser uma "oa ra-ãopara não usar o Metamodelo# ou uma a"ordagem mais estreita para osujeito pode ser preerida por muitas ra-&es! Al%m disso# esta ormade representar o campo compete com os "em esta"elecidosesquemas de classifcação# como paradigmas epistemolgicos#'n+veis' de comunicação# e at% mesmo o quadro de venerveis 'leis*regras*sistemas'# que ainda % usado em alguns cursos!

    Autores de livros adaptaram o esquema das sete tradiç&es e oen/ertaram em esquemas organi-acionais anteriores de orma

    criativa# em"ora sem a"ordar necessariamente as quest&es tericasque surgem em a-=*lo! 2or e/emplo# 'Tradição Gtica' de BriFncaptura o que % certamente uma dimensão importante da Teoria daComunicação atrav%s de tradiç&es# mas sua apresentação não levaem conta os crit%rios do Metamodelo para defnir tradiç&es (Craig#1999# 788)! s autores tam"%m redefniram tradiç&es particulares#sem re?etir so"re as implicaç&es! 2or e/emplo# Hittlejo.n (em 7887 eem ediç&es posteriores com Ioss) defniu a tradição enomenolgicade uma orma que se encai/a "em com o contedo# por transitar emediç&es anteriores# mas diere su"stancialmente do que est emCraig (1999)# sem mencionar a dierença! Meu ponto não % que min.aversão % necessariamente mel.or# mas que os esorços paraesclarecer e discutir as dierenças podem servir no campo tam"%m!

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    (2ode*se argumentar em resposta que os livros t=m uma unçãodierente)!

    ,m"ora a utili-ação mais comum do Metamodelo no ensino tem sidopara o propsito do ensino da Teoria da Comunicação# Barcia*im%ne-

    (7814# 7813) propNs para aplic*lo diretamente como m%todo paraanalisar pro"lemas de comunicação interpessoal em mltiplasperspectivas! Metamodelo de Comunicação 2ragmtica incorporaas sete tradiç&es em um esquema de .eur+stica de tr=s n+veis detraços culturais# dial%tica relacional# e metadiscurso! ,le permite aosusurios re?etir so"re como eles descrevem a sua comunicação#pro"lemas e considera descriç&es alternativos! modelo alternativotam"%m ornece um quadro para investigação comparativa decru-amento cultural so"re as concepç&es de comunicação e racioc+nioprtico so"re pro"lemas de comunicação! ,sta a"ordagemimplicitamente responde a uma cr+tica que o Metamodelo Constitutivoinerentemente se concentra no campo da Teoria da Comunicaçãoso"re o estudo de teorias# em ve- de o estudo da Comunicação em si(Mart+n Algarra# 7889)!

    >sos do Metamodelo no ensino# compreensivelmente# muitas ve-estendem a enati-ar as sete tradiç&es# em ve- dos princ+pios maisa"stratos em que a ação oi constru+da# mas isso pode promover ummal*entendido comum de declaraç&es como 'Teoria O % na TradiçãoP'atrav%s de um recipiente metarico! Tradiç&es como conce"idas noMetamodelo Constitutivo não são recipientes discretos# inertesE eles

    não comp&em uma classifcação sist=mica f/a de tal modo que cadateoria pode ser colocada em um e s uma tradição! ,ste ponto devista recipiente esquece a .istoricidade essencial e a"erturainterpretativa de tradiç&es! 2ara ser 'em' uma tradição % menoscomo sendo contido em uma categoria e mais como intervir paralevar adiante um discurso em curso# tendo algo dito no passado eaplicando*a a uma situação atual# o que sempre altera a tradição dealguma orma (Badamer# 19L8Q199)! Teorias são inormadas portradiç&es e as condu- para a rente! ,# o"viamente# uma lin.a dedesenvolvimento da teoria pode ser simultRnea ou sucessivamente'em' mais do que uma tradição nesse sentido!

    Re"e#ão cr$tica sobre as teorias e subcampos

    s estudiosos t=m utili-ado o Modelo Constitutivo para re?etir so"redeterminadas teorias ou su"campos de pesquisa de comunicação emrelação ao campo como um todo! 2or e/emplo# 5avis (781

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    rios estudos (al%m do tra"al.o por Barcia*im%ne- discutido acima)t=m utili-ado o Metamodelo em vis&es gerais de comunicaçãointerpessoal! Usotalus e Vargie (7817) descreveu os artigos na suaedição especial so"re 'Comunicação Unterpessoal e Unteração ocial'#

    em parte# ao associ*los com tradiç&es particulares de Teoria daComunicação! Manning (7814) construiu um modelo de pesquisa decomunicação interpessoal para mostrar como oito tradiç&es da Teoriada Comunicação contri"uem atualmente para o campo e para sugerircomo o dilogo poderia ser avançado atrav%s do alargamento etradução de teorias de dierentes tradiç&es! Vaug.# Wdr# e Mills(781

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    Atuais tend=ncias em Teoria da Comunicação dão ra-ão paraquestionar esse pressuposto e a visão ideal de comunicação comro"Ns .umanides que ?uem a partir dele# e em ve- disso enati-ar aimportRncia essencial da alteridade e a dierença na comunicação!

    Alguns destes argumentos são uncionais eQou psicossociais (pore/emplo# relativo $ sistemas dinRmicos e times de cola"oração)#alguns são ontolgicos (por e/emplo# neo*ci"ern%tica#questionamento ps*.umanista de distinç&es tradicionaisantropoc=ntricas entre seres .umanos# animais# mquinas)# e algunssão e/istenciais ou enomenolgicos# argumentando que acomunicação aut=ntica % undamentalmente uma e/peri=ncia de não*compreensão e da dierença irredut+vel! andrX usa essas teorias paradescrever# interpretar e com e/emplos cr+tica da comunicação.umana ro"Ns tirados da fcção# pesquisa ro"tica e artecontemporRnea# ao levantar quest&es ao longo do camin.o queprovocam re?e/ão so"re as tradiç&es da Teoria da Comunicaçãoatualmente representadas no Metamodelo!

    %ovas ou rede&nidas tradiçes

    Craig (1999) enati-ou que a matri- do Metamodelo Constitutivo desete tradiç&es tericas não % um sistema ec.ado com um nmerof/o de identidade e tradiç&es! @ão % s a estrutura espec+fca damatri- discut+vel# % provvel a evoluir ao longo do tempo como ocampo se desenvolve! Metamodelo % a"erto a novas tradiç&es#

    reinterpretação de tradiç&es# e at% mesmo novas ormas derepresentar o campo! @o que di- respeito $s novas tradiç&es# Craig(1999E ver tam"%m Craig K Muller# 788) mencionou vrioscandidatos incluindo a tradição eminista# est%tica# espiritual#econNmica e tradiç&es "iolgicas! 2oucos estudiosos t=m#aparentemente# respondido a este convite para propor acr%scimos oumodifcaç&es ao Metamodelo! A meu con.ecimento# apenas duaspropostas totalmente desenvolvidas de novas tradiç&es teraparecido em pu"licaç&es inde/adas a partir de 7813!

    A primeiro oi (7883# 788) a proposta de Jussil de uma tradição

    pragmtica da Teoria da Comunicação# o que eu mais desenvolvidaem Craig (788)! 2ara os tericos nesta tradição# pro"lemas decomunicação decorrem da difculdade de o"tenção de consenso so"request&es de interesse comum entre os diversos interesses eincomensurveis vis&es de mundo nas sociedades modernascomple/as!

    A Teoria da comunicação pragmtica est interessada em ormas dediscurso que permitem a criação e manutenção de cooperativa#comunidades pluralistas em resposta a tais pro"lemas! Jussill não smostrou que esta tradição e/iste no dom+nio e oerece umaconcepção distinta de comunicação# ele tam"%m e- a interessanteo"servação de que o prprio Metamodelo Constitutivo % uma teoria

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    pragmtica de comunicação0 uma teoria no campo# assim como docampo!

    ,m segundo lugar# Jic. (no prelo) propNs uma tradição espiritual da Teoria da Comunicação em que a comunicação % conce"ida como

    mim%tica do atemporal! ,sta tradição % "aseada em uma distinçãodualista entre o mundo material temporal na qual ns praticamos acomunicação .umana e um atemporal# plano espiritual de verdadeque pode in?uenciar as nossas crenças e prticas temporais quandoconseguimos nos conectar com ele# mas que não % de orma algumain?uenciado# muito menos socialmente constru+do# por meio dainteração .umana! A comunicação .umana normativa poderepresentar a verdade atemporal# mas impereitamente! ,ntre muitosescritos so"re a comunicação na tradição espiritual Jic. cita o"rasclssicas de 2latão e Agostin.o# certas estirpes de pragmatismoamericano# e tra"al.os contemporRneos incluindo os de vriosestudiosos de comunicação!

     Tendo defnido a tradição espiritual# Jic. o coloca em conversa comas oito tradiç&es defnidas anteriormente no campo# o"servando# pore/emplo# que o dilogo genu+no na tradição enomenolgica % umae/peri=ncia de reunião entre os indiv+duos# enquanto emtradição espiritual emerge de um momento atemporal compartil.ado!

    Metamodelo Constitutivo avança determinados crit%rios para acontagem de algo como uma tradição principal no campo! A tradição

    deve ser e/ecutada apesar de um corpo su"stancial de pensamentocaracteri-ada pelo desenvolvimento .istrico e comple/idade internae centrado em uma concepção undamental de comunicação que %claramente distinta de todas as outras tradiç&es! A utili-ação destescrit%rios para avaliar o estado de uma tradição não % um fm em simesmo! ,la serve o propsito .eur+stico maior de re?e/ão so"re comoum corpo em desenvolvimento do pensamento reere*se a outrasa"ordagens em todo o campo e a implicaç&es que isso possa ter paraa prtica da comunicação como conce"ida em outras tradiç&es!

    Jic. (no prelo) o"serva# por e/emplo# que o posicionamento de 2latão

    na tradição cr+tica# em"ora não invlido# ignora uma distinçãoimportante entre a concepção dualista do conceito de verdadeatemporal de 2latão e o materialismo monista da mais recente teoriacr+tica! ,ste e/erc+cio interpretativo pode ser instrutivo# mesmoquando um estado de julgamento a respeito de uma tradiçãocandidata aca"a por ser negativo! 2or e/emplo# eu ten.o sustentadoque não . tradição "iolgica distinta da Teoria da Comunicaçãoapesar de recon.ecer o papel importante e crescente do pensamento"iolgico no campo (Craig# 1999E Craig e Muller# 788)! 5uas ediç&esespeciais recentes so"re 'A"ordagens Siolgicas e Iisiolgicas $Comunicação' (Aff K IloXd# 7813) e 'Siologia e Untelig=ncia YUnovaç&es Metodolgicas em Ci=ncias da Comunicação' (De"er#7813) não desafam undamentalmente esta avaliação! A"ordagens

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    "iolgicas continuam a crescer em importRncia! 'pro"lema' doponto de vista do Metamodelo Constitutivo (que# naturalmente# não %nen.um pro"lema em tudo para a"ordagens "iolgicas em seusprprios termos) % que os conceitos psicossociais eQ ou ci"ern%ticosde comunicação que estão su"jacentes a esta pesquisa não são nem

    novos nem distintos de tradiç&es j defnidos no Metamodelo! ,stesestudos conceituam a comunicação como e/pressão comportamental#interação e in?u=ncia (tradição psicossocial) e ou comotransmissãoQinormação e processamento (tradição ci"ern%tica)#dependendo da particularidade do oco de pesquisa!

    A contri"uição inovadora destas a"ordagens não % uma concepçãodistinta de comunicação# mas sim uma nova gama de t%cnicas depesquisa e mecanismos causais para uma e/plicação decomportamento de comunicação# principal preocupação da tradiçãopsicossocial!

    ,m"ora a virada "iolgica não constitui uma nova tradição noMetamodelo# no entanto# ele marca uma importante mudança de=nase na tradição psicossocial da Teoria da Comunicação# comimplicaç&es que irradiam por todo o campo! Je?etindo pelasimplicaç&es pode ter valor .eur+stico!

    A 'mensagem' prtica central da Teoria psicossocial para o campointeressa a previsi"ilidade causal de comunicação e a possi"ilidade deintervenção para manipular as causas para controle de resultados!

    2or sua ve-# a virada "iolgica sugere que essas intervenç&es cadave- mais assumiriam a orma de medicamentos# terapia gen%tica#implantes prot%ticos# dispositivos de apoio# etc!# então mais e maispro"lemas de comunicação# tal como conce"ido nesta tradição ser#se j não t=m soluç&es# de comunicação (inormaç&es ou $ "ase deconversa)!

    @ão s esta tend=ncia potencialmente desafadora afrma so"re acentralidade da comunicação que pode surgir de outras tradiç&es#tam"%m projeta um cenrio em constante mudança entre astradiç&es marcado por uma converg=ncia de sociopsicolgicos (por

    e/emplo# e/plicaç&es fsiolgicas de eeitos de mensagens)#ci"ern%tica (por e/emplo# processamento neural e "ioinormtica) eteorias semiticas ("iosemioticas)!

    As limitaç&es de tais e/perimentos mentais com o Metamodelo deveser recon.ecido! ,les são e/erc+cios interpretativos reali-ados parafns .eur+sticos# ader=ncia servil $s 'regras' para defnir tradiç&espodem ser julgadas e/cessivamente r+gidas# artifciais# ou pedantesem alguns casos! de"ate precisa de se concentrar so"re asalegaç&es de particularidades tericas# com o amplo conte/to docampo geralmente ao undo! Contudo# eu acredito que as vantagensque as metateorias movem# ocasionalmente# podem ser "astantesu"stanciais! Mesmo apenas correndo pelas tradiç&es como uma

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    esp%cie de lista de verifcação de poss+veis a"ordagens para umpro"lema particular podem produ-ir insig.ts surpreendentes# sugerirnovas distinç&es e iluminar dilemas prticos! A utilidade % limitadamas não negligencivel!

    Reconstruindo o metamodelo

    Craig (1999) convidado a representaç&es alternativas de campo# eCraig (788) afrmaram que qualquer tradição poderia ser usada parareconstruir toda a matri- de acordo com tradiç&es $ sua prpriaconcepção de comunicação! Craig and Muller (788) apontaram emparticular que tradiç&es não*ocidentais de Teoria da Comunicaçãodesafaram o eurocentrismo do regime atual e pode leva*lo a umamaneira de representação mais inclusiva do campo! A ocidentali-açãoda Teoria da Comunicação surgiu recentemente como um movimentoimportante que enrenta quest&es comple/as (Dais"ord K Mellado#7814)! Bunaratne (7818)# enquanto prossegue uma agenda deocidentali-ação# no entanto# usou as originais sete tradiç&es doMetamodelo como uma estrutura na qual articula distintascontri"uiç&es não*ocidentais para o campo!

    @o entanto# ele tam"%m o"servou que a integração do pensamentonão*ocidental iria transormar as tradiç&es enquanto corrige seu vi%seuroc=ntrico! Bunaratne (7813) ampliou as ra+-es das sete tradiç&esmais no pensamento oriental ao mesmo tempo# sugerindo umareconstrução "udista 'glo"ali-ada' de comunicação que evite dividir o

    campo em tradiç&es distintas! Como essa reconstrução proposta podesu"stituir ou de outra orma se relacionar com o MetamodeloConstituivo ainda precisa ser esclarecido!

    Cooren (7817# 7814) tem proposto a reconstruir o MetamodeloConstitutivo com "ase numa teoria 'ventriloquil' de comunicação! Ametora de ventriloquismo destaca propriedades de interação.umana que e/plicam realidades sociais como a"stratas tais comoidentidades# organi-aç&es e ideologias são comunicamenteconstitu+das! ventr+loquo que ala para uma manequim deve alarna vo- do manequim e responder # por sua ve-# ao que o manequim

    di-# e nesta lu- que pode muito "em ser dito que o fct+cio anima oventr+loquo como que o ventr+loquo anima o manequim! manequimtem o seu prprio tipo de ag=ncia na situação! 5a mesma orma# osseres .umanos interagindo ao alar por# ou em nome de# fguras# taiscomo regras# atos e grupos# a fm de validar lin.as de ação social# aomesmo tempo animam e são animadas por essas coisas# todos quet=m os seus prprios tipos de ag=ncia! >ma ideologia# por e/emplo#somente e/iste realmente enquanto anima oradores que l.e dão vo-para seus prprios propsitos!

    Como um monte de novos estudos tericos# a teoria de Cooren nãoordenadamente segue qualquer uma tradição do Metamodelo#em"ora claramente ala $s preocupaç&es tradicionais da teoria

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    sociocultural interacionista! Cooren (7814)# no entanto# locali-a*os natradição pragmatista e prop&e a us*lo como um MetamodeloConstitutivo ao campo da Teoria da Comunicação# assim como euderivei um Metamodelo (implicitamente em Craig# 1999Ee/plicitamente em Craig# 788) de uma dierente estirpe de

    pragmatismo!

    @a versão de Cooren# o pro"lema para a Teoria da Comunicação %como construir comunicação# e tradiç&es são defnidas por aquilo queelas 't=m a di-er' so"re esse pro"lema# ou o que Cooren c.ama decada tradição como 'especifcaç&es de design' para a comunicação!

    >m metamodelo coerente pode ser constru+do atrav%s daincorporação de especifcaç&es de projeto que respondem $spreocupaç&es de cada tradição! Cada tradição anima assim oMetamodelo como % animada pelo metamodelo para propostas! Ustodo metamodelo % a versão de Cooren de dilogo no campo! ,mcontraste com o ideal de coer=ncia 'dialgico*dial%tico' proposto emCraig (1999)# a visão de Cooren de metadiscurso terica no campoaponta para algo como uma metateoria unifcada que incorporainsig.ts relevantes de todas as tradiç&es# mas % caracteri-ada por'uma certa coer=ncia ontolgica e epistemolgica' (7817# pp! 11*17)!Craig (1999) op&e e/plicitamente este o"jetivo# argumentando queuma teoria unifcada da Comunicação % não s improvvel na prtica#mas seria indesejvel ponto de vista prtico (porque iria sacrifcar opotencial .eur+stico da diversidade de modelos de comunicação que

    oerece diversas perspectivas so"re os pro"lemas)# e que ummetamodelo constitutivo da comunicação deve recon.ecer o'parado/o re?e/ivo'0 que nen.um metamodelo constitutivo decomunicação pode ser e/clusivamente verdadeiro em princ+pio!

    Cooren não respondeu a esses argumentos! ,stas duas vers&es doMetamodelo concordaram com alguns undamentos! ncleopro"lema da Teoria da Comunicação para am"os % como construir aprtica de comunicação# e am"os defnem as tradiç&es da Teoria daComunicação como ormas de metadiscurso para a constituição decomunicação! A principal dierença % que Craig (1999) tentou defnir

    as tradiç&es inteiramente em seus prprios termos# eli-mentepermitindo*os se contradi-er (e a si mesmos# atrav%s da auto*cr+tica)para o "em de iluminar quest&es e a"rindo espaços para o dilogo#enquanto Cooren (7817# 7814) tentou incorporar elementosselecionados de todas as tradiç&es em um unifcada metateoria!Como Cooren escreve# 'a id%ia "sica do nosso e/erc+cio não % pararespeitar uma toda tradição# mas de responder ao que pareceimportar aos seus representantes no termos de constitutividadecomunicativa' (7817# p! 9)! ,sta % uma posição ra-ovel0 se opro"lema % da Teoria da Comunicação como para a construção deuma comunicação# então devemos desenvolver uma teoria coerenteem resposta a esse pro"lema! @o entanto# o que % o potencial de umatal teoria para servir como um metateoria para um campo que

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    permanece o"stinadamente# e com ra-ão# pluralista6 e ummetamodelo constitutivo deve recon.ecer o epistemolgico'parado/o re?e/ivo'# tam"%m deve recon.ecer a pragmtica'parado/o do pluralismo' que se conronta o pragmatismo0 a posiçãode quem quer compreender a totalidade pluralista# negando assim a

    sua prpria posicionalidade (Craig# 788)! Coer=ncia em umacomunidade pluralista % uma meta distante# mas assim % o dilogo Yeu volto a apontar a seguir!

    Cooren endossa o princ+pio de que a Teoria da Comunicação %orientada para o pro"lema# prtica metadiscursiva e escreve que areconstrução ventriloquil do Metamodelo Constitutivo se destina aornecer recursos conceituais para re?etir so"re pro"lemas prticos(7817# p ! 1

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    Metamodelo oi criticado por relativismo epistemolgico eidealismo! Usto %# na verdade relativista em sua suposição de quemuitas teorias da Comunicação podem ser teis para fns dierentes#por isso não precisamos ol.ar para a verdadeira ou mel.or teoria eidealista na suposição de que a prtica da comunicação % constitu+da

    em parte pelos voca"ulrios metadiscursivos que usamos para alarso"re isso! >m dos primeiros cr+ticos# MXers (7881E ver tam"%m Craig#7881) denunciou que o Metamodelo# enquanto alsamente clamaa"raçar a diversidade do campo# na verdade# redu- e assimila todasas tradiç&es tericas para um modelo social imposto e construcionistada Comunicação# e que não prev= qualquer "ase para avaliar averdade emp+rica de teorias ou rejeitar teorias alsas! ,m um ensaiodeende uma o"jetivista a"ordagem "iolgica*comportamental parapesquisa em comunicação# nc.e- e Campos (7889) rejeitou oMetamodelo# juntamente com todos os outros 'na moda construtivistacontemporRneo# relativista# perspectivista e ps*modernista# ormasde a"ordar a Teoria da Comunicação '(p! L)! Sergman (7817)# aindaest escrevendo a partir de um posição realista# mas um tantoalin.ado com o pragmatismo flosfco# tem avançado a maisdierenciada visão de que o Metamodelo na verdade não %incompat+vel com algumas vers&es do realismo epistemolgico# umponto com o qual concordo!

    ,m"ora o Metamodelo seja de ato tanto relativista e idealista# emalguns aspectos# % mais undamentalmente um projeto pragmtico(Craig# 788)# que quer o nosso campo para a-er uma dierença real

    no mundo real# inormando as conversas so"re pro"lemas decomunicação e prticas que estão sempre acontecendo na sociedade!(Contra WirtiZlis# 7889# o ponto de conversação so"re teorias deacordo com o metamodelo % precisamente esta"elecer a suarelevRncia aos pro"lemas quotidianos!) Metamodelo pressup&e queaquelas conversas realmente podem a-er uma dierença naormação de normas sociais e crenças comuns so"re a comunicação#e que o nosso tra"al.o pode realmente in?uenciar aqueles processosde comunicação atrav%s do qual . conversaç&es! ,ste processo depesquisa de comunicação# no papel de uma disciplina prtica#interage com as prticas comunicativas da sociedade (Craig# 199#

    788L) % algo que pode e deve ser estudado empiricamente#mantendo em mente a distinção entre o processo em que vaiatualmente e como ele poderia continuar se a pesquisa decomunicação or mais consistentemente orientada para este fm! ,moutra palavras# o papel e a missão da nossa disciplina na sociedade %undamentalmente uma questão normativa# não emp+rica# em"ora osucesso potencial de qualquer modelo normativo da disciplina estsujeito a limitaç&es emp+ricas e conseq[=ncias reais que garanteminvestigação!

    Como isto % com a prtica da pesquisa em comunicação# então % coma prtica de comunicação! Metamodelo Constitutivo assume que asprticas de comunicação estão sufcientemente maleveis (pelo

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    menos na medida em que j comprovada por sua .istrica evaria"ilidade cultural) $s conversas so"re como elas devem sercondu-idas podem a-er a dierença na orma como realmente sãocondu-idas! Usso# novamente# % uma questão que pode serinvestigada empiricamente (por e/emplo# Barcia*im%ne-# 7814)#

    mantendo em mente que não % um pro"lema puramente emp+rico!Como devemos condu-ir nossas prticas de comunicação %undamentalmente uma questão normativa# em"ora as respostasposs+veis estão sujeitas a constrangimentos emp+ricos econsequ=ncias! ,m qualquer medida "iolgico*comportamental#estudos provam que certos enNmenos de comunicação sãoaltamente previs+veis# determinados por causas con.ecidas# e nãomaleveis em tudo# então esses atos emp+ricos deveriam in?uenciarnossas discuss&es normativas na teoria e na prtica! ,m termos demetamodelo# isso pode levar a orma de uma cr+tica psicossocial depressupostos irrealistas so"re a comunicação que prevalecem emalgumas outras tradiç&es tericas!

    Usto %# uma maneira que teoria da comunicação sociopsicolgica podeser til! Mesmo assim# outros tipos de metadiscurso# incluindo outrastradiç&es de Teoria da Comunicação# tam"%m podem continuar a serteis para os dierentes quadros de pro"lemas e vis&es normativas deprticas comunicativas e o que eles sugerem! Assim# o pragmticoMetamodelo Constituivo de relativismo e idealismo não sãoincompat+veis com o realismo pragmtico e adequado $ verdadeemp+rica!

    Articulação da teoria com a pes*uisa

    >ma segunda lin.a de cr+tica relacionada $ epistemologia % que aorma do Metamodelo Constitutivo da defnição de tradiç&es tericasde acordo com as suas concepç&es caracter+sticas de comunicaçãoal.a ao alin.ar as tradiç&es com as principais posiç&esepistemolgico*metodolgicas no campo e na ci=ncia social em geral#desligando desse modo a teoria da investigação# isolandocomunicação de outras ci=ncias sociais e distraindo a atenção dospressupostos undamentais su"jacentes a a"ordagens dierentes

    (WirtiZlis# 7811E ver tam"%m @astasia K JaZo\# 7818)! ,sta cr+ticarevela uma limitação do Metamodelo e apoia a conclusão de queoutras ormas são necessrias para representar a estrutura da teoriano campo# pelo menos para alguns fns! ,le tam"%m permite*nosesclarecer por meio de contraste os fns espec+fcos que osmetamodelos podem servir mel.or daqueles que não podem!

    WirtiZlis (7811) argumenta que uma tipologia da teoria no campodevem estar alin.ados com posiç&es epistemolgicas e as suasmetodologias de investigação associadas# que# ele argumenta# sãoessencialmente duas0 naturalista e interpretativa! Tal tipologiaesclarece como dierentes tipos de pesquisa contri"uem para as suasormas correspondentes de desenvolvimento da teoria! Usto tam"%m

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    capta a dimensão mais "via em que a disciplina de Comunicaçãotende a polari-ar# não s# como outras ci=ncias sociais# no que di-respeito $ epistemologia# mas tam"%m no que di- respeito $ prpriaideia de comunicação! u seja# teoria naturalista (realista# o"jetivista#emp+rico*cient+fca) não apenas se alin.a com certos m%todos de

    pesquisa empirico*anal+tios# tam"%m se alin.a com o que CareX(7889) c.amou de um conceito de transmissão (inormacional#eeitos*oriented) de comunicação! @o plo oposto# teoriainterpretativa alin.a m%todos cr+ticos interpretativos de pesquisa ecom ritual (cultural# constitutivos) conceitos de comunicação!

    ,sta anlise parece*me essencialmente correta! Mesmo min.a prpriatentativa mais recente para representar m%todos de construção dateoria em pesquisa de comunicação contou com uma principaldistinção entre as a"ordagens emp+rico*cient+fca e cr+tico*interpretativa# enquanto tam"%m recon.ece muitas distinç&es maisrefnadas dentro de cada uma dessas duas grandes categorias (Craig#781

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    +ue tradiçes,

    As tradiç&es tericas que ilustram o Metamodelo oramrecon.ecidamente 'construç&es instrumentais em ve- de categorias

    essenciais' (Craig# 1999# p! 1

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    das tradiç&es não são realmente tradiç&es# porque uma tradição deveser e/ecutada atrav%s de menos de duas geraç&es de intelectuais(que eu ac.o que todos eles a-em em uma ra-ovel defnição de'geraç&es')! Wulc-XcZi (7814) aponta que as tradiç&es não sãodesenvolvidas no que di- respeito $ .istria da id%ia de comunicação!

    G certamente verdade que a min.a a"ordagem para defnir astradiç&es tem sido mais conceitual do que .istrica# e e/iste umatensão entre as duas!

    V# fnalmente# um aspecto pol+tico para a defnição de tradiç&es quenão tem sido muito discutido na m+dia impressa (Craig# 788# 7889")#mas que ten.o encontrado muitas ve-es em discuss&es de seminrio!As tradiç&es muitas ve-es não conseguem se alin.ar com identidadesintelectuais atuais! Cr+ticos retricos que estão em teoria transg=neroou novo materialismo não se sentem em casa na 'tradição retrica'analistas de conversação sentem dei/ado de ora o Metamodeloem"ora as tradiç&es semiticas e scio*culturais# pelo menos#gostaria de rece"e*los# e os cientistas sociais quantitativos se sentempouco representados por um esquema que l.es d 'apenas' uma ouduas das sete ou oito tradiç&es!

    ,nquanto uma associação profssional como UCA pode acomodarnovas identidades acad=micas atrav%s da criação de novas unidadesdivisionais ad .oc (que tra- seus prprios pro"lemas)# um modeloconceitual do campo deve manter alguma coer=ncia glo"al de algumponto de vista e estar empre ora de sintonia com as tend=ncias

    emergentes!

    Como não parece .aver nen.uma solução real para esse pro"lema# amel.or a"ordagem de ser para redu-ir os riscos pol+ticos por pensarde qualquer Metamodelo como um 'mero instrumento'# não um mapaliteral do campo# mas um dispositivo conceitual para pensar so"re ocampo usando pontos de reer=ncia semi*ar"itrria (ou seja# astradiç&es)! o"jetivo % .eur+stico# para gerar diversas perspectivasso"re os pro"lemas e a"erturas para o dilogo# e esse propsito podeser servido tão "em# articulando pontos de vista contra a matri- comona matri- !

    -ilogo e o parado#o do pluralismo

    A rea fnal de cr+tica a ser discutida aqui relaciona*se com o dilogono campo! Metamodelo Constituivo avança um princ+pio de_coer=ncia dialgico*dial%tica' que % não sem pro"lemas! Antes detudo# deve ser entendido que o metamodelo# em"ora destinado aretratar e convidar ao dilogo# não % um auto*dilogo! A teoria oumetateoria que deende o dilogo ainda % um argumento monolgico#uma posição demarcada no campo em um determinado momento#não um dilogo! G por isso que o Metamodelo Constitutio anuncia asua intenção de 'salto inicial'# uma conversa no decurso da qual não

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    pode ser antecipado# muito menos contido# pelo prprio Metamodelo0conorme a conversa continua# o camin.o ser alterado!

    MXers (7881) considerou esta c.amada ao dilogo como enganosaporque e/ige que todos os modelos de comunicação assimilem a um

    metamodelo constitutivo! Argumentei em resposta que o metamodelonão assimila todas as teorias# que permanecem tão diversas econtroversas como antes# mas solicita*se dos participantes arecon.ecer a e/ist=ncia de outras tradiç&es da teoria com dierentespontos de vista so"re pro"lemas e prticas que podem ter algo de tilpara contri"uir! Jequereu que eu c.amasse de 'cosmopolitismoterico' a capacidade e vontade de envolver*se em mais de umaconversa terica (Craig# 7881)!

    5eve*se admitir que um ideal de dilogo provavelmente atrai maisestudiosos so"re o lado cr+tico*interpretativo da grande divisãoepistemolgica do que muitos no lado emp+rico*cient+fco# por causados lugares ormados de epistemologia de mais valor em mltiplasinterpretaç&es! 2or outro lado# o Metamodelo recomenda dilogo parao seu valor .eur+stico e ningu%m realmente se op&e a criatividade!

    A divisão epistemolgica % so"re a validação# não .eur+stica! V# noentanto# inevitavelmente# um vi%s construcionista social noMetamodelo# e ocorreu*me mais tarde que o vi%s instancia um'parado/o do pluralismo' inevitvel no pragmatismo como eu oentendo (Craig# 788)! pluralismo % uma posição que tenta e

    necessariamente não consegue transcender sua prpriaposicionalidade# mas isso não % motivo para rejeitar o pluralismoporque a prpria insta"ilidade de tal posição convida ao dilogo!

    ,nquanto nen.uma posição metaterica pode transcender todas asposiç&es no campo# algumas podem convidar ao dilogo de ormamais efca- do que outras! Comparação de min.a versão doMetamodelo Constitutivo com Cooren de (7817# 7814) % instrutivo aesse respeito! Min.a versão rece"e uma coer=ncia mais rou/a quepermite que todas as tradiç&es# seus prprios pontos de vista# entremem con?ito com outros pontos de vista# enquanto Cooren seleciona

    apenas as id%ias mais compat+veis de cada tradição para construir ummetamodelo epistemologicamente consistente! ,le e/pressa a"ertura$ cr+tica de sua prpria posição# mas não se pronuncia de ormacomo as tradiç&es sugerem que algumas dessas cr+ticas podem ser *seriam um gesto ao dilogo (em"ora nen.um su"stituto para odilogo real# como vimos)! ,le descreve o ato de que as tradiç&es emCraig (1999)# cada uma tem algo a di-er so"re todos os outros(incluindo auto*cr+tica de dentro de cada tradição) como'interessante' mas não inclui esse recurso# uma orma de constituiras tradiç&es# como interagir posiç&es com potencial para a mudançaem seu metamodelo reconstru+do! ,stes# penso eu# são dierençasque potencialmente a-em a dierença para uma cultura de dilogono campo!

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    dilogo est acontecendo no campo6 que isso parece6 que sepode ser esperar realisticamente6 Tericos dialgicos nos di-em que odilogo genu+no# quando ocorre em tudo# *lo em "reves momentos#não como um processo cont+nuo estendido ao longo do tempo (Cissna

    K Anderson# 199)! @esta analogia# a coer=ncia dialgico*dial%tica nocampo da Teoria da Comunicação não iria assumir a orma de umintercRm"io constante atrav%s das tradiç&es! 2ara repetir0 discuss&esmetatericas entre tericos da Comunicação não podeme ter mais doque uma atividade a tempo parcial! Ao inv%s de dilogo cont+nuo# nsol.ar+amos para 'momentos' do dilogo provocados por pensar emtoda tradiç&es so"re pro"lemas espec+fcos! Muitos dos tra"al.oscitados neste ensaio me parecem representar esses momentos dedilogo# acilitadas pelo Metamodelo Constitutivo!

    Conclusão

    Metamodelo Constitutivo aps 1L anos pode reivindicar terdemonstrado alguma utilidade! ,le tem sido usado amplamente comoum sinal da e/ist=ncia do campo# como uma representação docampo# e para o ensino do campo! Tem sido usado ocasionalmentecomo um m%todo para discutir pro"lemas de comunicação a partir devrios pontos de vista# e para o mapeamento de su"campos ouposicionamento de teorias com reer=ncia ao campo como um todo!,le tem inspirado alguns esorços para defnir novas tradiç&es e pelomenos um esorço para rea-er todo o Metamodelo! Tam"%m sido

    criticado por suas impereiç&es# e dessa orma estimulou o de"ateprodutivo so"re a orma de representar o campo! 2or outro lado# oMetamodelo não atingiu estatuto paradigmtico e não oiamplamente adotado como o modelo ofcial do campo para fns"urocrticos de uma limitação para o qual todos ns podemos sergratos!

    ,st o campo da Teoria da Comunicação menos ragmentada do queera . 1L anos# e pode o Metamodelo Constitutivo reivindicarqualquer cr%dito para torn*lo mais coerente6 Usto % em parte umaquestão emp+rica so"re a qual não temos "oa evid=ncia! >ma

    replicação de (199L) estudo um inormal de Anderson de livrostericos didticos# que encontraram surpreendentemente poucaso"reposição em seus contedos# pode encontrar mais converg=nciaagora! >m recente estudo "i"liom%trico que incidiu so"re as teoriascitadas em revistas voltadas empiricamente alguma evid=ncia deconverg=ncia das vrias reas do campo mas omitiu a maioria dastradiç&es no Metamodelo (C.ung# Sarnett# Wim# e HacZa`# 781

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    da Comunicação# certamente % responsvel pela mudança do quequalquer um artigo que apareceu em suas pginas! Mas esta revisãosugere que o Metamodelo Constitutivo tem desempen.ado um papelque pode continuar a ser relevante para algum tempo que est porvir!

    er que precisamos de uma versão revista do Metamodelo6 ,uargumentei aqui como em outros lugares que mltiplas vers&es sãoteoricamente poss+veis e devem ser "em*vindas se parecempotencialmente teis# mas não vou dedicar meus dias restantes paragirar ora dessas vers&es!

    Certamente# qualquer apresentação utura do Metamodelo deve terem devida conta das aplicaç&es# e/tens&es e cr+ticas mencionadasnesta revisão# e eu ten.o es"oçado algumas lin.as de argumentaçãoaqui para servir a esse propsito! @o coração do MetamodeloConstitutivo# em qualquer versão# est uma visão ideal de mltiplosdiscursos tericos inormando re?e/ão e deli"eração so"re pro"lemase prticas de comunicação! 2ara mim# a tarea mais urgente %desenvolver mais e mel.ores ormas de reali-ar esse ideal!