2 Relatorio parcial- SE- 133 813 205 IPT-SEC -...

68
i/iii NT-MPE Núcleo de Atendimento Tecnológico à MPE Relatório Técnico Parcial n.º 133 813-205 RESUMO Esse relatório técnico parcial, referente ao contrato SEE/CG n. 01/2013, apresenta resultados do levantamento realizado com o propósito de avaliar o potencial de expansão da participação do parque industrial paulista no fornecimento de máquinas, equipamentos e componentes industriais para a cadeia produtiva de petróleo e gás. A pesquisa tratou das dificuldades e gargalos, em especial os de caráter tecnológico, identificados pelas empresas nos processos de produção de bens e componentes industriais, levando em consideração a capacidade de atendimentos aos requisitos técnicos, normas e processos de produção exigidos pelo setor de petróleo e gás. O levantamento de dados foi feito por meio de consulta direta a empresas sediadas no Estado de São Paulo, identificadas por meio de contatos com órgãos de classe e associações empresariais. A consulta foi realizada com base em um questionário, especialmente preparado para este projeto, que foi aplicado a empresas associadas da ABINEE, ABIMAQ e FIESP/ CIESP. A sistematização e análise dos dados coletados aponta para a necessidade de desenvolver ações que venham, futuramente, resultar em efetiva contribuição para a melhoria do perfil tecnológico das empresas paulistas. Paralelamente, foram realizados contatos com a Petrobras - Unidade de Operação de Exploração e Produção da Baixada Santista, visando identificar a demanda por fornecimento de bens e serviços, que serão requeridos nos próximos anos, para as operações de produção petróleo e gás localizadas na Bacia de Santos.

Transcript of 2 Relatorio parcial- SE- 133 813 205 IPT-SEC -...

i/iii

NT-MPE – Núcleo de Atendimento Tecnológico à MPE

Relatório Técnico Parcial n.º 133 813-205

RESUMO

Esse relatório técnico parcial, referente ao contrato SEE/CG n. 01/2013, apresenta

resultados do levantamento realizado com o propósito de avaliar o potencial de expansão

da participação do parque industrial paulista no fornecimento de máquinas, equipamentos

e componentes industriais para a cadeia produtiva de petróleo e gás.

A pesquisa tratou das dificuldades e gargalos, em especial os de caráter

tecnológico, identificados pelas empresas nos processos de produção de bens e

componentes industriais, levando em consideração a capacidade de atendimentos aos

requisitos técnicos, normas e processos de produção exigidos pelo setor de petróleo e

gás.

O levantamento de dados foi feito por meio de consulta direta a empresas sediadas

no Estado de São Paulo, identificadas por meio de contatos com órgãos de classe e

associações empresariais. A consulta foi realizada com base em um questionário,

especialmente preparado para este projeto, que foi aplicado a empresas associadas da

ABINEE, ABIMAQ e FIESP/ CIESP.

A sistematização e análise dos dados coletados aponta para a necessidade de

desenvolver ações que venham, futuramente, resultar em efetiva contribuição para a

melhoria do perfil tecnológico das empresas paulistas.

Paralelamente, foram realizados contatos com a Petrobras - Unidade de Operação

de Exploração e Produção da Baixada Santista, visando identificar a demanda por

fornecimento de bens e serviços, que serão requeridos nos próximos anos, para as

operações de produção petróleo e gás localizadas na Bacia de Santos.

ii/iii

NT-MPE – Núcleo de Atendimento Tecnológico à MPE

Relatório Técnico Parcial n.º 133 813-205

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ......................................................................................................................... 1

2. METODOLOGIA ...................................................................................................................... 2

3. OBJETIVO ............................................................................................................................... 5

4. ELABORAÇÃO DO QUESTIONÁRIO ..................................................................................... 6

5. LEVANTAMENTO DE INFORMAÇÕES .................................................................................. 7

6. SISTEMATIZAÇÃO E ANÁLISE DAS INFORMAÇÕES .......................................................... 9

6.1 PERGUNTA 1: PORTE DA EMPRESA ..................................................................................... 10

6.2 PERGUNTA 2: QUAIS SÃO OS PRINCIPAIS PRODUTOS DA EMPRESA? ...................................... 12

6.3 PERGUNTA 3: EM QUAIS DOS SETORES ABAIXO OS SEUS PRODUTOS SE ENQUADRAM? .......... 12

6.4 PERGUNTA 4: A EMPRESA É FORNECEDORA DA CADEIA DA INDÚSTRIA DE PETRÓLEO E GÁS? . 17

6.5 PERGUNTA 5: A EMPRESA É FORNECEDORA DA PETROBRAS? .............................................. 17

6.6 PERGUNTA 6: NO CASO DE NÃO SER ATUALMENTE FORNECEDORA DA PETROBRAS, JÁ FOI NO

PASSADO? .................................................................................................................................. 18

6.7 PERGUNTA 7: QUAIS SÃO AS PRINCIPAIS DIFICULDADES PARA PARTICIPAR DO SETOR DE P&G? ...........................................................................................................................................19

6.8 PERGUNTA 8: QUAIS SÃO OS PRINCIPAIS GARGALOS REFERENTES À GESTÃO DO FLUXO

PRODUTIVO? ............................................................................................................................... 35

6.9 PERGUNTA 9: A EMPRESA EXPORTA SEUS PRODUTOS? ....................................................... 39

6.10 PERGUNTA 10: SE EXPORTA, CITE OS PRINCIPAIS PAÍSES PARA OS QUAIS EXPORTA ............... 40

6.11 PERGUNTA 11: GOSTARIA DE CONVERSAR COM O IPT SOBRE ALGUM TEMA ABORDADO NESTE

QUESTIONÁRIO? .......................................................................................................................... 41

7 ANÁLISE DE RESULTADOS POR PORTE DE EMPRESA .................................................. 42

7.1 EMPRESAS DE GRANDE PORTE .............................................................................................. 42

7.2 EMPRESAS DE MÉDIO PORTE ................................................................................................. 45

7.3 EMPRESAS DE PEQUENO PORTE ............................................................................................ 48

8 CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................................... 52

8.1 ANÁLISE DO QUESTIONÁRIO ....................................................................................... 52

8.2 PRODUTOS A SEREM ANALISADOS ...................................................................................... 54

8.3 CONTATOS ....................................................................................................................... 56

9 EQUIPE DE TRABALHO ....................................................................................................... 57

iii/iii

NT-MPE – Núcleo de Atendimento Tecnológico à MPE

Relatório Técnico Parcial n.º 133 813-205

ANEXO A CORRESPONDÊNCIA E QUESTIONÁRIO ............................................................................... 59

ANEXO B DEMANDA PETROBRAS ..................................................................................................... 63

ANEXO C RELAÇÃO DE EMPRESAS E RESPECTIVOS PRODUTOS......................................................... 66

ANEXO D DISTRIBUIÇÃO DE EMPRESAS POR SETOR ........................................................................... 78

ANEXO E MERCADOS INTERNACIONAIS ATINGIDOS PELAS EMPRESAS ................................................ 90

1/94

NT-MPE – Núcleo de Atendimento Tecnológico à MPE

Relatório Técnico Parcial n.º 133 813-205

Natureza do trabalho: Estudo da cadeia de fornecedores do Estado de São Paulo,

em petróleo e gás, visando integrar os principais

levantamentos de informações e identificar oportunidades

para maior inserção das micro, pequenas e médias

empresas paulistas.

Interessado: Subsecretaria de Petróleo e Gás da Secretaria de Energia do Estado

de São Paulo

1 INTRODUÇÃO

A descoberta de reservas de petróleo e gás na camada do Pré-Sal vem

transformando o cenário brasileiro de exploração e produção de petróleo e seus

derivados, tanto do ponto de vista econômico, pela perspectiva de elevado crescimento

da produção nacional, quanto pela oportunidade de estímulo à indústria nacional por

meio do desenvolvimento de equipamentos e novas tecnologias e do fortalecimento e

ampliação da cadeia de fornecedores de bens e serviços da indústria de petróleo e gás,

com o aumento da participação, principalmente, de micro, pequenas e médias empresas

brasileiras.

Na fase anterior do projeto foi realizado um estudo da cadeia de fornecedores da

indústria de petróleo e gás no Brasil, fundamentado em consulta e análise de documentos

existentes, que identificou os principais desafios e gargalos tecnológicos do setor. O

estudo contou com o apoio das principais entidades de classe, com foco nas empresas

paulistas, em especial as micro, pequenas e médias, fornecedoras ou que têm interesse

em fornecer para a cadeia da indústria de petróleo e gás,

2/94

NT-MPE – Núcleo de Atendimento Tecnológico à MPE

Relatório Técnico Parcial n.º 133 813-205

O objetivo da presente etapa de trabalho é identificar as principais dificuldades

enfrentadas por essas empresas, para se qualificarem como fornecedoras desse

complexo setor.

2. METODOLOGIA

2.1 METODOLOGIA DO PROJETO

A seguir apresenta-se a metodologia utilizada para desenvolver o conjunto de

etapas de trabalho constantes na proposta PB/SPG/002/2012.

a) Contatar órgãos competentes para a obtenção dos principais estudos e

respectivas atualizações sobre o setor de petróleo e gás, com foco na cadeia

de fornecimento, principalmente em relação às micro, pequenas e médias

empresas paulistas, para análise e sistematização dessa literatura;

b) Contatar operadora(s) e levantar, dentro do possível, a tipologia dos itens e dos

componentes que deverão ser adquiridos, nos próximos anos, mas que

poderiam, eventualmente, ser produzidos em território nacional e em especial

em São Paulo. Focalizar, em particular, os itens e componentes de maior

demanda, complexidade média e perspectiva de competitividade.

c) Contatar órgãos de classe, federação das indústrias e principais associações

setoriais, para obtenção de informações sobre o parque industrial paulista, com

foco nos itens e componentes demandados pela cadeia de petróleo e gás, e

também para indicação de empresas associadas, principalmente as micro,

pequenas e médias, fornecedoras de itens e componentes ou potenciais

fornecedoras com interesse em se integrarem à cadeia de fornecimento de

petróleo e gás.

3/94

NT-MPE – Núcleo de Atendimento Tecnológico à MPE

Relatório Técnico Parcial n.º 133 813-205

d) Elaborar questionário para levantar dados pertinentes aos objetivos do

presente trabalho, para encaminhamento às empresas associadas indicadas e

posteriormente, avaliar as informações prestadas nesses questionários;

e) Selecionar um grupo de empresas com avaliação preliminar favorável para

possíveis contatos telefônicos e eventualmente entrevistas presenciais, para

complementação dos dados obtidos.

f) Escolher, dentre as empresas paulistas selecionadas e após contatos

telefônicos e eventuais entrevistas, dois exemplos de itens e respectivos

componentes para análise, que visem ao aumento de conteúdo local;

g) Levantar, para os dois exemplos escolhidos, junto aos fornecedores,

fabricantes e/ou importadores dos itens e componentes, também os aspectos

de importância para a fabricação local, como dificuldades tecnológicas,

equipamentos, infraestrutura laboratorial, matérias primas, escala,

investimentos, etc.;

h) Realizar para os itens e respectivos componentes selecionados, uma análise

prospectiva buscando, quando for o caso, identificar oportunidades de

nacionalização, objetivando ampliar o conteúdo local. As oportunidades de

nacionalização estarão vinculadas à quantidade e qualidade de informações

obtidas e à autorização para contatos com entidades ou empresas terceiras

que possam eventualmente colaborar nessa análise. A questão tecnológica

pode envolver aspectos como inovação, desenvolvimento, adequação técnica

de produtos e respectivos processos, certificação, capacitação de pessoal,

infraestrutura laboratorial, investimentos, etc., de modo que na medida em que

forem supridos, resultem no aumento do índice da nacionalização desses

produtos;

i) Propor modelo metodológico na forma de piloto inicial, embasado no resultado

da análise dos dois exemplos aliada à capacitação e experiência específica do

IPT/NT-MPE na adequação de produtos para o setor de petróleo e gás;

4/94

NT-MPE – Núcleo de Atendimento Tecnológico à MPE

Relatório Técnico Parcial n.º 133 813-205

j) Elaborar relatórios parciais e final com resultados detalhados nas medições: 8.1

Relatório Técnico (R1), 8.2 Relatório Técnico (R2) e 8.3 Relatório Técnico Final

(RF).

2.2 METODOLOGIA DE TRABALHO ADOTADA PARA A REALIZAÇÃO DA PRESENTE ETAPA DO

PLANO DE TRABALHO

A seguir apresenta-se a metodologia utilizada para realizar o conjunto de

atividades referentes à segunda etapa do trabalho:

a) Elaborar questionário para levantar dados pertinentes aos objetivos do

presente trabalho, para encaminhamento às empresas associadas indicadas e

posteriormente, avaliar as informações prestadas nesses questionários;

b) Validar o questionário com a Secretaria de Energia;

c) Contatar principais órgãos de classe, federação das indústrias e principais

associações setoriais, para obtenção do cadastro de empresas, do setor de

petróleo e gás de suas respectivas entidades, ou para solicitação de apoio no

envio dos questionários para o levantamento de dados proposto;

d) Analisar a amostra de empresas respondentes, eliminando eventuais respostas

repetidas, considerando somente a resposta do responsável com cargo mais

alto da empresa, e desconsiderando as empresas respondentes de outros

estados, que tenham somente escritório de representação em São Paulo;

e) Elaborar gráficos e histogramas para as respostas do questionário,

segmentando a amostra de acordo com o porte das empresas, de modo a

facilitar a compreensão e análise dos resultados, e;

f) Analisar os gráficos e histogramas resultantes do levantamento.

5/94

NT-MPE – Núcleo de Atendimento Tecnológico à MPE

Relatório Técnico Parcial n.º 133 813-205

3. OBJETIVO

Dando continuidade à execução do projeto PB/SGG/002/2012, esta etapa de

trabalho teve por objetivo levantar dados com o propósito de avaliar o potencial de

expansão da participação do parque industrial paulista no fornecimento de máquinas,

equipamentos e componentes industriais para a cadeia produtiva de petróleo e gás.

Para tanto, uma pesquisa de campo procurou identificar, em especial, as

dificuldades e gargalos tecnológicos identificados pelas empresas nos processos de

produção de bens e componentes industriais, levando em consideração a capacidade de

atendimentos aos requisitos técnicos, normas e processos de produção exigidos pelo

setor de petróleo e gás.

O levantamento de dados foi feito por meio de consulta direta a empresas sediadas

no Estado de São Paulo, identificadas por meio de contatos com órgãos de classe e

associações empresariais. A consulta foi realizada com base em um questionário,

especialmente preparado para este projeto, que foi aplicado a empresas associadas da

ABINEE, ABIMAQ e FIESP/ CIESP.

A sistematização e análise dos dados levantados nesta pesquisa constituem o

objeto central deste relatório.

6/94

NT-MPE – Núcleo de Atendimento Tecnológico à MPE

Relatório Técnico Parcial n.º 133 813-205

4. ELABORAÇÃO DO QUESTIONÁRIO

Elaboração do questionário para levantamento de dados e validação do mesmo com

a Secretaria de Energia, em reunião realizada em 04/06/2013. Nessa oportunidade

estavam presentes também os representantes da Petrobras – Unidade de Operação de

Exploração e Produção da Baixada Santista, que se comprometeram a fornecer a

demanda dessa Unidade de Operação (UO). O questionário validado encontra-se no

Anexo A, juntamente com a correspondência enviada pelo IPT, e a relação da demanda

no Anexo B.

7/94

NT-MPE – Núcleo de Atendimento Tecnológico à MPE

Relatório Técnico Parcial n.º 133 813-205

5. LEVANTAMENTO DE INFORMAÇÕES

Para o levantamento das informações foram feitos os seguintes contatos com as

seguintes associações empresariais:

· ABINEE

A Abinee apoiou o projeto, enviando o questionário aos seus associados do Estado

de São Paulo. Segundo a Abinee, do total de aproximadamente 250 associados no

Estado de São Paulo, 39 empresas responderam e retornaram os questionários.

· ABIMAQ

A ABIMAQ enviou o questionário para os seus associados. Neste caso, retornaram

142 respostas, mas foram consideradas 90, tendo em vista a ocorrência de várias

respostas de empresas sediadas em outros estados. Estas empresas, após pesquisa nas

respectivas homepages, foram desconsideradas para análise, pois contavam apenas com

escritórios de representação em São Paulo. Desse modo, as análises que se seguem

consideram apenas empresas com unidades de produção localizadas no Estado de São

Paulo.

· FIESP/CIESP

Neste caso, foi obtido o cadastro das empresas associadas da FIESP/CIESP. A

partir deste cadastro, foram identificadas cerca de 960 empresas produtoras de bens

demandados pelo setor de petróleo e gás. O questionário foi enviado para essas

empresas tendo sido obtidas 19 respostas.

· SEBRAE-SP

O SEBRAE-SP realizou recentemente um levantamento de micro e pequenas

empresas na região da baixada santista, com potencial de fornecimento para o setor de

petróleo e gás, em especial para a Unidade de Operação da Petrobras da Baixada

Santista. Neste caso, o limite de faturamento anual da empresa considerado foi

R$ 3.600.000,00. Segundo levantamento do SEBRAE-SP, das 600 empresas

identificadas, a grande maioria corresponde a empresas de serviços e de comércio, sendo

8/94

NT-MPE – Núcleo de Atendimento Tecnológico à MPE

Relatório Técnico Parcial n.º 133 813-205

somente 2% referente a bens. Por esta razão, este cadastro não foi considerado no

levantamento realizado.

Para preparar a análise dos questionários respondidos, o IPT realizou um trabalho

de unificação desse cadastro, eliminando as eventuais repetições, considerando somente

a resposta do responsável com cargo mais alto da empresa, e desconsiderando as

empresas respondentes de outros estados, que tenham somente escritório de

representação em São Paulo.

Ao final do processo de depuração, restaram 151 questionários com respostas

válidas. As análises realizadas foram baseadas nesta amostra.

9/94

NT-MPE – Núcleo de Atendimento Tecnológico à MPE

Relatório Técnico Parcial n.º 133 813-205

6. SISTEMATIZAÇÃO E ANÁLISE DAS INFORMAÇÕES

Apresenta-se, a seguir, a sistematização das informações coletadas, conforme a

ordem das perguntas formuladas no questionário.

As informações obtidas podem ser analisadas de diferentes formas. Isto fica mais

evidente ao se examinarem os 10 tópicos ligados às dificuldades mais frequentes, ou

mais conhecidas, e atribuindo a cada uma diferentes níveis de dificuldade numérica

variando de 1 – fácil a 5 – difícil e cumulativamente, separando-se as pequenas, médias e

grandes empresas. Pode-se notar nas análises dos diferentes tópicos, a ordenação ora

em função do total de respostas, ora em função de médias ponderadas que consideram

os porcentuais sobre as empresas de cada porte. Ambos os enfoques são úteis e não se

contradizem, mas a análise pelas médias ponderadas procura dar visão mais detalhada e

permite interpretações mais próximas do real. Normalmente, elas se complementam e se

reforçam.

Deve ser observado que a determinação do índice médio ponderado foi realizada

utilizando-se com coeficientes de ponderação a quantidade de respostas por nível de

dificuldade.

Seja:

a quantidade de respostas obtido para o nível de dificuldade ;

o nível de dificuldade i;

A média ponderada, , do nível de dificuldade é dada por:

(1)

Apresenta-se na Tabela 6.1 um exemplo do cálculo de médias ponderadas aplicado

ao problema dos custos elevados.

10/94

NT-MPE – Núcleo de Atendimento Tecnológico à MPE

Relatório Técnico Parcial n.º 133 813-205

Tabela 6.1 – Exemplo de cálculo

Nível dificuldade

Micro e pequena Média Grande

Respostas Produto

ponderado Respostas

Produto ponderado

Respostas Produto

ponderado 1 15 15 10 10 2 2 2 3 6 8 16 7 14 3 6 18 12 36 9 27 4 5 20 12 48 11 44 5 9 45 13 65 6 30

Total parcial 38 104 55 175 35 117 Não

responderam 13 5 5

Total empresas

51 60 40

Média ponderada

1 a 5 104/38 = 2,74 175/55 = 3,18 117/35 = 3,34

4 e 5 65/14 = 4,64 113/25 = 4,5 74/17 = 4,35 6.1 PERGUNTA 1: PORTE DA EMPRESA

O porte das empresas foi qualificado em função do seu faturamento anual. O

conjunto de respostas apresentado a esta pergunta encontra-se sistematizado na Tabela

6.2.

11/94

NT-MPE – Núcleo de Atendimento Tecnológico à MPE

Relatório Técnico Parcial n.º 133 813-205

Tabela 6.2 – Porte das empresas

Porte das empresas (faturamento anual)

Número de

empresas

Sigla

Menor do que R$ 3.600.000,00 (micro e pequena empresa) 24 MP

R$ 3.600.000,00 – R$ 10.500.000,00 (micro e pequena empresa) 27 MP

R$ 10.500.001,00 – R$ 60.000.000,00 (média empresa) 60 M

Maior do que R$ 60.000.000,00 (grande empresa) 40 G

Total de empresas 151

Para definição da pequena empresa considerou-se dois limites de faturamento

anual: um correspondente à definição legal, de R$3.600.000,00, adotada pelo Sebrae e

outro de R$ 10.500.000,00, corresponde ao critério Mercosul, praticado por alguns

ministérios e a Finep. Dessa forma, considerando-se o critério Mercosul, poder-se afirmar

que 34% das empresas do universo considerado são micro e pequenas, 40% médias e

26% grandes. Existe potencial para a participação das indústrias paulistas no

fornecimento da cadeia da indústria de petróleo e gás, conforme a Figura 6.1, que

apresenta a porcentagem das empresas respondentes, por faixa de faturamento.

Figura 6. 1 – Distribuição porcentual

16%

18%

40%

26% Menor do que R$

3.600.000,00

R$ 3.600.000,00 – R$

10.500.000,00

R$ 10.500.001,00 – R$

60.000.000,00

Maior do que R$

60.000.000,00

12/94

NT-MPE – Núcleo de Atendimento Tecnológico à MPE

Relatório Técnico Parcial n.º 133 813-205

6.2 PERGUNTA 2: QUAIS SÃO OS PRINCIPAIS PRODUTOS DA EMPRESA?

No Anexo C apresenta-se tabela contendo a relação de empresas que

responderam ao questionário e seus principais produtos.

6.3 PERGUNTA 3: EM QUAIS DOS SETORES ABAIXO OS SEUS PRODUTOS SE ENQUADRAM?

Na Figura 6.2, sistematiza-se o conjunto de respostas das empresas

enquadrando os produtos fabricados nos setores apresentados no questionário e

definidos pelo Prominp. As respostas são de múltiplas escolhas e observa-se, como era

de se esperar, que o Estado tem forte participação no fornecimento para os setores de

instrumentação e controle, geradores e motores elétricos, caldeiraria, subestações e

transformadores, bombas, compressores e válvulas e citygate.

Houve incidência alta de respostas para o setor de siderurgia, tendo em vista

que um número considerável de empresas do ramo da metalurgia respondeu ao

questionário e enquadrou os seus produtos neste setor, por o considerarem o mais

próximo dentro dos listados.

Por outro lado, analisando-se as respostas para a alternativa OUTROS, muitas

empresas responderam que fornecem para os segmentos citados e outros que não

constam no questionário, nem sempre relacionados a petróleo e gás.

13/94

NT-MPE – Núcleo de Atendimento Tecnológico à MPE

Relatório Técnico Parcial n.º 133 813-205

Figura 6. 2 – Distribuição das empresas quanto ao fornecimento de produtos, por setor

Analisando a Figura 6.3 por porte de empresa e ordenando os histogramas

resultantes por número decrescente de citações nos setores considerados, têm-se as

Figuras 6.3.1, 6.3.2 e 6.3.3.

A parcela de empresas fornecendo também a OUTROS equivale a 49% dos

respondentes (74/151), sendo que essas 74 empresas, calculando-se a porcentagem

sobre o total por porte desdobram-se em 43% para as micro e pequenas (22/51), em 48%

para as médias (29/60) e em 58% para as grandes (23/40). Isto parece indicar tendência

a suprir maior diversidade de produtos e setores além de P&G, à medida que cresce o

tamanho da empresa, talvez intentando maior ocupação do seu parque industrial.

01020304050607080

36 52

32 26 31 12

29 21 17 18 33

19 19 22 36

74

14/94

NT-MPE – Núcleo de Atendimento Tecnológico à MPE

Relatório Técnico Parcial n.º 133 813-205

Figura 6.3 – Distribuição das empresas quanto ao fornecimento, por seu porte.

Figura 6.3.1 – distribuição das micro e pequenas empresas nos setores considerados

Verifica-se, no caso das micro e pequenas empresas, forte concentração nos

setores de instrumentação e controle, bombas, compressores, geradores e motores e

siderurgia, com a ressalva de que, neste último setor. Estão incluídas várias empresas do

setor de transformação de ferro e aço.

01020304050607080

Ge

rad

ore

s e

mo

tore

s…

Inst

rum

en

taçã

o e

Su

be

sta

ção

e…

lvu

las

e c

ityg

ate

Bo

mb

as

Ha

ste

s e

un

ida

de

s d

e…

Co

mp

ress

ore

s

Gu

ind

ast

es

e g

uin

cho

s

Mo

tore

s a

s e

a…

Tu

rbin

as

Ca

lde

ira

ria

Fla

ng

es

e c

on

exõ

es

Sub

sea

Na

vip

eça

s

Sid

eru

rgia

Ou

tro

s

12 20 7 10 15

5 13 4 6 7 8 8 3 10 12

22 17

21

17 10 9

6

11 10 5 6

13 10 7

8 15

29 7

11

8 6

7

1

5 7 6 5

12 1 9

4

9

23

Grande

Média

Micro e Pequena

0

5

10

15

20

Inst

rum

en

taçã

Bo

mb

as

Co

mp

ress

ore

s

Ge

rad

ore

s e

Sid

eru

rgia

lvu

las

e…

Na

vip

eça

s

Ca

lde

ira

ria

Fla

ng

es

e…

Su

be

sta

ção

e…

Tu

rbin

as

Mo

tore

s a

s…

Ha

ste

s e

Sub

sea

20 15 13 12 12 10 10 8 8 7 7 6 5 4 3

Micro e Pequena

Micro e Pequena

15/94

NT-MPE – Núcleo de Atendimento Tecnológico à MPE

Relatório Técnico Parcial n.º 133 813-205

Figura 6.3.2 - Distribuição das médias empresas nos setores considerados

Quanto à participação das médias empresas, se observa que a concentração ocorre

nos setores de instrumentação e controle, geradores e motores elétricos, subestações e

transformadores, siderurgia e caldeiraria, com algumas sobreposições, por setor, com as

grandes empresas, conforme pode ser observado na Figura 6.3.3.

Figura 6.3.3 – Distribuição das grandes empresas nos setores considerados

Quanto à participação das grandes empresas, observa-se que a concentração

ocorre nos setores de caldeiraria, instrumentação e controle, siderurgia, subsea,

0

5

10

15

20

25

21 17 17 15 13 11 10 10 10 9 8 7 6 5 6

Média

Média

02468

1012

12 11 9 9 8 7 7 7 6 6 5 5 4

1 1

Grande

Grande

16/94

NT-MPE – Núcleo de Atendimento Tecnológico à MPE

Relatório Técnico Parcial n.º 133 813-205

subestações e transformadores. Verificam-se citações de nove (09) grandes empresas

em São Paulo, para o setor subsea, que envolve produtos com alto conteúdo tecnológico.

Em resumo, nota-se que as empresas paulistas que responderam ao questionário,

em grande parte, atuam no setor de instrumentação e controle, tanto as micro (primeiro

lugar com 20 citações), quanto às médias (primeiro lugar com 21) e grandes empresas

(segundo lugar com 11), demonstrando uma forte vocação do Estado em instrumentação

e controle, com total de 52 citações.

Em segundo lugar no total de citações, estão no mesmo patamar geradores e

motores elétricos (36) e siderurgia (36). Em terceiro lugar aparece caldeiraria (33), em

quarto encontra-se subestações e transformadores (32) e em quinto lugar está o setor de

bombas (31).

Os dados acima indicam, além da nítida vocação para “Instrumentação e Controle”,

forte concentração em “geradores e motores elétricos”, “siderurgia”, “caldeiraria”,

“subestações e transformadores” e “bombas”, em parte devido a significativos

investimentos em períodos anteriores ao da expansão da cadeia de P&G, para suprir

demandas de outros setores da economia. A elevada presença da siderurgia deve ser

vista com ressalva da extensão do que o setor abrange no estudo.

Embora não figure entre as mais citadas, a presença das grandes empresas no

setor subsea, com nove casos no total de 19, que inclui as micro e pequenas, as médias e

as grandes, é importante pela agregação de valor, conteúdo tecnológico e possibilidade

de inovação que o produto representa.

Nas tabelas do Anexo D - Relação de empresas por setor e porte, encontra-se a

relação das empresas com os respectivos portes (MP, M e G) para cada setor

considerado.

17/94

NT-MPE – Núcleo de Atendimento Tecnológico à MPE

Relatório Técnico Parcial n.º 133 813-205

6.4 PERGUNTA 4: A EMPRESA É FORNECEDORA DA CADEIA DA INDÚSTRIA DE PETRÓLEO E GÁS?

Do total de 151 respostas, 114 (75%) responderam que já fornecem para a cadeia

de petróleo e gás, 34 (23%) não fornecem, mas tem interesse e 3 empresas (2%)

afirmaram não ter interesse em fornecer. Na Figura 6.4 tem-se sistematizado o conjunto

de respostas separando-se os subconjuntos de micro e pequenas, médias e grandes.

O conjunto de empresas com interesse em adentrar a cadeia de P&G é,

seguramente, um nicho de oportunidades para ações de apoio tecnológico, consoante

uma política estadual de incentivo à maior participação de empresas paulistas nessa

cadeia, oferecendo ferramentas e soluções já disponibilizadas no Estado, abordando a

qualificação de produtos. Com relação às empresas que já são fornecedoras, pode ser

explorada a possibilidade de aumento da participação mediante novos produtos, custos

mais competitivos e produtos de maior valor agregado.

Figura 6.4 – Fornecimento ou interesse em fornecer para a cadeia de petróleo e gás

6.5 PERGUNTA 5: A EMPRESA É FORNECEDORA DA PETROBRAS?

Para esta pergunta, 101 (67%) empresas responderam que fornecem para a

Petrobras, 14 que não, mas que gostariam e apenas três informaram não ter interesse

0

10

20

30

40

50

60

Micro e

Pequena

Média Grande

31

49

34

19

10

5

1

1

1 Não há interesse em fornecer

Não, mas tem interesse (ir para

o item 6)

Sim

18/94

NT-MPE – Núcleo de Atendimento Tecnológico à MPE

Relatório Técnico Parcial n.º 133 813-205

nesse fornecimento. A Figura 6.5 mostra a distribuição das respostas, por faixa de

faturamento das empresas. Observa-se que na pergunta anterior, 34 pequenas e médias

empresas informaram não fornecer para a cadeia, mas que teriam interesse e, quando

perguntadas sobre o interesse em fornecer para a Petrobras, somente 14 empresas se

manifestaram favoravelmente.

Figura 6.5 – Distribuição das empresas fornecedoras ou não da Petrobras

6.6 PERGUNTA 6: NO CASO DE NÃO SER ATUALMENTE FORNECEDORA DA PETROBRAS, JÁ FOI

NO PASSADO?

Esta questão foi respondida por 47 empresas que não são, atualmente,

fornecedoras da Petrobrás. Destas, 17, que representam a 38%, já foram fornecedoras no

passado e deixaram de sê-lo, o que corresponde, também, a 11% do total de empresas

(151) que responderam ao questionário. De fato, este porcentual é alto e pode indicar a

perda de competitividade, seja por limitantes econômicos ou tecnológicos, destas

empresas e, o simples fato de terem respondido ao questionário indica o interesse em

recuperação.

O fato de ter deixado de fornecer à Petrobras pode indicar também aumento no

nível de requisitos, descontinuidade de consultas, exclusão da lista por atrasos ou outros

0

10

20

30

40

50

60

Micro e Pequena Média Grande

25

44

32

6

6

2 1

1

1 Não há interesse em fornecer

Não, mas tem interesse

Sim (ir para o item 7)

19/94

NT-MPE – Núcleo de Atendimento Tecnológico à MPE

Relatório Técnico Parcial n.º 133 813-205

motivos. De qualquer forma, estas empresas constituem parte do nicho de oportunidades

apontadas no comentário à pergunta 6.4.

Figura 6.6 – Distribuição das empresas quanto ao fornecimento para a Petrobras no passado

6.7 PERGUNTA 7: QUAIS SÃO AS PRINCIPAIS DIFICULDADES PARA PARTICIPAR DO SETOR DE

P&G?

Esta pergunta foi subdividida em 10 outras, abordando os seguintes tópicos:

certificação de produto, certificação de conteúdo local, atendimento a normas,

custos elevados, tecnologia exigida pelo setor, inexistência de profissionais

qualificados, necessidade de desenvolver projetos de engenharia, necessidade de

aprimorar o processo produtivo, dificuldade em atender a requisitos de segurança,

meio ambiente e saúde (SMS) e implantação de sistema de gestão da qualidade.

Foram permitidas múltiplas respostas e para cada tópico foi possível assinalar o

correspondente nível de dificuldade (1 - mínimo e 5 - máximo). A Figura 6.7 apresenta o

resumo da questão 7, com os respectivos níveis de dificuldades.

0

5

10

15

20

25

30

Micro e Pequena Média Grande

10

4 3

14

11

5

2

1

0

Não responderam

Não

Sim

20/94

NT-MPE – Núcleo de Atendimento Tecnológico à MPE

Relatório Técnico Parcial n.º 133 813-205

Figura 6.7 – Níveis de dificuldades para cada item abordado na questão 7

Nesta questão, muitos comentários foram deixados no campo “Outras dificuldades”,

por empresas de todos os portes. De maneira geral, as principais outras dificuldades

resumem-se em:

i. Dificuldades burocráticas e complexidade para constar do cadastro da

Petrobras, não havendo canal de comunicação/contatos e ninguém para

dar orientações e esclarecimentos, impossibilitando, naturalmente, a

participação em cotações de preços;

ii. Aprovação de inspeção pela Petrobras nem sempre segue as mesmas

regras e tempo para as empresas nacionais e estrangeiras;

iii. Concorrência com produtos importados, muitas vezes, com menor nível

de exigência técnica e comercial;

iv. Obter a demanda da Petrobras de forma clara e objetiva;

v. Faltam meios adequados para divulgar e promover produtos brasileiros

para a Petrobras;

0%10%20%30%40%50%60%70%80%90%

100%

40 42 50 27

40 42 41 44 53 66

22 23 19

18

31 25 29 35 29 26 26 24 25

27

28 29 31 28 21

20 18 15 17

28

16 19 15 11 13 7 21 19 13 28 7 8 7 2 4 6

24 28 27 23 29 28 28 31 31 26

não responderam

5

4

3

2

1

21/94

NT-MPE – Núcleo de Atendimento Tecnológico à MPE

Relatório Técnico Parcial n.º 133 813-205

vi. Dificuldade em fornecer diretamente para a Petrobras como um todo,

mesmo fornecendo para a sua distribuidora ou uma unidade específica

da Petrobras, e

vii. Dificuldades para obtenção de financiamento para modernização de

equipamentos.

Quanto aos problemas, os que tiveram maior incidência de grau de dificuldade 5

sobre o total de resposta foram:

· Custos 28 (÷ 77) = 36%;

· Certificação produto 21 (÷76) = 28%;

· Conteúdo local 19 (÷72) = 26%, e;

· Atendimento às normas 13 (÷73) = 18%.

“Custos” também foi o de maior incidência para o nível 4 de dificuldade, e o nível 3

foi o que apareceu com mais persistência nos itens “Certificação de Produto”,

“Certificação de Conteúdo local” e “Atendimento a normas”.

O de maior incidência, “custos”, tem forte relação com a gestão de processo

produtivo, e os outros três, “Certificação de produto”, “Certificação de conteúdo local” e

“Atendimento a normas” podem encontrar apoio tecnológico para seu equacionamento em

programas do tipo qualificação do produto para um mercado objetivado.

Outros comentários sobre dificuldades serão feitos quando da análise de itens de

problemas específicos.

22/94

NT-MPE – Núcleo de Atendimento Tecnológico à MPE

Relatório Técnico Parcial n.º 133 813-205

6.7.1 Pergunta 7: quais são as principais dificuldades para participar do setor de

P&G? Certificação de produto

Este quesito foi perguntado para 151 empresas, dentre as quais 127 (84%) o

responderam.

Tomando-se como base a quantidade de empresas que responderam a este

quesito, e considerando-se que os graus 1 e 2 representam baixo grau de dificuldade,

verifica-se que, 49% das empresas não consideram que o processo de certificação de

produto um gargalo para fornecimento à cadeia P&G.

Complementarmente, os restantes 51% das empresas que responderam à questão

indicaram um nível de dificuldade igual ou superior ao médio.

Entende-se que estas dificuldades estão associadas, por exemplo, às limitações da

rede de metrologia existente no Brasil, à dificuldade de algumas empresas atenderem

requisitos de normas técnicas e de seguirem normas e padrões de produção. Estão

associadas, também, ao custo de certificação e à frequente necessidade de obtenção de

selos de conformidade internacionais como, por exemplo, o selo API. Esta amplitude de

fatores associada à alta porcentagem, 51%, de empresas que enfrentam dificuldades,

sugere a necessidade de apoio tecnológico e econômico.

23/94

NT-MPE – Núcleo de Atendimento Tecnológico à MPE

Relatório Técnico Parcial n.º 133 813-205

Figura 6.8 - Dificuldade relativa à certificação de produto

Se aplicar-se a média ponderada para os níveis de dificuldades apontados, ter-se-á

2,54 para micro e pequenas empresas, 2,85 para as médias e 2,55 para as grandes,

todos entre 2 e 3 (calculado sobre os que responderam), indicando possibilidade razoável

de equacionamento e superação das dificuldades. Aplicando agora a média ponderada

para os níveis 3,4 e 5 e depois apenas para 4 e 5 tem-se a distribuição da Tabela 6.3.

Tabela 6.3 Resultado de aplicação de média ponderada

MP M G Níveis 3,4 e 5 4,1 4,0 3,6 Níveis 4 e 5 4,6 4,6 4,4

Estes níveis elevados sugerem a oportunidade ou mesmo a necessidade do

emprego de ferramentas de apoio do tipo adequação de produtos a um determinado

mercado.

0

5

10

15

20

25

30

35

40

15 7 5 5 7

12

15

8 11 8 11

7

10

7 10

5 3

5

Grande

Média

Micro e Pequena

24/94

NT-MPE – Núcleo de Atendimento Tecnológico à MPE

Relatório Técnico Parcial n.º 133 813-205

6.7.2 Pergunta 7: quais são as principais dificuldades para participar do setor de

P&G? Certificação de conteúdo local

Das 123 empresas que responderam a esta questão, observa-se que 44% da

grandes, 50% das médias e 43% das pequenas consideraram que o nível de dificuldade

associado à certificação de conteúdo local é igual ou superior ao médio.

Analisando somente o grau de dificuldade maior 5, declarado pelas empresas que

retornaram o questionário e, relacionando com as linhas de produtos de suas atividades,

encontram-se principalmente, motores, compressores, geradores a gás e a diesel,

navipeças, instrumentação, dispositivos para atmosferas explosivas, conversores,

inversores, válvulas, citygate, siderurgia, tubos, caldeiraria, juntas de vedação, como

principais elementos fornecidos.

Paralelamente, sabe-se que o nível de exigência de conteúdo local tem aumentado

ao longo do tempo. Este fato aliado ao nível de dificuldades encontradas pelas empresas,

sugere que deve ser dada atenção específica a este assunto, por exemplo, por meio .do

desenvolvimento de ações que premiem o apoio tecnológico à inovação, P&D,

desenvolvimento de processos, de engenharia de aplicação e qualificação técnica de

produtos.

25/94

NT-MPE – Núcleo de Atendimento Tecnológico à MPE

Relatório Técnico Parcial n.º 133 813-205

Figura 6.9 - Dificuldades de certificação de conteúdo local

A leitura deste histograma pode indicar dificuldades de produtos ou componentes

na satisfação de requisitos mínimos que os capacitem a integrar o conjunto do conteúdo

local. Novamente, a abordagem pode ser a proporcionada por ferramentas de adequação

a normas/especificações de determinado cliente ou mercado.

6.7.3 Pergunta 7: quais são as principais dificuldades para participar do setor de

P&G? Atendimento a normas técnicas

Esta pergunta foi respondida por 124 empresas conforme se pode verificar por

meio da Figura 6.10. Ressalta-se que 44% destas empresas responderam marcando os

dígitos 3, 4 ou 5, o que sugere que estas empresas consideram a dificuldade para

atendimento às normas técnicas de médio para difícil. Paralelamente deve ser observado

que, das empresas que responderam esta questão,

· 61% das empresas grandes responderam 3, 4 ou 5;

· 44% das médias responderam 3, 4 ou 5;

· 31% da micro e pequenas empresas responderam 3, 4 ou 5.

A análise destes porcentuais indica que, como quanto maior a empresa, maiores

são suas dificuldades de atender a normas técnicas, os produtos fabricados por essas

05

1015202530354045

14 7 7 3 6

14

19

7 11

6 9

8

9

9 6

6 4

6

Grande

Média

Micro e Pequena

26/94

NT-MPE – Núcleo de Atendimento Tecnológico à MPE

Relatório Técnico Parcial n.º 133 813-205

empresas ao mais complexos e requerem maior conteúdo tecnológico. Paralelamente, se

uma pequena empresa pretende produzir produtos de base tecnológica, é de se esperar

que as suas dificuldades sejam muito maiores do que as enfrentadas pelas grandes

requerendo, assim apoio específico.

Porém, as médias ponderadas para as dificuldades níveis 4 e 5 mostram valores

crescentes das grandes (4,1), para as médias (4,5) e para as pequenas (4,6),

confirmando maior despreparo da pequena empresa, e condição um pouco mais favorável

para as empresas conforme aumenta seu tamanho.

Figura 6.10 - Dificuldades de atendimento a normas técnicas

6.7.4 Pergunta 7: quais são as principais dificuldades para participar do setor de

P&G? Custos elevados

Esta pergunta foi respondida por 128 empresas conforme se pode verificar por meio

da Figura 6.11. Ressalta-se que 65% destas empresas responderam marcando os dígitos

3, 4 ou 5, o que sugere que estas empresas consideram custo elevado médio para difícil.

Paralelamente deve ser observado que, das empresas que responderam esta questão,

· 74% das empresas grandes responderam 3, 4 ou 5;

· 67% das médias responderam 3, 4 ou 5;

05

101520253035404550

21

6 2 4 6 12

18

11 11 6 6

8

11

2 12 7 1

7 Grande

Média

Micro e Pequena

27/94

NT-MPE – Núcleo de Atendimento Tecnológico à MPE

Relatório Técnico Parcial n.º 133 813-205

· 53% das micro e pequenas empresas responderam 3, 4 ou 5.

A análise destes porcentuais indica que, empresas grandes tem custos elevados

função de maior estrutura administrativa e de maior conteúdo tecnológico, seguido pelas

médias e pequenas nesta ordem. A questão de custo merece uma abordagem específica

face a diversidade de segmento de atuação e porte das empresas. Os resultados

apresentados evidenciam carências na administração dos parâmetros formadores dos

custos na fábrica. Portanto recomenda-se suporte técnico e financeiro às empresas na

ação de gestão dos custos.

Esta dificuldade tem fatores influentes tanto externos – custo de insumos

comprados, fretes, impostos e outros, quanto internos como produtividade, custos

financeiros, mão de obra direta e indireta, etc. Uma média ponderada geral mostra níveis

de dificuldades crescentes da MP (104/38 = 2,7), da M (175/55 = 3,2) e da G (117/35 =

3,3). Se focarmos apenas os níveis 4 e 5 esses números se invertem: MP (4,6), M (4,5) e

G (4,3).

De qualquer forma “custos” é um fator excludente para a participação das empresas

na cadeia de P&G, e deve ser abordado pelo estudo da gestão do processo produtivo, na

tentativa de equacioná-lo e, dentro de possível, resolvê-lo, principalmente no que tange a

fatores internos à empresa.

28/94

NT-MPE – Núcleo de Atendimento Tecnológico à MPE

Relatório Técnico Parcial n.º 133 813-205

Figura 6.11 - Dificuldades de atendimento – custos elevados

6.7.5 Pergunta 7: quais são as principais dificuldades para participar do setor de

P&G? Tecnologia exigida pelo setor

Esta pergunta foi respondida por 122 empresas conforme se pode verificar por

meio da Figura 6.12. Ressalta-se que 42% destas empresas responderam marcando os

dígitos 3, 4 ou 5, o que sugere que estas empresas consideram o nível de dificuldade de

obtenção de tecnologia de médio para difícil. Paralelamente deve ser observado que, das

empresas que responderam esta questão:

· 53% das empresas grandes responderam 3, 4 ou 5;

· 37% das médias responderam 3, 4 ou 5;

· 40% das micro e pequenas empresas responderam 3, 4 ou 5.

A análise destes porcentuais indica que, mesmo empresas grandes têm

dificuldades de obter tecnologia provavelmente por produzirem bens com maior aporte

tecnológico e inovações, os porcentuais de empresas médias e pequenas que têm

necessidades próximas é inferior, mas são significativos.

0

5

10

15

20

25

30

15

3 6 5

9 13

10

8

12 12

13 5

2

7

9 11 6

5

Grande

Média

Micro e Pequena

29/94

NT-MPE – Núcleo de Atendimento Tecnológico à MPE

Relatório Técnico Parcial n.º 133 813-205

A questão da obtenção de tecnologia merece uma abordagem específica face a

diversidade de segmento de atuação e porte das empresas. Os resultados apresentados

acima evidenciam carências das empresas por tecnologia. Esta deficiência pode ser

suprida por transferência de tecnologia ou ser desenvolvida. No caso de desenvolvimento,

faz-se necessário o suporte técnico e financeiro, pois melhorar tecnologia implica em

implantar um sistema de P&D próprio ou interação com centros de pesquisa.

Neste item, a média ponderada dos níveis 1 e 2 para a MP, M e G é,

respectivamente, 1,2 – 1,6 e 1,4, parecendo indicar que para alguns problemas

tecnológicos, uma pequena ajuda externa seria suficiente para auxiliar na sua solução.

Focando-se na média ponderada dos níveis 4 e 5, também na mesma ordem MP,

M e G, tem-se 4,4, 4,3 e 4,2, apontando para formas de apoio tecnológico mais

aprofundado, como desenvolvimentos, pesquisas aplicadas, inovações ou, quando estas

medidas forem insuficientes, buscar-se tecnologia em fontes externas.

Figura 6.12 - Dificuldades de atendimento – tecnologia exigida pelo setor

0

5

10

15

20

25

30

35

40

18

5 7 5 3

13

13

20 13

4 2

8

9

6 8

7

2

8

Grande

Média

Micro e Pequena

30/94

NT-MPE – Núcleo de Atendimento Tecnológico à MPE

Relatório Técnico Parcial n.º 133 813-205

6.7.6 Pergunta 7: quais são as principais dificuldades para participar do setor de

P&G? Inexistência de pessoal qualificado

Esta pergunta foi respondida por 123 empresas conforme se pode verificar por meio

da Figura 6.13. Ressalta-se que 46% destas empresas responderam marcando os dígitos

3, 4 ou 5, o que sugere que estas empresas consideram a dificuldade obtenção de

pessoal qualificado de médio para difícil. Paralelamente deve ser observado que, das

empresas que responderam esta questão,

· 45% das empresas grandes responderam 3, 4 ou 5;

· 50% das médias responderam 3, 4 ou 5;

· 39% das micro e pequenas empresas responderam 3, 4 ou 5.

A análise destes porcentuais indica que, independentemente do porte da empresa,

há um certo grau de similaridade entre suas dificuldades de obter mão de obra

especializada.

Mesmo sob a hipótese de que empresas grandes e médias produzem bens com

maior aporte tecnológico do que as pequenas, exigindo mão de obra mais qualificada,

verifica-se este problema permeia todo espectro. Assim o apoio específico é requerido

para todas empresas, mas particularmente sensível para as pequenas que muitas vezes

serve de acesso de pessoal experiente para empresas maiores.

A média ponderada dos níveis 4 e 5 para MP, M e G é, respectivamente, 4,2, 4,4 e

4,3 o que confirma, basicamente, estarem todas no mesmo intervalo de dificuldades

quanto à obtenção de mão de obra especializada ou pessoal de nível mais qualificado.

Contudo, o relativo otimismo mostrado na média ponderada os níveis 1 e 2 indica que as

empresas, para a maior parte das atividades correntes, pontua seu pessoal como bem

qualificado.

31/94

NT-MPE – Núcleo de Atendimento Tecnológico à MPE

Relatório Técnico Parcial n.º 133 813-205

Figura 6.13 - Dificuldades de atendimento – inexistência de pessoal qualificado

6.7.7 Pergunta 7: quais são as principais dificuldades para participar do setor de

P&G? Necessidade de desenvolver projetos de engenharia

Esta pergunta foi respondida por 123 empresas conforme se pode verificar por

meio da Figura 6.14. Ressalta-se que 43% destas empresas responderam marcando os

dígitos 3, 4 ou 5, o que sugere que estas empresas reconhecem a dificuldade de

desenvolver projetos de engenharia. Observa-se que, das empresas que responderam

esta questão,

· 50% das empresas grandes responderam 3, 4 ou 5;

· 49% das médias responderam 3, 4 ou 5;

· 30% da micro e pequenas empresas responderam 3, 4 ou 5.

Estes porcentuais permitem concluir que todas as empresas têm, em algum

nível, a necessidade de desenvolver projetos de engenharia. Pode-se pressupor que as

necessidades das grandes sejam substancialmente diferentes das necessidades

enfrentadas pelas pequenas, entretanto as exigências técnicas associadas aos produtos

comercializados com o Setor de P&G permeiam todas as empresas.

05

1015202530354045

17

6 5 8 2

13

17

9 16 6

4

8

8

10 8

5

2

7

Grande

Média

Micro e Pequena

32/94

NT-MPE – Núcleo de Atendimento Tecnológico à MPE

Relatório Técnico Parcial n.º 133 813-205

Figura 6.14 - Dificuldades de atendimento – desenvolvimento de projetos de engenharia

Fazendo as medias ponderadas dos níveis 1 e 2 tem-se, respectivamente, para as

MP, M e G os seguintes números: 1,4, 1,5 e 1,4. Isto parece indicar também um bom grau

de confiança das empresas na elaboração de projetos de engenharia (provavelmente de

grau de complexidade baixo ou médio) por seu pessoal próprio. Já nos níveis 4 e 5 lê-se,

para as MP, M e G, as médias seguintes 4,4, 4,3 e 4,3, o que pode apontar para

necessidade de apoio externo (ou mesmo do exterior) no caso de projetos de maior

complexidade.

6.7.8 Pergunta 7: quais são as principais dificuldades para participar do setor de

P&G? Aprimorar processo produtivo

A análise da Figura 6.15 mostra que apenas duas empresas reconhecem ter

elevada dificuldade para aprimorar o processo produtivo (dígito 5) sendo uma grande e

uma pequena e mostra, também, que 11 empresas responderam com o dígito 4.

Complementarmente, 89% das empresas que responderam a pergunta indicaram os

níveis de dificuldade 1, 2 ou 3.

As medias ponderadas dos níveis 1 e 2 (MP – 1,3; M – 1,5; G – 1,5) mostram um

certo otimismo nas práticas atuais do processo produtivo, provavelmente os de menor

05

1015202530354045

17 10 6 3 2

13

14

13 13

9 4

7

10

6 12

3

1

8

Grande

Média

Micro e Pequena

33/94

NT-MPE – Núcleo de Atendimento Tecnológico à MPE

Relatório Técnico Parcial n.º 133 813-205

complexidade. Já para os níveis 4 e 5 a situação se mostra bem diferente (MP – 5; M-4;

G – 4,1) indicando em alguns casos até urgência por apoio externo, tipo gestão ou

equivalente.

Figura 6.15 - Dificuldades de atendimento – aprimorar processo produtivo

6.7.9 Pergunta 7 quais são as principais dificuldades para participar do setor de

P&G? Dificuldades em atender aos requisitos de segurança, meio ambiente e

saúde (SMS)

A Figura 6.16 esclarece que as dificuldades para cumprir os requisitos de

segurança, meio-ambiente e saúde estabelecidos pela Petrobras são pequenas para 44%

das 120 empresas que responderam a esta questão. No entanto, deve ser ressaltado que,

das 151 empresas que responderam o questionário, 101 já fornecem para a Petrobrás, o

que significa que este grupo de empresas já enfrentou esta questão e, ao responder à

questão sobre SMS, estão se referindo à experiência passada ou em trânsito. Note-se

que, a facilidade para atender a este item não necessariamente reflete a visão de uma

empresa pequena que pretende ser fornecedora da Petrobrás.

As médias ponderadas dos níveis de 1 a 5 (MP-2; M-2, 2; G-1, 9) mostram para as

120 empresas respondentes razoável familiaridade com este tipo de dificuldade, até pelos

05

1015202530354045

19 9 5

0 1

13

16

16

12

4 0

9

9

10

11

7

1

9

Grande

Média

Micro e Pequena

34/94

NT-MPE – Núcleo de Atendimento Tecnológico à MPE

Relatório Técnico Parcial n.º 133 813-205

antecedentes da maioria ser fornecedora da Petrobras. Porém quando focamos nos

níveis 4 e 5, 16% das MP (6/38), 16% das M (8/51) e 10% das G (3/31) ainda acusam

dificuldades sérias na superação dos requisitos de SMS, o que pode indicar necessidade

de consultorias específicas nestas áreas.

Figura 6.16 - Dificuldades de atendimento – requisitos de SMS

6.7.10 Pergunta 7: quais são as principais dificuldades para participar do setor de

P&G? Implantação do sistema de gestão da qualidade

A Figura 6.17 ilustra o perfil das respostas dadas pelas empresas. Note-se que

este perfil é similar ao da questão sobre segurança, meio ambiente e saúde.

A dificuldade para implantação do sistema de gestão da qualidade é considerada

mínima para 53% das 124 empresas que responderam a esta questão. Este perfil de

resposta é surpreendente na medida em que, embora a implantação de um sistema de

gestão da qualidade com base na norma ISO 9000 seja tradicionalmente considerada não

problemática, é comum ouvir testemunhos declarando que o sistema de gestão da

qualidade exigido pela Petrobrás excede o padrão estabelecido pela norma ISO 9000

tornando o processo mais dificultoso.

0

10

20

30

40

50

60

18 9 5 4 2

13

21

11 11

6 2

9

14

9 5

3

0

9 Grande

Média

Micro e Pequena

35/94

NT-MPE – Núcleo de Atendimento Tecnológico à MPE

Relatório Técnico Parcial n.º 133 813-205

As médias ponderadas dos níveis de 1 a 5 parecem confirmar a tendência a partir

dos registros simples (MP – 2,3; M – 1,7; G – 1,8). Entretanto a média dos níveis 4 e 5

parece reservar uma surpresa quando indica dificuldade crescente da pequena para a

grande empresa (MP – 3,15; M – 4,3; G – 4,5), embora o número de empresas e a

porcentagem sobre respondentes parece indicar problemas mais localizados (MP - 7/39 =

18%; M - 4/52 = 8%; G – 2/32 = 6%), e, portanto não generalizáveis.

Figura 6.17 - Dificuldades de atendimento – sistema de gestão da qualidade

6.8 PERGUNTA 8: QUAIS SÃO OS PRINCIPAIS GARGALOS REFERENTES À GESTÃO DO FLUXO

PRODUTIVO?

Observa-se nas Figuras 6.18, 6.19, 6.20 e 6.21, a sistematização do conjunto de

respostas dadas às questões referentes aos gargalos tradicionalmente observados em

fluxos produtivos.

Uma análise unificada deste conjunto de respostas indica que 45% das respostas

correspondem aos níveis 3, 4 ou 5. Ou seja, o porcentual de 45% indica a frequência com

que as empresas que responderam às questões referentes a este tema,

independentemente do seu porte, têm dificuldade de nível médio para cima em atender

prazos de entrega, planejar a sua produção e dispor de fornecedores.

0

10

20

30

40

50

60

70

17 4

11 3 4

12

31

12 5

3 1

8

18

10 4

1 1

6 Grande

Média

Micro e Pequena

36/94

NT-MPE – Núcleo de Atendimento Tecnológico à MPE

Relatório Técnico Parcial n.º 133 813-205

As médias ponderadas dos níveis de 1 a 5 indicam dificuldade mais próxima de 2

do que de 3.

As médias dos níveis 4 e 5 porém mostram para os 3 componentes (prazos,

planejamento e fornecedores) a mesma dificuldade, 4,3, que, curiosamente, se repete

para as MP, M e G empresas, indicando problemáticas equivalentes para todos os

componentes.

Comentários mais específicos são feitos depois na análise de cada componente.

Figura 6.18 – Gargalos – gestão do processo produtivo

6.8.1 Pergunta 8: Quais são os principais gargalos referentes à gestão do fluxo

produtivo? Cumprimento do prazo de entrega

Com relação a esta questão específica, verifica-se que o conjunto de respostas que

estabelecem nível de dificuldade superior ao médio (índice 3) é de 45% para as

pequenas, 47% para as médias e 47% para as grandes.

A média ponderada geral indica, basicamente, o mesmo nível de dificuldade para

MP, M e G (2,3 – 2,4 e 2,5), parecendo que o controle interno de prazos de entrega é

0%

20%

40%

60%

80%

100%

[Cumprimento de

prazos de entrega]

[Planejamento da

produção ]

[Problemas com

fornecedores]

44 54 36

23 25

24

28 28

29

22 11

27

8 4 9

26 29 26

não responderam

5

4

3

2

1

37/94

NT-MPE – Núcleo de Atendimento Tecnológico à MPE

Relatório Técnico Parcial n.º 133 813-205

razoável, embora para cerca de um quarto das empresas (22% das MP, 24% das M e

26% das G) tem neste item dificuldades altas: MP – 4,3; M – 4,3 e G – 4,2, talvez

requerendo reformulação na sua gestão do processo produtivo.

Figura 6.19 – Gargalos – prazo de entrega

6.8.2 Pergunta 8: Quais são os principais gargalos referentes à gestão do fluxo

produtivo? Planejamento da produção

Com relação a esta questão específica, verifica-se que o conjunto de respostas que

estabelecem nível de dificuldade superior ao médio (índice 3) é de 32% para as

pequenas, 35% para as médias e 39% para as grandes. No entanto, com respeito a esta

questão, observa-se uma concentração bastante significativa de respostas que indicam

nível médio de dificuldade. Assim, avaliando apenas o percentual de respostas com nível

de dificuldade 4 ou 5, tem-se: 8% para as pequenas, 10% para as médias e 21% para as

grandes.

A média ponderada geral (níveis 1 a 5) aponta dificuldade próxima a 2 (MP - 1,9; M

– 2,1 ; G – 2,2), ou planejamento da produção sob razoável controle. Nos níveis 4 e 5 as

dificuldades apontadas foram MP – 4,7, M – 4,2 e G – 4,1 , porém para porcentagens

distintas de empresas (MP – 3/38 = 8%; M – 5/51 = 10%; G – 7/33 = 21%), o que indica

05

1015202530354045

18

4 9 6 3

11

17

10

12 9

3

9

9

9

7

7

2

6 Grande

Média

Micro e Pequena

38/94

NT-MPE – Núcleo de Atendimento Tecnológico à MPE

Relatório Técnico Parcial n.º 133 813-205

maiores problemas de planejamento para um número maior de empresas grandes, talvez

devido à maior complexidade de seus produtos. Sugestão de possível solução reside em

apoio tipo gestão do processo produtivo, aplicado principalmente a fatores internos à

empresa.

Figura 6.20 – Gargalos – planejamento da produção

6.8.3 Pergunta 8: Quais são os principais gargalos referentes à gestão do fluxo

produtivo? Problemas com fornecedores

Com relação a esta questão específica, verifica-se que o conjunto de respostas que

estabelecem nível de dificuldade superior ao médio (índice 3) é de 45% para as

pequenas, 53% para as médias e 59% para as grandes, valores que podem ser

considerados muito elevados. Se analisado apenas o porcentual de respostas com nível

de dificuldade 4 ou 5, tem-se: 28% para as pequenas, 24% para as médias e 38% para as

grandes. Estas informações podem ser consideradas consistentes entre si e sugerem

que, de fato, os problemas associados aos fornecedores são muito significativos.

A análise feita com as médias ponderadas, basicamente, reforça o enfoque sobre o

total das respostas, mostrando para o conjunto de 1 a 5, os níveis de MP – 2,4, M – 2,6 e

G – 2,7.

0

10

20

30

40

50

60

20 6 9

1 2 13

19

14 13

4 1

9

15

5 6

6 1

7 Grande

Média

Micro e Pequena

39/94

NT-MPE – Núcleo de Atendimento Tecnológico à MPE

Relatório Técnico Parcial n.º 133 813-205

Para o extremo dos níveis 4 e 5, as medidas foram MP – 4,4 , M – 4,2 e G – 4,2,

indicando que este fator externo, “fornecedor”, pode tornar crítica a posição da empresa

no elo de P&G. Isto aponta também para uma possibilidade de ação ampla, com auxílio

eventualmente disponibilizado pelo Estado, junto aos principais fornecedores, para tentar

equacionar seus problemas tecnológicos, visando estabilizar a posição dos fornecedores

diretos ou epecistas da cadeia de P&G.

Figura 6.21 – Gargalos – fornecedores

6.9 PERGUNTA 9: A EMPRESA EXPORTA SEUS PRODUTOS?

A Figura 6.22 indica claramente o perfil exportador das empresas que responderam

o questionário. Note-se que, das 151 empresas que responderam o questionário, apenas

uma não respondeu a esta questão e apenas 11 não exportam e não tem interesse em

exportar.

Este perfil indica que deve ser realizado esforço para apoiar a empresas que

embora ainda não exportem venham participar do mercado internacional ou para apoiar a

empresas que já exportam a ampliar as suas vendas internacionais.

0

5

10

15

20

25

30

35

40

16

6 7 7 4 11

13

11 15

10

2

9

7

7

7 10

3

6

Grande

Média

Micro e Pequena

40/94

NT-MPE – Núcleo de Atendimento Tecnológico à MPE

Relatório Técnico Parcial n.º 133 813-205

É importante salientar que, dentre as que exportam, a amostra indica as seguintes

participações entre os respondentes: 37% (19/51) de MP, 67% (40/60) de M e 73%

(29/40) de G, porém há um nicho aberto a explorar, entre as que desejam exportar de 26

empresas (26/50 = 52%) das MP, de 15 (15/60 = 25%) das M e 10 (10/40 = 25%) das G,

o que constitui um campo de ação fértil para programas de apoio tecnológico à

exportação.

Figura 6.22 – A empresa exporta?

6.10 PERGUNTA 10: SE EXPORTA, CITE OS PRINCIPAIS PAÍSES PARA OS QUAIS EXPORTA

O Anexo E – Mercados Internacionais Atingidos pela Empresas contém a relação

dos países aos quais as empresas exportam. Tanto as micro e pequenas, quanto as

médias e grandes exportam para várias regiões do mundo, com destaque para América

do Sul, EUA, Europa, e alguns países do Oriente Médio, Leste Europeu, Oriente Médio,

África e Ásia.

Também neste caso cabe a ação de programas de apoio tecnológico à exportação,

para aumentar a lista de países aos quais se exporta, em geral com níveis de exigência

mais elevados. Por meio desses programas se busca a identificação de eventuais não

conformidades dos produtos, e seu equacionamento e possível solução tecnológica.

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

Não, e não

tem interesse

Não, mas

pretende

Sim Não

responderam

5

26 19

1 5

15 40

1

10

29

Grande

Média

Micro e Pequena

41/94

NT-MPE – Núcleo de Atendimento Tecnológico à MPE

Relatório Técnico Parcial n.º 133 813-205

6.11 PERGUNTA 11: GOSTARIA DE CONVERSAR COM O IPT SOBRE ALGUM TEMA ABORDADO

NESTE QUESTIONÁRIO?

Das 151 respostas, 56 empresas ( 37%) informaram que gostariam de falar com o

IPT, sendo 17 micro e pequenas, 28 médias e 11 grandes. O IPT está tomando

providências para atendê-las e, dentro do possível, obter informações adicionais para o

trabalho da etapa posterior do plano de trabalho. Este contato deverá ser, inicialmente,

telefônico e será precedido de cuidadosa leitura e avaliação das respostas ao

questionário, para precisar-se melhor do que pode constar o desejo ou necessidade da

empresa em contatar o IPT. Levantadas estas informações, o IPT poderá identificar as

eventuais áreas envolvidas e passar para a etapa seguinte, se o caso assim o exigir e se

o IPT tiver as capacitações necessárias, de programar eventuais visitas às empresas

solicitantes.

A partir dos resultados dessas visitas e/ou contatos, o IPT poderá oferecer seu

apoio tecnológico, dentro do objetivo geral, que é aumentar a participação do setor

industrial paulista no fornecimento à cadeia de Petróleo e Gás.

Figura 6.23 – Contato com o IPT

0

10

20

30

40

50

60

Sim Não Sim, em outra

oportunidade

Não

respondeu

17 7

24 3

28

19

12

1

11

15

13

1

Grande

Média

Micro e Pequena

42/94

NT-MPE – Núcleo de Atendimento Tecnológico à MPE

Relatório Técnico Parcial n.º 133 813-205

7 ANÁLISE DE RESULTADOS POR PORTE DE EMPRESA

7.1 EMPRESAS DE GRANDE PORTE

Participaram da pesquisa 40 empresas de grande porte instaladas no Estado de

São Paulo. Estas empresas podem ser identificadas no Anexo C. Este grupo corresponde

a 26% do total de empresas que responderam ao questionário. Dessas empresas, 73% já

exportam seus produtos. Neste grupo, além de um número significativo de empresas de

capital nacional, identifica-se várias corporações globais fornecedoras de equipamentos

industriais: ABB, Atlas Copco, Cummins, GE, MTU, Rockwell, Scania e Siemens.

Dentre essas 40 empresas, apenas uma (Jacuzzi, devido à sua linha de produtos)

não tem interesse em fornecer para a cadeia de Petróleo e Gás. Do total, 34 (85% da

amostra) já são fornecedoras e 5 empresas ainda não fornecem, mas tem interesse de

passar a fornecer seus produtos à cadeia de petróleo e gás. A Figura 7.1 ilustra a

participação dessas empresas na cadeia de fornecimento do setor brasileiro de Petróleo e

gás.

Figura 7.1. Porcentagem de grandes empresas industriais fornecedoras

da cadeia de petróleo e gás

89%

11%

Sim (ir para o item 7)

Não, mas tem

interesse

43/94

NT-MPE – Núcleo de Atendimento Tecnológico à MPE

Relatório Técnico Parcial n.º 133 813-205

Neste grupo de 40 grandes empresas, 35 manifestaram envolvimento com a

Petrobrás, sendo que 32 já são fornecedoras da Petrobrás e apenas 3 empresas não tem

interesse em fornecer para a Petrobrás. A Figura 7.2, que mostra porcentuais se referem

à base de 114 empresas que fornecem para a cadeia de petróleo e gás, indica o interesse

dessas empresas industriais no fornecimento de sua produção à Petrobras. Observa-se

que 11% das empresas que fornecem para a cadeia tem interesse em fornecer

futuramente para a Petrobrás.

Figura 7.2. Porcentagem de grandes empresas industriais fornecedoras

de bens à Petrobrás

A pesquisa procurou também avaliar as principais dificuldades que as empresas

enfrentam para produzir e vender para os diversos segmentos da cadeia de petróleo e

gás. Os itens avaliados estão listados na Tabela 7.1.

A escala utilizada para essa avaliação consistiu na atribuição, pelas empresas, de

notas variando entre 1 e 5, sendo “1” o grau mínimo de dificuldade (dificuldade mínima) e

“5” o grau máximo de dificuldade enfrentado pela empresa. Observa-se que os itens que

apresentaram maior dificuldade, segundo avaliação das grandes empresas são: “Custos

Elevados”, com 43% de soma das notas 4 e 5 e “Certificação de Conteúdo Local”, com

25% de soma das notas 4 e 5. Por outro lado, os itens que apresentaram menor

94%

6%

Grande

Sim (ir para o item 7)

Não, mas tem

interesse

44/94

NT-MPE – Núcleo de Atendimento Tecnológico à MPE

Relatório Técnico Parcial n.º 133 813-205

dificuldade de execução, segundo avaliação das grandes empresas são: “Implantação de

Sistema de Gestão da Qualidade”, com 70% de soma das notas 1 e 2 e “Dificuldade em

Atender Requisitos de Segurança, Meio ambiente e Saúde (SMS)”, com 57% de soma

das notas 1 e 2.

Este resultado expressa a percepção das empresas que os custos de produção no

Brasil são elevados, pois dependem de fatores econômicos que estão fora de seu

controle, tais como: os custos de insumos, os custos logísticos e o sistema tributário.

A “Certificação de Conteúdo Local” aparece em segundo lugar entre as dificuldades

enfrentadas pelas grandes empresas. Possivelmente, os custos e a frequência do

processo de certificação, associados às dificuldades de rastreamento do conteúdo de

componentes explicam essa percepção dos gestores empresariais.

Tabela 7.1 Qualificação do nível de dificuldade encontrado pelas grandes empresas ao ofertar

produtos para a cadeia de P&G

Tema % de

empresas que

responderam 4 ou 5

% de empresas

que responderam

3, 4 ou 5 1. Certificação de produto 29 45 2. Certificação de conteúdo local 25 40 3. Atendimento a normas técnicas 20 50 4. Custos de produção elevados 43 65 5. Tecnologia exigida pelo setor 23 43 6. Inexistência de profissionais qualificados 17 37 7. Necessidade de desenvolver projeto de engenharia 10 40 8. Necessidade de aprimorar o processo produtivo 17 41 9. Dificuldade em atender requisitos de segurança, meio

ambiente e saúde (SMS) 8 30

10. Implantação de sistema de gestão da qualidade 5 15

Cabe também observar que os resultados da pesquisa mostram que os sistemas

de “Gestão da Qualidade” e de “Gestão da Segurança, Meio ambiente e Saúde (SMS)” já

se encontram bem disseminados entre as grandes empresas principalmente pelo fato de

45/94

NT-MPE – Núcleo de Atendimento Tecnológico à MPE

Relatório Técnico Parcial n.º 133 813-205

elas terem desenvolvido anteriormente os seus sistemas já que a grande maioria delas é

fornecedora para a Petrobras.

Com respeito aos principais gargalos no sistema produtivo identificados pelas

grandes empresas. Foram avaliados os itens: “Cumprimento de prazos de entrega”,

“Planejamento da produção” e “Problemas com fornecedores”. O item “Problemas com

fornecedores”, com 33% de soma das notas “4” e “5”, foi apontado como principal gargalo

enfrentado por essas empresas. Este resultado sugere a possibilidade de

desenvolvimento de um programa de qualificação de fornecedores de 2º e 3º vínculo da

cadeia de fornecedores da indústria de petróleo e gás.

7.2 EMPRESAS DE MÉDIO PORTE

Participaram da pesquisa 60 empresas de grande porte instaladas no Estado de

São Paulo. Estas empresas podem ser identificadas no Anexo C. Este grupo corresponde

a 40% do total de empresas que responderam ao questionário. Dentre essas 60

empresas, apenas uma declarou não ter interesse em fornecer para a cadeia de petróleo

e gás, 17% não fornecem para esta cadeia, mas têm interesse em fornecer e o restante,

82% já são fornecedoras. A Figura 7.3 ilustra a participação dessas empresas na cadeia

de fornecimento do setor brasileiro de Petróleo e gás.

Figura 7.3 – Participação das médias empresas no setor de P&G

82%

17%

1%

Média

Sim

Não, mas tem

interesse (ir para o

item 6)

46/94

NT-MPE – Núcleo de Atendimento Tecnológico à MPE

Relatório Técnico Parcial n.º 133 813-205

Com respeito a fornecer para a Petrobrás, verifica-se que 44 empresas médias

declararam já fornecer e 5 declararam ter interesse. Esta situação é ilustrada na

Figura 7.4.

Figura 7.4 – Distribuição porcentual de médias empresas fornecedoras

da Petrobrás

Atenção diferenciada deve ser dada à postura exportadora das médias empresas.

Dessas, 67% já exportam seus produtos, 25% não exportam, mas pretendem, e apenas

7% não têm interesse em exportar.

A pesquisa procurou também avaliar as principais dificuldades que as empresas

enfrentam para produzir e vender para os diversos segmentos da cadeia de petróleo e

gás. Os itens avaliados estão listados na Tabela 7.2.

90%

10%

Média

Sim (ir para o item 7)

Não, mas tem interesse

47/94

NT-MPE – Núcleo de Atendimento Tecnológico à MPE

Relatório Técnico Parcial n.º 133 813-205

Tabela 7.2 Qualificação do nível de dificuldade encontrado pelas médias empresas ao ofertar

produtos para a cadeia de P&G

Tema % de

empresas que

responderam 4 ou 5

% de empresas

que responderam

3, 4 ou 5 1. Certificação de produto 31 56 2. Certificação de conteúdo local 25 43 3. Atendimento a normas técnicas 20 38 4. Custos de produção elevados 30 50 5. Tecnologia exigida pelo setor 9 31 6. Inexistência de profissionais qualificados 17 44 7. Necessidade de desenvolver projeto de

engenharia 22 44

8. Necessidade de aprimorar o processo produtivo

7 28

9. Dificuldade em atender requisitos de segurança, meio ambiente e saúde (SMS)

14 32

10. Implantação de sistema de gestão da qualidade

7 15

A partir da Tabela 7.2 verifica-se que os itens considerados mais dificultosos pelas

médias empresas, não necessariamente nessa ordem, são: a certificação de produto,

certificação de conteúdo local, atendimento a normas técnicas, custos elevados e a

inexistência de profissionais qualificados.

Note-se que este padrão de resposta indica a necessidade de desenvolvimento de

programas fortemente calcados no apoio tecnológico.

Com respeito aos principais gargalos no sistema produtivo identificados pelas

médias empresas, foram avaliados os itens: “Cumprimento de prazos de entrega”,

“Planejamento da produção” e “Problemas com fornecedores”. Na Tabela 7.3 encontram-

se sistematizadas as respostas obtidas.

48/94

NT-MPE – Núcleo de Atendimento Tecnológico à MPE

Relatório Técnico Parcial n.º 133 813-205

Tabela 7.3 Qualificação do nível de dificuldade encontrado pelas médias empresas com respeito ao processo produtivo

Tema % de

empresas que

responderam 4 ou 5

% de empresas

que responderam

3, 4 ou 5 Prazos de entrega 20 40 Planejamento de produção 8 30 Fornecedores 20 45

Neste caso, observa-se que a questão do prazo de entrega e as dificuldades

associadas aos fornecedores são apontadas por um número significativo de empresas , o

que sugere a necessidade de programa tecnológico voltado à solução de problemas de

gestão de produção e o desenvolvimento de um programa de qualificação de

fornecedores.

7.3 EMPRESAS DE PEQUENO PORTE

Participaram da pesquisa 51 empresas de micro ou pequeno porte instaladas no

Estado de São Paulo. Estas empresas podem ser identificadas no Anexo C. Este grupo

corresponde a 34% do total de empresas que responderam ao questionário. Dentre essas

empresas, apenas uma declarou não ter interesse em fornecer para a cadeia de petróleo

e gás, 19 não fornecem para esta cadeia, mas têm interesse em fornecer e o restante, 31

já são fornecedoras. A Figura 7.5 ilustra a participação dessas empresas na cadeia de

fornecimento do setor brasileiro de Petróleo e gás.

49/94

NT-MPE – Núcleo de Atendimento Tecnológico à MPE

Relatório Técnico Parcial n.º 133 813-205

Figura 7.5 – Participação das pequenas empresas no setor de P&G

Com respeito a fornecer para a Petrobrás, verifica-se que, entre as respondentes,

25 empresas pequenas declararam já fornecer e 6 declararam ter interesse. Esta situação

é ilustrada na Figura 7.6.

Figura 7.6. Distribuição porcentual de pequenas empresas fornecedoras

da Petrobrás

Similarmente às médias empresas, atenção diferenciada deve ser dada à postura

exportadora das pequenas empresas. Dessas, 37% já exportam seus produtos, 51% não

exportam, mas pretendem, e apenas 10% não têm interesse em exportar.

A pesquisa procurou também avaliar as principais dificuldades que as empresas

enfrentam para produzir e vender para os diversos segmentos da cadeia de petróleo e

gás. Os itens avaliados estão listados na Tabela 7.4.

61%

37%

2%

Micro e Pequena

Sim

Não, mas tem

interesse (ir para o

item 6)

81%

19%

Micro e Pequena

Sim (ir para o item 7)

Não, mas tem interesse

50/94

NT-MPE – Núcleo de Atendimento Tecnológico à MPE

Relatório Técnico Parcial n.º 133 813-205

Tabela 7.4 Qualificação do nível de dificuldade encontrado pelas pequenas empresas ao ofertar

produtos para a cadeia de P&G

Tema % de

empresas que

responderam 4 ou 5

% de empresas

que responderam

3, 4 ou 5 1. Certificação de produto 24 34 2. Certificação de conteúdo local 23 39 3. Atendimento a normas técnicas 20 24 4. Custos de produção elevados 28 40 5. Tecnologia exigida pelo setor 16 30 6. Inexistência de profissionais qualificados 20 30 7. Necessidade de desenvolver projeto de

engenharia 9 21

8. Necessidade de aprimorar o processo produtivo

2 13

9. Dificuldade em atender requisitos de segurança, meio ambiente e saúde (SMS)

12 22

10. Implantação de sistema de gestão da qualidade

14 36

A partir da Tabela 7.4 verifica-se que os itens que apresentam maiores dificuldades

para as pequenas empresas, não necessariamente nessa ordem, são: a certificação de

produto, certificação de conteúdo local, tecnologia exigida pelo setor, custos elevados e a

inexistência de profissionais qualificados.

Similarmente ao comentado para as empresas de médio porte, deve ser notado

que este padrão de resposta indica a necessidade de desenvolvimento de programas

fortemente calcados no apoio tecnológico.

Com respeito aos principais gargalos no sistema produtivo identificados pelas

empresas de pequeno porte, foram avaliados os itens: “Cumprimento de prazos de

entrega”, “Planejamento da produção” e “Problemas com fornecedores”. Na Tabela 7.5

encontram-se sistematizadas as respostas obtidas.

51/94

NT-MPE – Núcleo de Atendimento Tecnológico à MPE

Relatório Técnico Parcial n.º 133 813-205

Tabela 7.5 Qualificação do nível de dificuldade encontrado pelas pequenas empresas com respeito ao processo produtivo

Tema % de empresas que responderam 4

ou 5

% de empresas que responderam

3, 4 ou 5 Prazos de entrega 20 40 Planejamento de produção 8 30 Fornecedores 20 45

Neste caso, observa-se que, tanto a questão do prazo de entrega quanto as

dificuldades associadas aos fornecedores, são apontadas por um conjunto significativo de

micro e pequenas empresas o que, mais uma vez, sugere a necessidade de programa

tecnológico voltado à solução de problemas de gestão de produção e, também, de

qualificação de fornecedores.

52/94

NT-MPE – Núcleo de Atendimento Tecnológico à MPE

Relatório Técnico Parcial n.º 133 813-205

8 CONSIDERAÇÕES FINAIS

8.1 ANÁLISE DO QUESTIONÁRIO

A seguir apresenta-se resumo das análises feitas, a partir dos questionários

recebidos.

a) O número de questionários respondidos de maneira espontânea, no total de

151considerados válidos para o presente estudo, superou as expectativas,

reforçando o interesse das empresas paulistas no fornecimento para a cadeia de

petróleo e gás e também diretamente para a Petrobrás. Embora tenha superado as

expectativas, essa quantidade de empresas é pequena frente ao número de

empresas potencialmente fornecedoras sediadas no Estado de S. Paulo que o

poderiam ter respondido. Essa constatação sugere que este trabalho de

levantamento de informações possa ser expandido de forma a torná-lo ainda mais

representativo se conseguir, por exemplo, incluir um número maior de empresas

respondentes não participantes da cadeia de petróleo e gás.

b) A grande maioria das empresas respondentes já fornece para a cadeia de petróleo

e gás (75%) e também para a Petrobrás (67%), o que significa que existem muitas

outras empresas paulistas, principalmente as de micro, pequeno e médio porte,

que devem ser estimuladas a participar no fornecimento para essa cadeia. Para

que esse fato ocorra, é necessário constituir programa(s) de apoio tecnológico

visando à superação desse tipo de obstáculo, de modo a ampliar a participação

das empresas paulistas na cadeia de fornecimento da indústria de petróleo e gás.

c) Embora a maioria das empresas que responderam seja composta por fornecedores

da cadeia de petróleo e gás, verifica-se que as suas respostas às questões

indicativas de dificuldades para fornecer para essa cadeia sugerem que, mesmo

sendo conhecedoras do mercado e de suas exigências, o nível de dificuldade

enfrentado por elas é apontado como considerável.

d) Mesmo que uma fração das empresas participantes deste estudo ainda não esteja

ativa no mercado internacional, infere-se o seu forte potencial de exportação. Este

53/94

NT-MPE – Núcleo de Atendimento Tecnológico à MPE

Relatório Técnico Parcial n.º 133 813-205

cenário sugere que o desenvolvimento de ferramentas de auxílio tecnológico,

especificamente criadas para micro, pequenas e médias empresas inseridas ou

que desejem se inserir nesse promissor mercado, será valiosa tanto do ponto de

vista da internacionalização dessas empresas quanto do ponto de vista de uma

maior e mais efetiva participação no mercado interno. Também é importante

promover programas de promoção à exportação facilitando ações tais como a

participação em feiras e eventos internacionais.

e) Uma dificuldade significativa é a associada às normas técnicas.

Independentemente do nível de sofisticação tecnológica de um produto, este deve,

compulsoriamente ou não, estar em conformidade com uma ou mais normas

técnicas. Complementarmente, as normas técnicas devem ser base fundamental

do projeto de produtos. O perfil de respostas obtido sugere a necessidade de

desenvolver ferramenta tecnológica para apoiar as micro, pequenas e médias

empresas a qualificar os seus produtos promovendo a sua melhoria de forma que

eles venham a estar conforme normas técnicas requeridas pelo setor.

f) Associadas às dificuldades de atender aos requisitos estabelecidos pelas normas

técnicas, estão as dificuldades associadas à certificação de produto. Esta ligação

se deve ao fato que, ao certificar um produto, um dos passos envolvidos consiste

na demonstração da conformidade do produto a uma ou mais normas técnicas.

Mais uma vez, se verifica a necessidade de desenvolvimento de ferramenta

destinada a apoiar empresas em processos de certificação de produtos e, também,

de processos.

g) O desenvolvimento de projeto de engenharia consiste em dificuldade mais

presente nas médias empresas do que nas pequenas, possivelmente devido aos

diferentes perfis de produtos colocados por essas empresas no mercado.

Entretanto, a partir da experiência do IPT, pode-se afirmar que, mesmo tendo a

aparente menor necessidade de apoio a projetos de engenharia, as pequenas

empresas, quando premidas a mudar de patamar tecnológico, enfrentam

dificuldades muito maiores do que as médias. Este cenário confirma a necessidade

de se dispor de mecanismos diferenciados de apoio tecnológico.

54/94

NT-MPE – Núcleo de Atendimento Tecnológico à MPE

Relatório Técnico Parcial n.º 133 813-205

h) Com respeito ao processo produtivo, a pesquisa mostra a maior ocorrência de

dificuldade em dois temas acoplados, quais sejam: o cumprimento de prazos de

entrega e as dificuldades com fornecedores. De maneira geral, estas dificuldades,

e os problemas delas advindos, devem ser reduzidos a níveis aceitáveis por ações

de gestão sobre o processo produtivo. Em conclusão, é recomendável a aplicação

de ferramentas especificamente desenvolvidas para tal.

i) Um aspecto que, também, guarda uma dose de similaridade de abordagem quando

comparando as respostas dadas pelos diferentes perfis de empresa, reside na

dificuldade causada pela inexistência de profissionais qualificados. Essa dificuldade

se manifesta mesmo se sabendo que o Estado de S. Paulo é detentor de uma rede

de ensino que engloba a USP, UNESP, UNICAMP, ITA, as FATECS e escolas de

engenharia privadas tais como a FEI, MAUÁ e o Mackenzie. Esta aparente

contradição ligada ao nível de resposta encontrado indica que é necessária a

realização de investimentos em educação associados à adaptação de currículos,

quando possível, e associadas à criação de cursos de especialização de produzam

uma força de trabalho melhor preparada para tratar os problemas tecnológicos do

setor.

j) Um conjunto significativo de pequenas e médias empresas apontou dificuldade de

certificar o conteúdo local. Essa constatação sugere a necessidade de desenvolver

mecanismo para apoiar as empresas neste processo de certificação.

8.2 PRODUTOS A SEREM ANALISADOS

É previsto que, ao longo do presente projeto, sejam abordados dois exemplos de

itens e dos seus respectivos componentes para análise, visando o aumento de conteúdo

local, para procurar-se estabelecer uma metodologia de procedimentos aplicável a outros

itens, produtos ou segmentos em uma eventual continuação/ampliação do projeto.

55/94

NT-MPE – Núcleo de Atendimento Tecnológico à MPE

Relatório Técnico Parcial n.º 133 813-205

No primeiro relatório parcial, com base em uma análise preliminar, considerou-se

importante analisar a possibilidade de eleição de produtos produzidos por dois dos

seguintes setores:

· Bombas;

· Válvulas;

· Produtos de instrumentação e controle;

· Compressores.

Para a escolha dos produtos a serem analisados, foi sugerido no Primeiro Relatório

Parcial que os produtos eleitos deveriam:

· ser fabricados em escala relativamente grande;

· poder ser destinados à aplicação em outros setores que não o de P&G de

forma que as empresas se sintam estimuladas a produzir produtos melhores,

em condições melhores e com custos adequados permitindo o seu

fortalecimento no mercado como um todo;

· ter moderado conteúdo tecnológico de forma que o aumento do seu conteúdo

local possa constituir-se em meta adequada a uma empresa de porte

médio/pequeno.

Além desses requisitos, considerou-se a necessidade de o setor de P&G

reconhecer a necessidade de ter disponíveis estes produtos no mercado interno, em

escala atraente para o fornecedor, com prontidão de atendimento, e o fato de o Estado de

S. Paulo contar com uma quantidade razoável de fabricantes destes produtos.

Observando-se os resultados da aplicação dos questionários, identifica-se que uma

das vocações paulistas é atuar no setor de Instrumentação e Controle.

Considerando esse fato, que este tipo de produto faz parte da demanda da

Petrobras e os requisitos sugeridos no Primeiro Relatório Parcial, propõe-se que seja

56/94

NT-MPE – Núcleo de Atendimento Tecnológico à MPE

Relatório Técnico Parcial n.º 133 813-205

realizada a análise de um produto da área de Instrumentação e Controle. Esta escolha

está condicionada à identificação de um fabricante com disposição para colaborar com o

projeto.

O segundo tipo de produto deve ser um exemplar do setor de bombas, porque este

tipo de produto conta com vários fabricantes no Estado de S. Paulo, tem produção seriada

em escala relativamente grande, as exigências tecnológicas são, para uma média

empresa, de grau médio de dificuldade, e alguns tipos de sistema de bombeamento

fazem parte da demanda da Petrobras, ainda a ser mais detalhada. Nesse caso, também

a escolha está condicionada à identificação de um fabricante com disposição para

colaborar com o projeto.

8.3 CONTATOS

Foram realizados diversos contatos que resultaram em parcerias com entidades de

classe que facilitaram o levantamento de informações por meio da aplicação do

questionário.

Complementarmente, foi realizado contato simultâneo com a RBNA – Brazilian

Classification Society e com a RBNA Consult. Esses contatos devem resultar em reunião

em futuro próximo para troca de informações sobre certificação de produtos.

São Paulo, 19 de julho de 2013

INSTITUTO DE PESQUISAS TECNOLÓGICAS DO ESTADO DE SÃO PAULO S/A – IPT

NT-MPE – Núcleo de Atendimento Tecnológico à MPE

_________________________________________ Vicente N. G. Mazzarella

Pesquisador

RE 7756

INSTITUTO DE PESQUISAS TECNOLÓGICAS DO ESTADO DE SÃO PAULO S/A – IPT

NT-MPE – Núcleo de Atendimento Tecnológico à MPE

_________________________________________ Mari Tomita Katayama

Diretora

RE 1933-1

57/94

NT-MPE – Núcleo de Atendimento Tecnológico à MPE

Relatório Técnico Parcial n.º 133 813-205

9 EQUIPE DE TRABALHO

Núcleo de Atendimento Tecnológico à MPE

Gerente do Projeto: Mari T. Katayama – matemática – Ciências da Computação

Djair Vitoruzzo – Engenheiro Eletricista

Hideki Kawakami – Engenheiro Mecânico

James Manoel Guimarães Weiss – Engenheiro Naval

João Carlos Martins Coelho – Engenheiro Mecânico

Vicente N. G.Mazzarella – Engenheiro Metalurgista

Apoio Administrativo

Amilcar M. Gonçalves – Gerente Administrativo

Eduardo Ng – Analista de Sistemas

Sueli Elisete Meneguelo – Secretária

58/94

NT-MPE – Núcleo de Atendimento Tecnológico à MPE

Relatório Técnico Parcial n.º 133 813-205

59/94

NT-MPE – Núcleo de Atendimento Tecnológico à MPE

Relatório Técnico Parcial n.º 133 813-205

ANEXO A

CORRESPONDÊNCIA E QUESTIONÁRIO

Prezados Senhores,

O Instituto de Pesquisas Tecnológicas – IPT está desenvolvendo um projeto para a Secretaria de Energia do Estado de São Paulo, com o objetivo de levantar informações sobre o interesse e a efetiva participação das empresas paulistas, em especial, as de pequeno e médio porte, na qualidade de fornecedores ativos do setor de Petróleo e Gás.

Este setor é extremamente promissor, importante e desafiador, sendo uma fonte de receitas

inestimável para as empresas que nele atuam. Esta participação está atrelada a um cenário consolidado, pelo fato de que a exploração de petróleo na camada do Pré-Sal, na Bacia de Santos, está em fase acelerada, tanto pelos enormes investimentos em curso, quanto pelas oportunidades originadas pelo longo período de operação previsto para as próximas duas a três décadas.

Considerando que é muito importante que as empresas paulistas aumentem a sua efetiva

participação neste setor, pela sua inclusão como fornecedores, assim como, pela expansão dos seus fornecimentos e, buscando obter informações para direcionar as ações do IPT, solicitamos aos Senhores o preenchimento do questionário abaixo, que será de extrema valia para a condução das nossas análises.

Estas oportunidades na cadeia de fornecimentos envolvem muito além do que a ideia de

“petróleo e gás” pode nos acenar à primeira vista. Como exemplos, citamos equipamentos de segurança em geral (EPIs), uniformes profissionais, móveis especiais, vedações e selos mecânicos, medidores de temperaturas, pressão e vazão, rolamentos e mancais, arames e cabos de aço, além de um número enorme de outros itens e componentes que serão necessários.

Por fim, observamos que as informações fornecidas serão tratadas com total confidencialidade. Favor retornar este e-mail ao remetente com as questões respondidas.

Cordialmente,

Mari Tomita Katayama Núcleo de Atendimento Tecnológico à Micro e Pequena Empresa – NT-MPE Fone: +55 (11) 3767-4204

60/94

NT-MPE – Núcleo de Atendimento Tecnológico à MPE

Relatório Técnico Parcial n.º 133 813-205

QUESTIONÁRIO

Empresas Fornecedoras de Bens – Cadeia da Indústria de Petróleo e Gás (P&G)

Empresa: _______________________________________________________________

Endereço: ______________________________________________________________

Contato/Cargo: __________________________________________________________

e-mail: _________________________________________________________________

Tel: ___________________________________________________________________

1. Porte da empresa (marque com x) Faturamento anual: [ ] Menor do que R$ 3.600.000,00 [ ] R$ 3.600.000,00 – R$ 10.500.000,00 [ ] R$ 10.500.001,00 – R$ 60.000.000,00 [ ] Maior do que R$ 60.000.000,00

2. Quais são os principais produtos da empresa?_____________________________ _______________________________________________________________________ 3. Em quais dos setores abaixo os seus produtos se enquadram?

[ ] Geradores e motores elétricos [ ] Instrumentação e controle de processo [ ] Subestação e transformadores [ ] Válvulas e citygate [ ] Bombas [ ] Hastes e unidades de bombeio [ ] Compressores [ ] Guindastes e guinchos [ ] Motores a gás e a diesel [ ] Turbinas [ ] Caldeiraria [ ] Flanges e conexões [ ] Subsea [ ] Navipeças [ ] Siderurgia [ ] Outros

4. A empresa é fornecedora da cadeia da indústria de P&G?

[ ] Sim [ ] Não, mas tem interesse (ir para o item 6) [ ] Não há interesse em fornecer

5. A empresa é fornecedora da Petrobras? [ ] Sim (ir para o item 7) [ ] Não, mas tem interesse [ ] Não há interesse em fornecer

61/94

NT-MPE – Núcleo de Atendimento Tecnológico à MPE

Relatório Técnico Parcial n.º 133 813-205

6. No caso de não ser atualmente fornecedora da Petrobras, já o foi no passado?

[ ] Sim [ ] Não

7. Quais são as principais dificuldades para participar do setor de P&G?

Dificuldades 1 (mínimo) e 5 (máximo)

[1] [2] [3] [4] [5]

Certificação de produto [ ] [ ] [ ] [ ] [ ]

Certificação de conteúdo local [ ] [ ] [ ] [ ] [ ]

Atendimento a normas [ ] [ ] [ ] [ ] [ ]

Custos elevados [ ] [ ] [ ] [ ] [ ]

Tecnologia exigida pelo setor [ ] [ ] [ ] [ ] [ ]

Inexistência de profissionais qualificados [ ] [ ] [ ] [ ] [ ]

Necessidade de desenvolver projeto de engenharia [ ] [ ] [ ] [ ] [ ]

Necessidade de aprimorar o processo produtivo [ ] [ ] [ ] [ ] [ ]

Dificuldade em atender requisitos de segurança, meio ambiente e saúde (SMS)

[ ] [ ] [ ] [ ] [ ]

Implantação de sistema de gestão da qualidade [ ] [ ] [ ] [ ] [ ]

Outros (especificar): ____________________________________________________ _____________________________________________________________________ 8. Quais são os principais gargalos referentes à gestão do fluxo produtivo?

Impeditivo 1 (mínimo) e 5 (máximo) [1] [2] [3] [4] [5]

Cumprimento de prazos de entrega [ ] [ ] [ ] [ ] [ ] Planejamento da produção [ ] [ ] [ ] [ ] [ ] Problemas com fornecedores [ ] [ ] [ ] [ ] [ ]

Outros (comentar):_______________________________________________________ ______________________________________________________________________ 9. A empresa exporta seus produtos?

[ ] Sim [ ] Não, mas pretende [ ] Não, e não tem interesse

62/94

NT-MPE – Núcleo de Atendimento Tecnológico à MPE

Relatório Técnico Parcial n.º 133 813-205

10. Se exporta, cite os principais países para os quais exporta:

11. Gostaria de conversar com o IPT sobre algum tema abordado neste questionário? [ ] Sim [ ] Não [ ] Sim, em outra oportunidade

12. Comentários:

_____________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________

63/94

NT-MPE – Núcleo de Atendimento Tecnológico à MPE

Relatório Técnico Parcial n.º 133 813-205

ANEXO B

DEMANDA PETROBRAS

Código Grp

merc Grupo de mercadorias AGRUPAMENTO Sujeito a CL

40151503 BOMBA CENTRÍFUGA Bombas e Partes CL

40151700A PT BOMBAS INDS Bombas e Partes

39121008 CONVERSOR DE SINAL Eletrônica Instrumentação CL

41112516 TRANSM DE VAZAO Eletrônica Instrumentação CL

41112105 TRANSMISSOR DE TEMPE Eletrônica Instrumentação CL

41111938 TRANSMISSOR DE NIVEL Eletrônica Instrumentação

41112400D PARTES CONTROLADOR Eletrônica Instrumentação

41116400A MEDIDORES VIBRACAO Eletrônica Instrumentação

41112410 TRANSMISSOR DE PRESS Eletrônica Instrumentação CL

41113100B PARTES DETETOR GAS Eletrônica Instrumentação

41112100B TRANSD P/ GRAND ELET Eletrônica Instrumentação

41112513 PLACA DE ORIFICIO Eletrônica Instrumentação CL

41111938A PARTE TRANSMIS NIVEL Eletrônica Instrumentação

43232600A PROGR ESPEC P/ INDUS Eletrônica Instrumentação

46191501 DETETOR DE FUMACA Eletrônica Instrumentação

26111722 ACESSORIOS P/BATERIA Material Elétrico

39121602 DISJ MED/ALTA TENSAO Material Elétrico CL

39121002 TRANSFORM ALIMENTACA Material Elétrico CL

39121600A PARTES AC. DISJUNTOR Material Elétrico

39121616 DISJUNTOR CAIXA MOLD Material Elétrico CL

39121529A CONTATOR BAIXA TENSA Material Elétrico

39121006A PT ADAPT/INV POTENCI Material Elétrico CL

39121410 CONECTOR ELETR.PAINE Material Elétrico

39121617 ACESSORIOS FUSIVEIS Material Elétrico

39121100C PARTES DE SDCD/SCMD Material Elétrico

39121309 CAIXA ELETRICA ESPEC Material Elétrico CL

64/94

NT-MPE – Núcleo de Atendimento Tecnológico à MPE

Relatório Técnico Parcial n.º 133 813-205

39122300A PARTES E ACESSORIOS Material Elétrico

39122307 RELE AUXILIAR Material Elétrico

40142320F UNIAO NAO PADR TUBO Válvulas e Conexões CL

40141609 VALVULA DE CONTROLE Válvulas e Conexões CL

40141606 VALVULA DE ALIVIO Válvulas e Conexões CL

40141620 VALV.BORBOL WAFER Válvulas e Conexões CL

40142304 INSERTOS PARA TUBOS Válvulas e Conexões CL

40141603 VALVULA PNEUMATICA Válvulas e Conexões CL

40142315C LUVA NAO METAL.P/TUB Válvulas e Conexões CL

40141630 VALV.RETEN.PISTAO Válvulas e Conexões CL

40141600A VALVULAS NAO METALIC Válvulas e Conexões CL

40141616 PARTES DE VALVULAS Válvulas e Conexões

23101515 GRAVADORAS MECANICAS Ferragens

23111500L PT TORRE, VASOS,REAT Ferragens

31162904 GRAMPO CABO ACO Ferragens

31163000A ACOPLAMENTO Ferragens

31181500D JUNTA PERMUT. CALOR Ferragens CL

31171504 ROLAMENTO DE ESFERAS Ferragens

31181604 SELO MECANICO Ferragens CL

31151800A ARAME LISO Ferragens CL

31181500E ANEL VEDACAO PERFILA Ferragens

31181500F JUNTA CIRCULAR EQUIP Ferragens

31251500A PARTES DE ATUADORES Ferragens

31201610 COLA A FRIO Ferragens

31211500B TINTA AC APLIC N/IND Ferragens CL

40142501 FILTRO DE TELA P/LIQ Ferragens CL

24101600A PARTES DE GUINDASTE Equip movimentação

24101611 LINGA DE CARGA Equip movimentação CL

24101611A CINTA DE CARGA Equip movimentação CL

53102710 UNIFORMES PROFISSION Hotelaria

53131616 CREMES LOCOES FARMAC Hotelaria

46191601A CAPA PARA EXTINTOR Segurança

65/94

NT-MPE – Núcleo de Atendimento Tecnológico à MPE

Relatório Técnico Parcial n.º 133 813-205

46191505 SISTEMA ALARME INCEN Segurança CL

46181800B ACES.OCULOS SEGURANC Segurança

46191608A PARTE SIST CO2 P/COM Segurança

41112513A DISPOSITIVO P/TROCA Laboratório CL

41114604B PT TESTADOR CORROSAO Laboratório CL

41121814 ROLHA/TAMP/SELO BAT Laboratório

30161712B GRADE RIG N/RET PISO Construção e Montagem

30222700A CONSTRUCOES ESTRUTUR Construção e Montagem CL

32121701 TRECHO RETO PARA MEDIÇÃO

DE GÁS

Construção e Montagem