que vem sendo utilizada pelas gravadoras maiores é fazer contratos mais amarrados com seus artistas, com gerenciamento da carreira como um todo”, explica Marcio “Urubuz” Gonçalves, 34, produtor e faz-tudo da Urubuz Records, selo e gravadora ca-rioca responsável pelo lançamento de algumasbandas independentes como Mukeka di Rato, Nx Zero, Glória, Aditive, Sugar Ka-ne, Fake Number, Abril, Cueio Limão entre outras. Para o produtor, as gravadoras deixaram de as-sumir somente a postura de gravadoras e, em busca do espaço perdido, passaram a gerenciar toda a área de atuação do músico. “Particular-mente, não gosto da ideia, até porque desvirtua completamente a atividade. Mas, enm, é uma pos-sibilidade que está acontecendo no momento e cada vez mais vai sendo o caminho para o futuro”, revela. Sem medo, as gravadoras menores seguem o caminho oposto. Com um modus operandi mais libertário, os selos sem tanto apelo nanceiro sedu-zem os artistas justamente pela liberdade, apesar da falta de recursos. “Nas (gravadoras) menores, o artista faz e produz sua música sem nenhuma ob-rigação de resultado de vendas. Nas gravadoras maiores,maiores, os artistas precisam ter resultados e fazer músicas que muitas vezes não reetem seu trab-alho e suas tendências”, diz Gonçalves.

Você já ouviu uma música hoje? Provavelmente, a música que você escutou faz parte do cenário de música independente que parece ganhar cada dia mais força. Seja pela internet, seja pelos festivais destinados a artistas independentes (ou seja, aqueles que não assinam contratos com gravado-ras tradicionais), a música brasileira em geral ganha fôlego,fôlego, carrega ares mais democráticos para a arte e espaço fértil para criação em novos meios.. Para se ter ideia do crescimento deste nicho cul-tural, em estudo recente, a Associação Brasileira de Música Independente (ABMI) garante que cerca de 80% dos lançamentos musicais do Brasil são de ar-tistas independentes. E não para por aí. Além de mais 400 produtoras e selos desatrelados às grandes gravadoras, a ABMI coloca os produtos fonográcos do mesmo tipo com uma fatia de 25% do montante vendido no país. A maioria das gravadoras, com medo da maior independência do produtor cultural brasileiro, aposta numa renovação no modelo de gestão da carreira artística e novidades antigas, como relan-çamentos de vinil. “Uma outra saída também

As gravadoras tradicionais se reformulam, a internet rma seu espaço e quem tem talento pode cada vez mais fazer sucesso com as próprias mãos.por Matheus Brasil

Independência ou Morte!o que é mesmo novo na música independente brasileira e capixaba.

20