2000 Prospecções e escavações nos Concheiros Mesolíticos de Muge e de Magos (Salvaterra de...

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    ESTUDOS

    ARQUEOLOGICOS

    DE

    OEIRAS

    Volume 8 999

    2

    CMARA MUNICIPAL

    DE OEIRAS

    1999 2

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    ESTUDOS RQUEOLGICOS DE OEIR S

    Volume

    8 .

    1999

    /

    2000 ISSN

    :

    0872

    -

    6086

    COORDENADOR E

    RESPONSVEL

    CIENTFICO - Joo Lus Cardoso

    PREFCIO - Jorge

    de Alarco

    FOTOGRAFIA - Autores assinalados

    D

    ESENHO

    - Bernardo Ferreira sa

    lvo

    os

    casos

    devidamente assinalados

    P

    RODUO

    - Gabinete de Comunicao

    da

    Cmara

    Municipal

    de

    Oeiras

    CORRESPONDNCIA -

    Centro de

    Estudos Arqueolgicos

    do

    Concelho de Oeiras

    ORlENTAO

    GRFICA E

    Fbrica

    da

    Plvora

    de

    Barcarena

    Estrada

    das

    Fontainhas

    2745-615 BARCARENA

    Aceita-se permuta

    On prie

    change

    Exchange

    Wanted

    Tauscherverkhr

    erwunscht

    REVISO

    DE

    PR

    OVAS

    -

    Joo Lus Cardoso

    MONTAGEM

    IMPR

    ESSO

    EACABAMENTO - Impresse 4

    D

    EPSITO

    LEGAL N

    o

    97312/96

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    ss Aqs s iip 000 pp 0

    PROSPECES E ESCAVAES NOS CONCHEIROS MESOLTICOS DEMUGE E DE MAGOS (SALVATERR DE MAGOS): CONTRBUO PARAA mSTRIA DOS TRABALHOS ARQUEOLGCOS EFECTUADOS

    p J Ls Cads& Js Manel R

    1- NTRDU

    estd d Mesltic n teriti ptgs sscit desde s pimrdis da inestigaaregica n pas grande inteesse pr parte de inestigadres nacinais e estrangeisPese emra td traah desenlid ns cncheis mesl tics de Mge, desde 86 at

    a na ds ans 60 d sc XX a rigin mais de ma centena de traalhs persistem lacnas e impra cmatar mit h ainda a faze desde a eaiza de estds se mits dsmateiais aregics eclhids e se mantm indits, tant nas cleces d exInstitt deAntrplgia da Facdade de Cincias d P, cm nas d Institt Gegic e Mineir emLisa, plica de dcmenta indita pdzida ns traahs eaizads passand pelacntextaiza macr e micrespacia ds diferentes stis arelgics d cmplex inclindestds de nde paeeclgica e paeamiental, nesta e ma das principais regies eas

    gegcas d esltic Fina epe Este traalh srge assim cm a inten de dilgarmita da dcmenta acmada desde 86, cja plica se jstica plenamente n scm cntrit paa a histria da aelgia prtgesa, mas ainda cm imprtante dcmentcientc, releante paa cnheciment d estic d teritri prtgs.

    2 - ISTRA DAS NVESTGAE

    2.1 - Sculo XX

    Os cncheis d aix a e d Tej fam assinalads pela primeira ez em 86 p CarsRieir, memr directr da Cmiss Gegica de Prtgal. Em 867, prpi eferese a in

    I) Agregado m P-Histia. Pofsso da Univsidad Abta (Lisboa, coodnado do Cnto d Estudos Aquolgios

    do COclh d ias Cmaa Mnicipa d ias Pofsso da Univsidad Atnoma d Lisboa

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    cio os trabalos nos seguintes e termos (RIERO 86 4 ors en 860 s agtait entre lessaants la uestion e 'oe ans la terre je me souiens aoir onn coe membreirecteur e la Comission Googue u ortuga es instructions aux colecteurs aux orres e

    cette Comission, pour bien explorer les ales u Tage et u Sao, ans e but ' recuellir es onnes ui pussent jetter uelue lumre sur la uestion es osci lations e notre sol penant a prioe post-tertaire et nous cairer sur celle e la prsence e oe ans nos rgons, ans lestemps pristoriues"

    O primeiro conceiro ienticao foi o o Aeiro-o-Rouete (al e Magos

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    a rbera e Magos foram encaos concheros na sua margem reta em Coa a Ona eMone os Ossos (topnmos o scuo correacones com o topnmo e Qunta a Sarnha(AO 1 938 Seno este topnmo euaente o e ero o Rouee (c caeo e campo e

    Caros Rbero e 1 863 transcrto parcamente: Documento n 3 concuuse ue os rs topnmos Coa a Ona Mone os Ossos e Aero o Rouete se referem proaemene a um ncoconchero suao na margem reta a rbera e Magos A ser assm no se conmara a euanca o Aero o Rouee ao Cabeo os Mrros suao na margem esuera a referabera como amtram por H reu & G Zbszewsk (REUIL e ZYSZEWS 94 nota 1

    A foram apenas reazaas agumas sonagensOs trabahos efectuaos nos ferenes conceros o ae a rbera e Muge foram em con

    trapata muto mas eensosFone o are ero - notca e sonagem efectuaa em 3/5/80Cabeo a Arrua - campanhas efectuaas em 863/64 880 1 884 e 1 885

    Mota o Sebaso campaas efectuaas em 880 1 884 e 1 885

    1 Os rbos pubicdosCaros Rbero poe conserar-se o ponero os estuos arueogcos no ae o Tejo Em

    85 com a reorganzao a Comsso Geogca e ortuga Caros Rbero fo esgnao um osseus co-recores conjunamente com F A erera a Cosa A patr essa aa ncou-se aprospeco arueogca s stemca as bacas o Teo e o Sao cujos resuaos mas sgncaos se epressam pea encao os conceros mesotcos referos a par a recoha emersos ocas e peas suposamene taaas peo "homem erco" estas uas temcas ram

    a constur os assuntos portgueses mas mpoantes ue foram scuos na cebre IX Sesso oCongresso Ineacona e Antropooga e e Aueooga rHsrcas reuno em Setembo e 880 Os congressstas ouram uma comuncao e Caros Rbero sobre os resuaos as escaaes at eno reazaas e teram epos oporunae e se esocar ao oca as mesmas(Cabeo a Arra e Mota o Sebasto Vae a pena ranscreer o reato essa ecurso pubcao ogo no ano segune por um os partcpanes (COTTEAU 1 88 : 2022 peo poresco amesma (ouro reao ambm esenoo fo pubcao por ELLUCCI ( 1 884 nos Compte-Renuo Congesso p 68-2

    "La secone ecurson cee e Mugem es ermen nressante au pont e ue u saancomme ceu u tourste Un ran spca nous conut en eu heures Santarm

    En arran nous rouons toue a e sur pe Le conse muncpa en costume et grans

    bons curs a man es a gare es scours sont changs pus escorts par a popuaton

    (5)Em 5 roaniada a itada Comisso sndo nomdos ara a dirigi om igais atribis Carlos Ribiro

    Prir da Costa rofssor da Esola Politnia ando omo adjnto d ambos N lgado

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    u nous accame et par la musiue ocale ouant la marche e Camoens au mleu 'une oubeligne ' oriammes aux couleurs e oues es naions et se prolongeant penant prs 'un lomtrenous reo ignons les bors u Tage u 'on raerse sur un pon en fer 'une immense enue En

    ce momen le spectacle ui s'offre nos regars est raimen feriue Le Tage a enre upont est omin par une coll ne ue couronne un eux chteau arabe aux murailles crneles Lespentes e a monagne son partou couertes e mone et la s' elacent es ses oanes espices 'artice u 'on enten pour ainsi ire sans es or et ont e bruit se mle aux accors ea musue et aux crs e la foue A roie et gauche 30 ou 0 mtres auessous e nouscoue l e gran eue ont es eaux sont basses cette poue e Ianne et ue passent gu esoures ui oient nous emmener e es caaliers estns nous serr scorte Ajouez ceaun c e ' un bl eu limpie et transparen et ous comprenez rmotion innissabe ue nousressenons ous

    En escenant u pont encore nache nous monons ans es oitures attees e six e

    ueuefois hui mules aec postion e nous suions ' abor une bel e et large roue bore ehauts peup iers De chaue ct s' enent es ignes p lantureuses rampan sur le so et chargese gros raisins mrs u' on est en rain e enager Nous raersons successiemen les ilages' Amerm e e enca arout les munic pal is iennent nous receor ce sont es arcs etriomphe es rapeaux es oriammes Les populaons accouren sur notre passage ans leurscosumes aux coueurs oantes et es plus pitoresues Ce n'es pas seulemen la ile eSanarm u est ebout c'es a proince out entire A chaue pas nore cortge grossi e bient pus e uatre cents caalers mons la pupart sur e beaux cheaux nors caracoent et fonla fantasia auour e nous Des oitures pus ou mons lganes es hicles e oute sore neset mme boeufs es pitons se mlent aux caaliers et en arriant Mugem sur emplacementes fouiles nous aons ceranement aec nous e 2000 personnes appartenan toutes les classes e a soci

    Notre bu tai e siter une e ces colines articieles rcemment couertes en orugalcompose e bris e cuisine ritabes oekenmoeddings ui ne irent e ceux e a Sue etu Danemarc ue par a nature es couiles on ls sont fos La coline e Mugem a 100mres e ongueur sur 40 ou 50 e argeur ces amas e cuisne aent auss es sputures e on roue uemmen es sueetes

    Une profone tranche aat t pratiue ans ntrieur e la coline Les sueettes assez nombreux rencontrs en foui llant aaient t aisss en place ans a posiion mme ui s occupaent aeccee paricuari ue es ambes sont repies e a mm manire Tout es paritemen ispos pouruier ans son ensemble et ses tais ce gisement cureuxLes membres seus u congrs son amis

    escenre ans a ranche Quel abeau rament saissant e ue je n oubiera jamas Dun ctles membres u congrs rpanus ans es fouilles les uns examinant cete masse norme e couiesaccuues (Lutrri compress et Crdium edue et cherchant en exraire uelues rares ossements

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    ou quelqes silex alls ps rares encore; es ares poran oue leur aenion sur es squeees esr eurs caracres anhropologiques esuran er crne ler a ille e noan a posion qu is occpen e pus debo o aor de a rance une fole presse si encieuse aenive e don es ypese es cosmes son gaeen rs nressans der.

    quele poqe faul placer origne de ces oekenmoeddngs? I a falu sans aucun doen laps de emps rs ong pour que les homes qui en faisaen er norriure aien produ ceeaccuulaon incalcuabe de coqu lles La prsence de noreux squelees pars dans enseledu dp ndque que ces popaons ensevelissaien leurs ors au mil eu des dbrs de leur cs ine.De Iasence de poeries e de haces poles on pe concre que ces oekenmoeddngs reonena commencemen de a priode noliqe pere me a n de Ipoque paoque Descal loux rouls e des is ondulex de coqui es son la preuve q de cerains inervales es eaxdeu Tage aors beaucoup plus rapproches de la er q eles ne son aourdui on enva cesdps e es on pe remanis sur place

    I ai id ; ere a venue de gagner la ene d deuner vers aquele depus qelqueeps se oaen nos regards anxieux On e di qne aguee agiqe Iavai ranspore ddser d Oa sur la co lne de Mge. C ai le me fesn e es es vins dl cieux e gacs.

    n are amas de coq les for dans condions ideniques se rovai qelques Kilomres. Desfouilles y avaen praqes ean dcouver coe Muge un cerain nobre de sqelees.La chaleur ai de pls en pus fore e avec eacoup daures e laissai es enes e les inrpides sousa conde de M Caraiac e pus arden de nos archologes visier ces secondes fouilles

    os repries le cen suiv e ain A a gare o nos aendai depus ongeps nore rainspca de caeurex adeux ren adresss aux habans de Sanare e du disric q nosavaien s ben accellis e nef heures nos ions de reour Lisonne un peu faigus de la

    caleur e de la poussre ais ravis de ce que nous avions vu prieira das esaes esdadas por Carlos Rero anda qe muio sriaene fo oeirodoRoquee conecvel coo ars se dsse segndo BREIL & ZBYSZEWSK ( 1 947com o concheiro do Cabeo dos Mrros; foi descobero e Abril de 1 863 (RIBEIRO 884 p 280

    Face ipossibiidade de ai efecuar escavaes por oposio de proprero Carlos Rberoconcenro as aenes nos conceros siados as a onane no vae da rbera de Mge ondedenco os segnes Fone do Padre Pedro; Cabeo da rrda; Cabeo da Aorera; e Moa doSeasio (ab designado por Fone da Brra

    6 RBER (1867:714) delara e apoio desa concluso, o segune:"N on nont qu ut Un otond n humn don / w n lt du un / uf no dhnt un h v

    fon du omo d bl qu ux; qulqu fm, nt d oqul/; Un hng du ou d /un dxtmt u humn P/uu o b m q gun d o long t d t 4 Dnt dChval d Bouf d um nnt 5 Pn dEv; 6Coqull d gn Bunm Nuul, Tlln T

    Soln L Ptndu au

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    Scedem-se as primeras sondagens no Cabeo da Ada, ambm por s empreendidas. Ospromissores reslados ai obdos ncamno a regressar a Mge no ano segne. Com eeio, em 84, desocose de novo rego, por orma a prossegr a exporao enceada no reerdo

    conchero, considerado e como o mas mporane de odos os por si exporados (RBERO, 884,p. 282, co espo anropolgico oi cedido para esdo a Perera da Cosa (COSTA, 85. Noano de 880, meses anes da X Sesso do Congresso neaconal de Anropologa e deArqeologa PrHsrcas se renir em Lsboa, Carlos Rbero ordeno vasas escavaes emsperce nos concheiros da Moia do Sebasio e do Cabeo da Arrda, de modo aos resladospoderem ser ainda observados peos congressisas, como de aco aconece dsso prova no s asliograas de oograas de campo reerenes a ais escavaes (do Cabeo da Arrda onde seobsevam nmerosos esqeleos in siu mas ambm o relao da vsia eno eecada (BE LCC, 884, p. 8 e COTTEA, 88 .

    Caros Rbeiro dedco depos os ses esoros no campo dos esdos arqeolgcos compro

    vao da exsnca da espcie hmana no perodo ercr. Esa preocpao, oada priorirano se esprio, ocpo-o a moe, ocorda em 882.

    A comncao apresenada ao Congresso de L isboa (RBERO, 884 consii impoanesnese dos conhecmenos a eno adqridos sobre os concheros do vae do Tejo. Comea porlocalzlos no conexo geogrco da Esremadra porgesa e na rede orogrca regiona emsegida, reere a probaidade da exisnca de oros concheros, bem como o se possve desaparecimeno por casas naras o hmanas na origem, ocpariam ma axa no nerior a 20 kde comprimeno por 5 k de largra Fone do Padre Pedro a prmera azida a ser descra. Nelaapenas oram eas recohas de sperce e sondagens l imadas, qe proporcionaram a recoha de

    () CRBERO (8 1 5 "Arrv Mugm nt r m nformton habtul on mndqua l Cbod Armdomm un lu u rnt d oqull mrn J nontr lu grnd rt, r d oqull mrn l ut d a rhrh trouv 1 Un hlng d un d xtrmtur dhomm 2.mnt t dnt d ln t dutr nmaux Un vrtbr d oon t n dErv4 o Coqull d gnr Cr (rr Murx Bunum Soln (rr utrr t Crdum 5 Qulqu quartt tall d rouv dn dutr lolt Chrbon t ndr D notr qu n obrv ft no ArnrodoRoqut no rfrndo qulqur to d mtrlto o on trro do qu ud no Cbo d rrud

    (8) Crlo Rbro (o t 1 5 dlr a t to, o gunt "Au nombr d rt douvrt rrud, gurnt un grnd quntt d qultt humn J l M F A. Prr d Cot mmbr drtur d notrComon gologqu l on d drr rt humn n lu fournnt tou l lrmnt qu 1 obrvtond ft m vt ugr ur l lu mm "

    ( Rbro Sur l oton gologqu d ouh mon t on du Portugl qu ontnnnt d x talCongr ntmtonl dAnthroolog t dArholog Prhtorqu Bruxl, 182- Comtrndu Bruxl 18 100 -1 04 bd Sur l lx tll douvrt dan l trrn mon t lon du Portugl Congr ntrntonl

    dAntholog t dArholog Prhtorqu

    Bruxl 18 951 00 bd , Qulqu mot ur 1 g d rr

    n Portugl Congr our lvnmnt d Sn Pr 188 Comtrndu Pr, 188 894911 bd hommtrtr n Portugl Congr nttonl dAnthroolog t dArholog Prhtorqu, 91 boa 1880 Comtrndu bo 1884 81 - 118

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    material stelgic human e de mamfers umnantes a pa de diversas espces de fauna malaclgica. r referda a estnca de uma cupa rmana sbrepsta a cnche Segue-se Cabe da Arruda a esta melhr estudada pel autr e a ue mar uantidade de material

    feceu. Depis de descrita (frma dmenses e cmpsi d terren s sucintamente tratadss materiais aruelgcs reclhids tecend vrias cnsideraes sbe s mesms especalmente sbe a pdu ds materas ltics e as cndes de inuma ds esuelets sb s lcaisde habitat

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    nmea para diigir a segunda Cmiss Gelica de Prtuga de paceria cm Carls Ribeirem 857. Muit embra tenha sid seu clega de diec respnsve pela dentica epimeira epla ds cncheis d vae d Tej devese a Peeia da Csta a primeia bra de

    dcada a estas jazidas (COSTA1865 ue tambm a mas antga das mngaas auegcaspubicadas em Prtuga Nela se evdencia a actuai za ds cnheciments d seu autr mdc defrma n dmn da Paeantrpga da segunda metade d scu XX, alis cnmadatrs ans vlvds pr utra mngraa de sua autra dedicada as mnuments megatcs prtugueses (COSTA868 gualmente ntvel para a pca N mbit da presente investiga nAruiv Hstric d GM denticuse manuscrit indit n datad cm leta de Peeia daCsta; tratase de um ar dcument cm ceces m crrespndente ves igna damngaa publ icada eemplar nic d autr ue te eclhd tds s seus escrits e pertencespessais auand da dissen cm Carls Rbeir a ual esteve na rigem da dissu da segunda Cmiss Gegica em nais de 868

    A ba cmea cm uma anise das cndies d depst em ue se acharam s esueetsn Cabe da Arruda referind ente utrs aspects s diverss nves estratigcs identicads e as suas caactersticas. m seguda mencnase a estncia de ds cais semelhantes aCabe da Arruda Prt da Amrera e Fnte d Padre Ped Segund autr estud umicds rests stegics pderia em utras crcunstncas cnduzr a cncluses ps tivas sbe acrnlgia absluta das cupaes; de destacar tal cnsderand ue bem evea a sida fma cientca d autr numa pca anda t incipente ds estuds prhistrics. Na paenal d tet fazse estud descritv e cmpaativ ds ests humans animas e materiaisdetectads n Cabe da Arruda e em utrs cas Assm termna nic estud de Peeira daCsta dedicad a este tema m 868 s reeds desentendiments entre este aut e Carls

    Ribeir levaamn a abandn da investiga na rea da PrHistria Cars Riber aindaue discetamente n deiu de ulterimente einvindica para s a priridade das descbertasbscurecida pela pubca embra ntve de Pereira da Csta a ue tinha als plen

    (I A nli chimic do oo ncontrdo m ntig ultra d dt conhcid fz vr qu t oo rdmtr or cnto d mari onic or clo no ndo orm o intrvlio d ntrrmnto do divro indivdo

    rci vi m rlo grnd duro d clo dcorrido vidnt q nnhuma dna

    tdo d ltro corndo anl d diro oo

    I 3 rt d rimira rfrncia conhcid ao Cabo da Amorira

    14) ai dntndimnto rvtm hoj d contoo muito mal dnido A dicrio d N Dlgdo q crta

    mnt dl tinh conhcimnto m ormnor no lh rmiti quiqur comntrio n bm lbord notci bio-bi

    bliogrca qu blicou d Crlo Ribiro(DELGADO 1 906)

    ovl orm conclir q ttou n origm d

    unto d vid ol d Prir d Cota

    (I 5 Arnta trncrio do txto originl m Andic - Documnto n

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    dret S signcativas a este prpst as seguintes cnsderaes que n deu de pulicarlg que a cas permtiu (RBERO 1 87 1 p. -2 F custa de n puc taah e astantescntrariedades que n an de 1863 e seguntes descrims e zems clligir s nssa ecusiva emedata drec n Cae da da Salvaterra e utrs gares dentr d vale d Tej cm amar parte ds numerss jects de arte humana pr-hstca que em 868 se viam n museu daCmss Gelgica. ( .. e em 864 cmeams ns a redac de um traalh descriptiv d terrenque ent chamvams quateari das acias d Tej e d Sad e d qual em 866 vu a luz pulica primer asccul. Entava n nss prgama cmpetar este estud cm tinhams redgd em1 866 traalh que cnstitui a presente memria. Fms prm rads a suspender este e utrs traahs para cnjuctamente cm utr cega da Cmiss Gegica ns ccuparms principalmented recnecment gegc gera d rein e em seguida crdena ds eements para Relatri sre a arrisa geral d paiz que pucad n pincp de 1 869 Quand cncuamseste traah entendeu gve pr cnveniente dspensar-ns de cntnuar cm s estuds gegi

    cs cand pr esse mtv ntermpda aquella nssa pulca ara se ter uma deia de mptnca das escavaes eectuadas ns cncheirs de Muge pr

    Cars Rieir asta recrdar que ascende a 2 nmer de seputuras pstas a descert nscnchers de Cae da Ada e Mta d Seast (RBERO 884 p. 285 act ent ncpara estaes daquea pca na Eurpa.

    O tm investigadr cm papel reevante na prmera ase ds estuds ds cncheirs de Muge Francsc de aula e Olveira capit de artlharia antrpg e ncinr da Drec dsTraalhs Gegcs de 886 a 1888 an d seu alecment j quand a nsttui se encntrava s a respnsai idade de Nery Degad

    O prmeir estud apresentad pr este autr sre matera stelgc ds cnchers d

    vale d Tej i pulicad nas actas da X Sess ( isa 1 88 d Cngress nteacna deAntrpga e Arquelga r-Histricas (OVERA 1884. O autr pulicu entre utrsaguns ds materais rechds pr Carls Rieir n Cae da Aruda. Das cmparaesantrplgcas eectuadas cm materas de utras estaes eurpeas autr cncluiu que eramanterres a materiais descets em caveas e seputuras megalticas Cncluu ainda pel estud ds sss ngs que Hmem de Muge era de pequena estatura deand para nal a apresenta de dverss instruments em ss e mateia ltic d Cae da Arruda Uma das servaes mais reevantes deste raalh cnsst iu na presena cnjunta de dliccals e raqucas assunt que ra ser ject de pmica entre Mendes Cra e H Valis adante reerda a sdeitivamente encerada pr D.Feremach (FEREMBACH 1 974 a puicar estud detalhad d

    espl antrpgc da Mta d SeastiO traalh atrs reerid de aula e Olvera serviu de ase ra de E Catalhac (CAR-

    / 6) Vr And - Domnto n o 3 Cdo d Cmo d Clo Rbo d /863

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    TAHAC 886 sre tip human prhisric ai presente e seu aumen de estatura destafase para Netic

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    ds "cncheirs de Muge" pr parte ds investigadres e respnsveis da Cmiss Gelgica erganisms ue he sucederam durante a pare da segunda meade d scul XX.

    de destacar alt apre ue mund cienc da pca dispensu a raalh desenvlvi

    d pels aruelgs prtugueses em Muge A prva de tal realidade encnra-se evidenciada na XSess d Cngress neacina de Antrplgia e Aruelgia r-Histricas reunida emisa em Setemr de 88 na ual a discuss ds resultads das eplraes a en efectuadas em Muge cnsiuiu um ds pnts mais imprtantes da Ordem de Traahs Cm efeiimprtava situar s cncheirs de Muge n uadr cultural ds temps pr-histrics en vigenteAssim se cmpreende ue uma das ueses a deaer n Cngress de 1 88 ( c Cmpte-Rendu188 p fsse a seguinte:

    "Cmmen se caractrise lge nlitiue en rugal?Dans les k iekkeneddings de la vales du Tage etc etc"

    Cars Rieir enfatizu prm nas cncluses d traalh pr si apresentad a referid

    Cngress (RBRO1 88 p. 289 ue "On na jamais rencnr dans ces Kekkeeddings lemindre indice de perie ui puisse re attrue pue de leur frmatin" arma ue antecedida pr utra n mens cncludene (idem ibidem: "On na encre truv dans aucun de cesKekkeeddings une seule hache n utre jec analgue en pierre plie ui puisse rappeler ceudes dlmens et des stains huaines ui appartiennen pue nlihiue" d mesm md uen se identicaram animais dmstics ecep feita a agumas mandulas de c.

    stas armaes indicavam c laramene ua pca antenel ica para a frma ds referidscncheirs cuja aceita ainda era psta em dvida pr eminentes memrs d Cngress cm Carail hac (cf Cmpte-Rendu 1 88 p. 289 29. A caa demnstra dauea realidade feitapr Carls Rieir eve vista a cent e vine ans de distncia ua imprncia cientca muimair ue auela ue pca lhe fi cncedida a cnrri d ue viria a vericar-se cm auest d "Hmem Terciri" a ua preencheu arg temp de discuss n cngress pdendcnsiderar-se mesm cm seu tema lcral Cm efei n send palelics nem nelicss cncheirs de Muge deveram ser inegrads numa eapa culural ent ainda n denida maspara cua credita fram testemunhs essenciais

    nm a cuminar esta fase rilhante de aruelgia prtuguesa e em particular d esud dMesltic deve salienarse raalh de F. de aula e Oliveira ue cnstituiu cncisa e em estruturada sntese das principais cncluses cientcas idas pel prpri smadas s alcanadaspels seus antecessres

    2.2 Sculo XXOs principais cncheirs descers n scul XX, na regi de Muge s s seguines

    na margem esuerda da rieira da Fne da Ma de usante para mntante Vale da Fnte daMa e Vae da Fnte da Ma (SANTOS e aI., 199

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    - na ribeira de Magos, foram denticados os seguintes locais (PAO, 938 - margem esquerda da ribeira de jusante ara montane Cabeo dos Mrros, Magos de Baxo

    (desrudo e Cabeo da Barragem (desrudo

    - margem direta da rbeira Magos de Cma (destrudo objecvo incia de A. do Pao era a locazao, no vae da ribeira de Magos, do concero daQuinta Sardina, que entretano se erdera Concluiu que este tonmo coresonda, na verdade,aos conceiros da Cabeo dos Ossos e Cova da Ona situados na margem drea da referda rbeira, que,na oca de Caros Ribeiro, se encontravam no ereo da referida quinta, eno ocuando rea maisextensa (AO, 1938 Anteriormente referiu-se a ossibilidade do eio do Roquee, tonimo referido or Caros Ribeiro, oder ser equivalente dos dois conceiros em causa, suados muito rximos umdo ouro. Conforme decara A. do Pao (PAO,1938, . 6, "O de Cova da Onaencontrase quas tododestrudo, e o seu maera foi aroveitado nas obras de defesa do Pal. O do Cabeo dos Ossos muitorevolvido elas culuras, est quas todo ocuado or anaes de vina.

    odos eses conceros foram ocalzados or Hiio Cabao as resectvas caractersticas,localizao e materiais arqueolgicos recolidos or aquele arquelogo amador de Aenquer, tantoem rdas roseces como atravs de sondagens imtadas, foram aresenadas or Afonso doPao no rabao j referido Em nenum deles se efecuaram trabalos arqueogicos de montaAenas no Cabeo dos Mrros, o nico que escaou destruio que atingiu os restantes (quas semre decorrentes de obras idruicas e de reguarzao do Pal de Magos se encetaram escavaes,em 1 997, que rosseguem, sob direco de um de ns (JM R, contradizendo a nformao deBREI e ZBYSZEWSK ( 1 947, nota que o davam como totamente desaarecdo

    o vae de ribeira de Muge, as nvesigaes incaram-se deois de quarena e cinco anos deinterruo, nos seguintes locais:

    Cabeo da Arruda camanas efectuadas de 1 4/8/33 a 23/8/33 2/8/37 a 1 /9/3729/ 0/64 a

    20/ 1 1 /64 nalmente de 3/ 1 1 65 a 7/1 2/65. As duas rimeras foram reaizadas sob a gide doInsttuto de Antroologia da Faculdade de Cincias do Porto, or incativa e orentao de MendesCorra, com a artciao activa de Rui de Sera Pinto e Santos Jnior e aenas deste timo, aso faecimento do rimero, ocorrido em 1 933 As duas timas camanas na dcada de 60 foramdirigidas or Jean Roce e O. da Veiga Ferrera, com o atrocno dos Servios Geogcos dePoruga

    Cabeo da Amoreira camanas efectuadas de 4/8/30 a 23/8/33 29/9/30 a 2 /1 0/30 (ararearao da visa realizada aquando do Congresso de 93029/7/31 a 2/8/31 7/8/33 a 28/8/33 1/ 1/62 a 23/2/62 2 1/ 10/63 a 1 3/ 1 /63 28/1 0/64 a 20/ 1 1 /64 e or limo3 1/ 1 0/66 a 6/1 1/66 acomo no conceiro do Cabeo da Arruda, anto as camanas realzadas na dcada de 1 930 como as

    efectuadas na dcada de 1 960, foram resectivamene realizadas ela duas equias sura referidas.Moita do Sebasio camanas efectuadas de 4/6/52 a 1 8/6/524/6/53 a 1 4/4/53e or m

    1 2/5/54 a 9/6/54 com o aoio do nsituto de Antroologia da Faculdade de Cincas do Poro e dos

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    Servos Geolgcos de Portugal. A exlorao ntegral do ue restava deste conceiro, arrasado at base, em 1 952 , ouco antes da rimera camana ter ugar, ara nstalao de um comlexo industria de descasue de aroz, fo reaizada or Jean Roce e O. da Vega Ferrera.

    o mbito deste trabao de ndoe essencialmente istoriogrca, no cabe a descro eanlise dos trabaos efectuados nas dcadas de 980 e 990 : cam, deste modo, excludos osconceros de Vale da Fonte da Moa e 2, bem como o concero do Cabeo dos Mrros

    2.2.2 Os trabalhos publicados rimeiro trabalo ubcado no sculo XX sobre os conceiros de Muge da autoria de

    Aurio da Costa Ferreira tratou do material antroogico do Cabeo da Arruda (FERRERA, 90 a, ogo seguido de outro, de contedo idntico (FERRERA, 1 90 b.

    Ambos se referem a caracterstcas negrdes evidenciadas, segundo o autor, or crnio do

    Cabeo da Aruda. Tal como retendeu anterormente Quatrefages, defendeu a ossbiidade de umaraa de Mugem, suortada ea comarao de diversos ndces deste crno com outros encontrados em Muge e noutras estaes euroeias Vercouse, deste modo, a rioridade deste autor reativo a uma das uestes antroogicas ue vira a ser animada e mas amamente debatida, nasdcadas seguintes, sob a gde de A Mendes Corra

    Mendes Corra sem dvida um dos exoentes da Antroologa Fsca da rmeira metade doscuo XX em Portuga: a valia da sua actvidade foi amamente reconecida inteaconamente(CAROSO, 999. Assim, no de admirar ue mutos dos seus trabalos tenam sido dedcadosao estudo do material antroogco recoido nos conceiros do Tejo, j ento um dos conjuntosmesolt cos mais imotantes , a nvel euroeu.

    O ncio dos seus estudos antroogicos sobre Muge reortase a 1 9 1 (CORRA, 9 1. Com

    base no materia consevado nos Servios Geogcos de Potugal discutiu, em rimeiro ugar, a robemtica, das origens neandetalides do Homem de uge, afastando tal itese as umaanise dos asectos antroogicos e cuturais, em ue ela se baseava Segue-se a caracterzaogera dos asectos socias e materais das oulaes mesoltcas do Tejo defendendo ainda a roximidade dos doicocfaos de Muge ao ue cama de R aurignacensis afastando smultaneamente(21) a 1 9 1 7 p 1 76 " . ce qui mefappe e pus, ce nes pas efai d'ai u un negide dans e cne de uda,mais d'ai un pe qui sembe eni ende de I'acuai e dnne un pin d'appui a ieie penin deQuaefages qui uai i dans queques cnes de ns diccphaes msihiques des mens pu a cain dune ehnique spcia a ace de Mugem "

    (22) p 222223. M He emaquai des anis de que/ques exempaies phisiques pugais aec e pe deNandeha (23) p 224 "e cyais bien qu 'n n 'a ence dcue une peue ifuabe de a ansiin de I 'hmme de Nandeha Hom sapiens

    24)p 225229 e saiena a ideia de pecaidade e aas cuua em que deceia a ida desas cmunidades mesicas, duane mui emp defendida p muis inesigades p 226" une eisence pcaie e misabe . .

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    a ipts d iao, qr rtospcvamt ao ipo d Cro-Mnon qr prospctvam aoomm oltico d Bume-Chude avaado com a cosatao da impossbilidad d v asras do ports actal os vsios atropocos dos cociros do To s s abao co

    sit a bas d toda a amtao ica, q iria dsvov sob o assto, os aos 20 30o s tdr, a poplao dos cocros d M itaa m rpo of mdioa ori, ar wt t ot of Tardosa c vi iato (CORRA 9 9 a, p 22 As pciarsdo po mao m casa, domiatmt dolcocfao, jsicaam a dsiao, por si proposa,d Homo fer tnu; os raos cros baqcfalos cotar-sam os mas atos daropa Mios aos volvdos, coiava a dfdr sas das (RRA, 1 95 1 , bm como aprsa d cios baqcfalos, q H Valois (VAOIS,1930 tia posto m casa, atbido-os, ssciam, a dformas psdposicioas A sa fciva xisca m M fo,porm, ao comada po A Aad (ATHAD, 940, com bas m sdo d m criodo Cabo da Arda, orido das scavas d Mds Coa , mais ad rforada por Dmbac (RMBACH,974

    m dfsa da oim aicaa das popas msocas d M dcaa (CORRA,91 9 b ,p 34 : O q idbitvl q als dos pimros abtats da Ibra iham ma ormmridioal, visvlm aficaa, sdo impssivas as rlas r o Capss do or dca amas cvi ias do aoco a do prolico do sdos rop .

    s poto d visa foi matdo m trabalos los, sdo msmo apoado po abaadosatropoos, q, a como Mds Corra, idtcavam, os crios d M, caracrstcasds (HRV, 930 sas, pom, foam apas vocadas por aq, a pa d otras (asralids pimds, assaado icamt a posio sismica ds rpo mao o bocodas raas qatoriais, po oposio s boais (CORRA,1936

    o msmo ao m q HRV (1930 dfd a xistcia d caractrscas rds a

    poplao d M, H Valos (VAOIS , 930 pblco ario q o s corarava a ps,mas ambm a amao d Mds Coa, d o trm aqas qaisq aidads com a aad Cro-Mao, o sa, com m do aropolico op, o qal riam atalmorim, dl fado pa itrat Dsta difa d opis rslo pomca r os dosmts aoploos, vido a ao, com o mpo, a pd para o ado do atopoo acs.Mas a opio d Mds Corra mav-s ialada qas at ao m da sa vida Apas m956, ao sdar cico cos da Moa do Sbastio, xmados as scavas fcadas aql coco por J Roc O da Via ra, acto a probabidad d a poplao cospod podr tars o coo mao d tpo mdio acta, sm cotdo dxar dsalia a cssidad d aprodar tal qso, q o cos do to compltamt solv

    da (CORRA, 956 . Com fto, a p 37 dcara: orriosos admtr q 'Homo tnu Moa do Sbasio, o cosrvat das qqs cas ss caactrs prtfs commai dj mo tdac voiv vrs s Mdtas acs? C'st ypots cofom

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    cll, u ous avos touours admis, du volutio d r Hoo taganus vs s ortuais mods Esta ltima armao capciosa: atrs s rfriu a opiio iicia d Mds Coa ospitat a tal usto, cotaditria com o txto ora tascrito Os trabaos u, ultiomt s fc

    uaam comaram a opiio d H. Vallois, ao apotarm para a xistcia d caractrs protomditros a popuao d Mu, od os idivduos cromaids tambm ocorm, aida usam d mo tamao mais rcis u as formas clssicas do aoltico Suprior acs; mstiostr ambos os morfotipos rfridos compltam o uadro dtctado a Moita do Sbastio, o ico couto at ao pst objcto d dsvolvido studo atropolico (EREMBACH, 974, 35

    o ic io da dcada d 930 covicto das suas idias, Mds Cora dcidiu cta ovasxploas os cociros d Mu, possibiitado a cola d ovos matriais atropolicos,suscptvis d as comar, at poru a pomica com H. Valois, trtato aba, ruria axistcia d mais mlos dados, u s a raliao d scavas podria propocioar Oprimio cico das scavas diriidas por Mds Cora dsroou-s o cociro do Cabo

    da Amorira, o ual tia sido apas objcto d sodas limitadas o sculo XIX Ai s fctuaram as campaas d 4 a 23 d Aosto d 1 930 d 29 d Stmbo a 2 d Outubo do msmoao, d modo aos paicipats do XV Ssso do Cosso Itacioa d Atropoloia dAruooia -isticas, udos m orua (m Stmbro daul ao) podrm aprciar astao m cuso d xplorao: xactamt o msmo procdimto tia sido adoptado po CaosRibio os cocios da Moita do Sbastio do Cabo da Arruda, ciuta aos ats, poocasio da visita dos cossistas da IX Ssso do msmo Cosso, to ruida m isboaTm itss rproduir o pocsso vrbal da visita to fctuada por um rupo d participats,sob oitao d Mds Coa, o dia 1 d Outubo d 930 (/A, 1 93 1 p 3 32 : o Caboda Amoia dtivams loamt, assistido aos tabaos, xamiado os corts fctuados

    as codis do tro, aalisado alumas pas dscobras pouco ats, spciamt umsulto umao, dscobrto pcisamt ssa ma, u o S Dr oauim dos Satos ior,assistt do Istituto d Atopoloia do oro colaboado as scavas, isoara cuidadosamt, cosrvadoo, porm, aida i situ a ocasio da visita( ) Do alto do Cabo ( ) pudam os Cossistas assistir ao mpoat spctculo da lid, por campios a cavalo, duma maada d ado bravo, da ua foi sparada um touro ( . ). m 880 po ocasio da visita dos mmbos do Cosso d isboa a Mu, idtico spctculo foa proporcioado aos corssistas dto ( ) Ao aoitcr, o rupo xcursioista votou paa Satam, atado o Hot Ctal codo dpois a isboa, sob a mais rata imprsso dsta joada al do Corsso O cadro d campo d Mds Cora (lta do pprio) assiala, com fito, ss dia as suitsdscobtas, u a tra s trascvm, at para s auilatar da uaidad dos spctivos is

    tos Em dOutbro passa/s camada proda/do 5troo d / comous a mdia/do5too d H /a mdia do 5too/d KSuspdus/a scavao d AB,/6troo d u fata acama-da proda/Cca das 3 oras/ aparcu a mio da/lia d spaao/tr o 5troo

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    deH e o de H a40 cm de podi- dade um esqeleo dmado masculiocom o cio acu-ado (pos-moremem decbio laealcom o doso paa a cabea caida paaras os pspara os membros po-damee ecidos osoelhos a 20cm dohombro ese coqis efooaas ! Tabahouse dae pae dessa ade e em 2o iso ameo e exaco do esq e

    leo o qal foiviso pelos coressisasqe visia-am Me comioa ade de sebemapaecero ado direio doidviduo o cr-io a c\avicaa omopaa o hme-o o adio ecubi-o a roua o e-m a ibia (paridaem 2 poas o calc-eo os ossos do pmias veebras e cose-las um pedao doiliaco!Os coessisasque vieam comio em foramBoePiard muher e lhoMiss ileyicoaesc Vayso de Pa-dee e mhe Si-reReyasse alhayPies (=Pres Sares) Valois e mlher Relii Beoi evaram quasi o-dosalus micr-lios ossos co-chas qariesec!de AB e ! cuioso veicar que a picade deixa disposio dos visiaes a ecoha dos maerais aqeoicos que dese modo seriaivivel recperar paa esudo foi aeriormee observada o Coesso de 1 880 o que hoje emdia paece cr icve faia pare por cero dos padres ormais da poca

    o ao seuie ( 1 93 as escavaes efectuaramse ere 29 de ho e 2 de Aoso depoisee 7 e 28 de Aoso de 933 e amee em Aoso e Seembo de 1 937 mas eo apeaso cocheiro do Cabeo da Aruda (CORRA 95 1 Ts cadeos de campo a qe m de s eveacesso (C adquirdos aquado da veda da biblioeca de Medes Corra a dcada de 960 eque acuamee ieram o espio deixado pelo Douo O da Veia erreira: m de 930 ouode 930- 1 93 1 - 933 o limo de 937 mosam que ao Rui de Serpa Pio (a 1 933 ao do sefalecimeo como R dos Saos or paiciparam acivamee as escavaes edo mesmoassumido a oieao dos rabalhos de campo

    Os primeiros resulados de ais rabahos foram apeseados em 1 93 (COA 1 933a a jrefeida XV Sesso do Coesso Ieacioa de Aropoloia e Aqueoloia P-Hisrcasreuida em Coimba e o Poro meio sculo volvido sobe a daa da clebre IX Sesso ocoida em

    isboa Referem-se ao cocheiro do Cabeo da Amoreira Apeseam-se as cicas de escavaouiliadas a descio esairca dos cores a alise smia da aua malacolica e maalica e a do maeial lico e sseo a pate a e em esposa s eses de H Valois o Ao expeesumidamee a sua eoia sobre o taganus refeido-se aida a coovsia eaivamee possvel exiscia de braquicfalos em Mue

    m ovo artio (COA933b iiuado es raios prhisoiques (cofecia proerida a scola de Atropoloia de Pars em Abril de 93 1 deiu desevolvidamee o seu aferaganus que quao s ories que o que espeia ao seu esauo Por ouras palavras as doutr-

    (5 p 5 7"Parm e Kenmeddnger de Mge ceu de abe da mrera a ch . . puqe e cheheur

    anreure n aaen ra que de dage r m . . . (6 Mende rra um defer da era da "a capene" a qua e cadunaa cm a ua cncepe arpgca qua rgen d "hmem de Muge" p.1 - refere: "e eaheu cape e eu ucceeu ae eardeen . e pu au mn fun aee e men qu e aaen uccd pace. "

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    as d dol arqoca, to dfddas por arqloos spahs acss, sdo as qastra havdo ca ortacaa o ppaloltcoMsotco pslar tham a toraatopolca d Mds Corra o s atral cotrapoto, cormados mtamt atramt

    j to hava arqloos q, basados m otros armtos assm o psavam D tr ospslars, dstacas Ma Hlo As xporas q fcto a ro d Ro Maor prmtramh vrcar, os scssvos cojtos dstrias do aloltco Spror al dtcados, a asca das rfrdas cas acaas as qas, porm, s ram vocadas plos q as dfdam parafass ctras mas tardas q as al dtcadas por Ma Hl. Assmdos, o paoarqolco, opostor d Mds Corra, M Hlo procro aprovtars das spostas dsssto cradas tr aql HVaos para, sm das prcocbdasCARDOSO 1999) tambm pod car scavas os cochros d M m 1 932 1933 dpos d o primro a tr comado os trabalhos ( 930/ 93 1 ) com o armto d o Ms tolco por s drdo, ada o possr matras stratvos dssa poca ara o stdo do matra atropolco q vss a rcolhr ra

    propsto d M Hlo covdar o prpro H .Vao s o q fo to dramt crtcado poratroploos portss CARDOSO 999) O ploo dsta ttatva d M Ho m froriar otrabaho d Mds Corra, fo dado plo prpro Vallos, ao drir ma carta ao vsado, q st pblco dsdramatado as dvrcas xstts tr ambos c Trabahos da Socdad otsad Atropoloa tooa, 6 () p 5557. Com fto, m trabalho pbcado poco dposCORRA, 936) sboas ma aproxmao das sas das s dfddas por Vallos, ao msmotmpo q parc modcars a opo atrormt xprssa qato s oris cltras capsss

    das popas d M mbora rra q raa cltra o s sobrpm obratoramtOs cotrbtos d Mds Corra stdrams caractrao arqoca da ro vo

    vt dos cochros as Actas do Corsso d r rotohstra, trado a sr d

    Corssos do Mdo orts ralados m 940 pbco ma vso d cojto sobr as lt mas dscobrtas ftas a marm sqrda do Tjo CORRA, 1940) Rlatvamt aos cochrosd otca d m cro braqcfao dscobrto o Cabo da Arrda, o qa vha sdo o

    (7 MHELENO (1 94 494 rme claramee seu de sa a ese s "N esad acual da cca ra de acear a rgem acaa d grmaldese de R Ma E rque ele a base d ardesese de Muge(Rbaej de se ecram as ssadas d Homo Tagan cclurems almee que as recees esgaes aurzam a rgem acaa desa dsra aes aam ala eurea ds sss mas rems aeassads

    () . . Val/s .. aeas deu a c/assca de algus caraceres (em semre urmemee classcads elsaures e a errea de algus resulads geras sed rm esa deca mas aaee d que real " e masadae 5 " Qua la s des dlchchales de Mugem . les deeces ere s e la mee mearasse e grade are (qqe as e al ue qes de ms

    (9 5/ " a s da rgem d ((Hm agaus que ceemee algus aures cm Vaurey e sbreudLaure ulges se maesam cra a dura de Breul Obermae Bsch e da ascedca casese afrcaada culura ardesese cm a que se ecra s cchers de Muge "

    (3 O referd cr f ublcad r ed h ade (THE 194 6765 I)

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    aor, provar de forma icoesvel a exiscia de braqicfalos, lerormee cormada. Daida ocia de sodaem efecada por Hipl io Cabao (AO, 938) o cocheiro do Cabeo dosMorros (ribeira de Maos) orm, a pare mais ieressae dese rabaho corespode discsso

    da ierao clra e respeciva croooia das idsrias de base macrolica, execadas sobreseixos de qarzio exisees em esaes das imediaes dos cocheiros mbora recohecedo ocarcer iqesioavelmee paeoico de almas dessas esaes como o Cabeo da Miaode praico as primeiras escavaes efecadas em oral ma esao de ar livre da pocapaleolica a ipooia am da dos picos asrieses de almas peas recohidas sperciemereceramlhe jdiciosas cosideraes, cosideradoas pspaleoicas. sava sem o saber aocar ma das mais discidas e coroversas qeses aida hoje o compeamee esclarecida:a qeso do esao e croooia das idsrias vlarmee desiadas por laedoceses

    cohecimeo aropolico das popaes mesolicas de Me ieresso oro ivesiador de reome, o rofessor de Aaomia da acldade de Medicia de Lisboa, M. B. BarbosaSeiro. Os ses coribos ceraramse em qeses aamicas especcas. o caso de aiodaado de 1924 (SIRO,924), dedicado ao esdo do braco oecrio do hmero, baseado emexempares de vrios cocheiros Maeve esreios coacos com Medes Cora omeadameearavs de coespodcia, com ieresse a pomica qe aqee maeve com Valois

    Daa de 1934 esdo sobre m sacro hmao do Cabeo da Arrda ao qal se scede, omesmo ao, m oro, ode apresea a alise exasiva, ao ve das medidas, descrio e comparaes ere diversos exempares (SIRO, 1 934a, 934b)

    Aida a mesma dcada, pbico em coaora esdo sobre a plaicemia das ibas (SUIRO& RNANDS, 933), o apresedo, porm coclses deiivas sobre o asso.

    A derradeira coribio dese aor, pblicada mios aos depois versa sobreaeopaoloia com base em observaes feia em diversas madblas (SUIRO & O,

    1959). Traa-se de ieressae corbo para a recosiio da vida daqeas poplaes prhisricas. As observaes sobre as hipoplasias e desase exisees o maeria examiado foramrelacioadas com o ipo de reime al imear

    Aledo Ahayde foi oro aropoo qe se dedico ao esdo dos resos hmaos de Me.eecee eqipa de Medes Corra, pbl ico dois arios sobre a referida emica primeiro,

    (1 p 124, fzeme efecia a mei echid p Cba e F Cadee bem cm a agum eiee Mueupgic d P " .. . cchei d Cb d M i idice ei eud d dge i fei . . faqui de ie, ccaeiam mici apezidi, um igu icee cm um epcie depedcu ea um ci huma, . aguma quaie cad, .. e esqueic huma . . fua maacgica e e. p au ce pigmeu apezidai peque mi e ce d qaie n (2 p.2 7: . . cfme pii de Bue mime de ppu e opu madibua ,impica, que egime imea ea mi egeaia d que ca qu a m d egime egeia, dee cecee ,. imea cm maic .O g de eia, que budaim mic, eim cemee ma c gdea deemi dege dei .. "

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    a q j atiormt s fz rfcia (ATHADE 1940) vsa sobr 5 sqtos dois do Caboda Amorra ts do Cabo da Auda, dstacas a dtcao d m co braqicfalorforado dst modo a opio d Mds Cora por oposio d Vallo s vdo aida m dfsa do primro o q rspta xistcia do m afer aganus. st msmo ao, H Vallois(VAOIS 1 940) pbico ovo cotrbto q aida mas vidciava a falta d ssttabiidadcitca dos tabalhos dos ss opositors

    O sdo aio d A Athad (ATHADE, 1 950) cosst a compovao d als aspctos do atio atrior Aps als mas apodada cocl q o crio 2 do Cabo daArrda j por si ats frido, possa dc cflco sprior ao to calclado forado dstmodo as sas caractstcas baqicfalas

    Atroploo fracs d rom Hr Valos ddco dois atios, j fridos (VAOIS 930 1 940) ao sdo do matial d M o sdo dos ctados trabahos, rsm os ss cohcimtos opis ators a sabr dolicocfala do Homm d M orim do tipoatopolico do pors actal ixstcia d braqicfaos dsvolvmtos difrcadosao v dos mmbos sprors fios mro d sqtos masclos fmios aproximadamt ia spraa mdia d vida stada t os 20 os 40 aos A parir dstas costatas pocro sitar o mem de Muge tr as popas msolticas da Eropa rximoOrit, rpardas por 5 rup a orim das poplas d M lacioarsia com os comao oitax A trmia dclao a impossbi idad d Mds Corra m comprovar a satora, da oim africaa o, ao mos, qatora da poplao d M, plo smpls facto do s cohcrm lmtos m s apoio

    Ri d Srpa ito, falcdo m 933 com apas 25 aos, foi sm dvda o prcipal pi lar dMds Corr a, o rico das scavas os cochiros d M o ao d 930 A Ht dBaclar oalvs, a s spito dcaa: fo ma prsoadad q marco prodamt arao aqloica com q pivo da qal sobssa plos ss dots d itlicia rad

    (33 maera eudado provenene da ecavae reazada em Muge durane o ano 3 em 4 campanhaeafram rechd cerca de u 2 equee em cada um d concher end a echa fea a parr dee conjuno

    (34 p6 3 -6 4 : "Un eamen mnueu de u ce pcmen mnre q'en ra eur brachcphae n 'e qu 'une cnquence de a dfrmaon

    (35 p 64 -6 5 "Un aure caracre e e dveppemen reade a jambe par rappr a cue e urou de 'avanbra par rappr au bra "

    (36) p 6 7-6 "Le preme e e pe bachycphae d'Ofne e deume e pe dochmocphae de Tvec erome . e pe dochcphae dOfne Le pe dochcphae de Mugem e quarme L e cnqume groupe

    e pe dchcphae naen "

    (37 p 622-623: "fau en parcue oer comme ou-grupe ndpendan I 'enembe de Hmme de Bo Lauch embe-apee (c'e dre e ro-Magnn orenau Lefa eene c e que c 'e u e nom e e de ro-Magnoncaque qu!'apparene au Homme de Mugem "

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    cltra ( dsd mito jovm maisto ma prdilco spcial plas cicias hmaas mpaticar pa arqoloia (OAVS 986.

    O ao da sa omao como assistt d Cicias oicas da acldad d Cicias do

    orto m 930, coicid com o icio da campaha d scavas o cochiro do Cabo daAmorira dir iida por Mds Corra Mas os aazrs dst o lh prmitiam acompahar prmatmt os trabalhos d campo razo pla qal oram Srpa ito Satos Jior pocaassistts d Atropoloia d Mds Corra qm diriiram ctivamt m atcia ostrabalhos m M tr 4 23 d Aosto daq a

    oo o ao sit Srpa ito ddico dois trabahos aos rsltados das scavas ctadas o Cabo da Amorira (ITO 93 1 a 93 b o primiro trata d modo sittico daaa malacoica matra l tic

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    mas pxma a ogem o sex uma mna exstente ente o Caegao e Alenue, amtno apossbae e este se obto atavs e tocas comecas Fnalmente amtu ue a cuaena auso o sex osse a pncpal causa a utenslagem tca se e tpo mcoltc, hpteseue, hoe, se agua apenas com nteesse hstco, como outas apesentaas neste estuo. Deveeese, a popsto, ue muto antes, Caos Rbeo tnha egstao a ausnca e sex, comomatapma, nos locas os concheos, . . et ue pou obten, homme a te oblg e passe le age o e e ecevo pa e tac avec es tbus autes contes(RIERO, 884, p. 28 284, stuanoas na ego e Santo Anto o oa e e Runa; tatase, ana, e scusso emto ntca apesentaa po Sepa Pnto cnuenta anos epos mas ue C Rbeo levou masonge e facto, peocupouse gualmente com a fonte e abastecmento as pauetas e aentono, apovetaas paa o esmagamento e coantes e outos poutos, ue locazou no JusscoSupeo a ego e Aua os Vnhos, tambm na magem eta o eo

    Sepa Pnto temnou a sua seguna contbuo sobe o Cabeo a Amoea com uma anlsetpolgca e ts nceos, e uma beve eenca ao matea e tpo coltco, concluno, comooutos na sua poca, pelas ogens capsenses a nsta ltca e Muge seu tmo tabalho(O, 192 , vesa a nsta tca o concheo o Cabeo a Amoea, obectvo anunca o no seguno estuo e 1 9 A anse o mateal lt co levao a vlo em nstrumentos etocaos e nstumentos sem etoue, cto ue se poe consea novao paa a poca (aaptao e Ptta Em elao ao pmeo gupo, conseou ts tpos tngulos, tapzos e mnascom entahes. estante mateal o vo em 5 gupos mnas, pontas, ascas, ncleos ecstas Manteve pontos e vsta anteoes, elaconano a nsta ltca e Muge com oCapsense De um ponto e vsta mas gea etm ana nteesse os conseanos sobe a ae epaeoecologa o concheo o Cabeo a Amoea ue apesentou, baseaos em bons aos e te

    eno, obtos seguno metoologa cuaosa, bem evencaa no pomeno os os e campoe Sepa Pnto eatvos aos anos e 1 90 e 1 9 , tansctos na ntega em apnce (Documentosn 4 e 5 A este popsto, e efe ue, anteomente, Menes Coa hava apesentao naXV Sesso (Pas, 9 1 o Congesso nteacona e Antopologa e e Aueologa PHstcas (CORRA,9, vesos conseanos a ta popsto, cua essnca tem nteesseexa egstaa. Assm, a meno eena e cotas o concheo o Cabeo a Aua elatvamente

    44 No qufoi guido po pa Pinto PNTO / 9b p220 puttr dan l couch miocn d anto nto doToa/ ou d Runa t Oa aui dan / couch miocn d nin d argado lnqur

    4 p22 nou boon la dcription d toi pic qui pmtnt d igna/r pou l Capin mai nt dan un aut not a pnt la t ich outillag microlithiqu capin "222

    46 p54 qu iiam tal pa adno

    47 GONVE / 986 p2 2/ 225 publicou um tto indito d rpa Pinto m an qu muito mlhant ao artigo m apo v no 8

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    ao nvel de base loca, epesentado pela rbeira de Muge, face s coas do Cabeo da Amoreia,evaam o auor a admi a maor anigudade deste tmo; em abono desa concuso invocou tambm argumenos aqueozoogcos e aqueogicos Assm, ecordou a frequncia crescene de

    yiis eduis, nos concheiros das Asras, dos nveis mas anigos paa os mais modeos, saientando a ausncia desta espce no Cabeo da Amoreira, ao conrio do vercado no Cabeo daAruda. Tambm a presena, no prmeiro, de espcies de guas mais salgadas e quentes que as actais seria indco da maor antigudade deste conchero. o caso de Naica hebraea, de caractesicas macadamene mediterrneas. Esta concuso, do ponto de vista aqueolgico, seria suportadapela exrema raridade de tapzios no Cabeo da Amoreira, contastando com a sua abundnca noCabeo da Arruda Este ipo de observaes so reomadas por Serpa Pno (PITO, 92 Assim,no Cabeo da Amorera A pesena de pnas de Geasius angeri, que oe s aparece noAlgare, faz supo um cl ma mas quente P 50. Po outo lado, notou a cescente substtiode robicuaria pana dos etos mais prondos paa os mas supecas Porm, as considean

    dos, nvocados paa acetar a maio aniguidade do Cabeo da Amoea, no tveam, at ao presente, conrmao claa no quado das daaes peo adiocarbono ealzadas Com efeto, esas evdenciam consideves sobeposies, para am da sua escassez e dos elevados intervaos deincerteza que as afectam (ARNAUD, 987. Ao nvel da organizao espaca da ocupao doCabeo da Amorea, tm tambm ineesse as obseraes de Sepa Pino (PITO 1 92, p. 5 1 , eaivas ao pocesso de fomao dos prpios concheros no caso, o Cabeo da AmoeiaOs coresefectados na encosa oena do Cabeo por duas agas incheiras (ea expoada 450m, tendosido peneados 600m de dertos mosram que havia vros aes ( foyes, acumuando os esosde aimentao em montes mameonares num pequeno espao duane a exisnca da esao,eunidos pouco a pouco num s de grandes dmenses que recobe o cabeo natura As camadasapesentam-se assim onduadas, acompanhando o evo destas montureias com alguas dis

    cordncias.IIOuto aquelogo que se dedicou ao estudo do Meso ico de uge foi Afonso do Pao. Tatouse essencialmene, de um compiado de eementos carreados peos divesos inves igadoes que aneriomene se dedcaram aos esudo das coespondentes estaes

    Os dois prmeos arigos (PAO, 192, 94 coespondem a resenas biblogrcas sobecada um dos concheios a eno conecdos Mais arde (PAO, 98, noiciou, como aneiormene se referu, para alm de dvesos concheros, encontados por Hpio Cabao, a tenaivafeia po ese paa eenconta o conchero da Qunta da Sardnha, corespondendo, segundo oppo, aos conceos do Cabeo dos Ossos e da Cova da Ona, na margem dreia da ibeira deMagos. Como j ars se disse, l cio, com base em cadeo de campo de Carlos Rbero, de 86

    48 au evela s seus ppsis ciecs desde piei aig que dedica a ese ass (PAO 1 9 p9 : n que espeia a Palelic e Epipalelic pugus ppuse cligi s elees bibligcs que a segui v eque ceand halssence s lev a as Kjekkedings de Muge

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    (ver Apndce, Documeno n 3), denica a Quina da Sadina como o concero do Aeiro doRoquee, e, dese modo, com os dois conceios denicados suposamene po H da osa aao,a ova da Ona e o aeo dos Ossos. Anda na era de agos, A do Pao d cona de sondagens efectuadas por Hiplo aao no conceiro do aeo dos oros, indicando sumriameneos aeriais exumados, am de referncas reves aos ouros conceos desa ieira. Nese aalo aordou a queso da elao enre as ndsias asurienses, de ase maco ca e as de pomcroco , que caacerzam os conceos J em pare aneio dese esudo se efeu esa queso(ORRA, 1 90). A. do Pao, a al popsio, admiu (PAO, 938 , p 1 3) que as indsras dease macolca de uge e agos no so sincrncas do esoco daqueas ocadades Esasndsrias, excepuando-se as vedadeias peas paeoicas, que po vezes sugem nos conceos,de forma reoada, devem acualmene ser nscrias no mo das indsras ditas ( fala de melordesgnao) anguedocenses do vale do Tejo

    A pesena de HBeul em Poruga duane 7 meses, ene Arl de 9 e nais de 92,

    e o convvo e colaorao diria com Geoges Zyszewski, eno neressado no esudo doQuaerio do axo Tejo, poencou o esudo, enre muos ouos por amos efecuados, dascoeces esoicas conseradas nos Serios Geogcos de Poruga, nsiuio a que o segundo peenca desde aneio de 90 aava-se de maeiais na sua essnca anda ndios, eunidospo aros Rero, Ney Delgado e Paula e Oiveia (BREIL & ZBYSZEWS,97) povenienes dos conceros do aeo da Arruda, oia do Seasio, Aeo do Roquee (os auoesconside-ram ainda o conceo da ova da Ona) Na pae nroduria, adme-se correspondnciaene o conceiro do aeo dos oos, na margem esqueda da eia de agos e o conceo doAero do Roquee, ouora assinalado po aros Reio a qua, quano a ns, no susenvelpela razes ars exposas. Os auores defendem que os conceros no seiam os locas de

    aao aqueles dsrui-se-ia peas vznanas mediaas deses, enconrando-se ainda podescor corespondeam, a simples depoors ul zados amm como necrpoes Esa opinovem assim conrariar no apenas as dos auores anerioes, mas ainda odos os que, ulerormene, sededicaram a esa queso, com excepo de ANTES & NA ( 99 993) Oua quesoimpoane que aodaram a da pesena da macouenslagem soe seixos de quazo (op. ci.,p 5) y a auss un assez gand nome dos volumineux amnags sommaemen pou sei eun oul age l ique peu aondane, comprenan de ares gaes ai ls e des clas de quarze appelan e anguedocen Vericase, dese modo, a coexisnca de sexos afeoados e de lascascom o nsrumena microco, assnalada aneromene (RIBERO, 188 ORRA, 90PAO, 1 938), o que nada em de esrano ou especial, vso amos os grupos coirem acivdades

    9 no bo dos Moos nonou ons d msos ossos d nms um no guns ossos umnos, m o d sx u mos pods sndo ndss no do po d Mug

    Bu/ m uo go pubdo muo ns don d su pm vs Poug BREU 9 8 ns do s ndss s d Mug omo /o dnosnss, ms pxms do Poo u do Noo

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    ns dfrnciadas inrnts a utidian das rspctivas cmunidads. Enm, cnjunt dautnslagm, d caractrstcas ncas a nvl urpu, justcu a cra d trm Mugins", prpst pls aurs, ua, prm, n tv cninuadrs dpis d Jan Rch (ROCE, 95 ,

    p 55 G Zyszwski , aps a partda d .Brui d Pruga, n Oun d 1 942, n mas dixu d

    s nrssar pla Arulga , m spca p sud d Paltc Infrr Mdi mPrtugal, d ual s taria um ds spcialstas mais prss Em strita liga ntr aArulgia a sua actvidad cm glg palng ds rvs Ggics d Prtugal,dsnvvu suds sr as faunas rcupradas m stas pr-hisricas Nst paricular, avulta raalh ddicad a stud ds mamfrs rchds n cnchr da Mia d asti(ZBYZEWK, 1 956) , nas scavas ai dirgidas pr JRch O. da Viga Frrira m 952 195

    O. da Viga Frrira, para am da ntnsa activdad cm arug ns cnchrs d Mug,

    adian caractrzada m prmnr, tv amm imprtan pap n nuadramnt palcgic pacnmic ds msms Assm, m cmpmn d sud d G Zyszwski, aprsntu fauna malacgca, cruscs pixs rcuprads nas msmas campanas fctuadas naul cnchir (FERREIRA, 1 956) Es stud pssu vad inrss, pr cnruir para cnhcimnt d ua part imprtant da as aimntar dstas ppuas msicas, a msmmp u fc imprtants ndicas acrca da palcgia das massas d gua crcundants,pdnd cnsdrar-s vrdadramnt nvadr n panrama arugc prtugus da pca. Oautr cncluu u cnunt da fauna malaclgca msra u, pca, as mars suam mas alu acuamnt, cm as m spcs d mar salinidad; pr utr lad, apiad na prsnad atica hebraea (assnaada pr R rpa Pnt M.Crra n Ca da Amrra, sgund

    drmnas d ANr admitiu carctr mais unt das guas d nt, fac tmprauraactual, tamm cmpatv cm um caranguj, Gelaimu tangeri an na Mta d asi,cm n Ca da Arruda Ai havia sid assnaad pr R. d rpa Pin (PINTO, 1 92) u,salinu as caractrsticas mridinais da sua dstriu ggrca actual, m virud da mpratura da gua d mar sr mais lvada Enm, fi assinaad um fragmnt d placa d Sepia ocinali spci at n dscnhcda ns cnchirs d Mug u, na pca a rfra mairsaindad das guas da rgi.

    O ntrss pl rinc ds studs ds cnchrs d Mug, dnunciad pl sud d Brul G Zyszwski, tv cntnuidad m Jan Rch A sua vinda a Pruga dvu-s incatva d Padr Brgunux (c ROCE, 95 1 p. 1 59), n prfssr n Insttut Calic d

    5) cone de l Phoe P UF P 988 (d L.- ouhan) no mnon emo(5) N culdde gu do m n m l pouco ulp l nc de X ddo ogem mu de bxlndde muo eo equed po v d pce encond no concheo de Mug.

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    Toulou o qual pouco ant havia ido co-auto d ua important monogaa or vtradomocnco do ardo d Li oa. Acolhido codialmnt m Poruga Mnd Corra plh d

    mdiato dipoio "non umnt colction d Inttut dAthropologi d Poto maaui l pan l cahir d foul t m ouvnir pronnl d travaux rali" CORRA 95 p. 9. D tudo rutou pquna monogaa pulcada o a gd do Cnto d Etudo dEtnooga Pninular digdo por Mnd Corra or a ndtia ltica a xumada na cava po t timo diigida no concho do Cao da Amoria ROCHE 95 . Porm comoum d n tv oportnidad d vica M.R. foi apna tdada part do matrial diponvdpotado na Faculdad d Cncia do Porto Como conclu nca do rfrido tdo od tr a guint:

    - xtnca no nvi ma antigo d pa arcaizant d tpoogia paoltca qu o autoracionou com o contacto ntr o haitant do conchro a popua do maciocalcrio trmnho ond a primia aatciam d lx

    - voluo tcnica tpolgica da ndtra conttndo o conjunto xumado no nv mdioo trmo intmdio d um continuum prntado no xtmo plo conjunto do nvlprondo do nvl upior prova dt vouo iam a prcntagn d microurmp ccnt ao ongo da quncia tratigrca

    - prna m todo o nvi d quartzo quarzito cuja voluo tipolgica h parcu vidnt trata- d aca utiizada ta qua ou rtocada na ua maioa aimivi a"trancht" "aclor" "grattoi";

    - o tudo tipolgico comparativo da ndtria pnt no conchro do Cao daAmorra Cao da Aruda Moita do Satio lvou o auto concuo d r aqulantor a t "pncipalmnt n aon d laondanc d form tapzodal" muito

    caa no primio Eta concuo vinha am m apoio do parcr do invtigadoqu antiomnt tinham aordado ta quto Mnd Corra Srpa Pinto Bul Zyzwki tamm com a m agumnto d ordm arquozoogica gomorfolgica j antrormnt xpoto ma at ao prnt no conado plo radiocaono

    - po ltimo ntrant notar qu Jan Roch ignorou por complto a quto da vntua anidad ntr a indtria do Cao da Amorra a ua ptna homoga notacana Capn to cara ao u patrono portugu Ao contrio a ua comparancami-nham- para o udot anc m mno grau para a go vantna amando dt modo patidrio d Brui qu cdo rconhcu trata- d uma ndtia azilotardnoin BREUIL 9 8 tndo crado ma tard o trmo "Mugin" como ant

    friu am lando-a ao conjunto da indtria auvtrrn tardnoin BRUL &ZBYSZEWSK947. Tamm nt partcuar Roch manifta d acodo com Bruil;na concluo do u taaho dclaa:"Lindutr d ama coquil ir d Mug fom unnm oigina qui aurat p t appl d Mugin" ROCHE 95 p 55 .

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    Este imeo cotuto e Roche est a ogem as escavaes o si oetaas e o O.aVeiga Feeia, logo o ao segie aela uicao o cocheio a Moia o Seastio soa gie o Isito e Atooogia a Uivesae o Poo e sotaas aceamete elo

    Ceo e Estuos e Etoogia Pesula (amas as istties igias o Mees Coa)como o o Jea Roche eclaou mais ae (ROCHE, 958) . A causa xima esta iiciaivaaece esi o acia aasameto este cocheo, em Ail e 952 , o m actoescavao,com o iio e sala amazs e escasue e ecoha e aoz. Em 4 e jho e 952, tveamico os aalhos Po icumcia o Exmo Po Doto Mees Coa, Pesiee o Cetoe Estos e Eologa Peisula, e com a coaoao os Servos eolgcos a Dieco oExmo Seho Eg D Atio Castel o Baco, fomos ecaegaos e eaiza escavaes o ueesava e m os maioes cocheios a Riea e Mge (ROCHE & FEREIRA, 1957, 26--262) Os esulaos a meia camaha e escavaes o cocheio a Moia o Seasio,foam icaos o mesmo ao (ROCHE, 1952). Em cuta oa, o auto saieta, o citos

    iolgicos (omica e azios), aeozoogicos e geomofolgicos, a maio moeaeeste cocheio face ao cocheo o Caeo a Amoeia, o ue o ea oviae, visto oosautoes, ic luio o io, a eem assiaao O ue e facto eevate, a efeca a os e caaa e a fossas culiias, tamm ivocaas aa sulha a mao moeiae aele cocheio La costucio soge es fos e caaes ests a serve es couillagesmote ue ogaisato i, aie ouilage e tye taeoisie evolu, oe ceoeemoeig cachet ls cet e cel u Caeo a Amoeia (ROCHE, 952, . 1 49). a meia vez ue se faz efecia s fossas escavaas o semeto a ase o cocheio, ieetaas como sios e amazeameo e mouscos. O ao estava, o eao, coscee amortcia ue eia a ealzao e uma aao asouta elo moo o aiocaoo, cuja aicao sisemica Aueologa esava eo a a os ses imeios assos Cete atatioaoreai lemet ciex ou a chooogie histoue Eoe Occietal etMioale ( idem ibidem) Com efeio em 957, lcou a meia aao asola e maestao histca otguesa, o cocheo a Moia o Seasto com ase em amostas emaea icaoiaa ecohias a zoa ceal a estao, eviaas ao Ceo e Estuoscleaes e Sacay, eo sio a iae esectiva estmaa em 7350+-350 aos BP (ROCHE, 957a, 1 958a) Esa aao coesoa ocuao mas atga o cocheo Etetato, havalicao vesos aigos, oic iao os esultaos oios as sucessivas camahas e escavaescouzias o eio cocheio em aceia com O a Veiga Feeia, mas s o s assiaas(ROCHE, 1954a, 1954) o aa soe os mtoos e escavao utlizaos (ROCHE,953).

    Em 957, Roche uico aia ois outos esos, aa alm o efeo O seguo(ROCHE, 1957) coesoe a eaise os mateiais aeogicos ecolhos o sco XIX ococheio a Moia o Seasto, j aes esaos (BREUI L & ZBYSZEWSKI, 947). A usticao aeseaa aa tal foi a a ecessiae e agrua os maeias ticos a goes

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    typoogique an de aci liter dvenuee comparaion ave c le rie provenant de oui lercente( p305) Dize ainda que a impeza de bom nmero de pea cobeta de uma cota cacria proporcionou nova obervae que paaam depecebida ao eu anteceoe.

    Depoi de te agrpado tipogicamene a indtria de ex de quartzio (onde incui denticuadoobre eixo e obe laca rapadore deniculado obre aca e laca impemente uiizada) eea para alm de um grupo de divero apreentou a conclue deacou a abundncia depea ea a quai indicariam tendo preente a ecaez evidenciada na campanha de 1 952 953 e 1 954 taae de um conunto eleccionado o qua no obane permiiu concluir que mai rute e meno variado que o eu homlogo do Cabeo da Auda ambo em indico deinuncia neotica O eceio tabalho datado de 1 95 dedicado etratigraa obervada noconcheio de Muge endo um do ao cua auoria paihada (ROCHE & FERRERA 95)Com eeio nenhuma da pubicae do uceivo arqueogo que a ento ali tabalharamazia meno etratigraa Aim o prncipal interee deta noa oi o de dar a conhece a equn

    cia geral denida na tr campanha eecuada no concheiro da Moita do Sebaio (952 a 1954)e a auna correlativa; quanto ao concheiro do Cabeo da Amoreira e do Cabeo da Auda aobervae imiaam-e ao antigo coe expoto pea ecavae de epecivamente MendeCorraSerpa intoSano Jnio; Carlo Ribeio; e aua e Oliveira. A etatigraa decria detemodo muito groeia No que repeita ao contedo aunico (moluco mamero ave peixeptei e crceo) inventaiado eparadamente para cada concheio deacam o autoe umavez mai a peena no Cabeo da Amoeira de concha de Naica hebraea que parecem conerirhe uma maio aniguidade ( ) em reao ao ouo concheio da Ribeira de Muge(p 265) correpondeam a gua mai quene que a actuai . Tambm o caranguejo Geasims angeri preene no Cabeo da Amoreira no Cabeo da Arrda e na Moia do Sebatio cooboaria

    eta concluo emboa em menor gau vito o autore decararem com bae no conjunto da aunarecolhida no imo condie climica ma ou meno idnica da poca actual. Na verdadetaa-e de conideando j apeentado aneriormente por um do auore (FERREIRA 1956).aio impotncia m a indicae que a auna aquica oece quanto ento maior ainidadeda gua adjacente ete apecto j ainalado po C. Ribeiro (EIRO 884) oi agora peciado com eeio e aquee auor indica Via Franca de Xia como o limite mximo a montanteatingido actualmente pea gua aobra ROCHE e FERREIRA 1 95 reeem aquele limite emVaada de Ribateo apena cerca de 8 k a uane do concheio de Muge Aim endo al dincia poderia ci lmente er percorida po coectoe ai ediado. No entanto deve atender-e aoaco de na poca de ormao do concheiro o mar e ituar cerca de 1 0 a 20 m abaixo do nvelactual correpondene a uma rpida ubida ante vericada vio etimar-e que e encontaia acerca de 30m h 8000 ano B (DIAS 985 D IAS RODRIGUES & MAGAHES 99). Deemodo a penetao de gua agada ar-e-ia muio mai para monante do que actualmente podendo aingir a zona do concheiro ao ongo do vale ento mai ecavado po e encontrarem muio

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    menos assoreados tanto o do Teo omo os dos seus auentes aterais entre os quais a rera deMue.

    No ano seunte pulou-se um primeiro ontriuto sore a indstra reolda nas expo

    raes no oneiro da Mota dos Seastio (ROCE 958 . Duas armaes que onstam doreferdo traao mereem porm oreo. Assim quando delara "J ai eu alement oasondy eetuer quatre ampanes de 1 952 a 95 5" omte O. da Vea Fereira na verdade o arqueloo que no tereno efetivamente aompanou e diriu assduamente os traaos reaizados osquais no aararam o ano de 1 95 5 : na verdade efetuaram-se ampanas em 952 1 95 e 1 954omo o prpro Roe onrmou em traalho uteror (ROCE 960 p 2. A anse dosinstrumentos de sex reolhidos pemitue reforar as suas anterores onluses aquando doestudo dos materiais do Caeo da Amorera (ROCE 95 1 tal omo ento nada houve que esuersse quaquer andade om as indstras mas ou menos oevas do Note de fria Ao ontrrio "Cette rapide revue de outllae miroithique de Mota do Seastio fat aussi ressotr 1eontraste qui exste entre pipaloltique dAfrque du Nord et 1es ndustries de Mue"(ROCE1 958 p 5 -6. Estava deste modo dentivamente aredada da nomenatura arqueoa aveha desnao de "Capso-Tardenoisense" to do arado de eminentes arqueloos pennsularesinvoados por Mendes Coa na proura de oter rdto para a oriem do Homo afer aganus.Ais paree siniativo o seu aandono ainda que mitado (CORRA 1 956 pela teoria quedefendeu quase desde o nio da sua areira ienta depos de oneidos os resultados doestudo do materia lt o do Caeo da Amoreira ( 1 95 1 . Outra onluso impotante do estudo deJean Rohe de 958 (ROCE 958 a de admitr uma orem auttone para a utura mesoltia de Mue anda que tenha reistado diferenas ao nvel da tipoloa da utensilaem entre osoneiros do Caeo da Amoreira e da Moita do Seastio. Aquee traalho anteedeu a importante monoraa dediada ao oneiro em questo (ROCE 1 960 na qua tas onuses so

    retomadas e desenvovdas. No ano anterior pulao desta Rohe no dexou de olaorarno voume de o-menaem a Mendes Corra puliando os oetos de adoo at ento reoidos no Caeo da Amorera Moita do Seastio e Caeo da Arruda (ROCE 1 959 Na Motado Seasto fo possvel reonstituir a poso de tais eementos de adoo no opo dos inumados interando olares raeetes ou peitorais onstitudos por onas. De entre os pendentesmereem destaque dos dentes de sirendeos tamm orundos daquee onheiro um dees possundo ao nvel da ra trs inises onntrias por eto util zados omo "pendeoques". A presena de sepulturas onde os numados pareem ter sido oertos de ore deu luar admisso deerimoniais ompexos ao menos na Moita dos Seastio onde as esavaes permtiram evdeniar tais proedimentos rtuais

    A monoraa dediada ao onheiro da Mota do Seastio (ROCE 960 onstituiu O estudo mais ompleto sore uma estao meso tia at oje pulado em Potual A ora ina-seom uma resenha istria aera dos traalos efeuados nos oneros do vale do Teo. Em

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    seguda pocedeu-se anlse do mateial exumado ltco sseo de ado e dvesos. A ntepetao dos esultados ocupa o nal deste captulo Os dois captulos seguntes tatam dos aspectossocias destas comuidades Antes das concuses apesetase captulo efeente faua maa

    colgca e teeste o ual coespode a aspectos discutidos em anteoes tabalhos po mapesentam-se os dados elatvos s dataes de 4. as concluses destacam-se os seguntesaspectos

    as iuncias das cultuas epipaleotcas maounas no Mesoltico do vale do Teo O autonegou tal possibldade ecoendo a agumentao ue esboaa no seu estudo de 1 95 1 eefoaa no de 1 958 (Roche 95 958b e deit vo Les diences sont appantessutout en ce ui concee a pate de outlage O se manifeste e pogs technue: lesamatues Cette compaason pend tout so elief si on sat ue la thse de ogine capsene est base su les sm itudes ue on a cu constate dans les out ils de ce goupe des deuxcts du dtoit de Gibalta. (ROCHE 96 p 38 Estas dfeenas baseavamse em

    aspectos de cacte tpolgco e tambm nas dstintas pecentagens dos tipos compaveispesentes nas duas eas geogcas cosdeadasefedo-se dstbuo geogca mitada do Capsense lmitada ao continete acanoecoda em aboo da oigem loca da cultua mesoltca de Muge como outros autoes anteioes a pesena a apenas 3 km de dstca de un mpotant foye cultuel dans la gion compise ete Rio Mao et Toes Vedas o exste de nombeux gisements datant duPalolithiue Supeu et peut-te du Msothue. O sat de faon peu ps certane ue lesiex uts Muge povent de l. I est ot possible ue les habitants de nos tros concheossoet venus de cette go ou tout au mos aient enteteu des appots costants avec ellepou les ncessts de eu coome OCHE 96 p. 14 Fo pois Roche o pieio a

    demonsta o s a ogem ocal do Mesoltco do vae do Teo mas mais ainda a popo-lheuma povenicia especca na Estemadua ocdental potuguesa poposta ue estudos ecentespaecem corroboa aliceados em dataes absolutas ao tempo desconhecidasa anlse dos aspectos elaconados com o habtat e a ogaizao socal ocupam a ltimapate das concluses da monogaa em apeo O auto efeu a existnca de estutuas deplanta semiccula coepondentes a pa-vetos identcadas na base do cocheio edefendeu a pesena em cada momento de ocupao do s tio de um nmeo estito de habi-

    53 eplo da eaae odgda pelo aor referdo da ege forma: ElIe e pare peu abodae e maee be la mdo aaale des haba d geme p85)

    54 No pmero do do apulo referdo o raada a erra de haba deeada pelo a ao de buao

    de poe foas ha e de amazeameo "barro de abaa e era de poe 97 114) O egudo deeaplo dedado s era de ao e repeo aerro 1 l 5 133)

    5 Ee reformlado a a edo 1 97 a qual l daae pelo adoarboo ereao ealzada dede a pblao da 1 edo 96)

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    tantes habitando de cada vez apenas uma cabana O seu escasso nmeo no dispensaa contudo a existnca de fossas de amazenamento de almentos (como paecem suge as conchas com ambas as vavas consevadas e po ab A humldade do uotidiano destas popu

    aes no deve se conndida com ataso soca ou cultual: contaiando a evidnca maisimediata declaou I seat mpudent de conclue ue es habtants du concheio taient dessauvages mdocement dous en se basant unuement su es estes matiels ue e tempsa bien voulu nous asse cote (ROC 1960 p 142

    uante as dcadas de 60 e 70 Roche continuou a pubica aigos vios sobe este tema osuas podemos divd i em ts gupos:

    atgos ue tatam mateas e estatigaas decoentes dos tabalhos ealizados po esteauto aguns dees elatvos s escavaes efecuadas nos concheos do Cabeo da Auda edo Cabeo da Amoeia na dcada de 60.

    2 anlses de mateais colectados antes dos anos 50 ou de tabalhos de campo eectuados

    peos seus antecessoes; tata-se de aigos de macado pendo hstoogco 3 ntegao dos concheos do vale do Teo no contexto do ppaeolti coMesotico euopeu;

    coespondem a atgos de sntese de conhecimentos po vees imitados a um detemnadoaspecto especco da eaidade aueolgica

    nte os exempos do pimeio gupo destaca-se a nota sobe a estatigaa do Cabeo daAmoea (ROC 964/1 965 denida ao longo de um cote com 25m de compmento executado na campanha de 962 constitudo po 39 nveis numa potnca ue no excede 320 m. a baseos depstos apesentamse hoizontais assentes nas aeas uateias; na pae mda o pendodaueles vaia de 5 a 20 decescendo em altua o conjunto detrtico do cento paa a peifea pom no topo exibem onduaes sucedendo-se uma teaplenagem dos depsitos anteiomente acu

    mulados an de pemette une instalation plus coode ui semble contnue su tout e gsement(ROC 1 9641 965 p. 1 3 ste estudo tem o inteesse de demonsta o cacte habitaciona doconcheio do Cabeo da Amoea ais evidencado na Mota do Sebasto peo ppo eetando em dentivo a hiptese de tas locais coespondeem somente a necpoles e zonas de despeo de detitos apesentada anteiomente po BRUIL & ZBYSZWSI (1947 ais ao aepio daopno uase unnme desde o inco das expoaes. m 967 pubcou-se nova contibuiosobe o mesmo assunto eatva aos esultados da tima campanha de escavaes nauee concheio(ROC 967a Tatase da descio de um coe efectuado pependiculamente ao pubicadocom um compimento de 1 540 m e uma potnca mda de 240 m executado tansvesamente aoconcheio e na sua pae centa Foam identicadas duas ses estatgcas pesue ndpen

    dentes une de aute (ROCH 1 967a p 244 mas coelacionveis com os ts gandes peodosde ocupao do concheio anteiomente denidos; deste modo a nota em causa apenas contibuiupaa efoa as concluses da leita estatigca efectuada atam anda dauee ano um art-

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    go reato estratgraa do onhero do Cabeo da Arrda obserada no derso das esaaesde 96 e 965 (ROCE 1967b e otro de arter gera sobre as esaaes eetadas nasdadas de 1950 e 1960 nos trs onheros mas mportantes da rbera de Mge em o-atora

    (ROCE & ERREIRA 1967 nndo pantas esemtas das reas esaadas em ada mdees mas sem eementos de pormenor desgnadamente desenhos dos eseetos emados a erdade desonhea-se at mto reentemente a estna de tas eementos taez mesmo desonhedos de J Rohe e jamas os menona: porm m de ns (JL enontro no espo ento de O da Vega errera onado para estdo pea Em ama nos adeos de ampo e emdersas pantas a proa de e tas eantamentos de pormenor no s estam mas eram da atora de O da Vega errera sstematamente prejdado na partpao das pbaes porJRohe (CARDOSO 999

    A araterzao teno-tpoga das ndstras das oees mesotas de Mge rendaspeos antgos eporadores do so XX oram obeto de m estdo de onjnto por parte de Jean

    Rohe (ROCE 967 o a aompanho a pbao dos materas reperados por s bemomo das respetas estratgraas do Cabeo da Amorera (ROCE 1 966a; 967a do Cabeo daArrda (ROCE 1967b e da Mota do Sebasto (ROCE 972) o anda a de noos ontrbtosoneentes respeta ronooga absota (ROCE & DELBRAS 1965; ROCE & ERRE 973 e orrespondem a artgos pertenentes ao prmero grpo temto onsderado Otmo dos reerdos artgos assaz mportante om eeto baseados nas das dataes entodspones para ada m dos trs onheros mas mportantes da rbera de Mge os atores on1ram e a sa opao o smtnea porm om no sessamente na Mota doSebasto depos no Cabeo da Amorera e namente no Cabeo da Arrda Esta onso ontraro dentamente o pressposto de ser o Cabeo da Amorera o mas antgo dos trs omoat ento se admta om base em argmentos anstos e tpogos Por otro ado as dataesabsotas mostraam e a opao mesot a na rego de Mge tat n phnomne tard ao sans tre apparmment nen par des apports aohtones Cet soment pet seperpar n ontete gographe trs parter (ROCE & ERREIRA 973 p 73 Estas onses podem onsderarse anda gobamente hoje das ta omo a da oestna doMesoto do ae do Teo om o eoto Antgo do mao aro estremenho omo se dedzde dataes entretanto pbadas (CARDOSO CARRER & ERREIRA 996; om eeto osnes mas eeados do Cabeo da Amorera e do Cabeo da Arrda so oeos de etapas aanadas do eo to patentes tanto no tora omo no nteror do Pas

    O segndo grpo temto de artgos pbados por J Rohe na dada de 60 enontrase representado por dos ontrbtos de arter hstorogro (ROCE 1 965a 1 966b e por m artgo

    de reso de materas antgos reerdo (ROCE 967Enm o terero dos grpos temtos onsttdo por artgos de sntese o de ndoe mas

    gera ntegrando aspetos de arter tra e rta omo as araterstas sepras dent

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    cadas em um contexto alargado contempando tambm a cronologia absouta a estratigraa a paeoecologia as bases de subsistncia e a organiao do espaoitens que suportaram a apresentaode numerosos contributos por vees articuados com realidades homlogas observadas em diversas

    regies europeias (RCHE9 95b 95c 972 97 974a 974b 975 97a 97b 97c 980a 980b 98 985a 985b 98). Estes trabahos frequentemente pubicados emrevistas inteacionais ou em actas de reunies de nomeada constituem muitas vees snteses de trabalhos anteriores mais pormenoriados ou de mbito mais restrito sem dvida reforaram a armao das estaes em apreo de entre as mais importantes no seu gnero a nvel europeu nisso prestando Jean Roche um meritrio servio ao Pas que durante tantos anos o acolheu e lhe concedeuos necessrios apoios ao desenvolvimento dos seus trabalhos tanto de campo como de gabinete.este contexto repete-se desempenhou papel incontove . da Veiga Ferreira porm o contributo que se he ca a dever encontra-se onge do que transparece da sua bib liograa. De sua estritaautoria am do estudo da fauna do concheiro da Moita do Sebastio com excepo dos mamferos atrs citado (FERRERA 95) apenas pubicou estudo dedicado s cermicas neoticas

    encontradas na parte superior dos concheiros de Muge (FERRERA 974). A anl ise dos fragmentos conservados no Museu do nstituto eolgico e Mineiro em Lisboa indicam inquestionavelmente o eol tico Antigo Evoucionado com numerosos paraeos em exempares oriundos degrutas naturais estremenhas como a de Fuinha Peniche (DELAD 884) o Abrigo rande dasBocas Rio Maior (CARRERA 994) e a grta do Correio-Mor Loures (CARDS CARRERA& FERRERA 99). s materiais provm dos concheiros da Moita do Sebastio da Cova da nae do Cabeo da Amoreira os ltimos guardados no exnstituto de Antropoogia da Facudade deCincias do Porto oriundos das escavaes ai dirigidas por Mendes Corra Este autor peremptrio quanto origem supercial de tais materiais (CRRA 94 p 7 sep.) Apareceram agunsfragmentos cermicos mas que sem dvida se podem considerar provenientes de intruses ulte

    riores so porm de notar um vaso grosseiro sem decorao de fabrico manual com aspectoneotico e dois agmentos com mamios perrados . . . desenho destes agmentos (CRE952 g ) mostra que se trata de uma taa em caote i sa de bordo sem espessamento um fragmento de colher e uma pega com perrao vertica l fragmentos que tanto poderiam ser do eot icoAntigo como mais recentes. ambm R. de Serpa Pinto se refere a este recipiente (P 92 p . 49) Falta competamente a cermica (apenas se encontrou um vaso hemisfrico numa sepulturasupercial . . . .

    este sentido apontam tambm as indicaes de Caros Ribeiro j antes referidas ao saientarque nenhum fragmento cermico se recolheu nas escavaes por si promovidas nos concheiros daregio (RBER 884). Por outro lado a meno a cermica na camada pronda do concheiro do

    Cabeo da Amoreira por Roche (RCHE 95 p 5 ) explicase por m interpretao doprprio na verdade tais fragmentos so de barro de revestimento coido por efeito de um incndio no se conrmando deste modo a importncia que o autor ento lhes conferiu

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    Outra vertete dos estudos dos materiais dos cocheros de Muge e de Magos a daAtropologa Fs ca . Porm esa emtica o fa pare deste trabalho l imitado alise hisoriogrca das escavaes dos cocheiros das rberas de Muge e de Magos e esudo dos maeriais

    arueogcos respectvos. Actuamete observase retoma do ieresse do esudo dos cocheirostato de erreo como de laboratro uma perspectva itegrada cojugado elemetos de atureadiversa: atropolgica geolgica arueooolgca paeobotica bioumica e croolgicareectido ovas perspectvas de aproximao realdade maera paee as otves estaesmesolticas cuja hisria das vesigaes arueolgicas se acabou de traar a prova ue o seuesudo se ecotra loge de esgotado subhado a relevcia de Muge o cotexto do mesolticoeuropeu ode com as suas cerca de 300 iumaes costiui o couto errio mais importateat ao presete cohecido.

    BBLGRAFA

    ANTUES MT. UNHA A.S ( 992/ 993)

    Volncia uas mo ntr os bons slvagns Mug

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    ORR

    A A A MENDES ( 9 )-

    popos s caractrs infiurs quqs crns phistoriqs uPortgal Arho d Antom Anthpolog sboa. 33) 22 -23

    ORRA A A MENDES ( 9 9a) Oigins o th Portugus Amrn Joul Physl A nthrpolo2(2) 45

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    CORRA, A A MEDES (933b) Les migaions phistores Le tmognage spia de la nnsulebriue Rvu Anthropologqu as 3 (/9) 2-292

    CORA, A. A. MEDES (l 93b) ovos elementos paa a onologia dos onheros de Mge Ans Fcul Scncs o Porto orto 8 (3) 5-59

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  • 7/24/2019 2000 Prospeces e escavaes nos Concheiros Mesolticos de Muge e