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8/13/2019 2009_[bolivar] mário schenberg e richard feynman- por que realmente não se ensina e não se pesquisa física no … http://slidepdf.com/reader/full/2009bolivar-mario-schenberg-e-richard-feynman-por-que-realmente-nao-se 1/21  Mário Schenberg e Richard Feynman: realmente se ensina e se pesquisa Física no Brasil? A. . Boli!ar   Instituto Mário Schenberg de Física-Matemática-Filosofia  """.marioschenberg.mat.br  #$ de abril de %&&$'  Resumo Em 1963, na Primeira Conferência Interamericana sobre Ensino de Física (  First Inter-  American Conference on Physics Education) , realizada na cidade do Rio de Janeiro, Ricard Fe!nman disc"ti" o #roblema do ensino de Física na $m%rica &atina' a ocasi)o, a#onto" al*"mas mazelas instit"cionais, tal como a estr"t"ra b"rocratizante das "ni+ersidades, "e im#edem o s"r*imento e o desen+ol+imento de físicos criati+os no sistema ed"cacional brasileiro' o #resente arti*o, a#resentamos a trad"-)o desse trabalo de Fe!nman, #"blicado na Engineering and Science, .ol' //.II, ##01032, no+embro de 1963, como tamb%m fazemos "ma cone)o com as id%ias de 45rio cenber*, "e a#areceram ori*inalmente em 197, sobre a mentalidade científica brasileira (4' cenber*, Forma-)o da mentalidade científica, Estudos Avançados 1(8 1991, ##'130181'  ossa contrib"i-)o consiste na at"aliza-)o das +is:es de cenber* e Fe!nman' Es#ecificamente, constamos "e ainda n)o se ensina e nem se #es"isa Física no ;rasil' <essa triste concl"s)o, tecemos al*"ns coment5rios s"*erindo al*"mas m"dan-as a serem introd"zidas na mentalidade científica brasileira a fim de "e a criati+idade aflore na #es"isa e no ensino realizados no País'  

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Mário Schenberg e Richard Feynman: realmente se

ensina e se pesquisa Física no Brasil?

A. . Boli!ar

   Instituto Mário Schenberg de Física-Matemática-Filosofia

  """.marioschenberg.mat.br

  #$ de abril de %&&$'

 Resumo

Em 1963, na Primeira Conferência Interamericana sobre Ensino de Física ( First Inter- American Conference on Physics Education), realizada na cidade do Rio de Janeiro, RicardFe!nman disc"ti" o #roblema do ensino de Física na $m%rica &atina' a ocasi)o, a#onto" al*"masmazelas instit"cionais, tal como a estr"t"ra b"rocratizante das "ni+ersidades, "e im#edem os"r*imento e o desen+ol+imento de físicos criati+os no sistema ed"cacional brasileiro' o #resentearti*o, a#resentamos a trad"-)o desse trabalo de Fe!nman, #"blicado na Engineering and Science,.ol' //.II, ##01032, no+embro de 1963, como tamb%m fazemos "ma cone)o com as id%ias de45rio cenber*, "e a#areceram ori*inalmente em 197, sobre a mentalidade científica brasileira(4' cenber*, Forma-)o da mentalidade científica, Estudos Avançados 1(8 1991, ##'130181'

 ossa contrib"i-)o consiste na at"aliza-)o das +is:es de cenber* e Fe!nman' Es#ecificamente,constamos "e ainda n)o se ensina e nem se #es"isa Física no ;rasil' <essa triste concl"s)o,tecemos al*"ns coment5rios s"*erindo al*"mas m"dan-as a serem introd"zidas na mentalidadecientífica brasileira a fim de "e a criati+idade aflore na #es"isa e no ensino realizados no País'

 

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(. A )ss*ncia da Física

 

=alile", <escartes, &eibniz, e>ton, ;oltzmann, Einstein, Planc?, @eisenber*, Pa"li, ;or,;orn, <irac, e tantos o"tros, nos re+elaram facetas da essência da Física, "al seAa, a criati+idadecientífica em "e a ima*ina-)o criadora *"ia a descoberta científica em dire-)o B com#reens)o dosfenmenos físicos da at"reza' Como conseDência desse #rocesso criati+o, conceitos científicos,tais como o de es#a-o, tem#o, mat%ria e #robabilidade, emer*em em Física Cl5ssica, Física"ntica e Física Relati+ística, dotando a Ciência de "ma +i*orosa e ri*orosa estr"t"ra teGricaca#az de inter#retar e tamb%m de modificar o m"ndo'

H lado l"minoso da Física Aaz nas id%ias #rolíficas sobre o #a#el das matem5ticas nasciências' H lado obsc"ro % "e a 4atem5tica n)o % t)o abstrata e #"ra como a#arece aos in*ên"os'

Em certo sentido, somente com base nas id%ias de =alile" e Einstein foi #ossí+el tanto odesen+ol+imento do m"ndo mara+iloso da tecnolo*ia moderna, como tamb%m a fabrica-)o e olan-amento de bombas atmicas no Ja#)o, #or eem#lo'

4as concentremo0nos na +ertente rel"zente da Física a fim de nos lan-armos, em #rimeiraa#roima-)o, B obra científica do físico brasileiro 45rio cenber*00 tamb%m conecido como45rio cnber*'

 

((. +er,il cientí,ico de Mário Schenberg: criati!idade em !e- de

produti!idade 

Entre s"a #rimeira #"blica-)o internacional em 1936, com anos, e s"a ltima #"blica-)oem 19KK, aos 63 anos, cnber* #"blico" cerca de 92 arti*os científicos nas 5reas da FísicaCl5ssica, da Física "ntica, da Leoria da Relati+idade Es#ecial e =eral, como tamb%m da Física04atem5tica (5l*ebras de =rassmann a#licadas a fenmenos físicos, #or eem#lo'

 a Il Nuovo Cimento, cnber* #"blico" 3 arti*os entre os anos de 1936 e 198K, #eríodoem "e esta re+ista de Física detina "m *rande #restí*io na com"nidade de físicos e"ro#%iaM

1 Sull! intera"ione degli elettroni #1$%&)'  ( echanism of the loss of energy *y collisions in a material medium #1$+1)'

  % Sur la theorie des ,ertur*ations en mecaniue uantiue #I). S,ectrus discontinus #1$+1)'

  / Sur la theorie des ,ertur*ations en mecaniue uantiue #II). S,ectrus continus et mi0tes#1$+1)'

  + Physical a,,lications of the resolvent o,erators #I). n the mathematical formalism of Feynman!s theory of the ,ositron #1$+1)'

  & n the general theory of dam,ing in uantum mechanics #1$+1)'

  2 3he theory of ioni"ation and the emission of Ceren4ov radiation #1$+()'

  5 Ioni"ation loss at relativistic energies and ,olari"ation effects #1$+()'

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  $ Ioni"ation at relativistic energies and ,olari"ation effects #1$+() Ncom 4' @"!brectsO'

  16 Possi*le e0am,le of a ne7 mode of disintegration of the neutral meson #1$+%) Ncom '=oldsac? e =' .ander*eOQ

  11 A,,lication of second uanti"ation methods to the classical statistical mechanics I #1$+()'

  1( A,,lication of second uanti"ation methods to the classical statistical mechanics II #1$+%)'  1% 8enerali"ation of the uantum mechanics #1$+%)'

  1/ A general theory of the second uanti"ation methods #1$+%)'

  1+ 8enerali"ation of the classical field formalism *y means of functional #1$+%)'

  1& A statistical generali"ation of the uantum mechanics I #1$+%)'

  12 A non-linear generali"ation of the Schr9dinger and :irac euations I #1$+/)'

  15 A non-linear generali"ation of the Schr9dinger and :irac euations II #1$+/)'

  1$ n the hydrodynamical model of the uantum mechanics #1$+/)'  (6 Sim,le solutions of the generali"ed Schr9dinger euations #1$+/)'

  (1 Sim,le solutions of the generali"ed Schr9dinger and :irac euations #1$+/)'

  (( ;orte0 motions of the adelung fluid #1$++)'

  (% <uantum 4inematics and geometry #1$+2)

 a  Physical =evie7, "ando esta #"blica-)o come-a+a a se des#ontar como "ma das maisinfl"entes re+istas científicas do s%c"lo //, cnber* #"blico" 11 arti*os entre 192 e 197M

  1 Possi*le role of neutrinos in stellar evolution #1$/6 Ncom =' =amo>OQ  ( =ay selection rules and the meson theory #1$%$)'

  % Possi*le role of neutrinos in stellar evolution #1$/6)'

  / Angular momenta of gravitational fields #1$/1)'

  + n the theory of integer s,in mesons #1$/1)'

  6' Neutrino theory of stellar colla,se #1$/1 Ncom =' =amo>OQ

  2 3he electron!s self energy #1$/+)'

  7' 3he radiation field of the ,oint electron #1$/+ Ncom J' &eite &o#esOQ

  $ Classical theory of the ,oint electron #1$/+)'

  16 <uantum theory of the ,oint electron #1$/5)'

  11 Elimination of divergence in the meson theory #1$/5)'

 a Physica, re+ista olandesa de certo #restí*io internacional, #"blico" dois arti*osM

  1 =elativistic commutation rules in the uantum theory of fields I #1$%5)'

1 =elativistic commutation rules in the uantum theory of fields II #1$%5)

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 a Astro,hysical >ournal--com o *anador do Prêmio obel de 1973, ' Candrase?ar, #or se"sest"dos sobre a estr"t"ra e e+ol"-)o das estrelas00 #"blico" cnber*, em 19, o arti*oM n the

 Evolution of the main seuence stars'

 a  Nature, "m arti*o +isando ao *rande #blico +eio a l"me no ano de 199, escrito A"ntamente com 4' Cos!ns, C' C' <il>ort e =' HccialiniM :ou*le stars 7ith relativistic ,articles

 from cosmic rays' a  =endiconti della = Acad Na" :ei ?incei, foram #"blicados 3 arti*os sobre física0

matem5ticaM

  1 Sulla fun"ione di :irac I #1$%2)'

  ( Sulla fun"ione di :irac I #1$%2)'

  % So,ra una clase di eua"oni fun"ionali #1$%2)

Em o"tras re+istas e"ro#%ias, como a italiana  =icerca Scientifica, #"blico"0se "m arti*osobre radia-)o cGsmicaM Processi molti,licative della radia"oni c@smica nell!atmosfera #1$%5)Q nafrancesa Com,tes =endus Academie de Sciences #Paris) o arti*o Euation relativistes du ,remierordre en mecaniue uantiue #1$%$)Q na o"tra francesa >ournal de Physiue et le =adium. =eglesrelativistes de commutation dans la theorie uantiue des cham,s #1$/6) $o #asso "e na re+ista

 bel*a  Academie =oyale de Belgiue #Bulletin de la Classe de Sciences)  a#areceram dois arti*ossobre a resol"-)o da e"a-)o de FredolmM

1 Sur ?a methode d!interation de iarda et BDc4ner ,our la resolution de l!euation de Fredholm I #1$+1)'

  ( Sur ?a methode d!interation de iarda et BDc4ner ,our la resolution de l!euation de

 Fredholm II #1$+()Por fim, na Acta Physica Austriaca foi #"blicado 3ime and mass in relativity #1$2%)

Com "m arti*o con+idado <uantum theory and geometry, cnber* #artici#o" do  a0 Planc4 Festschrift   em 1987, ao #asso "e no  International Conference of Physics, em Sie+,contrib"i" com "m arti*o sobre a etens)o do #rincí#io de ecl"s)o de Pa"liM n a su,er e0clusion

 ,rinci,le #1$+$)' J5 nos Proceedings of the International Conference on Elementary Particles, emS!oto, no Ja#)o, o arti*o intit"lado n the geometric nature of the electric charge and isos,in#1$&+) foi a#resentado' os Proceedings of the Physical Society a#arece" a #"blica-)o conA"ntaM3he decay and ca,ture of -mesons in ,hotogra,hic emulsions Ncom 4' Cos!ns,C' C' <il>ort e ='

P' ' HccialiniO'

Em re+istas brasileiras e s"l0americanas, cnber* de#osito" a confian-a de "ase 82T des"a #"blica-)o científica' Lal+ez #or s"a +is)o in*ên"a de "e seria #ossí+el fazer des#ontar na$m%rica &atina "ma física "e #"desse ombrear aos *randes centros da E"ro#a e dos EU$' os

 Anais da Academia Brasileira de Cincias, cnber* #"blico"M

  1 So*re uma com,onente ultra mole da radiaço c@smica #1$%$)'

  ( EuaçGes inhomogneas de movimento em mecHnica uHntica #1$%$)'

  % So*re a e0istncia de mono,olos magnticos #1$%$)'

  / EuaçGes relativistas de movimento de ,rimeira ordem em mecHnica uHntica #1$%$)'

  8'So*re uma com,onente ultra mole da radiaço c@smica I #1$%$) Ncom =' HccialiniOQ

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  & rigem da com,onente dura da radiço c@smica #1$/6)'

  2 S o*re a euaço dos dieltricos reais #1$/6) Ncom $bra)o de 4oraisOQ

  7' So*re uma com,onente ultra mole da radiaço c@smica II #1$/6) Ncom =' HccialiniOQ

  $ n the theory of multi,licative sho7ers #1$/6)'

16 PrincJ,ios de uma teoria das funçGes de 8reen I #1$/1)'

11 So*re uma e0tenso do cKlculo es,inorial I #1$/1)'

1( So*re uma e0tenso do cKlculo es,inorial II #1$/%)'

1% So*re o invariante integral de Cartan #1$//)'

1/ So*re um ,rincJ,io variacional da dinHmica I #1$//)'

1+ 3eoria do eltron ,untiforme #1$//)'

1& So*re um ,rincJ,io variacional da dinHmica II #1$/+'

12 A Lself-energyM do eltron #1$/+)'

17' CondiçGes ,ara a e0istncia do ,otencial I #1$/+) Ncom V' cDtzerOQ

19' CondiçGes ,ara a e0istncia do ,otencial II #1$/+) Ncom V' cDtzerOQ

(6 Estados de energia negativa do eltron #1$/&)'

(1 So*re a teoria do eltron ,untiforme #1$/&)'

(( <uantum theory of the ,oint electron #1$/&)'

(%Classical theory of charged ,oint ,articles 7ith di,ole moments #1$/2) Ncom C' &attes e

V' cDterOQ

(/ <uantum theory of the ,oint electron IIa #1$/5)'

(+ <uantum theory of the ,oint electron II* #1$/5)'

(& n the 8rassmann and Clifford alge*ras I #1$+&)'

(2 <uantum mechanics and geometry I #1$+2)'

(5 <uantum mechanics and geometry II #1$+5)'

($ <uantum mechanics and geometry III #1$+5)'

%6 <uantum mechanics and geometry I; #1$+5)'

%1 <uantum mechanics and geometry ; #1$+5)'

%( Formal series and distri*utions #1$+$ Ncom Carmen &' R' ;ra*aOQ

%% n the 8rassmann and Clifford alge*ras II #1$&6)'

 a re+ista Summa Brasiliensis athematicaeM

  Classical theory of the ,oint electron I #1$/&)'

Classical theory of the ,oint electron II #1$/&)'

en"anto na Summa Brasiliensis Physicae. 3he amiltonian formalism of relativistic dynamics#1$/2) a =evista Brasileira de FJsica (oAe, Bra"ilian >ournal of Physics.

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 #ara a no+as *era-:es de físicos' Este em#reendimento, #retendemos realizar em f"t"ras #"blica-:es, tendo como base a recente #"blica-)o de s"a obra científica #ela Editora da UP'

(((. Feynman

Ricard Fe!nman (19170197700 *anador do Prêmio obel de Física em 1968, A"ntamentecom in0Itiro Lomona*a (19260019K9 e J"lian c>in*er (191700199, #or se"s trabalosf"ndamentais em eletrodinmica "ntica tendo #rof"ndas conseDências #ara a física das

 #artíc"las elementaresX#asso" o ano de 1981 em licen-a sab5tica #es"isando no Centro ;rasileirode Pes"isas Físicas (C;PF, no Rio de Janeiro, a con+ite de Jos% &eite &o#es, "m dos f"ndadoresdesse instit"to de #es"isa em 199'

Em 1963, Ricard Fe!nman arrolo" al*"mas raz:es #or "e % im#ortante ensinar Física'<entre elas, destaco" "e

Yuma das ra"Ges ,or ue ensinar Cincia gerar cientistas ue no a,enas contri*uam ,ara odesenvolvimento da indUstria mas tam*m contri*uam ,ara o desenvolvimento do conhecimento

alegrando outros nesta grande aventura dos nossos tem,osZ(Fe!nman'Com base nisso, o dia*nGstico de Fe!nman foi de "e na $m%rica &atina (no ;rasil, em es#ecíficon)o se ensina+a Física'

(. A decoreba:

Fe!nman a#onta a decoreba como a #rinci#al ca"sa "e des+irt"a a finalidade do ensino dasCiências no sistema ed"cacional brasileiro' <ecoreba si*nifica, sim#lesmente, o fato de o al"noest"dar #ara fazer #ro+as' Faz m"ito tem#o "e o +estib"lar % o símbolo da decoreba' [ f5cil

constatar "e tanto escolas #blicas "anto #artic"lares, como tamb%m os camados Ycursinhos de ,r-vesti*ularT, s)o es#ecializados em transmitir t5ticas e macetes destinados a facilitar o in*ressode al"nos nas "ni+ersidades'

Um +ez na "ni+ersidade, o est"dante % obri*ado a s"bmeter0se a +5rios +estib"lares internosa fim de #assar em "ma miríade de disci#linas est%reis (Física I, II, III e I.Q C5lc"lo I, II e III, etc'Para termos "ma id%ia, em m%dia "m est"dante na *rad"a-)o s"bmete0se a cerca de 12 a+alia-:esescritas' )o bastasse essa en"rrada de #ro+as, o =o+erno Federal instit"i +5rios sistemasartificiais de a+alia-)o como o Enade (o anti*o Pro+)o e o Enem'

H mais im#ortante a ser "estionado % o "e s"bAaz abscndito a essa c"lt"ra de a+alia-)o

no sistema ed"cacional brasileiro' H "e % decorado\ YH conecimento li+rescoZ de baia "alidade"e se #ro#ala nas "ni+ersidades brasileiras (UP, Un;, UFRJ, Unicam#, #or eem#lo % baseadoem li+ros de a"tores com #o"ca o" nen"ma e#ress)o na Física, tais como a d"#la country@allida!]Resnic?, =oldstein, Jac?son e o"tros' Esses a#resentam "ma física em "e se #ri+ile*ia oadestramento #ara a resol"-)o de eercícios (A5 resol+idos a serem #osteriormente cobrados #elosnossos #rofessores em s"as ^_&ILI@$ <E E/ERC`CIHZ o" em s"as YPRH.I@$Z' $ssim,% f5cil constatar "e n)o se estim"la a criati+idade científica em nossos est"dantes'

cnber*, #or s"a +ez, destaca "e o a"têntico ensino de Física de+e ser *"iado #ela leit"radas obras ori*inais dos *randes físicos, "e s)o fonte ines*ot5+el de criati+idade científicaM

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Y :eve-se ,rocurar estudar em livros escritos ,or grandes cientistas s livros didKticos em geralde autores norte-americanos contm informaçGes esgotadas conceito cientJfico uma idiaviva tem uma certa dinHmica ,r@,ria im,ossJvel de ser ,assada atravs dos livros didKticos Criartam*m reuer uma certa audKcia. ,ensar ,or conta ,r@,ria e no sim,lesmente imitar o ue estKna moda e fa"er o ue todos os outros esto fa"endo Se algum desea sa*er so*re a ecHnica<uHntica ,or ue no ir diretamente ao livro de :irac ao invs de começar a 1er introduçGes R

 ecHnica <uHntica de ,essoas ue no a entenderamVEsses livros contm ,ura atemKtica<uestGes ,or e0em,lo de como se encontram os auto-valores da Euaço de SchrGdinger tm em geral nesses com,ndios destaue es,ecial Isso no FJsica atemKtica as se se uer o*tero es,Jrito da ecHnica <uHntica como ela se formou seria melhor ue se lesse :irac ?endo osoriginais e conhecendo esses grandes cientistas desco*rimos as,ectos interessantes

 W fa*uloso estudar a ist@ria da Cincia a ,artir dos escritos originais de grandescientistas s com,ndios so sofrJveis e chegam at a alterar o ,ensamento do cientista ,araadeuK-lo a uma a,resentaço didKtica 3ive um ,rofessor de atemKtica ue sem,re me di"ia.uer sa*er atemKtica vK 1er os tra*alhos originais de atemKtica No leia os com,ndios Naso*ras originais se com,reende o ue incom,reensJvel nos com,ndios ue castram o

 ,ensamento vulgari"ando-o A no ser ue o com,ndio sea como o livro de :irac so*re ecHnica <uHntica em ue da ,rimeira R Ultima ,Kgina relata suas vivncias ,ois ele realmentevivenciou os cKlculos e ,artici,ou da criaço da ecHnica <uHntica

Se estudarmos ,rofundamente e no nos com,ndios de FJsica a ist@ria da Cinciateremos as maiores sur,resas Eu sem,re recomendo na ist@ria da Cincia ue se ,rocureverificar uais foram realmente as idias germinais W ,reciso ler sem,re ue ,ossJvel os escritosoriginaisT (cnber*'

$ tentati+a de se com#reender os arti*os ori*inais dos im#ortantes físicos, a"eles "efizeram realmente contrib"i-:es ori*inalmente criati+as B Física, como tamb%m o contato com a

física fenomenolG*ica, s)o os +erdadeiros meios #ara fazer aflorar a criati+idade e a forma-)o de"ma mentalidade a"tenticamente científica' Infelizmente, % f5cil notarmos rec%m0formados, emesmo #rofessores, "e n"nca leram e Aamais com#reenderam os arti*os e li+ros ori*inais em "ese encontra a +erdadeira Física' <e fato, #ara "e ser+e ler, entender e com#reender os arti*os deEinstein, Planc?, ;or, @eisenber*, se eles n)o s)o ade"ados ao es"ema de est"dar #ara fazer

 #ro+as\

Esse ti#o de ensino, baseado na decoreba, reAeita a im#ortncia dos as#ectos istGricos efilosGficos s"bAacentes ao #ensamento dos *randes físicos' Por o"tro lado, n)o re+ela a "tilidade daFísica em a#lica-:es t%cnicas e tecnolG*icas a serem criadas e desen+ol+idas #or brasileiros' Essas

 #reoc"#a-:es s)o deiadas #ara os #aíses do camado Primeiro 4"ndo' )o % a#ressadoconcl"irmos "e na *rad"a-)o o est"dante +ê a Física como "ma #se"dociência' Por conse*"inte,"ma +ez no Ensino 4%dio, o "e cada #rofessor ensina\ im#lesmente, se*"e0se o rit"al damediocridadeM est"da0se #ara fazer #ro+as' Forma0se, dessa forma, o se*"inte círc"lo +iciosoM

 #rofessores r"ins das "ni+ersidades *erando #rofessores r"ins #ara o Ensino 4%dio "e, #or s"a+ez, re#rod"zem al"nos meros fazedores de #ro+as' <essa forma, concl"ímos "e o ensino at"al deFísica consiste em

Yinstrumentos de massificaço desestimulantes da inteligncia Su*stitui-se o tra*alhocriativo ,elo no-criativoZ(cnber*

Em "ma nota, feita no final da d%cada de 1972, sobre a s"a e#eriência de ensinar Física no;rasil, Fe!nman res"mi" o ní+el do sistema ed"cacional brasileiroM

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Y ,rinci,al o*etivo da minha conferncia ue no Brasil no se ensina nenhumacinciaX#) no conce*o ue algum ,ossa ser educado num sistema de autotransmisso no ualas ,essoas ,assam em e0ames e ensinam outras a ,assar em e0ames mas ningum sa*e nada Z (in

 EstK a *rincar Sr Feynman\, =radi+a, 1977, ##'230011'

. A estrutura burocrática das uni!ersidades brasileiras

 

Uma o"tra raz)o, dada #or Fe!nman e cnber*, #or "e n)o se ensina Física no ;rasil % aecessi+a estr"t"ra b"rocratizante inerente Bs "ni+ersidades, tais como o americanizado sistema decr%ditos e as a+alia-:es, "e d)o ori*em a "m ambiente "ni+ersit5rio #obre e est%ril em "e ocorre"m lament5+el fenmenoM a se#ara-)o do ensino da #es"isa' $ =rad"a-)o % destinada ao ensino,o" a al*o #arecido com isso, ao #asso "e o 4estrado % +isto como "ma #re#ara-)o #ara a #es"isa

(defende0se a"i "ma mera disserta-)o de mestrado' H <o"torado, #or s"a +ez, +isa B #es"isaen"anto o PGs0do"torado ser+e como "m catalisador #ara amenizar o #roblema da "antidade derec%m0do"tores "e n)o #oss"em em#re*o'

 as "ni+ersidades, de "m lado, encontram0se #rofessores "e d)o a"la co#iando no "adroo "e A5 est5 escrito nos li+ros0tetos, "sando m%todos anti*os (*iz e sali+a o" dis#ositi+oseletrnicos de ltima *era-)o (note*oo4s' <o o"tro lado, os est"dantes ficam assistindo,*eralmente inertes, Bs tediosas a"las e co#iando o "e A5 est5 escrito nos li+ros0tetos' .erifica0se,assim, "e o ambiente "ni+ersit5rio % #ermeado de #rocedimentos artificiais e inteis, em "e*eralmente n)o se transmite nen"ma Ciência, como A5 constataram Fe!nman e cnber*'

$s disc"ss:es entre os est"dantes +ersam sobre as "est:es das ^_&ILI@$ <EE/ERCIC`H__ "e +alem al*"ns #ontinos na nota final o" sobre as "est:es "e caíram o" +)ocair nas #ro+as' $demais, as a"las s)o ministradas, em *eral, #ara "ma m"ltid)o de al"nos, como seesti+%ssemos assistindo a "m c"lto e+an*%lico' Esse %, lamenta+elmente, o ambiente "ni+ersit5rio'Letos +aliosos de Einstein, Fe!nman, ;or, ;om, Pri*o*ine, cnber*, Fe!nman sim#lesmente

 #ermanecem i*norados e intocados nas bibliotecas #ela maioria dos est"dantes e #rofessores'

cnber* nos d5 testem"no de ")o mediocrizante % o ambiente "ni+ersit5rio, baseado em #rofessores "e red"zem a arte de ensinar B mera ati+idade de dar a"laM

Y:i"em ue o erman eyl a,rendeu mais atemKtica com u*ert ,asseando nos*osues do ue nas salas de aula Em conversas informais os dois transmitiam um ao outro seusconhecimentos Preocu,a-me muito a força ue esse sistema mediocri"ante vem tomando aui no

 Brasil E no dava aula Achava ue no valia a ,ena Para ele eram mais im,ortantes os contatosindividuais ue mantinha com os alunosT# cnber*'

Infelizmente, esse ti#o de ambiente em "e a #es"isa est5 sem#re +oltada a descobertas científicasn)o faz #arte da essência do conceito de "ni+ersidade im#lantado no ;rasil'

cnber* tamb%m #ro#:e medidas "e +isam a dimin"ir a mediocridade reinante nas"ni+ersidades brasileirasM

Y Aui no Brasil ,recisava-se lutar mais contra a castraço intelectual 3alve" se noscursos de ,@s-graduaço o ,rofessor conversasse livremente com os alunos o rendimento fossemaior Isto logicamente se o ,rofessor for um cientista A,render-se-ia muito mais so*re Cincia

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do ue nas cansativas aulas tradicionais Om ,rofessor ,or e0em,lo deveria ,oder ensinar nauniversidade ,oder dar cursos mas sem ,erder o o*etivo de esta*elecer contatos com certosalunos im,ortante testar a ca,acidade cientJfica Fermi estava fa"endo isso no fim de suavida ?K nos Estados Onidos ele s@ dava aulas ,ara alunos do ,rimeiro ano ainda nocontaminados ,ela mentalidade da universidade americana e encaminhava alguns deles ,ara a

 ,esuisa Pode ser ue haa outras ,essoas fa"endo o mesmo Acho muito sufocante o am*iente

 geral no Brasil Precisamos alterar tal situaçoT(cnber*' 

(. A ,alta de alternati!as

Uma o"tra *ra+e sit"a-)o #resente na 5rea da Física no ;rasil % a a"sência de alternati+as #araa"eles "e "erem realmente Ensinar e Pes"isar fora do ambiente b"rocratizante das"ni+ersidades' Em mais de meio s%c"lo, en"anto o nmero de "ni+ersidades cresce"ass"stadoramente, n)o o"+e a cria-)o de instit"tos de física al%m do Centro ;rasileiro dePes"isas Físicas (C;PF, no Rio de Janeiro, em 199, e do Instit"to de Física LeGrica (IFL, em)o Pa"lo, em 198' Este ltimo acabo" sendo fa*ocitado #ela Uni+ersidade Estad"al Pa"lista(Unes#, em 197K'

 

((. tipo de pesquisa em Física que se ,a- no Brasil: publica/0o ou

publicagem?

<iante de "m Ensino 4%dio #a"#%rrimo e de "ma =rad"a-)o r"im, somos imediatamente

im#elidos a "estionar sobre o efeito dessa sit"a-)o de indi*ência mental, #or "e #assa o sistemaed"cacional brasileiro, sobre a Pes"isa realizada no PaísM "e ti#o de #es"isa em Física, enfim, sefaz no ;rasil\

[ ine*5+el "e eistem #e"enos *r"#os "e realizam #es"isa de alta "alidade e "e s)oreconecidos internacionalmente' Cont"do, de+emos nos #er*"ntar se essas #es"isas s)o #ioneiraso" a#enas de #artici#a-)o de ati+idades "e acontecem no eterior' )o % difícil reconecer "etrabalos #ioneiros realizados #or físicos brasileiros s)o eí*"os, ao #asso "e s)o n"merososa"eles "e se dedicam como coadA"+antes de #es"isas realizadas na E"ro#a e nos EstadosUnidos' Um caso istGrico % do físico C%sar &attes "e em 19K obte+e res"ltados e#erimentais

ori*inais na detec-)o do m%son ' o entanto, "em *ano" o Prêmio obel foi o in*lês CecilPo>ell #or ter sido o res#ons5+el #elo *r"#o do "al #artici#a+a &attes' Esse eem#lo il"stra o ti#ode #es"isa "e se realiza no ;rasilM faz0se #es"isa #ara "e seAa reconecida #elos #aíses doPrimeiro 4"ndo' $l%m disso, nas "ni+ersidades brasileiras, "m dos crit%rios de #romo-)o e +aidadeacadêmica % o nmero de #"blica-:es em re+istas de circ"la-)o internacional com #armetro deim#acto alto' Esses #eriGdicos se assemelam m"ito Bs +itrines das loAas em Sho,,ing Centers,onde os #rod"tos (os Y ,a,ersZ s)o colocados B dis#osi-)o de se"s cons"midores (os #o"cosleitores "e trabalam na 5rea'

Lendo como referencial a essência da Física e as id%ias de cnber* e Fe!nman sobre

Ciência, #odemos a+aliar criticamente o ti#o de Física "e se faz no ;rasil' $ <isserta-)o de4estrado n)o +isa B al*"ma contrib"i-)o ori*inal B FisicaQ constit"i0se em "m mero eercício dematem5tica "e #oderia m"ito bem ser+ir de disserta-)o de concl"s)o do c"rso de =rad"a-)o, ao

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 #asso "e a Lese de <o"torado, al%m de ser meramente acadêmica, refor-a os la-os de ami*"ismo"e #ermeiam as escolas dos inte*rantes das bancas de a+alia-)o' &e+a0se cerca de anos #ara sedefender "ma tese, "e % lida a#enas #or "ma meia dzia de #rofessores' "ando m"ito, de "matese #"blica0se "m arti*o científico'

J5 na d%cada de 1972, cnber* den"ncia+a a falta de "alidade científica das teses de

do"torado defendidas no ;rasil' Em *eral, elas s)o +oltadas a #roblemas meramente de interesseacadêmico, i*norando o int"ito de contrib"ir com id%ias ori*inais #ara o desen+ol+imento da FísicaM

Y No Brasil a uesto do doutoramento uma das coisas mais terrJveis ue estK acontecendo Amaior ,arte das teses de doutoramento no so realmente o*etivas <uando me mandavam na

 Euro,a fa"er um tra*alho com um seminKrio era um tra*alho o*etivo sem divagaçGes voltado ,ara o esclarecimento de um determinado ,ro*lema Em =oma Fermi me encarregou de fa"er umestudo *astante concreto e o*etivo. ,esuisar a ,assagem dos raios c@smicos atravs daatmosfera e refa"er um ,rolongamento das integraçGes das EuaçGes de Schr9dinger Ainda no se

 sa*ia muito *em o ue ue acontecia uando os raios c@smicos atravessavam a atmosfera <uer

di"er os tra*alhos sem,re eram so*re ,ro*lemas concretos 3ratava-se realmente de fa"erCinciaZ(cnber*'

Por o"tro lado, no conteto brasileiro, a #"blica-)o ser+e como meio de obter "m aditi+osalarial (a famosa bolsa #rod"ti+idade, estabelecida #elo CP' $demais, os arti*os #"blicados s)olidos #or #o"cas #essoasQ as "e lêem, lêem a#enas o tít"lo do arti*o o", "ando m"ito, o res"mo(a*stract ' Para com#letar a sit"a-)o, em *eral, as cita-:es s)o feitas a#enas #or con+eniência'

.ale ressaltar, ainda, "e, na maioria das +ezes, os arti*os s)o escritos em *r"#o' [ difícilsaber "em escre+e e "em faz as contas matem5ticas, "em ceca a *rafia e "em corri*e os errosde im#ress)o' Enfim, % indistin*"í+el saber "ando "m arti*o consiste em +erdadeira #"blica-)ocientífica o" est5 +oltado a#enas B #"blica*em' cnber* den"ncia essa irracionalidade da dita

 #es"isa científica brasileira ao deiar im#lícito "e a #es"isa em Física % red"zida a "ma física deYfaz0de0contaZ, calcada no anseio da #"blica*emM

Y Brasil se lançou no mundo da Cincia uando ,redominavam essas idias Por volta de1$/$ Pauli me disse ue no lia mais tra*alhos de fJsicos *rasileiros ,ois nada havia ue sea,roveitasse K uma massa muito grande de ,u*licaçGes mas as ,essoas ,u*licam mais ,ara tero nome citado ,or outrem K uma es,cie de inflaço do nUmero de tra*alhos e uma deflaço deidias cientJficas W incrJvel nUmero de tra*alhos ue so ,u*licados na Krea da FJsica as se

 formos verificar o nUmero de idias novas ue surgiram nela vamos constatar ue so *em ,oucas K uma diferença muito grande entre fa"er tese e fa"er Cincia N@s fa"Jamos Cincia uitas ve"es os tra*alhos nem eram ,u*licados Fermi no era muito favorKvel R ,u*licaço detra*alhos Achava ue a ,essoa devia ,u*licar muito ,ouco :evia sim ter muitas idias e

 guardK-las escritas em sua gaveta e no ,u*licK-las R toa :evia ,u*licK-las a,enas uando fossem audar o desenvolvimento da CinciaZ(cnber*'

Lendo como f"ndamento a #remissa de "e o Ensino e a Pes"isa em Física de+em *ra+itarem torno da Criati+idade Científica, fomentando0a, transmitindo0a e desen+ol+endo0a, #assadosmais de 2 anos, ce*amos B mesma triste concl"s)o de Fe!nman e cnber*M no ;rasil, ainda n)ose ensina e nem se #es"isa Física' e nos atermos a #armetros b"rocr5ticos do 4EC e do CP,

 baseados no nmero de arti*os #"blicados, no nmero de cita-:es e na "antidade de do"toresformados, #odemos *r"nir e nos il"dir "e no ;rasil 5 #es"isa e ensino em Física' Isso acontece

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"ando se #erde a l"minosidade da essência da Física e se concentra no s"bm"ndo l*"bre dosseres ca+ernícolas, tal como den"nciado 5 "ase 822 anos #or Plat)o (+erM $ ale*oria da ca+ernade Plat)o, trad"-)o de E"doro de o"sa in  <oc"menta-)o e $t"alidade Política,   8,o"t"brono+embro 19KK, Un;enado Federal, ##'8X7' @oAe, tartam"deamos e man"eAamos nom"ndo das sombras da CiênciaM "antos  ,a,ers  +ocê #"blica #or ano\ "ais as +itrines têm

 #armetro de im#acto alto\ Com "antos colaboradores +ocê #"blica se"s arti*os\ Isso #arecenortear a #olítica científica e tecnolG*ica do =o+erno &"laM "m #ra*matismo de seres rasteAantes"e abitam "m s"bm"ndo bidimensional, tomando0o como a #rG#ria realidade, ol+idando0se,dessa forma, da tridimensionalidade e da "adridimensionalidade do es#a-o0tem#o'

 

(((. 1uando se ensinará e pesquisará realmente Física no Brasil?

 

<e#ois de a#ontarmos os males "e im#edem o ensino e a #es"isa em Física00 o #rimeiro

red"zido a dar a"la e o se*"ndo red"zido B #"blica*em de  ,a,ers 00,"eremos, com base no arti*osde Fe!nman e cnber*, s"*erir as se*"intes alternati+asM

• "ebrar o mono#Glio das "ni+ersidades em #es"isa científica mediante a cria-)o deinstit"tos de #es"isa fora da "ni+ersidade, mas aco#lados ao Ensino 4%dio(#rinci#almente +oltado #ara a #rod"-)o de tecnolo*ia ino+adora, de modo a ele+ar a"alidade de #rofessores e al"nos #or meio do es#írito da #es"isa, rom#endo assim com aartificialidade de se est"dar Física #ara fazer #ro+as, com"m no ambiente de "ni+ersidade'$"i, % o#ort"no e racional nos ins#irarmos nas e#eriências etremamente #ositi+as dosinstit"tos 4a Planc?, na $lemana, em "e la-os estreitos com a camada iniciati+a

 #ri+ada #odem ser le+ados em conta, ada#tando0os, % claro, ao ti#o de ca#italismo "etemos, e le+ando sem#re em conta a essência da Física e o estado de indi*ênciaed"cacional #or "e #assa a sociedade brasileiraQ

• s"bstit"ir os est%reis li+ros did5ticos do Ensino 4%dio #or re+istas de #es"isa e ensino, taiscomo a RE.IL$ ;R$I&EIR$ <E EIH <E F`IC$ e H C$<ERHC$L$RIEE <E F`IC$, como tamb%m #or #eriGdicos estran*eirosQ

• a#roimar os #rofessores do Ensino 4%dio aos melores *r"#os de #es"isa e ensino doPaís, "e #or falta de local mais bem a#ro#riado, est)o dentro da estr"t"ra b"rocr5tica das"ni+ersidadesQ

• m"dar a mentalidade científica das #essoas "e se dizem #rofessores #es"isadores #ora#enas terem "m tít"lo de do"tor e "m certo nmero de arti*os #"blicadosQ

• erradicar a massifica-)o e a mediocriza-)o da #es"isa científica' @oAe, #ara "e a #Gs0*rad"a-)o a#resente nmeros con+incentes, o 4EC (Ca#es e o CP têm a"mentadodesmes"radamente as metas "antitati+as de forma-)o de do"tores, #o"co im#ortando os

 #armetros de "alidade, tais como a ori*inalidade, a inde#endência e a a"tonomiacientíficas'

Como nos ensina Fe!nman, no ;rasil de+e a+er tamb%m "ma #olítica científica de Estado"e s"#ere as #olíticas ocasionistas e o#ort"nistas de *r"#elos #olíticos "e se a#ossam daestr"t"ra administrati+o0financeira do Estado' Essa #olítica de+e a*ir B s"rdina, im#essoalmente,

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obAeti+amente, racionalmente sem estardala-os #oliti"eiros'

Es#eramos "e os arti*os de cnber* e Fe!nman sir+am de referencial #ara aim#lementa-)o de "lteriores #olíticas científicas #or #arte de im#ortantes instit"i-:es +oltadas #arao ensino, a di+"l*a-)o e o fomento financeiro em Física' Es#eramos tamb%m "e cada #rofessorindi+id"almente recone-a "e % im#ossí+el ensinar Física dentro de "ma estr"t"ra b"rocratizante

como a "ni+ersidade' Por isso, "r*e sonarmos e form"larmos alternati+as #ara a Física no ;rasil,desde "e esteAamos #reoc"#ados com a essência da Física e da Ciência, e n)o com a id%iafantasiosa, n)o0realista, irracional e #o"co obAeti+a de Uni+ersidade #ara todos'

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$ trad"-)o, "e % feita do arti*o de Ricard Fe!nman, tem como tít"lo ori*inal 3he Pro*lemof 3eaching Physics in ?atin America, a#resentado na Primeira Conferência Interamericana sobreEnsino de Física (First Inter0$merican Conference on P!sics Ed"cation, realizada na cidade doRio de Janeiro, em A"no de 1963' Como arti*o, esse trabalo a#arece" na re+ista Engineering and

Science, .ol' //.II, ##01032, no+embro de 1963' 

problema do )nsino de Física na Am2rica 3atina

  Ricard Fe!nman

 

H #roblema do ensino de Física na $m%rica &atina % a#enas #arte de "m #roblema maior"e afeta o ensino de Física em "al"er #arte do m"ndo' a +erdade, essa "est)o faz #arte do

 #roblema de como ensinar al*o onde "er "e seAaX"m #roblema #ara o "al n)o se conecenen"ma sol"-)o satisfatGria'

Eistem m"itos #roAetos ino+adores em m"itos #aíses "e +isam ao ensino de Física' Issomostra "e nin*"%m est5 contente com os m%todos em +i*or' )o se d"+ida "e m"itos desses

 #roAetos #are-am bons, #ois nin*"%m o"so" ainda "estin50los, ao #asso "e todos os +elosm%todos 5 al*"m tem#o A5 mostram claramente se"s defeitos'

H fato % "e nin*"%m sabe m"ito bem como dizer al*"ma coisa no+a a res#eito de como sede+e ensinar' <essa forma, B medida "e tentamos +is"alizar com maior nitidez a "est)o de comoensinar Física, temos de ser "m tanto modestos #or"e sim#lesmente nin*"%m sabe realmente como

fazê0lo' Isso si*nifica "e estamos diante, ao mesmo tem#o, de "m s%rio #roblema e de "mao#ort"nidade #ara no+as descobertas'

H #roblema do ensino de Física na $m%rica &atina #ode tamb%m ser *eneralizado de "mmodo #ec"liar a fim de nos fazermos lembrar do #roblema ainda mais s%rio de se tentar fazeralguma coisa na $m%rica &atina' Lemos de estar #reoc"#ados, #elo menos #arcialmente, com os

 #roblemas sociais, #olíticos e econmicos "e a"i s)o t)o "r*entes

Com#reenderemos com mais clareza os #roblemas, caso esteAamos #rimeiramenteconscientes dos +erdadeiros moti+os "e im#"lsionam o ensino de Física' $ssim, tentarei mostraral*"mas raz:es #or "e acredito "e de+emos ensinar Física' Com base nisso, #oderemos de#ois"estionar se "m dado #roAeto ed"cacional est5 realmente satisfazendo a al*"ma dessas raz:es'

$ #rimeira raz)o, e+identemente, % "e a Física % "ma ciência b5sica, e como tal, % "sada emEn*enaria, "ímica e ;iolo*ia' $l%m disso, #oss"i m"itas a#lica-:es em Lecnolo*ia' $ Física % aciência o" o conecimento da at"rezaQ ela nos diz como as coisas f"ncionam' Em #artic"lar, esto"a"i enfatizando como f"ncionam os +5rios ti#os de dis#ositi+os tecnolG*icos in+entados e a seremin+entados #elos omens' Portanto, a"eles "e so"berem Física ser)o mais teis em s"#erar os

 #roblemas t%cnicos "e s"r*irem na indstria local'

Pode0se ar*"mentar, e na #r5tica le+anta0se tal ar*"mento, "e no at"al est5*io de

desen+ol+imento ind"strial "e a $m%rica &atina enfrenta, tal #reoc"#a-)o com a tecnolo*ia %totalmente s"#%rfl"a, "ma +ez "e % mais cmodo im#ortar #essoal tecnicamente mais bem treinadode #aíses mais a+an-ados' <essa forma, a"i na $m%rica &atina, faz0se necess5rio desen+ol+er

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 #essoas mais bem treinadas em alta tecnolo*ia\

$co "e sim' )o sei bastante Economia #ara dar "ma res#osta se*"ra, mas tentareiesbo-ar "ma o#ini)o' Penso "e % de f"ndamental im#ortncia melorar a ca#acidade t%cnica doslatino0americanos' Por meio de "ma ed"ca-)o +oltada #ara a sol"-)o de #roblemas t%cnicos, oomem dotado de mais abilidade % ca#az de #rod"zir mais' $credito "e a meloria da ca#acidade

t%cnica das #essoas na $m%rica &atina, e conseDentemente, da #rod"ti+idade, constit"i a fonte do+erdadeiro desen+ol+imento econmico'

<o #onto de +ista econmico, n)o tem sentido ficar im#ortando contin"amente es#ecialistasmais bem ca#acitados tecnicamente' e os latino0americanos ti+essem "ma forma-)o t%cnica maissGlida, eles conse*"iriam acar em#re*os nas indstrias "e a"i se desen+ol+em' Em com#ara-)ocom a mera im#orta-)o de t%cnicos, lo*o se #erceberia "e a #ro+is)o de m)o0de0obra local #oss"im"itas +anta*ens' Esse ti#o de m)o0de0obra n)o ei*iria altos sal5rios' $demais, as #essoasconeceriam os cost"mes e os modos de +ida em cada #aís da $m%rica &atina e ficariam maiscontentes em almeAar #osi-:es mais fias'

Embora tendo forma-)o em Ciência o" em En*enaria, % +erdade "e #rod"-)o dos latino0americanos #arece ser m"ito #obre, do #onto de +ista t%cnico, com#arada com o "e % desen+ol+idonos #aíses desen+ol+idos' Isso acontece de+ido ao fato de "e na $m%rica &atina n)o se ensinarnen"ma Ciência' Esse estado de coisas for-o" os em#res5rios a dar #o"ca aten-)o aodesen+ol+imento de "ni+ersidades e cientistas locais' e fossem inteli*entes, esses em#res5riosencarariam esse #roblema sob "m o"tro n*"lo e seriam os #rimeiros a fomentar "m encontro doti#o "e estamos tendo' $ssim, eles ficariam a #ar da sit"a-)o local e da "est)o de como ensinarFísica de "ma maneira satisfatGria nos #aíses da $m%rica &atina' Infelizmente, nen"m deles seencontra #resente nesse encontro'

Uma raz)o sec"nd5ria #ara se ensinar Física00 o" "al"er ciência e#erimental00 % "e elaali5s ensina m"itas t%cnicas de como mani#"lar as coisas, como #or eem#lo, t%cnicas de medi-)o ede c5lc"lo "e #oss"em di+ersas a#lica-:es indo al%m do cam#o #artic"lar em "e s"r*iram'

Uma o"tra raz)o maior #ara ensinar Física % o com#romisso com a #rG#ria Ciência' $Ciência % "ma ati+idade feita #or omensQ #ara m"itos, % "m #razer imenso' )o de+eria ser ne*adaa "m *rande contin*ente de #essoas, sim#lesmente #or ca"sa da #recariedade de "m sistemaed"cacional' Em o"tras #ala+ras, "ma das raz:es #or "e ensinar Ciência % *erar cientistas "e n)oa#enas contrib"am #ara o desen+ol+imento da indstria, mas tamb%m contrib"am #ara odesen+ol+imento do conecimento, ale*rando o"tros nesta *rande a+ent"ra dos nossos tem#os' Isso% moti+o de *rande #razer'

$ terceira raz)o % a in+esti*a-)o da at"reza, a#reciando0le se" encanto e s"a beleza,mesmo "e a #essoa n)o se torne "m cientista #rofissional' Esse conecimento da at"reza tamb%m% res#ons5+el #or "m sentimento de estabilidade e realidade acerca do m"ndo a #onto de af"*entarm"itas cren-as e s"#ersti-:es'

Um "arto moti+o #ara se ensinar Ciência % transmitir Bs no+as *era-:es como as coisas s)odescobertas' $ im#ortncia de "estionar, o +alor das id%ias li+resXn)o somente #ara o #rG#riodesen+ol+imento da Ciência, mas o +alor das id%ias li+res em toda 5rea do conecimentoXtorna0se

e+idente' Ciência % "m modo de ensinar como al*"ma coisa (desconecida #assa a ser conecida'$t% "e #onto as coisas so conecidas (#ois, nada % conecido de modo absol"toQ como tratar ad+ida e a certezaQ "ais s)o as re*ras s"bAacentes B"ilo "e % e+identeQ como #ensar as coisas de

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modo "e A"l*amentos #ossam ser feitosQ como distin*"ir a +erdade da falsidade' Esses s)o,certamente, as#ectos sec"nd5rios, mas i*"almente im#ortantes #ara o ensino da Ciência, e da Físicaem #artic"lar'

Finalmente, a Ciência nos #ermite a#render, #or tentati+a e erro, e desen+ol+er "m es#íritode in+en-)o e de li+re #erscr"ta-)o' Isso % de *rande +alor #ara al%m da #rG#ria Ciência' $#rende0

se a #er*"ntarM Y)o 5 "m modo melor de fazer isso\Z' $ res#osta B esta "est)o no  dada #orsim#les refleo condicionado00Y.amos +er como eles fazem l5 nos Estados UnidosZ00, #or"ecertamente de+e a+er "m modo melor do "e o deles Lemos de tentar #ensar "ma no+a maneira,"ma no+a id%ia, #ara acarmos al*"ma meloria na t%cnica' Essa "est)o % a fonte de *rande #artedo #ensamento inde#endente e li+re, da in+en-)o e do #ro*resso "mano em todas as 5reas doconecimento'

$"i, termino mina lista de moti+os #ara se ensinar Física, como Ciência' Permitam0me,a*ora, a concentrar0me na descri-)o de al*"mas das maiores características do ensino de Física na$m%rica &atina, as "ais me #arecem ser de rele+ncia es#ecial #ara nGs'

$ #rimeira característica, e a mais *ra+e de todasXacredito00 % o ensino e a a#rendiza*em baseadas "ase ecl"si+amente na #"ra decoreba ( ,ure a*ected memory' <essa forma n)o seensina Física como Ciência, #ois nada % com#reendido' $#enas % lembrado, decorado' Isso denen"m modo satisfaz as raz:es, s"blinadas acima, #ara o +erdadeiro ensino da Ciência'4emoriza-)o de leis n)o #ermite fazer a#lica-:es dessas leis a no+as sit"a-:esQ n)o #ro+oca #razerde realmente fazer contrib"i-:es científicas' <ecorando, m)o se #ode ensinar "al"er t%cnica'Com base na memoriza-)o, o conecimento n)o % com#reendidoQ n)o se a#recia a beleza da

 at"reza' $ memoriza-)o n)o ensina como as coisas foram descobertasQ ela n)o re+ela o +alor de"ma mente li+re e in+enti+a'

Por eem#lo, o telescG#io % "m interessante instr"mento #ara se fabricar, #aracom#reendermos se" f"ncionamento, #ara obser+armos as coisasQ enfim, "m instr"mento com o"al #odemos nos di+ertir' H"trora, coloco" as id%ias e as mentes dos omens em no+as dire-:es'<e" "m *rande im#"lso B moderna re+ol"-)o do #ensamento' Por "m lon*o tem#o, foi o nicoinstr"mento re+elador da +astid)o dos C%"s e do local modesto oc"#ado #or nGs' 4as, na $m%rica&atina decora0se "e 5 "ns "atro ti#os de telescG#iosM o ne>toniano, o cassi*raniano, etc, etc eetc' o #rimeiro, a ima*em % +irt"al e in+ertida, etc' (E" #ono YetcZ em t"do #or"e realmente n)osei "antos ti#os de telesco#íos eistem, o" "ais s)o se"s nomes, o" "al ti#o de ima*em a#areceem cada "m deles' 4as n)o me s"bestimemM e" sei m"ito sobre os telescG#ios, como eles

f"ncionam, como fabric50los e como "s50los, bem como a #otência deles e s"as limita-:es'Como conseDência da decoreba, res"lta "e o telescG#io % #erdido' )o 5 mais telescG#io,

nen"ma lente, nen"m estrela, nen"m olo, nen"ma l"z ' L"do n)o #assa de #ala+rasmemorizadas "e n)o ei*em "al"er com#reens)o' H essencial n)o % a#reendido, #ois,

 #rofessores e al"nos est)o a#enas #reoc"#ados com a mera "est)oM Y"ais s)o os "atro ti#os detelescG#io\Z'

Leno de dizer lo*o "e n)o so" contra a memoriza-)o' $l*"mas coisasXm"itas, de fato(embora nada de es#ecialX#odem ser a#rendidas de cor' Por eem#lo, % bom, mas n)o essencial,saber de cor "e K786' E" me o#ono a "al"er m%todo de ensino ecl"si+amente baseadonisso, #ois, #or meio da memoriza-)o, #o"co se a#rende sobre o si*nificado das coisas'

$s #essoas em me" #aís n)o conse*"iam com#reender "ando les relatei o "anto de

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material % memorizado na $m%rica &atina sem "e elas as com#reendam #or com#leto' $s a"lass)o ditadas t)o +a*arosamente "e est"dantes #odem co#i50las #ala+ra #or #ala+ra em se"scadernosXe frases s)o re#etidas de modo "e eles #ossam cec50las constantemente'

"ando #er*"ntei sobre o en"nciado da &ei de ;re>ster, os est"dantes res#ondiam em "m #iscar de olosM Y$ l"z "e incide sobre "m material de índice n % 122T #olarizada com o cam#o

el%trico #er#endic"lar ao #lano de incidência se a tan*ente do n*"lo de incidência for i*"al aoíndice de refra-)oZ'

$ esses mesmos est"dantes, ent)o, di*oM YHlem a baía Nde ="anabaraO a #artir da "al a l"zdo sol est5 sendo refletida' e e" olo esta refle)o #or meio deste #eda-o de #olarGide e o *iro, o"e acontece\Z Lodas as res#ostas s)o +azias' in*"%m sabe de nada' 4as e" do" *ritos de s"r#resae ale*ria "ando eles ensaiam "ma res#osta con+incente'

Isso demonstra "e al*"ma coisa est5 totalmente errada' )o 5 "al"er conecimentosobre a at"reza' a medida em "e se i*nora o mais im#ortante, a memoriza-)o torna0se intil'Esses est"dantes sG re#etem o "e est5 escrito nos li+ros, n)o mais do "e isso' Posso olar o índicede "m li+ro e #roc"rar #or Y&ei de ;re>sterZ e acar "ma referência e"i+alente B res#osta dosest"dantes' o entanto, no índice n)o #osso acar a e#ress)o Yo sol "e reflete na baíaZ'

H "e os est"dantes sabem da"ilo "e n)o est5 f5cil e diretamente dis#oní+el em "m li+ro\$s coisas "e #odem ser cons"ltadas constit"em a#enas "ma #arte do conecimento' "em +ai"erer ter "m tal est"dante #ara trabalar em "m certo #roAeto "ando se tem "m li+ro, o "al n)oei*e nen"m *asto com alimento o" man"ten-)o, sem#re #ronto a dar res#ostas ade"adas\ "em"er ser  "m tal est"dante, "e trabala t)o ard"amente, e ser s"#lantado #or "ma lista im#ressa esem +ida de YleisZ\

<e acordo com a mina e#eriência, a decoreba % "ma das #rinci#ais falas da ed"ca-)o na$m%rica &atina'

Um se*"ndo #roblema % "e os est"dantes ficam isolados "ns dos o"tros' )o #odemcon+ersar com os o"tros cole*asQ eles ficam im#ossibilitados de #erceber o ")o est#ido % se*"iro"tros al"nos' Isso acontece #or al*"ma raz)o #sicolG*ica' Eles têm +er*ona de mostrar al*"madific"ldade, #ois, temem ser ridic"larizados #elos o"tros com#aneiros' Eles n)o #odem fazer

 #er*"ntas nas salas de a"la #or"e os o"tros dizem de#oisM YPor "e +ocê "er "e #ercamos nossotem#o com isso\ Lodo m"ndo A5 sabe dissoZ' $ssim, #ara sal+ar a #rG#ria #ele, todos eles fin*emsaber al*"ma coisa, com#rometendo a disc"ss)o li+re e a troca de id%ias "e constit"em "m dos

modos mais #razerosos e f5ceis de se a#renderem as coisas' @5 m"ita eibi-)o e tamb%m m"itaformalidade em sala de a"la im#edindo o li+re #ensamento e a li+re disc"ss)o'

Um terceiro #roblema % a falta de liberdade na estr"t"ra "ni+ersit5ria' .ocê n)o #odetransitar de "m ass"nto a o"tro o" de "m laboratGrio a o"tro' $"eles "e +)o ao eterior est"darNdo"torandos e #Gs0do"torandosO, "ando eles retornam encontram dific"ldades em transmitir s"asdescobertas aos est"dantes "ni+ersit5rios, de "ma maneira f5cil e direta' $l%m de n)o encontraremem#re*o, eles n)o s)o bem0+indos #or o"tros com#aneiros de #rofiss)o dentro da "ni+ersidade'Por al*"ma raz)o, torna0se necess5rio #ara tais #essoas criar no+os instit"tos de #es"isa se#aradosdas "ni+ersidades' Infelizmente, o es#írito de #es"isa de estím"lo #resente nessas no+as

instit"i-:es n)o se aca nas "ni+ersidades'Um o"tro #roblema na $m%rica &atina % "e 5 #o"ca alternati+a #ara a"eles est"dantes

"e n)o "erem se*"ir a carreira de cientista' )o % f5cil #ara eles conse*"ir em#re*os nas

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abe0se da e#eriêcia em ed"ca-)o "e t"do de#ende do #rofessor, indi+id"almente falando,a#esar de todos os #roAetos e #ro*ramas *o+ernamentais' Pode0se ter #rofessores r"ins e, n)oim#orta o "e +ocê tenta fazer com eles, os al"nos a#rendem m"ito #o"co' H", #ode0se ter bons

 #rofessores, desde "e +ocê deie o #rofessor li+re' $ssim aco "e temos de encontrar "m meio de

como dar liberdade B"eles #o"cos #rofessores "e tenam ca#acidade de ins#irar as crian-as' [im#ortante "e esses #rofessores trabalem d"rante "m tem#o razo5+el com as crian-as, s"*erindoe#eriências e deiando0as li+res #ara criar'

$ se*"nda "est)o "e tentaremos res#onder % como trazer en*eneiros e o"tros cientistasa#licados mais #erto dos #roblemas eistentes na realidade' )o bastam "e eles lembremeatamente de como "sar a fGrm"la decorada na escola de en*enaria, "ando o #rofessor co#ia+ano "adro o" dita+a a a"la' Lemos de fazer al*"ma coisa #ara tornar o en*eneiro a#licado mais emcontato com a realidade, de modo "e ele seAa eficiente n"m domínio maior de a#lica-:es'

Uma alternati+a seria ter +erdadeiros cientistas ensinando Física a est"dantes de en*enaria,de #referência físicos e#erimentais at"ando ati+amente em #es"isa' $ física e#erimental *era

 #roblemas t%cnicos' Para se ter s"cesso, +ocê tem de trabalar com s"as #rG#rias m)os, +ocê tem deestar em conato coma realidade' 4era decoreba n)o f"nciona' <essa forma, #essoas "e s)o boasem física e#erimental sabem "ais s)o os #roblemas em en*enaria'

H desen+ol+imento da tecnolo*ia ind"strial % em *rande medida sim#lesmente a a#lica-)omais am#la de t%cnicas "e na maioria dos casos foram desen+ol+idas #or cientistas "e tenta+amfazer e#erimentos' Isso ocorre #or"e ao tentar fazer "m e#erimento em Ciência, +ocê tem dee#lorar ine+ita+elmente al*"ma t%cnica ao etremo' $o fazer isso, +ocê a#rende como as coisas

 #odem ser feitas, constr"ídas' Foram os físicos e#erimentais "e #rimeiro se de#araram com os #roblemas relacionados com o fato de como #rod"zir "ma sit"a-)o de alto +5c"o o de como atin*irtem#erat"ras mais baias' @oAe, alto +5c"o e baias tem#erat"ras s)o ferramentas "e fazem #arteda tecnolo*ia ind"strial'

Portanto, a ciência e#erimental % "ma fonte de en*enaria' Por isso, ela de+e ser ensinada aen*eneiros em escolas #ara mantê0los cientes do am#lo domínio das t%cnicas dis#oní+eis, comotamb%m das #ossibilidades abertas #ara o f"t"ro' Lal+ez, ent)o, de#ois de termos criados bastantesen*eneiros de +erdade com +alor real #ara a indstria na $m%rica &atina, a indstria +er5 "e n)o5 nen"ma +anta*em em contratar en*eneiros de o"tros #aíses e deseAar5 ter mais omenstreinados localmente e a#oiar5 as escolas com m%todos de ensino "e #rod"zam tais en*eneiros'$ssim, teremos a bola rolando'

ei "e o nmero de escolas de en*enaria na $m%rica &atina est5 a"mentandora#idamente' Por eem#lo, no ;rasil 5 o dobro dessas escolas do "e dez anos atr5s' e esta % asit"a-)o, ent)o, tal+ez, o #roblema se resol+a #or si mesmo' e essas escolas n)o forem todasor*anizadas sob "m mesmo sistema ed"cacional, se eistir "ma di+ersidade de escolas, ent)o, "mao" o"tra escola #oder5 desen+ol+er "ma maneira de #rod"zir ecelentes est"dantesXcaso o Ensinoec"nd5rio n)o os tena destr"ídos' ConseDentemente, essa escola ad"irir5 re#"ta-)o, crian-astentar)o entrar nelas, o"tras escolas tentar)o com#etir e co#iar os melores m%todos, e assim #ordiante, at% "e o #roblema se resol+a nat"ralmente'

H terceiro #roblema "e eiste a"i % a maneira de como encoraAar os +erdadeiros #es"isadores e mantê0los no #aís' Lemos de #ro+ê0los com li+ros, com e"i#amento e#erimental,

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com dineiro #ara +isitas aos *randes centros de #es"isa no eterior, e finalmente m"ni0los com"m *r"#o coeso de est"dantes interessados' )o, n)o <esc"l#em0meM o *r"#o de #es"isadoresformar0se05 nat"ralmente' Caso o #es"isador for bom, com certeza ele conse*"ir5 est"dantes'

Ur*e encoraAar o +erdadeiro #es"isador "e faz contrib"i-:es B Ciência #ara "e ele #ermane-a em se" #rG#rio #aís' Isso n)o de+e ser difícil de realizar #or"e 5 forte sentimento de

 #atriotismo nessas #essoas "e sabem "e têm m"ito a oferecer ao se" #aís e "erem de fato aA"dar'$ dific"ldade Aaz nos terrí+eis #roblemas "e eles encontram a"i' Por eem#lo, o Centro ;rasileirode Pes"isas Físicas (C;PF, localizado no Rio de Janeiro, "e % "m dos mais im#ortantesinstit"tos de #es"isa na $m%rica &atina, fico" isolado do m"ndo #or ca"sa de "m sim#les fatoMnin*"%m "eria #a*ar a assinat"ra da P@IC$& RE.IEV o" da I& UH.H CI4ELH'

 in*"%m "eria assinar os #eriGdicos res#ons5+eis #or manter os #es"isadores informados da"ilo"e acontece no resto do m"ndo'

$l%m disso, o fato de os sal5rios serem etremamente baios mostra "ma falta de interessedo =o+erno brasileiro, de #olíticos, e da indstria no desen+ol+imento da ciência neste #aís' [ "ma

atit"de "e n)o res#eita o" n)o com#reende o +alor desses #es"isadores' Esses cientistas criati+osde+eriam ter o direito, a o#ort"nidade e a res#onsabilidade #ara dar r"mos B ciência e ao ensino daciência em se"s #aíses' $ Ciência e o Ensino estariam, assim, em boas m)os'

$#enas le+ando em conta os #es"isadores "e realmente com#reendem o si*nificado daCiência, "e conecem o +erdadeiro es#írito científico, % #ossí+el transmitir conecimentos aosse"s est"dantes, aos est"dantes de se"s est"dantes' E se as coisas forem corretamente or*anizadas,todo o sistema ed"cacional ser5 #ermeado de modo a acelerar o desen+ol+imento t%cnico do #aís'

H "arto #roblema %, ent)o, como recolocar esses #es"isadores nas "ni+ersidades, ondeeles ter)o contato com os est"dantes, os f"t"ros cientistas do #aís'

$o abordar mina "inta e ltima "est)o, *ostaria de enfatizar a im#ortncia de fazer "madessas coisas de modo contín"o, consistente e modesto' Isso n)o de+e ser feito com *rande

 #ro#a*anda, com m"ito dineiro, com m"ita #"blicidade #ara "e n)o eista o #eri*o de n)o sermantido no f"t"ro, como at"almente acontece com m"itos #roAetos "e n)o conse*"em sereec"tados #or falta de "m a#oio contín"o' [ necess5rio, #ois, manter a contin"idade, a consistênciae a #ermanência desses #roAetos, como tamb%m fazer as coisas de maneira mais modesta #ara "e acontin"idade do a#oio seAa asse*"rada' Um *r"#o de #es"isa torna0se m"ndialmente conecidosomente a#Gs anos de fr"tífera ati+idade de #es"isa' Um ano sem a#oio00 e com e+as)o de

 #es"isadores00 e t"do +ai #or 5*"a abaio'

$+alio "e este % "m #roblema m"ito s%rio de difícil sol"-)o #or"e en+ol+e "ma s%rie decirc"nstncias sociais e econmicas #ec"liares a cada #aís na $m%rica &atina' $s dific"ldades s)om"itas +ezes (mas nem sem#re meramente o refleo de #roblemas mais s%rios "e assolam are*i)o com "m todo'

Podemos tentar +er se 5 al*"m modo de elaborar "m es"ema de tal modo "e o sistemaed"cacional00 o" #elos menos s"as #artes mais im#ortantes, tais como os #es"isadores o",es#ecialmente, os bons #rofessores00 seAa em #arte inde#endente dos malo*ros do =o+erno'

Lal+ez, o sistema ed"cacional n)o de+a ser totalmente financiado #elo =o+erno' Lal+ez,

maiores esfor-os #ara obter f"ndos #ri+ados #ossam f"ncionar' Possi+elmente, a confian-a e ocontato com instit"i-:es mais #erenes, como escolas reli*iosas, #ossam s"ster a contin"idade dessesesfor-os'

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<isc"ti os #roblemas de modo t)o direto e franco "anto #ossí+el, como e" os +eAo' )oteno a inten-)o de fazer "al"er crítica, eceto no mesmo es#írito "e "al"er o"tra disc"ss)o,"e mais tarde teremos Nnesse encontroO, re#resentar5 "ma crítica' Pois, com certeza, n)o ficaremoscontentes com a at"al sit"a-)o do ensino de Física na $m%rica &atina' <o contr5rio, n)o teríamostido esse encontro' Lentei e+itar fazer m"itas s"*est:es es#ecíficas de como #roceder, #or"e esta %

a nossa tarefa #ara o restante deste encontro'