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Plano de Formação

2011-2012

“Não se pode aprender sem uma autoestima elevada. Assim, é preciso convencer os alunos em dificuldade de que eles podem aprender, assim como valorizar todos os seus progressos, por menores que sejam.”

Philippe Perrenoud

Aprovado em Conselho Geral 2011.10.26

Rua Costa Veiga 2460 - 028 Alcobaça

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ESTRUTURA DO PLANO DE FORMAÇÃO

ESTRUTURA DO PLANO DE FORMAÇÃO ....................................................................................................... 2

I. A MUDANÇA PARADIGMÁTICA ............................................................................................................ 3

II. DIAGNÓSTICO ..................................................................................................................................... 5

III. FORMAÇÃO PARA QUEM? CARACTERIZAÇÃO DOS RECURSOS HUMANOS DA ESCOLA ......................... 7

IV. A FORMAÇÃO NECESSÁRIA .................................................................................................................. 8

1. PESSOAL DOCENTE .......................................................................................................................... 8

2. PESSOAL NÃO DOCENTE ................................................................................................................11

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I. A MUDANÇA PARADIGMÁTICA

A relação entre exercício da profissão docente e a formação conducente à melhoria do seu

desempenho, por circunstancialismos de vária ordem, tem andado invertida. Na verdade, o que

tem acontecido é o seguinte:

Ou seja, a responsabilidade pelo Plano de Formação era do CFAE. Em teoria, esta situação poderia

ser encarada como normal. Na verdade, sendo a Comissão Pedagógica dos CFAEs constituída

pelos Presidentes dos Conselhos Pedagógicos das escolas associadas (mais o Presidente da escola

sede e o Presidente do Centro de Formação), seria de esperar que o Plano de Formação do Centro

coincidisse, grosso modo, com as necessidades diagnosticadas pelas diversas escolas.

A prática veio a consagrar um outro tipo de procedimento, a evidenciar um outro diagnóstico: o

CFAE elaborava um Plano de Formação, muitas vezes com base na bolsa de formadores

disponíveis, e não com base em nenhuma necessidade efetivamente vivenciada pelas escolas.

Tudo isto até poderia fazer sentido, se perspetivado com um paradigma em que a formação,

muito mais do que uma necessidade exigida pelos docentes, era vista como uma obrigação

imposta pelo sistema educativo, tendo em vista a progressão na carreira.

A “mudança de paradigma”, tantas vezes enfatizada pela tutela (nem sempre pelas melhores

razões, diga-se), impunha-se imperiosamente. Com efeito, haverá que reconhecer que os milhões

1

Escola

A

Escola

B

Escola

C

Escola

n

CFA

E

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gastos na formação não tiveram o retorno que era suposto e legítimo esperar-se de tamanho

esforço coletivo.

Definiu-se, então, que as escolas teriam a formação que julgassem necessária; os professores e

pessoal não docente teriam a formação que, num processo de autoavaliação, julgassem adequada

a um desempenho de qualidade – ou, pelo menos, um desempenho que não se conformasse com

um estado de coisas, tendo em conta que o caráter dinâmico da sociedade e dos saberes atuais é

um fator de aceleração da senescência / obsolescência dos modelos em voga em determinado

momento.

Neste novo paradigma, ao CFAE cabe o papel de coordenar e arregimentar os meios suscetíveis de

disponibilizar às escolas associadas a formação que estas tiverem solicitado, elaborando, para o

efeito, um Plano de Formação. Este deve partir de um diagnósticos das necessidades,

perspetivadas contra o pano de fundo do Projeto Educativo. Uma vez mais, o papel central do

documento estratégico de cada escola emerge com clareza: as necessidades só são apercebidas

como tais, em função dos objetivos, metas e valores que se tenham elegido como prioritários.

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II. DIAGNÓSTICO

“Na esteira do anterior PEE, os conceitos de sucesso, qualidade e cidadania, enquanto valores operativos,

continuam a formar o seu núcleo conceptual.

A estes devemos acrescentar outras preocupações, decorrentes quer da definição da missão da instituição

quer de outros deles derivados: a dualidade ensino/formação, o imperativo de dignificação da atividades

docente e discente, a equação investigação/mudança, a dialética diversificação/referencia, a objetivação da

avaliação, o predomínio sustentado do pedagógico sobre o administrativo, o incremento da inclusão em

conjugação com os - mais individualistas - reconhecimento e valorização pessoais, a matriz local, nacional e

europeia em que nos inserimos, nomeadamente a centralidade do humanismo neste eixo axiológico.

Ainda no que à CIDADANIA diz respeito, devemos precisar este conceito. Assim, fruto de mudanças

legislativas recentes, bem como da própria emergência destas temáticas, convém que o valor de cidadania

passe a significar, também, “Educação para a Saúde e para a Sexualidade”, sem esquecer a necessidade de

incluir nos currículos a temática da Educação Financeira. Todas estas significações ancoram, contudo, no

valor matricial da “Literacia”, sob as suas mais diversas formas - valor que deve ser assumido pela escola

como o valor-âncora da sua atividade.

Um outro valor emerge, cada vez mais, como incontornável: o de “abertura”, com toda a semântica

relacionada: inclusão, mudança, sensibilidade ao erro, abertura as potencialidades pedagógicas das novas

tecnologias. Numa época em que nada é garantido e tudo é para ser justificado, inculcar o valor da

mudança, da criatividade e adaptabilidade ao que é mutável, não constitui apenas um valor; constitui

também um “manual de sobrevivência”.

Afigura-se importante complementar, agora, este quadro referencial de valores com a inclusão da liberdade

intelectual. Conquistada a liberdade politica e a liberdade de expressão, é importante que uma escola

“secundaria” se oriente pelo princípio de que deve formar jovens capazes de construir autonomamente o

seu saber e não meros reprodutores de tudo o que o magister dixit. A liberdade aprende-se, não se ensina.”

(Projeto Educativo 2011-2014, p. 12)

Tal como ficou dito, o Plano de Formação deve ser construído na obediência aos valores matriciais

do Projeto Educativo que escolheu os seguintes:

* sucesso, qualidade e cidadania

* liberdade intelectual

* a dualidade ensino/formação

* dignificação da atividades docente e discente,

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* a equação investigação/mudança,

* a dialética diversificação/referência,

* objetivação da avaliação,

* predomínio sustentado do pedagógico sobre o administrativo.

Ao mesmo tempo, a formação deverá responder àqueles aspetos que eventualmente o Projeto

Educativo identifique como “Pontos Fracos” e como “Ameaças” – se tiver enveredado por uma

análise “SWOT” da organização escolar.

Ao mesmo tempo, tendo ocorrido há pouco tempo um processo de Avaliação do Pessoal Docente

( e estando a decorrer o processo de avaliação do Pessoal Não Docente), pareceu de singular

oportunidade verter as preocupações evidenciadas pelo pessoal docente e não docente aquando

da sua autoavaliação.

Por fim, tiveram-se em consideração outras preocupações, nomeadamente as que resultaram de

pareceres técnicos de serviços centrais da Ministério da Educação ou de outros serviços inspetivos

– sobretudo no que diz respeito ao setor alimentar.

Foram estas, resumidamente, as fontes que alimentaram o presente Plano de Formação.

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III. FORMAÇÃO PARA QUEM? CARACTERIZAÇÃO DOS RECURSOS HUMANOS DA ESCOLA

A população da Escola tem vindo a decrescer, não tanto por uma diminuição acentuada dos

alunos, mas sim por aplicação de uma série de medidas administrativas, que vão desde a

regulamentação da componente não letiva (no que diz respeito ao Pessoal Docente) até ao

congelamento da admissão de novos efetivos na função pública.

PESSOAL DOCENTE

Departamento Professores QE Prof. Contrat. Total 1

TOTAL M F M F M F

Línguas 1 15 0 3 1 18 19

Ciências Sociais e Humanas 6 11 0 0 6 11 17

Matemática e C. Experimentais 14 15 2 5 16 20 36

Expressões 3 4 1 0 4 4 8

Totais 24 45 3 8 27 53 80

PESSOAL NÃO DOCENTE - Nível de Habilitações

Categoria profissional 1º C. 2º C. 3º C. Sec. Sup.

Total1

Total 2 M F M F M F M F M F M F

Assistentes Operacionais 5 2 0 0 0 2 0 7 0 0 5 11 16

Assistentes Técnicos 0 0 0 0 0 0 1 5 0 1 1 6 7

Técnicos Superiores 0 0 0 0 0 0 0 0 0 5 0 5 5

Totais 5 2 0 0 0 2 1 12 0 6 6 22 28

PESSOAL NÃO DOCENTE – Níveis Etários

Categoria profissional < 30 30-40 41-50 >50

Total 2 M F M F M F M F

Assistentes Operacionais 0 0 0 3 2 4 3 4 16 Assistentes Técnicos 0 0 0 1 0 5 1 0 7 Técnicos Superiores 0 1 0 2 0 1 0 1 5

Totais 0 1 0 6 2 10 4 5 28

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IV. A FORMAÇÃO NECESSÁRIA

1. PESSOAL DOCENTE

De um modo geral, todos os docentes referem os dois domínios que o Regime Jurídico da

Formação Contínua de Professores (RJFCP)1 contempla: a área científico-didática, relacionada com

as disciplinas que lecionam, bem como a área relacionada as necessidades de funcionamento da

escola. Nesta área, avulta o domínio das TIC, para além de outros domínios transversais como a

Gestão de conflitos, Identificação e Gestão das Dificuldades de Aprendizagem, Avaliação das

Aprendizagens e Avaliação do Desempenho.

Para uma melhor leitura das diversas ações / domínios solicitados, os dados serão apresentados,

respeitando os parâmetros previstos na Portaria 18038/20082, de 4 de julho: objetivos, áreas de

formação a desenvolver, público-alvo a atingir. As modalidades mais adequadas a utilizar, por não

serem perguntadas e serem de caráter vincadamente técnico, ficam à consideração do CFAE.

1 Artigo 14.o

2—Só podem ser creditadas as ações de formação realizadas com avaliação e que estejam diretamente relacionadas com a

área científico-didática que o docente leciona, bem como as relacionadas com as necessidades de funcionamento do agrupamento de escolas ou escola não agrupada definidas no respetivo projeto educativo ou plano de atividades.

3—Das ações de formação contínua a frequentar pelos docentes passíveis de ser creditadas, pelo menos dois terços são na área científico-

didática que o docente leciona.

21 — Os planos de formação previstos na alínea b) do n.º 2 do artigo 20.º e na alínea d) do artigo 33.º, ambos do Decreto -Lei n.º 75/2008, de

22 de abril, devem conter, em termos concretos e precisos, a explicitação do levantamento de necessidades, a indicação dos objetivos a

atingir, a identificação das áreas de formação a desenvolver e das modalidades mais adequadas a utilizar e qual o público -alvo a atingir.2

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Departamento/grupos Áreas de formação Designação D

EPA

RTA

MEN

TO I-

Lín

guas

300 - Português

Científico - Didática

Novos métodos de ensino da Língua Portuguesa

Combate ao insucesso escolar e à iliteracia

Banda Desenhada em contexto escolar

Leitura em formatos digitais, ebooks, em Bibliotecas Escolares

BE – Tratamento documental: catalogação e indexação

Teatro e Novas Tecnologias

Produção de Texto no Ens. Secundário

320 – Francês Formação de Formadores

330 – IngLês

Novas/diferentes abordagens do texto escrito

Didatização de músicas e filmes que motivem os alunos

300/320/330 “Necessidades de Funcionamento da Escola”

Educação Sexual

Gestão de conflitos dentro e fora da sala de aula disciplina / indisciplina

300/320/330 Informática

Utilização de ferramentas como a Web 2.0

Blogues e Wikis

Excel / QIM

DEP

AR

TAM

ENTO

II-

Ciê

nci

as S

oci

ais

e

Hu

man

as

400 - História

Científico - Didática

Avaliar competências da disciplina de História

Liderança no ensino-aprendizagem

410 - Filosofia Aprofundamento científico

420 - Geografia

Demografia

Climatologia

Integração Europeia

430 – Economia e Contabilidade

Sobre as mudanças derivadas da adoção do SNC, em vez do POC

400/410/420/430 “Necessidades de Funcionamento da Escola”

Segurança nas instalações

Saúde na Escola

Conflitos na Escola / Sala de Aula

400/410/420/430 Informática Edição de Tratamento de Imagem / Video

TIC

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Departamento/grupos Áreas de formação Designação D

EPA

RTA

MEN

TO II

I- M

ate

mát

ica

e C

iên

cias

Exp

erim

enta

is

500 - Matemática

Científico - Didática

Calculadores TI ‘npire

Geogebra

Banda Desenhada em contexto escolar

Probabilidades e Estatística

Funções e Programação Linear

Geometria Dinâmica

Modelação matemática

510 – Física Química

Componente Laboratorial de Física / Eletricidade, Eletrónica

520 – Biologia Geologia

Didática das ciências naturais

Atividades experimentais

550 - Informática

Linguagens de programação Web (PHP)

Redes Informáticas

Programas de edição de imagem e animação

Web-design / Multimédia

Programação em C# (Fundamentos científico-didáticos)

560 Ambiente e jardinagem

Todos os Grupos “Necessidades de Funcionamento da Escola”

Hiperatividade e Dislexia

Indisciplina na Sala de aula

Dificuldades de aprendizagem

Acordo Ortográfico

Todos os Grupos Informática

TIC: Moodle

Tic/Excel / QIM

Elaboração de Materiais pedagógicos (PPT com voz e música)

DEP

AR

TAM

ENTO

IV -

Exp

ress

ões

600 – Ed Visual

Científico - Didática

Atualização científica

620 – Ed. Física

Atividades de ar livre

Gestão Desportiva

Desportos Coletivos

Didática dos desportos

Práticas pedagógicas diferenciadas e avaliação do rendimento escolar

910 – Ed Especial Formação Cívica

600/620/910 Informática TIC

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2. PESSOAL NÃO DOCENTE

O método seguido para a definição das necessidades de formação do pessoal não docente foi, como se

disse, o mesmo: a partir da autoavaliação constante das fichas de avaliação (SIADAP). A estas necessidades

acrescentaram-se aquelas que, por conhecimento direto, por parte da direção, foram julgadas essenciais.

Estas necessidades centram-se em três eixos

Literacia informática

Aplicações informáticas específicas

Atendimento e Relações humanas

Setor PND Áreas de formação Designação

ASSISTENTES OPERACIONAIS

Literacia Informática

Processamento de Texto em Word

Construção de folhas de cálculo simples

Programas Informáticos Específicos

Introdução ao PAAE: funcionamento do

Quiosque, Requisição de Refeições, Consultas de

Informações

Atendimento e Relações Humanas

Atender e Ser atendido

Bullying e Gestão de Conflitos

Higiene, Saúde e Segurança no Trabalho

ASSISTENTES TÉCNICOS

Literacia Informática

Uso avançado do Word e Excel:Construção de

Instrumentos administrativos em Excel,

formulários, impressão em série…

Programas Informáticos Específicos PAAE JPM

Atendimento e Relações Humanas

Atender e ser atendido

Gestão de Processo

Higiene, Saúde e Segurança no Trabalho