"2013, um ano em que a vida do recifense não mudou para melhor"

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MUNICÍPIO DO RECIFE PE Análise do Relatório Resumido da Execução Orçamentária (RREO) referente aos meses de janeiro a outubro de 2013.

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Relatório Resumido da Execução Orçamentária (RREO) da Prefeitura da Cidade do Recife de janeiro a outubro de 2013.

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MUNICÍPIO DO RECIFE – PE

Análise do Relatório Resumido da

Execução Orçamentária (RREO)

referente aos meses de janeiro a

outubro de 2013.

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SUMÁRIO

1- INTRODUÇÃO ........................................................................................................................ 3

2- Receitas ................................................................................................................................. 5

3- Receita Corrente Líquida ....................................................................................................... 7

4- Despesas Empenhadas .......................................................................................................... 7

5- Despesas por Secretaria ........................................................................................................ 8

6- Análise dos limites ................................................................................................................. 8

7- Comparação: Recife, Salvador e Fortaleza ............................................................................ 9

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1- INTRODUÇÃO

Geraldo Julio 2013 e o ano que não começou a mudar a vida dos recifenses

Inegável a enorme expectativa da população em torno da Gestão Geraldo Julio.

Expectativa criada a partir de um conjunto de sedutoras promessas de campanha, muitas delas

com ares de mudança, que mais tarde se mostraram inverídicas, embora aceitas, em função da

desastrosa anterior gestão petista no Recife.

Ano legislativo - Com uma enorme bancada governista na Câmara de Vereadores, o Prefeito

não pode acusar a oposição de qualquer manifestação exagerada ou irresponsável. A bancada

oposicionista, apesar de contar com apenas 4 integrantes, foi a fundo no papel que lhe

compete, que é o de exercer a fiscalização do Executivo. Porém, e apesar da sua esmagadora

maioria no Legislativo Municipal, quase nenhuma das leis propostas tocavam nas questões

estruturais e que fazem a qualidade de vida dos recifenses.

Balanço negativo - Ao final do ano passado, com os dados de execução orçamentária

divulgados de janeiro a outubro, já foi possível adiantar que o ano de 2013 praticamente não

existiu em termos de mudanças reais para a cidade do Recife.

Propagou-se que, finalmente, a ordem urbana seria restabelecida. Mas o que se viu foram

ações isoladas, sem a devida continuidade. Estabelecimentos comerciais continuam utilizando

as calçadas como estacionamento. Ruas e passeios do Centro da Cidade permanecem, em sua

grande maioria, loteados, sem qualquer solução alternativa de trabalho para os ambulantes.

Foi prometido à população que a máquina pública se tornaria eficiente, e, neste momento,

alardeia-se que nunca se viu tanto investimento na cidade. Porém, os dados financeiros

apresentados pela própria Prefeitura não comprovam o discurso. Muito pelo contrário!

Algumas secretarias apresentam resultados ridículos de execução orçamentária, segundo

informações da própria Prefeitura do Recife, no balanço de janeiro até outubro de 2013.

Sob o aspecto orçamentário/financeiro, o item Desporto/Lazer teve apenas 13,82%

efetivamente realizado. Direitos da Cidadania, Ciência e Tecnologia e Saneamento também

apresentaram resultados abaixo de qualquer crítica. Mas coube à área de Habitação o recorde

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negativo de desempenho, sendo de apenas 10,8% do orçamento. Daí que nenhum novo

conjunto habitacional foi entregue.

Não deve ser coincidência o fato de o PT estar administrando esta Secretaria, em uma

sociedade direta da gestão de Geraldo Julio com João da Costa. Isso tudo em uma cidade com

enorme déficit habitacional, inclusive com catástrofes recentes, como aquela que ocorreu na

comunidade dos Coelhos, no Centro do Recife.

Na prática, pode-se dizer que algumas áreas não fizeram nada, a não ser o pagamento da folha

de pessoal, eternizando a política do empreguismo sem resultados. Isto pode ser observado

mais abaixo, na Tabela 4 – Despesas.

Mascarando o prejuízo - Como forma de mascarar a situação de precariedade na gestão

pública, utilizou-se a velha prática já conhecida em momentos de dificuldade: recapeamento

de ruas como forma de propaganda, criando-se a sensação de que tudo está andando, quando,

na verdade, a máquina pública insiste em não sair do lugar, em uma gestão tomada pela

burocracia e pelo tecnicismo presentes em um Governo que não sai às ruas.

Outra preocupação diz respeito à absoluta falta de autonomia do município, que parece ter se

transformado em uma filial do Governo do Estado. Em alguns casos não se sabe onde acaba a

responsabilidade de um e começa a do outro. Preocupam, essencialmente, as obras de

mobilidade.

Imobilidade - Aliás, no capítulo mobilidade urbana, a gestão Geraldo Julio, decorrido um ano,

nada de significativo, fez ou realizou – fora a malfadada e derrotada proposta do Rodízio de

veículos. Sequer apresentou um plano de mobilidade, após retirar da Câmara Municipal a obra

de ficção deixada pelo seu antecessor.

O temor inicial parece se tornar realidade: não teremos obra alguma concluída antes da Copa

do Mundo. Em diversas matérias veiculadas pela Imprensa pernambucana, alerta-se que

nenhuma obra estará concluída antes do início do torneio. Não teremos BRT, os terminais de

passageiros não estarão concluídos e as obras que caberiam à Prefeitura, especialmente as

que dizem respeito ao trânsito local, como os corredores de ônibus segregados nas principais

avenidas, tardam a sair do lugar.

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Em relação à mobilidade do dia a dia, a instalação de ciclofaixas, que poderiam ser uma forma

de deslocamento pela cidade, parece só existir como forma de lazer da classe média nos fins

de semana.

Isso sem falar na absoluta falta de transparência do Poder Público local com a população,

especialmente no que diz respeito às aprovações de enormes projetos de impacto urbanístico,

aprovados sempre ao fim do ano, no apagar das luzes e sem o devido debate.

Em meio a este cenário preocupante, elaboramos uma análise com os dados divulgados

financeiros pela Prefeitura de janeiro até outubro de 2013. Os dados de fechamento do ano só

estarão à disposição no início de fevereiro.

2- Receitas

A previsão atualizada de receita do Município do Recife somou R$ 4.289.683.343,91 de janeiro

a outubro de 2013. As receitas realizadas corresponderam a R$ 2.981.622.750,98, gerando um

saldo de R$ 1.308.060.592,93.

As receitas tributárias, segunda categoria de impostos, depois das transferências correntes,

corresponderam a R$ 1.011.815.404,08 (34% da receita realizada total), já as transferências

correntes, R$ 1.419.412.070,05 (48% da receita realizada total).

Chama a atenção na tabela 1, o baixo desempenho das receitas de capital, apenas 29% do

total, idem as receitas patrimoniais – 50%, e o montante das transferências correntes a se

realizar no último bimestre, R$ 513 milhões.

Tabela 1 – Composição da Receita Total – Recife 5° bimestre 2013

Fonte: Diário Oficial do Município

No Bimestre (b) % (b/a) Até o Bimestre (c) % (c/a)

Receitas Correntes 3.392.822.000,00 343.660.534.391,00 512.056.653,11 14,90% 2.698.937.905,81 78,53% 737.667.438,10

Receitas Tributárias 1.153.347.000,00 1.163.347.000,00 188.903.202,55 16,24% 1.011.815.404,08 86,97% 151.531.595,92

Impostos 1.029.412.000,00 1.039.412.000,00 172.926.808,72 16,64% 890.875.817,71 85,71% 148.536.182,29

Taxas 123.935.000,00 123.935.000,00 15.976.393,83 12,89% 120.939.586,37 97,58% 2.995.413,63

Receitas de Contribuições 124.800.000,00 124.800.000,00 27.005.547,59 21,64% 112.708.855,89 90,31% 12.091.144,11

Receitas de Serviços 22.623.000,00 22.623.000,00 1.032.726,44 4,56% 18.004.703,02 79,59% 4.618.296,98

Receitas Patrimoniais 88.615.000,00 88.615.000,00 7.617.736,26 8,60% 44.332.775,99 50,03% 44.282.224,01

Transferências Correntes 1.899.479.000,00 1.933.262.343,91 268.010.250,91 13,86% 1.419.412.070,05 73,42% 513.850.273,86

Outras receitas correntes 103.958.000,00 103.958.000,00 19.487.189,36 18,75% 92.664.096,78 89,14% 11.293.903,22

Receitas de Capital 692.728.000,00 728.728.000,00 93.091.040,33 12,77% 215.839.100,15 29,62% 512.888.899,85

Receitas Correntes Intraorçamentárias 124.350.000,00 124.350.000,00 18.909.944,97 15,21% 66.845.745,02 53,76% 57.504.254,98

Receita Total 4.209.900.000,00 4.289.683.343,91 624.057.638,41 14,55% 2.981.622.750,98 69,51% 1.308.060.592,93

Item/Período Previsão inicialPrevisão

atualizada (a)

Receitas realizadas SALDO

(a-c)

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A tabela 2 e o gráfico 1 abaixo apresentam a evolução da receita corrente nos três anos

analisados (2005, 2009 e 2013). De uma maneira geral a receita se mantém estável ao longo

dos meses, à exceção do mês de fevereiro de 2013, quando a receita atingiu R$

378.769.692,75.

Tabela 2 – Evolução da Receita Corrente Líquida – valor nominal

EVOLUÇÃO DA RECEITA CORRENTE - VALOR NOMINAL

MÊS 2005 2009 2013

Jan 119.942.000,00 170.606.407,33 281.198.014,94

Fev 121.097.000,00 220.021.890,02 378.769.692,75

Mar 115.395.000,00 206.228.121,12 298.147.978,75

Abr 109.404.000,00 184.918.549,97 307.149.245,36

Mai 134.375.000,00 205.023.178,74 283.472.173,10

Jun 113.841.000,00 185.069.071,11 270.247.335,82

Jul 108.699.000,00 180.870.351,47 270.771.399,99

Ago 133.379.000,00 184.377.284,63 279.401.843,24

Set 104.941.000,00 177.066.684,04 256.584.940,41

Out 113.743.000,00 192.500.853,94 293.496.526,72

TOTAL - VALOR NOMINAL 1.174.816.000,00 1.906.682.392,37 2.919.239.151,08

TOTAL - VALOR REAL (IPCA)* 1.768.633.200,64 2.407.908.968,96 2.919.239.151,08 Fonte: Diário Oficial do Município. O índice de atualização utilizado foi o IPCA (IBGE)

Gráfico 1 – Evolução da Receita Corrente – Valor real

Fonte: Elaboração nossa

R$ 1.768.633.200,64

R$ 2.407.908.968,96

R$ 2.919.239.151,08

R$ 0,00

R$ 500.000.000,00

R$ 1.000.000.000,00

R$ 1.500.000.000,00

R$ 2.000.000.000,00

R$ 2.500.000.000,00

R$ 3.000.000.000,00

R$ 3.500.000.000,00

2005 2009 2013

Evolução da Receita Corrente Valor Real (deflacionado pelo IPCA -IBGE)

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3- Receita Corrente Líquida

A Receita Corrente Líquida (RCL) é representada pelo somatório das receitas tributárias, de

contribuições, patrimoniais, industriais, agropecuárias, de serviços, transferências correntes e

outras receitas correntes, menos as deduções legais determinadas pelo artigo 2°, Inciso IV, da

Lei de Responsabilidade Fiscal.

Tabela 3 – Receita Corrente Líquida – Recife 5° bimestre 2013

Item/Período

Até o 1° quadrimestre

2013

Até o 2° quadrimestre

2013

Até o 31 de outubro de

2013

Receita Corrente Líquida 3.144.938.238,70 3.200.826.138,00 3.219.486.326,94 Fonte: Diário Oficial do Município

A tabela 3 demonstra a RCL do Recife até o quinto bimestre (R$ 3.219.486.326,94). Ela é

utilizada para determinar os limites do município com as despesas de pessoal, operações de

crédito, dívida fundada, entre outros. Assim, quanto maior for a RCL maiores serão os limites

de que o município pode dispor.

4- Despesas Empenhadas

As despesas empenhadas atingiram no quinto bimestre de 2013 o montante de R$

2.965.924.137,26, já as despesas liquidadas somaram R$ 2.981.622.750,98, restando um saldo

a liquidar na ordem de R$ 1.951.399.214,46.

Tabela 4 – Despesas – Recife 5° bimestre 2013

Fonte: Diário Oficial do Município

Dois itens merecem destaque negativo (i). Apenas 25,9% das despesas de capital foram

liquidadas e menos da metade empenhadas, (ii) idem investimentos, de um total de 1.0 bi

previsto, menos da metade foi empenhado e parcos 23% liquidados.

No Bimestre Até o Bimestre No BimestreAté o Bimestre

(g)% (g/f)

Despesas (Exceto Intra-Orçamentárias) 4.085.550.000,00 150.411.052,69 4.235.961.052,69 438.823.502,28 2.864.530.605,81 579.949.458,85 2.315.997.788,45 54,67% 1.919.963.264,24

Despesas Correntes 2.862.860.280,00 81.257.813,26 2.944.118.093,26 362.790.713,58 2.307.474.896,81 491.198.957,81 2.018.874.094,26 68,57% 925.243.999,00

Pessoal e Encargos 1.523.788.853,00 6.296.346,11 1.530.085.199,11 237.489.516,50 1.191.990.074,90 252.464.217,32 1.154.538.179,76 75,46% 375.547.019,35

Juros e Encargos da Divida 44.685.000,00 -4293860,42 40.391.139,58 -490.862,29 29.407.289,35 5.089.894,82 25.701.503,38 63,63% 14.689.636,20

Outras Despesas correntes 1.294.386.427,00 79.255.327,57 1.373.641.754,57 125.792.059,37 1.086.077.532,56 233.644.845,67 838.634.411,12 61,05% 535.007.343,45

Despesas de Capital 1.059.339.720,00 87.153.239,43 1.146.492.959,43 76.032.788,70 557.055.706,00 88.750.501,04 297.123.694,19 25,92% 849.369.265,24

Investimentos 1.004.059.720,00 87.112.176,80 1.091.171.896,80 76.263.390,93 504.317.441,70 80.665.838,23 251.298.087,80 23,03% 839.873.809,00

Inversões Financeiras 90.000,00 - 90.000,00 - - - - 0,00% 90.000,00

Amortizações da Divida 55.190.000,00 41.062,63 55.231.062,63 -230.602,23 52.738.264,30 8.084.662,81 45.825.606,39 82,97% 9.405.456,24

Despesa Corrente Intraorçamentárias 124.350.000,00 -10.398.000,00 113.952.000,00 6.981.073,68 101.393.534,45 19.981.576,75 82.516.049,78 72,41% 31.435.950,22

Depesa Total 4.209.900.000,00 140.013.052,69 4.349.913.052,69 445.804.575,96 2.965.924.137,26 599.931.035,60 2.981.622.750,98 55,14% 1.951.399.214,46

Saldo a liquidarItem/Período

Despesas liquidadasDespesas empenhadasDotação inicial

(d)

Créditos

adicionais (e)

Dotação atualizada

f= (d+e)

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A despesa corrente liquidada, com representação em relação à despesa total de 67,7%

correspondeu a R$ 2.018.874.094,26. As despesas de pessoal representaram o principal gasto

no período analisado, totalizando R$ 1.154.538.179.76.

Em segundo lugar vêm as outras despesas correntes que abrigam os materiais de consumo e

outros serviços de terceiros – pessoa jurídica, que totalizou R$ 838.634.411,12.

5- Despesas por Secretaria

Historicamente, as Secretarias da Educação e Saúde são as maiores beneficiadas pelo volume

de recursos colocados a sua disposição. Assim, as duas secretarias, junto com Urbanismo e

Administração, receberam as quantias mais elevadas. A tabela 5, abaixo, demonstra as

despesas por secretaria. No total, a Prefeitura só conseguiu liquidar 55,14% das despesas. Vale

destacar que apenas 18,84% das despesas da Secretaria de Saneamento foram liquidadas. Na

Habitação, a situação é ainda pior, correspondendo a 10,8%, Desporto e Lazer, apenas 13,82%.

Tabela 5 – Despesas por Secretaria – Recife 5° bimestre 2013

Fonte: Diário Oficial do Município

6- Análise dos limites

Captação ridícula e irresponsável – Se se quer uma síntese dos governos do PT, basta ver a

ridícula captação de recursos externos, via operações de crédito, numa cidade faminta por

infraestrutura e com larga capacidade de endividamento.

No Bimestre Até o Bimestre No BimestreAté o Bimestre

(b)

%

(b/totalb)% (b/a)

Urbanismo 1.112.851.244,00 1.133.376.907,71 54.807.160,05 734.602.363,05 149.091.907,31 483.052.078,51 20,14% 42,62% 650.324.829,20

Saúde 723.110.000,00 790.813.728,56 109.248.610,05 602.001.022,25 136.392.784,57 523.677.687,97 21,83% 66,22% 267.136.040,59

Administração 661.130.785,00 645.246.231,53 76.018.547,70 500.240.645,67 92.093.112,98 447.064.813,81 18,64% 69,29% 198.181.417,72

Educação 610.890.000,00 642.150.407,38 84.119.374,08 449.292.277,15 93.796.897,39 377.521.170,21 15,74% 58,79% 264.629.237,17

Previdência Social 283.035.000,00 283.035.000,00 47.699.927,47 204.294.932,44 47.826.261,10 203.698.512,21 8,49% 71,97% 79.336.487,79

Saneamento 126.756.555,00 101.224.787,33 11.444.086,55 46.218.584,78 3.699.798,16 19.073.081,34 0,80% 18,84% 82.151.705,99

Legislativa 111.250.000,00 111.120.000,00 8.425.585,73 95.616.946,76 17.177.894,57 82.786.654,84 3,45% 74,50% 28.333.345,16

Cultura 73.413.620,00 88.132.316,04 5.950.531,85 67.590.269,21 6.556.394,77 56.753.204,97 2,37% 64,40% 31.379.111,07

Encargos Especiais 54.500.000,00 57.730.211,59 2.808.118,23 56.024.770,08 10.769.366,72 48.794.889,48 2,03% 84,52% 8.935.322,11

Assistência Social 40.458.617,00 48.538.437,85 4.450.269,52 25.688.379,25 5.942.020,74 21.030.469,38 0,88% 43,33% 27.507.968,47

Habitação 35.695.000,00 36.817.800,79 10.003.357,40 12.126.449,35 1.961.767,06 3.977.524,28 0,17% 10,80% 32.840.276,51

Comércios e Serviços 27.763.593,00 31.599.208,49 2.004.515,83 15.534.834,36 2.828.364,94 12.799.540,71 0,53% 40,51% 18.799.667,78

Gestão Ambiental 18.108.300,00 27.297.829,00 5.797.810,62 23.707.066,81 5.137.448,18 16.628.713,45 0,69% 60,92% 10.669.115,55

Ciencia e Tecnologia 15.484.286,00 8.494.626,76 1.383.174,46 3.695.233,22 1.069.394,70 2.365.020,23 0,10% 27,84% 6.129.606,53

Direitos da Cidadania 12.268.000,00 34.959.601,55 2.745.787,05 8.627.578,38 3.228.849,79 7.783.780,70 0,32% 22,27% 27.175.820,85

Desporto e Lazer 8.215.000,00 34.640.575,00 2.016.645,69 5.032.307,25 1.868.304,64 4.788.030,21 0,20% 13,82% 29.852.544,79

Comunicações 6.430.000,00 15.376.000,00 9.900.000,00 14.179.559,69 508.891,23 4.145.233,04 0,17% 26,96% 11.230.766,96

Trabalho 840.000,00 57.383,11 57.383,11 57.383,11 0,00% 100,00%

TOTAL 4.209.900.000,00 4.349.913.052,69 445.804.575,96 2.965.924.137,26 599.931.035,60 2.398.513.838,23 100,00% 55,14% 1.951.399.214,46

Saldo a liquidarItem/Período Dotação inicial Dotação atualizada

(a)

Despesas empenhadas Despesas liquidadas

Page 9: "2013, um ano em que a vida do recifense não mudou para melhor"

9

Todos os municípios, Estados e a União têm limites de endividamento pré-estabelecidos, de

acordo com a Lei de responsabilidade Fiscal (RLF). Um município pode se endividar, afinal é

assim que se adquirem financiamentos para construções civis, melhorias urbanas e benefícios

à população. O que não pode acontecer é o comprometimento abusivo da Receita Corrente

Líquida (RCL). A LRF diz que o endividamento não pode ultrapassar 1,2 vezes a RCL.

A tabela 6 revela que aplicadas as deduções legais à dívida consolidada, obtêm-se o montante

da dívida consolidada líquida de R$ 105.752.106,72 até outubro de 2013. Sua participação em

relação à RCL não foi além dos 3,28%, quando o limite determinado de 120% da mesma receita

corrente líquida.

Tabela 6 – Dívida Consolidada Líquida – Recife 5° bimestre 2013

Fonte: Diário Oficial do Município

7- Comparação: Recife, Salvador e Fortaleza

A menor arrecadação – De porte semelhante, das três maiores capitais do Nordeste

analisadas, Recife apresentou a menor arrecadação correspondendo a R$ 2.369.157.683,95,

ficando atrás de Salvador, R$ 2.908.439.242,85, e de Fortaleza, R$ 2.843.214.322,79. Em

média, meio bilhão a menos.

Com relação às despesas liquidadas, a Prefeitura do Recife apresentou o pior desempenho,

correspondendo a 55,14%, Salvador executou 67,37% - mais de 10 pontos percentuais acima

da Prefeitura do Recife - e a de Fortaleza, 77,37%.

Item/Período

31 de dezembro

de 2012

30 de abril de

2013

31 de agosto de

2013

31 de outubro

de 2013

Divida Consolidada 580.843.638,45 552.609.521,50 644.150.730,06 723.669.802,24

Deduções 422.866.524,14 830.685.738,49 909.468.159,31 829.421.908,96

Divida Consolidada Liquida 157.977.114,31 278.076.216,99 265.317.429,25 105.752.106,72

Receita corrente líquida 3.099.850.699,49 3.144.938.238,70 3.200.826.138,00 3.219.486.326,94

DC/RCL 18,74% 17,57% 20,12% 22,48%

DCL/RCL 5,10% 8,84% 8,29% 3,28%

Limite legal (120% da RCL) 3.782.897.929,98 3.773.925.886,44 3.840.991.365,60 3.863.383.592,33

Page 10: "2013, um ano em que a vida do recifense não mudou para melhor"

10

Tabela 7 – Evolução da Receita Corrente (Recife, Salvador e Fortaleza)

Fonte: Elaboração própria, com dados dos municípios

Gráfico 2 – Receita Corrente em 2013 (Recife, Salvador e Fortaleza)

Fonte: Elaboração própria, com dados dos municípios

Os gráficos abaixo fornecem dados comparativos abrangendo as três capitais já citadas no

quinto bimestre de 2013. Das 18 áreas pesquisadas, Recife só é melhor que Salvador e

Fortaleza em apenas três: Cultura, Trabalho e Ciência e Tecnologia.

MÊS Recife Fortaleza Salvador

Jan 281.198.014,94 305.691.467,54 321.868.351,54

Fev 378.769.692,75 461.650.172,65 592.751.351,58

Mar 298.147.978,75 347.258.668,31 310.795.506,38

Abr 307.149.245,36 360.631.246,10 328.277.991,77

Mai 283.472.173,10 371.249.552,92 345.683.019,49

Jun 270.247.335,82 333.428.370,79 324.640.857,82

Jul 270.771.399,99 321.127.015,32 349.588.358,80

Ago 279.401.843,24 342.177.829,16 334.833.805,47

Set 256.584.940,41 338.183.072,40 336.384.102,37

Out 293.496.526,72 351.759.187,36 344.936.541,76

TOTAL 2.919.239.151,08 3.533.156.582,55 3.589.759.886,98

EVOLUÇÃO DA RECEITA CORRENTE

0,00

100.000.000,00

200.000.000,00

300.000.000,00

400.000.000,00

500.000.000,00

600.000.000,00

700.000.000,00

Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out

Receita Corrente (2013)

Recife Fortaleza Salvador

Page 11: "2013, um ano em que a vida do recifense não mudou para melhor"

11

Gráfico 3 – Evolução da Despesa por Função em 2013 (Recife, Salvador e Fortaleza)

10,8% 13,8%

22,3%

27,8%

18,8%

27,0%

68,6%

11,2%

43,5%

0,0%

31,1%

86,6%

28,2%

14,7%

44,6%

0,0% 0,0% 0,0%

10,0%

20,0%

30,0%

40,0%

50,0%

60,0%

70,0%

80,0%

90,0%

100,0%

Execução da despesa por função (quinto bimestre 2013)

Recife

Salvador

Fortaleza

40,5% 42,6% 43,3%

60,9% 58,8%

66,2%

54,5% 54,2%

61,8%

44,9%

67,3%

74,9%

26,5%

45,2%

52,6%

68,1% 64,5%

73,9%

0,0%

10,0%

20,0%

30,0%

40,0%

50,0%

60,0%

70,0%

80,0%

Execução da despesa por função (quinto bimestre 2013)

Recife

Salvador

Fortaleza

Page 12: "2013, um ano em que a vida do recifense não mudou para melhor"

12

72,0% 69,3%

74,5% 64,4%

84,5%

100,0%

81,1%

63,0%

77,8%

38,7%

68,7%

0,0%

72,6%

63,2%

76,5%

34,1%

77,7%

22,2%

0,0%

20,0%

40,0%

60,0%

80,0%

100,0%

120,0%

Execução da despesa por função (quinto bimestre 2013)

Recife

Salvador

Fortaleza