20130527_br_metrobh

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www.readmetro.com | [email protected] | www.facebook.com/metrojornal | @jornal_metrobh MÍN: 15°C MÁX: 25°C BELO HORIZONTE Segunda-feira, 27 de maio de 2013 Edição nº 406, ano 2 O DIÁRIO DA JOVEM CARRIE ANNASOPHIA ROBB MOSTRA A ADOLESCÊNCIA DA ESTRELA DE ‘SEX & THE CITY’ EM NOVA SÉRIE PÁG. 11 CLUBE DA ESQUINA tem trajetória celebrada em LIVRO COM FOTOS E DEPOIMENTOS PÁG. 10 DRAMA FRANCÊS sobre amor lésbico leva PALMA DE OURO EM CANNES PÁG. 13 PEC 37. Após seis reuniões, policiais e promotores se encontram hoje pela última vez em Brasília antes da conclusão do projeto de emenda constitucional que vai regulamentar o trabalho de investigação no país. Conheça os argumentos dos dois lados PÁG. 05 PÉ DE... LIXO? Sacos armazenados em árvores geram curiosidade e temor na rua dos Tupis, em pleno Centro de BH PÁG. 02 Pedestres e lojistas suspeitam que drogas e produtos roubados sejam armazenados no inusitado depósito | EMMANUEL PINHEIRO/METRO BH Primeira rodada do Brasileirão tem despedida de Neymar, goleada do Cruzeiro e derrota do Galo PÁGS. 15 E 16 Polícias cedem, mas ainda negociam restrições ao MP Deficit de agentes gera atraso em 32% das fiscalizações Prefeitura de Belo Horizonte tem 400 fiscais para todas as áreas, como meio ambiente e limpeza PÁG. 03 Alta da Selic mantém poupança atrativa Banco Central decide aumento da taxa básica nesta semana PÁG. 06 O Jornal Metro é impresso em papel certificado FSC, com garantia de manejo florestal responsável, pela gráfica Belo Horizonte Gráfica e Editora. RECICLE A INFORMAÇÃO: PASSE ESTE JORNAL PARA OUTRO LEITOR

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MÍN: 15°C MÁX: 25°C

BELO HORIZONTE

Segunda-feira, 27 de maio de 2013 Edição nº 406, ano 2

O DIÁRIO DA JOVEM CARRIEANNASOPHIA ROBB MOSTRA A ADOLESCÊNCIA DA ESTRELA DE ‘SEX & THE CITY’ EM NOVA SÉRIE PÁG. 11

CLUBE DA ESQUINAtem trajetória celebrada emLIVRO COM FOTOS EDEPOIMENTOS PÁG. 10

DRAMA FRANCÊSsobre amor lésbico levaPALMA DE OUROEM CANNES PÁG. 13

PEC 37. Após seis reuniões, policiais e promotores se encontram hoje pela última vez em Brasília antes da conclusão do projeto de emenda constitucional que vai regulamentar o trabalho de investigação no país. Conheça os argumentos dos dois lados PÁG. 05

PÉ DE... LIXO? Sacos armazenados em árvores geram curiosidade

e temor na rua dos Tupis, em pleno Centro de BH PÁG. 02

Pedestres e lojistas suspeitam que drogas e produtos roubados sejam armazenados no inusitado depósito | EMMANUEL PINHEIRO/METRO BH

Primeira rodada do Brasileirão tem despedida de Neymar, goleada do Cruzeiro e derrota do Galo PÁGS. 15 E 16

Polícias cedem, mas aindanegociam restrições ao MP

Deficit de agentes gera atraso em 32% das fiscalizaçõesPrefeitura de Belo Horizonte tem 400 fiscais para todas as áreas, como meio ambiente e limpeza PÁG. 03

Alta da Selic mantém poupança atrativa

Banco Central decide aumento da taxa básica nesta semana PÁG. 06

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TOR

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BELO HORIZONTE, SEGUNDA-FEIRA, 27 DE MAIO DE 2013

www.readmetro.com |02| {FOCO}

EMMANUEL PINHEIRO/METRO BH

Catador armazena sacos em árvores Uma situação inusitada vem intrigando quem pas-sa pela rua dos Tupis, en-tre a avenida Amazonas e a rua São Paulo, no Cen-tro de Belo Horizonte. De-zenas de sacos de lixo são armazenados no alto de duas árvores do quartei-rão, amarrados nos ga-lhos, formando um gran-de depósito de materiais recolhidos nas ruas.

O responsável pela ce-na no mínimo curiosa é um catador de lixo, possi-velmente um morador de rua. Segundo comercian-tes, ele atua de madruga-da e recolhe o material so-mente após reunir um grande volume. A reporta-gem esteve no local, mas não conseguiu encontrá-lo.

A Regional Centro--Sul da prefeitura infor-mou que o homem ainda não foi identificado e que providenciou a retirada dos sacos na última sex-ta-feira (24). METRO BH

Comerciantes estão insegurosO temor de comerciantes, trabalhadores e pedestres vai muito além do risco de que algo caia e atinja os frequentadores da região. “A gente não sabe o que é. Pode ser droga escondida, arma ou até mesmo pro-dutos roubados. Estamos assustados, e não há qual-quer tipo de fiscalização”, disse um lojista que pediu anonimato. METRO BH

Depósito inusitado Suspeitas

R$ 960é a multa aplicada pela Prefeitura de Belo Horizonte a quem descarta ou deposita lixo de maneira irregular. No caso da rua dos Tupis, a Regional Centro-Sul informou que, se o catador for identificado, poderá ser direcionado a um programa de assistência social municipal, estadual ou federal, em vez de ser multado por armazenar o material no alto das árvores.

1FOCO

O jornal Metro circula em países e tem alcance diário superior a milhões de leitores. No Brasil, é uma joint venture do Grupo Bandeirantes de Comunicação e da Metro Internacional. É publicado e distribuído gratuitamente de segunda a sexta em São Paulo, Brasília, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Curitiba, Porto Alegre, ABC, Santos e Campinas, somando mais de mil exemplares diários.

Editado e distribuído por Metro Jornal S/A. Endereço: avenida Raja Gabáglia, , São Bento, CEP: -, Belo Horizonte, MG. Tel.: /-.O jornal Metro é impresso na Belo Horizonte Gráfica e Editora.

EXPEDIENTEMetro Brasil. Presidente: Cláudio Costa Bianchini (MTB: .). Diretor de Redação: Fábio Cunha (MTB: .). Diretor Comercial e Marketing: Carlos Eduardo Scappini. Diretora Financeira: Sara Velloso. Diretor de Tecnologia e Operações: Luiz Mendes Junior. Gerente Executivo: Ricardo Adamo. Editor Chefe: Luiz Rivoiro. Editor-Executivo de Arte: Vitor Iwasso. Coordenador de Redação: Irineu Masiero.

Metro Belo Horizonte. Gerente Executivo: Pedro Lara Resende. Editor-Executivo: Juvercy Júnior (MTB 12.331/MG). Editor de Arte: Cláudio Machado. Grupo Bandeirantes de Comunicação Minas.Diretor Geral: José Saad Duailibi. Diretor de Jornalismo: Júlio Prado.

A tiragem e distribuição desta edição são auditadas pela BDO.. exemplares

FALE COM A REDAÇÃ[email protected]/-

COMERCIAL: /-

“Acredito que o material amarrado seja só lixo. Mas, certamente, o catador pode trocar o produto por drogas”.

COMERCIANTE QUE PEDIU ANONIMATO

“Ele sobe nas árvores com o lixo nas costas, com uma facilidade que mal dá para acreditar.”MOTOCICLISTA QUE TAMBÉM PEDIU

PARA NÃO SER IDENTIFICADO

Lixo nas alturas

Em xeque

Ministro investigado

O ministro do

Desenvolvimento,

Fernando Pimentel,

deverá ser chamado ao

Congresso para explicar

as denúncias feitas pela

Procuradoria-Geral da

República, que o acusa de

desvio de R$ 5 milhões.

Em 2004, quando

era prefeito de Belo

Horizonte, Pimentel teria

superfaturado a compra

de câmeras do sistema de

vigilância. O caso está no

Supremo Tribunal Federal

e, caso o ministro seja

condenado, poderá pegar

até 17 anos de prisão.

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BELO HORIZONTE, SEGUNDA-FEIRA, 27 DE MAIO DE 2013

www.readmetro.com {FOCO} |03|◊◊

Apesar da adoção de medidas por parte da prefeitura para potencializar o serviço de fis-calização em Belo Horizonte, – em especial a criação dos “superfiscais”, em 2011 –, o quadro reduzido de agentes ainda compromete a execu-ção das vistorias demanda-das pela população. Segundo dados do próprio Executi-vo, 32% dos pedidos recebi-dos por meio dos canais de atendimento ao cidadão são

contemplados com atraso, após os prazos máximos de-terminados pelas normas do município.

Atualmente, a capital mi-neira possui 400 superfiscais, responsáveis por vistoriar obras, vias públicas, limpeza urbana, controle ambiental e Código de Posturas em toda a cidade. Levando-se em conta que a população é de quase 2,4 milhões de habitantes, a média é de um agente a cada

6 mil belo-horizontinos.A assessoria técnica da SM-

SU (Secretaria Municipal de Serviços Urbanos) admite que é impossível atender a toda a demanda. O órgão destaca, porém, que o volume de fisca-lizações cresceu cerca de 30% no primeiro semestre des-te ano em relação a 2012. De janeiro a março, foram 36,8 mil vistorias, ante 27,8 mil no mesmo período de 2012

Ainda conforme a secre-

taria, o índice de retorno às demandas feitas por meio do Disque 156 e da Cen-tral BH Resolve é de 98%, incluindo as vistorias reali-zadas com atraso. Nesse as-pecto, também houve evo-lução na comparação com o ano passado: em 2012, a taxa de pedidos atendidos após os prazos era de 46%.

Sem previsãoO cargo de “superfiscal” foi

criado em 2011, mas as vis-torias integradas só começa-ram a ser realizadas no ano passado. De acordo com a prefeitura, já existe um es-tudo para apontar o número ideal de fiscais, porém ainda não há uma conclusão sobre qual seria esse contingente. Por outro lado, o Executivo também informou que não há previsão para a contrata-ção de novos fiscais.

BANDNEWS FM

Avisos de proibição de descarte de lixo são ignorados no Santa Lúcia | EMMANUEL PINHEIRO/METRO BH

Falta de agentes gera atrasoem 32% das fiscalizaçõesIneficiente. Com média de um fiscal por 6 mil moradores, serviços ao cidadão são contemplados com atraso

Lixo lidera pedidos de vistoriaO descarte irregular de lixo é a reclamação que mais dá trabalho aos superfiscais. Com 46 mil pedidos de vis-toria, o assunto liderou a demanda por fiscali-zação em 2012.

A própria Secretaria de Serviços Urbanos já mapeou os pontos mais críticos, mas a popula-ção ainda reclama da de-mora no atendimento.

No bairro Santa Lú-cia, região Centro-Sul, por exemplo, morado-res convivem com o lixo descartado diariamente logo abaixo de uma pla-ca da prefeitura. “Tinha uma caçamba, mas tira-ram e agora o povo joga no chão. A gente recla-ma, mas não adianta”, disse uma moradora.

Vistoria em lotes va-gos, atividades comer-ciais sem alvará, calça-das danificadas e obras completam a lista das principais demandas da população. BANDNEWS FM

Reclamações

“Com a integração, a prefeitura racionaliza o trabalho e reduz os custos. Não é preciso mais enviar cinco fiscais para o mesmo estabelecimento.”

MARIA LUÍZA BRIGUER, ASSESSORA TÉCNICA DA SMSU

Batida mata dois e fere 24Um ônibus de viagem que seguia do Piauí para São Paulo bateu na traseira de uma carreta carregada de sucata na madrugada de ontem na BR-050, em Uberaba, no Triângulo. Dois motoristas morreram e 24 passageiros ficaram feridos | L.ADOLFO/FOLHAPRESS

Operação penaliza 22 condutores no fim de semana

As blitze da campanha “Sou Pela Vida. Dirijo sem Bebida” abordaram 311 condutores nas ruas da ca-pital entre sexta-feira e sá-bado. Desses, 22 se recu-saram a fazer o teste do bafômetro ou foram pe-gos com nível de teor etíli-co acima do permitido, es-tando sujeitos à punição administrativa, multa e re-colhimento da carteira. As blitze flagraram um con-dutor inabilitado. No fim de semana, a avenida Fle-ming, na Pampulha, foi al-vo da megaoperação quin-zenal da Lei Seca. Das 22h de sexta às 3h de sábado, policiais bloquearam a via de olho nos condutores embriagados. METRO BH

Após erro, prova da Polícia Civil será remarcada

A prova objetiva para o cargo de perito criminal do concurso da Polícia Ci-vil, marcada para este do-mingo, foi cancelada. A decisão foi tomada pela Academia de Polícia Civil e a Fumarc, responsável pelo certaime, logo após candidatos relatarem um erro na montagem do ca-derno B. Novo teste será aplicado para os quase 25 mil candidatos ao cargo em no mínimo 30 dias. Neste domingo, também foram aplicadas provas para médico legista e car-gos administrativos, sem registro de problemas. O concurso da Polícia Civil preencherá 1.497 vagas.

METRO BH

Rebelião termina após 16 horas de negociação

Após 16 horas de nego-ciações, terminou na ma-nhã de ontem a rebelião no presídio de Ituiutaba, no Triângulo Mineiro. Cer-ca de 160 presos aprovei-taram o horário de visitas, na tarde de sábado, para render três agentes peni-tenciários e um militar do Corpo de Bombeiros. Dois deles foram liberados de-pois de serem torturados pelos presos. Os demais reféns foram libertados na manhã de ontem e le-vados a um hospital para atendimento. A Secretaria de Estado de Defesa Social anunciou a instauração de um procedimento interno para apurar as causas do motim. METRO BH

Brinquedos passam hoje por nova vistoria

A Defesa Civil deve rea-lizar hoje nova vistoria nos 21 brinquedos e bar-cos a remo que estão in-terditados há uma sema-na no Parque Municipal Américo Renné Gianne-ti, no Centro. Os técnicos querem saber quais medi-das já foram adotadas pe-los proprietários dos brin-quedos para se adequar às normas de seguran-ça. Na vistoria da semana passada, o órgão identifi-cou irregularidades como falhas nas instalações elé-tricas que poderiam pro-vocar choques nos visitan-tes. Ainda não foi definido um prazo para a reabertu-ra das atrações ao grande público. METRO BH

Parque Municipal Blitze da Lei Seca Etapa cancelada Reféns liberados

Números da fiscalização

no ano passado em BH

Comparativo

55.362AUTUAÇÕES

EMITIDAS

8.643MULTAS

APLICADAS

139.547VISTORIAS

REALIZADAS

400‘SUPER- FISCAIS’

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BELO HORIZONTE, SEGUNDA-FEIRA, 27 DE MAIO DE 2013

www.readmetro.com |04| {BRASIL}

Entre 2005 e 2011, o aces-so à internet no Brasil cres-ceu 143,8% entre a popula-ção a partir dos 10 anos. No entanto, 53,5% dos brasilei-ros nesta faixa etária - 89,3 milhões de pessoas - ainda não usam a rede. Os núme-ros divulgados fazem parte da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicí-lios), feita pelo IBGE .

“Houve um aumento significativo, mas ainda há uma parcela considerá-vel da população que não acessa a internet”, afirma Cimar Azeredo, coordena-dor da pesquisa.

Em 2011, a menor par-cela de brasileiros que usa-ram a rede (21,4%) estava entre aqueles que não têm

rendimentos ou recebem o equivalente a um quar-to do salário mínimo (R$ 169,50). Já a maior (76,1%) é a de quem tem renda en-tre três e cinco pisos sala-riais (R$ 2.034 a R$ 3.390).

Os que têm ganhos maiores que cinco salá-rios mínimos tiveram um percentual menor de aces-so (67,9%) dos que aqueles com a renda imediatamen-te inferior. A explicação está no fenômeno chama-do “efeito geração”.

“Entre os que têm renda mais alta há uma presença muito forte de pessoas com 50 anos ou mais, que em muitos casos não tiveram essa inclusão no período es-colar”, diz Azeredo. METRO

Web. Uso cresce no país, mas 89,3 milhões de pessoas estão desconectadas da rede ACESSO À INTERNET NO BRASIL

Proporção de pessoas que acessam à internet por faixa de renda (em %)

BRASILEIROS COM CELULAR

sem rendimento a 1/4 de salário mínimo

mais de 1/4 a 1/2 salário mínimo

mais de 1/2 a 1 salário mínimo

mais de 1 a 2 salários mínimos

mais de 2 a 3 salários mínimos

mais de 3 a 5 salários mínimos

mais de 5 salários mínimos

total

2005 2009 2011

20

40

60

80

3 , 8 7 , 81 5 , 8

3 2 , 3

5 0 , 7

6 2 , 55 7 , 5

1 8 , 32 6 , 3

3 5

4 9 , 66 3 , 9

7 3 6 8 , 3

2 1 , 43 0

3 9 , 5

5 2 , 9

6 6 , 67 6 , 1

6 7 , 9

TOTA

L

20,9 41,6 46,5

FONTE: IBGE

média nacional (em %)

2005 2008 2009 2011

3 6 , 66 9 , 1

5 3 , 7 5 7 , 6

Maioria no Brasil não tem acesso à internet

Dobra o número de brasileiros que têm celularA população brasileira com 10 anos ou mais que tem celular cresceu 107,2% entre 2005 e 2011. Já são 115,4 milhões de pessoas - o que corresponde a 69,1% desta faixa etária no país - com telefone móvel, se-gundo o IBGE. Em 2005, eram 55,7 milhões - 36,6%.

Os mais velhos e os mais novos foram os que mais contribuíram com o cres-cimento. A proporção de pessoas com 60 anos ou mais com celular aumen-tou 161,3%. E a proporção das crianças de 10 a 14 anos com celular cresceu 118,2%.

Os trabalhadores agríco-las são os que menos têm celular: apenas 43%.

Os números por região mostram que o Nordeste re-gistrou o maior crescimen-to no número de pessoas que têm telefone celular (174,3%). Logo em seguida aparece a re-gião Norte, com um cresci-mento de 166,7%. No Sudes-te, a alta foi de 95,8%; no Sul, de 66,7%; e na região Centro--Oeste, de 88,1%. METRO

MARCELO FREITAS METRO BRASÍLIA

Edi aViaLe e a

144 páginas.

R$ 38,00

Séculos de Espera

A psicanalista, socióloga, ex--pesquisadora da USP (Uni-versidade de São Paulo) e es-critora faz uma análise da situação do negro no país.

Após 125 anos da abolição da escravatura, os brasilei-ros ainda são racistas?O racismo persiste. Nós avançamos muito, estamos mais democráticos em re-lação a outras raças, mas ainda existe um parcela da população que se opõe à presença do negro. A questão da desigualda-de racial está restrita en-tão a uma minoria?Não necessariamente. A gente pode perceber que o negro tem atingido uma

melhor condição. Já existe uma permeabilidade mui-to maior, mas eu tenho cer-teza de que ainda precisa-ria que essa questão fosse superada. O caso do (presi-dente do Supremo) Joaquim Barbosa é um exemplo. Ele foi superexposto justamen-te porque ele é uma exce-ção e, por isso, vira notícia.

Por que o Brasil não conse-gue se livrar definitivamen-te do preconceito?A raiz preconceituosa perma-nece por uma questão cultu-ral. E isso tem um tempo de maturação muito diferente do que, digamos, a adoção de uma nova tecnologia.

Como assim?

As pessoas têm facilida-de para absorver o telefone de última geração. Já a cul-tura, os costumes e as con-venções são muito mais en-tranhadas na sociedade e demoram muito mais tem-po, até gerações, para se-rem modificadas. A cultu-ra anda a reboque, é muito mais lenta e muito difícil de ser modificada do que outras conquistas sociais.

Trata-se também de um fenômeno mundial?Claro. Se a gente pensar que mesmo nos Estados Unidos, onde as políticas de cotas têm mais tempo do que no Brasil e eles têm o presidente Barack Obama no poder, ainda persistem

questões racistas.

E o que deve ser feito?Essa ideologia racista pre-cisa ser suplantada. Preci-samos de negros com mais autoestima e que possam enfrentar em condições de igualdade os desafios da sociedade.

As políticas públicas são suficientes?O período pós-regime mili-tar foi importante. Os gover-nos começaram a se preocu-par com a questão racial.

As ações afirmativas cresceram?Os grupos estão mais orga-nizados e até mesmo rei-vindicam, impõem ao go-

verno uma exigência de resposta mais efetiva e me-nos demagógica. Eu acho que eles estão de fato ten-tando o resgate histórico. Se eles vão conseguir é uma outra questão.

Qual avanço merece destaque?A política de cotas é ob-jetiva no sentido de criar oportunidades para que os negros possam se intro-duzir na sociedade, na vi-da do país e progredir. Não ser apenas um contigen-te que ficam à margem do país, como herança da escravidão.

Qual foi a principal con-tribuição do negro para

a formação da sociedade brasileira?O branco recebeu um afeto que certamente os coloni-zadores europeus não eram capazes de dar. Isso enri-queceu a nossa cultura. O jeitinho, não da forma pe-jorativa, mas no sentido de buscar alternativas, encon-trar uma forma, é sem dúvi-da uma herança dos negros.

ARQUIVO PESSOAL

NILDA JOCK A autora do livro ‘Séculos de Espera’, que aborda o dia a dia de uma família durante a luta pela abolição

da escravatura, analisa que o preconceito racial persiste na sociedade brasileira por uma questão cultural

‘A MUDANÇA É LENTA’

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O papel de protagonista na apuração dos crimes é o prin-cipal ponto de discordância na área de segurança públi-ca hoje. A divergência reside na PEC (Proposta de Emenda Constitucional) 37. Em trami-tação na Câmara desde 2011, a proposta tenta alterar as competências para a inves-tigação criminal. Caso seja aprovada, as polícias civil e federal assumirão exclusi-vamente o trabalho de apu-ração. Promotores e procu-radores dizem que teriam a atuação limitada ao serem excluídos da propositura de investigações e diligências.

“Vários processos têm si-do questionados junto aos Tri-bunais Superiores. O êxito do processo depende de conhe-cimentos técnico-científicos, que o Ministério Público não dispõe”, afirma o ex-deputado Lourival Mendes (PTdoB-MA), na justificativa da proposta.

Após seis reuniões, o gru-po de trabalho técnico criado pelo Ministério da Justiça para buscar um consenso ainda en-frenta resistências de ambos os lados. Na última reunião, no entanto, houve avanço. Os representantes das polícias já admitem abrir exceçõesnas investigações criminais des-de que, porém, sejam impos-tas regras de atuação.

O acordo caminha, portan-

to, para retornar ao texto do relatório final que a Comissão Especial da Câmara rejeitou.

Uma das propostas coloca-das à mesa foi a exigência de uma autorização judicial pa-ra que os procuradores ini-ciassem uma investigação. A condição, contudo, é refuta-da pelo MP porque teria como consequência a demora no início das investigações.

Uma nova reunião, pre-vista para ser a última, es-tá marcada para hoje. Na sequência o texto será enca-minhado para a Câmara.

BELO HORIZONTE, SEGUNDA-FEIRA, 27 DE MAIO DE 2013

www.readmetro.com {BRASIL} |05|◊◊

Em lados opostos. PEC 37 avança, mas policiais civis e federais só aceitam dividir apuração de crimes em casos específicos

Polícias querem negociar restrições

Confira os principais argumentos do MP contra a PEC 37

C ce açã de de

Além do Ministério

Público, impedirá a

investigação do COAF, da

Receita Federal, do Ibama,

da Previdência Social e da

Polícia Militar.

I idade

Enfraquece o combate à

criminalidade organizada

e favorece a impunidade

na prática de crimes de

corrupção.

Re iç e

A denúncia feita pelo MP

a partir da investigação

policial ficará impedida de

ser aprofundada, caso seja

necessário.

E e iê ciai e aci a

Apenas Quênia, Indonésia

e Uganda impedem que

os procuradores façam

investigação.

E f a eci e

Sem investigação própria,

o Ministério Público

perder a atribuição

constitucional de trabalhar

no controle externo da

atividade policial, que

passa a ser feito sem

controle nenhum.

Contra

Confira os principais argumentos usados e a cia

A açã

A Constituição dará direito

exclusivo para às polícias

federais e civis dos Estados

e do Distrito Federal na

apuração de infrações

penais.

Di ei dedefe a

A investigação

independente do

Ministério Público ameaça

o cumprimento de direitos

e garantias do investigado

porque as regras não

estão sob o controle do

Poder Judiciário.

A ib içã

Impede que os

procuradores e

promotores exerçam a

atribuição constitucional

de fiscal da lei e

regulamenta o papel

de cada um: a polícia

investiga e o Ministério

Público apresenta as

denúncias.

I a cia idade

A investigação criminal do

Ministério Público é feita

sem prazos e a produção

de provas está vinculada

a uma das partes, seja

defesa ou acusação.

A favor

Caso a PEC seja aprovada, os policiais seriam os únicos a atuar na investigação de crimes | EDUARDO ANIZELLI/FOLHAPRESS

MARCELO FREITAS METRO BRASÍLIA

“Não estamos tirando atribuição. O Ministério Público não pode perder aquilo que não tem.”

PAULO ROBERTO D’ALMEIDA, PRESIDENTE

DA ASSOCIAÇÃO DE DELEGADOS DA POLÍCIA

“É um retrocesso. O monopólio pela polícia é estapafúrdio porque levará à impunidade.”

JOSÉ ROBALINO CAVALCANTI, PRESIDENTE

EM EXERCÍCIO DA ANPR

DIOGO XAVIER/AGÊNCIA CÂMARA

Relator da PEC 37, Fábio Trad

(PMDB-MS) defende que ha-

ja um meio-termo entre o

desejo das polícias e do Mi-

nistério Público.

O que emperra o acordo?

FÁBIO TRAD ‘A polêmica tão apaixonada

desconsidera o interesse da sociedade’

O caminho é a possibilidade de o Ministério Público in-vestigar, em caráter penal, mas apenas em determina-das condições. Agora, quais são as hipóteses é que ainda será debatido.

O senhor é favorável à restrição do trabalho de investigação?A minha opinião parte do que a sociedade quer. Acre-dito que MP e polícia de-vem atuar para otimizar as investigações.

Por quê?Enquanto os dois órgãos atuarem de forma descoor-denada, a criminalidade se une, em quadrilha ou ban-do, na margem da lei.

Quais os riscos da manu-tenção da divergência?Essa questão, se seria a PEC da impunidade ou PEC da le-galidade, só atrapalhou. E criou arestas desnecessárias. Eu creio que com o acordo, o nome será a “PEC da socie-dade”. METRO BRASÍLIA

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BELO HORIZONTE, SEGUNDA-FEIRA, 27 DE MAIO DE 2013

www.readmetro.com |06| {ECONOMIA}

QUANDO O CLIENTE

TEM (MAIS) RAZÃOO cliente está nervoso, frustrado e exige uma solução por-que o produto ou serviço que adquiriu apresentou proble-ma ou o atendimento recebido deixou a desejar. Como ne-nhuma empresa é infalível, deslizes vão acontecer. Não cabe discutir casos em que é preciso recorrer ao Código de Defesa do Consumidor para saber quem tem razão.

Consideremos a hipótese de que comprovadamente houve falha, situação que pede uma mobilização para se re-solver a pendência logo, evitando desdobramentos.

A maneira de lidar com o erro é determinante pa-ra o relacionamento com o público. As primeiras provi-dências são pedir desculpas e mostrar interesse sincero em sanar a questão. Quem atender o cliente deve estar ciente de que personifica a companhia. A imagem da empresa estará embutida em tudo o que ele falar e fi-zer. Essa pessoa deve manter a calma diante da queixa e assumir uma postura profissional e isenta.

Responder de modo emocional ou entrar numa queda de braço com o autor da reclamação só piora.

Deixar o consumidor desabafar faz parte do processo. É preciso escutá-lo sem interrupção nem pressa, mesmo que ele use tom agressivo. Um equívoco é tentar dar justi-ficativas “criativas” para a falha. O reclamante vai se sentir “enrolado”. Também não adianta dizer que o culpado pelo problema é outro empregado. Para o queixoso, a responsa-bilidade é da empresa toda; afinal ele não é cliente do fun-cionário. O consumidor vai ficar mais irritado ainda se for “empurrado” de um setor para outro. Fica a impressão de que ninguém quer ou sabe resolver.

Por isso, o responsável por atender o caso deve pas-sar segurança e competência. Quanto antes se chegar a uma solução, melhor. A empresa deve jogar aberto, ex-plicar o que é possível fazer, cumprir o prazo combina-do e jamais se comprometer com algo que não poderá entregar. Se for para refazer o serviço, trocar ou con-sertar o produto ou mesmo devolver o dinheiro, que se-ja rápido. O esforço deve ser direcionado para se chegar a um termo razoável para ambas as partes.

Um bom atendimento nessa hora é capaz até de me-lhorar a reputação perante o cliente. E o que era para ser uma crise pode ser revertido e ajudar a construir uma relação de confiança e credibilidade.

Empreendedorismo

[email protected]

Bruno Caetano é diretor superintendente do Sebrae-SP e mestre e doutorando em Ciência Política pela Universidade de São Paulo. O Sebrae-SP é uma instituição dedicada a ajudar micro e pequenas empresas a se desenvolverem e se tornarem fortes. Saiba mais em www.sebraesp.com.br

A nova alta da Selic prevista para esta semana vai mexer mais uma vez com a rentabi-lidade das aplicações. Entre amanhã e quarta-feira, o Co-pom (Comitê de Política Mo-netária) do Banco Central se reúne para definir os rumos da taxa básica da economia, hoje em 7,5% ao ano.

Os economistas consulta-dos pelo BC apostam em um novo aumento de 0,25 pon-to percentual, o que levaria a Selic a 7,75% ao ano, segun-do o boletim divulgado na úl-tima semana. Mas há quem acredite que o aperto mone-tário para controlar a infla-ção possa ser maior, para 8%.

Nos dois cenários, a nova poupança continua levando vantagem sobre os fundos de renda fixa. Para bater a caderneta, os fundos DI pre-cisam ter uma taxa de ad-ministração de até 0,7% ao ano, o que exige um investi-mento inicial mais elevado.

Além disso, a rentabili-dade do CDI vem caindo em relação à Selic. Com isso, o fundo precisa cobrar uma ta-xa de administração ainda menor para oferecer ganhos superiores aos da poupança.

Segundo Samy Dana, professor da FGV (Funda-ção Getulio Vargas), a pou-pança, que é isenta de IR (Imposto de Renda), é uma aplicação interessante no curto prazo. Para os fundos de investimentos, neste ca-

so, pesa a alíquota do im-posto, que varia de 15% a 22,5%, dependendo do pra-zo de aplicação. “A orienta-ção é que o investidor tente ficar mais de dois anos para que possa se beneficiar de alíquotas menores”, afirma.

Para um fundo com taxa de 1,5% ao ano, por exem-

plo, o ganho ainda perde pa-ra a poupança para aplica-ções de dois anos. Com uma alta da Selic para 7,75% ao ano, a rentabilidade seria de 10,77%, para 11% da cader-neta. Se o prazo subir para 25 meses, a renda fixa come-ça se a tornar mais vantajo-sa: 11,60% contra 11,51%.

O CDB, por sua vez, pre-cisa pagar mais que 90% do CDI para, de fato, compen-sar em relação à poupan-ça. Já o Tesouro Direto con-tinua rendendo mais que a caderneta em qualquer pra-zo, mas o investidor precisa procurar uma corretora que não cobre taxa. METRO

Seu bolso. Banco Central se reúne esta semana e deve elevar a taxa básica de juros entre 0,25 e 0,50 ponto percentual. Caderneta de poupança se mantém atrativa

Confira como ficam os investimentos com a alta da Selic

BC já recolheu 96,4 mil cédulas falsasO BC (Banco Central) já re-colheu este ano, até abril, 96.464 cédulas de real fal-sificadas. Em todo o ano passado, foram tiradas de circulação 509.597 no país, a maior parte delas no Rio de Janeiro (26.055) e São Paulo (10.707).

As notas de valores maio-res representam grande parte das cédulas recolhi-das. Neste ano, até abril, o maior número de notas fal-sificadas recolhidas foi de

R$ 50, no total de 23.013 cé-dulas em todo o país.

Ninguém é obrigado a aceitar notas falsas. Caso haja desconfiança sobre a cédula é possível recusar o recebimento. A orientação para quem já recebeu uma nota suspeita de ser falsa é entregar o dinheiro em uma agência bancária que vai en-caminhar a cédula para a análise do BC. Não há tro-ca por notas verdadeiras, de acordo com o BC. METRO

Os assalariados com ní-vel superior receberam em média, em 2011, 219% a mais que os que não ti-nham essa formação. O sa-lário médio do primeiro grupo foi de R$ 4.135,06 e o do pessoal sem nível superior, R$ 1.294,70, de acordo com pesquisa rea-lizada pelo IBGE (Institu-to Brasileiro de Geografia e Estatística).

Apesar da diferença, na comparação com 2010, os salários de quem não tem nível superior subiram mais: 2,1%, ante 0,6% do ou-tro grupo, de aumento real (acima da inflação).

A fatia dos trabalhado-res com nível superior, por sua vez, cresceu 8,5%, para 17,1% do total de assalaria-dos em 2011, frente a 16,5% no ano anterior. METRO

Salários. Quem tem nível superior ganha 219% mais

Notas falsas encontradas pela polícia em SP | OSVALDO BIRKE/FUTURA PRESS

SELIC EM ALTA Ganho e rendimento para aplicação de R$ 10.000

SELIC EM 7 , 7 5 % AO ANO

304 617 1.272

FONTE: SAMY DANA, PROFESSOR DA FGV *TR (TAXA REFERENCIAL) IGUAL A ZERO **NÃO CONSIDERA CUSTO DA CORRETAGEM

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SELIC EM 8% AO ANO

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3,04%

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13,16%

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O governo da Colômbia e as Farc (Forças Armadas Re-volucionárias da Colômbia) chegaram a um acordo so-bre a questão crítica da re-forma agrária, o que pode representar um passo sig-nificativo no processo que busca encerrar um prolon-gado conflito. O objetivo é o desenvolvimento econômi-co e social nas zonas rurais e a entrega de terras para as pessoas que vivem lá.

Esse primeiro item da agenda definida para os diálogos estava em discus-são desde novembro do ano passado e era considerado o mais difícil da pauta. O pro-cesso de negociações que estão sendo realizadas em Cuba inclui ainda a partici-pação na vida política, a luta contra o tráfico de drogas, o fim de conflito e compen-

sação às vítimas. O conflito entre governo e guerrilha, o mais longevo da Améri-ca Latina, já matou mais de 100 mil pessoas e deixou milhões de desalojados.

O acordo deste domin-go foi divulgado em um ato formal no Palácio de Con-venções de Havana ao qual estiveram presentes os ne-gociadores do governo e da guerrilha e representantes dos países fiadores do pro-cesso (Cuba e Noruega) e dos acompanhantes (Vene-zuela e Chile). METRO

Paris faz manifestação contra casamento gay

BELO HORIZONTE, SEGUNDA-FEIRA, 27 DE MAIO DE 2013

www.readmetro.com {MUNDO} |07|◊◊

Protesto na França acaba em confronto com a polícia | STEPHANE MAHE/REUTERS

Um homem de 22 anos foi detido ontem no norte de Londres por agentes anti-terroristas por seu suposto envolvimento no recente assassinato do soldado bri-tânico Lee Rigby, em Lon-dres. Com ele já são quatro as pessoas detidas em um caso que gerou temor de tensões sociais. No sábado, a polícia prendeu três ho-mens de 21, 24 e 28 anos.

Os dois supostos assassi-nos são Michael Adebolajo, 28, e Michael Adebowale, 22, britânicos de origem ni-geriana, que justificaram o crime em nome do islã. Os dois permanecem sob custó-dia policial em hospitais di-ferentes de Londres, onde fo-ram internados após terem sido baleados por agentes.

O governo britânico confirmou ontem que Abe-dolajo já havia sido preso, em 2010, no Quênia, por suspeita de se reunir com islamitas ligados à rede Al--Qaeda. O governo vai criar uma força-tarefa para com-

bater o extremismo nas co-munidades muçulmanas do Reino Unido. Com 500 policiais, o grupo terá co-mo foco muçulmanos radi-cais que têm potencial de recrutar seguidores.

Ataque na FrançaNa França, o ministro do

Interior, Manuel Valls, afir-mou que o ataque a um sol-dado em Paris, cometido por um homem ainda fora-gido, tem características de terrorismo islâmico. A polí-cia acredita que o crime po-de ter sido inspirado pelo assassinato de Lee Rigby.

Investigadores antiter-

rorismo estão à procura de um homem com barba, de 30 anos, que possivelmen-te é de origem norte-africa-na. Ele fugiu para uma es-tação de trem após atacar o soldado de 23 anos com uma faca ou estilete, no sá-bado. O soldado sobrevi-veu ao ataque. METRO

Terror. Quatro pessoas já foram detidas pela polícia do Reino Unido. Governo vai criar força-tarefa para combater extremismo. Na França, militar também é vítima de ataque

Parentes do soldado britânico visitaram ontem o quartel onde ele servia | OLIVIA HARRIS/REUTERS

Mais um suspeito é preso por morte de soldado britânico

Dois foguetes atingiram ontem um bairro xiita em Beirute, considerado uma fortaleza do Hezbollah, deixando pelo menos qua-tro feridos. Horas após, um foguete foi disparado no fim da noite (horário local) a partir do sul do Lí-bano em direção a Israel.

Os ataques aumentaram os temores de que o conflito na Síria tenha avançado so-bre o país vizinho. Nenhum grupo reivindicou a auto-ria dos ataques ao Líbano, mas eles ocorreram poucas horas após o líder do Hez-bollah, Hassan Nasrallah, afirmar que continuará lu-tando “até a vitória” ao lado do presidente sírio.

Desde o início dos confli-tos na Síria, foi o primeiro

ataque aparentemente vi-sando a área Hezbollah, no sul da capital libanesa.

Em Bagdá, o chanceler sí-rio, Walid al-Moallem, con-firmou pela primeira vez que o regime aceita, “em princípio”, fazer parte da negociação de paz que ocor-rerá no mês que vem, em Genebra (Suíça), com me-diação da ONU, por iniciati-va dos Estados Unidos e da Rússia. Deverão participar também representantes das diferentes facções rebeldes.

Representantes de Wa-shington e Moscou se re-unirão em Paris hoje para debater esses detalhes. O principal assunto deve ser a renúncia de Assad, uma exigência dos países oci-dentais. METRO

Crise na Síria. Ataques com foguetes aumentam temor por avanço de conflito

Pelo menos cem pessoas fo-ram presas durante protes-to contra o casamento gay, que reuniu cerca de 150 mil pessoas ontem em Paris. Os confrontos entre policiais e manifestantes começaram à noite na Esplanada dos Inválidos, ponto turístico da capital, logo após o final da passeata.

Segundo o ministro do Interior, Manuel Valls, “cen-tenas de pessoas de extre-ma-direita” e de movimen-tos nacionalistas iniciaram as agressões. O governo mo-bilizou 4.500 policiais por temer ações por parte de grupos de extrema-direita.

O movimento espe-ra que a demonstração de

força interrompa ou retar-de outras leis que permi-tem a procriação assistida e as mães de aluguel para casais gays.

A lei foi promulgada na semana passada e o pri-meiro casamento gay se-rá celebrado quarta-feira em Montpellier (sudeste).

METRO

Bairro xiita em Beirute foi alvo ontem de dois foguetes| MOHAMMED AZAKIR/REUTERS

Colômbia. Governo e Farc fecham primeiro acordo

100 milé o número de mortes provocadas pelos conflitos entre o governo e a guerrilha.

Tornado

Obama visita área em Oklahoma

O presidente dos EUA, Barack Obama, visitou ontem Moore, em Okla-homa, área que foi de-vastada por um tornado na semana passada. Ele prometeu ajuda a longo prazo para a reconstru-ção do local. Vinte e qua-tro pessoas morreram, sendo sete crianças em uma escola. METRO

Enchentes

Duas mulheres morrem no Texas

Duas mulheres morre-ram sábado em uma en-chente em San Antonio, no Texas, EUA. As chu-vas causaram queda de energia, que afetou 12 mil pessoas. METRO

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BELO HORIZONTE, SEGUNDA-FEIRA, 27 DE MAIO DE 2013

www.readmetro.com |08| {MUNDO}

Mais um passo na guerra das máquinas

TIMOTHY WALTER/US NAVY

Drone decola de porta-aviões

Seguindo a estratégia da guerra das máquinas, a Marinha dos Estados Unidos testou o primei-ro avião não tripulado capaz de decolar de um porta-aviões. A demons-tração bem-sucedida do X-47B, como é chamado o novo drone, abre ca-minho para que os EUA utilizem o artefato em praticamente qualquer lugar do mundo.

Voo durou 65 minutos

O X-47B partiu do porta--aviões USS George H. W. Bush, ancorado na costa do Estado da Virgínia. De-pois de fazer muitas ten-tativas de aproximação, o drone pousou na Base Aé-rea Naval de Patuxent Ri-ver, no Estado de Mary-land. O voo durou cerca de 65 minutos e foi controla-do por um software, ope-rado por um humano.

METRO

Tecnologia bélica Pela costa

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Envergadura de 18,9 m,

e peso de 6,350 kg.

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Pode alcançar altitude de

mais de 12 mil metros. Tem

autonomia de 3,890 km.

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Em teste. O drone pode

começar a operar em 2020,

segundo a Marinha.

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Ser capaz de pousar em

um navio em movimento.

Raio-X do avião

“Hoje nós vimos um pequeno, mas

significativo, ponto: o futuro da Marinha. Começamos a integração de um sistema não tripulado ao ambiente de combate mais complexo dos dias de hoje: o convés de um porta-aviões movido a energia nuclear.”

DAVID BUSS, VICE-ALMIRANTE

Controladores do

Northrop Grumman,

que desenvolve drones

TIMOTHY WALTER/US NAVY

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Após sete anos de silêncio, a família Bluth está de vol-ta. Estreou ontem, exclu-siva para o site Netflix, a quarta e última temporada da sitcom americana “Ar-rested Development”.

Serão quinze novos epi-sódios com todo o elenco original, que fez sucesso na série e conquistou espa-ço até em grandes produ-ções de Hollywood, entre eles Michael Cera, Jason Bateman e Will Arnett.

Mesmo com as seis con-

quistas do Emmy – inclusi-ve de Melhor Série de Co-média em 2004 – e sucesso de público, “Arrested De-velopment” teve apenas três temporadas e acabou cancelada em 2006.

METRO

BELO HORIZONTE, SEGUNDA-FEIRA, 27 DE MAIO DE 2013

www.readmetro.com |10| {CULTURA}

2CULTURA

Embora não sejam mais mo-ços e nem se encontrem mais na famosa esquina do bairro Santa Tereza onde tudo come-çou, os integrantes do Clube da Esquina guardam consigo belas lembranças de uma tra-jetória mágica. Uma amizade musical que se estreita ainda mais com o lançamento de “Clube da Esquina – 40 anos”, do compositor Márcio Borges, irmão do músico Lô Borges.

A publicação traz depoi-mentos dos 16 artistas que participaram da gravação do icônico disco “Clube da Esqui-na”, de 1972. São relatos de Milton Nascimento, Wagner Tiso, Lô Borges, Beto Guedes e Fernando Brant, entre outros.

Há ainda uma referên-cia ao disco “Clube da Esqui-

na II”, de 1978, que posterior-mente incorporou à turma músicos como Tavinho Mou-ra e Flávio Venturini.

“Fizemos também uma homenagem a figuras anto-lógicas do antigo Ponto dos Músicos, como Pacífico Mas-carenhas, Célio Balona e nos-so irmão Marilton Borges. Eles foram fundamentais pa-ra estabelecer a estética mu-sical que chegou a ser conhe-cida como Clube da Esquina”,

conta Márcio Borges.Mas o livro não se resume

a relatos. Como um álbum de família, há imagens raras que revelam momentos de descontração e intimidade dos membros do Clube.

Márcio já havia relatado a história de como os músicos se conheceram no livro “Os Sonhos Não Envelhecem”, de 1996. “Esse era autobiográfi-co. Narrava o início da minha amizade com o pessoal que deu início ao Clube da Esqui-na”, esclarece Borges.

ProvocativoPara se manter fiel à história do disco, Márcio Borges optou por ilustrar a capa do livro com a famosa foto das duas crianças anônimas que está estampada no álbum de 1972. Naquela época, o álbum revo-lucionou o mercado musical e provocou situações engraça-das por trazer apenas a ima-gens dos jovens garotos, sem nenhuma menção aos artistas ou ao título do disco.

“Os vendedores da épo-ca exibiam o disco com a contra-capa, porque lá esta-vam as informações e as fo-tos do Milton Nascimento e do Lô Borges entre um ban-do de crianças. Herdamos esse espírito provocador e montamos a capa do livro com essa mesma foto para que o leitor se recordasse do álbum na hora”, explica o compositor do clube.

Lançamento. Livro ‘Clube da Esquina – 40 anos’ traz relatos dos músicos que participaram da gravação do icônico disco de 1972

Capa do disco de 1972, com os dois garotos: provocativo | FOTOS: DIVULGAÇÃO

Eternos amigos de um Clube fraternal

GUSTAVO CUNHAMETRO BELO HORIZONTE

“É uma declaração de amor a um trabalho que foi reconhecido no mundo inteiro.”

MÁRCIO BORGES, COMPOSITOR DO CLUBE

Beto Guedes e Lô Borges: amizade que não envelhece

Imagens raras, íntimas e descontraídas da turma que se reunia no Santa Tereza

Sessão solene na Assembleia

O livro será lançado hoje, às 20h, na Assembleia Le-gislativa de Minas Gerais, com as presenças de Mil-ton Nascimento e dos inte-

grantes do Clube da Esqui-na. A obra é editada por meio de parceria entre a Assembleia e a Imprensa Oficial de Minas Gerais. A publicação tem tiragem li-mitada e será distribuída aos interessados mediante sorteio. GC

Lançamento hoje

Cena da nova temporada de “Arrested Development” | DIVULGAÇÃO

Netflix exibe quarto ano de ‘Arrested Development’

2006foi o ano em que a série foi cancelada, após ter rendido três temporadas na TV.

Natura Musical abre inscrições

Até 28 de junho, o progra-ma Natura Musical rece-be inscrições para o Edital Nacional, que apoia ini-ciativas culturais que te-nham a música brasileira como foco. As inscrições são gratuitas e devem contemplar a produção e a entrega de um produto físico inédito – como CD, DVD ou livro. Informa-ções pelo site naturamusi-cal.com.br. METRO BH

IncentivoJerry Lewis

De volta

à telonaApós 18 anos longe do

cinema, o comediante volta

às telonas no drama “Max

Rose”, de Daniel Noah,

apresentado no Festival

de Cannes. Lewis vive um

pianista de jazz de 87 anos

que abdicou da carreira

pela família e pelos filhos.

Quando fica viúvo, ele

descobre fatos tristes sobre

a mulher com quem viveu

durante 65 anos.

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BELO HORIZONTE, SEGUNDA-FEIRA, 27 DE MAIO DE 2013

www.readmetro.com {CULTURA} |11|◊◊

Em “The Carrie Diaries”, pre-lúdio da série “Sex and the City”, exibido às segundas no canal Boomerang, Anna-Sophia Robb vive uma Car-rie Bradshaw jovem, com 16 anos, pré-Big, em 1984. Mas independente de interpretar uma ícone da obsessão pela moda, Robb acredita ter pou-ca conexão com maquiagem e roupas. Foi sobre sua rela-ção pessoal com as paixões de sua personagem que ela conversou com o Metro.

Com ou sem maquiagem?Eu realmente não uso mais maquiagem. Resolvi parar de me maquiar porque, quan-do estou trabalhando, che-go a ficar maquiada por mais de 15 horas em um dia. En-tão, nos finais de semana ou antes de ir para o traba-lho, eu passo apenas algum hidratante.

Maquiagem estilo anos 80. Curte ou não?A maquiagem dos anos 80 era apenas uma gran-de mistura de cores e um neon exagerado. Eu não sei se eu curto tanto aqui-lo. O blush era realmente forte e brilhante e se vo-cê não tivesse a pele com o tom de pele perfeito pa-ra usá-lo, o resultado era sempre muito pesado.

Qual seu mantra de beleza?Cuide de suas sobrancelhas! Eu ganhei uma escova para sobrancelhas uma vez, em um trabalho que fiz, que eu uso até hoje. Meus amigos zombam de mim, mas eu adoro. Quando eu era mais jovem, minha mãe me en-sinou como aplicar o blush. Faça isso errado e o resulta-do será uma confusão de co-res e você vai parecer que es-tá queimada.

E o grande segredo para fi-car com os cabelos de Car-rie é uma peruca?Meu cabelo natural é mui-to liso e levaria cerca de duas horas para ficar enrolado, en-tão para mim é muito mais simples usar uma peruca. Carrie usa muitos coques di-ferentes na série, então preci-so estar preparada para usar muitos acessórios divertidos.Prelúdio. AnnaSophia Robb interpreta uma versão adolescente de

Carrie Bradshaw, protagonista e ícone fashion da popular série de TV ‘Sex and the City’, com exibição pelo canal de TV Boomerang

Uma nova

“Eu adoro os vestidos da Carrie. Ela tinha um senso estético e de moda bastante selvagem.”

ANNASOPHIA ROBB, ATRIZ

ROMINA MCGUINNESS METRO INTERNACIONAL

AnnaSophia

Robb vive a

juventude de

Carrie, de “Sex

and the City”

DIV

ULG

ÃO

O canal HBO aposta em novas séries e acaba de lançar a pro-dução mexicana “Sr. Ávila”. O seriado mostra a história de Ávila (Tony Dalton), um ven-dedor de seguros que man-tém um segredo: ele é um as-sassino de aluguel. Anos após o trabalho sujo, ele assume o cargo mais importante da em-presa em que trabalha, mas começa a lidar com sérios problemas da vida dupla.

Os dois primeiros episó-dios mostram boa produção e fotografia, além de referên-cias a séries como “Sopranos”, “Breaking Bad”, “Dexter” e até “Mad Men”. METRO

TV. HBO estreia série mexicana ‘Sr. Ávila’

Tony Dalton no papel de Ávila

| DIVULGAÇÃO

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BELO HORIZONTE, SEGUNDA-FEIRA, 27 DE MAIO DE 2013

www.readmetro.com |12| {VARIEDADES}

Leitor fala

O BRTFica até chato e enfadonho, mas te-mos que falar. É impressionante o que acontece nas obras do BRT. Outro dia, ouvimos várias justificativas injusti-ficáveis a respeito das obras na ave-nida Cristiano Machado. O prefeito de BH falou sobre a demolição da es-tação União do BRT, e “justificou”: is-to não deverá alterar o cronograma de implantação do sistema de transpor-te rápido por ônibus em Belo Horizon-te. Agora, temos a informação que se-rá demolida a pista de 150 metros em concreto armado em frente ao bair-ro Ipiranga, próximo ao Minas Shop-ping, devido aos erros de execução na concretagem da pista. Várias pergun-tas precisam ser respondidas: Não tem projeto aprovado? Se tem projeto, por que este tipo de deficiência? Não se-guiram o projeto? Se não tem proje-to, como contratar e executar este tipo de obra? E a fiscalização da obra, não existe? Onde está a empresa responsá-vel pela fiscalização? Cadê o pessoal da prefeitura, que acompanha a execução dessas obras? Quem paga por estas pa-tologias na construção do BRT?FÁBIO COSTA MARQUES – BELO HORIZONTE, MG

Metro web

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Metro pergunta

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Acredito que seja um ótimo exemplo de lei da oferta e procura.

@lorahfirmo

Nos lugares onde costumo parar, pela região Centro-Sul, os preços são sempre muito altos. Chegam a ser abusivos.

O que você acha dos preços de estacionamentos em Belo Horizonte?

O momento é pouco indicado para se

envolver em negócios ousados. Nas relações, procure agir de ma-

neira compreensiva com a postura de algumas pessoas.

Está mais propenso a se dedicar aos as-

suntos de pessoas que possui maior vínculo, é importante não parar

sua vida por isso. Momento importante para decisões em conjunto.

Horóscopo Está escrito nas estrelas www.estrelaguia.com.br

O trabalho é uma área propensa a novida-

des diante de planos que possuir. Será fundamental separar razão

e emoção diante de decisões importantes que precisará tomar.

Cuide para que a ansiedade com algumas

expectativas profissionais e materiais não sobrecarreguem sua

rotina. Cuidado com o seu jeito de agir será fundamental.

Período propício para desfrutar mo-

mentos de diversão com os amigos. O exercício de alguma arte ou

de algo que faça superar a timidez será positivo para as emoções.

Há tendências para posturas mais

consumistas. Nas relações, atente-se para não se exceder com ma-

nias e ciúmes. Momento propício para definir projetos materiais.

Suas emoções estarão mais

transparentes que o normal, o que requer atenção para que varia-

ções de humor não atrapalhem a convivência com os mais próximos.

Evite se afastar de pessoas especiais

por causa de irritações da rotina. Algumas delas poderão auxi-

liá-lo na maneira de enfrentar desafios.

O espírito de grupo será essencial nas re-

lações de trabalho e para a conquista de metas. Retomar a convi-

vência com velhas amizades proporcionará momentos especiais.

A retomada de antigos assuntos é uma

tendência junto às relações de maior vínculo. O mais indicado é

esclarecê-los ao invés de remoer sentimentos negativos.

Período especial para revisar papéis

que envolvam questões materiais e documentos. Momento bom para

se dedicar a novos conhecimentos que tragam prazer à sua rotina.

Momento importante para lidar com te-

mas relacionados a viagens e contatos à distância. Cuide para não se

exceder em exigências diante das relações de maior vínculo afetivo.

Os invasores

Cruzadas

Sudoku

Ecoinovação

ANDRÉ J. A. GABRIEL

André J. A. Gabriel é coordenador do curso de Engenharia Ambiental da Universidade Metodista de São Paulo. É engenheiro químico (UFRRJ), especialista em psicologia junguiana (IJEP), mestre em química orgânica (UFRRJ) e doutor em ciências (USP).

ECOCIRCUITOS Quando olhamos para a natureza, surge uma questão pulsante - o equilíbrio que existe nas formas de vida distribuídas em verdadeiras cadeias de produção de energia, distribuição de alimentos, diversidade e admirável consciência de seus papeis no conjunto da obra.

A qualidade da presença é inigualável na natureza – ser o que se é e realizar o papel devido no momento presente. Assim, a ár-vore que cresce e sustenta o solo, renova e resfria o ar, se adaptando e criando harmo-nia ao seu redor - não foge de seu propósito. Cria o diálogo com os outros seres viventes, não sendo invasiva, e procurando luz atra-vés do heliotropismo. Isto é consciência!

Heliotropismo é o movimento que as plantas fazem buscando a melhor posição para captar a luz solar. O girassol tem es-te nome por causa deste movimento – suas flores giram buscando maior incidência de luz solar. Este exemplo mostra o quan-to de consciência todos os seres viventes possuem.

Os animais são reconhecidos farejado-res de desastres naturais – a seriema, ave do Brasil central, canta quando vai chover e o gado sobe o morro. Nos tsunamis, os ani-mais livres saem em debandada antes do evento. Os peixes e aves realizam seus mo-vimentos migratórios quando precisam de melhores condições para se reproduzir e se alimentar, e fazem deslocamentos conti-nentais. Uns poderiam chamar instintos, eu digo que há uma enorme consciência e pre-sença nestas ações harmônicas coletivas.

Estas são propostas de pensarmos como nos gerenciamos inseridos na sociedade hu-mana: quanto caos há na nossa consciência, o quanto somos o que não deveríamos ser e o como nos limitamos e adoecemos quando nos separamos da essência da verdade con-tida na natureza – a qualidade da presença.

Page 13: 20130527_br_metrobh

BELO HORIZONTE, SEGUNDA-FEIRA, 27 DE MAIO DE 2013

www.readmetro.com {CULTURA} |13|◊◊

André em cena: além de integrar o elenco, ele dirigiu e produziu o filme | DIVULGAÇÃO

“Pouco mais de um mês”, curta-metragem do dire-tor mineiro André Novais de Oliveira, levou a menção honrosa da 45ª Quinzena dos Realizadores do Festival de Cannes. A mostra parale-la ao festival é realizada pe-lo Sindicato de Diretores da França e destinada a cineas-tas em início de carreira.

“Gambozinos”, do cineas-ta português João Nicolau, faturou o prêmio principal da categoria. A cerimônia de premiação ocorreu na úl-tima sexta-feira no Teatro

Croisette. O júri foi presidi-do pelo ator Louis Garrel.

O curta-metragem foi ro-dado pela produtora mineira Filmes de Plástico, de Conta-gem, Grande BH. Com 22 mi-nutos, a produção mistura ficção e realidade ao acom-panhar a história de Élida e André – o diretor também integra o elenco. O filme foi o único representante brasi-leiro entre os 21 longas e 9 curtas da mostra paralela, entre produções de países como França, Romênia e Es-tados Unidos. METRO BH

Curta mineiro leva menção honrosa

A lista de premiados no Festival de Cannes des-te ano é, principalmen-te, uma seleção de refle-xões sobre as mais atuais questões da sociedade. Do romance homossexual de “La Vie d’Adèle” ao pro-blema familiar moderno de “Like Father, Like Son”, foram os dramas humanos contemporâneos que ga-nharam o coração da exi-gente crítica do evento.

Chocante, sensual e sen-sível, “La Vie d’Adèle”, do diretor franco-tunisiano Ab-dellatif Kechiche, conquis-tou a Palma de Ouro. O fil-me marcou por suas cenas

de sexo explícito entre duas mulheres, daquelas que não se veem nas pudicas telas de Holywood. O longa retrata o primeiro amor de duas adolescentes e as di-ficuldades que encontram ao encarar essa relação.

Espécie de segundo lu-gar do Festival de Cannes, o Grand Prix foi entregue para Ethan e Joel Coen, por “Inside Llewin Davis”, único entre os premiados a fugir da temática das encruzilha-das contemporâneas. O lon-ga acompanha um cantor de folk que tenta conquis-tar o sucesso nos anos 1960.

Sem muitas surpresas,

Bérénice Bejo levou o prê-mio de melhor atriz por seu papel de mulher re-cém-divorciada em “Le Passé”. O equivalente mas-culino ficou com Bruce Dern, que viveu um ex-al-coólatra em “Nebraska”.

O mexicano Amat Esca-lante foi eleito melhor di-retor por seu trabalho em “Heli”, que acompanha uma família pobre mexi-cana que vive à margem da fronteira com os Esta-dos Unidos, sofrendo com o narcotráfico e a corrupção. Escalante apostou em um retrato cru do problema.

“Like Father, Like Son”,

do japonês Hirokazu Kore--Eda, convenceu o júri com um relato sobre duas fa-mílias que descobrem que seus filhos foram trocados após um exame de sangue - trama só possível em tem-pos de leitura de DNA.

Além destes, Jia Zhang-ke levou o prêmio de me-lhor roteiro por “Tian zhu Ding” (“Um Toque de Mal-dade”, China), “Ilo Ilo”, de Anthony Chen (Singapura), conquistou o Caméra D’Or e o curta-metragem conde-corado no festival interna-cional foi “Safe”, de Moon Byoung-Gon (Coreia do Sul). METRO BRASÍLIA

Palma de Ouro. Longas sobre homossexualidade, separação, alcoolismo, paternidade, tráfico de drogas e pobreza são os maiores celebrados no encerramento do festival

“La Vie d’Adèle” levou a Palma de Ouro | DIVULGAÇÃO

Cannes premia dramas do mundo moderno

1Ele é o diretor. Amat Escalante

Mexicano comemora prêmio conquistado por traba-lho no cru e violento ‘Heli’.

2Surpresa. Bérénice Bejo recebe a boa notícia

Todos já esperavam que ela fosse premiada, mas a im-pagável expressão no rosto de Bejo mostra que ela não estava lá tão segura.

3Moda. Apresentadora rouba olhares

Audrey Tautou se destacou por um belo modelo em vermelho, de ar romântico.

4Suspiros. Não tem para ninguém

Depois que Uma Thurman desfilou esse modelo pra-teado, não houve chance para as outras estrelas.

5Palma de Ouro. Drama de amor lésbico arrebata prêmio máximo

Seydoux (esq.) e Exarchopoulos beijam Kechiche pela vitória de “La Vie d’Adèle”.

1

2

3 4

5

Imagens 1 . GARETH CATTERMOLE/GETTY IMAGES2 E 3 . PASCAL LE SEGRETAIN/GETTY IMAGES

4 . FRANCOIS DURAND/STRINGER5. YVES HERMAN /REUTERS

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Tony Kanaan escreveu on-tem seu nome na história da Fórmula Indy e do automo-bilismo mundial ao vencer, pela primeira vez, as 500 Mi-lhas de Indianápolis. O pilo-to da KV Racing é o quarto brasileiro a conquistar uma das provas mais tradicionais do mundo. Além dele, Emer-son Fittipaldi (1989 e 1993), Gil de Ferran (2003) e He-lio Castroneves (2001, 2002 e 2009) já comemoraram o triunfo no circuito oval.

Correndo sempre nas pri-meiras posições, Kanaan sacra-mentou a vitória a três voltas do fim, quando, depois de uma relargada, ultrapassou o ameri-cano Ryan Hunter-Reay, atual campeão da categoria. Depois disso, o escocês Dario Franchit-ti bateu e a bandeira amarela foi agitada e se manteve até a 200a volta, garantindo, assim, a conquista de Kanaan.

Helio Castroneves, da Penske, que chegou a liderar a disputa, terminou a prova na 6ª posição. Já Bia Figueire-do, da Dale Coyne, foi a 15ª.

Após as 500 Milhas, a lide-rança do campeonato ficou com o americano Marco Andretti, que soma 168 pontos, 11 a mais que o japonês Takuma Sato. He-lio Castroneves é o 3º, com 152. Kanaan é o 7º, com 124 e Bia Fi-gueiredo a 26ª, com 53.

A próxima etapa da Indy será em Detroit (EUA), em ro-dada dupla, sábado e domin-go que vêm. METRO

BELO HORIZONTE, SEGUNDA-FEIRA, 27 DE MAIO DE 2013

www.readmetro.com |14| {ESPORTE}

3ESPORTE

Kanaan comemora com leite, parte da tradição da prova | ROBERT LABERGE/GETTY IMAGES

Emocionante. Piloto baiano é o quarto brasileiro a vencer prova mais tradicional dos EUA

Kanaan conquista as 500 Milhas pela 1a vez

“A última volta foi a mais longa da minha vida. Filho, te prometi, né? Está aí, foi para você.”

TONY KANAAN, DEDICANDO

A VITÓRIA AO FILHO LEONARDO

UFC 160

Pezão perde luta pelo cinturão

O brasileiro Antônio Sil-va, o Pezão, foi derrotado no 1º round pelo america-no Cain Velásquez na luta principal do UFC 160, em Las Vegas (EUA), válida pe-lo cinturão dos pesos-pesa-dos. Antes, o ex-campeão Junior dos Santos, o Ciga-no, nocauteou o neozelan-dês Mark Hunt com um chute. METRO

Roland Garros

Federer e Serena vencem na estreia

O suíço Roger Federer e a norte-americana Se-rena Williams, líder do ranking mundial, estrea-ram com vitória em Ro-land Garros. O ex-núme-ro 1 do mundo venceu o espanhol Pablo Carre-no-Busta por 3 sets a 0 – parciais de 6/2, 6/2 e 6/3. Já Serena não tomou co-nhecimento da georgia-na Anna Tatishvili: 6/0 e 6/1 em 51 minutos de partida. METRO

Fórmula 1

Nico RosbergO alemão da Mercedes

venceu o GP de Mônaco

ao ficar à frente de

Sebastian Vettel e Mark

Webber, ambos da Red

Bull. O brasileiro Felipe

Massa, da Ferrari, sofreu

um acidente na 30ª volta,

mas passa bem.

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BELO HORIZONTE, SEGUNDA-FEIRA, 27 DE MAIO DE 2013

www.readmetro.com {ESPORTE} |15|◊◊

SANTOS FLAMENGO

0 0 Barça leva por R$ 74 milhõesMesmo com uma pro-posta menor do que a do Real Madrid, o Bar-celona foi a escolha de Neymar. O clube ca-talão pagou R$ 74 mi-lhões pelo jogador de 21 anos, contra R$ 93 milhões oferecidos pe-lo Real.

O clube de Madri também ofereceu salá-rio maior ao atacante: R$ 29 milhões anuais, contra “apenas” R$ 18,5 milhões do Barça.

Pesou a favor do time catalão o acordo de ca-valheiros – que daria ao Barcelona a preferência em uma negociação – e a vontade de Neymar em jogar no time do ar-gentino Lionel Messi.

O atacante, que se despediu ontem do Pei-xe, vai assinar hoje o contrato por cinco tem-poradas. METRO

Vai, moleque!

Empate. No último jogo de Neymar, Flamengo e Santos ficam no 0 a 0, no Mané Garrincha. Craque chora durante execução do hino nacional

Foi a despedida de Neymar do futebol brasileiro e a es-treia de Marcelo Moreno com a camisa do Flamen-go – ele entrou no segun-do tempo no lugar de Her-nane e deve ser o titular a partir de agora. Mas, a fes-ta só não foi completa por-que a rede não balançou, e a primeira partida de San-tos e Flamengo no Campeo-nato Brasileiro, ontem, no recém-inaugurado Estádio Mané Garrincha, em Brasí-lia, acabou 0 a 0.

Neymar já tinha se emo-cionado durante a preleção, ainda no vestiário, com os companheiros. No momen-to da execução do hino nacio-nal, a joia santista deixou a lá-grima correr.

O atacante de 21 anos foi o nome do jogo, mas quem brilhou foi o goleiro do San-tos, Rafael, já que o Flamen-go foi melhor.

Neymar diz apenas um “até breve”, já que vai parti-cipar ainda de dois amistosos entre Santos e Barcelona, co-mo parte do pagamento por sua transferência, e vai dispu-tar a Copa das Confederações com a Seleção, a partir do dia 15 de junho. METRO RIO

Neymar chora antes do jogo

SÉRGIO LIMA/FOLHA PRESS

Brasileirão

1ª rodada

SÁBADO

VASCO 1 X 0 PORTUGUESA

VITÓRIA 2 X 2 INTERNACIONAL

CORINTHIANS 1 X 1 BOTAFOGO

ONTEM

GRÊMIO 2 X 0 NÁUTICO

PONTE PRETA 0 X 2 SÃO PAULO

CRICIÚMA 3 X 1 BAHIA

SANTOS 0 X 0 FLAMENGO

FLUMINENSE 2 X 1 ATLÉTICO-PR

CRUZEIRO 5 X 0 GOIÁS

CORITIBA 2 X 1 ATLÉTICO-MG

Série B

1ª rodada

SEXTA-FEIRA

OESTE 1 X 1 AVAÍ

SÃO CAETANO 0 X 0 CEARÁ

BOA ESPORTE 1 X 4 CHAPECOENSE

PAYSANDU 1 X 1 ASA

SÁBADO

FIGUEIRENSE 3 X 2 AMÉRICA-RN

JOINVILLE 3 X 0 BRAGANTINO

ICASA 2 X 1 SPORT

PALMEIRAS 1 X 0 ATLÉTICO-GO

ABC 0 X 2 PARANÁ

GUARATINGUETÁ 1 X 0 AMÉRICA-MG

CLASSIFICAÇÃO

P V GP SG

1º CRUZEIRO 3 1 5 5

2º CRICIÚMA 3 1 3 2

3º GRÊMIO 3 1 2 2

4º SÃO PAULO 3 1 2 2

5º CORITIBA 3 1 2 1

6º FLUMINENSE 3 1 2 1

7º VASCO 3 1 1 1

8º INTERNACIONAL 1 0 2 0

9º VITÓRIA 1 0 2 0

10º BOTAFOGO 1 0 1 0

11º CORINTHIANS 1 0 1 0

12º FLAMENGO 1 0 0 0

13º SANTOS 1 0 0 0

14º ATLÉTICO-MG 0 0 1 -1

15º ATLÉTICO-PR 0 0 1 -1

16º PORTUGUESA 0 0 0 -1

17º BAHIA 0 0 1 -2

18º NÁUTICO 0 0 0 -2

19º PONTE PRETA 0 0 0 -2

20º GOIÁS 0 0 0 -5

Classificados para a Libertadores

Rebaixados para a Série B

R$ 6,9 mifoi a renda do duelo entre Santos e Flamengo, ontem, em Brasília, novo recorde no futebol brasileiro. A marca anterior era R$ 4,4 milhões, em um jogo entre São Paulo e Inter na Libertadores de 2010.

Campeões em casaA delegação do Bayern desembarcou ontem em Munique com a taça da Liga dos Campeões, conquistada no sábado, em Londres, na vitória por 2 a 1 sobre o Borussia Dortmund | LENNART PREISS/BONGARTS/GETTY IMAGES

Alexandre Pato volta à mira do Milan

De acordo com o jornal “Corriere dello Sport”, o Milan tentará contra-tar novamente o atacan-te Alexandre Pato. O clu-be quer o jogador do Timão porque Giampao-lo Pazzini ficará seis me-ses afastado por causa de uma cirurgia no joe-lho. METRO

Lazio vence a Roma e é campeã da Copa da Itália

A Lazio derrotou ontem a arquirrival Roma pe-lo placar de 1 a 0 e con-quistou a Copa da Itália, no Estádio Olímpico. O gol da vitória foi anota-do pelo meia Lulic. O tí-tulo do torneio nacional garantiu a Lazio na pró-xima edição da Liga Eu-ropa. METRO

Na Itália Corinthians

Herói da classificação do América na Copa do Brasil, o goleiro Neneca prometeu se redimir da falha que re-sultou na derrota da equipe alviverde na estreia pela Sé-rie B, por 1 a 0, para o Gua-ratinguetá, no sábado.

A equipe americana pres-siona o adversário, já tinha mandado uma bola na tra-

ve adversária e o gol parecia questão tempo. Mas, aos 38 minutos, uma bola despre-tensiosa traiu o goleiro. Ao tentar fazer uma defesa rá-pida, Neneca deixou a bola escapar de suas mãos. “In-felizmente, aconteceu essa infelicidade. Tenho o cam-peonato inteiro para me re-dimir”, disse. METRO BH

América. Neneca promete se redimir de falha fatal

“Jogar com Messi, Xavi, Iniesta é uma honra muito grande. Ir para o Barcelona é um sonho. E, graças a Deus, estou realizando.”

NEYMAR

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BELO HORIZONTE, SEGUNDA-FEIRA, 27 DE MAIO DE 2013

www.readmetro.com |16| {ESPORTE

Embalo. Cruzeiro aplica 5 a 0 no Goiás e é o primeiro líder Virada. Sem Ronaldinho e Jô, Atlético sofre golpe nos acréscimos

Diego Souza comemora primeiro gol da Raposa | RODRIGO LIMA/O TEMPO/FOLHAPRESS

Primeira rodada tem goleada celeste e derrota alvinegra

Vanderlei; Victor Ferraz,

Leandro Almeida, Chico e

Dênis Neves; Junior Urso, Gil, Robinho (Bottinelli )

e Alex (Lincoln ); Geraldo e Deivid (Arthur ).

Técnico: Marquinhos Santos

Victor; Carlos César

(Serginho ), Réver, L. Silva

e Júnior César; Pierre, Josué

e Bernard (Cláudio Leleu ); Diego Tardelli , Luan

e Alecsandro (Guilherme ). Técnico: Cuca

2

1 G Diego Tardelli, aos 4, Deivid, aos 8, e Arthur, aos 46 minutos

do 2º tempo.

L ca Estádio Couto Pereira, em Curitiba (PR)

CORITIBA

ATLÉTICO

Fábio; Ceará, Dedé, Bruno

Rodrigo e Egídio; Leandro

Guerreiro, Nilton, Everton Ribeiro (Lucca ) e Diego

Souza (Elber ); Dagoberto (Ricardo Goulart ) e

Borges. Técnico: Marcelo Oliveira

Harlei; Vitor, Ernando,

Valmir e W. Matheus ;

Amaral, Thiago Mendes, R.

Oliveira e Hugo (Ramon ); Araújo (Eduardo Sasha )

e Walter (Júnior Viçosa ). Téc ic Enderson Moreira

5

0 G Diego Souza, aos 5, Bruno Rodrigo, aos 31, Nilton, aos 40, e

Borges, aos 42 minutos do 1º tempo; Nilton, aos 33 minutos do 2º

e L ca Arena Independência, em Belo Horizonte (MG)

CRUZEIRO

GOIÁS

“Não tivemos muitas oportunidades, mas não dá tempo para lamentações. O resultado mais justo seria o empate pelo que os times fizeram.” CUCA, TÉCNICO DO ATLÉTICO

“Já criamos consistência. O desafio era ter um time consistente nos dois tempos. Às vezes, decidimos o jogo no primeiro tempo e deixamos cair.” MARCELO OLIVEIRA, TÉCNICO DO CRUZEIRO

Autor do gol atleticano, Tardelli disputa bola no estádio Couto Pereira | HEULER ANDREY/AGIF/FOLHAPRESS

A estreia do Cruzeiro no Campeonato Brasileiro não poderia ter sido melhor. Jo-gando em casa e amplamen-te favorito contra o Goiás, que reestreava na Série A, o time celeste atropelou o ad-versário alviverde com uma goleada por 5 a 0 e termi-nou a rodada como primei-ro líder da competição.

Diante de um público de 12.218 pagantes na Arena Independência, pois o Mi-neirão já está fechado para a Copa das Confederações, a Raposa manteve o emba-lo recuperado após a perda do Campeonato Mineiro – vinha de outra goleada, por

4 a 0 sobre o Resende-RJ, pe-la Copa do Brasil – e não deu chances ao time goia-no, marcando quatro gols logo no primeiro tempo.

Na próxima rodada, o Cruzeiro viaja até Curitiba (PR), onde encara o Atlético--PR, outro clube que voltou neste ano à Série A.

O jogoO Cruzeiro foi para cima com tudo desde início e chegou ao primeiro gol logo aos 5 minutos. Após uma co-brança de falta, a zaga goia-na não conseguiu cortar e a bola sobrou para Diego Sou-za abrir o placar.

Aos 30 minutos, Dago-berto cruzou e Bruno Ro-drigo subiu de cabeça para ampliar. Ainda no primeiro tempo, aos 40 minutos, Da-goberto mandou mais uma bola para a área e desta vez encontrou Nilton livre para balançar a rede.

E ainda houve tempo pa-ra mais um na etapa inicial. Após falha da zaga, Bor-ges recebeu livre e chutou no canto esquerdo de Har-lei para se tornar o segundo maior artilheiro da história do Brasileirão, com 83 gols. Na etapa final, Nilton mar-cou mais um, de cabeça, e fechou a goleada. METRO BH

Com um time misto, sem dois de seus principais des-taques – Ronaldinho Gaú-cho e Jô –, o Atlético deixou escapar um empate fora de casa nos acréscimos e saiu de campo derrotado pelo Coritiba, por 2 a 1, ontem, no estádio Couto Pereira.

Após sair na frente com Diego Tardelli, o Galo sofreu o empate e sentiu o gosto amargo da derrota já aos 46 minutos do segundo tempo, quando Arthur, que havia saído do banco, deu núme-ros finais ao jogo.

Agora, o Atlético volta a se concentrar totalmente na Taça Libertadores. O time

volta a campo nesta quin-ta-feira, na Arena Indepen-dência, podendo até empa-tar com o Tijuana (MEX) por 0 a 0 ou 1 a 1 que ainda as-sim se classifica para as se-mifinais do torno continen-tal. No próximo domingo, o adversário será o São Paulo, pelo Campeonato Brasilei-ro, também em casa.

O jogoApesar dos desfalques, a promessa era de um jogão de bola, já que Bernard e Tardelli estavam em campo, diante de outro craque, o ex--cruzeirense Alex, do outro lado do gramado. Mas o pri-

meiro tempo foi frio, e o go-leiro Victor só foi realmente acionado uma vez, em bom chute de Júnior Urso.

No segundo tempo, as coisas mudaram. Logo aos 4 minutos, Tardelli cobrou falta para a área, a bola pas-sou por todo mundo e enga-nou o goleiro Vanderlei.

Após sofrer o gol, o time da casa reagiu e empatou lo-go depois, aos 8, com Deivid, de cabeça. Sem brilho e apa-rentemente cansado, o time atleticano foi cendendo es-paço. O golpe veio nos acrés-cimos, com Arthur comple-tando um cruzamento de Lincoln. METRO BH