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UNIVERSIDADE DE BRASLIA FACULDADE DE ARQUITETURA E URBANISMO
PROGRAMA DE PS-GRADUAO EM ARQUITETURA E URBANISMO
DERSON OLIVEIRA TEIXEIRA
MTODO DE AVALIAO AMBIENTAL DE ESPAOS URBANOS ESTUDO DE CASO: ASA SUL DO PLANO PILOTO DE BRASLIA-DF
Braslia
2013
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DERSON OLIVEIRA TEIXEIRA
MTODO DE AVALIAO AMBIENTAL DE ESPAOS URBANOS ESTUDO DE CASO: ASA SUL DO PLANO PILOTO DE BRASLIA-DF
Dissertao apresentada ao Programa de Ps-Graduao em Arquitetura e Urbanismo, da Universidade Braslia, como parte dos requisitos para a obteno do ttulo de Mestre em Arquitetura e Urbanismo.
rea de concentrao: Paisagem, ambiente e sustentabilidade ORIENTADORA: Dra. Marta Adriana Bustos Romero
Braslia
2013
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Ficha catalogrfica elaborada pela Biblioteca Central da Universidade de Braslia. Acervo 1008142.
Te i xe i ra , derson Ol i ve i ra . T266m M todo de ava l i ao amb i en ta l de espaos urbanos es t udo de caso : Asa Su l do Pl ano Pi l o to de Bras l i a-DF / derson Ol i ve i ra Te i xe i ra . - - 2013 . 141 f . : i l . ; 30 cm.
Di sser t ao (mes t rado) - Un i vers i dade de Bras l i a , Facu l dade de Arqu i t e tura e Urban i smo , Programa de Ps -Graduao em Arqu i t e t ura e Urban i smo , 2013 . I nc l u i b i b l i ogra f i a . Or i en tao : Mar t a Adr i ana Bus t os Romero .
1 . Espaos pb l i cos . 2 . Arqu i t e tura - Aspec tos amb i en t a i s . 3 . Pl ane j amen to urbano . 4 . Sus t en t ab i l i dade . I . Romero , Mar t a Adr i ana Bus tos . I I . T t u l o .
CDU 711 .41
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DERSON OLIVEIRA TEIXEIRA
MTODO DE AVALIAO AMBIENTAL DE ESPAOS URBANOS ESTUDO DE CASO: ASA SUL DO PLANO PILOTO DE BRASLIA-DF
Dissertao apresentada ao Programa de Ps-Graduao em Arquitetura e Urbanismo, da Universidade Braslia, como parte dos requisitos para a obteno do ttulo de Mestre em Arquitetura e Urbanismo.
rea de concentrao: Paisagem, ambiente e sustentabilidade ORIENTADORA: Dra. Marta Adriana Bustos Romero
Aprovada pelos membros da banca examinadora em _______ / ____________ / _______.
BANCA EXAMINADORA
___________________________________________
Profa. Dra. Marta Adriana Bustos Romero (FAU/UnB) Presidente da Banca
___________________________________________
Dr. Rmulo Jos da Costa Ribeiro (FAU/UnB) Membro examinador interno
___________________________________________
Dr. Rodrigo Studart Corra (UnB) Membro examinador externo
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AGRADECIMENTOS
minha orientadora, professora Dra. Marta Adriana Bustos Romero, pelo carinho, ensinamentos, disponibilidade, pacincia e dedicao mpar com que sempre me orientou.
Sua sabedoria me direcionou aos melhores caminhos a serem seguidos e com certeza, foi modelo de inspirao, despertando em mim o amor pela pesquisa.
Agradeo aos meus pais Everton e Cida, pelo incentivo, confiana e exemplo de tica, honestidade, coragem e, sobretudo de amor ao prximo. Sem vocs no seria possvel
estar realizando este sonho.
Ao meu irmo Everton, minha cunhada Mariana, minha irm Maria Eduarda e minha av Sofia, pelo carinho, cumplicidade, estmulo e por torcerem pela realizao de todos os meus
sonhos.
Agradeo a amiga-irm Moira Nunes, companheira, parceira, amiga, fortalecendo-me sempre, depositando em mim confiana e me auxiliando no caminho a seguir na arquitetura.
Agradeo amiga Marianna por sempre me manter firme e forte no desenvolvimento da dissertao, no me deixando desanimar.
A toda minha famlia que mesmo distantes, sempre deram votos de confiana para a minha formao como pessoa e profissional.
Aos meus amigos de vida, que estavam nas festas enquanto eu passava noites sem dormir terminando a dissertao. Agradeo por lembrarem de mim, fingindo esticar um brao nas
fotos, como se eu estivesse presente naquele momento.
A Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da UnB e ao seu Programa de Ps-Graduao que tanto contriburam para minha formao acadmica.
A CAPES pelo auxlio financeiro para o desenvolvimento dos estudos.
E, principalmente a DEUS, por abrir portas que ningum fecha, me dando energia nas horas difceis e me fazendo entender que na vida tudo se consegue se tivermos fora de vontade.
Muito obrigado a todos e que ELE d a cada um de vocs, a SUA forma especial de recompensa, pois esta vitria e de todos ns.
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SUMRIO RESUMO ............................................................................................................................... 7 ABSTRACT ........................................................................................................................... 8 LISTA DE FIGURAS .............................................................................................................. 9 LISTA DE TABELAS ............................................................................................................ 11 INTRODUO ..................................................................................................................... 12 1. INTRODUO ................................................................................................................. 13
1.1. Antecedentes ao tema ............................................................................................... 13 1.2. Procedimentos Metodolgicos ................................................................................... 19
ETAPA 1 .............................................................................................................................. 22 2. ETAPA 1 Apresentao do trabalho de Urbanismo Sustentvel ................................... 23
2.1. Anlise de Morfologia Urbana Sustentvel ................................................................ 23 2.2. Aplicao do mtodo desenvolvido ........................................................................... 30
2.2.1. Escala da Cidade: Mobilidade Urbana Sustentvel ............................................. 37 2.2.2. Escala da Cidade: Identidade ............................................................................. 43 2.2.3. Escala da Cidade: Infraestrutura Urbana ............................................................ 49 2.2.4. Escala da Cidade: Coeso Social ....................................................................... 50 2.2.5. Escala da Cidade: Ambiental .............................................................................. 51 2.2.6. Escala da Cidade: Expanso .............................................................................. 55 2.2.7. Escala do Setor: Mobilidade Urbana Sustentvel ................................................ 56 2.2.8. Escala do Setor: Identidade ................................................................................ 57 2.2.9. Escala do Setor: Coeso Social .......................................................................... 60 2.2.10. Escala do Setor: Ambiental ............................................................................... 61 2.2.11. Escala do Setor: Segurana .............................................................................. 65
2.3. Mtodo de Classificao ........................................................................................... 68 ETAPA 2 .............................................................................................................................. 73 3. ETAPA 2 Conceitos sobre Qualidade Ambiental Urbana .............................................. 74
3.1. Estudos sobre Qualidade Ambiental Urbana ............................................................. 74 3.2. Anlise de Qualidade Ambiental Urbana ................................................................... 86 3.3. Consideraes .......................................................................................................... 93
ETAPA 3 .............................................................................................................................. 94 4. ETAPA 3 Aplicao do mtodo desenvolvido ............................................................... 95
4.1. Apresentao ............................................................................................................ 95 4.2. Estudo do Indicador Conforto .................................................................................... 95 4.4. Aplicao no Estudo de Caso .................................................................................... 98
4.4.1. Atributo Acstica ............................................................................................ 101 4.4.2. Atributo Porosidade ....................................................................................... 102
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4.4.3. Software ENVI-met ........................................................................................... 103 4.4.4. Atributo Temperatura ..................................................................................... 109 4.4.5. Atributo Ventilao ......................................................................................... 112 4.4.6. Atributo Umidade do Ar .................................................................................. 112 4.4.7. Atributo Relao W/H Ambiental ................................................................. 114 4.4.8. Atributo Topografia ........................................................................................ 114 4.4.9. Atributo Sombreamento / Vegetao ............................................................. 115 4.4.10. Atributo Permeabilidade do Solo .................................................................. 116
4.5. Resultados Obtidos ................................................................................................. 117 CONCLUSES E .............................................................................................................. 130 CONSIDERAES FINAIS ............................................................................................... 130 5. CONCLUSES E CONSIDERAES FINAIS .............................................................. 131 REFERNCIAS ................................................................................................................. 137 6. REFERNCIAS ............................................................................................................. 138
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RESUMO
A partir do entendimento de que as cidades possuem caractersticas individualizadas e dspares entre si, e que seu crescimento acarreta, na maioria das vezes, em diversos problemas nas condies ambientais do espao urbano, o presente trabalho apresenta inicialmente um estudo realizado na disciplina Urbanismo Sustentvel, da Ps-Graduao da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de Brasilia, onde foi desenvolvido um mtodo de Anlise da Morfologia Urbana Sustentvel em regies administrativas do DF. Com a anlise de diversos autores que tratam dos aspectos da morfologia urbana e qualidade ambiental do espao urbano, definiram-se conceitos especficos, agrupando em uma tabela indicadores e atributos, estipulando ainda valores, para quando analisados, definir o grau de sustentabilidade de uma regio. Porm, percebeu-se uma subjetividade nos resultados, variando de acordo com cada pesquisador. Baseado nisso, este trabalho busca revisar a literatura, aprimorando os conceitos dos indicadores e atributos j relacionados, desenvolvendo uma nova metodologia de aplicao utilizando a Regio Administrativa I Asa Sul do Plano Piloto de Braslia-DF como estudo de caso, diminuindo a subjetividade dos resultados a partir da utilizao de equipamentos para medies in loco, instrumentos computacionais e estudo de formas. Nesse caso, optou-se pelo indicador Conforto para o desenvolvimento do novo mtodo, por se tratar de um dos indicadores que antes apresentavam maior nvel de subjetividade nos seus resultados, trazendo com isso solues que serviro de base para outros pesquisadores desenvolverem novas metodologias de anlise e aplicao nos demais indicadores apresentados nesse estudo.
Palavras-chave:
Morfologia urbana, conforto, avaliao ambiental, espaos urbanos, asa sul.
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ABSTRACT
Based on the understanding that cities have individualized characteristics, disparate from each other, and that growth in most cases, in many problems in the environmental conditions of urban space, this paper presents an initial study in discipline Sustainable Urbanism, the Graduate School of Architecture and Urbanism at the University of Brasilia, where was developed a method of Sustainable Urban Morphology Analysis of administrative regions in the DF. With the analysis of several authors that deal with aspects of urban morphology and environmental quality of urban space, was set up specific concepts, grouping on a table indicators and attributes, while stipulating values, when analyzed to define the degree of sustainability of a region. However, it wasperceived subjectivity in the results, varying according to each researcher. Based on this, this paper seeks to review the literature, enhancing the concepts of indicators and related attributes already developing a new methodology for application using the Administrative Region I the South Wing of Pilot Plan of Braslia-DF as a case study, reducing the subjectivity of results using equipment for in loco measurements, computational instruments and study of ways. In this case, we chose the Comfort indicator for the development of the new method, because it was one of the indicators presented before with higher level of subjectivity in its results, bringing basic solutions for other researchers to develop new methodologies for analysis and application the other indicators presented in this study.
Keywords:
Urban morphology, comfort, environmental evaluation, urban spaces, south wing.
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LISTA DE FIGURAS
Figura 1 Sketch do projeto do Plano Piloto do Lucio Costa. ..........................................31 Figura 2 Separao das superquadras da Asa Sul. Cores frias (azul e verde) representam as superquadras pares, enquanto as cores quentes (vermelho e amarelo), representam as superquadras mpares............................................................................33 Figura 3 Vista area de uma superquadra, separada pelo cinturo verde, com o comrcio local no sudoeste da foto. .................................................................................34 Figura 4 Foto area da localizao da Asa Sul no Plano Piloto de Braslia. ..................35 Figura 5 Foto area da localizao da superquadra SQS 308, a Escala do Setor na Asa Sul no Plano Piloto de Braslia. ........................................................................................36 Figura 6 Acesso universal at o transporte pblico, com caladas adaptadas. No entanto, v-se caminhos alternativos sob a rea gramada (sudeste) para facilitar o percurso at o transporte pblico. ....................................................................................37 Figura 7 Mapa do raio de abrangncia dos pontos de nibus 200m. .........................38 Figura 8 Mapa do raio de abrangncia das estaes metrovirias. ...............................39 Figura 9 Mapa Axial da Asa Sul do Plano Piloto de Braslia. Predominncia da cor azul. ........................................................................................................................................41 Figura 10 Mapa de hierarquia das vias. ........................................................................42 Figura 11 Mapa da distncia do ponto extremo da Asa Sul com a Rodoviria do Plano Piloto. ..............................................................................................................................43 Figura 12 Foto da Igreja Nossa Senhora de Ftima, da SQS 308. ................................45 Figura 13 Foto da maquete da Asa Sul, representando a Escala Hierrquica da regio. ........................................................................................................................................46 Figura 14 Relao Pblico / Privado na Escala do Setor da Asa Sul. ...........................47 Figura 15 Relao de Diversidade de Usos na Escala do Setor da Asa Sul. ................48 Figura 16 Mapa das vias do sistema virio com seus respectivos tipos. .......................51 Figura 17 Foto area mostrando a vegetao densa, copa larga e alta do eixo rodovirio da Asa Sul. ......................................................................................................52 Figura 18 Porosidade da vegetao no interior da superquadra. ..................................53 Figura 19 Relao da rea permevel com a rea arborizada na Escala do Setor da Asa Sul. ...........................................................................................................................54 Figura 20 Foto da permeabilidade dos pilotis possibilitando a diversidade de rotas. .....56 Figura 21 Foto das caladas acessveis, no entanto sem piso ttil para portadores de necessidades visuais. ......................................................................................................57 Figura 22 Relao da rea livre com a rea de projeo (cheios), na Escala do Setor da Asa Sul. ...........................................................................................................................59 Figura 23 e 24 Foto da obedincia da estrutura dos blocos residenciais, e da invaso do espao pblico para fins prprios (estacionamento particular), respectivamente. ............60 Figura 25 Predominncia no ortogonal em relao ao eixo norte-sul da orientao das fachadas dos edifcios na Escala do Setor da Asa Sul. ....................................................61 Figura 26 Permeabilidade adequada da ventilao na Escala do Setor da Asa Sul. .....62
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Figura 27 Relao W/H = 2,5 da Escala do Setor da Asa Sul. ......................................63 Figura 28 Mapa de anlise das curvas de nvel em relao a implantao da estrutura urbana na Escala da Cidade. ...........................................................................................64 Figura 29 Foto area da iluminao noturna nas superquadras....................................65 Figura 30 e 31 Destinao da iluminao pblica para o automvel e para o pedestre, respectivamente. .............................................................................................................66 Figura 32 Foto da visibilidade das fachadas das edificaes para o espao pblico. ....67 Figura 33 e 34 Deserto Badain Jaran (China) e Manhattan (NY). .................................76 Fig. 35 Modelo de indicadores. .....................................................................................81 Fig. 36 Modelos de sistema virio. ................................................................................82 Fig. 37 Esferas de Influncia (BARTON, 1995). ............................................................84 Fig. 38 Foto area da Asa Sul do Plano Piloto de Braslia-DF. .....................................99 Fig. 39 Foto de satlite da Asa Sul do Plano Piloto de Braslia-DF. ..............................99 Fig. 40 Delimitao da Escala do Setor aplicada nesse estudo de caso. .................... 100 Fig. 41 Estudo Morfolgico. ........................................................................................ 100 Fig. 42 Localizao da rea de convivncia. ............................................................... 101 Fig. 43 Estudo de Uso e Ocupao do Solo................................................................ 102 Fig. 44 Tela inicial do software ENVI-met. .................................................................. 103 Fig. 45 Tela inicial do software ENVI-met. .................................................................. 104 Fig. 46 Imagem preenchida carregada. ....................................................................... 105 Fig. 47 Edio de edificaes, vegetaes e solos. .................................................... 106 Fig. 48 ENVI-met Configuration Editor. ....................................................................... 107 Fig. 49 ENVI-met Default Config (simulador). ............................................................. 108 Fig. 50 Software LEONARDO Resultado da simulao. .......................................... 109 Fig. 51 Simulao Estudo de Temperatura. ............................................................. 111 Fig. 52 Simulao Estudo de Ventilao. ................................................................. 112 Fig. 53 Simulao Estudo de Umidade do Ar. .......................................................... 113 Fig. 54 Estudo Morfolgico Relao W/H. ................................................................ 114 Fig. 55 Estudo Topogrfico. ........................................................................................ 115 Fig. 56 Estudo de Sombreamento / Vegetao. .......................................................... 116 Fig. 57 Estudo de Permeabilidade do Solo. ................................................................ 117 Fig. 58 Software ENVI-met Simulao da temperatura 9h, 12h, 15h e 18h.. ......... 135 Fig. 59 Estudo de Sombreamento / Vegetao. .......................................................... 135
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LISTA DE TABELAS
Tabela 01 ndice de Morfologia Urbana. .......................................................................17 Tabela 02 Indicador Ambiental Tabela do ndice de Morfologia Urbana .....................18 Tabela 03 Resumo dos conceitos estudados pelos referencial terico. ........................23 Tabela 04 Tabela da Morfologia Urbana Sustentvel. ...................................................25 Tabela 05 Indicador Identidade, Atributo Centralidade. .................................................68 Tabela 06 Mdia Ponderada do ndice de Morfologia Urbana Sustentvel da Asa Sul. 69 Tabela 07 Escala de Etiquetagem. ...............................................................................70 Tabela 08 ndice de Morfologia Urbana Regies Administrativas do DF. ...................70 Tabela 09 Campos de percepo. ................................................................................79 Tabela 10 Elementos da Unidade de Vizinhana. .........................................................79 Tabela 11 Abordagem sistemtica da qualidade urbana proposta por Rueda (2007). ..81 Tabela 12 Atributos por Autor. ......................................................................................86 Tabela 13 Resumo de todos os atributos, conceitos e autores. ....................................87 Tabela 14 Tabela de Indicadores e Atributos ................................................................91 Tabela 15 Indicador Conforto .....................................................................................96 Tabela 16 Preenchimento das configuraes para simulao. ................................... 106 Tabela 17 Tabela da Morfologia Urbana Sustentvel. ................................................. 117 Tabela 18 Anlise da Morfologia Urbana Sustentvel Asa Sul Plano Piloto de Braslia-DF. .................................................................................................................... 124 Tabela 19 Resumo: Anlise da Morfologia Urbana Sustentvel Asa Sul Plano Piloto de Braslia-DF. ............................................................................................................... 128 Tabela 20 Escala de Etiquetagem. ............................................................................. 128 Tabela 21 ndice de Morfologia Urbana Regies Administrativas do DF. ................. 131 Tabela 22 Indicador Conforto ................................................................................... 133
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INTRODUO
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1. INTRODUO 1.1. Antecedentes ao tema
O processo de urbanizao tende a criar diversos problemas na condio ambiental do espao urbano, mas no de forma generalizada. Hoje, encontramos diversos exemplos de cidades que buscaram uma organizao do urbano de forma a melhorar as condies de habitat no espao pblico. Essas solues podem ser na fase inicial da ocupao das cidades, ou uma reocupao territorial, quando a cidade j se encontrava consolidada. Tm-se, como exemplo, Barcelona, na Espanha, que tem dentre as vrias preocupaes, as discusses em torno do controle e dos efeitos da poluio, a questo do consumo de energia, e associada a esta ltima, mas indo alm, a questo da forma urbana (COSTA, 1999:8); ou a capital do Brasil, Braslia, em que Lucio Costa buscou diversos princpios encontrados na arquitetura modernista, tendo a paisagem como premissa fundamental.
Ainda, h uma grande oposio entre as noes de urbano e ambiental: inclusive as razes pelas quais esse impasse aparentemente no existe no planejamento urbano atual (COSTA, 1999:2). Porm, diversos outros autores, como Romero (2000, 2007, 2011), Olgyay (2008), Monteiro e Alucci (2007), afirmam que ambos os conceitos devem ser tratados de forma integrada, para garantir uma melhor qualidade de vida urbana, tanto para a cidade, quanto, principalmente, para os seus usurios.
Buscando esse conceito de integrao, surgiram alguns questionamentos nas definies de o que e como determinar as principais caractersticas que geram condies de vida, para posteriormente, entender sobre qualidade ambiental urbana.
Schmid (2005) afirma, que a qualidade de vida est relacionada diretamente ao conforto e a satisfao usurio, entendendo que o primeiro o nvel subjetivo da satisfao de uma exigncia e que satisfao o sentimento que surge da percepo de um balano positivo entre expectativas e realizaes.
J Wallander (apud SANTOS, 2006) define que qualidade de vida a combinao de bem-estar objetivo e subjetivo em mltiplos domnios da vida, considerados importantes na cultura e poca do indivduo e que esto de acordo com padres universais de direitos humanos.
Percebe-se, com os conceitos estudados por esses autores, a necessidade da integrao das condies do espao fsico para garantir uma boa qualidade de vida. Dessa forma, esse trabalho pretende atribuir a essas definies da qualidade ambiental urbana,
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caractersticas especficas de elementos construdos, conseguindo assim novos nveis de objetividade para a definio dessa qualidade. Se aprofundarmos mais essas teorias, possvel citar Lynch (1997), que diz que a cidade formada pela imagem que cada indivduo constri, onde a sua unio forma um quadro mental coletivo fsico da cidade. Alm disso, ele define que a qualidade dos espaos est relacionada pelas caractersticas ali inseridas por cada indivduo, de acordo com seus interesses, objetivos e expectativas de vida. Lamas (2000) ainda defende, que a cidade constituda de aspectos quantitativos, qualitativos, figurativos e da organizao funcional. Com isso, percebe-se que a qualidade do ambiente est vinculada diretamente as prticas de uso e ocupao do solo definidas pelos seus usurios.
A qualidade do ambiente urbano estaria associada, portanto, a prticas de uso do solo que traduzem e materializam no espao, as experincias e preferncias da populao. Ou seja, quando se discute usos do espao urbano, estamos, na verdade, tratando das prticas cotidianas da populao urbana. (Pereira e Ultramari, 1999:3).
Porm, essa subjetividade dificulta que seja possvel estabelecer parmetros pr-definidos para verificar o nvel de qualidade do espao urbano. Os autores ainda comentam, que a definio de um padro de qualidade ambiental esbarra sempre na dificuldade de se estabelecer parmetros objetivos. Ou seja, no existe uma medida neutra desta qualidade; os indicadores1 frequentemente utilizados esto impregnados de valores scio-culturais, polticos e econmicos da sociedade ou instituio que os determinou (PEREIRA e ULTRAMARI, 1999:3). Segundo Monteiro (2007), a concepo do espao pblico est cada vez mais caracterizada de acordo com o modelo de urbanizao adotado das cidades. O autor ainda estuda que o processo de urbanizao e industrializao das cidades, interfere e modifica diretamente as caractersticas climticas locais. Da mesma forma, importante ressaltar que o desenho do espao urbano deve ser condicionado e adaptado s caractersticas do meio, tais como topografia, revestimento do solo, ecologia, latitude,
1 Indicadores, aqui definidos a partir dos estudos de Romero (2007), Panerai (2006), Rueda (2007)
e Lynch (1997), so conceitos definidos a partir de caractersticas semelhantes do espao fsico das cidades, ou seja, caracteriza-se pela identidade funcional e rgida dos seus espaos, no relacionando-a com a diversidade social ali presente.
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objetos tridimensionais e clima (ROMERO, 2007:11). No entanto, necessrio entender desses condicionantes para maximizar o desempenho trmico natural das edificaes, utilizando apenas os recursos naturais.
O bioclimatismo no urbanismo estuda os mesmos princpios voltados ao bioclimatismo na arquitetura, buscando integrar o espao urbano a todos os elementos naturais que interfiram na sua qualidade. Segundo Romero (2007:11), o objetivo de uma concepo bioclimtica do espao pblico obter, na escala urbana, o que a arquitetura bioclimtica obtm no edifcio; quer dizer, transformar este num mediador do espao pblico emoldurado. Para alcanar esse objetivo, faz-se necessrio introduzir uma concepo sensorial polivalente, ou seja, prxima de uma arquitetura, objeto de prazer dos sentidos, na qual a gua, a luz, o som, e a cor sejam elementos que ordenem o espao como estmulos dimensionais.
Porm, todos esses conceitos esto ligados diretamente ao estudo do presente trabalho, buscando associar as condies do espao fsico visando uma boa qualidade ambiental com o seu uso propriamente dito.
No entanto, atualmente no se encontra nenhum mtodo de avaliao que seja exclusivamente para espaos pblicos. Hoje, vrios mtodos de avaliao de edificaes, sejam esses comerciais, pblicos, de servio ou residenciais, foram desenvolvidos para verificar nveis de eficincia energtica e conforto ambiental. Dentre essas, podemos citar o LEED, HQE, AQUA e PROCEL. Na maioria dos casos, o mtodo de aferio dos resultados a partir da pontuao em diversos atributos2, que verificam, individualmente, diversos conceitos existentes na edificao. Esses atributos, quando unificados, definem o nvel de qualidade da construo, a partir de uma meno no seu resultado final.
No entanto, so poucos mtodos de avaliao que possuem atributos que verificam o nvel de qualidade urbana de regies. Na maioria dos casos, os atributos voltados ao urbano so apenas relacionados as interferncias desse meio na edificao.
A busca pela qualificao ambiental de espaos urbanos iniciou-se a partir da necessidade de aprimoramento do trabalho j desenvolvido na disciplina Urbanismo Sustentvel-2010/2, no curso de Ps-Graduao da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de Braslia, para anlise morfolgica sustentvel de regies administrativas do Distrito Federal.
2 Conceitos pr-estabelecidos, definidos a partir de uma qualidade associada a uma caracterstica
j mencionada, assumidos pelo objetivo de uma classe, nesse caso, um indicador.
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Esse trabalho obteve como resultado final uma classificao da morfologia urbana sustentvel3 de regies administrativas do DF a partir de atributos mensurados sobre parmetros que avaliam a mobilidade urbana, identidade dos espaos, infra-estrutura e equipamentos urbanos, coeso social, avaliao ambiental, expanso urbana e segurana.
Porm, notou-se que o trabalho desenvolvido apresentou muitos conceitos e critrios de avaliao de forma pessoal, podendo variar entre cada pesquisador. Alm disso, percebe-se que os quesitos da qualidade ambiental urbana esto analisados de forma sucinta, sendo necessrio um aperfeioamento desse aspecto.
Dessa forma, busca-se nesse novo trabalho aprimorar de forma prtica os resultados quanto classificao de espaos urbanos, obtendo um mtodo de avaliao que possa ser utilizado por qualquer pesquisador, diminuindo ao mximo qualquer tipo de interveno pessoal que possa gerar diferentes resultados em uma mesma pesquisa.
Esse trabalho, realizado por onze (11) pessoas, entre graduandos, mestrandos e doutorandos, obteve como resultado uma classificao qualitativa das regies administrativas analisadas, a partir da utilizao de um mtodo sistemtico que pontua, em diversos indicadores, o nvel de qualidade urbana da regio. Os indicadores foram estabelecidos pela reviso bibliogrfica de diversos autores, dentre os quais: ROMERO (2007), PANERAI (2006), RUEDA (2007) e LYNCH (1997), que com suas contribuies deram as bases para a elaborao de uma tabela estabelecendo um ndice de morfologia urbana, onde foi possvel classificar todas as caractersticas (aqui denominadas atributos, j citados anteriormente) em seus respectivos ndices (indicadores), facilitando assim a compreenso da tabela e o desenvolvimento da anlise final. De forma geral, cada ndice possui uma quantidade de atributos que estabelecem conceitos para garantir uma Morfologia Urbana Sustentvel, nas regies em avaliao.
Esse ndice resumo pode ser observado na Tabela 01 (TEIXEIRA, E; ROMERO, M, 2011:2). Cada ndice foi definido a partir do referencial terico dos prprios autores mencionados nessa tabela. Como exemplo, tem-se o ndice Mobilidade / Sistema Virio / Acessibilidade, que possuem caractersticas e conceitos semelhantes entre si, agrupados e identificados a partir da leitura dos autores Panerai, Rueda, Romero e Ian. Dessa forma, nessa tabela 01 sobre o ndice de Morfologia Urbana apresentada, encontra-se
3 Padres de qualidade definidos a partir da utilizao de indicadores que estabelecem parmetros
sustentveis para as regies estudadas.
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demarcado nas colunas da direita, aqueles autores que estudam caractersticas semelhantes aos ndices pr-estabelecidos na coluna da esquerda.
Tabela 01 ndice de Morfologia Urbana.
ndices
LYN
CH
FER
RAR
I
PAN
ERAI
RUE
DA
RO
MER
O
DUA
NY
CAR
MO
NA
RAU
HAY
HO
UGH
Mobilidade / Sistema Virio / Acessibilidade Identidade
Infraestrutura Urbana / Equipamentos urbanos Coeso Social
Ambiental / Eficincia / Conforto / Bioclimatismo Expanso Urbana
Segurana
Com esses ndices definidos, foi possvel estabelecer, na tabela final, a grande rea de indicadores, onde cada indicador possui seu sub-indicador, e cada sub-indicador possui seu atributo. Os indicadores, como j mencionados, so o agrupamento das caractersticas e conceitos semelhantes, que resumem parmetros quantitativos e/ou qualitativos, relacionados as condies ambientais de uma determinada regio. Nesse caso, os indicadores so definidos a partir do agrupamento dos sub-indicadores, que esses, por sua vez so a unio de diversos atributos.
Os atributos possuem conceitos definidos, que so mensurados a partir dos resultados adquiridos, gerando uma pontuao parcial, obtendo com isso, um valor final que definir o nvel da qualidade urbana sustentvel da determinada regio.
Segundo os autores:
O resultado encontrado desse trabalho foi satisfatrio, pois garantiu que as regies com melhores qualidades na sua morfologia urbana, obtivessem melhores resultados. No entanto, aps o processo de desenvolvimento e aplicao dos indicadores, verificou-se que alguns fatores metodolgicos deveriam ser reavaliados. Um destes so as definies pessoais de cada usurio que ir aplicar a avaliao. Como alguns atributos so avaliados a partir da percepo in loco, alguns valores podero ser arbitrrios.
(TEIXEIRA, E; ROMERO, M, 2011:10). Dessa forma, se avaliarmos o indicador Ambiental, ser possvel perceber que ele possui a maior quantidade de atributos que garantem resultados arbitrrios a partir das pesquisas de cada usurio (ver tabela 02).
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Tabela 02 Indicador Ambiental Tabela do ndice de Morfologia Urbana Sub-Indicador Atributo Conceito Avaliao
Orientao do conjunto
de vias Solar Orientao das vias em predominncia
I. Norte / Sul II. Leste / Oeste III. Nordeste / Sudoeste IV. Noroeste / Sudeste
Verdes urbanos
Forma Rala, aberta, escassa, densa, copa larga, alta
I. Inexistente II. Rala, Aberta, Escassa III. Intermediria IV. Densa, Copa Larga, Alta
Porosidade Percepo visual dos cheios e vazios (arborizao): anlise
do plano vertical - agrupamentos de rvores.
I. Inexistente II. Rala, Aberta, Escassa III. Intermediria IV. Densa, Copa Larga, Alta
Relao de reas verdes
Relao de rea arborizada - porcentagem
I. No h reas verdes (0% a 25%) II. reas verdes segregadas (26% a 60%) III. reas verdes parciais (61% a 80%) IV. reas verdes totais (81% a 100%)
Preservao Campos de preservao APAS, APPS, etc. Bom como
territrio e sustentabilidade
I. No existe II. Existe, mas no preservam os campos III. Existe, preservam, mas no h um limite dos campos IV. Existe, preservam e h limite dos campos
Orientao do conjunto
de habitaes Solar Predominncia da orientao das fachadas
I. Norte / Sul II. Leste / Oeste III. Nordeste / Sudoeste IV. Noroeste / Sudeste
Ventilao
Permeabilidade Existncia de obstculos para a ventilao
I. No h permeabilidade II. Permeabilidade inadequada III. Permeabilidade parcial IV. Permeabilidade adequada
Sensao Trmica
Qualificao segundo relao entre a largura da via e a
altura das edificaes
I. Relao varivel (incalculvel) II. Espaos claustrofbicos (W/H < 1) III. Espaos de Recolhimento (W/H = 1, 2 e 3) IV. Espaos Expansivos (W/H > 4)
Relevo Topografia Acomodao das vias s curvas de nivel
I. No h acomodao das vias s curvas de nvel (0% a 25%) II. Favorvel s curvas de nvel (26% a 60%) III. Favorvel s curvas de nvel (62% a 80%) IV. Favorvel s curvas de nvel (81% a 100%)
Conforto Acstico Nvel de rudo
Incmodo do rudo por percepo sensorial
I. No h incmodo II. Rudo baixo intermitente III. Rudo constante IV. Rudo alto (ensurdecedor)
Na tabela 02 possvel identificar, dentro do indicador Ambiental, sete (7) sub-indicadores (orientao do conjunto de vias, verdes urbanos, preservao, orientao do conjunto de habitaes, ventilao, relevo e conforto acstico), divididos em dez (10) atributos (solar, forma, porosidade, relao de reas verdes, campos de preservao, solar, permeabilidade, sensao trmica, topografia e nvel de rudo). Cada atributo possui um conceito, definido de acordo com sua respectiva forma de avaliao.
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Se analisarmos os mtodos de avaliao de cada atributo, a maioria definida a partir da percepo do usurio in loco, no obtendo nenhum resultado objetivo que garantam resultados coerentes entre as avaliaes de diferentes regies. Dessa forma, a depender do pesquisador avaliador, a mesma regio poder ter resultados arbitrrios de acordo com o seu grau de avaliao.
Alm disso, muitas caractersticas que definem o conforto e a qualidade ambiental esto ausentes, em que essas poderiam estar inseridas, de forma coerente, a partir dos resultados obtidos, principalmente, em instrumentos computacionais.
Baseado nisso, percebeu-se que o mtodo desenvolvido nesse trabalho satisfatrio at certo ponto, pois as interferncias pessoais de cada pesquisador, podendo ser fsicas, sociais, econmicas ou at culturais, decorrem diferentes resultados finais.
Buscou-se neste trabalho, aprimorar de forma prtica os resultados quanto a classificao de espaos urbanos, considerando apenas um nico indicador, obtendo com isso um mtodo de avaliao que possa ser utilizado por qualquer pesquisador, diminuindo ao mximo qualquer tipo de interveno pessoal que possa gerar diferentes resultados em uma mesma pesquisa.
Para isso, foi necessrio realizar uma busca por um referencial terico que conceitue condies de habitabilidade em espaos urbanos e que defina critrios de anlise desses espaos, como por exemplo ROMERO (2000, 2007, 2011), PANERAI (2006), RUEDA (2007), LYNCH (1997), dentre outros. Posteriormente, unificaram-se esses conceitos, estabelecendo parmetros a partir de indicadores e atributos, aplicando o mesmo mtodo j utilizado no trabalho citado. Foi selecionado um nico indicador, para que nesse seja possvel aprimorar seus conceitos, desenvolvendo um mtodo de anlise em que no haja interferncia do pesquisador. Os demais conceitos adquiridos ao longo do trabalho serviro para encaminhar futuras pesquisas ao melhoramento do mtodo desenvolvido.
1.2. Procedimentos Metodolgicos
Para que seja possvel melhorar o indicador ambiental do estudo citado anteriormente, foi necessrio dividir o trabalho em trs etapas bsicas. A primeira consistiu em aprimorar o trabalho desenvolvido na disciplina Urbanismo Sustentvel, procurando entender sua metodologia para facilitar nas correes que sero realizadas para o aprimoramento do mesmo.
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Posteriormente, foi realizada uma pesquisa em um referencial terico que envolva premissas relacionadas a condies ambientais em espaos urbanos. Dessa forma, autores como Romero (2000, 2007 e 2011), Toledo (2003), Monteiro e Alucci (2007 e 2008), Ghiaus e Allard (2005), Frota e Schiffer (2003), Carmona (2007), Duany (2001), Sennet (1991), Duany (2001), Lynch (2004), Kostof (2006), dentre outros, foram estudados para que seja possvel criar uma tabela comparativa entre os principais aspectos de condies ambientais urbanas estudados por eles.
Aps esses estudos, foi necessrio consolidar todas as informaes adquiridas, extraindo aspectos de condies ambientais urbanas de todos os autores estudados e algumas das principais caractersticas que definem os espaos j construdos como exemplos de espao urbano. Com isso, foi possvel desenvolver um agrupamento de todas essas premissas, identificando atributos com conceitos bem definidos, que facilitar o entendimento das principais caractersticas que englobam a idealizao de espaos urbanos com condies ambientais adequadas para os seus usurios.
Esse modelo de indicadores e atributos adotado foi estudado por Romero (2007), que segundo a autora, um instrumento valioso na identificao dos nveis de qualidade de vida urbana e uma ferramenta na elaborao e monitoramento de metas em desenvolvimento sustentvel e diagnstico. No trabalho citado, o resultado obtido foi a consolidao das informaes adquiridas dos diversos tericos estudados, divididos em seis (6) conjuntos de indicadores, quatorze (14) sub indicadores e trinta e oito (38) atributos quanto escala da cidade4, e cinco (5) indicadores, dez (10) sub indicadores e dezessete (17) atributos quanto escala do setor. A diviso dessas escalas, tambm estudada por Romero (2011), facilita a compreenso do espao urbano, onde cada escala possui um campo visual definido para a compreenso das suas caractersticas dimensionais.
No presente trabalho, o objetivo selecionar um nico indicador, no caso, o indicador ambiental, conceitu-lo melhor, e atribuir uma metodologia de aplicao, onde no seja possvel ocorrer interferncias por parte do pesquisador, utilizando para isso, instrumentos computacionais.
Acrescentando a isso e de acordo com estudos realizados por Vargas (1999), em que a qualidade ambiental urbana interpretada, principalmente, pelas prticas espaciais, biolgicas, sociais, econmicas e culturais existentes naquela regio, este presente trabalho buscar resultados utilizando exemplos j consolidados de cidades. Com isso foi
4 A escala da cidade e a escala do setor, definidas aqui a partir dos estudos de Romero (2010,
2011), sero mais bem conceituadas no prximo capitulo.
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possvel realizar uma comparao entre a teoria, estudada por diversos autores, e a prtica, auxiliando cada vez mais na definio dos conceitos que sero estabelecidos para o desenvolvimento do mtodo deste trabalho.
Com os atributos e seus respectivos conceitos definidos, inicia-se a terceira etapa que determinou uma metodologia para aplicao desses atributos nos setores e regies a serem estudados.Coube aqui estudar o melhor mtodo onde no haja interferncias do pesquisador e/ou usurio desse mtodo, de preferncia utilizando mecanismos automatizados, ou frmulas matemticas adequadas, inclusive instrumentos computacionais, para facilitar, aprimorar ou garantir a relao correta dos resultados.
Entre os softwares que foram utilizados temos o ENVI-met, que gera um modelo tridimensional que simula o micro clima urbano, analisando a superfcie, vegetao, atmosfera, calculando o balano de energia, dentre outras variveis. Alm de ser um software gratuito, possui uma interface de manuseio simples, sendo possvel entender e analisar facilmente os resultados obtidos pelo programa.
Ainda nessa terceira etapa, foi necessrio calibrar a metodologia proposta, aplicando o estudo em algumas regies administrativas do Distrito Federal (DF). A regio escolhida tambm j fez parte do trabalho de Urbanismo Sustentvel citado anteriormente, a Asa Sul do Plano Diretor de Braslia do Distrito Federal, obtendo com isso uma comparao dos resultados.
Com essas trs partes resolvidas, conclui-se o trabalho, apresentando todos os resultados alcanados e futuras proposies para a continuidade do estudo.
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ETAPA 1
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2. ETAPA 1 Apresentao do trabalho de Urbanismo Sustentvel
2.1. Anlise de Morfologia Urbana Sustentvel
O presente trabalho iniciar a partir de uma anlise do estudo desenvolvido na disciplina Urbanismo Sustentvel-2010/2, no curso de Ps-Graduao da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de Braslia que, consistiu na criao de uma tabela a partir da construo de indicadores como ferramenta para a Anlise da Morfologia do Espao Urbano Sustentvel, aplicado s Regies Administrativas do Distrito Federal.
Inicialmente, fez-se necessrio a leitura de diversos tericos que definem conceitos de qualidade ambiental urbana, tais como Romero (2000, 2007 e 2011), Toledo (2003), Monteiro e Alucci (2007 e 2008), Ghiaus e Allard (2005), Frota e Schiffer (2003), Carmona (2007), Duany (2001), Sennet (1991), Duany (2001), Lynch (2004), Kostof (2006), entre outros. Com o referencial terico adquirido pela leitura dos autores, foi possvel desenvolver uma tabela base identificando os principais aspectos relacionados qualidade ambiental de espaos urbanos, quando posteriormente os autores seriam unificados nos indicadores a partir da identificao similar dos atributos e seus parmetros de qualidade ambiental.
A tabela 03, a seguir, apresenta um resumo das caractersticas de conceitos sobre qualidade ambiental urbana adquirida a partir do referencial terico.
Tabela 03 Resumo dos conceitos estudados pelos referencial terico. Autor Atributos Machado (1997) Gostos, preferncias, percepes, valores Norberg-Schulz (1984) Orientao, identificao Sennet (1991) Hierarquia, identidade, centralidade, heterogeneidade Lynch (1997) Legibilidade, imageabilidade, caminhos, limites, bairros, pontos nodais,
marcos, forma, cor, arranjo, identidade, estrutura, significado Romero (2000, 2007, 2011) Escalas, relao W/H, topografia, vegetao, revestimento do solo,
elementos naturais e/ou artificiais que interfiram na radiao e/ou ventilao Ferrari (1991) Unidades de Vizinhana, tamanho, limites, espaos pblicos, reas
institucionais, comrcio local, sistema interno de ruas, uso e ocupao do solo, diversidade de usos
Vargas (1999) Diversidade de usos, uso e ocupao do solo, limites Panerai (2006) Hierarquia Rueda (2000, 2007) Densidade, uso e ocupao, reas permeveis, mobilidade, acessibilidade,
organizao urbana, orientabilidade, diversidade de usos, instituies, fluxos de energia, gua, materiais, conforto, degradao, mobilidade automobilstica
McHarg (1967) Integrao, marcos referenciais, conexes virias, hierarquia das vias, infraestrutura cicloviria, acessibilidade ao transporte pblico, vias de uso misto, equidade
Rau (2003) Iluminao pblica, a visibilidade interior-exterior (edificaes-espao pblico), degradao ambiental
Jacobs (2009) Visibilidade interior-exterior Newman (1996) Avaliao das caractersticas fsicas do local e do ambiente natural, anlise
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dos usurios e suas necessidades, relao entre as necessidades dos usurios e as caractersticas do local, movimentos de pedestres, delimitaes entre a propriedade pblica e privada dos espaos, horrio de ocupao dos espaos pblicos ocupados, concepo espacial, escala e proporo, circulao, estrutura, iluminao artificial, degradao espacial
Conforme possvel observar, cada autor analisa elementos, que por mais que sejam semelhantes e relacionados um com o outro, adquirem como resultado final parmetros independentes, podendo adotar conceitos que analisam de forma diferente os espaos urbanos.
Percebe-se tambm, que alguns autores possuem um mesmo atributo, como o caso dos limites, estudados por Lynch, por Ferrari e Vargas. Apesar de cada autor definir um conceito de forma diferente, no resultado final, todos so similares.
Dessa forma, com a definio desses conceitos, foi possvel unific-los em indicadores, dos quais buscam demonstrar o nvel de qualidade urbana, explicitando a necessidade de um olhar crtico sobre o atual modo de vida em diversas regies do DF.
Como ponto de partida no desenvolvimento desse trabalho, foram adotados os indicadores estudados por Romero (2007, 2010 e 2011): Mobilidade Urbana Sustentvel, Identidade, Infraestrutura Urbana, Coeso Social, Ambiental, Expanso e Segurana. A utilizao desses deu-se por diversos estudos j realizados pela autora, consolidando diversas informaes de outros pesquisadores.
Cada conceito definido pelos autores foi identificado em cada um dos atributos, podendo com isso sistematizar os dados para adquirir um melhor grau de identidade para a tabela de Morfologia Urbana Sustentvel, resultado final do trabalho.
Dessa forma, definiram-se para cada indicador, autores com conceitos que estipulam a qualidade ambiental dos espaos urbanos.
- Mobilidade Urbana Sustentvel: Ferrari (1991), Panerai(2006) e Rueda (2007); - Identidade: Lynch (1997), Panerai (2006), Rueda (2007), Romero (2000, 2007 e 2011), Duany (2001), Rau (2003) e Hay (2001). - Infraestrutura Urbana: Ferrari (1991), Panerai (2006), Rueda (2007), Romero (2000, 2007 e 2011) e Rau (2003). - Coeso Social: Ferrari (1991), Rueda (2007) e Romero (2000, 2007 e 2011). - Ambiental: Panerai (2006), Rueda (2007), Romero (2000, 2007 e 2011), Carmona (2007), Rau (2003) e Hough (2004). - Expanso: Panerai (2006) e Duany (2001).
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- Segurana: Rueda (2007) e Rau (2003). Com essas relaes definidas, foi possvel desenvolver atributos, sintetizando os dados adquiridos pela leitura dos autores, enquadrando-os nos sete indicadores chaves. Porm, notou-se a necessidade da diviso em dois tipos de escalas estudados por Romero (2011), Escala da Cidade e Escala do Setor. A Escala da Cidade, denominado por Romero (2011) de Escala das Estruturas Urbanas, definido pelos espaos da organizao, dos recursos e da produo, ao mesmo tempo que como sistema de informao e comunicao. Os atributos que se destacam nessa escala so a qualidade perceptiva da grande forma fsica e organizacional, a variedade ambiental, o macro sistema de transporte, e a permanncia e a continuidade do construdo.
J a Escala Intermediria do Setor, definida por ROMERO (2011), diferente da Escala da Cidade, pois analisa os atributos ou caractersticas que so importantes para determinar o tipo de interao que se estabelece com o usurio. Dentre eles, pode-se citar as relaes morfolgicas e sua respectiva resposta ambiental, acessibilidade ambiental e funcional, homogeneidade, conhecimento e funcionalidade.
Segundo Romero (2010), a anlise desse conjunto determina o nvel de insolao, sombreamento mtuo e ventilao dada principalmente pela orientao, forma e densidade da edificao.
Com estas relaes definidas, foi possvel desenvolver a tabela do ndice de Morfologia Urbana, separando os atributos em seus respectivos indicadores e escalas, conforme observado na tabela 04.
Tabela 04 Tabela da Morfologia Urbana Sustentvel. ESCALA DA CIDADE
IND. SUB-INDICADOR ATRIBUTO CONCEITO VISO ANALTICA / FRMULA /
VALORES PS
Mobi
lidad
e Ur
bana
Sust
ent
vel
Acessibilidade Universal
Acessibilidade ao transporte pblico
Existncia de acesso universal (caladas, passeios, etc) at o transporte pblico
I. No Existe 1 II. Existe, mas no atende 2 III. Existe, mas atende parcialmente 3 IV. Existe e atende adequadamente. 4
Proximidade do transporte pblico
(nibus) Raio de abrangncia dos
pontos de parada de nibus
I. Acima de 700m 1 II. 500m a 700m 2 III. 350m a 500m 3 IV. Menor que 350m 4
Proximidade do transporte pblico
Raio de abrangncia dos pontos de parada (1000m)
I. No Existe 1 II. Existe, mas no atende 2 III. Existe, mas atende parcialmente 3 IV. Existe e atende adequadamente. 4
Transporte pblico adaptado para PNE Parada e nibus
I. No Existe 1 II. Existe, mas no atende 2 III. Existe, mas atende parcialmente 3 IV. Existe e atende adequadamente. 4
Vagas de estacionamento para
Existncia de vagas de estacionamento para PNE,
I. No Existe 1 II. Existe, mas no atende 2
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PNE verificando a qualidade das mesmas.
III. Existe, mas atende parcialmente 3 IV. Existe e atende adequadamente. 4
Sistema Virio
Conexes virias Percepo visual do mapa
axial (mais conexes melhor).
(Predominncia)
I. Azul 1 II. Verde 2 III. Amarelo 3 IV. Vermelho 4
Infraestrutura Cicloviria
Paraciclo, ciclofaixa, ciclovia
I. No Existe 1 II. Existe, mas no atende 2 III. Existe, mas atende parcialmente 3 IV. Existe e atende adequadamente. 4
Potencial de integrao/Acessos
Ligao com outras cidades
I. No Existe 1 II. Existe, mas no atende 2 III. Existe, mas atende parcialmente 3 IV. Existe e atende adequadamente. 4
Hierarquia das vias Via local, coletora, arterial, expressa
I. No Existe 1 II. Existe, mas no atende 2 III. Existe, mas atende parcialmente 3 IV. Existe e atende adequadamente. 4
Corredores exclusivos de nibus
Existncia de uma faixa viria exclusiva para
nibus
I. No Existe 1 II. Existe, mas no atende 2 III. Existe, mas atende parcialmente 3 IV. Existe e atende adequadamente. 4
Iden
tidad
e
Fsico Territorial
Centralidade Distncia para a Rodoviria do Plano Piloto
I. Acima de 30km 1 II. 21km a 30km 2 III. 11km a 20km 3 IV. 0km a 10km 4
Limites Percepo visual - se o
limite claro ou no, caracterizando o terreno
I. No confere identidade 1 II. Existe limite, mas no confere identidade 2 III. Existe limite, mas confere identidade parcialmente 3 IV. Existe limite e confere identidade 4
Histrico Patrimnio Existncia e preservao das tipologias histricas
I. No existe e no preservam as edificaes 1 II. Existe, mas no preservam as edificaes 2 III. Existe, mas no h identidade nas edificaes 3 IV. Preservam a identidade das edificaes 4
Orientabilidade
Legibilidade Facilidade de compreenso do espao
I. No h comunicao visual nem compreenso 1 II. H comunicao visual, mas no h compreenso do espao 2 III. H compreenso parcial do espao 3 IV. H compreenso 4
Marco Referencial Pontos de referncia
I. Insignificativo 1 II. Existem pontos, mas no h significncia 2 III. Existem pontos, mas com pouca significncia 3 IV. Significativo 4
Escala Hierrquica
Hierarquia das escalas (anlise de volume - onde
mais volumoso. Ex: o centro mais volumoso
que a periferia)
I. No existe escala 1 II. Existe escala em poucos trechos 2 III. Existe escala, mas no perceptvel 3 IV. Existe escala perceptvel 4
Pontos Nodais Pontos de convergncia:
pontos de integrao social (praa e derivados)
e pontos referenciais
I. No existem pontos e no h agregao 1 II. Existe pontos, mas no h agregao 2 III. Existe e h agregao pontual 3 IV. Existe e h agregao em todos os pontos 4
Uso Pblico/Privado Relao de rea
I. No h rea pblica (0% a 25%) 1 II. rea pblica segregada (26% a 60%) 2 III. Parcialmente pblica (62% a 80%) 3 IV. Totalmente pblica (81% a 100%) 4
Diversidade dos Relao da diversidade I. Uso Exclusivo 1
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usos dos usos II. 2 tipos de uso 2 III. 3 tipos de uso 3 IV. 4 tipos de uso ou mais. 4
Diversidade dos usos pela distncia
Relao das distncia dos usos
I. Acima de 1000m 1 II. 750m a 1000m 2 III. 500m a 750m 3 IV. At 500m 4
Econmico Equidade Faixa de rendas diversificadas
I. Ausncia de equidade 1 II. Equidade segregada 2 III. Equidade parcial 3 IV. Equidade total 4
Infra
estru
tura
Ur
bana
Infraestrutura Urbana
Destinao de reas com/para
infraestrutura verde Existncia ou no de infraestrutura verde
I. No Existe 1 II. Existe, mas no atende 2 III. Existe, mas atende parcialmente 3 IV. Existe e atende adequadamente. 4
Visibilidade da infraestrutura
eltrica
Estudo para a Imagem da Cidade
(instalaes superficiais ou subterrneas)
I. Superficial 1 II. Parcialmente superficial 2 III. Parcialmente subterrnea 3 IV. Subterrnea 4
Visibilidade da infraestrutura pluvial
Estudo para a Imagem da Cidade
(instalaes superficiais ou subterrneas)
I. Subterrnea 1 II. Parcialmente subterrnea 2 III. Parcialmente superficial 3 IV. Superficial 4
Coes
o So
cial
Proximidade de servios
pblicos
Educao
Escolas de Ensino Fundamental (Primeiro ao
quinto ano), Centro de Educao Infantil: raio de abrangncia 800 metros
I. No Existe 1 II. Existe, mas no atende 2
III. Existe e atende adequadamente. 4
Assistncia Social Hospitais, postos de
sade, CRAS, CRES... : uma unidade por setor
I. No Existe 1 II. Existe, mas no atende 2 III. Existe e atende adequadamente. 4
Segurana Bombeiro, Polcia, Defesa Civil, etc: uma unidade por
setor
I. No Existe 1 II. Existe, mas no atende 2 III. Existe e atende adequadamente. 4
Administrao
Canal poltico de comunicao (prefeitura,
administrao, associaes, etc): um equipamento por setor
I. No Existe 1 II. Existe, mas no atende 2
III. Existe e atende adequadamente. 4
Equipamentos Culturais
Casa da cultura, biblioteca, teatro, parque arborizado... Um equipamento por setor
I. No Existe 1 II. Existe, mas no atende 2 III. Existe e atende adequadamente 4
Produo de resduos Coleta Seletiva Existe ou no existe
I. No Existe 1 II. Existe, mas no atende 2 III. Existe, mas atende parcialmente 3 IV. Existe e atende adequadamente 4
Ambi
enta
l
Orientao do conjunto de
vias Solar Orientao das vias em predominncia
I. Norte / Sul 1 II. Leste / Oeste 4 III. Nordeste / Sudoeste 3 IV. Noroeste / Sudeste 3
Verdes urbanos
Forma Rala, aberta, escassa, densa, copa larga, alta
I. Inexistente 1 II. Rala, Aberta, Escassa 2 III. Intermediria 3 IV. Densa, Copa Larga, Alta 4
Porosidade
Percepo visual dos cheios e vazios
(arborizao): anlise do plano vertical -
agrupamentos de rvores.
I. Sem porosidade 1 II. Porosidade segregada 2 III. Porosidade parcial 4 IV. Porosidade total 3
Relao de reas verdes
Relao de rea arborizada - porcentagem
I. No h reas verdes (0% a 25%) 1 II. reas verdes segregadas (26% a 60%) 2 III. reas verdes parciais (61% a 80%) 3 IV. reas verdes totais (81% a 100%) 4
Preservao Campos de preservao APAS, APPS, etc. Bom
como territrio e sustentabilidade
I. No existe 1 II. Existe, mas no preservam os campos 2 III. Existe, preservam, mas no h um limite dos campos 3 IV. Existe, preservam e h limite dos 4
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campos Ex
pans
o
Vetor de crescimento (caso haja expanso)
Planejamento Urbano (diretrizes)
Existncia de diretrizes, planos, etc, que
direcionam o desenvolvimento do setor
I. No existe 1 II. Existem diretrizes, mas no h aplicao 2 III. Existem diretrizes, mas h aplicaes parciais 3 IV. Existem diretrizes que direcionam o planejamento 4
Delimitao do crescimento
Existncia de um cinturo (natural, artificial ou legal) que delimita o crescimento
do setor
I. No existe 1 II. Existe parcialmente um limite 2 II. Existe limite, mas no respeitado 3 IV. Existe limite e respeitado 4
Delimitao de reas para expanso
Existncia de reas predestinadas para a
expanso urbana do setor. O ideal seria de 30% da
rea urbanizada.
I. No existe 1 II. Existe, mas a rea para expanso superior a 30% 2 III. Existe, mas a rea para expanso inferior a 30% 3 IV. Existe e atende aos 30% 4
IND. SUB-INDICADOR ATRIBUTO CONCEITO VISO ANALTICA / FRMULA /
VALORES PS
Mobi
lidad
e Ur
bana
Sust
ent
vel
Acessibilidade Universal
Permeabilidade Diversidade de rotas I. No Existe 1 II. Existe, mas no atende 2 III. Existe, mas atende parcialmente 3 IV. Existe e atende adequadamente 4
Caladas adaptadas para PNE Existe mobilidade no setor
I. No Existe 1 II. Existe, mas no atende 2 III. Existe, mas atende parcialmente 3 IV. Existe e atende adequadamente 4
Iden
tidad
e
Fsico Territorial
Forma do tecido urbano (aberta ou
fechada) Anlise no plano horizontal
I. Incompreensvel 1 II. Fechada 2 III. Semi-fechada/aberta 4 IV. Aberta 3
Forma do tecido urbano (compacta
ou extensa) Anlise no plano horizontal
I. Incompreensvel 1 II. Extensa 2 III. Semi-extensa/compacta 3 IV. Compacta 4
Densidade construtiva
Mapa de Noli (Cheios e Vazios) e 3D
I. Vazio (0% a 25%) 1 II. Cheios (26% a 60%) 3 III. Cheios (61% a 80%) 4 IV. Cheios (81% a 100%) 2
Uso Pblico/Privado Relao pblica/privada da rea (permeabilidade)
I. Pblico (0% a 25%) 1 II. Pblico (26% a 60%) 2 III. Pblico (61% a 80%) 3 IV. Pblico (81% a 100%) 4
Coes
o
Soci
al
Legislao Disciplina do bairro Predominncia da
obedincia legislao nas construes
I. No h legislao vigente 1 II. No obedece 2 III. Obedece parcialmente 3 IV. Obedece adequadamente 4
Ambi
enta
l
Orientao do conjunto de habitaes
Solar Predominncia da orientao das fachadas
I. Norte / Sul 4 II. Leste / Oeste 1 III. Nordeste / Sudoeste 3 IV. Noroeste / Sudeste 2
Ventilao
Permeabilidade Existncia de obstculos para a ventilao
I. No h permeabilidade 1 II. Permeabilidade inadequada 2 III. Permeabilidade parcial 3 IV. Permeabilidade adequada 4
Sensao Trmica Qualificao segundo
relao entre a largura da via e a altura das
edificaes
I. Relao varivel (incalculvel) 1 II. Espaos claustrofbicos (W/H < 1) 2 III. Espaos de Recolhimento (W/H = 1, 2 e 3) 4 IV. Espaos Expansivos (W/H > 4) 2
Relevo Topografia Acomodao das vias s curvas de nvel
I. No h acomodao das vias s curvas de nvel (0% a 25%) 1 II. Favorvel s curvas de nvel (26% a 60%) 2 III. Favorvel s curvas de nvel (62% a 80%) 3 IV. Favorvel s curvas de nvel (81% 4
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a 100%)
Conforto Acstico Nvel de rudo
Incmodo do rudo por percepo sensorial
I. No h incmodo 4 II. Rudo baixo intermitente 3 III. Rudo constante 2 IV. Rudo alto (ensurdecedor) 1
Segu
rana
Iluminao pblica
Eficcia Eficcia da iluminao I. No h iluminao (0% a 25%) 1 II. Eficcia segregada (26% a 60%) 2 III. Eficcia parcial (61% a 80%) 3 IV. Eficcia total (81% a 100%) 4
Destinao Para o pedestre ou para o carro
I. No existe 1 II. Existe mas obstruda ou depredada 2 III. Existe para o pedestre ou para o carro e funciona 3 IV. Existe para os dois e funciona 4
Visibilidade
Fachadas das edificaes
A fachada ser aberta para a rua
I. No h aberturas (0%) 1 II. Abertura segregada (1% a 33%) 2 III. Abertura parcial (34% a 66%) 3 IV. Abertura total (67% a 100%) 4
Usos Se a rea habitada de dia e a noite
I. Habitada apenas de dia 1 II. Habitada apenas noite 1 III. Habitada as vezes de dia e as vezes noite 2 IV. Habitada de dia e noite 4
Degradao Espacial
Estado de conservao do local, lixo na rua, poluio
visual, etc
I. Totalmente degradado 1 II. Parcialmente degradado 2 III. Degradao segregada 3 IV. No h degradao 4
Observando a tabela 04, percebe-se inicialmente que ela dividida nas duas escalas de estudo: a Escala da Cidade, e a Escala do Setor. Na primeira, so apresentados seis (6) indicadores (Mobilidade Urbana Sustentvel, Identidade, Infraestrutura Urbana, Coeso Social, Ambiental e Expanso), enquanto na segunda so cinco (5) indicadores (Mobilidade Urbana Sustentvel, Identidade, Coeso Social, Ambiental e Segurana), todos localizados na primeira coluna.
A quarta coluna a coluna referente ao conceito de cada atributo, auxiliando a obteno da viso analtica/frmula/valores5, da quinta coluna. Essa a principal coluna da tabela, onde dela se identifica o nvel de qualidade proveniente de cada atributo, em que cada resultado possui um peso6 especfico, que no seu somatrio gerar um valor que definir o nvel de qualidade urbana ambiental da determinada regio em estudo. Essas duas ltimas colunas sero mais bem exemplificadas no item a seguir.
No entanto, j valido ressaltar que essas duas ltimas colunas (viso analtica e peso) acabaram por serem arbitrrias, avaliadas muitas vezes a partir da percepo in loco do observador, podendo prejudicar o resultado final, que por no ser qualitativo, criar diferentes ocorrncias a depender da anlise individual de cada usurio.
5 Mtodo de avaliao do atributo, definido a partir da observao in loco, medies, anlises e
mapas de identificao da regio estudada. 6 Parmetro que qualifica o atributo. O somatrio dos pesos define a qualidade ambiental urbana
da regio. Esse item ser melhor exemplificado no captulo 2.3. Mtodo de Classificao.
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2.2. Aplicao do mtodo desenvolvido
Este trabalho procura melhorar o estudo desenvolvido anteriormente, facilitando assim a compreenso e a comparao entre os resultados obtidos.
Para isso, inicialmente foram estudadas as anlises morfolgicas da regio na escala da Cidade, assim como na escala do Setor, a partir de imagens ilustrativas e tridimensionais que demonstram suas principais caractersticas, facilitando assim a sua compreenso.
A anlise de cada atributo foi definida a partir da utilizao de mapas7, verificao in loco, medies e simulao computacional, podendo com isso manter um padro de comparabilidade entre todos os setores estudados. Toda a sua aplicao ser explanada a seguir, utilizando como base um dos setores do Plano Piloto de Braslia, a Asa Sul.
Localizado na Regio Administrativa I, a Asa Sul, junto com a Asa Norte e outros setores, compe o Plano Piloto de Braslia.
O Plano Piloto possui uma estrutura urbana com forma parecida a de um avio. Projetado por Lucio Costa, seu projeto foi constitudo basicamente pelo sistema virio, que corta sua malha nos eixos norte-sul e leste-oeste, estruturando o desenho urbano em torno de dois eixos monumentais dispostos em cruz.
7 Representao visual de uma regio, analisados inclusive de acordo com o atributo. Alguns dos
mapas criados foram: Mapa de Uso e Ocupao do Solo, analisa a quantidade de usos de uma determinada regio; Mapa de Cheios e Vazios, analisa a relao de ocupao espacial; dentre outros. Todos os mapas sero demonstrados no item 2.2. Aplicao do mtodo desenvolvido.
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Figura 1 Sketch do projeto do Plano Piloto do Lucio Costa. Fonte: http://edu searacanada.blogspot.com. Acessado em 02/2011.
Essas duas faixas virias, denominadas de Eixo Rodovirio (sentido norte-sul) e Eixo Monumental (sentido leste-oeste) definem os principais sistemas virios da capital federal, onde o encontro dos dois eixos d-se na Rodoviria do Plano Piloto, um dos principais pontos da cidade. Com um traado modernista, o sistema virio suprime qualquer tipo de cruzamento, facilitando assim a circulao de veculos, permitindo que os dois eixos, facilitem a comunicao com os diversos setores da cidade.
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Segundo Lucio Costa, o Plano Piloto de Braslia conjuga quatro escalas urbanas: a monumental, a residencial, a gregria (referente ao encontro social) e a buclica (referente as reas verdes), em que cada setor composto por reas especficas para cada tipo de uso, dentre eles residencial, administrativo, comercial, industrial, recreativo, cultural, entre outros (BRITO, 2010). A Asa Sul, um dos setores do Plano Piloto, composto por diversas superquadras, conhecidas tambm como unidades de vizinhana (FERRARI, 1991). Cada Unidade de Vizinhana atende a proximidade mnima para os equipamentos pblicos, como por exemplo uma escola primria, que deveria existir em cada 800m a 1.200m.
A superquadra tem como principal objetivo proporcionar a convivncia e os contatos sociais entre seus usurios, sendo dessa forma resultado de vrias unidades residenciais. No caso da Asa Sul, as superquadras so divididas da seguinte maneira:
- Superquadras residenciais: 100, 200, 300, 400 e 700, variam sua numerao de 02 a 16 (102, 103, 104, ... 116) e so compostas por prdios de apartamentos. - Superquadras comerciais: 600 e 900, so compostas por escolas e igrejas. - Setor de Embaixadas Sul (801 a 816), so compostas por representaes estrangeiras. De acordo com a figura 2, pode-se observar a diviso das superquadras, onde na direo leste do Eixo Rodovirio (Norte-Sul) esto as superquadras 200, 400, 600 e 800, respectivamente (cores frias: azul, verde), enquanto na direo oeste do mesmo Eixo, encontram-se as superquadras 100, 300, 500, 700 e 900, respectivamente (cores quentes: vermelho, amarelo).
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Figura 2 Separao das superquadras da Asa Sul. Cores frias (azul e verde) representam as superquadras pares, enquanto as cores quentes (vermelho e amarelo), representam as superquadras mpares.
Cada superquadra composta por um cinturo verde perimetral, com 10 a 14 edifcios sendo o trreo livre em pilotis e atendendo a um gabarito de no mximo seis pavimentos. O uso de uma via interna em cul-de-sac8 permite acesso a todos os prdios, e, por conseguinte, apenas em um ponto de contato entre o interior da superquadra e o restante da cidade.
A cada duas superquadras h um ponto de comrcio, denominado de Comrcio Local. Este tem a funo de suprir as necessidades do dia a dia dos moradores das superquadras, servindo espaos de comrcio, servios e lazer, como bares, restaurantes, drogarias, casas noturnas, entre outros, conforme figura 3.
8Cul de sac uma expresso proveniente do francs, que no urbanismo significa rua sem sada.
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Figura 3 Vista area de uma superquadra, separada pelo cinturo verde, com o comrcio local no sudoeste da foto.
Fonte: Acervo pessoal em 12/2010.
Na proposta do Lucio Costa, cada superquadra possuiria de rea 280x280m, incluindo a faixa de vegetao de 20m. Esta faixa teria a funo de delimitar e criar uma identidade especfica para cada quadra, a partir do uso de diferentes espcies arbreas.
Alm da vegetao, a permeabilidade do pedestre outra caracterstica comum nas superquadras. Esta condio se d pelo uso dos pilotis no trreo de cada bloco residencial, permitindo uma total liberdade de circulao, criando com isso uma continuidade espacial, proporcionada pela condio do solo como local pblico.
Com uma rea de projeo especificada na proposta inicial do Plano Piloto, cada edifcio deve ser projetado com um gabarito mximo de seis pavimentos sobre pilotis. Esse permite que as superquadras residenciais tornem o espao pblico em uma escala mais humana para a cidade.
Cada edifcio disposto ortogonalmente entre si, caracterizando cada superquadra em uma disposio complexa dos blocos. Esta ortogonalidade pode ser apresentada a partir de prdios isolados, pareados ou em srie, em que estas relaes so capazes de gerar uma infinidade de espao. No entanto, essa homogeneidade dos blocos, aliado ao gabarito limitado, padroniza os espaos, proporcionando uma das crticas mais comuns das superquadras, a falta de identidade visual tratada por LYNCH (1997). J no uso de cul-de-sac no sistema virio, que permite apenas um ponto de contato como acesso a superquadra, possvel observar que o trfego de veculos proposto permite
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uma separao das superquadras com a cidade, diminuindo o fluxo de automveis no seu interior.
Desta forma possvel perceber muitos dos conceitos modernistas utilizados para projetar a capital federal, como as quatro escalas urbanas j citadas anteriormente. Estas definem o uso do solo, ndices de construo e efeitos urbansticos adotados em cada rea, que com isso, permitem uma identidade especfica para a cidade como um todo, criando assim uma concepo urbanstica configurada como conceitual.
Para a Escala da Cidade, foi adotada toda a Asa Sul, por atender e se enquadrar em todas as caractersticas referentes a essa escala. Sua localizao no Plano Piloto d-se conforme figura 4.
Figura 4 Foto area da localizao da Asa Sul no Plano Piloto de Braslia. Fonte: Adaptado de Google Earth em 02/2011.
A localizao da Escala do Setor na Asa Sul deu-se buscando uma estrutura urbana que se repeti-se em grande parte da regio. Neste caso, utilizou-se a superquadra SQS 308, conforme pode ser visto na figura 5.
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Figura 5 Foto area da localizao da superquadra SQS 308, a Escala do Setor na Asa Sul no Plano Piloto de Braslia.
Fonte: Adaptado de Google Earth em 02/2011.
A utilizao da SQN 308 deu-se por se tratar de uma superquadra modelo definida por Lcio Costa, agregando todas as caractersticas virias, estruturais, de permeabilidade urbana dos pedestres, dentre outros.
A seguir ser explicado a avaliao da Asa Sul em cada indicador com seus respectivos atributos na Escala da Cidade e na Escala do Setor.
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2.2.1. Escala da Cidade: Mobilidade Urbana Sustentvel
Sub-Indicador: Acessibilidade Universal
Atributo: Acessibilidade ao Transporte Pblico
Avaliao: Existe, mas atende parcialmente
A partir da percepo in loco foi possvel visualizar a existncia de acesso universal, tais como caladas, passeios, e outros, at o transporte pblico. No entanto, este passeio possui dificuldades, por no existir uma continuidade dos seus acessos, caladas inadaptadas e/ou degradadas, atendendo desta forma parcialmente a regio, conforme figura 6.
Figura 6 Acesso universal at o transporte pblico, com caladas adaptadas. No entanto, v-se caminhos alternativos sob a rea gramada (sudeste) para facilitar o percurso at o transporte pblico.
Fonte: Acervo pessoal em 12/2010.
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Sub-Indicador: Acessibilidade Universal
Atributo: Proximidade do Transporte Pblico (nibus) Avaliao: Menor que 350m
Analisando o Plano Horizontal foi possvel identificar o raio de abrangncia dos pontos de parada de nibus, de aproximadamente afastados a cada 200m, conforme figura 7.
Figura 7 Mapa do raio de abrangncia dos pontos de nibus 200m.
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Sub-Indicador: Acessibilidade Universal
Atributo: Proximidade do Transporte Pblico (Outros) Avaliao: Existe e atende totalmente
A partir da anlise do Plano Horizontal, foi possvel identificar que o raio de abrangncia dos pontos de parada metr, existente no local, so afastados a cada 700m, atendendo ao mnimo de 1000m definido na tabela, conforme figura 8.
Figura 8 Mapa do raio de abrangncia das estaes metrovirias.
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Sub-Indicador: Acessibilidade Universal
Atributo: Transporte pblico adaptado para Portador de Necessidades Especiais (P.N.E.) Avaliao: Existe, mas atende parcialmente
Observando a situao in loco, foi possvel perceber que os pontos de parada de nibus e seus respectivos nibus, atendem a regio da Asa Sul. No entanto, no satisfatoriamente, devido a degradao dos pontos de parada, a passagem dos nibus em apenas alguns horrios, entre outros.
Sub-Indicador: Acessibilidade Universal
Atributo: Vagas de estacionamento para P.N.E.
Avaliao: Existe, mas atende parcialmente
Em grande parte das superquadras, assim como suas entrequadras comerciais, so encontradas vagas de estacionamento para P.N.E., no entanto, nem sempre a qualidade delas satisfatria. Em diversas situaes no h faixa nem rampa para acesso ao passeio pblico, dificultando o seu uso.
Sub-Indicador: Sistema Virio
Atributo: Infraestrutura Cicloviria
Avaliao: No Existe
Inexistncia de elementos como paraciclo, ciclofaixa e ciclovia.
Sub-Indicador: Sistema Virio
Atributo: Potencial de integrao / Acessos
Avaliao: Existe, mas atende parcialmente
A ligao com outras cidades ou regies a partir de enormes corredores de circulao automotivo existente em grande parte do entorno da Asa Sul. No entanto, a demanda muito alta, no atendendo adequadamente toda a regio.
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Sub-Indicador: Sistema Virio
Atributo: Conexes Virias
Avaliao: Azul
Conforme analisado no Mapa Axial da Asa Sul, possvel observar que a cor predominante a azul, tendo em vista que possui muitos cul-de-sac, caracterstica de uma malha modernista.
Figura 9 Mapa Axial da Asa Sul do Plano Piloto de Braslia. Predominncia da cor azul.
Vale ressaltar que o estudo realizado do mapa axial foi de todo o DF, no entanto, foi delimitado para anlise apenas a Asa Sul, regio em estudo.
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Sub-Indicador: Sistema Virio
Atributo: Hierarquia das vias (Via local, coletora, arterial, expressa) Avaliao: Existe e atende adequadamente
De acordo com a figura 10, possvel observar que h uma hierarquia viria na Asa Sul de acordo com a sua localizao e importncia. No eixo rodovirio, encontram-se as vias arteriais (via principal), enquanto para facilitar o deslocamento entre as superquadras, h vias coletoras (via secundria). J as vias locais so encontradas nas superquadras, diminuindo a circulao de automveis na rea residencial.
Figura 10 Mapa de hierarquia das vias.
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Sub-Indicador: Sistema Virio
Atributo: Corredores exclusivos de nibus
Avaliao: No Existe
No existe uma faixa viria exclusiva para nibus. (Obs.: Na poca do desenvolvimento desse trabalho no existia uma faixa viria exclusiva para nibus. Hoje, incio de 2013, j existe.)
2.2.2. Escala da Cidade: Identidade
Sub-Indicador: Fsico Territorial
Atributo: Centralidade
Avaliao: 0km a 10km
A distncia do ponto extremo da Asa Sul at a Rodoviria do Plano Piloto (referncia para a avaliao na tabela) de 6km, de acordo com o mapa da figura 11.
Figura 11 Mapa da distncia do ponto extremo da Asa Sul com a Rodoviria do Plano Piloto.
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Sub-Indicador: Fsico Territorial
Atributo: Limites
Avaliao: Existe limite e confere identidade
A Asa Sul possui os quatro lados como limites identificveis, criando uma identidade para a regio. Pelo lado norte, h o Eixo Monumental. Ao lado Sul, a Sada Sul, compreendida pela avenida que liga a W3 com a L4. No Leste, a avenida L4, enquanto ao Oeste, o Parque da Cidade.
Sub-Indicador: Histrico
Atributo: Patrimnio
Avaliao: Preservam a identidade das edificaes
Como o Plano Piloto inteiro considerado patrimnio tombado, a Asa Sul possui identidade nas edificaes.
Sub-Indicador: Orientabilidade
Atributo: Legibilidade
Avaliao: H compreenso parcial do espao
A cidade formada por diversos setores dependentes de seus usos, e por este motivo h uma enorme facilidade para a compreenso do espao, no entanto, parcial, pelo motivo de no ser possvel se localizar em qual quadra residencial a pessoa se encontra.
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Sub-Indicador: Orientabilidade
Atributo: Marco Referencial
Avaliao: Existem pontos, mas com pouca significncia
A Asa Sul formada por diversos pontos que facilitam a localizao no espao urbano, como por exemplo a igrejinha da SQS 308 (figura 12). No entanto, estes pontos so locais, a depender dos usurios que freqentam os espaos, que por mais que saibam sua localizao, no se identificam com os mesmos.
Figura 12 Foto da Igreja Nossa Senhora de Ftima, da SQS 308.
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Sub-Indicador: Orientabilidade
Atributo: Escala Hierrquica
Avaliao: Existe escala perceptvel
Mesmo com a limitao do gabarito proposto por Lucio Costa, a Asa Sul possui uma escala Hierrquica a partir do seu ponto central, neste caso o Eixo Rodovirio, para os pontos mais distantes, conforme observado na figura 13, em que o centro so blocos com 6 pavimentos, enquanto na extremidade oeste so casas de 1 pavimento.
Figura 13 Foto da maquete da Asa Sul, representando a Escala Hierrquica da regio.
Sub-Indicador: Orientabilidade
Atributo: Pontos Nodais
Avaliao: Existe e h agregao em todos os pontos
O sistema virio da Asa Sul, por ser uma malha modernista, converge suas vias para diversos pontos nodais, agregando-os com a estrutura urbana da regio.
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Sub-Indicador: Uso
Atributo: Pblico / Privado
Avaliao: Totalmente Pblica (81% a 100%) A estrutura trrea sob pilotis dos blocos residenciais permite a permeabilidade quase que total do pedestre no espao pblico, conforme observado na figura 14. (Obs.: Este atributo foi avaliado na Escala do Setor. Por isso, dever existir uma correo na tabela para este atributo.)
Figura 14 Relao Pblico / Privado na Escala do Setor da Asa Sul.
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Sub-Indicador: Uso
Atributo: Diversidade dos usos
Avaliao: 4 tipos de uso ou mais
Conforme a avaliao, a Asa Sul possui uma diversidade de usos igual a quatro (4) ou superior, em alguns casos. Esta ocorrncia pode ser observada na figura 15. (Obs.: este atributo foi analisado na Escala do Setor).
Figura 15 Relao de Diversidade de Usos na Escala do Setor da Asa Sul.
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Sub-Indicador: Uso
Atributo: Diversidade dos usos pela distncia
Avaliao: At 500m
A superquadra possui como conceito a Unidade de Vizinhana proposto por FERRARI (1991). Desta forma, cada superquadra, que possui aproximadamente 280x280m, possui uma diversidade de usos para atender as necessidades dos seus moradores. Assim, a distncia dos edifcios residenciais at o comrcio, servio, e equipamentos pblicos, inferior a 500m.
Sub-Indicador: Econmico
Atributo: Equidade
Avaliao: Equidade Parcial
A proposta inicial era garantir a equidade econmica em cada superquadra. No entanto, a ocorrncia de que as mais prximas do Eixo Rodovirio so mais caros que os mais prximas da L2 e da W3. Desta forma, h uma enorme variao das faixas de rendas econmica. No entanto, ela parcialmente segregada.
2.2.3. Escala da Cidade: Infraestrutura Urbana
Sub-Indicador: Infraestrutura Urbana
Atributo: Destinao de reas com/para infraestrutura verde
Avaliao: No existe
Conforme avaliao.
Sub-Indicador: Infraestrutura Urbana
Atributo: Visibilidade da infraestrutura eltrica
Avaliao: Parcialmente subterrnea
Para garantir um melhor estudo para a imagem da cidade, a infraestrutura eltrica deveria ser totalmente superficial. No entanto, para melhor manuteno, nem todos os
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pontos da regio podem ser adotados desta maneira, o que define no atributo como parcialmente subterrnea.
Sub-Indicador: Infraestrutura Urbana
Atributo: Visibilidade da infraestrutura pluvial
Avaliao: Subterrnea
Segundo ROMERO (2010), quando se observa a infraestrutura pluvial, faz com que o homem a conserve. Neste caso, a melhor soluo seria que a visibilidade da infraestrutura pluvial fosse superficial, garantindo assim uma melhor manuteno da mesma, o que no acontece na Asa Sul.
2.2.4. Escala da Cidade: Coeso Social
Sub-indicador: Proximidade de servios pblicos
Avaliao: Existe e atende adequadamente
Idem ao atributo Diversidade de usos pela distncia. Como a superquadra possui o conceito de Unidade de Vizinhana, com uma dimenso aproximada de 280x280m, que atenda todas as necessidades dos seus moradores, a distncia dos servios pblicos passa a ser inferior a 700m (duas superquadras), atendendo adequadamente a regio.
Sub-Indicador: Produo de resduos
Atributo: Coleta Seletiva
Avaliao: Existe, mas no atende
Conforme avaliao.
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2.2.5. Escala da Cidade: Ambiental
Sub-Indicador: Orientao do conjunto de vias Atributo: Solar
Avaliao: Norte / Sul
Como grande parte da estrutura viria da Asa Sul se d a partir dos grandes eixos, possvel observar, na figura 16, que a predominncia no sentido Norte-Sul.
Figura 16 Mapa das vias do sistema virio com seus respectivos tipos.
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Sub-Indicador: Verdes Urbanos
Atributo: Forma
Avaliao: Densa, Copa Larga, Alta
Como possvel observar na figura 17, o tipo de vegetao predominante da Asa Sul arbrea. Desta forma, vrios condicionantes so atendidos, tais como ventilao, umidade e rudo, garantindo uma melhor qualidade na estrutura urbana da cidade.
Figura 17 Foto area mostrando a vegetao densa, copa larga e alta do eixo rodovirio da Asa Sul. Fonte: Acervo pessoal de 2012.
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Sub-Indicador: Verdes Urbanos
Atributo: Porosidade
Avaliao: Porosidade total
As superquadras possuem, conforme j citado, um cinturo verde que delimitam suas fronteiras. Desta forma, a vegetao no interior delas adquire a escala humana proposta pelo Lucio Costa, garantindo ainda, com isso, a porosidade no espao urbano, auxiliado pela disposio e ortogonalidade dos blocos residenciais (figura 18).
Figura 18 Porosidade da vegetao no interior da superquadra.
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Sub-Indicador: Verdes Urbanos
Atributo: Relao de reas verdes
Avaliao: reas verdes totais (81% a 100%) De acordo com o mapa da figura 19, a quantidade de rea verde no interior da superquadra atinge o conceito da escala buclica proposto por Lucio Costa, conforme a figura 18. (Obs.: Este atributo foi avaliado na Escala do Setor. Por isso, dever existir uma correo na tabela para este atributo.)
Figura 19 Relao da rea permevel com a rea arborizada na Escala do Setor da Asa Sul.
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Sub-Indicador: Preservao
Atributo: Campos de preservao
Avaliao: No existe
Conforme avaliao.
2.2.6. Escala da Cidade: Expanso
Sub-indicador: Vetor de crescimento (caso haja expanso) Avaliao: No existe
A Asa Sul j se encontra totalmente consolidada, e no h nenhuma rea delimitada para a expanso do setor. Desta forma, todos os atributos deste indicador receberam a mesma avaliao.
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2.2.7. Escala do Setor: Mobilidade Urbana Sustentvel
Sub-indicador: Acessibilidade Universal
Atributo: Permeabilidade
Avaliao: Existe e atende adequadamente
Neste caso, a permeabilidade para a mobilidade urbana sustentvel na escala do setor se d a partir da diversidade de rotas para o pedestre, principalmente pela permeabilidade dos pilotis, o qual atende adequadamente, conforme figura 20.
Figura 20 Foto da permeabilidade dos pilotis possibilitando a diversidade de rotas.
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Sub-indicador: Acessibilidade Universal
Atributo: Caladas adaptadas para P.N.E.
Avaliao: Existe, mas atende parcialmente
As caladas so largas, possibilitando a circulao de diversos fluxos de pessoas. No entanto, a ausncia dos pisos tteis para Portadores de Necessidades Visuais prejudica sua acessibilidade, no sendo adequada, desta forma, para todos os usurios (figura 21).
Figura 21 Foto das caladas acessveis, no entanto sem piso ttil pa