2015- Curso 'A PRÁTICA DO PSICANALISTA' - Aula 1 a chegada do paciente ao psicanalista

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Curso A prática do psicanalista Coordenação Alexandre Simões Encontro 1: a chegada do paciente: a demarcação do sintoma e da demanda

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Curso

A prática do psicanalista

Coordenação

Alexandre Simões

Encontro 1:

a chegada do paciente: a demarcação do sintoma e da demanda

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Alguns aspectos introdutórios

parte I

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A temporalidade variável da chegada do paciente

algumas chegadas são longamente adiadas ALEXANDRE

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Encontros que não se alongam

encontros que se desdobram em um percurso

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Nem sempre quem nos procura e marca um horário para si

será, efetivamente, o paciente que

prosseguirá no percurso.

Sobretudo, casos relacionadas à clínica infantil, adolescentes e casais.

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Jacques Lacan (1901-1981) convidou os analistas de seu tempo

bem como de nosso tempo a um desafio:

“alcançar em seu horizonte a

subjetividade de sua época”

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Quais seriam as modalidades contemporâneas da transferência ?

Quais são as formas de se pensar a clínica pela

perspectiva da articulação, da ponte que envolve falas,

objetos, coisas, etc. ?

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O sintoma na clínica psicanalítica

parte II

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Sintoma para a psicanálise

Está longe de se reduzir a um transtorno

Não necessariamente é um mal-estar intrínseco e pessoal

Sintoma implica, sempre, uma relação dialética

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Sintoma, a partir de Lacan:

é uma mensagem

é uma significação dada ao Outro

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Sintoma como mensagem e significação:

implica que ele pode ser lido, antes de ser

tratado ou terapeutizado

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Porém, quanto mais a Psicanálise avança, mais devemos estar

avisados quanto aos limites e aos modos de se fazer esta ‘leitura do

sintoma’

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Em suma,

devemos estar atentos para não partirmos de uma concepção excessivamente simplista de sintoma, que orientará (ou aprisionará) a nossa escuta

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Psicanálise:

Clínica do Real

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Clínica do Real (Lacan)

Inconsciente (Freud)

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Real -> aquilo que não é de todo claro, aquilo que não é de todo

apreendido

O tempo todo, a direção da análise deve se dar por intermédio dessa

dimensão opaca

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Daí, o real como aquilo que escapa

O real como aquilo que se alia ao não-todo

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Então, por uma demarcação não-toda do sintoma e da demanda

Algumas implicações práticas:

Devemos não nos contentar com as localizações muito sistemáticas ou

transparentes do sintoma;

Igualmente, devemos ampliar a cena da expressão da demanda uma vez que esta

venha a se apresentar localizada com muita nitidez

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TRANSIÇÕES CRUCIAIS A CADA CHEGADA DE UM PACIENTE

Apresentado como desordem /

transtorno

Demarcado como modalidade de gozo

SINTOMA

aquilo que dificulta a performance de

uma função, o desempenho de uma

habilidade, a manutenção de um

funcionamento (fisiológico, ocupacional,

etc.)

as figuras do excesso (excessivamente

muito, excessivamente pouco), as rotas da

repetição

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A demanda na clínica psicanalítica

parte IiI

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TRANSIÇÕES CRUCIAIS A CADA CHEGADA DE UM PACIENTE

DEMANDA

Vista como apelo terapêutico Vista como indicadora da identificação

fantasmática

Forma como o chamado à correção se

apresenta

Modo como se apresenta a relação do sujeito

com a falta (a sua e a do/no Outro)

Portanto, a palavra da ordem, do

restabelecimento, como as coisas devem

ser

A palavra na dimensão do Supereu

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Sinalização clínica da demanda:

“O neurótico (...) é aquele que identifica a falta do

Outro com sua demanda.

Daí resulta que a demanda do Outro assume a função

de objeto em sua fantasia...”

(Jacques Lacan, in

Subversão do sujeito e dialética do desejo no inconsciente freudiano, p. 838)

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Prosseguiremos com o tema de nosso próximo encontro

A chegada do paciente: a construção do diagnóstico

Até lá!

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