2015.1-Apostila Liturgia e Culto Cristãƒo

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1 IGREJA EPISCOPAL CARISMÁTICA DO BRASIL SEMINÁRIO TEÓLOGICO EPISCOPAL CARISMÁTICO SETEC APOSTILA LITURGIA E CULTO CRISTÃO DOM ANDRÉ NOVAES

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IGREJA EPISCOPAL CARISMTICA DO BRASILSEMINRIO TELOGICOEPISCOPAL CARISMTICOSETEC

APOSTILA

LITURGIA E CULTO CRISTO

DOM ANDR NOVAES

LITURGIA E CULTO CRISTO

CONTEDO PROGRAMTICO:

1) LITURGIA conceito e significado

2) SINAIS E SMBOLOS

3) CULTO CRISTO conceito, caractersticas e elementos do culto

4) DOMINGO (Dia do Senhor)

5) ANO LITRGICO

6) CORES LITRGICAS

7) PARAMENTOS DO ALTAR E OBJETOS LITRGICOS

8) MINISTROS E VESTES LITRGICAS

9) SACRAMENTOS

1) LITURGIA conceito e significado

Antes de fixar o conceito de liturgia e defini-la preciso observar que a adorao crist melhor descrita em termos de resposta, porque Deus que sempre toma a iniciativa.

Ou seja, podemos afirmar, j definindo, que liturgia um dilogo entre Deus e seu povo. Na liturgia, Deus fala a seu povo, Cristo anuncia o Evangelho e o povo responde a Deus com cnticos, oraes e outras expresses de f.

Alm de ser nossa resposta a Deus, a adorao presente na liturgia uma proclamao da glria, da grandeza e do triunfo de Deus manifestados por meio de Jesus Cristo, que o centro de nosso culto.

Etimologicamente, a palavra liturgia tem origem grega. Los (lit ou leit) significa povo, da derivando as palavras laico e leigo. rgon (urgia) significa trabalho, ofcio, dando origem palavra ergonometria. Portanto, liturgia significa trabalho do povo, ou seja, trabalho ou servio pblico.

Se afirmarmos que liturgia criao da Igreja, o Corpo de Cristo, ou seja, obra e trabalho do povo de Deus, conforme indica a etimologia da palavra, estamos afirmando, na verdade, que a liturgia criao do Esprito Santo. o Esprito Santo quem fala atravs da liturgia e age dentro dela.

A liturgia, como ao de todo o povo de Deus, implica em dizer que todos so participantes e ningum espectador. Afinal, a liturgia o culto pblico a Deus executado pelo seu povo, a Igreja, a comunidade dos fiis. Envolve, assim, a participao ativa e responsvel de todos os adoradores, tanto os ministros quanto os leigos. Cada um tem sua funo prpria no drama da liturgia.

Na liturgia, fazemos a oferta de ns mesmos a Deus e celebramos os seus mistrios, ou seja, os projetos de Deus que se realizam na pessoa de Jesus Cristo: a redeno e salvao do homem, a implantao do Reino de Deus no mundo, a participao dos cristos da vida de Deus. O mistrio central da vida do cristo o mistrio pascal (a paixo, a morte e a ressurreio do Senhor), que celebramos na Eucaristia.

Assim, podemos definir que liturgia o conjunto de ritos celebrativos e participativos, expressos por meio de sinais sensveis e eficazes,que tornam presente o acontecimento definitivo do mistrio pascal (a ressurreio de Cristo).

Portanto, a ao litrgica faz memria, isto , torna presente, traz para o momento atual os acontecimentos da salvao. A ao litrgica deve levar-nos a Deus, transformando-nos naqueles que adoram em esprito e em verdade.

Um dos valores da liturgia que ela nos ensina como pedir e o que pedir. A liturgia disciplina as nossas oraes, instrui e educa o esprito humano, imprimindo, inclusive, uma maior reverncia durante as celebraes litrgicas. A repetio dos louvores e das oraes, quando tudo feito com o corao, no constitui vs repeties, pois nos ajuda a sermos edificados na f e a adorar o Senhor de maneira mais bela e digna.

Nesse sentido mais profundo, liturgia significa um ato realizado em benefcio do povo de Deus, ao passo que, em seu sentido mais restrito, ela se refere s cerimnias e ritos pblicos oficialmente realizados pela Igreja.

Finalmente, preciso dizer que liturgia no pode ser algo mecnico, sem vida. Liturgia vida e exige, portanto, espiritualidade e f. Se durante a semana estamos abertos ao Esprito Santo, no trabalho, na famlia, na comunidade, ento nossos olhos se abrem quando o po partido, o corao fica em brasa quando ouvimos a Palavra e o caminho que percorremos, com todas as suas alegrias, tristezas, dificuldades e desafios, passa a fazer sentido e a renovar as nossas esperanas.

Na realidade, a adorao genuna, por meio de Cristo, rompe com o ritualismo e torna a liturgia um culto agradvel a Deus, como nos exorta a fazer o apstolo Paulo em Rm 12. 1, 2.

2) SINAIS E SMBOLOS

Simbolismo o ato de atribuir a coisas e aes um significado interior. Por exemplo, a balana simboliza a justia, quando a contemplamos no campo do Direito, a bandeira nacional simboliza a ptria. Desse modo, a balana e a bandeira so sinais, respectivamente, da justia e da ptria. Outro exemplo: a mo estendida pode simbolizar amizade ou ajuda, ou seja, a mo estendida pode ser um sinal dessas duas disposies da alma, ser amigo, ajudar.

No mbito da Igreja, o simbolismo expressa ideias religiosas e essencial a todas as formas externas de adorao. Alis, os sinais e os smbolos tornam a liturgia mais perceptvel, liberando e fazendo reconhecer a graa de Deus no meio de seu povo.

Ressalte-se que os sinais e os smbolos tornam visvel o invisvel e devem ser natural e facilmente entendidos pelos adoradores.

importante distinguir sinal de smbolo, embora essas expresses sejam muitas vezes utilizadas indistintamente, como se fossem sinnimas.

Os sinais simbolizam algo; so objetos, cores, luzes, gestos, movimentos, ao passo que o smbolo a expresso, a manifestao de uma realidade invisvel, que nos conduz a uma experincia espiritual e atinge os nossos sentidos por meio de sinais.

Por exemplo, o po e o vinho durante a celebrao eucarstica so sinais e simbolizam o corpo e o sangue de Jesus Cristo.

Portanto, smbolo tudo que capaz de expressar, de alguma maneira, uma realidade que est presente e muito maior e mais profunda do que aquilo que conseguimos exprimir em palavras. Podemos afirmar, ento, que o smbolo a linguagem do mistrio.

Na liturgia, os sinais e os smbolos, para quem tem f, revelam o mistrio de Cristo e comunicam algo transcendente.

Em todo o Antigo e o Novo Testamentos, Deus comunicou-se por sinais e smbolos. Palavras no eram suficientes. Deus queria que seu povo visse, visualizasse verdadeiramente o que Ele ensinava.

Joo Batista, por exemplo, quando se referiu a Jesus, disse: Eis o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo! (Jo 1.29), simbolizando o sacrifcio perfeito, completo e suficiente oferecido por Jesus, o sacrifcio Dele mesmo, para o perdo dos nossos pecados.

E o prprio Jesus disse: Eu sou o po vivo que desceu do cu, se algum dele comer viver eternamente (Jo 6.51), onde o po simboliza unio, alimento e vida.

importante destacar que o mesmo sinal, dependendo do contexto da celebrao, pode simbolizar coisas diversas. Por exemplo, o vinho pode relembrar a generosidade de Deus e a alegria renovada da sua presena no meio do seu povo(Sl 104.15), mas pode tambm representar o sangue da nova e eterna aliana, derramado para a remisso dos pecados. A gua recorda a vida, mas pode simbolizar a morte do velho homem pelo batismo.

Alis, a Igreja e de modo especfico a Igreja Episcopal Carismtica tem usado verdadeira riqueza de simbolismo em palavras e sinais para transmitir o sentido de sua f e aprofundar a comunho com Deus.

Veja que o leo da uno usado para consagrao, bno, cura.

Por sua vez, a imposio de mos, alm de ser aplicada tambm para bno e cura, simboliza a transmisso dos dons do Esprito Santo (At 8.17), o envio para uma misso (At 13.3) e a atribuio de uma funo ministerial (At 6. 6). Observe-se que esse gesto de impor as mos est presente na liturgia dos sacramentos, como o batismo, a confirmao, as ordenaes, a uno dos enfermos, o matrimnio.

A cruz o mais honrado de todos os sinais cristos. smbolo de vitria, libertao, transformao. Representa o ato redentor de Jesus e tambm a nossa resistncia para suportar as provas da vida seguindo a Cristo ( por isso que no batismo fazemos o sinal da cruz no batizando).

Vamos ver alguns sinais e smbolos comuns na Igreja Episcopal Carismtica e o significado deles:

- A alva uma espcie de tnica ou batina branca usada pelos ministros e simboliza a vestidura da integridade que os cristos um dia usaro na eternidade (Ap 3. 4,5).

- A estola uma pea colorida de roupa usada no pescoo pelos ministros ordenados. Simboliza a carga da Igreja aceita com alegria pelo ministro e a uno do Esprito Santo que Deus prometeu aos que Ele chama. A cor representa a estao do ano litrgico da Igreja.

- O altar, tambm conhecido como mesa do altar ou mesa da comunho, uma estrutura que lembra o lugar usado para oferecer sacrifcio. Quando celebramos a Santa Eucaristia, rememoramos o grande sacrifcio de Jesus Cristo, realizado por ns e pelos pecadores de todo o mundo.

- A procisso (o processional) lembra que somos todos peregrinos nas estradas deste mundo e caminhamos rumo ao cu. frente do cortejo, pode ir a cruz, pois ela abre o caminho para o Reino e o bispo vai atrs de todos, como servo dos servos.

- Amm uma palavra hebraica que significa aceitao de outra declarao.

- A paz do Senhor, com que saudamos os irmos, simboliza amor e unio.

Alm desses exemplos de smbolos, fundamental destacar os sacramentos, que so sinais externos e visveis que comunicam uma graa interna e espiritual. Quanto aos sacramentos, que sero abordados com mais vagar em outro momento, necessrio explicar que eles no existem sem palavra pronunciada. Somente a palavra nos leva a entender o sinal sacramental.

Por outro lado, relevante salientar que a prpria assemblia crist, ou seja, a reunio dos adoradores, j um sinal-sacramento da presena de Cristo no meio de ns. A Palavra do Senhor nos revela isso quando diz: Onde estiverem dois ou trs reunidos em meu nome, ali estou no meio deles. (Mt 18.20).

Como se v, tudo na liturgia tem um simbolismo: os objetos, as palavras, os movimentos (processional, recessional, dana), os gestos (ficar em p, sentado, ajoelhado, levantar as mos, bater palmas), tudo nos comunica, de alguma maneira, uma realidade invisvel, a realidade de Deus.

Mas no basta juntar os elementos acima descritos para se configurar uma celebrao litrgica. Precisamos ter f. A f nos abre para os projetos de Deus e para acolher a sua graa. Sem f, as celebraes se tornam vazias, ineficazes, mesmo que sejam belos espetculos.

Na liturgia, no s as pessoas comunicam o que trazem em seu ntimo, mas cada elemento que nos rodeia nos pe em relao com o que eles representam. O espao celebrativo (o templo), a ornamentao, o cuidado com os objetos litrgicos, as atividades da assembleia crist e as atitudes dos membros (suas vestimentas, sua reverncia, sua participao no culto at o final), tudo nos fala de como nossa f, nossa liturgia, nosso respeito em relao aos mistrios que celebramos.

Por isso, bom que a Igreja seja instruda quanto aos sinais e smbolos de modo a aprofundar o ato de adorao.Os sinais e smbolos conduzem adorao.

3) CULTO CRISTO conceito, caractersticas e elementos do culto

O culto a Deus sempre obedeceu a uma forma litrgica especfica, que conduz a Igreja por um caminho rumo ao trono de Deus e, l, em sua presena, nos permite oferecer um sacrifcio de louvor e ao de graas.

O culto cristo tanto servio de Deus aos seres humanos como servio dos seres humanos a Deus. Nessa dualidade, de um lado a revelao de Deus e do outro a resposta do homem, Deus sempre atuante, por meio do Esprito Santo, como destacamos ao tratar do conceito e significado da liturgia.

O culto envolve o homem em sua totalidade, corpo e esprito, promovendo o encontro entre os elementos deste mundo e os elementos da realidade espiritual, ou seja, o culto o momento de unidade entre o Senhor e o seu povo; um momento de comunho. Deus santifica o homem no culto, ao mesmo tempo em que o homem glorifica a Deus. Por isso, tudo no culto cristo deve ser feito com decncia e ordem (1Co 14.40), inclusive porque Deus no confuso e sim paz (1 Co 14.33).

De outra parte, tudo que feito no culto a Deus tem um significado ou um smbolo, apontando para o Senhor ou o seu carter. Paul W. Hoon, citado por James F. White em sua Introduo ao Culto Cristo, enfatiza que o culto cristo, por definio, cristolgico. Segundo Hoon, o ncleo do culto Deus agindo para dar sua vida ao ser humano e para levar o ser humano a participar dessa vida. Para Karl Barth, em sua Introduo Teologia Evanglica, o culto cristo o ato mais importante, mais relevante, mais glorioso na vida do homem. Por isso,o ponto culminante do culto cristo, que o ato central de adorao na Igreja Episcopal Carismtica, a celebrao do sacramento da Santa Eucaristia ou Santa Comunho.

Na realidade, culto e adorao so a mesma coisa, incluindo louvor, oraes, leitura da Palavra e de credos, pregao, ofertrio e ministrao dos sacramentos. Alis, uma das marcas distintivas da Igreja Episcopal Carismtica a sua liberdade no que se refere ao Esprito Santo. Nossa adorao muito mais que litrgica. Ela sensvel ao que Deus busca fazer no meio do seu povo. O Esprito Santo livre para manifestar-se em meio adorao da Igreja.

Saliente-se, ainda, que o culto cristo composto de elementos. Por exemplo, Jean-Jacques Von Allmen, antigo professor da Faculdade Protestante de Teologia de Neuchatel, na Sua, em seu livro O Culto Cristo-teologia e prtica, adota uma enumerao em que os elementos so: 1) a Palavra de Deus; 2) os sacramentos; 3) as oraes (em suas diversas formas) e 4) a manifestao litrgica da vida comunitria.

Por razes de ordem pragmtica, preferimos dividir o culto cristo em dois momentos claramente identificveis:

1) A Liturgia da Palavra e 2) A Liturgia da Mesa. Esses so os elementos bsicos do culto cristo da Igreja Episcopal Carismtica.

Atravs da Liturgia da Palavra, o povo de Deus instrudo na f e habilitado a receber o santo alimento preparado para ele por Jesus Cristo na Liturgia da Mesa.

Nessa altura, convm que faamos um esboo do Culto Eucarstico Dominical da Igreja Episcopal Carismtica do Brasil, em forma de liturgia mnima, que pode eventualmente ser acrescida de outros atos previsto no Livro de Orao Comum, conforme os cnones da Igreja. Alis, a liturgia mnima abaixo esboada coincide com aquela adotada na Catedral da Trindade e deve ser adotada, a fim de que a Igreja mantenha a sua unidade litrgica.

CULTO EUCARSTICO DOMINICAL (LITURGIA MNIMA)

1 LOUVORES INICIAIS

2 PROCESSIONAL (todos em p)

3 COLETA PELA PUREZA (pode ser precedida das boas vindas, leitura de trecho de salmos e orao)

4 KYRIE

5 LOUVORES

6 CONFISSO/ABSOLVIO (todos sentados ou ajoelhados)

7 LOUVORES

8 LEITURA DA PALAVRA (todos em p)

9 HINO DOMINICAL (LOUVOR)

10 SERMO (todos sentados)

11 LOUVOR

12 OFERTRIO (louvor durante a coleta)

13 EUCARISTIA PROPRIAMENTE DITA todos em p (orao eucarstica, orao do Pai Nosso, partir do po, saudao da paz, comunho)

14 BNO FINAL/DESPEDIDA

15 RECESSIONAL

4) DOMINGO (Dia do Senhor)

Segundo H.B. Porter, um telogo anglicano: A guarda do Dia do Senhor est intimamente relacionada com a afirmao das verdades da f crist.

E esse Dia do Senhor, como vamos verificar, coincide com o domingo, diante de razes histricas e teolgicas muito claras.

Na realidade, sob o ponto de vista teolgico, a Nova e Eterna Aliana estabelecida por Jesus Cristo implicou em afirmar que o sbado est superado, pois preservar o sbado judaico significaria retornar Velha Aliana, como se Cristo no tivesse vindo. Nesse sentido, convm analisar as instrues contidas em Gl4. 1-11 e Cl 2. 16, 17.

O sbado era um sinal para os judeus e pertencia lei: trabalhar seis dias e descansar no stimo, o ltimo dia da semana. O Dia do Senhor refere-se ressurreio e pertence graa, sendo o primeiro dia da semana. O povo de Deus confia em Cristo e s depois vem o trabalho.

Portanto, o verdadeiro sbado se inicia com Jesus. Ele o Senhor do sbado (Lc 6.5). Ele o verdadeiro sbado, assim como o verdadeiro templo, o verdadeiro sacrifcio da Antiga Aliana e a verdadeira circunciso. Jesus, em verdade, pe fim ao sbado, assim como ao templo, aos sacrifcios e circunciso, porque leva o sbado plenitude. Assim, o dia do culto cristo no ser mais o sbado.

Veja que os primeiros cristos participavam do culto na sinagoga no sbado e depois do por do sol, quando o sbado estava findo, iam para suas casas e partiam o po, celebrando assim o culto cristo no domingo.

No Livro de Atos 20.7 constatado que os cristos primitivos escolheram o dia seguinte ao sbado, o domingo, o primeiro dia da semana, a fim de se reunir e partir o po. Em 1 Corntios 16.2 vemos que nesse dia os cristos tambm so convidados a demonstrar sua unidade e sua generosidade fraternal.

Alm disso, Jesus ressuscitou no primeiro dia da semana, transformando o domingo no dia de culto cristo por excelncia, um verdadeiro memorial da ressurreio de Cristo. Assim, cada domingo um dia de Pscoa em que a Igreja celebra o grande recomeo, o triunfo de Jesus sobre a morte, simbolizando tambm a libertao do povo de Deus da escravido do pecado e a garantia de vida eterna.

Por fim, destacamos que o domingo, em que celebrado o culto cristo mais importante, tem trs aspectos muito relevantes para a afirmao da nossa f: 1) um aspecto comemorativo (dia da ressurreio); 2) um aspecto escatolgico (dia da vinda do Senhor, que um anseio da Igreja) ; e 3) um aspecto significativo (dia da presena do Senhor, pois Ele mesmo disse: Onde estiverem dois ou trs reunidos em meu nome, ali estou no meio deles (Mt 18.20). Ou seja, quando h comunho em torno de Cristo, ali Ele est.

5) ANO LITRGICO

Como vimos, o domingo o dia de culto cristo por excelncia. Mas, desde os primrdios, a Igreja atribuiu a certos domingos, ou datas determinadas do ano, uma colorao especial.

o que se chama de ano litrgico, tambm conhecido por suas variantes, ano cristo ou ano eclesistico.

Logo no incio, a celebrao pascal anual passou a ser precedida de seis semanas preparatrias, a Quaresma, seguida de sete semanas de jbilo, que levavam ao Pentecostes, passando pela Ascenso.

S mais tarde, depois do 4 sculo, que a Igreja passou a comemorar o nascimento de Jesus (o Natal). Estabeleceu-se um dia prximo do solstcio de inverno, poca em que o sol retomava a sua carreira de luz e vida, sem fixar, porm, um critrio histrico. Na realidade, a escolha da data visava confrontar o culto pago ao sol, que era o mais srio rival do cristianismo naquela poca.

Assim como a Pscoa, o Natal recebeu um envoltrio litrgico formado por perodo preparatrio (as quatro semanas do Advento) e um perodo posterior de exaltao (os dias que separam a festa da Natividade - 25 de dezembro - da Epifania - 6 de janeiro, em que se celebra a manifestao de Cristo aos gentios e, particularmente, aos magos do oriente).

Em torno desses dois grandes ciclos, o da Pscoa e o do Natal, cristalizou-se pouco a pouco todo o ano litrgico. Pode-se esquematizar o ano cristo, que comea no primeiro domingo do Advento e termina em um sbado antes do seu incio, da seguinte forma:

CICLO DO NATAL

- Advento (preparao) tempo de esperana e de expressar o desejo de que Cristo se manifeste na histria.

- Natal e Epifania (celebrao) tempo de manifestar Cristo aos outros como fizeram os pastores (Lc2. 17-20).

CICLO DA PSCOA

- Quaresma (preparao) tempo de orao, converso, confisso, jejum, purificao.

- Pscoa, Ascenso e Pentecostes (celebrao) tempo de ser testemunha da ressurreio por meio da palavra e de obras no seio da famlia, no trabalho e na comunidade.

TEMPO COMUM

- Perodos em que se comemora o prprio ministrio de Cristo em sua plenitude, principalmente aos domingos. Comea em 6 de janeiro e se estende at a tera-feira anterior quarta-feira de cinzas, recomeando na segunda-feira posterior ao domingo de Pentecostes e terminando antes do primeiro domingo do Advento.

A grosso modo, nos ciclos do Natal e da Pscoa celebramos o Cristo que vem nos salvar e dar a vida pela humanidade, ao passo que no tempo comum procuramos celebrar nossa resposta a esse Deus de amor, que se ofereceu em sacrifcio por ns.

Ressalte-se que a Igreja reformada reagiu contra a rigidez do ano litrgico, recusando-se a guardar datas relacionadas a apstolos, santos, mrtires, profetas, arcanjos, converso de Paulo etc., que no correspondiam s principais festas crists.

Dessa maneira, conferiu-se maior liberdade de culto ao calendrio litrgico, com grande proveito para vida da Igreja. Afinal, o ano litrgico s legtimo na medida em que contribui para a celebrao da histria da salvao produzida por meio de Jesus Cristo, permitindo aos cristos terem uma experincia mais plena da obra de Cristo em suas vidas.

6) CORES LITRGICAS

O Livro de Orao Comum adotado pela Igreja Episcopal Carismtica no especifica detalhadamente o cerimonial verificado nas Igrejas. Muito do que feito resultado de tradio.

Por exemplo, no LOC no h referncia a cores litrgicas, que associamos com as estaes do ano cristo.

Essas cores servem como sinais luminosos que simbolizam alguma caracterstica prpria dos mistrios da nossa f.

No Advento e na Quaresma, usa-se a cor roxa, que simboliza arrependimento, um tempo de confisso, a morte e o perdo de Cristo.

No Natal, na Epifania, no domingo de Pscoa, nas sete semanas de jbilo ps-pscoa e em atos litrgicos especficos, como primeira Eucaristia, usa-se a cor branca, que simboliza pureza, a santidade e a perfeio de Cristo. Tambm representa alegria. Pode ser usada em ofcios fnebres e casamentos.

Em algumas Igrejas, a cor dourada usada no domingo de Pscoa, tendo significado semelhante ao da cor branca.

No domingo de Pentecostes, no domingo da Paixo (domingo de Ramos) e nas ordenaes de presbteros e diconos, bem como sagrao de bispos, usa-se a cor vermelha, que simboliza a vida oferecida pelo sangue de Cristo e o poder ou fogo do Esprito Santo.

No tempo comum, usada a cor verde, que simboliza a esperana, a vida crist e a renovao que vem de Cristo.

Essas cores so utilizadas em alguns paramentos do altar, como o pano do altar e o vu, bem como em vestes, como a estola, tudo obedecendo s cores das estaes do ano litrgico.

7) PARAMENTOS DO ALTAR E OBJETOS LITRGICOS

A Palavra Igreja, alm de indicar o Corpo de Cristo, ou seja, a comunidade dos fiis, tambm se refere ao lugar santo (santurio ou templo) onde a Eucaristia e outros sacramentos so celebrados.

O lugar santo porque um espao celebrativo reservado, consagrado e dedicado para o uso de Deus e seu povo.

O altar o objeto litrgico e sacramental principal do santurio ou templo, que se situa prximo ao povo, porque Deus est sempre perto, porm num nvel mais elevado. Isso aponta, simultaneamente, para a imanncia e a transcendncia de Deus.

O altar deve sempre ser tratado com reverncia e respeito, pois um lugar que aponta para um sacrifcio, faz memria de um sacrifcio. Na cerimnia da Nova Aliana a Santa Eucaristia , a presena do Senhor no meio do seu povo representada por um altar, visto que somente o sangue do sacrifcio de Jesus assegura e mantm o vnculo entre o Salvador e os redimidos. Portanto, o altar smbolo de Cristo, que , ao mesmo tempo, sacerdote, altar e vtima de seu prprio sacrifcio.

O plpito reservado para a pregao e para a leitura dos Evangelhos.

A estante o local onde o Antigo Testamento e as Epstolas so lidas.

A cadeira presidencial a cadeira colocada imediatamente atrs do altar, na parte central, usada pelo celebrante. Se o celebrante for o bispo diocesano, a cadeira dele se chama ctedra.

A fonte do batismo (pia batismal) o local onde ministrado o Sacramento do Santo Batismo.

H no altar, ainda, outros objetos litrgicos e sacramentais utilizados durante as celebraes.

O pano do altar cobre o altar (mesa do Senhor) e tambm chamado de linho imaculado.

O pano do plpito colocado como smbolo de nobreza, pois o plpito reservado, como j vimos, para a pregao da Palavra do Senhor e a leitura dos Evangelhos.

O corporal um pequeno pedao quadrado de linho branco, colocado na mesa do Senhor ou altar, sobre o qual sopostos os elementos eucarsticos (o po e o vinho), simbolizando o Corpo e o Sangue de Cristo. O corporal indica a pureza de Cristo na sua encarnao.

O clice um vaso com p que representa a aliana selada com o sangue de Cristo e nele colocado o vinho da Eucaristia. Esse vaso pode ser de barro ou de metais.

O vinho o Sangue da Nova Aliana derramado por Cristo na cruz. Torna-se espiritualmente o Sangue do Senhor aps ser consagrado na celebrao eucarstica.

O purificador (sanguneo) um pano que cobre o clice e usado para enxugar a borda do clice durante a Eucaristia.

O po consiste em pedaos circulares de po no fermentado (zimos), que, aps consagrado, se transforma espiritualmente no Corpo de Cristo. Esse po chamado de hstia, sendo a hstia grande partida pelo celebrante na Eucaristia e as hstias pequenas (partculas) servidas ao povo.

A patena o prato de metal, posto sobre o purificador, onde colocado o po consagrado, representando o Corpo de Cristo.Desse modo, a patena representa a Igreja, a comunidade dos salvos.

A pala uma pequena pea quadrada de papelo ou metal, coberta de linho. usada para cobrir o clice, o purificador e a patena.

O vu um pano colorido que cobre o clice, o purificador, a patena e a pala. Ressalta-se, como j dito, que tanto o vu como os panos do altar e do plpito recebem as cores das estaes litrgicas.

O cibrio um objeto similar ao clice, mas com tampa. Usa-se para colocar o po (hstias pequenas) a ser servido ao povo.

Os galheteiros (galhetas) so utilizados para a colocao do vinho a ser consagrado e da gua.

8) MINISTROS E VESTES LITRGICAS

O termo clero se refere aos ministros ordenados como bispos, presbteros e diconos. Esses ministros so separados pela ordenao para a celebrao do culto, administrao dos sacramentos e a ministrao dos ensinamentos cristos. Exercem liderana e devem servir de modelo para o povo de Deus.

O bispo, investido com a autoridade de Cristo, detm a integridade das ordens sacramentais e tem a funo de chamar homens e mulheres f crist ou confirm-los nessa f atravs do Evangelho e no poder do Esprito Santo. supervisor, promotor e guardio de toda a vida litrgica da igreja confiada a seus cuidados. O bispo auxiliar serve sob a direo do bispo diocesano e no possui o direito de sucesso.

O presbtero um colaborador que, apesar de no possuir a integridade do sacerdcio episcopal (pois no ministra ordenaes, sagraes, confirmaes e outros atos exclusivos da autoridade episcopal), est ligado ao bispo pelos laos da dignidade sacerdotal. Tem a tarefa de santificar e governar a parte do rebanho do Senhor que lhe confiada, geralmente no mbito de uma Parquia.

O dicono o smbolo do dever de todos os cristos: viver a servio do seu prximo. Alm disso, mensageiro e anunciador da Palavra do Senhor, bem como assiste ao bispo e ao presbtero na administrao dos sacramentos.

O ministro comissionado serve como ministro no ordenado (por exemplo, como evangelista ou mestre). Portanto, comissionado para uma funo especfica na vida da Igreja.

O aclito, institudo para servir no altar, assiste aos ministros ordenados em ocasies como a preparao do altar, o ofertrio e a comunho. Em liturgias mais elaboradas, o aclito pode ser designado cruciferrio (conduz a cruz processional), carregador do Evangelho ou turiferrio (conduz e oscila o turbulo de incenso).

Todos esses ministros e auxiliares usam vestes especficas.

Os bispos, presbteros e diconos, alm de vestir a alva - uma batina ou tnica longa e branca (simbolizando pureza), que cobre desde o pescoo at o tornozelo - , usa tambm uma estola (simbolizando as cargas de Jesus e o servio), consistente em faixa que segue as cores da estao litrgica. No caso dos bispos e presbteros, essa faixa colocada em volta do pescoo, caindo sobre o peito e passando dos joelhos. Com relao aos diconos a estola colocada sobre o ombro esquerdo, atravessa o peito e as costas, sendo fixada no lado direito da cintura.

Os bispos, presbteros e diconos podem vestir camisa clerical. A camisa de cor roxa de uso exclusivo dos bispos. A preta normalmente usada pelos presbteros, no devendo ser trajada pelos diconos, que a usam na cor cinza.

A cruz peitoral usada no meio do peito, suspensa do pescoo por uma corrente de metal. O bispo usa uma cruz dourada, o presbtero prateada e o dicono de bronze.

A casula um manto grande e oval com uma abertura no centro para a cabea, sendo utilizada na cor litrgica do dia.Simboliza o suave jugo da Lei de Deus que Cristo nos ajuda a levar.

A faixaoucngulo uma corda de pano branca usada na cintura, que simboliza integridade, lembrando tambm das cordas que prenderam as mos de Jesus.

No caso dos bispos, inclui-se ainda as seguintes insgnias litrgicas:

- bculo basto em forma de cajado, usado como sinal do ministrio de Pastor (Pai e Juiz), curvado na extremidade, algumas vezes trazendo algum smbolo;

- mitra ornamento de honra e sinal de poder, representando um capacete de defesa e de salvao, que enfrenta os adversrios da verdade. Consiste em chapu com duas pontas, que significam o Antigo e o Novo Testamentos e tambm as lnguas de fogo que apareceram sobre as cabeas dos apstolos em Pentecostes. As duas tiras ou bandeirolas posteriores (nfulas) representam o resplendor que emana da cabea de Moiss com o brilho da cincia e da sabedoria do pastor e tambm so smbolos da gua viva;

- anel sinal de fidelidade e perptua aliana com a Igreja. Sua forma circular evoca a eternidade.

- solidu pequeno gorro de cor roxa que cobre o topo da cabea.

- capa veste longa e circular, fixada por uma presilha na altura do pescoo. Usualmente, a capa da mesma cor da estao litrgica.

- plio faixa branca de l usada por um arcebispo, que envolve o pescoo e pende para frente e para trs, simbolizando poder e jurisdio.

O ministro comissionado veste alva e uma cruz peitoral de madeira.O aclito usa uma vestimenta especfica nas cores vermelha e branca.9) SACRAMENTOS

Tradicionalmente, a Igreja tem reconhecido sete sacramentos ou ritos sacramentais: Batismo, Confirmao, Eucaristia, Confisso, Uno dos Enfermos, Matrimnio e Ordem Sacramental. Estes sacramentos so meios de graa, atravs dos quais Deusconcede diversos benefcios ao seu povo, sobretudo no campo espiritual.

Sacramento, como j ressaltamos anteriormente, definido como sendo o sinal externo e visvel portador ou comunicador de uma graa interna e espiritual.

Um sacramento uma cerimnia divinamente prescrita, na qual as palavras e aes se combinam para formar o que ao mesmo tempo um sinal de graa divina e uma fonte de graa divina.

Quando essa graa especial concedida alma, o Esprito Santo tambm concedido, inundando a alma com a vida divina e a unindo a Cristo.

Sempre que a Igreja celebra os sacramentos realiza uma liturgia.

Os sacramentos podem ser divididos em sacramentos de iniciao (Batismo, Confirmao e Eucaristia), sacramentos de cura (Confisso e Uno dos Enfermos) e sacramentos de vocao (Matrimnio e Ordem Sacramental).Vamos distinguir e apresentar as caractersticas principais dos sete sacramentos.

BATISMO

No Novo Testamento, Deus celebra uma nova aliana com o seu povo, alicerada mais uma vez em sua graa, agora mediante o sacrifcio vicrio e salvfico de nosso Senhor Jesus Cristo.

Como sacramento de iniciao ou entrada nesse novo pacto, instituiu o Senhor Jesus Cristo o batismo (Mt 28.19), que deve ser aplicado com gua e em nome do Pai, do Filho e do Esprito Santo.

O batismo significa ter sido uma pessoa separada para viver uma vida santa. , em outras palavras, uma uno de santidade, um lavar regenerador do cristo pelo Esprito Santo.

Observe-se, contudo, que o batismo, por si s, no tem o condo de operar salvao, pois esta sempre dom de Deus, por meio da f. No consiste o batismo em rito de admisso na Igreja invisvel, mas na Igreja visvel - e esta inclui salvos e no salvos.

Atente-se, ainda, para o fato de que determinados textos bblicos, especificamente Atos 16.15, 33-34 e 1 Corntios 1.16, permitem concluir que o batismo era aplicado tambm a crianas, com base na f dos pais.

Com efeito, no seria razovel admitir-se que a mensagem do Evangelho pudesse ser menos plena de graa e menos abrangente que a mensagem de salvao dada a Abrao em Gnesis 17, inclusive diante do que lemos em Mt 19. 13-15. Em suma, o batismo cristo substitui a circunciso como smbolo de iniciao na Nova e Eterna Aliana estabelecida por Jesus Cristo (Cl 2. 11, 12).

CONFIRMAO

Confirmao quer dizer fortalecer. o rito pelo qual expressamos um compromisso maduro com Cristo, ratificamos os votos do batismo e recebemos fora do Esprito Santo atravs da orao e da imposio das mos pelo bispo.

Trata-se de um momento em que se espera que o cristo seja cheio do Esprito Santo e receba dons espirituais (At 8.14-17). Por isso, a Confirmao o sacramento mais carismtico de todos. Alm disso, por meio desse sacramento, o confirmando assume o compromisso de ser um membro responsvel na comunidade de f onde congrega.

EUCARISTIA

Na Eucaristia tambm chamada de Santa Eucaristia, Santa Comunho e Ceia do Senhor, celebrada com o ato de comer o po e beber o vinho, Cristo concede comunho com Ele.

Por meio dela, Deus age dando vida ao Corpo de Cristo e conferindo a cada membro desse Corpo a segurana da remisso dos pecados (Mt 26.28) e a garantia da vida eterna (Jo 6.51-58). o sacramento que d sentido aos demais.

Por isso, a Eucaristia tornou-se o ato central dos cultos cristos, embora atualmente a maioria das igrejas protestantes venha negligenciando a sua importncia.

A participao dos cristos nesse ato, com uma atitude correta (1Co 11.27-29), um testemunho de f em Cristo e ao de graas por tudo que Ele tem feito por ns. E sempre que esse sacramento recebido com f, a graa de Deus o acompanha.

Esse sacramento tem trs divises principais: 1) o ofertrio (preparao da Santa Mesa); 2) a consagrao (aes de graa sobre os elementos eucarsticos) e 3) a Comunho (recepo dos elementos consagrados, em comunho com o nosso Senhor e com o prximo).

A Santa Eucaristia no apenas a lembrana de um fato histrico. No a vemos como um memorial apenas, mas como uma realidade espiritual. Cremos na presena real de Cristo de maneira muito especial durante a celebrao eucarstica, embora no saibamos como. Trata-se de um mistrio. De alguma forma experimentamos o Cristo vivo no po e no vinho consagrados (Mt 26.26-28, 1 Co 11.23-26).

Por fim, saliente-se que sem essa refeio o cristo fica privado do elemento chave da Nova e Eterna Aliana de Deus, deixando de desfrutar da totalidade das bnos do relacionamento com o Senhor.

CONFISSO

A confisso foi instituda por Jesus Cristo (Mt 16.19;18.18 e Jo 20.22,23). Esse sacramento uma oportunidade para receber a misericrdia de Deus atravs de Jesus Cristo, nosso Senhor. O pecado, como ofensa contra Deus, quebra o nosso relacionamento com Ele, que s o arrependimento e a confisso podem consertar. pela confisso que o pecado liberado da nossa vida, trazendo alvio e paz.Ressalta-se que os textos bblicos acima indicados no constituem autorizao sacerdotal para oferecer o perdo dos pecados, mas apenas para proclamar que os pecados foram perdoados com base e nos termos da mensagem do Evangelho, ou seja, houve absolvio.

UNO DOS ENFERMOS

Este um sacramento de cura (Tg 5.14-15; Mc 6.13), que tambm santifica quem est morrendo. aplicado por um ministro ordenado com leo consagrado pelo bispo.

MATRIMNIO

Embora o casamento seja um pacto bilateral entre um homem e uma mulher, ele um sacramento que une os dois num lao indissolvel, perante Deus e a Igreja, mediante promessas recprocas e uma bno sacerdotal (Mc 10. 6-9 e Ef5. 22-32). A monogamia e a fidelidade conjugal so obrigaes estabelecidas para todos os cristos (Hb 13.4).

ORDEM SACRAMENTAL (ORDENAO)

o sacramento de servio pelo qual Deus chama algumas pessoas (bispos, presbteros e diconos) para serem lderes espirituais, ministrar os sacramentos e presidir sobre todas as outras atividades prprias da Igreja (Hb 5.1-4). Pela ordem, a misso dada por Jesus Cristo aos seus apstolos continuada hoje na Igreja at que Ele venha. Os ordenados so escolhidos pela Igreja, consagrados por Cristo pelas mos do bispo e recebem um dom especial e indelvel do Esprito Santo para exercerem o seu ministrio (ver 1Pe 5.2-4 e 1Ts 5.12,13).

BIBLIOGRAFIA:

- Adorao e Vida Massey H. Shepherd Jr.- O Culto Cristo Teologia e Prtica J.J. Von Allmen- Introduo ao Culto Cristo James F. White - Livro de Orao Comum da Igreja Episcopal Anglicana - Liturgia Servio do Povo e para o Povo de Deus- Jos Freitas Campos- Liturgia Vida para Nossa Vida- Clodoaldo Montoro- Liturgia Conhea Mais para Celebrar Melhor JosMiguel Duarte - Cnones da CIIEC- 50 Lies da CIIEC - Pesquisa em documentos e textos esparsos- Pesquisa em sites de igrejas