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nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998. É proibida a duplicação ou reprodução deste volume ou qual-

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Gestão escolar: orientações pedagógicas

Lucas Tachy

Edileno Santana Capistrano Filho

Iago Almeida Andrade de Matos

Larissa Lacerda Nakamura

Caio Vinicius Menezes Nunes

Paulo Costa Lima

Título |

Editor |

Editoração |

Capa |

Revisor Ortográfico |

Conselho Editorial |

Dados Internacionais de Catalogação-na-Publicação (CIP)

Souza, Fábya Jakellyne Alves

S729g Gestão escolar: orientações pedagógicas / Fábya Jakellyne Alves Souza. – Salvador :

2B, 2019.

160 p. : il. ; 14x21 cm.

ISBN 978-85-54815-49-3

1. Escolas - Administração. 2. Escolas - Organização e administração. 3. Escolas -

Gestão. 4. Professores. I. Título. II. Título: Orientações pedagógicas.

CDD: 371.2

Elaboração: Fábio Andrade Gomes - CRB-5/1513

FABYA JAKELLYNE ALVES SOUZA

Mestre em Ciências da Educação, pela Faculdades Integra-das de Várzea Grande, FIAVEC - MT – Brasil, com tema de pes-quisa: FORMAÇÃO DE PROFESSORES. Especialista em Psico-pedagogia: Clínica, Hospitalar e Institucional, pela Faculdade Católica de Ciências Econômicas da Bahia. Especialista em For-mação Continuada de Professores, pela Universidade Holística Internacional da Paz - Brasília - DF. Especialização em Educa-ção, Desenvolvimento e Políticas Educativas. Faculdade Nossa Senhora de Lourdes, CINTEP, Brasil. Graduada em Pedagogia, pela Faculdade Integrada do Planalto Central - Luziânia - GO. Habilitação para o magistério, pelo Colégio Integrado Poliva-lente, Valparaíso de Goiás - GO. Professora de pós-graduação e graduação, na modalidade presencial e a distância; Coorde-nadora Pedagógica na Espaço Baby em Feira de Santana-BA; Atua como Palestrante pela consultoria Evoluir; Psicopedagoga e Consultora Educacional pela Consultoria Evoluir e Clínica Au-dMed em Feira de Santana-Ba; Consultora Educacional.

AUTORA

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Querido educador,

A rotina na instituição educacional é muito dinâmica, portanto, caminhar juntos, procurando resolver os pro-blemas que aparecem e criando novas alternativas para a melhoria da educação oferecida à comunidade é um dos fatores mais importantes em nossa atuação. Este livro tem a pretensão de falar um pouco sobre o trabalho que ofer-tamos e os procedimentos e instrumentos que podemos utilizar enquanto gestores/professores.

Nesse processo, o trabalho realizado nos segmentos da escola mostra-se fundamental, pois, como diz o ditado po-pular, “uma andorinha só não faz verão”. O trabalho coleti-vo, apesar de ser muito mais vantajoso para a escola como um todo, não é uma tarefa sempre fácil. Mas é pela ação e envolvimento coletivo que a escola se fortalece, mos-trando a sua capacidade de se orga¬nizar e produzir um trabalho pedagógico de melhor qualidade.

A instituição escolar precisa preocupar-se em atender às necessidades específicas da comunidade na qual está inserida, planejando seu trabalho a médios e a longos pra-zos, e até mesmo com as eventualidades do dia a dia, que

APRESENTAÇÃO

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não estão no planejamento, mas precisam ser resolvidas como prioridades.

O presente material tem suas especificidades e é pos-sível lê-lo e relê-lo sempre que desejar para realizar suas atividades rotineiras na escola, pois este material traz al-guns enfoques que são imprescindíveis na atuação e nas atribuições no ambiente de trabalho pedagógico. Além disso, você poderá visualizar várias referências para aper-feiçoar a sua fundamentação teórica, colocando-se assim em prática vivencial. Assim, este livro é cúmplice de todo educador que acredita em mudança e percebe que tem o poder de mudar a nova geração e transformar corações. Como diria Napoleon Hill: “Se minha mente consegue ima-ginar, se eu consigo acreditar, então eu consigo realizar.”

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Escrever o prefácio de um livro é uma grande responsa-bilidade. Recebi o convite da minha amiga Fabya Jakellyne Alves e sinto-me honrada por poder apresentar aos lei-tores a sua primeira obra elaborada com muito carinho, competência e dedicação.

O presente trabalho da autora é fruto da sua experiên-cia de 20 anos no campo educacional, principalmente na área da gestão escolar, na qual vem exercendo a função de coordenadora e diretora pedagógica em escolas da rede privada no Distrito Federal e na Bahia, o que lhe propor-cionou elementos significativos para escrever este livro.

Tem como objetivo aperfeiçoar as atribuições da gestão pedagógica através da sua prática e vivências educacio-nais, com uma abordagem nos instrumentos de trabalho.

Traz conhecimentos relacionados ao cotidiano da equi-pe gestora da escola no que diz respeito aos aspectos pe-dagógicos e administrativos da instituição. Temas como Projeto Político-Pedagógico, Regimento Escolar, Hora de Trabalho Pedagógico Coletivo, Reuniões Pedagógicas e de Pais, Formação Continuada dos Professores e Registros do Coordenador Pedagógico são discutidos de uma forma clara e objetiva, dando orientações práticas de elaboração.

PREFÁCIO

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Destaco como elemento principal da obra as rotinas da direção e coordenação. A rotina tem por objetivo organi-zar as ações a serem realizadas, o que é de fundamental importância para a equipe gestora. Sem estas rotinas o trabalho fica fragmentado, sem um direcionamento e as urgências acabam demandando a maior parte do tempo do diretor e do coordenador pedagógico.

Neste contexto, a autora elenca as ações a serem desen-volvidas pela equipe gestora diariamente, semanalmente, mensalmente, semestralmente e anualmente. Esta orga-nização facilita bastante a rotina do gestor, pois orienta a realização do seu trabalho para que possa alcançar os objetivos propostos.

O livro contribui significativamente para a ação cotidia-na dos gestores escolares, sendo uma leitura importante para diretores, coordenadores pedagógicos, pedagogos e professores da educação básica.

Sheila PitomboMestre em Educação

Especialista em Supervisão Escolar e Educação EspecialPedagoga

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TUDO É UMA QUESTÃO DE ESCOLHA

Nesta linda jornada da vida, sempre fiz de tudo para cumprir com minhas tarefas da melhor maneira possível e, quando me tornei professora, não foi diferente. Aulas pla-nejadas, conteúdos revisados, exercícios programados, cor-reções em dias preestabelecidos, agenda impecável.

Cheguei a acreditar que a educação se resumia a plane-jamentos incondicionais rsrsrsr... com todos os passos a se-rem seguidos durante o turno de aula, semana, mês e ano, mas lá no fundo, sentia que faltava algo: o amor!

Amor por aqueles alunos que chegavam à escola em bus-ca de novidades, interações, alegrias e criatividades; amor por aqueles que não conseguiam aprender; amor por aque-les que não traziam as tarefas de casa prontas e muitas ve-zes incompletas; amor por aqueles que viviam com os pais hiperatarefados e que não tinham tempo para eles; amor por todos os alunos que acreditavam em minhas palavras e ações; amor por aqueles que me olhavam com um olhar especial, vendo a tia ou a pró que eles tanto admiravam.

No dia em que percebi essa lacuna no meu “eu-profes-sora”, busquei dentro de mim as ações que me fizeram a

HISTÓRIA DE VIDA

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aluna, que simplesmente amava a minha escola. Recordei--me que, onde estudei, encontrei “dadores” de aula, pesso-as que cumpriam seu planejamento amarelado e ultrapas-sado. Mas, em meios aos “dadores” de aula, tinha a minha querida e inesquecível professora Eliane, ela atraía minha atenção com gestos singelos, olhares calmos, ações ver-dadeiras, palavras serenas e engraçadas. Uma pessoa de luz tão intensa que iluminava o caminho e desconhecido da aprendizagem.

Embora tenha passado pelos “dadores” de aula, apren-di com todos, inclusive com os que dissertavam fórmu-las, que eu não compreendia e que adiavam minha alegria para as aulas da professora Eliane, que conseguia passar os conteúdos como poemas que saíam como fossem do coração de um poeta.

Assim, depois de refletir sobre minha vida inicial como estudante, deixei de lado a rotina, o programado, o preesta-belecido, o previsto, o milimetrado, o que não significa que tenha deixado de planejar minhas aulas, e sim que adaptava meu planejamento às necessidades reais dos meus alunos. Passei a olhá-los com mais atenção, procurando perceber o que eles realmente precisavam, ao invés de usar o pequeno tempo que passávamos juntos para cumprir apenas tarefas, que fariam pouca diferença na vida de cada um.

O QUE GANHEI COM ISSO?

Ganhei um grupo de alunos compenetrados, seguros de suas ações, cheios de coragem de errar e de motivação para tentar novamente. Uma turma comprometida com seus aprendizados e que se orgulhavam de seus resultados. Alu-nos que se ajudavam mutuamente e que assumiram o sen-

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tido da coletividade em suas vidas. Sorrisos mil, de alegria, a cada dia que chegavam à escola.

E OS CONTEÚDOS?

Continuaram sendo ministrados de acordo com o que era programado no início do ano. A grande diferença é que a aprendizagem ficou mais prazerosa e de fácil compreensão, já que os alunos sabiam que tudo o que era ensinado, era pensado para eles, e não para satisfazer as regras, as leis e, sim, para engrandecer e motivá-los a crescer em conheci-mentos, partindo do que sabiam e utilizando os seus sabe-res para ensinarem uns aos outros.

Você deve estar pensando que é difícil aplicar tal mudan-ça a sua realidade.

Afirmo que não! O que é impossível para um professor que atua com vontade de mudar a história daqueles a quem ensina? Cada um de nós pode escolher em ir à escola, como quem vai a um encontro com o futuro ou para uma triste realidade ao qual foi inserido e simplesmente para cumprir o seu trabalho.

Podemos optar por trabalhar com um aluno que, sob um ponto de vista, é considerado problemático e incapaz ou com o aluno que sob, um novo ponto de vista, precisa ape-nas de ajuda para aprender e que pode se desenvolver se essa ajuda for real. Podemos optar por culpar a família do aluno pelo seu “abandono” escolar ou buscar os reais moti-vos pelos quais essa família não consegue se fazer atuante na vida dessa criança. Podemos culpar vários agentes pe-los insucessos desse aluno ou fazer parte da mudança pela qual ele tanto espera, afinal de contas, ninguém fracassa por vontade própria. Podemos fazer muita diferença na vida de cada um dos nossos alunos ou sermos lembrados como

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“aquele professor que não me recordo o nome e que dava a aula chata, daquela disciplina que eu não gosto muito.”.

Sempre há tempo para mudarmos nosso fazer pedagó-gico e nossa atuação social. Temos, todos os dias, a chance de corrigir as falhas de ontem e fazer com que elas se trans-formem nos acertos e lembranças de amanhã. A vida dá a poucas pessoas a opção de consertar seus erros e, nós, pro-fessores, temos a oportunidade de mudar não somente os nossos, mas também os dos outros. Os erros daqueles que destruíram aos poucos a natureza por falta de uma consci-ência ambiental. Os erros daqueles que praticam a política de maneira inconsciente, porque não aprenderam noções de ética e cidadania. Os erros daqueles que não respeitam as leis, porque não aprenderam a conviver pacificamente com os direitos dos outros. Os erros daqueles que erram todos os dias, porque não acreditam em uma possibilidade de mudança.

Uma tarefa impossível e injusta para alguém que traba-lha tanto, ganha pouco e é cobrado a todo o momento ou uma tarefa para aquele que tem a certeza de que sua luta não será em vão?

Quem poderá responder a essa pergunta está, por vonta-de própria, com este texto nas mãos. TUDO É UMA QUES-TÃO DE ESCOLHA.

Fabya Jakellyne Alves Souza Professora: Amante da Pedagogia. Psicopedagoga: Defensora dos Direitos

Humanos. Escritora: escreve o que vive e vive amando o que faz. Mestra em Ciências Educacionais e palestrante: leva através da palavra suas ações de

amor e cuidado ao próximo.

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A Deus, pela minha vida, saúde e pelas pessoas que Ele me presenteou;

A minha querida, amada e sempre lembrada mãe Leonídia Alves dos Santos (Mamaléa), que se faz presente no meu co-ração e na minha mente incondicionalmente (in memoriam);

A todos que acreditam e lutam por uma educação mais digna, mais plena, sustentável, acessível para todos, respei-tando a diversidade;

A minha querida família, que amo, que me ensina todos os dias como é maravilhoso ser amada e respeitada;

Aos meus amigos e, em especial, a minha inestimável professora Aparecida Sorrentino (Cida), minha primeira diretora escolar, que sempre me mostrou com tanta sim-plicidade o verdadeiro sentido de ser professora, Joseane Gonzaga essa pessoa que impulsionou a minha vontade de ser coordenadora pedagógica e acreditou no meu trabalho, meu eterno agradecimento, Thalma Pinheiro me ensinou que com determinação e humildade podemos conquistar o que quisermos, à querida, sempre alegre e determinada pró Lygia Sarkis, com quem aprendi a vivenciar a Filosofia Montessoriana e que me fez acreditar que a vida pode ser melhor a cada dia, e a minha companheira de trabalho, da

AGRADECIMENTOS

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igreja e amiga, Jamile Araújo muito grata pela sua transpa-rência e amizade. Minhas gestoras de sucesso!

A todos aqueles que acreditam que o sonho é parte in-tegrante da vida, que é uma estrada a ser percorrida e que nosso percurso se inicia aqui, hoje e agora!

E já agradeço, antecipadamente, pelos novos educado-res e amigos que vou conhecer.

A minha singela gratidão.

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Obrigado, Senhor, por atribuir-me a missão de ensinar e por fazer de mim um professor no mundo da educação.

Eu te agradeço pelo compromisso de formar tantas pes-soas e te ofereço todos os meus dons.

São grandes os desafios de cada dia, mas é gratificante ver os objetivos alcançados, na graça de servir, colaborar e ampliar os horizontes do conhecimento.

Quero celebrar as minhas conquistas, exaltando também o sofrimento que me fez crescer e evoluir.

Quero renovar cada dia a coragem de sempre recomeçar.Senhor! Inspira-me na minha vocação de mestre e comunicador

para melhor poder servir.Abençoa a todos os que se empenham neste trabalho,

iluminando-lhes o caminho.Obrigado, meu Deus,pelo dom da vida e por fazer de mim um educador hoje

e sempre.Amém!

ORAÇÃO DO PROFESSOR

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Função social da escola: objetivo, interação e aprendizagem ....................

Importância da rotina escolar ...........................................................................

Hora de Trabalho Pedagógico Coletivo (HTPC) .............................................

Observação e acompanhamento do trabalho docente .................................

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SUMÁRIO

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CAPÍTULO 1

FUNÇÃO SOCIAL DA ESCOLA: OBJETIVO, INTERAÇÃO E

APRENDIZAGEM

“Só a educação forja um novo homem ca-paz de sentir a poesia do silêncio de uma pa-cífica vida nascente.” (Maria Montessori)

Quando refletimos sobre a educação de ontem voltamos a tempos remotos, em que o professor era, em muitas situ-ações, uma autoridade, estava acima de tudo. Por sua vez, o aluno tinha a obrigação de sentar-se corretamente, con-versas paralelas em sala de aula eram proibidas e ouvir era muito importante e obrigatório, pois só assim conseguiria o estudante, na maioria das vezes, decorar o conteúdo para tirar boas notas nas provas, que neste contexto fazia parte do objetivo final: tirar notas excelentes, para ser o melhor.

Punições psicológicas nesta época eram também, em al-guns casos, penosas, pois desqualificavam o aluno e o sub-metiam a um tratamento reduzido, diante de tudo e todos. E o pior de tudo isso: com permissão dos pais.

Certamente que tinham alguns poucos momentos bons, que infelizmente hoje não temos mais em nossa realidade educacional. Antigamente, os professores eram sujeitos de respeito e autoridade, espécie de camada ilustre da socie-dade, pois eram reconhecidos como os “detentores do sa-