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Fluxo de Potncia Trifsico: Um Estudo
Comparativo e Uma Nova Metodologia de Soluo
Hivy Queiroz Pereira
DISSERTAO SUBMETIDA AO CORPO DOCENTE DA COORDENAO DOS
PROGRAMAS DE PS-GRADUAO DE ENGENHARIA DA UNIVERSIDADE
FEDERAL DE JUIZ DE FORA COMO PARTE DOS REQUISITOS NECESSRIOS
PARA A OBTENO DO GRAU DE MESTRE EM CINCIAS EM ENGENHARIA
ELTRICA.
Aprovada por:
________________________________________
Prof. Vander Menengoy da Costa, D. Sc.
(orientador)
________________________________________
Prof. Dilson Amancio Alves, D. Sc.
________________________________________
Prof. Paulo Augusto Nepomuceno Garcia, D. Sc.
JUIZ DE FORA, MG BRASIL
FEVEREIRO DE 2006
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ii
PEREIRA, HIVY QUEIROZ
Fluxo de Potncia Trifsico: Um Estudo Comparativo e
Uma Nova Metodologia de Soluo [Juiz de Fora] 2006
XV, 147 p. 29,7 cm (UFJF, M.Sc., Engenharia Eltrica,
2006)
Tese Universidade Federal de Juiz de Fora.
1. Fluxo de Potncia Trifsico
2. Convencional Polar
3. Convencional Retangular
4. Formulao Injeo de Corrente
5. Matriz Jacobiana Constante
6. Condies Iniciais Desfavorreis
I. UFJF II. Ttulo (srie).
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iii
A Deus,
A meus pais, verdadeiros companheiros, Heitor e Anglica,
A meu amor, Leonardo,
Ao grande e dedicado mestre, Vander.
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iv
Resumo da tese de mestrado apresentada UFJF como parte dos requisitos necessrios
obteno do grau de Mestre em Cincias (M.Sc).
Fluxo de Potncia Trifsico: Um Estudo Comparativo e
Uma Nova Metodologia de Soluo
Hivy Queiroz Pereira
2006
Orientador: Vander Menengoy da Costa
Programa: Engenharia Eltrica
Este trabalho apresenta um estudo comparativo das caractersticas de
convergncia das formulaes convencional polar, convencional retangular e injeo de
corrente na soluo do fluxo de potncia trifsico. As metodologias polar e retangular
utilizam as equaes de potncia injetada nas barras expressas em funo das
coordenadas polares e retangulares da tenso, respectivamente. A formulao de injeo
de corrente utiliza as equaes de corrente injetada nas barras expressas em termos das
coordenadas retangulares da tenso. As equaes no lineares referentes a cada um dos
mtodos so resolvidas atravs do processo iterativo de Newton-Raphson. Alm disto, a
manuteno da matriz Jacobiana constante durante o processo iterativo tambm
investigada.
Por outro lado, este trabalho tambm prope uma metodologia para a soluo do
fluxo de potncia trifsico sujeito a condies iniciais desfavorveis. Este mtodo baseia-
se numa caracterstica particular inerente formulao de injeo de corrente. O mtodo
simples e rpido, garantindo a convergncia do processo iterativo. Os resultados so
bastante satisfatrios, demonstrando a eficcia do mtodo proposto em situaes nas
quais as formulaes convencionais de soluo do fluxo de potncia falham na
convergncia do processo iterativo.
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v
Abstract of thesis presented to UFJF as partial fulfillment of the requirements for the
degree of Master of Science (M.Sc).
Three-phase Power Flow: A Comparative Study and A
New Solution Methodology
Hivy Queiroz Pereira
2006
Supervisor: Vander Menengoy da Costa
Department: Engenharia Eltrica
This work presents a comparative study on convergence characteristics of some
three-phase power flow methods, namely, conventional polar, conventional rectangular
and current injection formulations. The polar and rectangular methodologies use the
injected power equations written in terms of voltage polar and voltage rectangular
coordinates, respectively. The current injection method employs the injected current
equations expressed in function of voltage rectangular coordinates. The nonlinear
equations associated with each method are solved iteratively through Newton-Raphson
approach. Moreover, the strategy of keeping the Jacobian matrix constant throughout the
iterative process is also investigated.
On the other hand, this work also proposes a new methodology for solving three-
phase power flow problems subjected to poor initial conditions. This method is based on
a particular convergence feature inherent in the power flow current injection formulation.
It is simple and fast, ensuring the convergence of the iterative process. The results are
quite satisfactory and demonstrate the effectiveness of the proposed approach on
problems where standard three-phase power flow formulations fail to converge.
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vi
Simbologia
p.u. Sistema em por unidade;
n Nmero de barras do sistema;
s Elemento representativo das fases a, b e c do sistema;
h Contador de iteraes;
r + jx Impedncia do ramo k-m;
PG Potncia ativa gerada;
QG Potncia reativa gerada;
PL Potncia ativa demandada;
QL Potncia reativa demandada;
Scalc Potncia aparente calculada;
Pk Potncia ativa lquida na barra k;
Qk Potncia reativa lquida na barra k;
Pk Resduo de potncia ativa lquida na barra k; Qk Resduo de potncia reativa lquida na barra k;
rkV Componente real da tenso na barra k;
mkV Componente imaginria da tenso na barra k;
rkV Correo da componente real da tenso na barra k; mkV Correo da componente imaginria da tenso na barra k;
Ykm Elemento (k-m) da matriz admitncia nodal Ykm = Gkm + jBkm;
Y Matriz admitncia nodal;
k ngulo da tenso na barra k; k Correo do ngulo da tenso na barra k; Zkm Elemento (k-m) da matriz impedncia de barras;
Yshabc Matriz de admitncia shunt nas fases a, b e c; shkmb
Susceptncia shunt total do ramo k-m;
ykm Admitncia do ramo k-m;
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vii
abckI Corrente eltrica injetada na barra k;
abcrkI Componente real da corrente eltrica injetada na barra k, fases a, b e c; abcmkI Componente imaginria da corrente eltrica injetada na barra k, fases a, b e c;
abcrkI
Resduo da componente real da corrente eltrica injetada na barra k, fases a, b e
c;
abcmkI
Resduo da componente imaginria da corrente eltrica injetada na barra k,
fases a, b e c; abccalcP Potncia ativa calculada para a barra k, fases a, b e c; abccalcQ Potncia reativa calculada para a barra k, fases a, b e c; abcespP Potncia ativa especificada na barra k, fases a, b e c; abcespQ Potncia reativa especificada na barra k, fases a, b e c;
p Conjunto das fases a, b e c; k Conjunto de barras adjacentes barra k, incluindo a prpria barra k; skE Fasor tenso na barra k, fase s;
As matrizes sero apresentadas em negrito itlico e os vetores em negrito itlico
sublinhado
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viii
ndice
Captulo 1 1
Introduo 1
1.1 Consideraes Iniciais 1
1.2 Motivaes e Objetivos 2
1.3 Principais Contribuies do Trabalho 3
1.4 Publicaes Decorrentes do Trabalho 3
1.5 Estrutura do Trabalho 3
Captulo 2 5
Formulaes Trifsicas na Soluo do Problema de Fluxo de Potncia 5
2.1 Introduo 5
2.2 Modelo dos Componentes 6
2.3 Fluxo de Potncia Polar Trifsico 8
2.3.1 Equaes Polares Bsicas 8
2.3.2 Metodologia da Soluo 12
2.3.3 Algoritmo de Soluo Polar 15
2.4 Fluxo de Potncia Retangular Trifsico 17
2.4.1 Equaes Retangulares Bsicas 17
2.4.2 Metodologia de Soluo 18
2.4.3 Tratamento das Barras PV 21
2.4.3.1 Fluxo de Potncia Retangular Trifsico com Correo de Gerao
de Potncia Reativa 22
2.4.3.2 Fluxo de Potncia Retangular Trifsico Convencional 25
2.4.4 Algoritmo de Soluo Retangular 27
2.5 Aplicao Numrica 27
2.5.1 Soluo pelo Mtodo Polar Trifsico 29
2.5.2 Soluo pelo Mtodo Retangular Trifsico com Correo de Gerao
de Potncia Reativa 39
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ix
2.5.2 Soluo pelo Mtodo Retangular Trifsico Convencional 45
Captulo 3 51
Fluxo de Potncia Trifsico via Injeo de Corrente 51
3.1 Introduo 51
3.2 Metodologia de Soluo 52
3.2.1 Apresentao das Equaes 52
3.2.2 Tratamento das Barras V e PV 52
3.2.3 Atualizao das Tenses 56
3.2.4 Algoritmo de Soluo Injeo de Corrente 56
3.2.5 Aplicao Numrica 60
3.3 Proposta de uma Nova Metodologia para a Soluo do Fluxo de Potncia
Trifsico 71
3.3.1 Introduo 71
3.3.2 Fluxo de Potncia Injeo de Corrente Robusto s Condies Iniciais
RCI 72
3.3.2.1 Equaes Bsicas 73
3.3.2.2 Algoritmo Proposto RCI 74
3.3.2.3 Aplicao Numrica 75
Captulo 4 80
Resultados 80
4.1 Introduo 80
4.2 Comparao entre as Simulaes dos Fluxos de Potncia Trifsico
Convencionais Polar, Retangular e Injeo de Corrente 81
4.3 Simulaes de Sistemas com Condies Iniciais Desfavorveis 90
4.4 Metodologias Convencionais x Mtodos com Matriz Jacobiana Constante:
Comparao de Tempo Computacional e Nmero de Iteraes 94
4.5 Simulaes em Sistemas Desequilibrados 98
4.5.1 Comparao entre as Simulaes dos Fluxos de Potncia Trifsico
Convencionais Polar, Retangular e Injeo de Corrente 98
4.5.2 Mtodos com Matriz Jacobiana Constante 107
4.5.3 Simulaes de Sistemas com Condies Iniciais Desfavorveis 108
-
x
4.6 Outras Simulaes 110
Captulo 5 112
Concluses 112
5.1 Consideraes Iniciais 112
5.2 Sugestes para Estudos Futuros 113
Apndice I 114
Formulao Injeo de Corrente 114
AI.1 Equaes Bsicas da Soluo via Injeo de Corrente Trifsica 114
Apndice II 116
Dados dos Sistemas C37 e 215 Barras 116
AII.1 Sistema C37 116
AII.2 Sistema 215barras 122
Referncias Bibliogrficas 145
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xi
Lista de Figuras
Figura 2.1 Circuito Equivalente da Linha Trifsica a Parmetros Concentrados 6
Figura 2.2 Circuito Equivalente da Linha Trifsica na Forma Matricial 6
Figura 2.3 Esquema de Ligao para Carga Ligada em Estrela-Aterrada 8
Figura 2.4 Diagrama Unifilar do Sistema 3 Barras 28
Figura AII.1 Topologia do Sistema C37 116
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xii
Lista de Tabelas
Tabela 2.1 Dados de Tenso e ngulos de Barras Sistema 3 Barras 28
Tabela 2.2 Dados de Potncias Sistema 3 Barras 28
Tabela 2.3 Dados de Linhas Sistema 3 Barras 28
Tabela 2.4 Resultados de Tenso e ngulos de Barras Sistema 3 Barras 38
Tabela 2.5 Resultados de Potncia Gerada Sistema 3 Barras 38
Tabela 2.6 Trajetria de Convergncia Sistema 3 Barras Polar Convencional 39
Tabela 2.7 Trajetria de Convergncia Sistema 3 Barras Polar Constante 39
Tabela 2.8 Trajetria de Convergncia Retangular com Correo de Potncia
Reativa 45
Tabela 2.9 Trajetria de Convergncia Retangular Convencional 50
Tabela 3.1 Trajetria de Convergncia em Funo dos Resduos de Potncia
Injeo de Corrente 65
Tabela 3.2 Trajetria de Convergncia em Funo dos Resduos de Corrente
Injeo de Corrente 65
Tabela 3.3 Trajetria de Convergncia em Funo dos Resduos de Potncia 66
Tabela 3.4 Trajetria de Convergncia em Funo dos Resduos de Corrente 66
Tabela 3.5 Trajetria de Convergncia em Funo dos Resduos de Potncia
PCONST 66
Tabela 3.6 Trajetria de Convergncia em Funo dos Resduos de Corrente
PCONST 67
Tabela 3.7 Trajetria de Convergncia em Funo dos Resduos de Potncia
ZCONST 71
Tabela 3.8 Trajetria de Convergncia em Funo dos Resduos de Corrente
ZCONST 71
Tabela 3.9 Dados de Tenso e ngulo de Barras Condies Iniciais
Desfavorveis 75
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xiii
Tabela 3.10 Trajetria de Convergncia em Funo dos Resduos de Potncia
RCI 79
Tabela 3.11 Trajetria de Convergncia em Funo dos Resduos de Corrente
RCI 79
Tabela 4.1 Variao da Relao R/X Sistema 11 Barras QL8= -101MVAr 82
Tabela 4.2 Variao da Relao R/X Sistema 11 Barras QL8= -120MVAr 82
Tabela 4.3 Variao da Relao R/X Sistema 11 Barras QL8= -121MVAr 82
Tabela 4.4 Variao da Relao R/X Sistema 11 Barras QL8= -122MVAr 83
Tabela 4.5 Variao da Relao R/X Sistema 11 Barras QL8= -123MVAr 83
Tabela 4.6 Variao no Carregamento Sistema 11 Barras QL8= -101MVAr 83
Tabela 4.7 Variao no Carregamento Sistema 11 Barras QL8= -120MVAr 84
Tabela 4.8 Variao no Carregamento Sistema 11 Barras QL8= -121MVAr 84
Tabela 4.9 Variao no Carregamento Sistema 11 Barras QL8= -122MVAr 84
Tabela 4.10 Variao no Carregamento Sistema 11 Barras QL8= -123MVAr 85
Tabela 4.11 Variao da Relao R/X Sistema C37 85
Tabela 4.12 Variao no Carregamento Sistema C37 85
Tabela 4.13 Variao da Relao R/X Sistema C37pv 86
Tabela 4.14 Variao no Carregamento Sistema C37pv 86
Tabela 4.15 Variao da Relao R/X Sistema 43 Barras 86
Tabela 4.16 Variao da Relao R/X Sistema 215 Barras 87
Tabela 4.17 Variao no Carregamento Sistema 215 Barras 87
Tabela 4.18 Solues Mltiplas do Sistema 11 Barras 88
Tabela 4.19 Solues Mltiplas do Sistema 43 Barras 89
Tabela 4.20 Condies Iniciais Sistema 11 Barras 90
Tabela 4.21 Resultados Sistema 11 Barras 91
Tabela 4.22 Ponto de Soluo Sistema 11 Barras 91
Tabela 4.23 Condies Iniciais Sistema C37 91
Tabela 4.24 Resultados Sistema C37 92
Tabela 4.25 Ponto de Soluo Sistema C37 92
Tabela 4.26 Condies Iniciais Sistema C37pv 92
-
xiv
Tabela 4.27 Resultados Sistema C37pv 93
Tabela 4.28 Ponto de Soluo Sistema C37pv 93
Tabela 4.29 Nmero de Iteraes e Tempo Computacional Sistema 11 Barras 95
Tabela 4.30 Nmero de Iteraes e Tempo Computacional Sistema C37 95
Tabela 4.31 Nmero de Iteraes e Tempo Computacional Sistema C37pv 96
Tabela 4.32 Nmero de Iteraes e Tempo Computacional Sistema 43 Barras 96
Tabela 4.33 Nmero de Iteraes e Tempo Computacional Sistema 215 Barras 97
Tabela 4.34 Desequilbrios Propostos no Sistema 11 Barras 98
Tabela 4.35 Variao da Relao R/X Sistema 11 Barras Desequilibrado QL8=
-101MVAr 98
Tabela 4.36 Variao da Relao R/X Sistema 11 Barras Desequilibrado QL8=
-120MVAr 99
Tabela 4.37 Variao da Relao R/X Sistema 11 Barras Desequilibrado QL8=
-121MVAr 99
Tabela 4.38 Variao da Relao R/X Sistema 11 Barras Desequilibrado
QL8= -122MVAr 99
Tabela 4.39 Variao da Relao R/X Sistema 11 Barras Desequilibrado
QL8= -123MVAr 100
Tabela 4.40 Variao no Carregamento Sistema 11 Barras Desequilibrado
QL8= -101MVAr 100
Tabela 4.41 Variao no Carregamento Sistema 11 Barras Desequilibrado
QL8= -120MVAr 100
Tabela 4.42 Variao no Carregamento Sistema 11 Barras Desequilibrado
QL8= -121MVAr 101
Tabela 4.43 Variao no Carregamento Sistema 11 Barras Desequilibrado
QL8= -122MVAr 101
Tabela 4.44 Variao no Carregamento Sistema 11 Barras Desequilibrado
QL8= -123MVAr 101
Tabela 4.45 Desequilbrios no Sistema C37 102
Tabela 4.46 Variao da Relao R/X Sistema C37 Desequilibrado 102
Tabela 4.47 Variao no Carregamento Sistema C37 Desequilibrado 102
-
xv
Tabela 4.48 Desequilbrios no Sistema C37pv 103
Tabela 4.49 Variao da Relao R/X Sistema C37pv Desequilibrado 103
Tabela 4.50 Variao no Carregamento Sistema C37pv Desequilibrado 103
Tabela 4.51 Desequilbrios no Sistema 43 Barras 104
Tabela 4.52 Variao da Relao R/X Sistema 43 Barras Desequilibrado 104
Tabela 4.53 Desequilbrios no Sistema 215 Barras 104
Tabela 4.54 Variao da Relao R/X Sistema 215 Barras Desequilibrado 105
Tabela 4.55 Solues Mltiplas do Sistema 11 Barras Desequilibrado 106
Tabela 4.56 Resultados Sistema 11 Barras Desequilibrado 108
Tabela 4.57 Ponto de Soluo Sistema 11 Barras Desequilibrado 108
Tabela 4.58 Resultados Sistema C37 Desequilibrado 109
Tabela 4.59 Ponto de Soluo Sistema C37 Desequilibrado 109
Tabela 4.60 Resultados Sistema C37pv Desequilibrado 109
Tabela 4.61 Ponto de Soluo Sistema C37pv Desequilibrado 109
Tabela AII.1 Dados de Tenso e ngulo C37 116
Tabela AII.2 Dados de Carga C37 118
Tabela AII.3 Resistncias e Reatncias de Linhas C37 119
Tabela AII.4 Resistncias e Reatncias Mtuas das Linhas C37 120
Tabela AII.5 Dados de Tenso e ngulo 215 Barras 122
Tabela AII.6 Dados de Carga 215 Barras 129
Tabela AII.7 Resistncias e Reatncias de Linhas 215 Barras 137
-
1
Captulo 1
Introduo
1.1 Consideraes Iniciais
As sucessivas mudanas no mercado eltrico brasileiro, comeando pela mudana
do modelo de mercado de energia, fizeram com que se tornassem cada vez mais
importantes o estudo e a proposio de novas metodologias capazes de auxiliar a
operao e o planejamento do sistema eltrico de gerao, transmisso e distribuio.
Neste contexto, ganha importante relevncia o estudo de metodologias para o
clculo do fluxo de potncia, que, em linhas gerais, consistem no clculo das tenses nas
barras e dos fluxos de potncia nas linhas de um sistema eltrico dado um nvel de carga
especificado e um programa de gerao estabelecido. Tradicionalmente, o problema
abordado sob um enfoque esttico, considerando-se tanto as equaes algbricas de
potncia, expressas em coordenadas polares ou retangulares das tenses, quanto as
inequaes referentes aos limites das variveis envolvidas [1].
A anlise em regime permanente dos sistemas de transmisso simplificada, isto
, como se supe que o sistema trifsico opera em condies equilibradas, o estudo se
resume anlise de um sistema monofsico. Por outro lado, quando o sistema de
distribuio o objeto do estudo, esta simplificao no mais possvel, pois os sistemas
de distribuio operam de forma desequilibrada, uma vez que h desequilbrio entre as
cargas das fases, ocorre a assimetria das linhas sem transposio, alm da presena de
circuito monofsicos e bifsicos, sendo, portanto, indispensvel a anlise multifsica
destes sistemas.
Ao longo dos anos, vrias tm sido as contribuies no sentido de solucionar o
problema do fluxo de potncia em sistemas de distribuio [2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10, 11,
12, 13, 14]. Uma reviso ampla e completa destes trabalhos encontra-se na referncia
[15]. Uma reviso sucinta a respeito das publicaes mais recentes apresentada a seguir.
-
2
Geralmente, os efeitos do neutro e do aterramento so desconsiderados, no
entanto, em [16] faz-se o estudo de sistemas de distribuio trifsicos a 4 fios, com a
explicitao do fio neutro e da terra, com o objetivo de comprovar que a implantao
deste tipo de sistema de baixo custo e que permite melhor detectar faltas do que o
sistema a 3 fios.
Em [17] apresenta-se uma metodologia que considera as caractersticas
topolgicas dos sistemas de distribuio, obtendo a soluo do fluxo de potncia
diretamente pela multiplicao de duas matrizes que so desenvolvidas sem a
necessidade de fatorao e nem do processo de substituio inversa ou direta. O objetivo
a utilizao nos processos de automao da distribuio.
Mais recentemente, foi apresentado em [18] uma nova forma de representao da
barra PV no mtodo de soluo do fluxo de potncia via injeo de corrente. A potncia
reativa gerada pela barra PV considerada como uma varivel dependente e os resduos
de corrente so calculados em funo dos resduos de potncia para cada barra.
A referncia [19] descreve uma nova metodologia de clculo do fluxo de potncia
baseada na utilizao de equaes algbrico-diferenciais, de modo a contornar o
problema encontrado pelas metodologias convencionais quando as condies iniciais do
problema so desfavorveis.
Em [20] descreve-se uma metodologia robusta para soluo do fluxo de potncia
trifsico com otimizao de passo, utilizando as equaes de injeo de corrente
expressas em coordenadas retangulares.
1.2 Motivaes e Objetivos
Frente a esta grande demanda por novas metodologias para soluo do fluxo de
potncia trifsico pelos motivos expostos, considera-se necessrio um estudo
comparativo entre as formulaes existentes e a proposio de novas metodologias.
Neste contexto, este trabalho tem como principais objetivos:
Apresentao das metodologias convencionais polar, retangular e injeo de corrente;
Estudo comparativo entre as metodologias convencionais;
-
3
Proposta de nova metodologia derivada da formulao via injeo de corrente, propiciando um mtodo robusto a condies iniciais.
1.3 Principais Contribuies do Trabalho
Como principais contribuies do trabalho destacam-se:
O desenvolvimento e a implementao de uma nova metodologia para a resoluo de sistemas trifsicos com condies iniciais desfavorveis;
O estudo comparativo dentre as diversas formulaes de soluo do fluxo de potncia trifsico equilibrado ou no, cuja metodologia bsica a aplicao do
mtodo iterativo de Newton-Raphson;
O registro dos principais mtodos utilizados para a soluo do fluxo de potncia trifsico com a apresentao das equaes bsicas e algoritmos de soluo.
1.4 Publicaes Decorrentes do Trabalho
Uma Avaliao Crtica das Formulaes de Fluxo de Potncia para Sistemas Trifsicos via Mtodo de Newton-Raphson a ser submetido revista da Sociedade
Brasileira de Automtica.
1.5 Estrutura do Trabalho
No Captulo 2 mostrada a modelagem dos componentes para sistemas trifsicos
e so feitas algumas consideraes inicias. Alm disso, apresentam-se as expanses dos
mtodos de soluo do fluxo de potncia polar e retangular para sistemas de distribuio
trifsicos com a descrio das equaes bsicas e algoritmos de soluo. Inclusive para o
mtodo de soluo retangular so apresentadas duas propostas em funo da presena de
barras PV, uma delas utilizando a correo de potncia reativa gerada nestas barras.
-
4
No Captulo 3 apresenta-se a descrio do mtodo de soluo via injeo de
corrente convencional com suas equaes bsicas e algoritmo de soluo, alm da
proposio de uma nova metodologia derivada do modelo injeo de corrente,
objetivando a soluo de sistemas com condies iniciais desfavorveis.
No Captulo 4, os resultados obtidos nas diversas metodologias descritas e
propostas so apresentados, comparados e discutidos.
No Captulo 5 faz-se a apresentao das principais concluses extradas do estudo
proposto neste trabalho.
-
5
Captulo 2
Formulaes Trifsicas na Soluo do Problema
de Fluxo de Potncia
2.1 Introduo
Os modelos das formulaes polar e retangular trifsicas apresentados neste
captulo partem dos mesmos princpios e equaes utilizados para a resoluo
monofsica convencional, ou seja, o estudo do fluxo de potncia trifsico ser
desenvolvido a partir das equaes de potncia ativa e reativa injetadas nas barras,
expressas em termos de coordenadas polares ou retangulares conforme o caso.
Dessa maneira, o problema bsico de fluxo de potncia trifsico em um sistema
de n barras ser constitudo de 6n equaes, ou seja, cada barra ser representada por um
conjunto de 3 equaes de potncia ativa e 3 equaes de potncia reativa, uma para cada
fase. Vale ressaltar que para as barras de referncia (V) tanto as equaes de potncia
ativa nas trs fases quanto as de potncia reativa devem ser eliminadas. O tratamento
dispensado s barras PV ser apresentado nas sees subseqentes.
A necessidade da apresentao dessas formulaes surge em face da carncia de
suas descries em outras fontes e tambm em virtude dos novos desafios impostos pelo
crescente interesse em estudos sobre o sistema de distribuio.
Os resultados apresentados neste captulo para todas as aplicaes numricas so
relativos somente fase a do sistema de 3 barras apresentado na seo 2.5 deste captulo.
-
6
2.2 Modelo dos Componentes
Para anlise em regime permanente, as linhas trifsicas so representadas por um
circuito a parmetros concentrados, conforme ilustra a Figura 2.1. O acoplamento entre os shunts de barra pode ocorrer numa linha de potncia natural elevada (LPNE). A Figura
2.2 mostra a representao matricial para o circuito em questo.
Figura 2.1 Circuito Equivalente da Linha Trifsica a Parmetros Concentrados.
Figura 2.2 Circuito Equivalente da Linha Trifsica na Forma Matricial.
-
7
Os elementos do circuito da Figura 2.2 so matrizes 3x3 dadas por:
aa ab ac aa ab ac aa ab ackm km km km km km km km km
abc ba bb bc ba bb bc ba bb bckm km km km km km km km km km
ca cb cc ca cb cc ca cb cckm km km km km km km km km
Z Z Z r r r x x xZ Z Z Z r r r j x x x
Z Z Z r r r x x x
= = + (2.1)
km km km
km km km km
km km km
aa ab acsh sh sh
abc ba bb bcsh sh sh sh
ca cb ccsh sh sh
b b bY j b b b
b b b
= (2.2)
Contudo, muito comum em sistemas de distribuio a presena de derivaes
monofsicas e bifsicas. Para representar estes elementos, considera-se que a fase no
existente possui impedncia srie infinita. Matematicamente, adota-se o artifcio de
substituir a impedncia prpria da fase inexistente por um nmero de valor elevado (por
exemplo 10+15). Desta forma, para um ramo bifsico constitudo pelas fases a e b, tem-se:
15
00
0 0 10
aa abkm km
abc ba bbkm km km
Z ZZ Z Z
= (2.3)
Procedimento semelhante adotado para a matriz admitncia do circuito equivalente. Todavia neste caso substitui-se a susceptncia por zero.
Para o desenvolvimento da anlise trifsica de sistema de distribuio, deve-se
levar em considerao os diferentes tipos de conexes das cargas, alm da possibilidade
de haver cargas monofsicas ou bifsicas. Neste trabalho, as cargas so matematicamente
representadas nas expresses de soluo como conectadas em estrela-aterrada e do tipo
potncia constante. A Figura 2.3 mostra a representao esquemtica de cargas
monofsicas, bifsicas e trifsicas conectadas em estrela-aterrada.
-
8
Figura 2.3 Esquema de Ligao Para Carga Ligada em Estrela-Aterrada:
(a) Monofsica; (b) Bifsica; (c) Trifsica.
Caso o sistema em estudo tenha cargas ligadas em tringulo, dever ser realizada
a transformao para estrela de modo que os modelos apresentados possam ser utilizados.
2.3 Fluxo de Potncia Trifsico Polar
2.3.1 Equaes Polares Bsicas
A formulao do fluxo de potncia trifsico polar segue praticamente os mesmos
passos da metodologia monofsica convencional. Dessa forma, a potncia complexa
injetada em uma barra genrica k do sistema dada por:
*kkk IVS = (2.4)
ou
k*k
*k IVS = (2.5)
A corrente trifsica injetada na barra k, na fase s pode ser escrita da seguinte
forma:
+=p k pt
kmm t
tm
stkm
tk
stkk
sk EYEYI
(2.6)
-
9
onde:
, ps t { }, ,p a b c =
A expresso (2.6) pode ser colocada na seguinte forma matricial:
=
abcn
abc
abc
abcnn
abcn
abcn
abcn
abcabc
abcn
abcabc
abcn
abc
abc
V
VV
YYY
YYYYYY
I
II
#
"
#%##
""
#
2
1
21
22221
11211
2
1
||
||
||||
(2.7)
Os termos da matriz admitncia nodal na expresso (2.7) podem ser reescritos em
funo de sua condutncia e de sua susceptncia. Dessa forma, tem-se:
abc abc abc
km km kmY G jB= + (2.8)
Na forma matricial:
aa ab ac aa ab ackm km km km km km
abc ba bb bc ba bb bckm km km km km km km
ca cb cc ca cb cckm km km km km km
G G G B B BY G G G j B B B
G G G B B B
= +
(2.9)
A equao (2.6) pode ser reescrita como:
s s sk rk mkI I jI= + (2.10)
onde, utilizando-se as componentes real e imaginria tanto de tenso quanto da
admitncia obtm-se:
-
10
+=pkp t
tmm
stkm
trm
stkm
kmmt
tmk
stkk
trk
stkk
srk VBVGVBVGI
)()(
(2.11)
+++=pkp t
tmm
stkm
trm
stkm
kmmt
tmk
stkk
trk
stkk
smk VGVBVGVBI
)()(
(2.12)
Matricialmente:
+
=
cmk
bmk
amk
crk
brk
ark
abck
III
jIII
I (2.13)
As tenses podem ser escritas como segue:
+
=
cmk
bmk
amk
crk
brk
ark
abck
VVV
jVVV
V (2.14)
Considerando-se que kjk eVV =k , tem-se para a fase a:
ak
jak
ak IeVS
ak = * (2.15)
Expressando-se a corrente em termos da matriz admitncia nodal trifsica e do
vetor de tenses nas barras, conforme descrito pela equao (2.7), a potncia complexa
dada pela equao (2.15) pode ser reescrita da seguinte forma:
])()()([
++=kkk
ak
m
cm
ackm
m
bm
abkm
m
am
aakm
jak
*ak VYVYVYeVS (2.16)
-
11
Expandindo-se cada admitncia em termos de sua condutncia e susceptncia,
obtm-se:
)])(
)()([
km
kmkm
cm
ackm
ackm
bm
abkm
abkm
am
aakm
aakm
akja
k*a
k
VjBG
VjBGVjBGeVS
++
++++= (2.17)
Desenvolvendo-se a expresso (2.17) e separando-se a potncia complexa em
suas partes real e imaginria:
)]([
)]([
)]([
km
km
km
ackm
ackm
ackm
ackm
cm
ak
abkm
abkm
abkm
abkm
bm
ak
aakm
aakm
aakm
aakm
am
ak
ak
senBcosGVV
senBcosGVV
senBcosGVVP
++
+++
++=
(2.18)
)]([
)]([
)]([
km
km
km
ackm
ackm
ackm
ackm
cm
ak
abkm
abkm
abkm
abkm
bm
ak
aakm
aakm
aakm
aakm
am
ak
ak
cosBsenGVV
cosBsenGVV
cosBsenGVVQ
+
++
+=
(2.19)
As expresses (2.18) e (2.19) representam as equaes bsicas de potncia ativa e
reativa lquida injetada nas barras. Estes valores so previamente conhecidos no problema
de fluxo de potncia, sendo expressos em funo das potncias de gerao e de carga.
Assim, para uma barra genrica k, fase a, tem-se:
a
Lka
Gka
k PPP = (2.20)
aLk
aGk
ak QQQ = (2.21)
-
12
2.3.2 Metodologia de Soluo
A soluo das equaes no lineares (2.18) e (2.19) usualmente realizada
atravs do processo iterativo de Newton-Raphson, que por sua vez, requer a montagem
da matriz Jacobiana a cada iterao. Esta matriz composta pelas derivadas parciais de
(2.18) e (2.19) em relao s variveis de estado do problema, consideradas como sendo
os mdulos e os ngulos das tenses nas barras. Assim sendo, considerando a fase a, tem-
se as seguintes derivadas parciais da potncia ativa em relao aos ngulos das tenses:
aakk
ak
aka
k
ak BVQ
P 2)(= (2.22)
)cos( abkkabkk
abkk
abkk
bk
akb
k
ak BsenGVV
P =
(2.23)
)cos( ackkackk
ackk
ackk
ck
akc
k
ak BsenGVV
P =
(2.24)
)cos( aakmaakm
aakm
aakm
am
aka
m
ak BsenGVV
P =
(2.25)
)cos( abkmabkm
abkm
abkm
bm
akb
m
ak BsenGVV
P =
(2.26)
)cos( ackmackm
ackm
ackm
cm
akc
m
ak BsenGVV
P =
(2.27)
Da mesma forma, em relao aos mdulos das tenses tem-se:
-
13
aakk
aka
k
ak
ak
ak GV
VP
VP +=
(2.28)
)cos( abkkabkk
abkk
abkk
akb
k
ak senBGV
VP +=
(2.29)
)cos( ackkackk
ackk
ackk
akc
k
ak senBGV
VP +=
(2.30)
)cos( aakmaakm
aakm
aakm
aka
m
ak senBGV
VP +=
(2.31)
)cos( abkmabkm
abkm
abkm
akb
m
ak senBGV
VP +=
(2.32)
)cos( ackmackm
ackm
ackm
akc
m
ak senBGV
VP +=
(2.33)
Por outro lado, as derivadas parciais de potncia reativa em relao aos ngulos
das tenses so dadas por:
aakk
ak
aka
k
ak GVP
Q 2)(= (2.34)
)cos( abkkabkk
abkk
abkk
bk
akb
k
ak senBGVV
Q =
(2.35)
)cos( ackkackk
ackk
ackk
ck
akc
k
ak senBGVV
Q =
(2.36)
-
14
)cos( aakmaakm
aakm
aakm
am
aka
m
ak senBGVV
Q =
(2.37)
)cos( abkmabkm
abkm
abkm
bm
akb
m
ak senBGVV
Q =
(2.38)
)cos( ackmackm
ackm
ackm
cm
akc
m
ak senBGVV
Q =
(2.39)
Da mesma forma, as derivadas parciais de potncia reativa em relao aos
mdulos das tenses so dadas por:
aakk
aka
k
ak
ak
ak BV
VQ
VQ =
(2.40)
)cos( abkkabkk
abkk
abkk
akb
k
ak BsenGV
VQ =
(2.41)
)cos( ackkackk
ackk
ackk
akc
k
ak BsenGV
VQ =
(2.42)
)cos( aakmaakm
aakm
aakm
aka
m
ak BsenGV
VQ =
(2.43)
)cos( abkmabkm
abkm
abkm
akb
m
ak BsenGV
VQ =
(2.44)
)cos( ackmackm
ackm
ackm
akc
m
ak BsenGV
VQ =
(2.45)
-
15
Por analogia, facilmente so definidas as expresses referentes s fases b e c.
2.3.3 Algoritmo de Soluo Polar
A partir das expresses apresentadas nos itens 2.3.1 e 2.3.2, pode-se caminhar
para a elaborao do algoritmo para a soluo do fluxo de potncia polar trifsico,
descrito pelas seguintes etapas:
Passo 1: Determina-se a matriz admitncia nodal trifsica abcY ; Passo 2: Determinam-se os resduos de potncia ativa e reativa de todas as barras
do sistema, atravs de:
abcabcabc VYI = (2.46)
*abcabcabc
calc )(IVS = (2.47)
abccalc
abcesp
abc PPP = (2.48)
abccalc
abcesp
abc QQQ = (2.49)
Passo 3: Comparam-se os resduos com uma tolerncia pr-fixada. Se o resduo mximo de potncia for menor que esta tolerncia, o processo finalizado. Caso o
resduo mximo de potncia seja maior que esta tolerncia, ento calculam-se as
correes dos mdulos e dos ngulos das tenses atravs da soluo do sistema de
equaes (2.50). As equaes de potncia reativa nas trs fases de uma barra PV
so eliminadas deste sistema de equaes.
-
16
=
abc
abc
abc
abc
abc
abc
abc
abc
abc
abc
abc
abc
V
VQ
QVP
P
QP
(2.50)
Passo 4: A atualizao dos mdulos e dos ngulos das tenses so feitas atravs de (2.51) e (2.52):
(h)s(h)s1)s(h VVV +=+ (2.51)
(h)s(h)s1)s(h +=+ (2.52)
Passo 5: Com os novos valores de tenso, os resduos de potncia so recalculados em todas as barras. Se estes ainda forem maiores que a tolerncia,
uma nova matriz Jacobiana calculada a partir dos valores atualizados. Este
passo se repete at que os resduos encontrados sejam menores que a tolerncia
estipulada.
Seguindo a linha do algoritmo anteriormente apresentado, ainda possvel
calcular a matriz Jacobiana, nos moldes da equao (2.50), somente na primeira iterao
e mant-la constante durante todo o processo iterativo. Tal procedimento visa reduo
do tempo computacional, uma vez que necessria a fatorao desta matriz uma nica
vez. Contudo, tal estratgia pode acarretar em um nmero maior de iteraes na busca da
soluo. Diferentemente da matriz Jacobiana, os resduos so calculados a cada iterao
atravs das equaes (2.48) e (2.49).
-
17
2.4 Fluxo de Potncia Retangular Trifsico
2.4.1 Equaes Retangulares Bsicas
Para o desenvolvimento das expresses para o clculo do fluxo de potncia
retangular trifsico, buscam-se as equaes de potncia ativa e reativa expressas em
termos das coordenadas retangulares das tenses. Nestes termos, a equao (2.15) pode
ser escrita em funo das coordenadas retangulares da tenso e da corrente. Assim sendo,
para uma barra genrica k, fase a, tem-se:
))(( amkark
amk
ark
ak
ak jIIjVVjQP +=+ (2.53)
Desenvolvendo-se a equao (2.53) obtm-se:
)()( amka
rkark
amk
amk
amk
ark
ark
ak
ak IVIVjIVIVjQP ++=+ (2.54)
Igualando-se a componente real de ambos os membros de (2.54):
amk
amk
ark
ark
ak IVIVP += (2.55)
Por outro lado, igualando-se a componente imaginria obtm-se:
amk
ark
ark
amk
ak IVIVQ = (2.56)
Expressando-se a corrente em termos da matriz admitncia nodal trifsica e do
vetor de tenses na equao (2.55) obtm-se:
-
18
)]()([
)]()([
)]()([
)()(
crm
ackm
cmm
ackm
amk
cmm
ackm
crm
ackm
ark
kmm
ackk
crk
amk
ackk
cmk
amk
ackk
cmk
ark
ackk
crk
ark
brm
abkm
bmm
abkm
amk
bmm
abkm
brm
abkm
ark
kmm
abkk
brk
amk
abkk
bmk
ark
abkk
bmk
amk
abkk
brk
ark
arm
aakm
amm
aakm
amk
amm
aakm
arm
aakm
ark
kmm
aakk
2amk
aakk
2ark
ak
aLk
aGk
VBVGVVBVGVBVVGVVBVVGVV
VBVGVVBVGVBVVBVVGVVGVV
VBVGVVBVGVGVGVPPP
k
k
k
+++++++
++++++++
++++++==
(2.57)
De forma anloga para a potncia reativa dada por (2.56), obtm-se:
)]()([
)]()([
)]()([
)()(
crm
ackm
cmm
ackm
ark
cmm
ackm
crm
ackm
amk
kmm
ackk
crk
ark
ackk
cmk
ark
ackk
cmk
amk
ackk
crk
amk
brm
abkm
bmm
abkm
ark
bmm
abkm
brm
abkm
amk
kmm
abkk
brk
ark
abkk
bmk
ark
abkk
bmk
amk
abkk
brk
amk
arm
aakm
amm
aakm
ark
amm
aakm
arm
aakm
amk
kmm
aakk
2ark
aakk
2amk
ak
aLk
aGk
VBVGVVBVGVBVVGVVBVVGVV
VBVGVVBVGVBVVGVVBVVGVV
VBVGVVBVGVBVBVQQQ
k
k
k
++++
+++++
++++==
(2.58)
As expresses (2.57) e (2.58) representam as equaes bsicas de potncia ativa e
reativa lquida injetada nas barras, expressas em coordenadas retangulares das tenses.
2.4.2 Metodologia de Soluo
A soluo das equaes no lineares (2.57) e (2.58) atravs do processo iterativo
de Newton-Raphson requer a montagem da matriz Jacobiana a cada iterao. Tal matriz
composta pelas derivadas parciais de (2.57) e (2.58) em relao s componentes real e
imaginria das tenses nas barras. Assim, as derivadas parciais de (2.57) em relao s
componentes reais das tenses so dadas por:
-
19
ark
aakk
amk
aakk
arka
rk
ak IBVGV
VP ++=
(2.59)
abkk
amk
abkk
arkb
rk
ak BVGV
VP +=
(2.60)
ackk
amk
ackk
arkc
rk
ak BVGV
VP +=
(2.61)
aakm
amk
aakm
arka
rm
ak BVGV
VP +=
(2.62)
abkm
amk
abkm
arkb
rm
ak BVGV
VP +=
(2.63)
ackm
amk
ackm
arkc
rm
ak BVGV
VP +=
(2.64)
Da mesma forma, em relao s componentes imaginrias das tenses tem-se:
amk
aakk
amk
aakk
arka
mk
ak IGVBV
VP ++=
(2.65)
abkk
amk
abkk
arkb
mk
ak GVBV
VP +=
(2.66)
ackk
amk
ackk
arkc
mk
ak GVBV
VP +=
(2.67)
-
20
aakm
amk
aakm
arka
mm
ak GVBV
VP +=
(2.68)
abkm
amk
abkm
arkb
mm
ak GVBV
VP +=
(2.69)
ackm
amk
ackm
arkc
mm
ak GVBV
VP +=
(2.70)
Por outro lado, as derivadas parciais de (2.58) em relao s componentes reais
das tenses so dadas por:
amk
aakk
amk
aakk
arka
rk
ak IGVBV
VQ +=
(2.71)
abkk
ark
abkk
amkb
rk
ak BVGV
VQ =
(2.72)
ackk
ark
ackk
amkc
rk
ak BVGV
VQ =
(2.73)
aakm
ark
aakm
amka
rm
ak BVGV
VQ =
(2.74)
abkm
ark
abkm
amkb
rm
ak BVGV
VQ =
(2.75)
ackm
ark
ackm
amkc
rm
ak BVGV
VQ =
(2.76)
-
21
Da mesma forma, as derivadas parciais de potncia reativa em relao s
componentes imaginrias das tenses so dadas por:
ark
aakk
amk
aakk
arka
mk
ak IBVGV
VQ +=
(2.77)
abkk
ark
abkk
amkb
mk
ak GVBV
VQ =
(2.78)
ackk
ark
ackk
amkc
mk
ak GVBV
VQ =
(2.79)
aakm
ark
aakm
amka
mm
ak GVBV
VQ =
(2.80)
abkm
ark
abkm
amkb
mm
ak GVBV
VQ =
(2.81)
ackm
ark
ackm
amkc
mm
ak GVBV
VQ =
(2.82)
Por analogia, facilmente so definidas as expresses para as fases b e c.
2.4.3 Tratamento das Barras PV
Para as barras PV possvel seguir dois caminhos diferentes, mas que levam ao
mesmo ponto final de soluo, a saber: correo da gerao de potncia reativa da barra
PV e formulao convencional. A equao adotada para a imposio da restrio da
tenso numa barra k do tipo PV, fase s, dada da seguinte forma:
-
22
222 )()()( smks
rks
k VVV += (2.83)
Linearizando a equao (2.83) tem-se:
)()()( 2 smks
mks
rks
rks
k V2VV2VV += (2.84)
onde:
222 )()()( skcalc
skesp
sk VVV = (2.85)
2.4.3.1 Fluxo de Potncia Retangular Trifsico com Correo de Gerao
de Potncia Reativa
Neste processo ocorre a incluso de linhas e colunas na matriz Jacobiana original
e de linhas nos vetores de tenso e de resduos de potncia. O nmero de linhas e/ou
colunas adicionais o triplo do nmero de barras PV existentes no sistema em estudo. O
objetivo dessa incluso tratar a potncia reativa gerada na barra PV como uma varivel
de estado. As linhas adicionais so dadas pela equao (2.84), enquanto que as colunas
adicionais so obtidas tomando-se as derivadas da equao (2.58) com relao s
variveis aGkQ , bGkQ e
cGkQ . Facilmente, observa-se que os valores destas derivadas so
iguais a -1.
Assim, num sistema com n barras, sendo a barra k uma PV, o sistema a ser
resolvido possui a estrutura mostrada na equao (2.89). Na realidade, os termos -1, abc
rkV2 e abc
mkV2 so matrizes 3x3 cujas estruturas so as seguintes:
cmk
bmk
amk
crk
brk
ark
VV
V
VV
V
200020002
;200
020002
;100
010001
-
23
abcGkQ e (abcV )2 so vetores 3x1 cujas estruturas so as seguintes:
2
2
2
)()()(
;c
k
bk
ak
cGk
bGk
aGk
VVV
QQQ
sh
rksh
rksh
rk VVV)()()1( +=+ (2.86)
sh
mksh
mksh
mk VVV)()()1( +=+ (2.87)
sh
Gksh
Gksh
Gk QQQ)()()1( +=+ (2.88)
A partir das correes calculadas por (2.89) os valores das componentes real e
imaginria da tenso, bem como os valores de potncia reativa gerada na barra k so
atualizados de acordo com as equaes (2.86) a (2.88). Optou-se neste trabalho em
inicializar a varivel abcGkQ como sendo zero. Para calcular os resduos de potncia reativa
so utilizados os novos valores de potncia reativa gerada atualizados a cada iterao.
-
24
=
abc
Gk
abcmn
abcrn
abcmk
abcrk
abcm1
abcr1
abcmk
abcrk
abcmn
abcn
abcrn
abcn
abcmk
abcn
abcrk
abcn
abcm1
abcn
abcr1
abcn
abcmn
abcn
abcrn
abcn
abcmk
abcn
abcrk
abcn
abcm1
abcn
abcr1
abcn
abcmn
abck
abcrn
abck
abcmk
abck
abcrk
abck
abcm1
abck
abcr1
abck
abcmn
abck
abcrn
abck
abcmk
abck
abcrk
abck
abcm1
abck
abcr1
abck
abcmn
abc1
abcrn
abc1
abcmk
abc1
abcrk
abc1
abcm1
abc1
abcr1
abc1
abcmn
abc1
abcrn
abc1
abcmk
abc1
abcrk
abc1
abcm1
abc1
abcr1
abc1
2abck
abc
n
abcn
abc
k
abck
abc
1
abc1
Q
VV
VV
VV
0|00||2V2V||00
0||
VQ
VQ
||
||
VQ
VQ
||
||
VQ
VQ
0||
VP
VP
||
||
VP
VP
||
||
VP
VP
|||||
1||
VQ
VQ
||
||
VQ
VQ
||
||
VQ
VQ
0||
VP
VP
||
||
VP
VP
||
||
VP
VP
|||||
0||
VQ
VQ
||
||
VQ
VQ
||
||
VQ
VQ
0||
VP
VP
||
||
VP
VP
||
||
VP
VP
)V(
QP
QP
QP
#
#
""
""
""
#########
""
""
#########
""
""
#
#
(2.89)
-
25
2.4.3.2 Fluxo de Potncia Retangular Trifsico Convencional
Nesta outra metodologia tambm ocorre a incluso de linhas e colunas na matriz
Jacobiana original e de linhas nos vetores de tenso e de resduos de potncia. O nmero
de linhas e/ou colunas adicionais continua sendo o triplo do nmero de barras PV
existentes no sistema em estudo. Aqui, o objetivo da incluso reaver o controle sobre a
componente imaginria da tenso na barra PV que foi perdido ao eliminar-se a equao
de potncia reativa dessa barra. Dessa forma, as colunas adicionais da matriz aumentada
so cpias daquelas eliminadas durante o processo de soluo. No vetor de resduos de
potncia so inseridos nas posies adicionais os resduos das componentes imaginrias
da tenso nas barras PV.
Para exemplificar, num sistema com n barras, sendo a barra k uma PV, o sistema a
ser resolvido possui a estrutura mostrada na equao (2.90).
Uma vez que no se conhece a priori o valor da potncia reativa gerada para as
barras PV, ento tem-se que eliminar da matriz Jacobiana as linhas referentes a esta
varivel. Para isto, inserem-se, nesta matriz, termos diagonais elevados correspondentes
s equaes de potncia reativa. Portanto a varivel abcmkV correspondente equao eliminada fica sem efeito, devendo ento ser repetida numa linha adicional e estando
relacionada atravs de (2.84).
Vale ressaltar que os elementos abcmk
abck
VP
, abcmk
abck
VQ
, abcrkV2 e abc
mkV2 (estes dois ltimos
mostrados anteriormente) so matrizes 3x3 com a seguinte estrutura:
cmk
ck
bmk
ck
amk
ck
cmk
bk
bmk
bk
amk
bk
cmk
ak
bmk
ak
amk
ak
cmk
ck
bmk
ck
amk
ck
cmk
bk
bmk
bk
amk
bk
cmk
ak
bmk
ak
amk
ak
VQ
VQ
VQ
VQ
VQ
VQ
VQ
VQ
VQ
VP
VP
VP
VP
VP
VP
VP
VP
VP
;
-
26
=
abcmk
abcmn
abcrn
abcmk
abcrk
abcm1
abcr1
abcmk
abcmk
abcrk
abcmk
abcn
abcmn
abcn
abcrn
abcn
abcmk
abcn
abcrk
abcn
abcm1
abcn
abcr1
abcn
abcmk
abcn
abcmn
abcn
abcrn
abcn
abcmk
abcn
abcrk
abcn
abcm1
abcn
abcr1
abcn
abcmk
abck
abcmn
abck
abcrn
abck10
abcrk
abck
abcm1
abck
abcr1
abck
abcmk
abck
abcmn
abck
abcrn
abck
abcmk
abck
abcrk
abck
abcm1
abck
abcr1
abck
abcmk
abc1
abcmn
abc1
abcrn
abc1
abcmk
abc1
abcrk
abc1
abcm1
abc1
abcr1
abc1
abcmk
abc1
abcmn
abc1
abcrn
abc1
abcmk
abc1
abcrk
abc1
abcm1
abc1
abcr1
abc1
2abck
abc
n
abcn
abc
k
abck
abc
1
abc1
V
VV
VV
VV
2V|00||2V2V||00
VQ
||
VQ
VQ
||
||
VQ
VQ
||
||
VQ
VQ
VP
||
VP
VP
||
||
VP
VP
||
||
VP
VP
|||||
VQ
||
VQ
VQ
||
||
10VQ
||
||
VQ
VQ
VP
||
VP
VP
||
||
VP
VP
||
||
VP
VP
|||||
VQ
||
VQ
VQ
||
||
VQ
VQ
||
||
VQ
VQ
VP
||
VP
VP
||
||
VP
VP
||
||
VP
VP
V
QP
QP
QP
#
#
""
""
""
#########
""
""
#########
""
""
#
#
)(
(2.90)
-
27
Aps o clculo das correes atravs da soluo do sistema (2.90), as
componentes real e imaginria das tenses so atualizadas por (2.86) e (2.87).
2.4.4 Algoritmo de Soluo Retangular
A partir das expresses apresentadas nos itens 2.4.2 e 2.4.3 e utilizando qualquer
dos mtodos apresentados em 2.4.3, pode-se caminhar para a elaborao do algoritmo
para a soluo do fluxo de potncia retangular trifsico, descrito pelas seguintes etapas:
Passo 1: Determina-se a matriz admitncia nodal trifsica abcY ; Passo 2: Determinam-se os resduos de potncia ativa e reativa de todas as barras
atravs das expresses (2.46) a (2.49);
Passo 3: Comparam-se os resduos com uma tolerncia pr-fixada. Se o resduo mximo de potncia for menor que esta tolerncia, o processo finalizado. Caso o
resduo mximo de potncia seja maior que esta tolerncia, ento calculam-se as
correes das componentes real e imaginria das tenses atravs das expresses
(2.89) ou (2.90) dependendo da metodologia escolhida.
Passo 4: Com os novos valores de tenso, os resduos de potncia so recalculados em todas as barras. Se estes ainda forem maiores que a tolerncia,
uma nova matriz Jacobiana calculada a partir dos valores atualizados. Este passo
se repete at que os resduos encontrados sejam menores que a tolerncia
estipulada.
2.5 Aplicao Numrica
Para uma melhor compreenso do leitor, a seguir ser analisado pelos trs
mtodos descritos neste captulo, um sistema eltrico de potncia constitudo de trs
barras, cujos dados esto apresentados nas Tabelas 2.1, 2.2 e 2.3 e cuja topologia
mostrada na Figura (2.4). Todos os valores apresentados esto em p.u.. A tolerncia
adotada para a convergncia do processo iterativo 10-5p.u..
-
28
Tabela 2.1 Dados de Tenso e ngulo de Barras Sistema 3 Barras
Nmero
da
Barra
Tipo
Mdulo
Tenso
Fase a
Mdulo
Tenso
Fase b
Mdulo
Tenso
Fase c
ngulo
Fase a
ngulo
Fase b
ngulo
Fase c
1 V 1 1 1 0 -120 120 2 PQ 1 1 1 0 -120 120 3 PV 1 1 1 0 -120 120
Tabela 2.2 Dados de Potncias Sistema 3 Barras
Nmero da Barra abcGP abcGQ abcLP
abcLQ
1 0 0 0 0
2 0 0 0,05 0,10
3 0 0 0,10 0,20
Tabela 2.3 Dados de Linhas Sistema 3 Barras
Barra
De
Barra
Para rabc xabc
bshabc
por
Barra
1 2 0,02 0,5 0,1
2 3 0,02 0,5 0,1
Figura 2.4 Diagrama Unifilar do Sistema 3 Barras
-
29
2.5.1 Soluo pelo Mtodo Polar Trifsico
Em funo da topologia apresentada e dos dados de linhas correspondentes,
monta-se a matriz admitncia de barras trifsica, cuja estrutura a seguinte:
=
333231
232221
131211
YYYYYYYYY
Y
Cada elemento dessa matriz na realidade um bloco 3x3, apresentando as
seguintes configuraes:
=
cc11
cb11
ca11
bc11
bb11
ba11
ac11
ab11
aa11
11
YYYYYYYYY
Y
onde:
=
896811098727000896811098727000896811098727
2
2
2
, -j,, -j,
, -j,
11Y
=
cc12
cb12
ca12
bc12
bb12
ba12
ac12
ab12
aa12
12
YYYYYYYYY
Y
onde:
++
=
996811098727000996811098727000996811098727
2
2
2
,j ,-,j ,-
,+j,- -
12Y
-
30
=
cc13
cb13
ca13
bc13
bb13
ba13
ac13
ab13
aa13
13
YYYYYYYYY
Y
onde:
3x3]0[=13Y
=
cc21
cb21
ca21
bc21
bb21
ba21
ac21
ab21
aa21
21
YYYYYYYYY
Y
onde:
1221 YY =
=
cc22
cb22
ca22
bc22
bb22
ba22
ac22
ab22
aa22
22
YYYYYYYYY
Y
onde:
=
, -j, , -j,
, -j,
-
-
-
793631059741000793631059741000793631059741
1
1
1
22Y
=
cc23
cb23
ca23
bc23
bb23
ba23
ac23
ab23
aa23
23
YYYYYYYYY
Y
onde:
1223 YY =
-
31
=
cc31
cb31
ca31
bc31
bb31
ba31
ac31
ab31
aa31
31
YYYYYYYYY
Y
onde:
3x3]0[=31Y
=
cc32
cb32
ca32
bc32
bb32
ba32
ac32
ab32
aa32
32
YYYYYYYYY
Y
onde:
2332 YY =
=
cc33
cb33
ca33
bc33
bb33
ba33
ac33
ab33
aa33
33
YYYYYYYYY
Y
onde:
11YY33 =
As matrizes de condutncia e susceptncia so:
=
333231
232221
131211
GGGGGGGGG
G
=
333231
232221
131211
BBBBBBBBB
B
Cada elemento das matrizes G e B tambm so blocos 3x3, semelhantes aos
descritos para a matriz admitncia nodal. Neste exemplo os blocos so:
-
32
=
2
2
2
109872700010987270001098727
-
-
-
,,
,
11G
=
2
2
2
109872700010987270001098727
-
-
-
,-,-
,-
12G
[ ] 3x30=13G
1221 GG =
=
1
1
1
105974100010597410001059741
-
-
-
,,
,
22G
2123 GG =
[ ] 3x30=31G
2332 GG =
1133 GG =
=
8968,1-0008968,1-0008968,1-
11B
-
33
=
9968,10009968,10009968,1
12B
[ ] 3X30=13B
1221 BB =
=
7936,3-0007936,3-0007936,3-
22B
1223 BB = [ ]3x331 0B =
2332 BB = 1133 BB =
O clculo das correntes feito atravs da expresso (2.46):
Para o clculo das potncias e de seus resduos so utilizadas as expresses (2.47)
a (2.49), obtendo-se os seguintes valores:
=
+
+
+
=
05010660380501066038
10101073211
10107321120
05010660380501066038
10
106603850106603850
1106603850106603850
1106603850106603850
1
2
2
1
1
2
2
1
1
1
1
1
1
,j,,j,
,j,j,
,j,,j
,j,,j,
, j
,j,,j,
,j,,j,
,j,,j,
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
abcYI
-
34
=
1,01,01,02,02,02,0
3
3
3
2
2
2
jjjjjj
SSSSSS
c
b
a
c
b
a
=
000000
c3
b3
a3
c2
b2
a2
PPPPPP
=
20,020,020,0
c2
b2
a2
QQQ
=
10,010,010,005,005,005,0
c3
b3
a3
c2
b2
a2
PPPPPP
=
10,010,010,0
c2
b2
a2
QQQ
Como os valores obtidos para os resduos so maiores que a tolerncia de 10-5,
deve-se partir para a primeira iterao do processo, que requer a montagem da matriz
Jacobiana e a soluo de um conjunto de equaes lineares. Eliminando as equaes
referentes potncia ativa para a barra 1 (V) e aquelas referentes potncia reativa para
as barras 1 e 3 (PV), tem-se o seguinte sistema de equaes:
-
35
=
c3
b3
a3
c2
b2
a2
c2
b2
a2
c3
c3
b3
c3
a3
c3
c2
c3
b2
c3
a2
c3
c2
c3
b2
c3
a2
c3
c3
b3
b3
b3
a3
b3
c2
b3
b2
b3
a2
b3
c2
b3
b2
b3
a2
b3
c3
a3
b3
a3
a3
a3
c2
a3
b2
a3
a2
a3
c2
a3
b2
a3
a2
a3
c3
c2
b3
c2
a3
c2
c2
c2
b2
c2
a2
c2
c2
c2
b2
c2
a2
c2
c3
b2
b3
b2
a3
b2
c2
b2
b2
b2
a2
b2
c2
b2
b2
b2
a2
b2
c3
a2
b3
a2
a3
a2
c2
a2
b2
a2
a2
a2
c2
a2
b2
a2
a2
a2
c3
c2
b3
c2
a3
c2
c2
c2
b2
c2
a2
c2
c2
c2
b2
c2
a2
c2
c3
b2
b3
b2
a3
b2
c2
b2
b2
b2
a2
b2
c2
b2
b2
b2
a2
b2
c3
a2
b3
a2
a3
a2
c2
a2
b2
a2
a2
a2
c2
a2
b2
a2
a2
a2
c3
b3
a3
c2
b2
a2
c2
b2
a2
VVV
P
P
P
VP
VP
VP
P
P
P
P
P
P
VP
VP
VP
P
P
P
P
P
P
VP
VP
VP
P
P
P
Q
Q
Q
VQ
VQ
VQ
Q
Q
Q
Q
Q
Q
VQ
VQ
VQ
Q
Q
Q
Q
Q
Q
VQ
VQ
VQ
Q
Q
Q
P
P
P
VP
VP
VP
P
P
P
P
P
P
VP
VP
VP
P
P
P
P
P
P
VP
VP
VP
P
P
P
PPPQQQPPP
Substituindo-se os valores numricos correspondentes obtm-se:
-
36
=
c3
b3
a3
c2
b2
a2
c2
b2
a2
2
2
2
21
21
21
1
1
1
VVV
996810010987270099681000996810010987270099681000996810010987270099681
109872700593630010597410001098727005936300105974100010987270059363001059741996810010597410099363000996810010597410099363000996810010597410099363
10,010,010,0
10,010,010,005,005,005,0
,,,,,,
,,,,,,
,,,,,,
,,,,,,
,,,
-
-
-
-
-
-
Portanto, resolvendo o sistema tem-se:
=
1
1
1
2
2
2
2-
2-
-2
3
3
3
2
2
2
2
2
2
102520,1102520,1102520,1
107222,2107222,2107222,2107.6209107.6209
017.6209
c
b
a
c
b
a
c
b
a
VVV
-
37
Os valores de tenso corrigidos so:
++
+
=
11
11
11
11
11
2
1
1
1021689108794310968171004236
102487110921791026129104439410479181079855
108208702421106603850106603850
1
,j.,,j.,
,j.,,j.,,j.,
,j,,j,,j,
VVVVVVVVV
-
-
-
-
c3
b3
a3
c2
b2
a2
c1
b1
a1
Com os novos valores de tenso e ngulo, os resduos de potncia so calculados
pelas expresses (2.46) a (2.49):
+++
==
12
31
12
22
32
22
21
12
11
1051861106524910660171079781105952110325681020508106426510841071092709109891810284541062415101105210108921068175
10546511054231
,j,,j,,j,
,,,j,,j,,j,,j,
,+j,
-
--
abcabcabc VYI
=
=
1025,01025,01025,00509,00509,00509,0
1479,01025,01479,01025,01479,01025,00887,00509,00887,00509,00887,00509,0
3
3
3
2
2
2
3
3
3
2
2
2
c
b
a
c
b
a
c
b
a
c
b
a
PPPPPP
jjjjjj
SSSSSS
=
0887,00887,00887,0
c2
b2
a2
QQQ
-
38
=
3
3
3
4
4
4
3
3
3
2
2
2
10.5244,210.5244,210.5244,210.1346,910.1346,910.1346,9
c
b
a
c
b
a
PPPPPP
=
0113,00113,00113,0
c2
b2
a2
QQQ
Como o maior dos resduos de potncia ainda maior que a tolerncia de 10-5, o
processo iterativo continua. Aps 3 iteraes, obtm-se os resultados mostrados nas
Tabelas (2.4) e (2.5). A trajetria de convergncia do processo iterativo, em termos dos
resduos mximos de potncia, est mostrada na Tabela (2.6).
Tabela 2.4 Resultados de Tenso e ngulo de Barras Sistema 3 Barras
Nmero
da
Barra
Tipo
Mdulo
Tenso
Fase a
Mdulo
Tenso
Fase b
Mdulo
Tenso
Fase c
ngulo
Fase a
ngulo
Fase b
ngulo
Fase c
1 V 1 1 1 0 -120 120 2 PQ 1,0244 1,0244 1,0244 -4,28 -124,34 115,78 3 PV 1 1 1 -7,03 -127,09 113,03
Tabela 2.5 Resultados de Potncia Gerada Sistema 3 Barras
Nmero da Barra abcGP abcGQ
1 0,15074 -0,1491
2 0 0
3 0 0,0577
-
39
Tabela 2.6 Trajetria de Convergncia Sistema 3 Barras Polar Convencional
Iterao Mximo P Barra Mximo Q Barra 0 0,1000 3 0,1000 2
1 2,5244.10-3 3 1,1281.10-2 2
2 5,5198.10-6 3 3,5649.10-5 2
3 3,4722.10-11 3 3,4323.10-10 2
Utilizando-se a matriz Jacobiana constante desde a primeira iterao, chega-se a
esta mesma soluo, levando para tanto 5 iteraes e com a trajetria de convergncia
distinta, conforme mostrada na Tabela 2.7.
Tabela 2.7 Trajetria de Convergncia Sistema 3 Barras Polar Constante
Iterao Mximo P Barra Mximo Q Barra 0 0,1000 3 0,1000 2
1 2,5244.10-3 3 1,1281.10-2 2
2 3.5270.10-4 3 1,0383.10-3 2
3 3,4366.10-5 3 1,1222.10-4 2
4 3,6257.10-6 3 1,1532.10-5 2
5 3,7692.10-7 3 1,2038.10-6 2
2.5.2 Soluo pelo Mtodo Retangular Trifsico com Correo de Gerao
de Potncia Reativa
O processo de soluo atravs do mtodo retangular trifsico segue os mesmos
passos do polar trifsico descrito em 2.5.1. Os valores iniciais das potncias injetadas nas
barras e dos resduos de potncia so idnticos queles calculados na seo 2.5.1. Assim,
como os resduos de potncia so maiores que a tolerncia pr-definida de 10-5, deve-se
iniciar o processo iterativo de soluo das equaes do fluxo de potncia trifsico.
Considerando-se a gerao de potncia reativa na barra PV como varivel de estado, tem-
se ento o seguinte conjunto de equaes a ser resolvido a cada passo do processo
-
40
iterativo. Observa-se que so acrescentadas linhas e colunas adicionais devido presena
de uma barra PV e que as equaes referentes s potncias ativa e reativa da barra de
referncia so eliminadas.
-
41
=
cG3
bG3
aG3
cm3
bm3
am3
cr3
br3
ar3
cm2
bm2
am2
cr2
br2
ar2
cm3
cr3
bm3
br3
am3
ar3
cm3
c3
bm3
c3
am3
c3
cr3
c3
br3
c3
ar3
c3
cm2
c3
bm2
c3
am2
c3
cr2
c3
br2
c3
ar2
c3
cm3
b3
bm3
b3
am3
b3
cr3
b3
br3
b3
ar3
b3
cm2
b3
bm2
b3
am2
b3
cr2
b3
br2
b3
ar2
b3
cm3
a3
bm3
a3
am3
a3
cr3
a3
br3
a3
ar3
a3
cm2
a3
bm2
a3
am2
a3
cr2
a3
br2
a3
ar2
a3
cm3
c3
bm3
c3
am3
c3
cr3
c3
br3
c3
ar3
c3
cm2
c3
bm2
c3
am2
c3
cr2
c3
br2
c3
ar2
c3
cm3
b3
bm3
b3
am3
b3
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b3
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b3
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cm2
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a2
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a2
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cm3
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am3
c2
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ar3
c2
cm2
c2
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c2
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cm3
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bm3
b2
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ar3
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cm2
a2
bm2
a2
am2
a2
cr2
a2
br2
a2
ar2
a2
2c3
2b3
2a3
c3
b3
a3
c3
b3
a3
c2
b2
a2
c2
b2
a2
QQQ
VVVVVVVVVVVV
000|2V002V00000000000|02V002V0000000000|002V002V000000
100||
VQ
VQ
VQ
VQ
VQ
VQ
VQ
VQ
VQ
VQ
VQ
VQ
010||
VQ
VQ
VQ
VQ
VQ
VQ
VQ
VQ
VQ
VQ
VQ
VQ
001||
VQ
VQ
VQ
VQ
VQ
VQ
VQ
VQ
VQ
VQ
VQ
VQ
000||
VP
VP
VP
VP
VP
VP
VP
VP
VP
VP
VP
VP
000||
VP
VP
VP
VP
VP
VP
VP
VP
VP
VP
VP
VP
000||
VP
VP
VP
VP
VP
VP
VP
VP
VP
VP
VP
VP
000||
VQ
VQ
VQ
VQ
VQ
VQ
VQ
VQ
VQ
VQ
VQ
VQ
000||
VQ
VQ
VQ
VQ
VQ
VQ
VQ
VQ
VQ
VQ
VQ
VQ
000||
VQ
VQ
VQ
VQ
VQ
VQ
VQ
VQ
VQ
VQ
VQ
VQ
000||
VP
VP
VP
VP
VP
VP
VP
VP
VP
VP
VP
VP
000||
VP
VP
VP
VP
VP
VP
VP
VP
VP
VP
VP
VP
000||
VP
VP
VP
VP
VP
VP
VP
VP
VP
VP
VP
VP
)V()V()V(
QQQPPPQQQPPP
-
42
onde a matriz Jacobiana dada por:
000|7321,100100000000000|07321,10010000000000|000002000000
|100|5960,1008292,0007692,1009292,000
010|05161,1009676,0006893,1000676,10001|000799,0007968,1000799,0009968,1000|9292,0007692,1009292,0007692,100000|00676,1006893,1000676,1006893,10000|009968,1000799,0009968,1000799,0000|7692,1009292,0001920,3006585,100000|06893,1000676.1000323,3009351,10000|000799,0009968,1001597,0005936,3000|9292,0007692,1008585,1005384,300000|00676,1006893,1001351,2003787,30000|009968,1000799,0009936,3001597,0
-
43
Portanto, resolvendo o sistema obtm-se:
=
2
2
2
2
2
1
1
1
2
2
2
2
2
2
109556410955641095564
10260061026006102520110084311008431
0101680610452911062097
102388510961071072222
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
cG3
bG3
aG3
cm3
bm3
am3
cr3
br3
ar3
cm2
bm2
am2
cr2
br2
ar2
,,,
,,,-,,-
,,,-
,,-,
QQQ
VVVVVVVVVVVV
As tenses e potncias reativas corrigidas so:
+
+
+
=
11
11
1
11
11
2
1
1
1028639109157310034381008436
102520111027709104761410515081079615
106209702721106603850106603850
1
,j,,j,
,j ,j,,j,
,j , ,j,,j,
VVVVVVVVV
-
-
-
-
-
c3
b3
a3
c2
b2
a2
c1
b1
a1
=
2
2
2
109556,4109556,4109556,4
cG3
bG3
aG3
QQQ
-
44
Com os novos valores das componentes real e imaginria, os resduos de potncia
so calculados pelas expresses (2.46) a (2.49):
++++
+
==
12
41
12
22
22
22
21
12
1
1050981106549810376851074031
1050441107480810737971045086
107176110926791045569104758310968241013952
101013210394961060441150
,j,,j,,j,,j,
,j,,j,,j,,j,
,j,
abcabcabc VYI
=
=
1063,01063,01063,00429,00429,00429,0
1395,0j1063,01395,0j1063,01395,0j1063,00945,0j0429,00945,0j0429,00945,0j0429,0
c3
b3
a3
c2
b2
a2
c3
b3
a3
c2
b2
a2
PPPPPP
SSSSSS
=
1395,01395,01395,00945,00945,00945,0
c3
b3
a3
c2
b2
a2
QQQQQQ
=
3
3
3
3
3
3
103156,6103156,6103156,6100896,7100896,7100896,7
vPPPPPP
c3
b3
a3
c2
b2
a2
=
2
2
2
3
3
3
100952110095211009521105193510519351051935
,,,,,,
QQQQQQ
-
-
-
c3
b3
a3
c2
b2
a2
Como o maior dos resduos de potncia ainda maior que a tolerncia de 10-5, o
processo iterativo continua. Aps 3 iteraes obtm-se os mesmos resultados mostrados
nas Tabelas (2.4) e (2.5) e uma trajetria de convergncia diferente conforme mostrada
na Tabela (2.8).
-
45
Tabela 2.8 Trajetria de Convergncia Retangular com Correo de Potncia Reativa
Iterao Mximo P Barra Mximo Q Barra Erro Mximo 0 0,1000 3 0,1000 2 0,1000
1 7,0896.10-3 2 1,0952.10-2 3 1,5675.10-2
2 3,6673.10-5 2 3,9127.10-5 3 6,4221.10-5
3 9,0226.10-10 2 1,1647.10-9 2 1,1647.10-9
2.5.3 Soluo pelo Mtodo Retangular Trifsico Convencional
Considerando-se agora a abordagem retangular convencional, tem-se o seguinte
conjunto de equaes a ser resolvido a cada passo do processo iterativo. Observa-se
novamente que so acrescentadas linhas e colunas adicionais devido presena de uma
barra PV e que as equaes referentes s potncias ativa e reativa da barra de referncia
so eliminadas.
-
46
=
cm3
bm3
am3
cm3
bm3
am3
cr3
br3
ar3
cm2
bm2
am2
cr2
br2
ar2
cm3
cm3
cr3
bm3
bm3
br3
am3
am3
ar3
cm3
c3
bm3
c3
am3
c310
bm3
c3
am3
c3
cr3
c3
br3
c3
ar3
c3
cm2
c3
bm2
c3
am2
c3
cr2
c3
br2
c3
ar2
c3
cm3
b3
bm3
b3
am3
b3
cm3
b310
am3
b3
cr3
b3
br3
b3
ar3
b3
cm2
b3
bm2
b3
am2
b3
cr2
b3
br2
b3
ar2
b3
cm3
a3
bm3
a3
am3
a3
cm3
a3
bm3
a310
cr3
a3
br3
a3
ar3
a3
cm2
a3
bm2
a3
am2
a3
cr2
a3
br2
a3
ar2
a3
cm3
c3
bm3
c3
am3
c3
cm3
c3
bm3
c3
am3
c3
cr3
c3
br3
c3
ar3
c3
cm2
c3
bm2
c3
am2
c3
cr2
c3
br2
c3
ar2
c3
cm3
b3
bm3
b3
am3
b3
cm3
b3
bm3
b3
am3
b3
cr3
b3
br3
b3
ar3
b3
cm2
b3
bm2
b3
am2
b3
cr2
b3
br2
b3
ar2
b3
cm3
a3
bm3
a3
am3
a3
cm3
a3
bm3
a3
am3
a3
cr3
a3
br3
a3
ar3
a3
cm2
a3
bm2
a3
am2
a3
cr2
a3
br2
a3
ar2
a3
cm3
c2
bm3
c2
am3
c2
cm3
c2
bm3
c2
am3
c2
cr3
c2
br3
c2
ar3
c2
cm2
c2
bm2
c2
am2
c2
cr2
c2
br2
c2
ar2
c2
cm3
b2
bm3
b2
am3
b2
cm3
b2
bm3
b2
am3
b2
cr3
b2
br3
b2
ar3
b2
cm2
b2
bm2
b2
am2
b2
cr2
b2
br2
b2
ar2
b2
cm3
a2
bm3
a2
am3
a2
cm3
a2
bm3
a2
am3
a2
cr3
a2
br3
a2
ar3
a2
cm2
a2
bm2
a2
am2
a2
cr2
a2
br2
a2
ar2
a2
cm3
c2
bm3
c2
am3
c2
cm3
c2
bm3
c2
am3
c2
cr3
c2
br3
c2
ar3
c2
cm2
c2
bm2
c2
am2
c2
cr2
c2
br2
c2
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c2
cm3
b2
bm3
b2
am3
b2
cm3
b2
bm3
b2
am3
b2
cr3
b2
br3
b2
am3
b2
cm2
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bm2
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am2
b2
cr2
b2
br2
b2
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b2
cm3
a2
bm3
a2
am3
a2
cm3
a2
bm3
a2
am3
a2
cr3
a2
br3
a2
ar3
a2
cm2
a2
bm2
a2
am2
a2
cr2
a2
br2
a2
ar2
a2
2c3
2b3
2a3
c3
b3
a3
c3
b3
a3
c2
b2
a2
c2
b2
a2
VVV
VVVVVVVVVVVV
2V00|2V002V0000000002V0|02V002V0000000002V|002V002V000000
VQ
VQ
VQ
||
10VQ
VQ
VQ
VQ
VQ
VQ
VQ
VQ
VQ
VQ
VQ
VQ
VQ
VQ
||
VQ
10VQ
VQ
VQ
VQ
VQ
VQ
VQ
VQ
VQ
VQ
VQ
VQ
VQ
||
VQ
VQ
10VQ
VQ
VQ
VQ
VQ
VQ
VQ
VQ
VQ
VP
VP
VP
||
VP
VP
VP
VP
VP
VP
VP
VP
VP
VP
VP
VP
VP
VP
VP
||
VP
VP
VP
VP
VP
VP
VP
VP
VP
VP
VP
VP
VP
VP
VP
||
VP
VP
VP
VP
VP
VP
VP
VP
VP
VP
VP
VP
VQ
VQ
VQ
||
VQ
VQ
VQ
VQ
VQ
VQ
VQ
VQ
VQ
VQ
VQ
VQ
VQ
VQ
VQ
||
VQ
VQ
VQ
VQ
VQ
VQ
VQ
VQ
VQ
VQ
VQ
VQ
VQ
VQ
VQ
||
VQ
VQ
VQ
VQ
VQ
VQ
VQ
VQ
VQ
VQ
VQ
VQ
VP
VP
VP
||
VP
VP
VP
VP
VP
VP
VP
VP
VP
VP
VP
VP
VP
VP
VP
||
VP
VP
VP
VP
VP
VP
VP
VP
VP
VP
VP
VP
VP
VP
VP
||
VP
VP
VP
VP
VP
VP
VP
VP
VP
VP
VP
VP
)V()V()V(
QQQPPPQQQPPP
-
47
onde a matriz Jacobiana dada por:
7321,100|7321,10010000000007321,10|07321,10010000000000|000002000000
|5960,100|10008292,0007692,1009292,00005161,10|010009676,0006893,1000676,10000799,0|0010007968,1000799,0009968.,19292,000|9292,0007692,1009292,0007692,10000676,10|00676,1006893,1000676,1006893,10009968,1|009968,1000799,0009968,1000799,07692,100|7692,1009292,0001920,3006585,10006893,10|06893,1000676.1000323,3009351,10000799,0|000799,0009968,1001597,0005936,3
9292,000|9292,0007692,1008585,1005384,30000676,10|00676,1006893,1001351,2003787,30009968,1|009968,1000799,0009936,3001597,0
10
10
10
-
48
Portanto, resolvendo o sistema tem-se:
=
2
2
1
12
12
12
1
1
2
2
2
2
2
2
102600610260061025201
100444,5100444,5100444,510084311008431
0101680610452911062097
102388,5109610,7107222,2
-
-
-
-
-
-
cm3
bm3
am3
cm3
bm3
am3
cr3
br3
ar3
cm2
bm2
am2
cr2
br2
ar2
,,,-
,,
,,
,
VVV
VVVVVVVVVVVV
Observa-se que a dcima, a dcima primeira e a dcima segunda posies do
vetor de correes correspondem s variveis sem efeito, obtidas devido incluso do
nmero elevado nas diagonais. Por outro lado, as ltimas trs posies deste vetor
referem-se realmente aos valores das correes da componente imaginria de tenso na
barra 3, relativos s trs fases.
Os valores corrigidos das tenses so:
+
+
+
=
11
11
1
11
11
2
1
1
1028639109157310034381008436
102520111027709104761410515081079615
106209702721106603850106603850
1
,j,,j,
,j ,j,,j,
,j , ,j,,j,
VVVVVVVVV
-
-
-
-
-
c3
b3
a3
c2
b2
a2
c1
b1
a1
-
49
Com os novos valores das componentes real e imaginria da tenso, os resduos
de potncia so calculados pelas expresses (2.46) a (2.49):
++++
+
==
12
41
12
22
22
22
21
12
1
105098,1106549,8103768,5107403,1
105044,1107480,8107379,7104508,6
107176,1109267,9104556,9104758,3109682,4101395,2
101013,2103949,6106044,115,0
jj
jj
jjjj
j
VYI abcabcabc
=
=
1063,01063,01063,00429,00429,00429,0
1395,01063,01395,01063,01395,01063,00945,00429,00945,00429,00945,00429,0
3
3
3
2
2
2
3
3
3
2
2
2
c
b
a
c
b
a
c
b
a
c
b
a
PPPPPP
jjjjjj
SSSSSS
=
0945,00945,00945,0
c2
b2
a2
QQQ
=
3
3
3
3
3
3
103156,6103156,6103156,6100896,7100896,7100896,7
c3
b3
a3
c2
b2
a2
PPPPPP
=
3
3
3
105193510519351051935
-
-
-
c2
b2
a2
,,,
QQQ
Como o maior dos resduos de potncia ainda maior que a tolerncia de 10-5, o
processo iterativo continua. Aps 3 iteraes, obtm-se os mesmos resultados mostrados
nas Tabelas (2.4) e (2.5) e com uma trajetria de convergncia diferente conforme
mostrada na Tabela (2.9).
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Tabela 2.9 Trajetria de Convergncia Retangular Convencional
Iterao Mximo P Barra Mximo Q Barra Erro Mximo 0 0,1000 3 0,1000 2 0,1000
1 7,0896.10-3 2 5,5193.10-3 3 1,5675.10-2
2 3,6673.10-5 2 3,7275.10-5 3 6,4221.10-5
3 9,0226.10-10 2 1,1647.10-9 2 1,1647.10-9
Os resultados mostrados nas Tabelas (2.4) a (2.9) referentes a este sistema de
pequeno porte, evidenciam que os trs processos de soluo do fluxo de potncia
apresentados geram o mesmo resultado final de tenses, apresentando um desempenho
similar em termos do nmero de iteraes necessrio para a convergncia. Resultados
mais conclusivos sero obtidos no Captulo 4.
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Captulo 3
Fluxo de Potncia Trifsico Via Injeo de
Corrente
3.1 Introduo
Os sistemas de distribuio so caracterizados por uma relao alta R/X e
operao com cargas desequilibradas. Na busca por melhores mtodos de soluo do
fluxo de potncia para esses casos, inmeras metodologias tm sido apresentadas,
destacando-se a formulao via equaes injeo de corrente.
O fluxo de potncia via injeo de corrente monofsico apresentado em [21]
prope que sejam utilizadas 2n equaes de correntes injetadas, escritas em coordenadas
retangulares, tanto para barras PQ quanto para PV. Uma nova varivel independente (Q)
introduzida para cada barra PV juntamente com uma equao adicional impondo a
restrio de variao igual a zero na tenso desta barra. Exceto pelas barras PV, a matriz
Jacobiana possui os elementos (2x2) fora dos blocos diagonais iguais queles da matriz
admitncia nodal expandida em coordenadas real e imaginria. Os elementos (2x2) dos
blocos diagonais precisam ser atualizados a cada iterao de acordo com o modelo de
carga a ser considerado. Novos desenvolvimentos baseados nesta formulao tm sido
apresentados [22, 23].
Este modelo apresentado em [21] foi expandido para sistemas trifsicos de
potncia desequilibrados em [24]. Considerando as metodologias em [21] e [24], o
problema bsico de fluxo de potncia ser constitudo de 6n equaes. Vale ressaltar que,
diferentemente dos mtodos polar e retangular, nenhuma equao referente a barras PV
ser eliminada.
Diferentemente de [21] e [24], as modificaes necessrias na matriz Jacobiana
devido presena de barras PV, sero efetuadas acrescentando-se para cada barra PV
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mais 3 linhas e 3 colunas Jacobiana primitiva, ao invs de inseri-las nas colunas
referentes cada barra PV. Alm disso, com os valores obtidos das variveis
independentes, as potncias reativas geradas nas barras PV so atualizadas a cada
iterao. Apesar da matriz Jacobiana apresentar uma dimenso maior, essa estratgia tem
uma implementao mais simples e no influencia negativamente o tempo computacional
de soluo.
3.2 Metodologia de Soluo
3.2.1 Apresentao das Equaes
Enquanto as metodologias apresentadas no captulo 2 utilizam expresse