238498
-
Upload
caio-kenji-nishiama -
Category
Documents
-
view
216 -
download
0
description
Transcript of 238498
Slide 1
8. TRATAMENTO TRMICOProf Bruno de Paula Rosaemail: [email protected]
Tratamentos Trmicos
Finalidade:
Alterar as microestruturas e como consequncia as propriedades mecnicas das ligas metlicas
Tratamentos Trmicos
Objetivos:- Remoo de tenses internas- Aumento ou diminuio da dureza- Aumento da resistncia mecnica- Melhora da ductilidade- Melhora da usinabilidade- Melhora da resistncia ao desgaste- Melhora da resistncia corroso- Melhora da resistncia ao calor- Melhora das propriedades eltricas e magnticasMATERIAL + TRATAMENTO TRMICOO TRATAMENTO TRMICO EST ASSOCIADO DIRETAMENTE COM O TIPO DE MATERIAL.PORTANTO, DEVE SER ESCOLHIDO DESDE O INCIO DO PROJETO
Fatores de Influncia nos Tratamentos Trmicos
TemperaturaTempoVelocidade de resfriamentoAtmosfera*
* para evitar a oxidao ou perda de algum elemento qumico (ex: descarbonetao dos aos)
Fatores de Influncia nos Tratamentos Trmicos
Tempo: O tempo de trat. trmico depende muito das dimenses da pea e da microestrutura desejada.Quanto maior o tempo:maior a segurana da completa dissoluo das fases para posterior transformaomaior ser o tamanho de gro Tempos longos facilitam a oxidao
Fatores de Influncia nos Tratamentos Trmicos
Temperatura: depende do tipo de material e da transformao de fase ou microestrutura desejada
Fatores de Influncia nos Tratamentos Trmicos
Velocidade de Resfriamento: -Depende do tipo de material e da transformao de fase ou microestrutura desejada- o mais importante porque ele que efetivamente determinar a microestrutura, alm da composio qumica do material
Principais Meios de ResfriamentoAmbiente do forno (+ brando)ArBanho de sais ou metal fundido (+ comum o de Pb)leogua Solues aquosas de NaOH, Na2CO3 ou NaCl (+ severos)
Como Escolher o Meio de Resfriamento ???? um compromisso entre:- Obteno das caractersitcas finais desejadas (microestruturas e propriedades),- Sem o aparecimento de fissuras e empenamento na pea,- Sem a gerao de grande concentrao de tenses
Principais Tratamentos Trmicos
Tratamentos TrmicosRecozimentoNormalizaoTempera e RevenidoEsferoidizao ou CoalescimentoAlvio de tensesRecristalizaoHomogeneizaoTotal ou PlenoIsotrmico
Solubilizao e envelhecimento
8. Tratamento trmico
8. Tratamento trmico
8. Tratamento trmico
8. Tratamento trmico
8. Tratamento trmico
8. Tratamento trmico
Ferro (Delta) = Ferrita CCC (1390C 1534C)
Ferro (Gama) = AustenitaCFC (910C 1390C)
Ferro (Alfa) = Ferrita ou Ferrita CCC (0 C 910C)
Temp. Fuso = 1534 C
As fases , e so solues slidas com Carbono intersticial8. Tratamento trmico
8. Tratamento trmico
8. Tratamento trmico
8. Tratamento trmico
21
8. Tratamento trmico
22
8. Tratamento trmico
23
8. Tratamento trmico
24
8. Tratamento trmico25
8. Tratamento trmico
201223 Um sistema binrio, constitudo somente de duas fases slidas com solubilidade limitada e um lquido que forma uma reao euttica, apresenta uma caracterstica fsico-qumica de grande importncia tecnolgica, que consiste em:(A) o lquido euttico apresenta uma temperatura de solidificao maior que as temperaturas de solidificao das fases slidas.(B) o lquido euttico apresenta uma temperatura de solidificao menor que as temperaturas de solidificao das fases slidas.(C) o lquido euttico apresenta uma temperatura de solidificao intermediria entre as temperaturas de fuso das fases slidas.(D) o lquido euttico nunca se solidifica, portanto, no apresenta temperatura de solidificao.(E) as fases slidas nunca se fundem e, portanto, no apresentam uma temperatura de solidificao.X26
8. Tratamento trmico
201227 Um ao hipereutetoide aquecido na regio da fase austenita e resfriado ao ar. Que microestrutura ser observada no microscpio ptico aps preparao metalogrfica?(A) Cementita pr-eutetoide e perlita(B) Cementita e perlita pr-eutetoide(C) Austenita e cementita(D) Ferrita e perlita pr-eutetoide(E) Ferrita pr-eutetoide e perlitaX27
Curvas TTTTemperatura Transformao - TempoO Diagrama de fase Fe-Fe3C, embora seja de grande utilidade, no nos fornece informaes acerca da transformao da austenita em condies diferentes das condies de equilbrio. Por Exemplo, com o diagrama Fe-Fe3C no se tem informaes acerca das velocidades de resfriamento necessrias para temperar o material ou a que temperatura se d esta transformao.Uma maneira de se obter estes dados atravs da utilizao de um diagrama de transformao isotrmica ou diagrama TTT, que obtido pelo resfriamento da austenita a temperaturas constantes e sua transformao determinada ao longo do tempo.8. Tratamento trmico28
Curvas TTTTemperatura Tansformao - Tempo
0,77% de C8. Tratamento trmico29
Curvas TTTTemperatura Tansformao - Tempo
8. Tratamento trmico30
Curvas TTTTemperatura Tansformao - Tempo
8. Tratamento trmico31
MICROESTRUTURAS RESULTANTES DO RESFRIAMENTO RPIDO : MARTENSITAA Martensita formada a partir do resfriamento rpido de materiais com micro-estrutura austenitica, a martensita tem sistema tetragonal de corpo centrado, Acicular ( formato de agulha) caracterizando-se por elevado dureza e grande fragilidade.8. Tratamento trmico32
MICROESTRUTURAS RESULTANTES DO RESFRIAMENTO RPIDO : MARTENSITA8. Tratamento trmico
. Fase metaestvel;. No-difusional;. Ocorre por cisalhamento;. Soluo slida supersaturada;
33
8. Tratamento trmicoCurvas TTTTemperatura Tansformao - Tempo
0,77% de C34
MICROESTRUTURAS RESULTANTES DO RESFRIAMENTO RPIDO : MARTENSITA8. Tratamento trmico
35
8. Tratamento trmicoCurvas TTTTemperatura Tansformao - Tempo
36
8. Tratamento trmicoCurvas TTTTemperatura Tansformao - Tempo
37
RECOZIMENTOObjetivos:- Remoo de tenses internas devido aos tratamentos mecnicos- Diminuir a dureza para melhorar a usinabilidade- Alterar as propriedades mecnicas como a resistncia e ductilidade- Ajustar o tamanho de gro- Produzir uma microestrutura definidaAlvio de tensesDistores e empenamento podem ocorrer em um material se no forem removidas as tenses residuais causadas pelos seguintes processos:
Deformao plstica como usinagem e lixamento;
Resfriamento no uniforme de uma pea que foi processada ou fabricada a uma temperatura elevada com solda ou fundio;
Transformao de fases que seja induzida mediante um resfriamento onde as fases de origem e de produto possuem densidades diferentes.
Para aliviar essas tenses utiliza-se o tratamento de recozimento.Alvio de tenses
Onde:A1 = Temperatura crtica inferior ( abaixo dela s toda a austenita se transformou em ferrita e cementita.A3 e ACM representam as linhas que compem a temperatura crtica superior para os aos hipoeutetides e hipereutetides, respectivamente.
NORMALIZAO Feitos em aos que sofreram deformao (laminao)
refinar os gros (diminuir o tamanho dos gros)
aquecimento at aproximadamente 55 a 85C acima da linha da temperatura crtica superior (A3)
deixar tempo suficiente para que a liga se transforme em austenita
resfriamento ao arPossuem gros com formatos irregulares e grandes8. Tratamento trmico42
Obtm-se ferrita e perlita fina ou cementita e perlita fina
NORMALIZAO8. Tratamento trmico43
RECOZIMENTO Tratamento trmico quase igual a normalizao, porm obtm-se uma estrutura mais grosseira (perlita grosseira)
8. Tratamento trmico44
8. Tratamento trmico
45
RECOZIMENTO Recozimento pleno baixo e mdio teor de carbono
sero submetidos a usinagem ou deformao plstica
15 a 40C acima da linha A3 ou A1
resfriado dentro do forno
obtm-se a perlita grosseira
gros pequenos e uniformes
8. Tratamento trmico46
RECOZIMENTO Recozimento subcrtico mdio e alto teor de carbono
ficam moles, facilmente usinados e deformados
aquecer abaixo da linha A1
faz-se em estruturas que j contm perlita
a pea fica aquecida de 15 a 25 horas
8. Tratamento trmico47
TMPERA obter martensita
aquece acima da linha A1 (50) para aos hipoeutetides e abaixo da linha Acm para aos hipereutetides
Martensita: dureza Rockwell de 65 a 67
Inconveniente: extrema dureza e estado de altas tenses
Soluo?
repsosta: REVENIDO
8. Tratamento trmico48
REVENIDO corrigir excessos da tmpera aliviar e eliminar as tenses; diminuir dureza e consequentemente melhorar ductilidade e resistncia ao choque realizada imediatamente aps a tmpera aquece abaixo da linha A1, assim:
8. Tratamento trmico49
TMPERA SUPERFICIAL martensita apenas na camada externa
dureza superficial aliada a ductilidade e tenacidade no ncleo Tmpera por chama aquece com oxiacetileno
aquecimento mais rpido8. Tratamento trmico50AUSTEMPERA E MARTEMPERAProblemas prticos no resfriamento convencional e tmpera
A pea/ parte poder apresentar empenamento ou fissuras devidos ao resfriamento no uniforme. A parte externa esfria mais rapidamente, transformando-se em martensita antes da parte interna. Durante o curto tempo em que as partes externa e interna esto com diferentes microestruturas, aparecem tenses mecnicas considerveis. A regio que contm a martensita frgil e pode trincar. Os tratamentos trmicos denominados de martempera e austempera vieram para solucionar este problema
8. Tratamento trmico TRATAMENTOS ISOTRMICOS Martmpera obtm-se a martensita
o resfriamento retardado de forma que se forme a martensita mais lentamente
martensita uniforme atravs de toda a seo da pea (evita tenses) diminui o risco de empenamento
mesmas propriedades da tmpera + revenido
52MARTEMPERAO resfriamento temporariamente interrompido, criando um passo isotrmico, no qual toda a pea atinga a mesma temperatura. A seguir o resfriamento feito lentamente de forma que a martensita se forma uniformemente atravs da pea. A ductilidade conseguida atravs de um revenimento final.
8. Tratamento trmico TRATAMENTOS ISOTRMICOS Austmpera
aquece acima da temperatura crtica e resfria rpido at a temperatura de formao da baianita (aproximadamente 450C). Em seguida o ao resfriado ao ar
Na fase de temperatura constante o ao mergulhado em um banho de sal fundido ou chumbo ( prejudicial a sade e ao meio ambiente)
estrutura martenstica revenida, ou seja, substitui a tmpera + revenido
acima de 0,50%p de carbono
ao-carbono: dimenso mxima de 5 mm
ao-liga: dimenso mxima de 25 mm54AUSTEMPERAOutra alternativa para evitar distores e trincas o tratamento denominado austmpera, ilustrado ao lado
Neste processo o procedimento anlogo martmpera. Entretanto a fase isotrmica prolongada at que ocorra a completa transformao em bainita. Como a microestrutura formada mais estvel (alfa+Fe3C), o resfriamento subsequente no gera martensita. No existe a fase de reaquecimento, tornando o processo mais barato.
MARTEMPERA E AUSTEMPERA
alternativas para evitar distores e trincas
Sob o ponto de vista das propriedades mecnicas, o objetivo da obteno da martensita na tmpera :I reduzir o limite de resistncia traoII aumentar a sua durezaIII reduzir a tenacidadeIV aumentar a ductilidadeV aumentar o limite de resistencia traoVI aumentar a tenacidadeVII reduzir a ductilidade8. Tratamento trmico
ntu57TRANSFORMAESAUSTENITAPerlita( + Fe3C) + a fase preutetideBainita( + Fe3C)Martensita(fase tetragonal)Martensita Revenida( + Fe3C)Ferrita ou cementitaResf. lentoResf. moderadoResf. Rpido (Tmpera)reaquecimentoTratamentos TrmicosRecozimentoTotal ou PlenoRecozimentoIsotrmicoNormalizaoTempera e RevenidoResfriamento Lento (dentro do forno)
Resfriamento ao arINFOMAES EXTRAS SOBREA A TEMPERA E REVENIDO
4- TMPERA
Objetivos: Obter estrutura matenstica que promove:- Aumento na dureza- Aumento na resistncia trao- reduo na tenacidade
*** A tmpera gera tenses deve-se fazer revenido posteriormente
4- TMPERAMARTENSITA
4- TMPERATemperaturaSuperior linha crtica (A1)* Deve-se evitar o superaquecimento, pois formaria matensita acidular muito grosseira, de elevada fragilidadeResfriamentoRpido de maneira a formar martensta (ver curvas TTT)
4- TMPERAMeios de Resfriamento
Depende muito da composio do ao (% de carbono e elementos de liga) e da espessura da peaTEMPERABILIDADECAPACIDADE DE UM AO ADQUIRIR DUREZA POR TMPERA A UMA CERTA PROFUNDIDADE
VEJA EXEMPLO COMPARATIVO DA TEMPERABILIDADE UM AO 1040 E DE UM AO 8640A CURVA QUE INDICA A QUEDA DE DUREZA EM FUNO DA PROFUNDIDADE RECEBE O NOME DE CURVA JOMINY QUE OBTIDA POR MEIO DE ENSAIOS NORMALIZADOS
TEMPERABILIDADE DOS AOS EM FUNO DO TEOR DE CARBONO
5- REVENIDO*** Sempre acompanha a tmpera
Objetivos:- Alivia ou remove tenses- Corrige a dureza e a fragilidade, aumentando a dureza e a tenacidade
5- REVENIDO150- 230C os carbonetos comeam a precipitarEstrutura: martensita revenida (escura, preta)Dureza: 65 RC 60-63 RC
230-400C os carbonetos continuam a precipitar em forma globular (invisvel ao microscpio)Estrutura: TROOSTITADureza: 62 RC 50 RC
5- REVENIDO400- 500C os carbonetos crescem em glbulos, visveis ao microscpioEstrutura: SORBITADureza: 20-45 RC
650-738C os carbonetos formam partculas globularesEstrutura: ESFEROIDITADureza: