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B O L E T I M 25/11/2014 145 NÚMERO DO DIA R$ 400 mil é o cachê estimado para Rubens Barrichello fazer propaganda para a Vivo OFERECIMENTO Protagonista em 2014, dupla mineira fica sem patrocínio no ano que vem POR ERICH BETING Principais times do futebol na- cional em 2014, Atlético Mineiro e Cruzeiro muito provavelmente vão começar o ano de 2015 em busca de um patrocinador. Os dois clubes receberam comunicado do banco BMG informando que não reno- vará o patrocínio máster às equipes no ano que vem. Segundo apurou a Máquina do Esporte com pessoas pró- ximas à negociação, a saída do BMG faz parte do processo de compra do banco por parte do Itaú. Na revisão dos contra- tos de patrocínio, o alto valor pago à dupla mineira tornou o patrocínio injustificável. O BMG paga, a cada um dos clubes mineiros, cerca de R$ 15 milhões por ano pela cota máster. O valor foi considerado alto demais pelo retorno que é dado pelos times, mesmo com os dois fazendo a final da Copa Sadia do Brasil este ano e praticamente garantidos na disputa da Copa Bridges- tone Libertadores em 2015. A saída do BMG é um duro golpe para os dois times minei- ros. Sem o aporte principal, os clubes têm ido ao mercado em busca de um patrocinador prin- cipal para a camisa. Até agora, porém, não obtiveram sucesso. Caso não consigam um novo patrocinador, os dois vão en- grossar a lista de clubes sem uma marca no espaço mais no- bre do uniforme. Dos 20 times que jogam a Série A nacional, cinco não possuem patrocínio máster (Bahia, Goiás, Palmeiras, Santos e São Paulo). O Santos é o único que tem negócio enga- tilhado, com a chinesa Huawei. Tanto Atlético quanto Cruzei- ro não foram encontrados pela reportagem. Os dois disputam, nesta quarta-feira, a decisão da Copa do Brasil. O Atlético ven- ceu a primeira partida por 2 a 0.

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B O L E T I M

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145 N ú M E r O d O d I a

R$ 400 mil é o cachê estimado para Rubens Barrichello fazer propaganda para a Vivo

O f E r E c I M E N T O

Protagonista em 2014, dupla mineira fica sem patrocínio no ano que vem

por erich beting

Principais times do futebol na-cional em 2014, Atlético Mineiro e Cruzeiro muito provavelmente vão começar o ano de 2015 em busca de um patrocinador.

Os dois clubes receberam comunicado do banco BMG informando que não reno-vará o patrocínio máster às equipes no ano que vem.

Segundo apurou a Máquina do esporte com pessoas pró-

ximas à negociação, a saída do BMG faz parte do processo de compra do banco por parte do Itaú. Na revisão dos contra-tos de patrocínio, o alto valor pago à dupla mineira tornou o patrocínio injustificável.

O BMG paga, a cada um dos clubes mineiros, cerca de R$ 15 milhões por ano pela cota máster. O valor foi considerado alto demais pelo retorno que é dado pelos times, mesmo

com os dois fazendo a final da Copa Sadia do Brasil este ano e praticamente garantidos na disputa da Copa Bridges-tone Libertadores em 2015.

A saída do BMG é um duro golpe para os dois times minei-ros. Sem o aporte principal, os clubes têm ido ao mercado em busca de um patrocinador prin-cipal para a camisa. Até agora, porém, não obtiveram sucesso.

Caso não consigam um novo patrocinador, os dois vão en-grossar a lista de clubes sem uma marca no espaço mais no-bre do uniforme. Dos 20 times que jogam a Série A nacional, cinco não possuem patrocínio máster (Bahia, Goiás, Palmeiras, Santos e São Paulo). O Santos é o único que tem negócio enga-tilhado, com a chinesa Huawei.

Tanto Atlético quanto Cruzei-ro não foram encontrados pela reportagem. Os dois disputam, nesta quarta-feira, a decisão da Copa do Brasil. O Atlético ven-ceu a primeira partida por 2 a 0.

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por duda lopes

Rir de si mesmo é uma ca-pacidade que envolve alguma maturidade. Rubens Barrichello, no entanto, mostra que não é a sua larga experiência no mun-do do automobilismo que lhe permite brincar com seus per-calços em quase duas décadas de Fórmula 1; ser pago para isso também ajuda bastante.

A Vivo apresentou a nova propaganda da empresa en-volvendo uma personalidade ligada ao esporte. Após enalte-cer a carreira do tenista Rafael Nadal, foi a vez de brincar com Rubens Barrichello. Nesse caso, o paralelo da marca foi com a lentidão da internet móvel das companhias concorrentes.

Essa não é a primeira vez que Barrichello usa do bom humor para fazer um comercial. Neste ano, a Renault brincou com o episódio do “Hoje, sim. Hoje, não”, em referência à narra-ção de Cleber Machado para a corrida do GP da Áustria, em 2002, quando o brasileiro abriu passagem para o companheiro de equipe Schumacher vencer.

Também em referência ao piloto alemão, Barrichello gravou para a Volvo em 2013, quando a marca sueca colocou o brasi-leiro para correr contra marcas alemãs, no caso BMW, Audi e Mercedes. “Hoje, sim. Hoje, não” foi utilizado no fim do vídeo.

Mas nem sempre essa foi a estratégia de Barrichello no

mercado publicitário. Recente-mente, o piloto tem usado a boa capacidade de relacionamento para fechar com empresas, como foi o caso da Medley, que investiu para a Stock Car, e da BMC, que o colocou na Fórmula Indy. Nos anos 1990, Barrichello apareceu na TV para marcas como Pepsi e Arisco, mas ainda como promes-sa do automobilismo brasileiro.

Com Vivo, Barrichello volta a fazer piada com carreira

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Duda Lopes é gerente de novos negócios da Máquina do Esporte

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Para conseguir novos contratos publicitários, Rubens Barrichello assume publicamente a injusta fama de não ser um grande piloto. Dificil-mente, a decisão não será definitiva.

Cada vez mais, será difícil associá--lo à alta performance, a valores que normalmente as empresas recorrem quando investem no esporte. Mas isso não é necessariamente ruim.

Barrichello, líder da Stock Car, quase voltou à Fórmula 1 neste ano. Mas está longe de viver o ápice. Ao contrário, está perto da aposentado-

ria. Nessa condição, será que vale a imagem de alta performance?

Fazer piadas com a carreira pode reposicionar a imagem, desgasta-da após tantos anos de Fórmula 1. Brincar com problemas que o afligi-ram pode até desmitifica-lo, mas o torna mais simpático, mais humano.

Ronaldo tem feito aposta parecida. Após se aposentar dos gramados, o ex-jogador esteve envolvido em uma série de polêmicas ao assumir cargo na organização da Copa do Mundo. Se a imagem não esteve le-

gal, brincar com o próprio peso, um fantasma nos últimos anos de fute-bol, foi amigável. Fiat e Claro apos-taram na estratégia, bem distante dos populares vídeos da Nike.

A aposta, claro, não é regra. Talvez o problema seja algum prejuízo de imagem no meio do caminho. John McEnroe já fez diversos comerciais que brincaram com seu jeito explo-sivo. Já Michael Jordan nunca dei-xou de se vender como lenda do es-porte. Em comum, muito dinheiro. Mesmo após a aposentadoria.

Piadas quebram a lógica do esporte, mas rendem a atletas

por redação

A divulgação das mascotes dos Jogos Olím-picos do Rio 2016 marcou o início das ações de ativação do patrocínio ao evento. O Bradesco vai usar as redes sociais para fazer com que as pesso-as se engajem na escolha do nome das mascotes.

O banco permitirá que as pessoas votem nos três nomes disponíveis (Oba e Eba; Tiba Tuque e Esquindim; Vinícius e Tom) pelo perfil da empresa no Twitter. Além disso, foi criado um filme no You-Tube que convida as pessoas a votarem (a esco-lha é até 14 de dezembro, no site do Rio 2016).

Na peça, imagens de pessoas praticando esportes são mescladas com os personagens. A escolha dos esportes tem a ver com o patrocínio do banco: judô, basquete, natação e rúgbi.

“Essa é mais uma importante etapa rumo à

jornada do Rio 2016. Os nossos mascotes trazem o espírito brasileiro represen-tado por nossa fau-na e flora e, tradi-cionalmente, dão o tom de como o País receberá os atletas, turistas e o público em geral”, disse Jorge Nasser, diretor de marketing do Bradesco.

O banco foi a primeira empresa local a patroci-nar os Jogos, logo após o Rio ser escolhido como sede olímpica, em outubro de 2009. Desde então, o Bradesco tem apoiado também algumas confe-derações como extensão do projeto olímpico.

da rEdaçÃO

Bradesco ativa Olimpíadas com campanha para nomes de mascotes

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por adalberto leister filho

O Real Madrid já anunciou o calendário da próxima pré-tem-porada, no segundo semestre de 2015. O clube irá viajar até Austrá-lia, China e Alemanha. Segundo os dirigentes, o período de excursões deve render até € 15 milhões ao clube (cerca de R$ 50 milhões).

A próxima pré-temporada terá início em 10 de julho de 2015. Após alguns dias de treinos, o clube viaja a Melbourne, na Aus-trália. Lá, faz duas partidas pela Copa Internacional dos Campeões Guinness, patrocinada pela marca de cerveja e que também já tem assegurada as participações de Inter de Milão e Manchester City.

Em seguida, o elenco embarca para a China, onde disputa mais dois jogos, além de participar de vários eventos promocionais. A visita ao país é considerada estra-tégica. A última viagem ao local, onde o clube também busca no-vos investidores, ocorreu em 2010, ainda na gestão do técnico José Mourinho. Na ocasião, Guangzhou e Tiankin foram as cidades esco-lhidas. Pelo planejamento do Real Madrid, a China também estará in-cluída na pré-temporada de 2016. A Ásia é considerada prioridade pelo departamento de marketing.

Os EUA dessa vez ficaram de fora do calendário merengue. O país foi visitado pelo elenco nos

cinco últimos anos, sendo que, em agosto, o jogo contra o Manches-ter United bateu recorde de pú-blico numa partida de futebol no país, com mais de 109 mil pessoas.

Após retornar da China, o time disputa a Copa Audi, em Munique, com a participação do Bayern, no início de agosto. O clube ma-drilense irá jogar duas vezes: a semifinal e a final ou a disputa pelo terceiro lugar. Pelo compromisso, o Real Madrid irá embolsar € 3 milhões. Se não houver mudanças no calendário, serão os únicos jogos dos merengues na Europa.

As viagens de pré-temporada são, hoje, fonte importante de renda para os clubes europeus.

Pré-temporada deve render R$ 50 mi ao Real Madrid