26 a 28 Jun 2012

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NÚMERO 28 DATA 26 a 28/06/2012 ANO I

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Clipping CAOSAUDE Eletrônico

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NÚMERO

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28/06/2012

ANO

I

Representantes do Sindicato Único dos Trabalhadores da Saúde de Minas Gerais (Sind-Saúde) estariam sendo impedidos de conferir o cumprimento de escala mínima no hospital Júlia Kubitschek, em Belo Horizonte. A denúncia é do próprio Sind-Saúde que, em contato com o Portal O TEMPO Online, informou que de às 6h e às 18h, quando deveriam entrar no hospital, são impedidos por seguranças contratados e por alguns servidores de fazerem a checagem. De acordo com informações do sindicato, o impedimento estaria ocorrendo desde sexta-feira (22). A Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig) informou que a denúncia não procede e afirmou que o que não está sendo permiti-

do é que se faça confusão dentro do hospital, prejudicando os que estão nele. A denúncia foi levada para a 2ª Promotoria da Saúde. Em contato com o Portal O TEMPO Online, o Ministério Público Estadual (MPE) disse que uma reclamação verbal já foi feita sobre o assunto, que o fato está sendo acompanhando e que já intercedeu junto a Fhemig no intuito de organizar uma forma para que a ave-riguação da escala seja feita, sem transtornos, pelo sindicato. Em greve, os servidores estaduais de saúde farão uma nova assembleia para discutir os rumos do movimento nesta quarta-feira (27). Com a paralisação das atividades, as 22 unidades da Fhemig estão ope-rando em escala mínima.

O TempO - mG - CONAmp – 26.06.2012

Sindicato denuncia impedimento de entrar no Júlia Kubitschek para fiscalizar escala mínima

Humberto SiqueiraEspecializado em nutrição e segurança alimentar, o

Center for Science in the Public Interest (CSPI), dos Estados Unidos, divulgou um estudo mostrando que o refrigerante Coca-Cola fabricado no Brasil tem a maior quantidade de uma substância potencialmente cancerígena entre todos os países avaliados. A bebida nacional tem 66 vezes mais quan-tidade do 4-metil imidazol (4-MI), subproduto presente no corante caramelo IV, do que o que é vendido na Califórnia. O estudo incluiu os refrigerantes comercializados no Cana-dá, Emirados Árabes, México, Reino Unido e nos Estados Unidos (veja quadro).

A substância foi incluída em uma lista de agentes can-cerígenos pela Agência Internacional para Pesquisa em Cân-cer depois que estudo do Programa Nacional de Toxicologia dos Estados Unidos relacionou o 4-MEI com os cânceres de pulmão, fígado, tireoide e leucemia em testes com animais em laboratório. No Brasil, a concentração é de 267 micro-gramas de 4-MI por lata do produto, enquanto na Califórnia é de apenas 4 microgramas. O 4-metil-imidazol é resultado de uma reação da amônia e do sulfito presentes no refrige-rante.

No Brasil, alguns produtos da Pepsi como a Pepsi tra-dicional e a versão light usam o corante INS 150a, que é o caramelo natural, considerado mais seguro. Isso demonstra que a troca na formulação para garantir a saúde do consumi-dor é possível. Mas a Pepsi Twist e a Pepsi Twist Light ainda têm o corante INS 150d.

Ao analisar a lista de ingredientes da rotulagem de al-guns refrigerantes do mercado brasileiro a Proteste Associa-ção de Consumidores encontrou o caramelo IV também no Guaraná das marcas Antarctica, Kuat e Schin. Classificado como bebida gaseificada não-alcoólica e não fermentada, o refrigerante apresenta em sua fórmula água mineral, açúcar ou edulcorante (os adoçantes das versões light, zero e diet), extratos ou aroma sintetizado de frutas ou outros vegetais, corantes e gás carbônico. “Trata-se de um produto que não tem valor nutricional algum e que, além disso, é rico em calorias e outros ingredientes que podem prejudicar a saúde de quem consome o produto regularmente”, afirma a bióloga Fernanda Ribeiro, técnica da Proteste, uma associação de defesa do consumidor.

Segundo ela, uma análise das marcas mais vendidas no Brasil confirmou grandes quantidades de açúcares, sódio e edulcorantes. “As quantidades são inadequadas principal-mente para crianças. No quesito sódio, por exemplo, a in-gestão de dois copos já ultrapassa os índices diários de sódio no organismo recomendados pela Organização Mundial de Saúde”, afirma.

As consequências do consumo desse tipo de bebida no organismo variam conforme a genética e a predisposição de

cada um, a periodicidade e a quantidade ingerida. No caso das versões convencionais, em que existe alto teor de açúcar em cada porção, uma das maiores preocupações tem a ver com o ganho de peso e, consequentemente, com o surgimen-to do diabetes tipo 2.

Segundo pesquisa da Universidade de Harvard (EUA), divulgada na revista científica Diabetes Care, pessoas que ingerem duas porções diárias de bebidas açucaradas (cer-ca de 340 gramas) têm 26% mais chances de desenvolver o diabetes do que aqueles que consomem essas bebidas em menor quantidade. Também foi associado a um risco 20% maior de desenvolvimento de síndrome metabólica (conjun-to de fatores de risco para doenças cardíacas).SAL A

grande quantidade de sódio presente nos refrigerantes, em todas as versões, promove a retenção hídrica e, a longo prazo, podem desencadear o desenvolvimento da hiperten-são arterial. Outros malefícios da ingestão em excesso desse mineral são dores de cabeça, distúrbios fisiológicos, delírio e parada respiratória. Os especialistas alertam, ainda, que o gás dos refrigerantes produz distensão gástrica, tanto como efeito imediato quanto permanente, no caso de consumo fre-quente da bebida. A distensão provocada pode aumentar a ingestão de alimentos, a fim de se alcançar a sensação de saciedade.

Para o endocrinologista Saulo Cavalcanti o problema está no consumo exagerado. “Se a pessoa consome refrige-rante esporadicamente, tudo bem. Claro que os diabéticos ou aqueles que sofrem com insônia devem evitá-los. Um suco natural é sempre preferível. O refrigerante é uma ca-loria vazia, sem nada de vitamina. Mas nunca vi um estudo relacionando a bebida com o câncer ser apresentado em um congresso médico”, pondera.

A Coca-Cola Brasil divulgou uma nota informando que “o uso de corante caramelo IV em seus produtos observa rigorosamente os critérios definidos internacionalmente pela Comissão do Codex Alimentarius, e, no Brasil, pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Assim, a quanti-dade de 4-MI ingerida pelo consumo de refrigerantes não é considerada significativa ou indicativa de risco à saúde humana. Em entendimento compartilhado pelas autoridades sanitárias dos EUA (FDA) e da Europa (EFSA), a Anvisa define que uma pessoa adulta teria que consumir diariamen-te 80 litros de refrigerante que contenha corante caramelo IV para ultrapassar os limites estabelecidos pelos comitês científicos internacionais e pela agência brasileira”, diz o material.

A fabricante destacou ainda que “alimentos e bebidas que contêm o corante caramelo são submetidos a avaliação toxicológica do Comitê de Especialistas em Aditivos Ali-mentares da Organização das Nações Unidas para Alimen-

eSTADO De mINAS - ON LINe - 28.06.2012 SAÚDe

Corante em bebida é 66 vezes maior que nos EUA Entre os refrigerantes da marca produzidos em outros países, Coca-Cola fabricada no

Brasil tem o maior índice do caramelo IV, substância potencialmente cancerígena

tos e Agricultura (FAO) e da Organização Mundial de Saúde (JECFA) desde 1972, e foram reavaliados no ano passado.”

Manuela Dias, pesquisadora e nutricionista da Proteste, atesta: “Os indícios de que o 4-metil imidazol é cancerígeno existem. E já que a substituição é possível, os fabricantes deveriam optar por ela, em vez de insistirem no erro”.

Benzeno é outro vilão questionado

A presença de substâncias cancerígenas nos refrigeran-tes sempre foi uma preocupação para entidades ligadas ao consumo e à segurança alimentar. No Brasil, estudo realiza-do em 2009 pela Proteste constatou a presença de benzeno em várias marcas desse tipo de bebida. Os casos mais preo-cupantes foram os da Sukita Zero, que tinha 20 microgramas por litro de bebida, e o da Fanta Light, com 7,5 microgramas.

Em índices menores, os refrigerantes Dolly Guaraná, Dolly Guaraná Diet, Fanta Laranja, Sprite Zero e Sukita apresen-taram a substância que, segundo estudos, também pode ofe-recer ao consumidor o risco de desenvolver câncer. Para a Organização Mundial de Saúde, não há limite seguro para a ingestão de benzeno e, na dúvida sobre a possibilidade de o produto fazer mal à saúde, o melhor é evitar o consumo, como recomenda a bióloga Fernanda Ribeiro, técnica da Proteste. Segundo ela, o composto vem sendo relacionado especialmente a leucemias e, mais recentemente, ao surgi-mento do linfoma. A Proteste pediu a atuação do Ministério Público Federal de Minas Gerais que assinou um termo de ajustamento de conduta com a Ambev, Coca-Cola e Schin-cariol para que a concentração máxima do benzeno seja de cinco microgramas por litro.

O documento foi assinado em novembro de 2011 e deu às empresas cinco anos para se adequarem.

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