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29 de junho de 2011 O conteúdo das matérias é de inteira responsabilidade dos meios de origem A missão da ADIMB é a de promover o desenvolvimento técnico-científico e a capacitação de recursos humanos para a Indústria Mineral Brasileira MINERAÇÃO GERA EMPREGOS NO SEMI-ÁRIDO Segundo a Companhia Baiana de Pesquisa Mineral (CBPM), 100 dos 417 municípios do Estado têm, hoje, alguma atividade de mineração. Desses, 90% estão localizados na região conhecida como semiárido - área que atravessa longitudinalmente a Bahia entre a faixa litorânea e o vale do Rio São Francisco. "É uma dádiva que exatamente onde o solo é menos fértil haja espaço para a mineração", avalia o secretário de Indústria, Comércio e Mineração da Bahia, James Correia. Segundo Correia, a mineração é, hoje, o principal indutor de contratação de mão-deobra no interior. Não por empregos diretos - a atividade registra em torno de 11 mil funcionários no Estado, com a expectativa de atrair mais 5 mil com os investimentos anunciados -, mas pelo impacto causado pela atividade. "O caso da Mirabela, em Itagibá, por exemplo: a empresa tem 950 funcionários, 80% oriundos da Bahia, mas dezenas de prestadoras de serviços foram criadas com a contratação de mais 2 mil pessoas", diz Correia. Empresas mineradoras pagam, entre os tributos, a Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais (CFEM), que tem 65% de seu valor repassado à cidade onde a mina está instalada. Itagibá, município de 15 mil habitantes, em precária situação financeira desde o fim das lavouras de cacau, recebeu R$ 4,1 milhões apenas pelo CFEM - 16% da arrecadação total do município no ano passado, pouco menos de R$ 25 milhões. Fonte: O Estado de São Paulo Data: 13/06/2011 OURO IMPULSIONA INVESTIMENTOS NO RIO GRANDE DO NORTE Com a reativação da Mina São Francisco, a 26 km de Currais Novos, a produção de ouro no Rio Grande do Norte saltará de 47,65 gramas, valor registrado pelo Departamento Nacional de Pesquisa Mineral em 2009, para 3 toneladas a partir de 2013, quando a mina começa a operar. O volume será

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29 de junho de 2011 O conteúdo das matérias é de inteira responsabilidade dos meios de origem

A missão da ADIMB é a de promover o desenvolvimento técnico-científico

e a capacitação de recursos humanos para a Indústria Mineral Brasileira

MINERAÇÃO GERA EMPREGOS NO SEMI-ÁRIDO

Segundo a Companhia Baiana de Pesquisa Mineral (CBPM), 100 dos 417 municípios do Estado têm, hoje, alguma atividade de mineração. Desses, 90% estão localizados na região conhecida como semiárido - área que atravessa longitudinalmente a Bahia entre a faixa litorânea e o vale do Rio São Francisco. "É uma dádiva que exatamente onde o solo é menos fértil haja espaço para a mineração", avalia o secretário de Indústria, Comércio e Mineração da Bahia, James Correia.

Segundo Correia, a mineração é, hoje, o principal indutor de contratação de mão-deobra no interior. Não por empregos diretos - a atividade registra em torno de 11 mil funcionários no Estado, com a expectativa de atrair mais 5 mil com os investimentos anunciados -, mas pelo impacto causado pela atividade.

"O caso da Mirabela, em Itagibá, por exemplo: a empresa tem 950 funcionários, 80% oriundos da Bahia, mas dezenas de prestadoras de serviços foram criadas com a contratação de mais 2 mil pessoas", diz Correia.

Empresas mineradoras pagam, entre os tributos, a Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais (CFEM), que tem 65% de seu valor repassado à cidade onde a mina está instalada.

Itagibá, município de 15 mil habitantes, em precária situação financeira desde o fim das lavouras de cacau, recebeu R$ 4,1 milhões apenas pelo CFEM - 16% da arrecadação total do município no ano passado, pouco menos de R$ 25 milhões.

Fonte: O Estado de São Paulo Data: 13/06/2011

OURO IMPULSIONA INVESTIMENTOS NO RIO GRANDE DO NORTE

Com a reativação da Mina São Francisco, a 26 km de Currais Novos, a produção de ouro no Rio Grande do Norte saltará de 47,65 gramas, valor registrado pelo Departamento Nacional de Pesquisa Mineral em 2009, para 3 toneladas a partir de 2013, quando a mina começa a operar. O volume será

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62.000 vezes maior que o atual e poderá crescer ainda mais, considerando a entrada em operação de outros projetos.

Um desses projetos é o da Mina Bomfim, em Lajes, que entrará em operação nos próximos quatro meses, produzindo scheelita e ouro. De acordo com o engenheiro de minas Pedro Paulo Batista, diretor da mina, não é possível precisar a quantidade de ouro produzida, uma vez que o foco da empresa é a produção de scheelita. O volume, no entanto, ajudará a incrementar a produção do estado que hoje parece microscópica em comparação com a produção nacional.

Em 2009, de quando datam os estudos mais recentes sobre o setor, o Brasil atingiu 56,4 toneladas. No RN, a cifra ainda está na casa dos gramas. Apesar disso, a perspectiva de crescimento da produção potiguar já movimenta a economia local.

Investimento Só o grupo australiano Crusader, que comprou a Mina São Francisco, deverá investir R$100

milhões no RN. Em nove meses, o grupo já investiu R$4 milhões. Atualmente, a empresa trabalha no plano de engenharia da mina, que dirá como explorar o ouro e por onde começar. O objetivo é produzir 3 toneladas de ouro por ano. Os investidores identificaram uma reserva de 24 toneladas na área, com base nos estudos realizados até o momento. A jazida será explorada durante dez anos. Novas pesquisas identificaram uma possível nova jazida, indicando que pode existir ouro numa área ainda não pesquisada pelo grupo. O ouro será vendido para os bancos.

O grupo Crusader tem outras áreas de interesse dentro do RN. "Nos últimos quatro meses, requeremos ao Departamento Nacional de Pesquisa Mineral entre 40 e 50 novas áreas no Rio Grande do Norte, somando 100 mil hectares. Não temos resultados ainda, mas temos boas perspectivas", afirma Robert Smakman, diretor do grupo no Brasil. O interesse, segundo ele, é um só: explorar ouro. Para Robert, a atividade ganhará novo impulso. "E nós queremos ser os primeiros da fila", diz.

A empresa goiana Mineração Nosso Senhor do Bomfim, que comprou a mina Bomfim, em Lajes, também está procurando novas oportunidades no RN. Até o momento, a empresa já investiu US$20 milhões no estado.

A Hyundai Corporation, companhia coreana que atua em diversos setores econômicos é outra que está atenta a oportunidades. A empresa anunciou, em maio, que estava interessada em requerer áreas e explorar ouro, entre outros minerais, no RN. Em Currais Novos, grupos de investidores italianos e indianos se instalaram recentemente. Segundo José Ferreira de Lima, secretário de Desenvolvimento Econômico e de Turismo do município, eles estariam interessados em investir na Mineração.

No RN, explora-se ouro desde a década de 20, mas de forma rudimentar. A chegada de grupos estrangeiros pode dinamizar o setor. Segundo Carlos Magno Cortez, superintendente do Departamento Nacional de Pesquisa Mineral no estado, empresas brasileiras não têm o hábito de investir em atividades arriscadas como a Mineração. "No Brasil, as empresas só investem quando tem a certeza do retorno financeiro. E a Mineração é uma atividade arriscada. Você pode investir R$1 milhão em pesquisa e descobrir que não há ouro. Você pode passar a vida investindo numa área para só então descobrir que não havia reserva nenhuma", justifica.

Um exemplo disso é a própria Mina São Francisco, vendida e abandonada várias vezes. A extração de ouro no local, ora realizada pelas minas ora realizada pelos garimpeiros, deixou uma marca profunda na propriedade: um vale de 25 metros de profundidade, 80 metros de extensão e 50 metros de largura. É lá que a empresa australiana construirá a nova mina.

Reativação de minas move economia A reativação das duas minas de ouro no Rio Grande do Norte já movimenta a economia local.

A Mina Bom Fim, administrada pela empresa goiana Mineradora Nosso Senhor do Bom Fim, deverá contratar 350 pessoas na região - 120 já foram contratadas. Enquanto isso, a Mina São Francisco, administrada pelo grupo australiano Crusader, deverá contratar 450. Deste total, 50 já assinaram a carteira de trabalho.

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Além de contratar mão de obra local, as duas empresas compram o que precisam nos municípios onde se instalam. Só as sondas utilizadas pelo grupo Crusader consomem mil litros de diesel por mês, rendendo aos postos de combustível locais, R$ 230 mil.

Arrecadação Com a reativação de minas como a São Francisco, na estrada de Currais Novos, o Rio Grande

do Norte, segundo Carlos Magno Cortez, superintendente do Departamento Nacional de Pesquisa Mineral/RN (DNPM), ganha em arrecadação. "A cada R$1,00 gasto com produção mineral, R$0,35 vai para o estado, através dos impostos. Se uma empresa gasta R$100 milhões no RN, cerca de R$35 milhões vai direto para o governo". Carlos Magno esclarece que a cada emprego direto gerado na Mineração, 13 indiretos são gerados em várias atividades.

Para José Ferreira, secretário de Desenvolvimento Econômico e de Turismo do município de Currais Novos, a reativação das minas de ouro move a economia como um todo e beneficia não só Currais Novos, mas toda a região.

Ocorrências são registradas em pelo menos 10 municípios Segundo o geólogo Otacílio Oziel de Carvalho, professor do IFRN, o RN tem, pelo menos, 10

municípios com alguma ocorrência conhecida de ouro. "Entretanto, apenas Currais Novos e Lajes já produziram ouro em escala industrial", esclarece. Segundo dados do Departamento Nacional de Pesquisa Mineral verificados no dia 09 de junho deste ano, existem 2.605 processos ativos registrados no Rio Grande do Norte. Deste total, 302 são para pesquisa de minério de ouro e de ouro. A quantidade de processos ativos, segundo Otacílio Carvalho, comprova que o ouro é um dos bens minerais mais pesquisados no RN, junto com ferro e calcário. O preço da grama de ouro, por sua vez, justifica o interesse dos grupos nacionais e estrangeiros. No dia 06 de junho, o minério atingiu a cotação de US$ 1.552,60/onça troy (31,1g) -R$ 79,08/grama.

Mesmo com ocorrência conhecida em pelo menos 10 municípios potiguares, é em Currais Novos e Lajes que a atividade se desenvolveu. Em Lajes, a Mineração Nosso Senhor do Bonfim já iniciou a produção de ouro associado a schelita, molibdênio e bismuto de forma experimental. Segundo o engenheiro de minas Pedro Paulo Batista, diretor da mina, ela deverá entrar em operação em quatro meses. Enquanto isso, o grupo Crusader avança com as pesquisas na Mina São Francisco. A expectativa é que a mina comece a operar no início de 2013, elevando a produção potiguar de gramas para toneladas.

Participação de garimpos encolhe A exploração de ouro teve seu apogeu no período colonial, quando o Brasil se tornou o maior

produtor de ouro do mundo. Logo em seguida, a atividade entrou em declínio, sendo retomada apenas na década de 70. Na época, os garimpos empregavam mais de um milhão de pessoas e respondiam por 80% da produção nacional. Hoje, a proporção se inverteu e os garimpos, que exploram o minério de forma artesanal, não respondem nem por 20% da produção nacional. Em 1988, a produção de ouro no Brasil atingiu o pico de 112,6 toneladas. Em seguida, a atividade entrou em declínio novamente, atingindo o menor patamar em 2003, quando o Brasil produziu 40,4 toneladas. Nos últimos 11 anos, a produção tem aumentado, mas de forma lenta. Em 2009, dado mais recente apresentado pelo DNPM, o País produziu 56,4 toneladas de ouro. A expectativa é que a produção chegue a 83,7 toneladas em 2030, segundo projeções do DNPM. Para atingir este patamar, será necessário investir cerca de US$ 2,1 bilhões na atividade. O número de empregos gerados deve subir de quase dez mil para 15 mil trabalhadores.

Segundo a 30ª edição do Sumário Mineral, estudo mais recente disponibilizado pelo DNPM, as reservas lavráveis de ouro no Brasil estão concentradas nos estados de Minas Gerais (48,8%), Pará (36,9%), Goiás (6%), Mato Grosso (4,6%) e Bahia (3,7%). Juntos, os cinco estados respondem por 90% da produção nacional. No mundo, as reserva de ouro superam 90 mil toneladas. No Brasil, chegam a 1,95 mil toneladas, incluindo as reservas de ouro associado ao cobre. As reservas lavráveis de ouro no

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Brasil, segundo o DNPM, têm se mantido relativamente estáveis desde 2002, quando somavam 1,93 mil toneladas.

Fonte: Tribuna do Norte Data: 13/06/2011

MINAS GANHA FATIA NO SETOR MINERAL Líder na produção de minérios, estado ampliou de 46% para 49% participação no

país. Valor chega a US$ 19,7 bi em 2010

Contra a constatação do ex-presidente Artur Bernardes de que “minério não dá duas safras” e apesar de ser o estado minerador mais antigo do país, Minas Gerais mantém a liderança na produção mineral brasileira e elevou sua participação no valor da produção mineral brasileira de 46% em 2009 para 49,4% no ano passado, segundo dados do Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram). Com o avanço, Minas saltou de uma produção de US$ 11 bilhões para US$ 19,7 bilhões, com aumento de 79% no período. O ganho de participação se reverteu em mais recursos para os municípios mineradores de Minas, que ficaram com 48% do R$ 1,083 bilhão repassado pelas empresas às cidades de todo o país que sofrem impacto da atividade mineral. “Minas foi favorecida pelo aumento do preço das commodities e pelo aumento da produção”, afirma o presidente do Ibram, Paulo Camillo Vargas Penna.

Carro-chefe da produção mineral brasileira, o minério de ferro, explorado em larga escala há quase 70 anos em Minas Gerais, foi um dos principais fatores do aumento de 67% no valor da produção mineral brasileira em 2010, que somou US$ 40 bilhões, contra US$ 28 bilhões no ano anterior. Dos 370 milhões de toneladas de minério de ferro extraídas do país no ano passado, Minas Gerais respondeu por 67% (248 milhões de toneladas), contra 29,3% (34 milhões de toneladas) do Pará, segundo o Ibram. “Em termos de investimentos, Minas divide com o Pará os maiores aportes, mas na produção Minas lidera, historicamente, com maiores volumes”, afirma Paulo Camillo lembrando que a maior demanda por minério de ferro beneficiou o estado e levou empresas siderúrgicas, por exemplo, a investirem em minério de ferro, como Gerdau e Usiminas.

E a perspectiva é de que, mesmo com os investimentos feitos no Pará, que responde por mais de 20% do valor da produção mineral e por 28% dos royalties pagos pelas mineradoras, Minas continue liderando a produção do setor no país. Levantamento do Ibram divulgado na última semana revela que o setor vai receber investimentos recordes de US$ 68,5 bilhões entre 2011 e 2015, com Minas abocanhando US$ 25 bilhões no período, o que corresponde a 33,6% do total. No Pará, até 2015, a previsão é de US$ 24,05 bilhões de investimentos (35,1% do total). O montante previsto para Minas até 2015 representa um aumento de US$ 3,3 bilhões em relação à estimativa anterior, feita no fim do ano passado, na qual o estado participava com 35% dos US$ 62 bilhões previstos pelo Ibram para o período de 2010 a 2014.

Crescimento A expansão da Vale, da Samarco, da Arcelor Mittal e da CSN, a entrada em operação de minas da Ferrous, da MMX e da AngloAmerican e as futuras lavras de minério da Vale, da Mineração Minas Bahia e da Sul Americana Metais, no Norte do estado, com investimentos da ordem de R$ 7,4 bilhões (cerca de US$ 4,7 bilhões), vão garantir a expansão da produção de minério de ferro no estado. A estimativa do Ibram é de que, com a demanda aquecida na China, a produção brasileira deve saltar para 720 milhões de toneladas em 2014, com Minas respondendo por 60% desse total e produzindo 432 milhões de toneladas. Enquanto no país o aumento de produção será de 94%, em Minas, o avanço previsto em quatro anos é de 74%.

Além do minério de ferro, Minas lidera na produção de ferro, fosfato, ouro, tantalita e zinco e é o maior produtor mundial de nióbio. O setor mineral recebeu investimentos da ordem de R$ 55

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bilhões entre 2003 e 2010 segundo balanço da Secretaria de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais (Sede). Apenas o setor respondeu pela geração de 43 mil empregos diretos nos últimos cinco anos no estado.

Previsões já são otimistas Recuperado da crise financeira mundial de 2008, o setor mineral brasileiro projeta

crescimento contínuo ao longo dos próximos anos. “Nossa recuperação ocorreu em agosto do ano passado, enquanto nós prevíamos um retorno aos patamares anteriores à crise apenas no fim deste ano e início do próximo”, afirma o presidente do Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), Paulo Camillo Penna. Ele comemora o resultado da produção mineral brasileira no ano passado e prevê incremento nos próximos anos em função da balança comercial do setor.

No ano passado, as exportações minerais brasileiras (excluindo petróleo e gás) somaram US$ 35,36 bilhões, praticamente o dobro dos US$ 18 bilhões exportados pelas mineradoras no ano anterior. Com o avanço, o saldo comercial do setor passou de US$ 12,6 bilhões em 2009 para US$ 27,6 bilhões no ano passado. Beneficiada pelo aumento do preço das commodities no mercado internacional, a indústria mineral brasileira respondeu por 17,5% das exportações e por 136% do saldo da balança comercial brasileira em 2010, que foi de US$ 20 bilhões.

“A previsão é que a economia mundial cresça 4,5% nos próximos anos e, mesmo que o mundo desenvolvido cresça a taxas de 2% a 3%, nós vamos ter um processo de urbanização brutal. Só a China, nos próximos 20 anos, quer urbanizar 800 milhões de chineses”, afirma Paulo Camilo. Mais pessoas vivendo em área urbana significa mais consumo de bens produzidos a partir de recursos minerais. Ele lembra ainda o esforço de reconstrução do Japão depois do terremoto seguido de tsunami que arrasou o Norte do país em março. “A estimativa é de que o Japão necessite de US$ 300 bilhões em investimentos e só em 2011 vão ser US$ 33 bilhões”, observa o presidente do Ibram.

O temor do setor é que a falta de mão de obra qualificada freie o crescimento nos próximos anos. “O Brasil precisa de 50 mil engenheiros por ano e está formando hoje 30 mil”, alerta Paulo Camillo. De acordo com ele, para suprir a demanda, 95% das empresas do setor estão “formando” os engenheiros dentro das suas próprias unidades.

Fonte: Estado de Minas Data: 13/06/2011

CONTROLADORES BUSCAM POSTURA ATIVA NA VALE

Depois de substituírem Roger Agnelli por Murilo Ferreira na presidência da Vale, os acionistas controladores da companhia buscam participar mais da sua administração, segundo a Fundação dos Economiários Federais (Funcef).

A Funcef é um dos quatro fundos de pensão que dividem o controle da Vale com outros acionistas. Segundo o diretor-presidente do fundo, Carlos Alberto Caser, os controladores querem manter reuniões periódicas com o novo presidente da empresa. "Queremos uma voz mais ativa na Vale. Estamos procurando ter uma maior interação com a direção da companhia, coisa que não ocorreu no passado, disse Caser em entrevista concedida ontem em Brasília.

Os controladores da Vale tiraram Agnelli depois que o governo brasileiro criticou a empresa por demissão de pessoal e por não ter investido o bastante em projetos dentro do Brasil, como em siderurgia.

A Vale pretende manter seu plano de investimento de US$ 24 bilhões para este ano, disse Ferreira em 20 de maio.

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Os fundos de pensão Funcef, Previ, Petros e Funcesp têm participação de 49% na Valepar, o veículo de investimento que controla a Vale e que detém 53% das ações ordinárias da companhia.

Os outros acionistas da Valepar são o Bradesco, Mitsui e o BNDES, que também tem uma fatia direta de 6,7% em ações ordinárias da Vale.

O FIA Carteira Ativa II, fundo controlado pela Funcef, tem 11% da Valepar. As ações da Vale fecharam hoje com queda de 1,5%, negociadas a R$ 43,40, o menor valor desde 18 de maio.

Fonte: Valor Online Data: 14/06/2011

EXCESSO DE OFERTA DERRUBA COTAÇÕES DO NÍQUEL NA LME

Em meio à escassez de todo tipo de commodity, do petróleo bruto ao cobre e o milho, o mercado de níquel caminha para seu maior período de saturação em quatro anos, o que deve gerar uma queda nos preços até 2012.

A produção em excesso do metal aumentará de 12 mil toneladas métricas em 2011 para 60 mil no ano que vem, tornando o níquel o metal com a maior superoferta do mercado, em relação a produção ou uso, segundo o Bank of America Merrill Lynch. Novas minas de extração irão elevar a produção em 11% em 2012, maior crescimento em 17 anos, afirmou o Macquarie Group. Já os preços devem cair 10%, para o patamar de US$ 20 mil por tonelada, até 31 de dezembro, em estimativa média de 17 analistas e operadores entrevistados pela Bloomberg.

"Não estou muito otimista com relação ao níquel", disse Ian Henderson, que administra cerca de US$ 10 bilhões em ativos de recursos naturais para a JPMorgan Chase, em Londres, incluindo o Fundo Global de Recursos Naturais, que dobrou de tamanho nos últimos dois anos. "Acho que não há lógica comercial para o preço atual. Quinze mil dólares é um preço possível para o níquel."

Em meio às dificuldades enfrentadas por produtores de outras matérias primas com a extração de cobre e petróleo suficientes para suprir o mercado e as secas que ameaçam as safras, a oferta de níquel vem crescendo mais rápido que a demanda. O preço do metal atingiu um recorde de US$ 51,8 mil em 2007 e cresce a pelo menos 63% ao ano desde então, o que levou seus consumidores a substituírem o níquel mais que qualquer outra commodity, afirmou a Macquarie.

O Ikea Group, maior varejista de móveis do mundo, por exemplo, está retirando o metal de seu mobiliário de cozinha e banheiro.

O níquel, aplicado principalmente na produção de aço inoxidável, caiu 2% para US$ 22.575 no fechamento da Bolsa de Metais de Londres, ontem. Foi o segundo pior desempenho registrado na sessão, depois do açúcar, no índice GSCI da Standard & Poor's de 24 commodities, que por sua vez exibia alta de 11% até às 13 horas. No mês, a queda do metal é de 2,9% e no ano atinge 9,52%. Em 12 meses, ainda apresenta alta de 17,55%.

Os setores de construção e transporte representam 37% da demanda pelo níquel, e máquinas e aparelhos elétricos representam outros 18%, de acordo com o UBS AG. O consumo de 1,51 milhão de toneladas de níquel em 2010 registrou, pelo preço médio, receita avaliada em US$ 33 bilhões.

A queda nos preços significa que haverá pouca variação no lucro deste ano da Norilsk Nickel, maior produtora de níquel do mundo, segundo o presidente-executivo da companhia, Vladimir Strzhalkovsky. O níquel representou cerca de 43% da receita da companhia russa em 2009. "Se houver alguma mudança na economia global, a demanda por metais industriais cairá," afirmou. "É perigoso depender do níquel."

Fonte: Valor Econômico Data: 14/06/2011

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PRODUÇÃO DE ALUMÍNIO PRIMÁRIO CAI 8,8% EM MAIO, PARA 119 MIL

TONELADAS

A produção brasileira de alumínio primário somou 119,4 mil toneladas em maio, em uma queda de 8,8% com relação ao mesmo mês do ano passado, segundo a Associação Brasileira do Alumínio (Abal).

No acumulado do ano, a produção também mostra queda, de 6,6%. De janeiro a maio, foram 592,5 mil toneladas.

O maior volume do mês foi da Albras, subsidiária da Vale no Pará, de 39,1 mil toneladas. Em seguida está a Companhia Brasileira de Alumínio (CBA), do grupo Votorantim, com produção de 31,6 mil toneladas.

As maiores quedas ante maio de 2010 e também no acumulado, as duas de 49%, foram da Novelis, que produziu este ano 20,1 mil toneladas, contra 39,4 mil de janeiro a maio de 2010, com o fechamento da fundição da companhia em Aratu (BA). Fonte: Valor Econômico Data: 14/06/2011

PRIME MINERAÇÃO RECEBE PROADI DO GOVERNO DO RN

A governadora Rosalba Ciarlini assinou na última sexta-feira (10) o ato concessivo do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Industrial (Proadi) beneficiando a Prime Mineração. A iniciativa vai gerar um investimento da ordem de R$ 6,5 milhões no empreendimento e será responsável pela geração de 163 empregos diretos e 400 indiretos, beneficiando as cidades de Santana do Seridó, Parelhas, Equador e outros municípios da região Seridó.

Para a governadora Rosalba Ciarlini, a medida é uma ação concreta no combate à pobreza e na busca pelo desenvolvimento do Estado. "O Rio Grande do Norte vai avançar através de ações como essa, que gera empregos, movimenta a economia e traz desenvolvimento para o interior do estado. Podemos fazer ainda mais, agregar cada vez mais valor ao que temos, como no caso do mármore, que sai bruto do nosso estado, é beneficiado fora e volta com o triplo do preço. Temos que começar a agregar valor aos nossos produtos aqui mesmo", frisou.

O secretário de estado da Tributação, José Airton, destacou que a isenção de imposto dado a fábricas como a Prime voltam com superávit para a arrecadação do Estado. "A partir do momento que uma fábrica contrata um funcionário, três empregos indiretos são criados também, há maior movimentação de renda no comércio e maior arrecadação de ICMS. A tributação ganha quando é estimulada através do Proadi a permanência e o crescimento de uma empresa. Queremos continuar convalidando esses regimes de acordo com as resoluções do STF e Confaz, garantindo segurança jurídica para as empresas", explicou José Airton.

A empresa exploradora de feldspato, argilas, barita, albita, quartzo, cal, caulim, calcita e dolomita, minérios utilizados na indústria de vidro, tinta e verniz, papel, revestimento de louças e fritas para cerâmicas, destinará 95% da produção para abastecer fábricas consumidoras nos estados do Nordeste, Sul e Sudeste. De acordo com Adjane Pereira, diretor industrial da mineradora, a expectativa é ampliar para o beneficiamento de feldspato e também na mineração de pedras

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semipreciosas. "Atendemos atualmente o mercado nacional, mas com esse incentivo do Proadi podemos investir para atingirmos o Mercosul até o final de 2011", disse Adjane. Atualmente, já são produzidos pela mineradora cerca de 800 toneladas de material beneficiado e outras 150 toneladas de material moído ao mês.

Somente no primeiro semestre desse ano, essa é a segunda empresa do setor mineral beneficiada com o incentivo do Proadi, o que representa um novo impulso para o fortalecimento da atividade e maior competitividade das empresas instaladas no estado.

De acordo com o secretário de estado do Desenvolvimento Econômico, Benito Gama, é uma meta do governo continuar incentivando esse tipo de geração de empregos no interior. "Queremos privilegiar as potencialidades do interior do estado e, principalmente, a vocações de cada região. Nossa política é de trazer desenvolvimento para o interior e não focar apenas na área metropolitana da capital. Nosso estado possui ainda mármore, turmalina e esmeralda, recursos que não estão sendo devidamente aproveitados, mas serão", disse Benito Gama.

O diretor presidente da empresa beneficiada, Artaxerxes Campos, destacou a atuação do prefeito de Santana do Seridó, Iranildo Pereira, e da governadora Rosalba Ciarlini. "Com incentivos como esse investir para que o Rio Grande do Norte ocupe seu lugar de destaque no Brasil fica mais fácil", disse Artaxerxes. O prefeito Iranildo Pereira também ressaltou a atuação da governadora. "Todos os pleitos que levei nas audiências que tive com a governadora foram atendidos, nossa cidade pode festejar após alguns anos sem muita atenção do poder estadual", disse Iranildo.

Também esteve presente na ocasião o deputado estadual Walter Alves, a suplente de senadora Ivonete Dantas e lideranças políticas da região Seridó do RN.

Fonte: Brasil Mining Site Data: 15/06/2011

TRIBUTAÇÃO DAS EMPRESAS MINERADORAS E O NOVO MARCO REGULATÓRIO

Durante a cerimônia de entrega da medalha da Inconfidência em Ouro Preto/MG , a presidente Dilma Rousseff anunciou empenho na aprovação do denominado “novo marco regulatório da mineração”.

Na prática, o que os governadores e prefeitos esperam da presidente é uma atuação mais forte junto a sua base aliada no Congresso Nacional para alteração da legislação vigente. Apesar da necessidade de aprimoramento da legislação que trata da exploração mineral no Brasil, é necessário esclarecer os reais motivos que tem levando o governo federal a tratar este assunto de maneira especial.

O principal objetivo é aumentar a contrapartida recebida pela União, Estados e Municípios em face da exploração mineral. Atualmente, é cobrada uma Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais (CFEM) de 0,2% a 3% (dependendo da substância mineral) do faturamento líquido das empresas. Inicialmente, os governantes desejam aumentar a alíquota da CFEM sobre o minério de ferro de 2% para 4%.

Vale ressaltar que esta é uma questão de interesse de todos os entes tributantes, uma vez que os recursos da CFEM são repartidos entre os mesmos (União 12%, Estados 23% e Municípios 65%).

As justificativas para o aumento da CFEM tem se baseado em críticas injustas às empresas mineradoras. Um dos nossos respeitáveis governantes anunciou que deve ser aumentada a compensação financeira porque as mineradoras não pagam ICMS na exportação do minério.

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Na verdade, em razão da política econômica brasileira, baseada no estímulo à exportação, como forma de criar divisas e fomentar o desenvolvimento das empresas nacionais, diversos tributos não são cobrados nas operações de exportação da grande maioria dos produtos. Ou seja, não se trata de um privilégio das empresas mineradoras. Adicionalmente, há de se destacar que a atividade mineradora, notadamente no Estado mineiro, contribui para geração de milhares de empregos diretos e indiretos, bem como pela atração de diversas empresas instaladas para atender ao setor.

Vultosos valores são arrecadados com a tributação de 34% (IRPJ e CSLL) sobre o lucro destas empresas, além dos demais tributos que incidem sobre a folha de salários, faturamento, operações de importação, etc.

É fato que os valores arrecadados, tanto a título de CFEM, quanto os decorrentes dos tributos, raramente são aplicados de modo consistente na infraestrutura e desenvolvimento dos Municípios de forma a prepará-los para o futuro, diante o exaurimento das reservas minerais.

É de fundamental importância que este assunto seja tratado de forma mais sensata, ponderando-se a real contribuição das empresas mineradoras para o país, a necessidade de aumento da CFEM e a contrapartida estatal pelo recebimento dos recursos advindos desta atividade.

Fonte: Portal Fator Brasil Data: 15/06/2011

VALE VÊ CICLO DE ALTA MAIS LONGO PARA O MINÉRIO Segundo diretor da companhia, com demanda aquecida e oferta menor que a

procura, as mineradoras devem investir US$ 1 trilhão em cinco anos

O consumo de minério de ferro no mundo, cerca de 1,6 bilhão de toneladas por ano, deve chegar a 2,2 bilhões em uma década, ainda puxado pela locomotiva chinesa. A previsão, chancelada pelo diretor de Marketing, Vendas e Estratégia da Vale, José Carlos Martins, justifica os investimentos recordes da mineradora para elevar e diversificar a produção, já que o minério de ferro é apenas o destaque mais evidente do "boom" mundial das commodities metálicas.

Segunda maior mineradora do mundo, a Vale prevê que o setor mineral invista US$ 1 trilhão ao longo dos próximos cinco anos, sendo que 25% desse total, ou US$ 200 bilhões, vão somente para o segmento de minério de ferro, liderado pela companhia brasileira. As vendas aquecidas e as projeções favoráveis desmentem previsões sobre o "estouro da bolha chinesa", que circulam no mercado desde o início dos anos 2000. "Estamos vivendo um fenômeno de urbanização global. Tem foco na China, mas está ocorrendo em uma escala global. O ciclo é longo - mais do que consigo enxergar. Estão falando de um superciclo; às vezes, chego a pensar em forever cicle. Acho que estamos vivendo fenômeno semelhante à revolução industrial."

O otimismo se ancora na China, que se firmou como a segunda maior economia mundial, mantendo a maior taxa de poupança doméstica do mundo, de mais de 40% do PIB, de acordo com os dados mais recentes do FMI. Martins lembra que a população chinesa ainda é essencialmente rural e o país ainda ruma para a urbanização.

O executivo explica que a demanda mundial está crescendo mais rápido que a oferta por causa, principalmente, da migração populacional do campo para a cidade nos países asiáticos. "O negócio é tão simples que gera um certo ceticismo. Por isso, digo que estamos vivendo uma revolução urbanizacional", comentou. O incremento da construção civil puxa a demanda por minério e aço. "A necessidade de investimento nessa área mineral nos próximos cinco anos não é abaixo de US$ 1 trilhão", afirma.

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Gestão Executivo responsável por coordenar as relações entre a companhia e seus clientes, José

Carlos Martins chegou a ser bem cotado para substituir Roger Agnelli, que deixou a Vale no mês passado, depois de dez anos na presidência da mineradora. Sob nova direção, ele permanece como um dos principais executivos da diretoria de Murilo Ferreira, com quem já havia trabalhado na época de Agnelli.

Martins descarta novas mudanças na empresa e elogia a indicação de Ferreira. "Ele tem um perfil completamente diferente do Roger. Mas, provavelmente, era isso que os acionistas estavam procurando. Não estou falando nem melhor, nem pior, apenas diferente. Mais "low profile". Ele é muito sensato, tem bom senso", afirma.

E também desmente, bem-humorado, rumores sobre uma eventual aposentadoria. "A melhor coisa do mundo é ser presidente da Vale. A segunda melhor coisa do mundo é ser diretor da Vale", brinca, entre risos.

Martins, que viaja para Ásia pelo menos quatro vezes por ano, é categórico ao afirmar que a única coisa que poderia interromper o atual ciclo demanda por matérias-primas seria uma parada no processo de urbanização na região. Mas, alerta para um perigo que pode rondar o setor no futuro: a produção ficar muito abaixo da demanda.

Nesse caso, explica, o preço se descola tanto que inviabiliza novos investimentos, pois poucos compradores conseguiriam pagar o preço exigido. "Se, em algum momento, a oferta não conseguir avançar, você vai ter o que os economistas chamam de "fly up", que são os preços decolando. Não vai ter nada a ver com o custo", explicou.

Para evitar esse quadro, ressalta Martins, é que as companhias vêm ampliando seus investimentos em aumento de capacidade. "Não temos alternativas. O mundo não tem alternativas", prevê. E completa: "Porque o preço sobe? Porque a oferta não está acompanhando a demanda na mesma velocidade. O mecanismo de preço tem duas vertentes. A primeira é atrair investimento, a segunda é cortar demanda."

O executivo vê com ceticismo a constatação de que hoje existe um excedente mundial de aço, estimada em 600 milhões de toneladas. Para ele, essa sobreoferta "é mais teórica do que prática" e volta citar a China que, este ano, deve produzir 700 milhões de toneladas de aço.

"Deve consumir 650 milhões e exportar 50 milhões de toneladas. É só 6% da produção chinesa. Mas, para o mundo é uma pancada. Então, isso aí assusta", diz, lembrando que o excedente de aço hoje vem basicamente da Europa e Estados Unidos, a preços que não são competitivos.

Fonte: O Estado de São Paulo Data: 15/06/2011

BRASIL SE MOBILIZA CONTRA MONOPÓLIO CHINÊS EM “TERRAS RARAS”

Recentemente, a imprensa alardeou manobra chinesa para estabelecer cotas de exportação, o que ameaçava desabastecer vários países de minérios essenciais para a vida moderna.

São as chamadas "terras raras", como é conhecido um conjunto de 17 elementos químicos indicados para aplicação em alta tecnologia: geração de energia, fabricação de motores para carros

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elétricos e trens-bala, smartphones, notebooks etc. Em artigo, Fernando J. G. Landgraf, professor associado da Escola Politécnica da USP, estima em US$ 5 bilhões o mercado de "terras raras". O governo federal diz que, em 2010, o mercado mundial de "terras raras" movimentou US$ 2 bilhões.

A pressão internacional foi forte e imediata, o que não impediu a alta no preço das "terras raras" em mais de cinco vezes desde janeiro. A China optou por recuar. O episódio reabriu no Brasil a discussão de como nosso país poderia ingressar nesse mercado de domínio chinês, considerando a característica estratégica daqueles elementos minerais.

Tanto que o governo criou uma comissão interministerial reunindo Ciência e Tecnologia e Minas e Energia para avaliar a questão. Aguarda-se para breve a divulgação do relatório desse grupo.

O ministro da Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante, inclusive, há pouco anunciou que uma grande mineradora irá investir na exploração de "terras raras".

Institutos como a Fundação Certi (SC), o Instituto de Pesquisas Tecnológicas (SP) e o Centro de Tecnologia Mineral (RJ), as Indústrias Nucleares do Brasil e a Universidade Federal Fluminense também retomam as pesquisas sobre esses minerais.

O desafio é grande. A produção desses minérios especiais não chega a 1% do total mundial. Os chineses detêm 97% dessa produção e ninguém duvide de que baixarão os preços para sufocar novos concorrentes.

Nas décadas de 80 e 90, a China adotou essa política agressiva. Fabricantes nacionais de superimãs faliram e os pesquisadores brasileiros praticamente abandonaram esse segmento mineral.

É preciso planejamento de longo prazo, consistente e resistente a esse tipo de prática comercial, sob pena de não avançarmos na exploração desses minerais estratégicos. Mercadante diz que o Brasil poderá ganhar competitividade, em especial em energia eólica e na produção de carros elétricos.

Mas é preciso identificar se os locais onde foi detectada a presença desses minérios compõem reservas minerais economicamente viáveis.

Paralelamente, é preciso incentivar a pesquisa geológica -afinal, conhecemos menos de 30% do nosso subsolo. Enquanto isso, os Estados Unidos e a Austrália.

Fonte: IBRAM Autor: Paulo Camillo Pena Data: 15/06/2011

PROJETOS DE MINERAÇÃO ATRAEM MÃE DE OBRA LOCAL

A Companhia Baiana de Pesquisa Mineral (CBPM) afirma que estão sendo desenvolvidos projetos de mineração em 100 municípios do Estado, dos quais 90% estão concentrados na região denominada semiárido, que atravessa longitudinalmente o Estado entre a faixa litorânea e o Vale do Rio São Francisco. A mineração é atualmente o setor que mais contrata mão-de-obra. No Estado, são 11 mil funcionários, com expectativa de atrair mais 5 mil trabalhadores com investimentos anunciados. A Mirabela tem 950 funcionários, dos quais 80% baianos. Também foram criados mais 2 mil empregos através de prestadoras de serviços. A CFEM que as mineradoras pagam tem 65% do seu valor revertido para a cidade onde a mina está instalada.

Fonte: Brasil Mineral Data: 16/06/2011

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LARGO MINERAÇÃO EXPLORA VANÁDIO NA BAHIA

A Largo Mineração, subsidiária da canadense Largo Resources, vai iniciar a extração de vanádio em uma mina em Maracás, região central da Bahia. O início das operações está previsto para o final de 2012. O investimento no projeto é de US$ 200 milhões. O vanádio é utilizado para aumentar a resistência e diminuir o peso do aço. A expectativa é que a mina produza 5 mil t/ano do metal.

Fonte: Brasil Mineral Data: 16/06/2011

RO: PF DESMONTA GRUPO QUE ATUAVA EM EXTRAÇÃO ILEGAL DE MINÉRIOS

A Polícia Federal em Rondônia deflagrou, na manhã desta quinta-feira, uma operação para desarticular um grupo que atuava na devastação da floresta amazônica e na extração ilegal de minérios. A estimativa é que nos últimos cinco anos tenham sido extraídos, ilegalmente, mais de 2.500 t de cassiterita por diversos infratores, somando um prejuízo de mais de R$ 60 milhões - sem contar o valor do dano ambiental causado. A área degradada é de aproximadamente 1 mil hectares.

As investigações da Operação Ouro Preto se iniciaram em 2008 visando a apurar a extração ilegal de cassiterita no interior da terra indígena Tenharim-Igarapé-Preto. O terreno fica na divisa dos Estados de Rondônia, Amazonas e Mato Grosso, em plena floresta amazônica, e é de difícil acesso. Nas investigações, a PF descobriu uma organização criminosa estruturada e estabelecida na cidade de Ariquemes (RO), que extraía ilegalmente cassiterita há anos.

Segundo o levantamento da polícia, o grupo agia como uma empresa, com setores especializados em cada etapa do processo criminoso. Parte da quadrilha era responsável pelo abastecimento de suprimentos básico como combustível e alimentação, além do aluguel de maquinários pesados necessários ao desenvolvimento da atividade. Outros integrantes da organização se dedicavam ao transporte e venda do minério, especialmente para grandes empresas sediadas em Ariquemes. Outro segmento do bando se dedicava a "esquentar" o produto ilegalmente extraído da terra indígena: eles usavam notas fiscais "frias", emitidas por cooperativas de garimpeiros da região, para que o minério pudesse ser vendido e exportado para grandes companhias.

Nesta quinta-feira, são cumpridos oito mandados de prisão temporária, 18 mandados de busca e apreensão em residências, empresas e cooperativas de garimpeiros da região, além do sequestro de 35 veículos e bloqueio de contas bancárias dos investigados.

Cerca de 100 agentes da PF foram mobilizados para a ação desta quinta. Os investigados responderão pelos crimes de receptação, formação de quadrilha, falsidade ideológica, usurpação de bem público da União e extração ilegal de minérios.

Fonte: Portal Terra Data: 16/06/2011

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KONNOCO, DA VALE, NEGOCIA NOVA LICENÇA PARA EXPLORAÇÃO NA ZÂMBIA Licença possibilitará que companhia aumente sua base de matérias-primas e

explore mais grupos de minério na província

A Konnoco, que está desenvolvendo a mina de cobre Konkola North, na Zâmbia, está em negociações com o governo local para obter uma nova licença de exploração que abrange pelo menos 240 quilômetros na província de Copperbelt, afirmou David Armstrong, diretor da companhia no país, nesta quinta-feira, 16. A Konnoco é uma joint venture da Vale com a sul-africana Rainbow Minerals, que tem planos de investir US$ 400 milhões no projeto.

A licença possibilitará que a Konnoco aumente sua base de matérias-primas ao redor da mina Konkola e explore mais grupos de minério inexplorados na província, declarou o executivo numa conferência de mineração no país.

"Nosso braço contribuirá significativamente para o desenvolvimento do setor minerador da Zâmbia", disse Armstrong, acrescentando que a Konnoco já demonstrou isso com o desenvolvimento de Konkola, que foi fechada na década de 1990 em meio à queda dos preços do cobre.

"Estamos perto de trazer uma mina antiga e fora de uso de volta à vida", disse ele, acrescentando que, à capacidade plena, Konkola produzirá pelo menos 100 mil toneladas de cobre acabado por ano.

A Konkola North é uma das muitas minas da Zâmbia que voltarão a ser desenvolvidas, tendo em vista a alta dos preços do cobre, impulsionada principalmente pelo crescimento da demanda da China, faminta por recursos naturais. Na quarta-feira, o presidente da Zâmbia, Rupiah Banda, disse que o país está no caminho certo para produzir pelo menos 2 milhões de toneladas de cobre nos próximos cinco anos.

Fonte: Agência Estado Data: 17/06/2011

UM MINEIRO EM BRASÍLIA

Em abril passado, o mineiro Sérgio Augusto Dâmaso de Sousa sucedeu o baiano Miguel Antônio Cedraz Nery como diretor-geral do DNPM (Departamento Nacional de Produção Mineral). Foi guindado ao planalto brasiliense diretamente da Superintendência do DNPM-MG, que ocupava desde 2007 e onde desempenhou uma bem-sucedida gestão.

Sob seu comando, o órgão ganhou funcionários, melhor estrutura material e uma sucursal. Pode parecer o mínimo para um estado que responde por quase metade da produção mineral brasileira e lidera o ranking de arrecadação da CFEM (Compensação Financeira pela Exploração Mineral). No entanto, muito ao contrário, são grandes avanços quando se trata de serviço público. Em particular no DNPM onde, como o próprio Dâmaso diz, dois concursos ainda não conseguiram recompor a força de trabalho, faltam recursos financeiros e materiais e sobram regras burocráticas para retardar a situação.

Com elogios ao “excelente trabalho” realizado por seu antecessor, o novo diretor-geral promete continuidade das boas práticas da gestão anterior. Entre elas, a de reforço da ação fiscalizatória do DNPM, seja em termos de arrecadação de tributos e taxas, seja quanto ao

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cumprimento da legislação mineral. Nesta entrevista exclusiva à revista In The Mine, esse engenheiro de minas formado na turma de 1983 da UFOP fala sobre as mudanças em curso na mineração brasileira e garante que vai trabalhar pelo novo Código de Mineração, pela Agência Nacional e por uma distribuição mais justa da riqueza gerada pela atividade mineral.

ITM: O senhor assume a direção geral do DNPM em meio a importantes propostas de mudanças no setor mineral. Qual será, em termos gerais, sua política de ação à frente do órgão?

Dâmaso: O setor mineral brasileiro passa por um momento importante. E, nesse contexto, minha ação será a de uma efetiva participação do DNPM na formulação de políticas públicas para o setor e, uma vez aprovadas, trabalhar na sua implementação.

ITM: A transformação do DNPM em agência atende às necessidades da mineração braseira?

Dâmaso: Acredito que sim e já tem o apoio da quase totalidade do setor mineral brasileiro, tanto no setor governamental quanto no privado. Sua formatação ainda está sendo examinada e discutida com o Ministério do Planejamento e acredito que, quando for finalizada, o resultado será um modelo de gestão de nossos recursos minerais melhor que o atual, que se tornou anacrônico.

ITM: Outra mudança em curso diz respeito à CFEM. Na sua opinião o que deve ser alterado na legislação atual?

Dâmaso: A legislação da CFEM tem mais de vinte anos e é baseada num modelo com muitas fragilidades, como comprovam as inúmeras disputas e o elevado grau de judicialização do assunto. Bastaria isto para justificar sua reformulação em uma nova proposta que fortaleça o que tem de positivo e corrija as falhas já constatadas. O Plano Nacional de Mineração 2030, lançado recentemente pelo Ministério de minas e Energia, aponta para a necessidade de reformulação da CFEM. Contudo, a reformulação deve ser balizada por uma justa redistribuição da riqueza gerada pela mineração, aliada a investimentos nas regiões mineradoras para estimular e apoiar o desenvolvimento econômico e social dessas regiões.

ITM: Na sua visão, há uma distribuição desigual dos valores arrecadados? Dâmaso: O governo entende que uma política eficaz para os royalties da mineração (CFEM)

deve ser implementada em sinergia com a política geral de tributação. Atualmente, há no Brasil uma carga tributária que onera a agregação de valor, o que acaba por incentivar as exportações de bens minerais brutos ou semi-elaborados, afetando negativamente os municípios e estados mineradores. A proposta do governo busca um novo modelo que sinalize para uma justa redistribuição dos benefícios gerados pela mineração.

ITM: Como está a discussão do novo Código de Mineração? Dâmaso: As propostas do novo marco regulatório da mineração ainda estão sendo

examinadas e discutidas por um grupo coordenado pelo Ministério de Minas e Energia. Hoje, no governo há um consenso sobre a importância da mineração para o desenvolvimento econômico e social do nosso país. Em abril, quando assumi a diretoria-geral do DNPM, fui incumbido pelo ministro Edison Lobão de acompanhar de perto o processo de modernização do setor mineral. O ministro me encarregou de trabalhar para uma efetiva participação do DNPM na formulação final dessa proposta.

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ITM: Quais alterações que o senhor destacaria? Dâmaso: O novo marco regulatório consiste em propostas do governo para o setor. Entre elas,

a reformulação do atual Código Mineral, novas regras para a CFEM e criação da Agência Nacional Mineração – que deverão ser encaminhadas juntas ao Congresso Nacional – conforme definindo em reunião do ministro com a presidente Dilma Roussef. Outra novidade importante é o Conselho de Política Mineral, que será um órgão transversal na formulação de políticas públicas para o setor mineral brasileiro. Além de ter o prestígio de ser vinculado à Presidência da República, o conselho terá a participação de vários ministérios.

ITM: Notícias na grande imprensa indicam que o governo observa com atenção o crescimento de investimentos chineses na mineração brasileira. Qual as opinião sobre isso?

Dâmaso: Os chineses são grandes consumidores de minério de ferro e estão investindo em reservas desse produto no Brasil. Entretanto, é bom lembrar, que o governo brasileiro não faz restrições a investimentos estrangeiros nos diversos setores de nossa economia. Temos uma economia estável, instituições sólidas, e nosso setor mineral é privado. É natural que investidores estrangeiros queiram investir aqui. Nosso país possui uma boa imagem no exterior e entrou definitivamente na rota dos investimentos internacionais.

ITM: O senhor vem de uma bem-sucedida experiência no DNPM-GO, o que não aconteceu em outras sucursais como a de São Paulo. O exemplo mineiro é exceção?

Dâmaso: O que consegui durante minha gestão na Superintendência do DNPM de Minas Gerais não é uma exceção, mas sim, fruto de um trabalho árduo em parceria com os servidores daquela unidade, que contou com o apoio dos parlamentares de Minas Gerais, do Ministério de Minas e Energia e do DNPM.

Minha experiência como superintendente em Minas Gerais, que responde por quase a metade da produção mineral brasileira e lidera o ranking de arrecadação da CFEM, ia contribuir de maneira significativa para minha gestão à frente da diretoria-geral do DNPM.

ITM: Quais são hoje os principais gargalos do DNPM?

Dâmaso: Já dei início a um diagnóstico para identificar os gargalos que existem hoje na instituição. Tenho visitado as unidades regionais para conhecer a realidade de cada superintendência. O relatório que estamos finalizando, irá apontar as prioridades e metas, além de soluções a curto, médio e longo prazo.

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Contudo, acredito que os gargalos do DNPM têm origem na falta de pessoal – mesmo com dois concursos ainda não foi possível recompor completamente a força de trabalho - , insuficiência de recursos financeiros e materiais, e regras burocráticas que acabam por retardar a atuação do órgão.

ITM: E quais foram os maiores avanços? Dâmaso: O Ministério de Minas e Energia aprovou um novo regimento interno para o DNPM,

que dotou a instituição de uma nova estrutura organizacional e redefiniu os macro-processos das áreas técnica e administrativa. Agora temos, por exemplo, novos escritórios no Acre, em Minas Gerais e no Pará. Também temos uma ouvidoria, que é, sem dúvida, um importante canal de comunicação da instituição com a sociedade. No entanto, acredito que a Agência Nacional de Mineração será fundamental para superar os entraves que mencionei.

ITM: O senhor pretende manter a diretriz mais fiscalizatória da gestão anterior? Dâmaso: Miguel Nery fez um excelente trabalho à frente do DNPM. Pertenço a um governo de

continuidade. Nessa perspectiva, é natural que eu dê seguimento às boas práticas que estavam sendo desenvolvidas na gestão anterior. Contudo, é bom ressaltar que o DNPM, além da função fiscalizatória relacionada à arrecadação da CFEM e taxas, tem também outras competências e responsabilidades de igual importância. Apenas para citar, há toda uma ação fiscalizatória referente ao Código de Mineração, abrangendo desde pesquisa mineral até o fechamento de uma mina. Há também ações e atividades de fomento à produção mineral brasileira. Vamos trabalhar para otimizar ainda mais a atuação do DNPM em todas as áreas de competência da instituição.

ITM: Como engenheiro de minas, qual sua avaliação do estágio atual da mineração brasileira?

Dâmaso: O Brasil conquistou e vem mantendo uma posição de destaque no ranking mundial de países produtores de commodities minerais, o que comprova o melhor do estado da arte das atividades de mineração em nosso país. Talvez, o maior desafio que a mineração brasileira vem enfrentando é o de ter o reconhecimento pela sociedade de que as atividades de descobrir recursos minerais, extraí-los e transformá-los em riquezas são absolutamente indispensáveis ao desenvolvimento e bem-estar da nossa sociedade atual e das gerações futuras de brasileiros.

ITM: Quais são as perspectivas para o setor? Dâmaso: A tendência é de que o setor mineral tenha cada vez mais uma participação maior na

balança comercial brasileira. A previsão da produção de minério de ferro no Brasil deverá ultrapassar 400 Mt ainda este ano. Com os preços em patamares elevados, como acontece também com o outro, niquele cobre, o cenário é extremamente favorável. Acredito que 2010 foi o ano de recuperação do setor mineral e da economia brasileira como um todo. Os próximos anos também serão promissores, sobretudo, para o setor de construção civil, que terá uma forte demanda por insumos de base mineral que serão utilizados na construção de moradias e, em grandes obras de infra-estrutura para sediar a Copa do Mundo em 2014 e as Olimpíadas em 2016. O DNPM terá papel importante para garantir o fornecimento desses insumos.

Fonte: Revista In The Mine, ano VI, nº 32 Data: abril/maio de 2011

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DIREITO MINERÁRIO COMPARADO: CHILE País adota duplo título para pesquisa e lavra: concessões por prazo indefinido,

vinculadas à exaustão da jazida.

Nesta série em que abordaremos o Direito Minerário Comparado, começamos com o Chile. Justifica-se a escolha não só pela afinidade geográfica, mas, principalmente, pela forma como esse país vem conseguindo transformar as suas reservas minerais em benefícios econômicos e sociais. A Constituição chilena estabelece que o Estado tem domínio absoluto, exclusivo, inalienável e imprescritível sobre todas as minas, independentemente da propriedade da superfície onde estão localizadas. Lá, como aqui, a mineração é considerada unidade pública.

Também adotao Regime de Prioridade. O sistema é de duplo título para pesquisa e lavra, mas ambos são concessões por prazo indefinido, vinculado à exaustão da jazida. A ocupação da superfície também pode ser feita via Servidão Mineral. Como no Brasil, não há exigência de que haja necessidade absoluta de usar a propriedade de terceiro: basta que ela “facilite a conveniente e cômoda” exploração mineral.

A importância da mineração também se estende para toda a economia chilena. Em 2009, a mineração foi responsável por 15,5% do PIB. Tal como aqui, a balança comercial da mineração é maior do que a balança comercial do país. O Chile, aproveitando o sucesso do resgate dos mineiros (o que inicialmente parecia ser uma tragédia que enterraria a mineração no país),já fez passar uma lei de aumento da tributação da mineração.

A diferença, em relação ao Brasil, é que, enquanto aqui os prefeitos gastam o que recebem de CFEM sem muito critério, lá, parte do dinheiro já foi separada para um fundo de recuperação do país em caso de terremotos (comuns por lá). Na esfera social, a intensa atividade mineira chilena cria muitos empregos. Calcula-se que, para cada emprego setorial direto da mineração, criam-se 3 ou 4 empregos indiretos, em atividades como abastecimento e serviços intermediários relacionadosa ao setor.

Fonte: Revista In The Mine, ano VI, nº 32 Autor: William Freire Data: abril/maio de 2011

EXPLORATION GEOCHEMISTRY AT THE GIANT PEBBLE PORPHYRY CU-AU-MO

DEPOSIT, ALASKA Karen D. Kelley, U.S. Geological Survey, USA; James Lang, Lang Geoscience Inc.,

Canada; Robert G. Eppinger, U.S. Geological Survey, Denver, USA

Introduction The search for economically important mineral deposits has become more challenging in

recent years because it relies increasingly on exploration under cover or in areas of limited outcrop. It is critical, therefore, to develop new and innovative exploration methods that will assist in the search

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for concealed deposits. The Pebble porphyry deposit, located 320 km southwest of Anchorage, Alaska, contains one of the largest undeveloped resources of copper and gold in the world, and it is almost completely concealed (Fig. 1). Including both the Pebble West and East zones, the deposit has a measured and indicated resource of 5,942 million tonnes (Mt) at 0.42% Cu, 0.35 g/t Au, and 250 ppm Mo (0.30% CuEQ cutoff) and an inferred resource of 4,835 Mt at 0.24% Cu, 0.26 g/t Au, and 215 ppm Mo (0.30% CuEq cutoff) with significant concentrations of Ag, Pd, and Re (NDM, 2010); the deposit remains open in several directions (Fig. 1).

The Pebble West zone was discovered in 1989 by Cominco Alaska Exploration (Bouley et al., 1995). From 2001 to 2007, the deposit was explored by Northern Dynasty Minerals Ltd. (NDM), resulting in the discovery of the high-grade Pebble East zone in 2005. Since July 2007 the project has been advanced by the Pebble Limited Partnership (PLP), an equal rights venture between NDM and Anglo American.

The Pebble West zone occurs at the surface in two small rubble-crop exposures but is otherwise covered by up to 50 m of glacial deposits while the Pebble East zone forms as a subcrop beneath a 300- to 600-m-thick wedge of Late Creta ceous to Eocene volcanic and sedimentary rocks along with the cap of glacial deposits (Fig. 1). The widespread cover at Pebble and the extensive drilling that constrains the geometry of the underlying deposit make it an ideal location to test exploration methods in concealed areas. In 2007, the U.S. Geological Survey began collaborative studies with PLP that have included application of geophysical methods (Minsley et al., 2008; Anderson et al., 2009; Bedrosian et al., 2009; Shah et al., 2009) and a variety of geochemical techniques including (1) porphyry Cu indicator minerals (PCIMs), (2) hydrogeochemistry, and (3) soil geochemistry using a wide variety of sample media and extraction methods. The geochemical data were published in Fey et al. (2008, 2009) and preliminary findings are summarized in Ep - pinger et al. (2009), Kelley et al. (2009), and Smith et al. (2009). This article describes some of the more promising results of the geochemical studies.

Geology The oldest rocks in the Pebble district are upright, gently folded, Jura-Cretaceous andesitic

mudstone, siltstone, and sandstone with lesser interbedded basalt and associated gabbroic intrusions (Fig. 2; Bouley et al., 1995; Rebagliati and Lang, 2008). Alkalic biotite pyroxenite, monzodiorite to monzosyenite/monzonite and diorite intrusions and related intrusion and/or diatreme breccias were emplaced between 99 and 96 Ma (Fig. 2; all ages are based on U-Pb dates on zircon unless noted). Subalkalic, porphyritic hornblende granodiorite of the Kaskanak batholith was emplaced at about 90 Ma, along with smaller, petrographically nearly identical granodiorite stocks and sills (Fig. 2) that

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have a spatial and genetic relationship to at least some stages of Cu-Au-Mo mineralization (Lang et al., 2007). These genetically related intrusions have been dated at about 89.5 Ma, using 5 Re-Os ages on molybdenite (Schrader et al., 2001; Gregory and Lang, 2009).

The Pebble deposit comprises the contiguous East and West zones (Fig. 1), which may represent two fluid and thermal centers within a single, large magmatic-hydrothermal system. The West zone extends from surface to about 500 m depth and encloses four small porphyritic hornblende granodiorite plugs emplaced into andesitic siltstones, diorite and granodiorite sills, and alkalic monzonite intrusions and related breccias. The higher-grade East zone extends to depths of up to 1,650 m within granodiorite of the East zone stock and surrounding andesitic siltstones that are cut by granodiorite sills. The East zone was partially eroded and is now concealed by an east-thickening wedge of Late Cretaceous to Paleocene volcanic and sedimentary rocks; a minimum age for the lower part of this sequence is constrained by ~65 Ma dates on biotite monzonite intrusions. On the eastern side of the East zone, high-grade mineralization has been truncated and dropped 600 to 900 m by normal faults which form the northwest boundary of the northeast-trending East Graben (Fig. 2).

Variations in hypogene grade and metal ratios at Pebble reflect multiple stages of metal

introduction and redistribution. Early Cu-Au-Mo mineralization formed during one or more stages of widespread K-silicate alteration associated with multiple generations of quartz-sulfide veins. With depth, K-silicate alteration yields to lower-grade, approximately contemporaneous sodiccalcic alteration. Early copper mineralization is dominated by chalcopyrite, and gold occurs mostly as inclusions in chalcopyrite (Gregory and Lang, 2009). Illite alteration pervasively overprinted K-silicate and sodic-calcic alteration and variably redistributed copper and gold. The highest grade mineralization reflects an overprint by advanced argillic alteration controlled by a synhydrothermal brittle-ductile fault zone that cuts the East zone. This overprint comprises a core of pyrophyllite alteration with high gold grades bounded by sericite alteration in which moderate upgrading of both gold and copper are related to a hypogene assemblage of bornite, digenite, covellite and minor enargite. Paragentically younger quartzmolybdenite veins locally introduced additional molybdenum to the deposit. The youngest peripheral quartz-sericitepyrite alteration impinges on and replaces the margins of the East zone and partially overprints many parts of the West zone. The quartz-sericite-pyrite alteration does not contain significant copper or molybdenum but consistently exhibits gold

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grades of 0.1 to 0.5 g/t; it yields outward to propylitic alteration with anomalous gold concentrations mostly <0.1 g/t. Supergene chalcocite and covellite mineralization rim and partially to completely replace hypogene chalcopyrite in the upper part of the West zone but there is no evidence for supergene effects below the Late Cretaceous to Paleocene rocks that overlie Pebble East.

Porphyry copper indicator minerals (PCIMs) Indicator mineralogy has been applied recently as an exploration tool for a variety of base

metal sulfide deposit types (Averill, 2001, 2007). Indicator minerals in general are dense (>2.8 S.G.) and thus concentratable, coarsegrained (readily identifiable), and chemically stable in weathered surficial sediments. PCIMs typically produce strong anomalies in surficial sediments due to the large footprint of mineralized porphyry systems. Some common PCIMs are gold, rutile, tourmaline, garnet, jarosite, and alunite (McClenaghan, 2005; Averill, 2007).

Current studies at the Pebble deposit are aimed at in situ characterization of the occurrence, relative amounts, physical characteristics, and compositions of potential indicator minerals in altered and mineralized rocks and comparison to the features of PCIMs in glacial tills. A description of the methods for indi - cator mineral studies is included in McClenaghan (2005); till sampling procedures for the Pebble deposit are in Kelley et al. (2009).

Two indicator minerals in altered or mineralized Pebble core samples include apatite and black rutile. Based on preliminary electron microprobe and laser ablation ICP-MS data, these minerals have distinct chemical properties (USGS unpub. data). Apatite from strongly mineralized rocks contains high Cl concentrations (avg 0.3 wt %) compared to that from weakly mineralized or K-feldspar altered zones (avg 0.13 wt %). Black rutile from rocks affected by potassic alteration and cut by quartzsulfide veins contains extremely high V concentrations (avg 6.3 wt %) compared to other porphyry deposits (0.2–1.3%) for which data are available (Scott, 2005) or to rutile from barren intrusions (<0.15%) (Scott, 2005).

Glacial till samples were collected upand down-ice from the deposit (Fig. 3). Ice direction was generally from northeast to southwest. Apatite is present in a few samples collected over Pebble West, but the overall apatite distribution does not appear to be consistently related to the deposit; samples collected in 2009 (results pending) at tighter densities may refine this interpretation. Black rutile was not directly observed in till samples, due most likely to its fine grain size and common intergrowths with quartz. For this study, indicator minerals are reported for the >0.25 mm grains. However, rutile in bedrock from Pebble occurs as much finer, silt-sized grains. Typically, when intergrown with quartz, the particles are >0.25 mm, explaining how they were identified in the core samples. With glaciation, rock is broken down along grain boundaries into individual mineral constituents. Therefore, black rutile, which undoubtedly is present in the till, probably occurs in the silt-sized fraction.

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The best PCIM vectors to mineralization found in till samples are gold and jarosite. There are many possible sources of gold in the region, including porphyry, skarn, and epithermal deposits in the Lake Clark quadrangle northeast of Pebble (Bickerstaff, 1998) and elsewhere in the Pebble district (Hawley, 2004). All samples contain some gold, even those collected 8 km up-ice. Gold grain abundance and shape, however, show interesting patterns that have a distinct spatial relationship to the Pebble deposit (Fig. 3). Tills immediately adjacent to Pebble West contain at least 10 times more gold grains than samples up-ice from the deposit, and from there the overall number of grains decreases in the down-ice direction (Fig. 3).

The morphology of gold grains, including degree of rounding, polishing, bending, and flatness can provide information about their transport mechanism. Pristine grains retain their primary shape and surface texture and lack evidence for damage during physical transport. Modified grains retain some primary surface textures but they are commonly striated and all edges and protrusions have been damaged during transport. Reshaped grains no longer retain their primary surface textures or their original grain shape due to extensive transport.

All samples within 3 km down-ice from Pebble West contain 65% or more pristine or modified grains whereas those at greater distance down-ice or up-ice contain almost exclusively reshaped grains. The transport history of pristine grains may be interpreted in two ways: (1) gold grains were eroded from a nearby bedrock source and transported to the site with little or no surface modification (short transport distance), or (2) gold grains were liberated from rock fragments during in situ weathering of transported sulfide grains which originally hosted the gold (Coker and Shilts, 1991; McClenaghan, 2005). Most gold in the Pebble deposit is contained in chalcopyrite (Gregory and Lang, 2009; Lang et al. 2007) which makes the second option more likely, and further implies that sulfide grains were almost completely destroyed during post-glacial oxidation of the till.

The distribution of jarosite in till samples is even more closely related to the location of the Pebble deposit than is gold. Samples adjacent to and within 6 km down-ice from the Pebble West zone contain abundant jarosite (Fig. 3). Most grains are variably worn, which suggests that jarosite formed prior to glaciation. Jarosite occurs in porphyry systems that have extensive supergene enrichment zones formed during acid-generating weathering of pyrite in fluctuating arid/ semi-arid conditions. The upper portion of the Pebble West zone is oxidized and much of it is underlain by supergene mineralization, whereas the Pebble East zone lacks supergene effects. Prelimi - nary 40Ar/39Ar dates on two samples indicate that jarosite formed between about 5 and 20 Ma (Michael Cosca, USGS, oral commun., 2009).

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Hydrogeochemistry

Hydrogeochemistry provides a practical exploration tool in the Pebble region due to the abundance of surface water. Water samples were collected from ponds, springs, streams, and a few drill hole seeps in a 20 km2 area around Pebble, but also from background sites in a 300 km2 surrounding region. A variety of on-site measurements were recorded (Fey et al., 2008; 2009). Laboratory methods included analysis of anions by ion chromatography and cation analyses using high resolution ICP-MS (HR-ICPMS). A thorough description of collection, analysis, and quality control procedures along with a listing of the data is presented in Fey et al. (2008; 2009). In general, the analytical results indicate good quality control, even at the low parts-per-trillion levels reported by HR-ICPMS.

Many surface waters are extremely dilute as reflected in low conductivity measurements in the low tens of μS/cm. The lowest specific conductance values are from ponds peripheral to or outside the deposit area; samples with >89 μS/cm (upper quartile) are from ponds and ground waters in the deposit area where oxidation has occurred at or near the surface. The waters range from HCO3– to SO42–dominant; the highest SO42– and F– concentrations are from low-pH (3.6 to 5) ponds and ground waters in the Pebble West area. Most waters are Ca dominant, with a few ponds that have stronger Na and K components. The ratio of Fe2+/Fe3+ (median, 4.1) indicates that most waters are reduced; the more reduced waters have the highest dissolved organic carbon contents.

Many elements determined by the HR-ICP-MS method delineate the Pebble deposit, which suggests that it may be a powerful new tool in the search for concealed deposits. Anomalous concentrations of Cu (10s to 100s of ppb) are in low-pH ponds, primarily in the exposed portion of Pebble West (Fig. 4a). Several other elements follow this general trend, including Ni, K, Re, Tl, and the REE. The small porphyry deposit named the 38 zone in the southern part of the Pebble district is also characterized by a relatively high concentration of Cu (82 ppb) in a single water sample collected from the occurrence (Fig. 4a).

Anomalous concentrations of Ag are more widely dispersed in water samples than are anomalous concentrations of copper (Fig. 4b), and may provide a larger target footprint. Nearly all of the highest concentrations fall within a ~10 km2 area centered on the Pebble deposit; the sample collected over the buried 38 zone porphyry deposit also yielded a relatively high Ag concentration (3 ppt). There are some relatively high Ag contents in pond and seep waters from sites overlying east-west– or northeast-trending faults (Fig. 2), one of which is 1.5 km to the east of Pebble East. Even stream water samples that are 6 km downstream from the deposit on Upper Talarik Creek contain >2 ppt Ag (>90th percentile). Given that all detectable values for Ag are exceedingly low, between 2 and 13 parts per trillion, and close to detection limits (2 ppt), caution should be used in the interpretation of these data. However, the coherent pattern around Pebble is compelling and worthy of serious consideration. Other elements with distributions similar to Ag include Mo, Sb, Th, U, V, W, and Zn. Anomalous concentrations of elements in surface, spring, and drill hole seeps that tap deeper levels indicate they are likely present in both the deep and shallow groundwater systems.

Soil geochemistry Soil sampling surveys are routinely used to explore for concealed mineral deposits. The Pebble

deposit provides an opportunity to test various sampling and analytical methods commonly used by the exploration community. Soils were collected along a 7.8-km east-west traverse over the East and West zones, a shorter 1.4-km traverse over Pebble West, a north-south 4.5-km traverse across Pebble East, and at several locations outside of the deposit area to determine background concentrations. The soil samples were analyzed by 10 leach/digestion methods (details included in Fey et al., 2008, 2009).

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The metals in a soil sample can occur in a variety of ways, including in the original mineral

form (mechanical component) or in redistribution forms resulting from hydration, hydrolysis, oxidation, or simple dissolution (chemical component). The most important metal residence sites related to chemical weathering include the oxidation products of sulfides (sulfates, carbonates, and oxides), coprecipitated with Fe and Mn oxides, adsorbed onto Fe and Mn oxide surfaces, and held by ion exchange onto clay surfaces. The sample digestions used in this study range in intensity from a very weak, simple deionized water leach to a total digestion. Apply - ing extractions of varying strengths targets the release of pathfinder elements from different phases within the soil. The purpose of applying less-than-total extractions is to determine (1) whether geochemical anomalies and patterns are better indicated by the weakly bound ions than by total element concentrations; and (2) the dominant dispersion processes responsible for metal accumulation. Mechanical dispersion may be identified through use of total extraction methods. Partial extraction methods reflect weakly bound phases that were partitioned by further chemical weathering of mechanically dispersed materials. Total metal concentrations in soils identify the shallow and locally exposed Pebble West zone with maximum values for Au, Cu, and Mo of 400 ppb, 1,830 ppm, and 27.1 ppm, respectively. This suggests that the geochemistry of soils in shallowly buried portions of the deposit is strongly influenced by the composition of mechanically dispersed material derived directly from the porphyry deposit. In contrast, the deep and completely concealed Pebble East deposit is potentially identified by several of the partial leach techniques. For example, a broad zone of high Mo concentrations determined by the enzyme leach method, which releases metals from amorphous Mn oxides, extends over much of Pebble East (Fig. 5); similar patterns are evident for Ag, As, Br, Ca, Cl, Mg, Re, S, Sb, Se, Tl, V, and W. Many of the anomalies appear to correspond to the surface projection of major faults and dense fracture networks, which have been identified in drill core and that cut the overlying volcanic and sedimentary cover (Smith et al., 2009).

Nonconventional pathfinder elements such as Cl and V are additional indicators of deep, concealed porphyrytype mineralization at Pebble. High V concentrations (>300 ppm) in drill core samples show strong spatial relationships with corresponding anomalous V concentrations (>15 ppm by cold hydro - xylamine hydrochloride leach method) in soils at Pebble East. Similarly, surface and spring waters at Pebble East contain low-level anomalous V concentrations (570 to 3,400 ppt) over the same area. The high V signature of Pebble may be relatively unusual given the previously noted abundance of a strongly vanadiferous rutile not commonly reported from porphyry deposits.

The association of high metal values in soils proximal to faults suggests that there was fault-controlled vertical migration of elements from the porphyry deposit at depth (up to 1,700 m). Although there are many proposed mechanisms responsible for vertical migration through overburden (Kelley et al., 2006), one possible explanation is cyclical dilatancy pumping, a term proposed by Cameron (1998) and Sibson (2001) to reflect the structurally induced permeability cycling that occurs before and after seismic events and which may facilitate the vertical migration. Low-level anomalous element concentrations in surface and spring waters over faults and fractures at Pebble East may reflect such processes.

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Implications for Exploration Porphyry deposits typically occur in clusters within magmatic belts and the likelihood for

additional occurrences of porphyry deposits in southwest Alaska that are similar in age to Pebble is considered high. Traditional exploration methods may not work well in much of this highly prospective area, however, given that more than ~70% of the land area up to 200 km southwest of Pebble comprises Tertiary to Quaternary rocks and sediments. A high level of importance should therefore be placed on development of exploration tools that can detect concealed deposits at a variety of scales. For regional scale, our data show that hydrogeochemistry and till indicator mineral studies may be useful in vectoring towards mineralized areas. For example, gold grain abundance and morphology in till samples target the deposit at distances of about 7 km. At smaller district or deposit scale, soil sampling using partial extraction geochemistry may better delineate targets in concealed areas, particularly those that are deeply buried. Utilizing geophysical data at both regional and local scales in the design of geochemical sampling programs is critical in concealed terranes.

In many cases, the utility of geochemistry in exploring for deeply buried mineralization is hampered by a lack of understanding of the processes by which ore-associated species migrate through overburden. Without this understanding, geochemical anomalies are difficult to interpret in areas that lack subsurface control. Future work in concealed terranes should focus on such process studies. Fonte: SEG Newsletter, nº 80 Data: Janeiro de 2010