2_Capitulo 1_a Internacao Domiciliar

download 2_Capitulo 1_a Internacao Domiciliar

of 35

Transcript of 2_Capitulo 1_a Internacao Domiciliar

  • 8/8/2019 2_Capitulo 1_a Internacao Domiciliar

    1/35

    Uma Proposta de Tecnologia Embarcada na Internao Domiciliar

    Captulo 1 A internao Domiciliar 28

    CAPTULO 1

    A INTERNAO DOMICILIAR

    A Assistncia Mdica Domiciliar conceitua-se como qualquer servio de

    sade prestado por profissional habilitado nesta rea, e realizado no domiclio do

    paciente. Divide-se em atendimento e internao domiciliares.

    O atendimento mdico domiciliar caracteriza-se pela visita ou

    procedimento, isolado ou peridico, realizado no domiclio do paciente, como

    alternativa ao atendimento ambulatorial. Nestas circunstncias o paciente no

    necessita de hospitalizao.

    A Internao Domiciliar (ID), segundo Resoluo n 1.668 do Conselho

    Federal de Medicina (CFM) publicada no Dirio Oficial da Unio em 03 Junho 2003,

    visa atender os pacientes cujo estado de sade permita sua realizao em ambiente

    domiciliar ou no domiclio de familiares. Considerando que o trabalho do mdico,

    como membro da equipe multidisciplinar de assistncia em internao domiciliar,

    imprescindvel para a garantia do bem-estar do paciente, a internao mdicadomiciliar substitui a hospitalizao.

    O estado de sade do paciente, para o ingresso ID, de acordo com

    Mendes (2001), deve corresponder s seguintes condies:

    ? Paciente crnico que pode ser acompanhado em domiclio;

    ? Convalescentes que no necessitam de cuidados mdicos dirios;

    ? Portadores de enfermidades de evoluo prolongada onde

    fundamental o repouso para o tratamento das mesmas;

  • 8/8/2019 2_Capitulo 1_a Internacao Domiciliar

    2/35

    Uma Proposta de Tecnologia Embarcada na Internao Domiciliar

    Captulo 1 A internao Domiciliar 29

    ? Pacientes originados do servio de ortopedia e cirurgia que podem

    se restabelecer em domiclio;

    ? Pacientes que, embora pudessem ser tratados em ambulatrio,

    possuem enfermidade ou condio social que impossibilita ou

    dificulta sua ida ao hospital.

    A autora informa ainda que dentre as patologias mais proponentes ao

    tratamento em condio de ID, listam-se:

    ? Neoplasias;

    ? Acidente vascular cerebral;

    ? Insuficincia cardaca congestiva;

    ? Doena pulmonar obstrutiva crnica;? Diabete mellitus;

    ? Hipertenso arterial sistmica.

    Hoje, os servios de ID apresentados por empresas especialistas na rea,

    como a SOS Vida e a Medlar (com unidades em Salvador - Bahia), so solicitados,

    conforme Mendes (2001), atravs de:

    ? Procura direta do paciente e ou familiares pela ID;

    ? Planejamento de alta precoce de hospitais;? Indicao por um profissional de sade, geralmente o mdico ou

    equipe mdica que acompanha o caso clnico do pacientes.

    Alm destas solicitaes alguns critrios so verificados para a admisso

    de tratamento de pacientes em domiclio. Os critrios brasileiros adotados para

    admisso de um paciente ID conforme Cruz (1999, apud MENDES, 2001) so:

    ? Circunstncias individuais do enfermo ( necessria a anlise do

    impacto da doena no paciente, debilidades funcionais do mesmoe aceitao do tratamento prescrito);

    ? Condies ambientais (estrutura da residncia do paciente ou da

    residncia onde o mesmo ser admitido em ID);

    ? Caractersticas do grupo familiar, isto , os familiares e cuidador

    devem, prover assistncia e cumprir o planejamento da ID proposta

    pelo mdico ou equipe mdica.

  • 8/8/2019 2_Capitulo 1_a Internacao Domiciliar

    3/35

    Uma Proposta de Tecnologia Embarcada na Internao Domiciliar

    Captulo 1 A internao Domiciliar 30

    Leis estabelecem normas de conduta ID, visando o estabelecimento de

    padres:

    ? equipe mdica que prestar assistncia;

    ? Ao cuidador que responde como a pessoa integralmente envolvida

    com o paciente;

    ? estrutura comportamental e psicolgica dos familiares;

    ? s condies tcnicas, ambientais e sociais do domiclio que

    receber este paciente;

    ? s empresas, cooperativas e hospitais prestadores de servios de

    ID;

    ? fiscalizao ao atendimento legal destes servios e contemplam,ainda, critrios para seleo e alta do paciente a ser internado.

    Dentre as leis e decretos, podem-se citar:

    ? Resoluo CFM 1668/2003 que dispe sobre as normas tcnicas

    necessrias assistncia domiciliar de pacientes;

    ? Portaria n 2.416/1998, da Secretaria de Assistncia Sade do

    Ministrio da Sade, que estabelece requisitos para o

    credenciamento de hospitais e critrios para a realizao deassistncia domiciliar no mbito do SUS;

    ? Decreto na Lei de n 10.424/2002, que acrescenta captulo e artigo

    Lei n 8.080/1990, que dispe sobre as condies para a

    promoo, proteo e recuperao da sade, a organizao e o

    funcionamento de servios correspondentes, alm de outras

    providncias regulamentando a Assistncia Domiciliar no SUS;

    ?

    Norma Operacional da Assistncia Sade, organizando o modeloassistencial com nfase no Programa de Sade da Famlia, n

    95/01 aprovado pelo Ministrio da Sade;

    ? Portaria n 2416/98 MS, que trata dos requisitos para

    credenciamento de hospitais e critrios para realizao de

    internao domiciliar.

    Tambm se envolvem no processo de normalizao e regulamentao da

    assistncia domiciliar o Conselho Federal de Medicina, o Conselho Federal de

    Enfermagem, o Ministrio da Sade, Associao Nacional de Vigilncia Sanitria, a

    Agncia Nacional de Sade, as operadoras de planos de sade e as empresas

  • 8/8/2019 2_Capitulo 1_a Internacao Domiciliar

    4/35

    Uma Proposta de Tecnologia Embarcada na Internao Domiciliar

    Captulo 1 A internao Domiciliar 31

    prestadoras destes servios, representadas pela Associao Brasileira das

    Empresas de Internao Domiciliar (ABEMID) e pelo Ncleo Nacional de Empresas

    de Assistncia Domiciliar (NEAD).

    2.1 Sistemas Utilizados na Internao Domiciliar

    Alm dos servios mdicos e hospitalares, toda a estrutura fsica do

    domiclio deve ser adequada s necessidades do paciente, proporcionando-lhe

    conforto e bem-estar, para tanto se tornam necessrios a instalao de

    equipamentos mdico-hospitalares adequados ao monitoramento do paciente em ID.

    O tratamento em domiclio [...] necessita de estruturas montadas nasresidncias dos pacientes que podero incluir, desde uma cama hospitalar,um kit de curativos e procedimentos, um tubo de oxignio ou at mesmouma verdadeira UTI, com equipamentos sofisticados. (MANUAL DO HOMECARE, 2002).

    Os equipamentos comumente utilizados na internao domiciliar, segundo

    entrevista realizada com o Dr. Rogrio Palmeira (2005), para medio dos sinais

    vitais so: o oxmetro para verificar saturao de oxignio e que tambm mede

    freqncia cardaca, o termmetro e o medidor de presso arterial

    (esfigmomanmetro e estetoscpio).

    2.1.1 Medidor Saturao de Oxignio

    O equipamento que mede a saturao perifrica de oxignio no sangue

    chamado de oxmetro. Diferentes tcnicas e tecnologias podem ser empregadas

    para efetuar esta medio, de maneira geral podem dividir-se em: espectrofotometria

    que faz a anlise de hemoglobina in vitro; a oximetria fibrtica que faz uma medio

    no-invasiva da saturao de oxihemoglobina do sangue (oxignio funcional da

    hemoglobina arterial - SpO2); e a oximetria de pulso que se caracteriza como uma

    medio no-invasiva da saturao de hemoglobina no sangue. Esta ltima a mais

    comum na ID por utilizar equipamentos portteis e pequenos (figura 2.1), possuir

    maior confiabilidade e continuidade dos resultados, bem como permitem verificaes

    instantneas do estado de oxigenao arterial do paciente, conforme Pereira (2005).

  • 8/8/2019 2_Capitulo 1_a Internacao Domiciliar

    5/35

    Uma Proposta de Tecnologia Embarcada na Internao Domiciliar

    Captulo 1 A internao Domiciliar 32

    Tais equipamentos possuem sensores ticos (transdutores de oxignio) que so

    colocados em contato com o corpo do paciente, geralmente nos dedos (figura 2.2)

    das mos ou no p (por isso que uma tcnica no-invasiva), que realizam a

    medio e emitem para uma interface (tela), onde possvel verificar os valores

    medidos.

    O princpio de funcionamento do oxmetro de pulso [pois realiza

    medies atravs do ciclo pulstil do corao] baseia-se na lei de Beer-Lambertque

    relaciona a concentrao de um soluto com a intensidade de luz transmitida atravs

    de uma soluo (KNOBEL, 1998 apudFERNANDES; OJEDA; LUCATELLI, 2001).

    Isto , segundo os autores, a medio da saturao de oxignio no sangue

    realizada atravs da emisso e recepo de luz, vermelha e infravermelha,realizadas por leds (diodos de baixa voltagem)e fotoreceptores, respectivamente. A

    luz atravessa o leito vascular pulstil e a parcela de luz transmitida captada do

    outro lado por um fotodetetor. Assim, afirma Pereira (2005), fazendo-se passar um

    feixe de luz de radiao infravermelha pelo dedo do paciente, haver uma

    determinada absoro deste feixe pelo sangue arterial que estiver passando pelo

    dedo. Desta forma o sensor ir medir a intensidade do feixe que chega do outro lado

    do dedo. O feixe vermelho, por sua vez, absorvido pelos tecidos, cartilagens,ossos, sangue venoso, pele etc, por isso os dois leds so ligados e desligados

    alternadamente, de modo a permitir a reduo do erro na absoro do feixe

    infravermelho.

    a) Modelo da marca Masimo b) Modelo da marca Mediaid

  • 8/8/2019 2_Capitulo 1_a Internacao Domiciliar

    6/35

    Uma Proposta de Tecnologia Embarcada na Internao Domiciliar

    Captulo 1 A internao Domiciliar 33

    c) Modelo da marca Masimo

    Figura 2.1 Modelos de oxmetro

    Figura 2.2 Princpio de funcionamento do oxmetro (conveno para emisso e recepo de luz)

    O oxmetro baseia-se em dois princpios de funcionamento:

    oxihemoglobina e a deoxihemoglobina, que se diferem na absoro da luz.

    A exposio da oxi e da desoxihemoglobina ao feixe de luz, faz com quecada uma retenha quantidades diferentes de luz dos dois comprimentos deonda empregados [pelos LEDs vermelho e infravermelho]. Um deles absorvido por ambas e o outro o sendo apenas pela oxihemoglobinapermite, por diferena na reteno desta, estabelecer o seu grau desaturao. Assim o oxmetro de pulso mede a saturao funcional dahemoglobina, ou seja, a porcentagem da oxihemoglobina em relao soma das duas. (SELE et al., 1998).

    A oxihemoglobina (hemoglobina oxigenada) absorve mais luz

    infravermelha, enquanto a deoxihemoglobina (hemoglobina desoxigenada) absorvemais luz vermelha, como pode ser observado no grfico abaixo, onde a faixa de luz

    vermelha est num ou comprimento de onda entre 600-750nm e a faixa de luz

    infravermelha de 850-1000nm, como exposto no grfico a seguir.

  • 8/8/2019 2_Capitulo 1_a Internacao Domiciliar

    7/35

    Uma Proposta de Tecnologia Embarcada na Internao Domiciliar

    Captulo 1 A internao Domiciliar 34

    Figura 2.3 Espectro de absoro da hemoglobina e da oxihemoglobina.

    Fonte: Garcia, 2002.

    Esta emisso de luz est diretamente relacionada com o volume de

    sangue arterial nos tecidos que, conseqentemente, faz alterar a absoro de luz

    durante a pulsao (pletismografia). Ou seja, o sangue saturado em oxignio

    absorve diferentes quantidades de luz, durante a sstole (contrao muscular do

    corao), um novo pulso de sangue arterial penetra no leito vascular

    (oxihemoglobina) e o volume de sangue e a absoro de luz aumentam; e durante a

    distole (relaxamento muscular do corao), o volume de sangue

    (deoxihemoglobina) e a absoro de luz atingem seu ponto mais baixo, pois quando

    o sangue desoxigena a permeabilidade de luz reduzida. Com isso a medio se d

    pela diferena entre a absoro mxima e mnima de luz que depende da existncia

    de hemoglobina oxigenada ou desoxigenada.

    O microprocessador do oxmetro calcula a saturao arterial dahemoglobina em relao ao oxignio (SpO2). Durante o monitoramento o software

    dos equipamentos l os sensores e seleciona os coeficientes adequados para o

    clculo do SpO2. O valor da oximetria expresso em percentual da hemoglobina que

    pode transportar oxignio. As medidas de saturao do oxignio so convertidas

    para um valor real a partir da razo entre a oxihemoglobina e a diferena entre a

    hemoglobina e a soma da carboxihemoglobina com a metahemoglobina. A

    saturao oxignio (SpO2) para adultos situa-se na faixa de 60 a 99%. (PEREIRA,2005).

  • 8/8/2019 2_Capitulo 1_a Internacao Domiciliar

    8/35

    Uma Proposta de Tecnologia Embarcada na Internao Domiciliar

    Captulo 1 A internao Domiciliar 35

    HbO2Saturao Funcional (%) = X 100

    Hb-(CoHb+MetHb)

    Onde:

    ? HbO2=hemoglobina associado ao oxignio (oxihemoglobina);

    Hb=hemoglobina;

    ? CoHb=carboxihemoglobina;

    ? MetHb=metahemoglobina.

    Interferncias externas podem destorcer a leitura do sensor e a mediao

    do SpO2. Estas interferncias podem ser:? Clnicas, que levam a erros na avaliao da oxigenao da

    hemoglobina, tais como metemoglobinemia, carboxiemoglobina,

    reduo da perfuso da extremidade, hipxia, anemia, presena de

    certos compostos qumicos no sangue;

    ? Interferncias na captao do sinal luminoso provocadas por

    excesso de iluminao no ambiente em que se encontra o

    paciente;? Movimentao do paciente;

    ? Mau posicionamento do sensor.

    O oxmetro de pulso tambm fornece a freqncia cardaca,

    coincidentemente com um sinal sonoro proporcional a SpO2.

    2.1.2 Medidor de Freqncia Cardaca

    A freqncia cardaca um indicador do trabalho cardaco, expresso por

    um nmero que retrata os batimentos cardacos por minuto (BPM). A medio da

    freqncia cardaca pode ser dada por um oxmetro, como visto acima, ou atravs

    da eletrocardiografia (ECG).

    O registro da freqncia cardaca atravs do ECG obtido por eletrodos

    posicionados na superfcie da pele do paciente e que formam o desenho de um

    tringulo ao redor do corao. Estes eletrodos, que so pequenas placas metlicas,

    registram a variao do potencial eltrico do corao (derivaes

    eletrocardiogrficas). Nos sistemas atuais tais sinais so filtrados e processados por

  • 8/8/2019 2_Capitulo 1_a Internacao Domiciliar

    9/35

    Uma Proposta de Tecnologia Embarcada na Internao Domiciliar

    Captulo 1 A internao Domiciliar 36

    meio de sistemas computadorizados, gerando expresses grficas e numricas, que

    so interpretadas pelo mdico.

    Waller (1887) foi o primeiro a amostrar que os fenmenos eltricos do

    corao podiam ser captados na superfcie do corpo. Para isso, ele usou eletrodos

    ligados pele e conectados a um galvanmetro. (GARCIA, 2002).

    Um eletrocardigrafo, equipamento que faz a eletrocardiografia e

    consequentemente mede o ECG, deve possuir capacidade de atenuar e retificar

    rudos eltricos do ambiente, portanto constitudo no s de eletrodos, mas

    tambm de filtros e circuitos retificadores (figura 2.4).

    A+

    -

    R1

    R2

    Rg

    C

    C

    Figura 2.4 Esquema de um amplificador (A) para ECG

    Fonte: Garcia, 2002.

    Garcia (2002) informa que o amplificador possui uma entrada capacitiva

    (C) balanceada pelos resistores R1 e R2, e que desta forma os sinais cujas

    voltagens variam com o tempo so amplificados. Os resistores de entrada (R1 e R2)

    servem para balancear os sinais que chegam s entradas positiva e negativa do

    amplificador. O capacitor e de um resistor em cada entrada do amplificador cria uma

    constante de tempo (t=RC) que limita a velocidade de resposta do equipamento

    para sinais rpidos. Estudos tm mostrado que, para registrar os potenciais eltricos

    do corao, essa constante no deve ser maior do que 3ms.Equipamentos portteis que medem a freqncia cardaca so chamados

    de monitores cardacos e so compostos por eletrodos, seletor de derivao, circuito

    de proteo, pr-amplificador, circuito de isolamento eltrico, e outros recursos. So

    alimentados por baterias. Pereira (2005) retrata que o sinal eltrico do corao

    captado e amplificado, as respostas so ajustadas em freqncia e, posteriormente,

    o sinal digitalizado, processado e transmitido. Os sensores utilizados (eletrodos)

    so posicionados nos pulsos e tornozelos do pacientes. A seguir diagrama em

  • 8/8/2019 2_Capitulo 1_a Internacao Domiciliar

    10/35

    Uma Proposta de Tecnologia Embarcada na Internao Domiciliar

    Captulo 1 A internao Domiciliar 37

    blocos de um monitor cardaco, mostrando o posicionamento dos eletrodos e seus

    circuitos.

    Figura 2.5 Diagrama em blocos do monitor cardaco. Fonte: Pereira, 2005.

    Figura 2.6 Circuito de isolao eltrica. Fonte: Pereira, 2005.

  • 8/8/2019 2_Capitulo 1_a Internacao Domiciliar

    11/35

    Uma Proposta de Tecnologia Embarcada na Internao Domiciliar

    Captulo 1 A internao Domiciliar 38

    Abaixo ilustraes de equipamentos (figura 2.7) que realizam a medio

    da freqncia cardaca. Os equipamentos usados na ID so, geralmente portteis,

    como relgios polares e/ou equipamentos que so posicionados no peito ou pulso

    do paciente para a realizao da medio.

    a) Relgio Polar F5 MFC Monitor deFreqncia Cardaca

    b) Sistema de ECG Wireless - LifeSync

    c) Biolog 3000i Vacumed

    Figura 2.7 Modelos de equipamentos de medio da freqncia cardaca

    A freqncia cardaca de adultos em repouso de 60 a 100 batimentos

    por minuto (BPM), e freqncias mais elevadas so consideradas como taquiacardia

    e freqncias mais baixas bradicardia, conforme Garcia (2002). Alguns fatorespodem influenciar nos valores da freqncia cardaca como:

  • 8/8/2019 2_Capitulo 1_a Internacao Domiciliar

    12/35

    Uma Proposta de Tecnologia Embarcada na Internao Domiciliar

    Captulo 1 A internao Domiciliar 39

    ? Posio do corpo: deitado ou imerso na gua a freqncia

    mais baixa do que em p ;

    ? Posio dos eletrodos e cabos: eletrodo posicionado

    perpendicular ao eixo eltrico do corao reduz a sensibilidade;

    cabos mal conectados;

    ? Temperatura: quanto mais alta a temperatura, mais alta a

    freqncia;

    ? Sexo: as mulheres tem a freqncia geralmente de 5 7 BPM

    mais elevados que os homens com o mesmo condicionamento

    fsico;

    ? Estado de nimo: quanto mais tenso tiver o indivduo, mais altaser a sua freqncia;

    ? Meio ambiente: eletricidade esttica causada pela umidade

    baixa do ar;

    ? Quem fuma ou ingere bebidas com cafena tem a freqncia

    aumentada;

    ? M preparao da pele do paciente.

    2.1.3 Medidor de Temperatura

    A medio da temperatura corprea realizada com o auxlio de

    termmetro (figura 2.8a). Com o aquecimento a substncia termomtrica dilatada e

    expandida e o seu coeficiente de dilatao volumtrica. A medio da temperatura

    se d a partir desta expanso, no caso de termmetros de lquido em vidro.

    a) Termmetro clnico analgico

  • 8/8/2019 2_Capitulo 1_a Internacao Domiciliar

    13/35

    Uma Proposta de Tecnologia Embarcada na Internao Domiciliar

    Captulo 1 A internao Domiciliar 40

    b) Termmetro clnico digital Welch Allyn

    Figura 2.8 Modelos de termmetros analgico e digital

    O termmetro clnico apresenta um bulbo de vidro que serve como

    reservatrio para o lquido termomtrico - geralmente o mercrio, acoplado haste

    cilndrica de vidro que oca e graduada. J o termmetro digital composto de um

    circuito eletrnico, visor e bateria (figura 2.8b). Neste a indicao da medio detemperatura obtida atravs de sensores biomdicos apropriados onde o circuito

    lineariza e condiciona o sinal.

    A temperatura determinada, de preferncia, nas regies do corpo que

    possuem irrigao sangnea abundante e superficial ou regies prximas a um

    grande vaso, tais como axila, boca, nus e esfago (GARCIA, 2002). E quando h

    necessidade da monitorao contnua utilizam-se sensores do tipo termistor na

    superfcie da pele, no reto ou no esfago que sendo aquecido transmitir esta

    variao e indicar a temperatura em graus Celsius (PEREIRA, 2005).

    Os valores normais da temperatura do corpo humano, em uma pessoa

    adulta clinicamente normal, esto entre 36 e 37C pela manh, e pela noite se

    desloca para 36,5 a 37,3C.

  • 8/8/2019 2_Capitulo 1_a Internacao Domiciliar

    14/35

    Uma Proposta de Tecnologia Embarcada na Internao Domiciliar

    Captulo 1 A internao Domiciliar 41

    2.1.4 Medidor de Presso Arterial no Invasiva

    Existem vrios mtodos para se obter a presso arterial (PA) no-

    invasiva, entre eles os mtodos palpatrios, ultra-som, doppler, tonometria,

    auscultatrio e oscilomtrico, porm os dois ltimos so os mais utilizados. Os

    mtodos no invasivos baseiam-se na interrupo do fluxo sanguneo para a

    determinao da PA.

    O esfigmomanmetro um dos equipamentos mais utilizados para se

    obter a PA, um mtodo auscultatrio. Consiste de um manmetro (coluna de

    mercrio com uma das extremidades ligada a uma bolsa, que pode ser inflada

    atravs de uma pequena bomba de borracha) como mostra a figura 2.9.

    Figura 2.9 - Esfigmomanmetro

    A bolsa enrolada em volta do brao, a um nvel aproximadamente igual aodo corao, a fim de assegurar que as presses medidas sejam maisprximas s da aorta. A presso do ar contida na bolsa aumentada atque o fluxo sanguneo atravs das artrias do brao seja bloqueado. Aseguir, o ar gradualmente eliminado da bolsa ao mesmo tempo que se usaum estetoscpio para detectar a bolsa da pulsao ao brao. [...] medidaque o ar eliminado, a intensidade do som ouvido atravs do estetoscpioaumenta. A presso correspondente ao ltimo som audvel a pressodiastlica, isto , a menor presso sangunea [...] (OKUNO; CALDAS;CHOW, 1982).

    Pereira (2005) informa que existem hoje no mercado equipamentos que

    automatizam essa atividade, baseados no mtodo oscilomtrico. Com o mesmo

    princpio do esfigmomanmetro, neste mtodo a bolsa colocada no membro do

    paciente e insuflada impedindo a passagem do sangue. Logo aps esta passagem

    liberada gradativamente gerando aumento do sinal oscilatrio.

  • 8/8/2019 2_Capitulo 1_a Internacao Domiciliar

    15/35

    Uma Proposta de Tecnologia Embarcada na Internao Domiciliar

    Captulo 1 A internao Domiciliar 42

    Okuno; Caldas e Chow (1982) observam que em um homem normal, a

    presso manomtrica mxima de cerca de 120mmHg e a presso mnima de

    80mmHg e que alguns fatores podem intervir na medio como:

    ? Posio do corpo: com o paciente na postura sentado ou em p ou

    imerso em gua, a presso varia;

    ? Efeitos da altitude.

    Atualmente existem equipamentos que realizam a leitura da presso

    arterial no invasiva de modo digital, sem necessidade do estetoscpio (figura 2.10).

    a) Esfigmomanmetro de brao b) Esfigmomanmetro digital - Aparelho dePresso de Pulso IntelliSense HEM-609 Omron

    Figura 2.10 Modelos de esfigmomanmetro

    2.1.5 Medidores multiparamtricos

    Atualmente equipamentos multiparamtricos (figura 2.11) so utilizados

    para obter a medio de mais de uma varivel necessria ao monitoramento depacientes em unidades de tratamento intensivo e em ambulncias. Estes

    equipamentos so compostos por mdulos de controladores programveis que so

    definidos de acordo com as necessidades de medio. So equipamentos fixados

    no local que se encontra o paciente (figura 2.11a e 2.11b). Sistemas

    multiparamtricos tambm so encontrados em verses portteis com limitao de

    tempo de monitoramento (figura 2.11c).

  • 8/8/2019 2_Capitulo 1_a Internacao Domiciliar

    16/35

    Uma Proposta de Tecnologia Embarcada na Internao Domiciliar

    Captulo 1 A internao Domiciliar 43

    a) Monitor Dixtal

    b) Monitor Masimo

    c) Monitor porttil Welch Allyn

    Figura 2.11 Modelos de equipamentos multiparamtricos Os monitores multiparamtricos realizam as leituras das variveis da

    mesma forma dos medidores individuais, ou seja, atravs do contato direto desensores biomdicos com o corpo paciente. As variveis detectadas so analisadas

  • 8/8/2019 2_Capitulo 1_a Internacao Domiciliar

    17/35

    Uma Proposta de Tecnologia Embarcada na Internao Domiciliar

    Captulo 1 A internao Domiciliar 44

    atravs de algoritmos adaptveis para o processamento do sinal desejado.

    possvel a comunicao do sinal via rdio-freqncia (como, por exemplo, o

    equipamento da figura 2.11c) ou intranet (como, por exemplo, o equipamento da

    figura 2.11a). Os pacientes so monitorados em uma central que armazena os

    dados coletados na realizao da varredura dos sinais medidos (figura 2.12). Alguns

    equipamentos permitem a aquisio destes dados, em computador, pela conexo

    USB (como, por exemplo, o equipamento mostrado na figura 2.11c) ou interface

    RS232 (como, por exemplo, o equipamento mostrado na figura 2.11b).

    Figura 2.12 - Central de monitoramento

    2.2 Tecnologia Necessria ID

    Avanos nas tecnologias de comunicao permitem que mdicos e

    especialistas acessem informaes de pacientes longe do leito hospitalar. A

    telemedicina conceitua-se como a medicina distncia. Para Lin (1999 apudCRIST,

    2004) o termo telemedicina remete utilizao das telecomunicaes nos

    diagnsticos mdicos e no atendimento ao paciente. Tambm pode ser descrita

    como o transporte de informaes mdicas digitais entre duas locaes com uso das

    atuais tecnologias de comunicao para o monitoramento remoto de pacientes.

  • 8/8/2019 2_Capitulo 1_a Internacao Domiciliar

    18/35

    Uma Proposta de Tecnologia Embarcada na Internao Domiciliar

    Captulo 1 A internao Domiciliar 45

    Prestao de cuidados de sade em situaes em que a distncia umfator crtico, por qualquer profissional de sade usando tecnologias deinformao e de comunicaes para o intercmbio de informao relevantepara o diagnstico, o tratamento e a preveno da doena e danos fsicos(injuries), pesquisa e avaliao, e para a formao continuada dos

    prestadores, subordinada a objetivos de melhoria da sade dos indivduos edas comunidades. (ORGANIZAO MUNDIAL DE SADE, 1990).

    Existem dois tipos diferentes de tecnologias associadas telemedicina:

    ? Tecnologia Store and forward consiste no armazenamento e envio de

    informao distncia. Esta tecnologia utilizada tipicamente em

    situaes de no emergncia, quando o diagnstico ou consulta pode

    ser realizada nas prximas 24 - 48 horas e envio de volta. So

    exemplos desta tecnologia qualquer comunicao assncrona entredois profissionais de sade (ex: troca de e-mails com envio de dados

    ou imagens para a elaborao de diagnstico ou consulta).

    ? Tecnologia Two - way interactive television (IATV) utiliza-se de

    tcnicas de videoconferncia, onde a comunicao se d em tempo

    real entre dois ou mais intervenientes na prtica clnica. utilizada

    quando uma consulta "cara-a-cara" necessria, para teleconsulta e

    o telediagnstico. Esta tecnologia tem diminudo no preo ecomplexidade. Quase todas as especialidades de medicina podem ser

    conduzidas atravs deste tipo de consultas, incluindo psiquiatria,

    medicina interna, reabilitao, cardiologia, pediatria, obstetrcia e

    ginecologia. Existem tambm muitos aparelhos perifricos que podem

    ser ligados a computadores que podem auxiliar no exame interativo do

    paciente. Por exemplo, um estetoscpio permite ao mdico ouvir os

    batimentos cardacos distncia.

    Contudo, a telemedicina restringe-se aos centros de tratamento intensivo

    ou clnicas onde o mdico ou a equipe mdica ficam em um centro separado dos

    pacientes. Como a ID aplica os mesmos princpios da telemedicina para monitorao

    de pacientes distncia, aqui sero expostos tecnologias que se adequam s

    necessidades da internao ID. Contudo, salienta-se que mesmo com o avano

    tecnolgico dos novos equipamentos biomdicos, a capacidade de comunicao

    remota destes ainda se restringe, quase sempre, interface tipo RS232, com

    protocolos de comunicao diferentes para cada equipamento, no existindo uma

  • 8/8/2019 2_Capitulo 1_a Internacao Domiciliar

    19/35

    Uma Proposta de Tecnologia Embarcada na Internao Domiciliar

    Captulo 1 A internao Domiciliar 46

    padronizao nos protocolos, conforme afirma Crist et al (2004), e confirmado

    atravs de pesquisas com os manuais dos equipamentos dos fabricantes: Oximax,

    Dixtal, Criticare System, CE, Medical System, Ohmeda e Masimo.

    2.2.1 Tecnologia Embarcada

    Para o caso aqui estudado, o sistema mecatrnico atuar na aquisio de

    informaes do meio, processamento, monitorao, transmisso e aes sobre as

    informaes coletadas. Com a aquisio de sinais e o processamento digital destes

    sinais, o sistema gera como sada, informaes, fora e movimento. Para tanto, os

    sistemas mecnicos so integrados com sensores, microprocessadores econtroladores. Sendo assim, podem detectar variaes paramtricas e ambientais e,

    aps o processamento adequado destas informaes, reagirem a essas

    perturbaes de modo a restaurar uma situao de equilbrio. Podem, tambm,

    seguir comandos externos para realizar determinadas tarefas.

    Ouve-se muito falar de Sistemas Mecatrnicos como dispositivos

    inteligentes, sendo que o termo inteligente, nesse caso, refere-se incluso de

    elementos como a lgica, capacidade de reao a estmulos e ao uso dacomputao como crebro. (LEPIKSON, 2005).

    Dentro deste conceito alguns sistemas vm sendo estudados. Um sistema

    de transmisso e monitoramento de sinais vitais, pela internet, estudado pela

    Universidade Federal de Santa Catarina, permite ao mdico acompanhar, distncia

    e em tempo real, o estado do paciente atravs de uma plataforma de aquisio,

    transmisso e monitoramento de sinais biolgicos. A transmisso destes sinais pela

    internet ou via rdio-freqncia, elimina o uso de cabos de ligao ponto a ponto. Noentanto, a dificuldade observada neste sistema estende-se, segundo Pizarro (2003),

    ao uso de internet de banda larga para suportar a velocidade e a qualidade da

    transmisso em tempo real (para atender as necessidades de atuao), problema

    acentuado pela indisponibilidade de conexes de alta velocidade nos hospitais.

    Em outro estudo observado, conforme Nanbu (2002), o uso dos

    sensores para aquisio dos sinais de ECG e saturao do oxignio no sangue, que

    so instalados na cama ou na banheira, de modo a permitir a aquisio contnua

    destes. Estes dados so armazenados em um servidor, transformados em imagem e

  • 8/8/2019 2_Capitulo 1_a Internacao Domiciliar

    20/35

    Uma Proposta de Tecnologia Embarcada na Internao Domiciliar

    Captulo 1 A internao Domiciliar 47

    enviados para o mdico remotamente, atravs da tecnologia www e linguagem

    JAVA, de acordo com a figura 2.13.

    Warren; Yao e Barnes (2002) informam que foi desenvolvido um sistema

    de monitoramento pessoal (figura 2.14) que realiza a medio da freqncia

    cardaca. O sistema porttil permite que o paciente tenha seus sinais de freqncia

    cardaca gravada num dispositivo preso cintura, que quando descarregados, estes

    sinais podem ser transmitidos para o mdico.

    Figura 2.13 - Sistema de transferncia do ECG usando JAVA script. Fonte: Nanbu, 2002 (adaptado)

    Figura 2.14 - Prottipo do sistema pessoal de monitoramento. Fonte: Warren, Yao e Barnes, 2002. Outros estudos podem ser verificados em patentes internacionais. E

    algumas destas patentes, de interesse mais relevante para este trabalho, so

    descritas no anexo A.

  • 8/8/2019 2_Capitulo 1_a Internacao Domiciliar

    21/35

    Uma Proposta de Tecnologia Embarcada na Internao Domiciliar

    Captulo 1 A internao Domiciliar 48

    2.2.2. Interfaces homem-mquina dos equipamentos biomdicos

    A visualizao dos dados monitorados por equipamentos biomdicos

    permitida com as telas ou displays destes equipamentos. Estas interfaces

    geralmente so projetadas para uma visualizao rpida e tcnica dos dados.

    Para Moraes e Pequini (2000), as telas ou mostradores fornecem

    informaes a respeito do progresso da produo, o operador percebe a informao

    (percepo) e deve entend-la e acess-la corretamente (interpretao), com base

    na sua interpretao e seus conhecimentos prvios (cognio) ele toma decises.

    Para os equipamentos biomdicos as informaes fornecidas mostram o progressoe/ou a leitura atual de um sinal vital onde, os operadores mdicos, auxiliares e

    enfermeiros, tomam decises para controle e acompanhamento do estado de sade

    de um paciente. Na ID, alm de operadores especializados, o papel do cuidador

    pode ser assumido por um leigo na rea mdica e, neste caso, a interpretao e

    cognio dos sinais vitais mostrados nas IHMs pode caracterizar-se como uma

    tarefa difcil. Um bom exemplo desta situao pode ser vista num ambiente

    hospitalar onde os acompanhantes de pacientes tm reao de susto quando osequipamentos piscam ou alarmam, por no entender bem o que se passa.

    A interpretao e cognio de informaes tambm esto associadas

    percepo cromtica e alterao do ciclo. Um sinal vermelho, num primeiro

    momento, pode parecer um sinal de alerta e cuidado, bem como a mudana

    repentina de um ciclo (como por exemplo um grfico de ECG).

    As telas dos equipamentos biomdicos geralmente emitem informaes

    com caracteres alfanumricos e grficos. Tambm possuem botes de configuraodo equipamento, de liga/desliga e de desligamento do alarme sonoro.

    Na figura 2.15, o nvel de saturao do oxignio (%SpO2) observado

    pelo nmero vermelho, que tem um grfico de controle do avano da saturao

    atravs da esquerda lateral esquerda (SIQ) que, ao subir e descer indica a elevao

    e reduo da saturao, respectivamente. O nmero em verde indica a freqncia

    cardaca (BPM) e o grfico lateral direito (PI) indica o aumento ou diminuio da

    freqncia. Ao atingir a freqncia crtica mxima acende-se uma luz vermelha no

    topo do grfico direito e o alarme sonoro acionado e, quando for mnima, acende-

    se a luz verde no topo do grfico esquerdo (FastSat).

  • 8/8/2019 2_Capitulo 1_a Internacao Domiciliar

    22/35

    Uma Proposta de Tecnologia Embarcada na Internao Domiciliar

    Captulo 1 A internao Domiciliar 49

    Figura 2.15 Oxmetro de pulso - realiza medio da saturao do oxignio e freqncia cardaca.

    No modelo de oxmetro mostrado na figura 2.16 a freqncia cardaca

    mostrada do lado esquerdo e a saturao de oxignio do lado direito do visor. Acima

    tem-se o grfico de evoluo de ECG.

    Figura 2.16 Oxmetro de pulso - realiza medio da saturao do oxignio e freqncia cardaca.

    J os monitores multiparamtricos, que realizam a medio e visualizao

    de vrios sinais vitais ao mesmo tempo, apresentam telas maiores, mas com omesmo grau de detalhamento de informaes dos equipamentos menores (figura

  • 8/8/2019 2_Capitulo 1_a Internacao Domiciliar

    23/35

    Uma Proposta de Tecnologia Embarcada na Internao Domiciliar

    Captulo 1 A internao Domiciliar 50

    2.17). No lado esquerdo da tela so visualizados os grficos de ECG e presso

    arterial no-invasiva. No lado direito os valores do pulso (freqncia cardaca),

    temperatura, saturao de oxignio e presso sistlica e diastlica. Botes de

    desligamento dos alarmes sonoros so posicionados prximo aos mostradores das

    variveis que controlam. Tambm so vistos botes de configurao e o boto de

    desligamento central do alarme sonoro.

    Figura 2.17 Monitor multiparamtrico - realiza medio da saturao do oxignio, freqnciacardaca, temperatura e presso arterial (sistlica e diastlica)

    2.2.3 Tecnologias de comunicao

    Os avanos nas tecnologias de comunicao incrementaram o

    desenvolvimento da telemedicina. As redes locais de computadores associadas ao

    avano dos equipamentos biomdicos, sofisticaram os diagnsticos mdicos

    distncia. Entretanto a capacidade de comunicao remota destes equipamentos

    ainda est limitada ao uso dentro do ambiente hospitalar em sistemas que se

    configuram como inadequados para comunicao distncia.

    As tecnologias abaixo descritas possivelmente permitiro uma aplicao

    mais adequada comunicao distncia como pretendido neste projeto.

  • 8/8/2019 2_Capitulo 1_a Internacao Domiciliar

    24/35

    Uma Proposta de Tecnologia Embarcada na Internao Domiciliar

    Captulo 1 A internao Domiciliar 51

    a) Internet e intranet

    A internet e a intranet constituem-se de uma rede de computadores

    interligados, e com possibilidade para acesso de informaes e transferncia dedados. Utilizam o mesmo protocolo de dados TCP/IP (Transmission Control

    Protocol/ Internet Protocol), sendo que a intranet de uso privado.

    A utilizao de internet/intranet pelos profissionais da sade e seuspacientes vem aumentando de forma significativa nos ltimos anos. Osprotocolos da Internet/Intranet, como o TCP/IP e o UDP, so comuns nodesenvolvimento de aplicaes do dia-a-dia, de forma que representamferramentas altamente testadas e qualificadas para a transmisso deinformaes. Os sinais vitais como o sinal de eletrocardiograma (ECG), a

    freqncia cardaca e a temperatura, entre outros tambm podem serdivididos em pacotes e transmitidos com o protocolo UDP, por exemplo.(SIAU, 2003 apud CHRIST, 2004).

    O sistema de comunicao intranet combina funes de um ponto de

    acesso com um hubou switchcom ou sem fio, como mostra a figura 2.18. Tem-se

    como principais benefcios a economia na comunicao em locais onde fcil a

    passagem de fios dos computadores da rede, como em hospitais e centros de

    tratamento. As informaes podem ser facilmente atualizadas e o acesso pelosusurios feito de forma fcil e intuitiva.

    Cliente 1 Cliente 2 Cliente 3 Cliente 4 Cliente 5

    Servidor

    Figura 2. 18 Sistema de comunicao intranet

  • 8/8/2019 2_Capitulo 1_a Internacao Domiciliar

    25/35

    Uma Proposta de Tecnologia Embarcada na Internao Domiciliar

    Captulo 1 A internao Domiciliar 52

    A internet oferece servios de comunicao de modo desburocratizado,

    dispensando o controle centralizado, atravs de navegador e redes TCP/IP (figura

    2.19).

    O sistema IP permite que as informaes sejam encaminhadas de uma

    rede para outra, isto , atravs da comunicao IP possvel haver a troca de

    mensagens; levar pacotes de dados da origem para o destino. O protocolo TCP

    um protocolo do nvel da camada de transporte e orienta a comunicao, permite a

    conexo ponto-a-ponto, possibilita a comunicao direcional, possibilita mltiplas

    conexes, possibilita o envio de pacotes de forma ordenada e controla o fluxo deste

    envio. Durante a conexo, o protocolo TCP responsvel pelo estabelecimento da

    ligao, transferncia de dados e trmino da ligao.

    Figura 2.19 Sistema de comunicao internet

    O protocolo de transporte UDP (User Datagram Protocol), tal como o TCP

    responsvel pelo envio e recebimento de mensagens, contudo no orientado conexo. Isto , no possui mecanismos para incio e encerramento da conexo,

    negociao de tamanhos de pacotes e retransmisso de pacotes corrompidos.

    Diferentemente do protocolo TCP que fornece integridade dos dados (os dados

    chegaram em ordem correta?) e garantia na entrega destes dados (os dados

    alcanaram o destino?), o UDP fornece a integridade de dados mas no fornece

    garantia na entrega. Com isso o TCP permite o transporte de dados de forma

    confivel, garantindo que os dados cheguem ntegros ao destino e, em tempo real,permite que estes dados cheguem na mesma seqncia que foi especificada no

  • 8/8/2019 2_Capitulo 1_a Internacao Domiciliar

    26/35

  • 8/8/2019 2_Capitulo 1_a Internacao Domiciliar

    27/35

    Uma Proposta de Tecnologia Embarcada na Internao Domiciliar

    Captulo 1 A internao Domiciliar 54

    Ao realizar uma chamada de voz ou dados, o celular envia uma

    mensagem rdio-base. Esta mensagem processada e aceita pelo terminal de

    controle, da concedida ondas de rdio-freqencia disponveis no momento da

    chamada.

    Estudos em 1995, conforme Zang e Kevin (2003) mostraram a

    possibilidade do uso de modens e celulares para transmisso remota de raios-X,

    com a utilizao de um telefone celular, com carto de dados, conectado a um

    modem. A imagem, com qualidade satisfatria, era emitida para o celular em formato

    JPEG atravs de comandos dedicados da AT&T (American Telephone and

    Telegraph) e protocolo ETC (Extra Throughput Cellular). AT (Attention Command)

    so comandos que convertem os sinais analgicos em sinais digitais paratransmisso por linha telefnica, utilizados para programar modems. Para que oprograma de comunicao possa falar com o modem utilizado o protocolo ETC

    A tecnologia GPRS (General Packet Radio Service) permite, por meio do

    uso de celulares, o envio e o recebimento de dados pela rede IP, com taxas de

    transmisso de 26 a 40kbit/s, podendo chegar a 171,2 kbit/s, e sem o

    estabelecimento de ligaes telefnicas. Se baseia em acoplar cartes de dados em

    aparelhos com tecnologia GSM para comunicao contnua e sem fio.Algumas desvantagens so apresentadas na comunicao via celular,

    dentre elas a taxa de erros em links de rdio, no oferecendo estabilidade da

    qualidade de transmisso, podendo variar em funo das sombras de rdio

    provocadas por interferncias e obstculos como edifcios, acidentes geogrficos,

    chuva, neblina etc. Desta forma a taxa de transmisso de 10kbps pode cair para1kbps ou at ser interrompida.

  • 8/8/2019 2_Capitulo 1_a Internacao Domiciliar

    28/35

    Uma Proposta de Tecnologia Embarcada na Internao Domiciliar

    Captulo 1 A internao Domiciliar 55

    Figura 2.20 Sistema de comunicao de dados por rdio-freqncia em tecnologia GPRS

    c) Comunicao via satlite

    Tecnologia praticada, pela telemedicina, em lugares que esto alm doalcance de redes de computadores ou dos servios de telecomunicaes

    convencionais, nestes casos a comunicao via satlite a melhor opo para o

    acesso da Internet. O servio fornece o acesso store-and-forwardda Internet aos

    profissionais de sade no mundo.

    O sistema store-and-forward uma tcnica das telecomunicaes em que

    a mensagem emitida a uma estao intermediria onde mantida e emitida para o

    destino final posteriormente, no mantendo comunicao em tempo real. Em geraleste sistema usado nas redes com conectividade intermitente, especialmente em

    regies e ambientes mais afastados dos centros urbanos. So utilizados satlites

    relativamente baratos, de rbita baixa da Terra.

    d) Comunicao ponto a ponto

    A comunicao RS-232 (Recommended Standard-232) um padro para

    troca de dados binrios entre terminais de dados, por exemplo, equipamentos.

    Permite a comunicao de dados digitais entre um servidor e terminal ou entre dois

  • 8/8/2019 2_Capitulo 1_a Internacao Domiciliar

    29/35

    Uma Proposta de Tecnologia Embarcada na Internao Domiciliar

    Captulo 1 A internao Domiciliar 56

    terminais, atravs das especificaes dos nveis de tenso, temporizao e funo

    dos sinais. A palavra padro do RS-232 utiliza cdigo ASCII - American Standard

    Code for Information Interchange, com formato de dados e comunicao

    assncronos.

    Hoje a comunicao local atravs do protocolo USB, que mais rpida e

    com conectores simplificados, tende a substituir o protocolo RS-232. Contudo, os

    equipamentos mdicos de monitorao de dados vitais ainda utilizam o protocolo

    RS-232 (APNDICES B e C).

    So variveis de comunicao serial que possibilitam a sincronizao

    durante o envio e o recebimento de dados: bit de parada; bit de paridade, bit de

    dados e baud ratem - velocidade de envio de dados. Na comunicao serial, atransmisso de uma mensagem realizada bit a bit, onde cada bit representa uma

    parte da mensagem. Os bits individuais so ento rearranjados no destino para

    compor a mensagem original. Em geral, um canal ir passar apenas um bit por vez.

    Aps a transmisso individual, os oito bits enviados so convertidos na mensagem

    atravs de oito canais paralelos. A codificao para envio de uma palavra-padro no

    protocolo RS-232 utiliza 10 bits: um bit de incio seguido por sete ou oito bits de

    dados e um ou dois bits de parada.A taxa de transferncia (baud rate) refere-se velocidade com que os

    dados so enviados atravs de um canal e medido em transies eltricas por

    segundo. As taxas de transferncia podem variar de 300, 1200, 2400, 4800, 9600 e

    19200 bps. Para que haja comunicao entre dois terminais, as taxas de

    transferncia de dados devem ser iguais.

    Um pacote de dados sempre comea com um nvel lgico 0 (start bit)

    para sinalizar ao receptor que a transmisso foi iniciada, desta forma a temporizaono receptor iniciada. Seguido do start bit, oito bits de dados de mensagem so

    enviados na taxa de transferncia especificada. O pacote concludo com os bits de

    paridade e de parada (stop bit).

  • 8/8/2019 2_Capitulo 1_a Internacao Domiciliar

    30/35

    Uma Proposta de Tecnologia Embarcada na Internao Domiciliar

    Captulo 1 A internao Domiciliar 57

    Figura 2.21 Esquematizao do pacote de dados

    Fonte: Canzian, 199-?

    O bit de paridade adicionado ao pacote de dados com o propsito dedeteco de erro. Na conveno de paridade-par (even-parity), o valor dobit de paridade escolhido de tal forma que o nmero total de dgitos 1 dosdados adicionados ao bit de paridade do pacote seja sempre um nmeropar. Na recepo do pacote, a paridade do dado precisa ser recomputadapelo hardware local e comparada com o bit de paridade recebido com osdados. Se qualquer bit mudar de estado, a paridade no ir coincidir e umerro ser detectado. Se um nmero para de bits for trocado, a paridadecoincidir e o dado com erro ser validado. Contudo, uma anlise estatsticados erros de comunicao de dados tem mostrado que um erro com bitsimples muito mais provvel que erros em mltiplos bits na presena derudo randmico. Portanto, a paridade um mtodo confivel de detecode erro. (Canzian, 199-?)

    O terminal de dadosou equipamento que faz o processamento do sinal chamado de DTE - Data Terminal Equipment e o equipamento que faz a

    comunicao dos dados chamado DCE Data Circuit-terminating Equipment

    (figura 3.18). Os cabos utilizam de 9 a 25 pinos. O acoplamento entre os terminais

    realizado por um canal de comunicao fsico (fio) com conectores macho e/ou

    fmea em forma de D, com 9 ou 25 pinos, classificados como DB9 ou DB25,respectivamente (figura 2.23 e 2.24).

  • 8/8/2019 2_Capitulo 1_a Internacao Domiciliar

    31/35

    Uma Proposta de Tecnologia Embarcada na Internao Domiciliar

    Captulo 1 A internao Domiciliar 58

    Os sinais carregados nos pinos dos conectores so especificados no

    quadro abaixo.

    Quadro 2.1 - Sinais dos conectores RS-232 DB9

    PINO SINAL IN/OUT DESCRIO

    1 DCD In Porta ou sinal detectadO

    2 RxD ou RD ou RX In Recepo de dados

    3 TxD ou TD ou TX Out Transmisso de dados

    4 DTR Out Terminal de dados pronto

    5 GND ou SG - Terra

    6 DSR In Conjunto de dados pronto

    7 RTS Out Pronto para enviar (computador)8 CTS In Envie os dados (modem)

    9 RI In Indicador de telefone tocando

    Quadro 2.2 - Sinais dos conectores RS-232 DB25

    PINO NOME DESCRIO

    Sinais de Terra

    1 Shield Sinal de terra de proteo (malha de aterramento do cabo

    e carcaa do conector).7 Ground(GND) Sinal de terra utilizado como referncia para outros sinais.

    Canal de Comunicao Primrio

    2 TransmittedData(TxD)

    Este sinal est ativo quando dados estiverem sendotransmitidos do DTE para o DCE. Quando nenhum dadoestiver sendo transmitido, o sinal mantido na condiode marca (nvel lgico 1, tenso negativa).

    3 Received Data(RxD)

    Este sinal est ativo quando o DTE receber dados doDCE. Quando o DCE estiver em repouso, o sinal mantido na condio de marca (nvel lgico 1, tenso

    negativa).4 Request To

    Send(RTS)Este sinal habilitado (nvel lgico 0) para preparar oDCE para aceitar dados transmitidos pelo DTE. Estapreparao inclui a habilitao dos circuitos de recepo,ou a seleo a direo do canal em aplicaes half-duplex. Quando o DCE estiver pronto, ele respondehabilitando o sinal CTS.

    5 Clear To Send(CTS)

    Este sinal habilitado (nvel lgico 0) pelo DCE parainformar ao DTE que a transmisso pode comear. Ossinais RTS e CTS so comumente utilizados no controledo fluxo de dados em dispositivos DCE.

  • 8/8/2019 2_Capitulo 1_a Internacao Domiciliar

    32/35

    Uma Proposta de Tecnologia Embarcada na Internao Domiciliar

    Captulo 1 A internao Domiciliar 59

    Canal de Comunicao Secundrio

    6 DCE Ready(DSR)

    Tambm chamado de Data Set Ready. Quando originadode um modem, este sinal habilitado (nvel lgico 0)quando as seguintes forem satisfeitas:

    1 - O modem estiver conectado a uma linha telefnicaativa e fora do gancho;2 - O modem estiver no modo dados;3 O modem tiver completado a discagem e est gerandoum tom de respota. Se a linha for tirada do gancho, umacondio de falha for detectada, ou uma conexo de vozfor estabelecida, o sinal DSR desabilitado (nvel lgico1).

    20 DTE Ready(DTR)

    Tambm chamado de Data Terminal Ready. Este sinal habilitado (nvel lgico 0) pelo DTE quando fornecessrio abrir o canal de comunicao. Se o DCE for

    um modem, a habilitao do sinal DTR prepara o modempara ser conectado ao circuito do telefone, e uma vezconectado, mantm a conexo. Quando o sinal DTR fordesabilitado (nvel lgico 1), o modem muda para acondio no gancho e termina a conexo.

    8 Received LineSignal Detector(CD)

    Tambm chamado de Data Carrier Detect (DCD). Estesinal relevante quando o DCE for um modem. Ele habilitado (nvel lgico 0) quando a linha telefnica estfora do gancho, uma conexo for estabelecida, e um tomde resposta comear a ser recebido do modem remoto.Este sinal desabilitado (nvel lgico 1) quando no

    houver tom de resposta sendo recebido, ou quando o tomde resposta for de qualidade inadequada para o modemlocal.

    12 SecondaryReceived LineSignal Detector(SCD)

    Este sinal equivalente ao CD, porm refere-se ao canalde comunicao secundrio.

    22 Ring Indicator(RI)

    Este sinal relevante quando o DCE for um modem, e habilitado (nvel lgico 0) quando um sinal de chamadaestiver sendo recebido na linha telefnica. A habilitaodesse sinal ter aproximadamente a durao do tom de

    chamada, e ser desabilitado entre os tons ou quando nohouver tom de chamada presente.

    23 Data SignalRate Selector

    Este sinal pode ser originado tanto no DTE quanto noDCE (mas no em ambos), e usado para selecionar umde dois baud rates pr-conffigurados. Na condio dehabilitao (nvel lgico 0) o baud rate mais alto selecionado.

  • 8/8/2019 2_Capitulo 1_a Internacao Domiciliar

    33/35

    Uma Proposta de Tecnologia Embarcada na Internao Domiciliar

    Captulo 1 A internao Domiciliar 60

    Sinais de Transmisso e Recepo de Tempos

    15 TransmitterSignalElement Timing

    (TC)

    Tambm chamado de Transmitter Clock(TxC). Este sinal relevante apenas quando o DCE for um modem e operarcom um protocolo sncrono. O modem gera este sinal de

    clock para controlar exatamente a taxa na qual os dadosesto sendo enviado pelo pino TxD, do DTE para o DCE.A transio de um nvel lgico 1 para nvel lgico 0nessa linha causa uma transio correspondente para oprximo bit de dado na linha TxD.

    17 Receiver SignalElementTiming(RC)

    Tambm chamado de Receiver Clock (RxC). Este sinal similar ao sinal TC descrito acima, exceto que ele forneceinformaes de temporizao para o receptor do DTE.

    24 TransmitterSignalElement Timing(ETC)

    Tambm chamado de External Transmitter Clock. Ossinais de temporizao so fornecidos externamente peloDTE para o uso por um modem. Este sinal utilizadoapenas quando os sinais TC e RC no esto sendoutilizados.

    Sinais de Teste do Canal de Comunicao

    18 Local Loopback(LL)

    Este sinal gerado pelo DTE e usado para colocar omodem no estado de teste. Quando o sinal LL forhabilitado (nvel lgico 0), o modem redireciona o sinalde sada modulado, que normalmente vai para o linhatelefnica, de volta para o circuito de recepo. Istohabilita a gerao de dados pelo DTE serem ecoadosatravs do prprio modem. O modem habita os sinal TMreconhecendo que ele est na condio de loopback.

    21 RemoteLoopbalk(RL)

    Este sinal gerado pelo DTE e usado para colocar omodem remoto no estado de teste. Quando o sinal RL habilitado (nvel lgico 0), o modem remotoredirecionaseus dados recebidos para a entrada, voltando para omodem local. Quando o DTE inicia esse teste, o dadotransmitido passa atravs do modem local, da linhatelefnica, do modem remoto, e volta, para exercitar ocanal e confirmar sua integridade.

    25 Test Mode(TM)

    Este sinal relevante apenas quando o DCE ummodem. Quando habilitado (nvel lgico 0), indica que omodem est em condio de teste local (LL) ou remoto(RL).

    Fonte: Canzian, 199-?

  • 8/8/2019 2_Capitulo 1_a Internacao Domiciliar

    34/35

    Uma Proposta de Tecnologia Embarcada na Internao Domiciliar

    Captulo 1 A internao Domiciliar 61

    Figura 2.22 Especificao de pinagem do conector macho DB9 e DB25

  • 8/8/2019 2_Capitulo 1_a Internacao Domiciliar

    35/35

    Uma Proposta de Tecnologia Embarcada na Internao Domiciliar

    Captulo 1 A internao Domiciliar 62

    Figura 2.23 Especificao de pinagem do conector fmea DB9 e DB25