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2º BOLETIM INFORMATIVO ABAHSD 2014 Prezados amigos e associados Temos nos esforçado muito no nosso trabalho de divulgação da ABAHSD e conscientização dos órgãos públicos no que tange ao atendimento especializado dos alunos com altas habilidades/superdotação, da rede Estadual, Municipal e Particular que por Lei têm este direito adquirido. Em anos anteriores tínhamos conseguido avançar um pouco, mas em 2014 a ABAHSD devido à mudança em sua diretoria encontrou dificuldades neste avanço, devido aos trâmites burocráticos exigidos, tanto do poder público como do poder privado para a legalização da documentação. Nós traçamos os caminhos que a ABAHSD iria percorrer em 2014, mas sem dúvida estas burocracias nos atrapalharam um pouco e alguns dos nossos objetivos não serão realizados no momento, tivemos que priorizá-los e concluímos que a prioridade seria o curso de formação de professores que se encontra em andamento. Página 1 de 12 Associação Brasileira para Altas Habilidade/Superdotados

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2º BOLETIM INFORMATIVO

ABAHSD 2014

Prezados amigos e associados

Temos nos esforçado muito no nosso trabalho de divulgação da ABAHSD e conscientização dos órgãos públicos no que tange ao atendimento especializado dos alunos com altas habilidades/superdotação, da rede Estadual, Municipal e Particular que por Lei têm este direito adquirido. Em anos anteriores tínhamos conseguido avançar um pouco, mas em 2014 a ABAHSD devido à mudança em sua diretoria encontrou dificuldades neste avanço, devido aos trâmites burocráticos exigidos, tanto do poder público como do poder privado para a legalização da documentação. Nós traçamos os caminhos que a ABAHSD iria percorrer em 2014, mas sem dúvida estas burocracias nos atrapalharam um pouco e alguns dos nossos objetivos não serão realizados no momento, tivemos que priorizá-los e concluímos que a prioridade seria o curso de formação de professores que se encontra em andamento.

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Associação Brasileira para Altas Habilidade/Superdotados

Loja Maçônica Colunas de Jerusalém

Nossos agradecimentos a Loja

Maçônica “Colunas de Jerusalém”,

situada à Rua José Carvalho nº 334, no

Bairro Ilha de Santa Maria que

incentiva e colabora com os projetos de

música (flauta, violão e teclado) que

acontece com alunos encaminhados pela

ABAHSD. Todas as quartas feiras pela

manhã no espaço cedido e com

professor contratado por esta entidade

fazendo alunos e famílias felizes em

poder ajudar seus filhos a desenvolver

o seu talento.

ABAHSD

Professora responsável pelo Projeto de Música Eni Bermond, Diretor da Loja Maçônica “Colunas de Jerusalém”.

Projeto acompanhado pelos Professores Adriane Nascimento Nunes e Roberto Carlos Machado.

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EVENTOS ABAHSD 2014/2014

PARTICIPAÇÃO COMITE DE ÉTICA DA FAESA;

PARTICIPAÇÃO DO CONSELHO INSTITUCIONAL

DA SEDU;

PARTICIPAÇÃO DO FORUM DE EDUCAÇÃO

INCLUSIVA DA UFES;

PARTICIPAÇÃO NO CONSELHO DA CRIANÇA E DO

ADOLESCENTE DE VITÓRIA (CONCAV);

PARTICIPAÇÃO NO TERCEIRO SETOR

CONECTADO (JOÃO XXII);

ACOMPANHAMENTO DE ALUNOS NO CURSO DE

MÚSICA DA LOJA MAÔNICA “COLUNAS DE

JERUSALÉM”;

CURSO DE FORMAÇÃO EM ALTAS HABILIDADES

/SUPERDOTAÇÃO;

PROJETOS: CINEMA/TEATRO/PINTURA EM

TELA/NAAH’S;

PROJETO DE ROBÓTICA EDUCACIONAL/NAAH’S.

CURSO DE ARTES CÊNICAS DA U.V.V.

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O Fenômeno das Altas Habilidades/Superdotação

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1 – Introdução

O atendimento de alunos com altas habilidades/superdotação tem recebido cada vez mais atenção em países dos

mais diversos continentes, o reconhecimento da necessidade de se fazer um atendimento diferenciado a este grupo

de pessoas que se destaca por um potencial superior não é algo recente. “Tal fato ocorreu com maior intensidade

em distintos momentos ao longo da História, tendo diferentes sociedades enaltecido talentos diversos, de acordo

com as suas necessidades e valores” (ALENCAR, 1993. P. 77).

2 – A amplitude de domínios na caracterização da superdotação

Ourofino e Guimarães (2007) consideram a superdotação como um fenômeno multidimensional, agregando os

conhecidos aspectos do desenvolvimento, afetivo, cognitivo e psicomotor, discutido na obra de Piaget, que apontam

para a necessidade do não esquecimento de que o conceito da superdotação tem influência no contexto histórico

cultural, tal como descritos nas obras de Vigotsky e Paulo Freire, variando em culturas diferentes conforme

momento histórico social. Afirmam elas, que a definição de quem é ou não considerado com altas habilidades e

superdotado é divergente mesmo entre profissionais da área. Afirmam, também, que o indivíduo para ser

considerado superdotado em qualquer domínio, seja ele intelectual, artístico, criativo, social, psicomotor ou

esportivo tem que demonstrar habilidades acima da média.

Silverman (2002), (apud Ourofino e Guimarães, 2007, p. 43), ao definir o superdotado, o declara:

[...] como um indivíduo que possui um desenvolvimento assincrônico entre habilidades intelectuais, psicomotoras,

características afetivas e aspectos do desenvolvimento cronológico. Essa assincronia pode ser traduzida por

desenvolvimentos não lineares, característicos do superdotado, e que seriam os geradores de sentimentos de descompasso do

indivíduo em relação a si mesmo e à sociedade.

Estas autoras citam que Piechowski considera que indivíduos com altas habilidades, praticamente, costumam

demonstrar domínio para se expressar em várias áreas, da intelectual a psicomotora, da emocional aos sentidos,

inclusive na imaginativa. Que vivenciam de modo sensível e intenso seu próprio desenvolvimento, com a

superexcitação que lhes é característica.

Winner (1998, p. 19-20) ao rebater o Mito que denomina de Sobredotação Global, em que se acredita que crianças

sobredotadas possuem potencial intelectual geral que lhes permite demonstrar alta capacidade “em toda a linha”. E

faz a asserção de que “[...] a criança que apresenta uma combinação de pontos fortes e fracos a nível acadêmico,

revela ser a regra não a exceção”. Mesmo demonstrando alto desempenho em determinada área acadêmica podem

sentir dificuldade em outra. Também, revelam muito precocemente aptidões específicas. Logo, se optam por um

determinado domínio como matemática ou linguagem, não o fazem por acaso.

Embora com denominações diversas, conforme Sabatella (2005, p. 64) “[...] muitas mudanças vêm ocorrendo na

definição de superdotação, sendo que as principais são no sentido de torná-la um conceito multidimensional, que

inclua não apenas habilidade intelectual superior, mas uma variedade de talentos em áreas diversas”. Diversos

pesquisadores, já deixam de considerá-la apenas sob o aspecto intelectual e ampliam esse conceito anterior

associando-o a outros relevantes, em um leque formado por outras habilidades, tais como: “[...] criatividade,

liderança, talento específico, curiosidade e interesse altamente superior ao da faixa etária”. Sendo essa uma das

razões pela qual indivíduos com alta capacidade são considerados participantes de um grupo heterogêneo que podem

se destacar diferentemente por inúmeras habilidades superiores.

PASSOW, MÖNKS e HELLER (1993, p. 886) comentam e induzem a pensar que por ser a superdotação um

fenômeno multifacetado, cuja natureza continua em estudos, diferentes pesquisadores têm notado traços

divergentes entre os indivíduos com alta capacidade e talento, o que dificulta a construção de uma teoria única que

o explique. E, questionam,

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[...] pode uma simples teoria prestar conta do aparecimento de precocidade em crianças de 4 anos

que jogam xadrez, ou que escrevem poemas publicáveis, ou que aos 10 anos de idade já são artistas

de classe-concerto, ou crianças que realizam excepcionalmente bem tarefas acadêmicas, ou

crianças em idade escolar que desenvolvem invenções patenteáveis? Dito de outra forma, pode uma

teoria simples explicar os Einsteins raros, Shakespeares, Ninjinkys e indivíduos talentosos

similares, crianças cujo “talento” tem alcançado níveis acadêmicos, esses medidos por testes de

desempenho padronizados?

Sabatella (2005, p. 74) esclarece que indivíduos superdotados não são melhores nem piores que outras pessoas;

são simplesmente diferentes, pois: agem diferente, aprendem diferente, raciocinam diferente e reagem diferente.

E, Winner (1998, p.24) afirma que se existem indivíduos capazes de resolver os problemas da humanidade eles

estão neste grupo, além de vê-los como seres humanos que também necessitam atenção, oferece o exemplo de

algumas descobertas a respeito da sobredotação quando se olha para além dos mitos.

3 - Conclusão

Cada vez mais os trabalhos de pesquisadores da área reforçam a ideia de que não existe uma “Superdotação

Global” no qual o indivíduo superdotado possui altas habilidades em todas as áreas do conhecimento. Na verdade

estas pesquisas nos levam a ver que os indivíduos superdotados podem apresentar altas habilidades em uma ou

varias áreas e estas não estão restritas a capacidade intelectual, mas abrangem as áreas psicomotoras, social e

criativa.

Os indícios de superdotação devem ser detectados desde cedo para que estes indivíduos possam ter suas reais

capacidades e talentos desenvolvidos, evitando a perda de um dos maiores valores na atualidade, o capital humano

e, o pior, que estes talentos sejam direcionados para outra escola, a da criminalidade.

REFERENCIAL TEÓRICO

ALENCAR, E. M. L. S. de. Perspectivas e Desafios da Educação do Superdotado. In.: Em Aberto, Brasília, ano 13, n°

60, out./dez. 1993.

OUROFINO, V. T. A. T. de; GUIMARÃES, T. G. Características Intelectuais, Emocionais e Sociais do Aluno com

Altas Habilidades/Superdotação. In: FLEITH, D. de S. (org.) A construção de práticas educacionais para

alunos com Altas Habilidades/Superdotação: orientação a professores. Volume 1. Brasília: MEC/SEESP, p.

41-51, 2007.

SABATELLA, M. L. P. Talento e Superdotação: Problema ou Solução? Curitiba: Ibpex, 2005.

WINNER, E. Crianças superdotadas: mitos e realidades. Tradução de Sandra Costa. Porto Alegre: Artes

Médicas, 1998.

PASSOW, A. H,; MÖNKS, F. J.; HELLER, K. A. A. International Handbook of Research and Development of

Giftedness and Talent. New York, p. 883-903. 1993.

Antônio Vieira Passos Neto – Especialista e Mestrando em

Educaçã[email protected]

Marize Lyra Silva Passos – Mestre em Informática, Doutora em Educação e Doutoranda em Engenharia

[email protected]

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PARCEIROS DA ABAHSD

E.E.E.F.M. “DESEMBARGADOR CARLOS XAVIER PAES

BARRETO” – CEDENDO ESPAÇO PARA REUNIÕES E CURSO

PARA ALUNOS DE CARTOON, DESENHO, PINTURA EM

TELA;

E.E.E.F.M. “FERNANDO DUARTE RABELO” – CEDENDO

ESPAÇO PARA CURSO PARA ALUNOS DE PINTURA EM TELA

E ARTES CÊNICAS;

FAESA – CEDENDO ESPAÇO PARA CURSO DE DESIGNER DE

MODAS E DE INTERIORES, ARQUITETURA E URBANISMO;

FAFI – TEATRO, DANÇA E MÚSICA;

LOJA MAÇÔNICA COLUNAS DE JERUSALÉM– CEDENDO

ESPAÇO E PROFISSIONAL PARA DAR CURSO PARA

ALUNOS DE MÚSICA (FLAUTA, VIOLÃO E TECLADO);

NAAH’S – CURSO DE ARTES E ROBÓTICA EDUCACIONAL

U.V.V. – CEDENDO ESTAGIÁRIOS PARA MINISTRAR

CURSO DE ARTES CÊNICAS;

CENTRO DE FORMAÇÃO MARTIM LUTERO – ESPAÇO

PARA CURSOS DE FORMAÇÃO;

AGUARD – ÁGUAS MINERAIS E BEBIDAS LIMITADA –

ABASTECIMENTO DE ÁGUA DURANTE O ANO.

ESCOLA DE CIÊNCIA FÍSICA– MINISTRANDO CURSO DE

ROBÓTICA EDUCACIONAL;

U.T. TECNOLOGIA – CONTRIBUINDO COM O PAGAMENTO

DA MANUTENÇÃO DE NOSSO SITE;

SEDU – CEDENDO MÃO DE OBRA ESPECIALIZA

(PEDAGOGOS) PARA TRABALHAR EM NOSSA SEDE;

AMBRA PNEUS – COLABORA COM TRANSPORTE DE

ALUNOS PARA FREQUENTAR OS PROJETOS.

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NOVA DIRETORIA ABAHSD 2014/2018

Associação Brasileira para Altas Habilidades/Superdotados,

apresenta aos associados à nova Diretoria, Conselho e Técnico

Conselho Fiscal para o quadriênio 2014/2018. Quaisquer dúvidas

nos encontraram em nossa sede para saná-las. Segue seus nomes e

respectivos cargos.

Presidente Carly Cruz, 1ª (vice-presidente) Maria da

Penha Costa Benevides França Silva, a 2ª (vice-presidente)

Maria Amélia Barcellos Fraga, 1ª secretária Adriane

Nunes, 2ª secretária Teresa Christina Pereira Nascimento

Varejão, 1º tesoureiro Roberto Carlos Machado, o 2º

tesoureiro Andrei Grijó Chagas Neto. Conselho Fiscal

constituído por: Natalia Augusta Colnago, Raffaella de

Oliveira Carrancho Motta e Eliene Maria Ferreira,

Suplentes do Conselho Fiscal: Marcia Rachel Carvalho de

Campos Bueno; e Ariane Paulino da Silva. Conselho técnico

constituído por: Andréia da Silva Ferreira; Antônio Vieira

Passos Neto; Eldimar de Souza Caetano; Erondina Miguel

Vieira; Helena Maria de Abreu; Lillian Menenguci Pereira;

Mariângela Miranda Ferreira Macedo; Mariana Honorato

Teixeira Bernardo, Marize Lyra Silva Passos; Marcia

Santana Torres, Verônica Devens Costa.

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FRASES DE ALGUNS ADULTOS AH/SD QUE

PARTICIPARAM DA PESQUISA DA TESE DE

DOUTORADO DE PÉREZ, PORTO ALEGRE (2008).

ASPECTO LIDERANÇA:

“No ambiente de serviço, acho que me consideram um problema, pois vivo

dando ideias que geram mais trabalho para os outros, além de questionar

muitas situações e decisões tomadas. [...]. Como sou bastante teimosa,

muitas vezes a chefia tem de usar do poder para que eu desista de algo

que acredito estar certo” (Joana, 43).

“A relação com os colegas foi sempre paternal; mesmo tendo sido quase

sempre mais novo da turma, eu comprava brigas, defendia os interesses,

questionava as arbitrariedades, ajudava nos exercícios w era sempre

companheiro para uma boa discussão com professores e funcionários”

(Gabriel, 20).

ASPECTO INTERESSE EM TEMAS COMPLEXOS:

“Estou sempre em busca de conhecimentos, pois sempre me senti muito

burra e sem paciência em relação a diversos assuntos. [...]. Preciso

sempre ter um projeto em vista, ou seja, a atenção voltada a algum

objetivo (trabalho, ação profissional, viagem, curso). Não sou uma pessoa

que consegue ficar quieta e conformar ao deixar a vida passar” (Joana,

43).

“É muito amplo, é quase tudo; eu gostaria de saber um pouco de tudo, ou

muito de tudo, eu acho que queria saber muito de tudo” (Jerry, 37).

ASPECTO HISTÓRICO ESCOLAR QUANDO CRIANÇA:

“Acho que acabei prematuramente uma promissora carreira de cientista

exatamente no dia que detonei uma parede da sala do apartamento onde

eu morava, tentando construir uma bateria elétrica. Meu pai, neste dia,

até que reagiu de forma legal, mas... sob a promessa que eu jamais faria

mais aquilo” (Rafael, 41).

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ASPECTO SENSO DE HUMOR

“Durante os ensinos fundamental e médio, no Colégio da Polícia Militar,

sofri diversas formas de repressão por conta do temperamento

“irreverente” e bem humorado” (Gabriel, 20).

ASPECTO INTELIGÊNCIA, PERSISTÊNCIA, DEDICAÇÃO E

CURIOSIDADE INTELECTUAL:

“O que mais me admira nas pessoas, acho que é: sensibilidade, franqueza

[...]. Eu admiro pessoas que amam intensamente o trabalho, que amam as

pessoas [...]. Que sorriem! Legal isso! (risos). Admiro as pessoas que

sorriem sinceramente, não falsamente. Eu acho assim, tão bonito, pessoas

sorrindo. Gosto e admiro. Pessoas que têm a capacidade de contornar

situações, de mudar situações [...]. Então, a sinceridade é uma coisa

muito legal [...]. A gente tem um pouco de dificuldade de tratar com

gente burra. É. Burra no sentido pejorativo da coisa, as pessoas que têm

dificuldade de aprender” (Jerry, 37),

“O que mais admiro é a inteligência, a capacidade de entender e se

adaptar as coisas ou situações novas [...] O que mais me incomoda é que

uma pessoa seja lenta para entender e se expressar, ou seja, ser

‘normal’, é claro”. (Martina, 58).

“Penso que o que mais me causa admiração nas pessoas é uma espécie de

postura moral onde se busca vencer os desafios, com alegria e otimismo,

abertura e cordialidade. Essa postura moral incluiria a busca da coerência

entre valores que professa, independentemente de quais sejam, e a

própria vida” (Alexandre, 29).

ASPECTO TENDÊNCIA AO ISOLAMENTO E PREDILEÇÃO POR

TRABALHAR SOZINHO:

“Prefiro estar sozinho uma boa parte do tempo, me sinto melhor, não sei

por quê... Estar com pessoas, o ritmo delas, o modo psicológico delas

interfere energeticamente em mim de uma forma inenarrável. Então, a

motivação das pessoas me estressa. Na verdade, eu não tenho problemas

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(pelo menos penso não ter problemas) em estar com pessoas, minha

questão é mais abstrata, é o que motiva ou o que provoca, talvez, essa

tendência ao isolamento. Individualismo é outro defeito; esse bem antigo,

esse, com 18 anos, já tinham sido detectados e eu me recusei a

acreditar. Com 18 anos, na academia militar, eu me imaginava um

indivíduo solidário, era capaz de sacrifícios dignos de louvor, ajudei

colegas em situações difíceis, mas no final do ano de observação, meus

instrutores colocaram na minha ficha que eu era individualista e eu fiquei

muito aborrecido com isso e custei a aceitar. Anos mais tarde é que eu

dei o braço a torcer efetivamente e conclui que sou um indivíduo e um

cidadão individualista. Não consigo operar no ritmo das outras pessoas,

isso é fato. Eu prefiro agir sozinho. Se tiver alguma empreitada para

fazer, eu prefiro trabalhar com sobrecarga de trabalho a dividir com

alguém. Pouquíssimas pessoas ao longo de minha carreira profissional, eu

consegui dividir tarefas, Talvez 3, se eu pensar bem criterioso, pode ser

4 pessoas que eu tenha confiado o suficiente para dividir tarefas com

elas. Então... O individualismo á algo assim que me prejudica no trabalho.

Às vezes, carrego nas costas, tarefas que poderiam ser perfeitamente

delegadas ou divididas com colegas... Eu optei por centralizar essas

tarefas” (Rafael, 41).

ASPECTO ASSINCRONISMO INTERPESSOAL – AMIZADE:

“Meus amigos sempre foram à família que escolhi. [...] Preciso que meus

amigos saibam que podem contar comigo sempre que precisarem, bem como

gosto de ter essa certeza do que advém deles” (Gabriel, 20).

“recentemente, uma amiga estava contabilizando a quantidade de amigos

que tinha no facebook. E aquilo, para ela era muito importante. Eu

entendo, mas não vejo a menor possibilidade de eu me comportar daquela

forma. Eu prefiro qualidade à quantidade (Rafael, 41).

“Na minha infância e adolescência não tive amigos. Parece ser que eu sou

uma boa amiga para os meus amigos. Se sei que alguém passa por um

momento difícil tento estar lá e ajudar. Se vai tudo bem não apareço.

Não sinto que posso me abrir com nenhum dos meus amigos. Tentei

algumas vezes, mas a reação provocada me fez desistir de tentar de

novo” (Martina, 58).

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ASPECTO SER DIFERENTE:

”Eu tento ser ‘normal’, mas não consigo” (Martina, 58).

“O que já me causou infelicidade na vida foi dar crédito a pessoas que não

aceitavam a minha diferença, me vendo como anormal e doente, sendo que

era apenas diferente” (Alexandre, 29).

“Os que não são superdotados não podem saber o que significa sê-lo e os

que são também não podem saber o que significa não sê-lo” (Martina, 58).

”mas é tão bom quando a gente encontra pessoas inteligentes, que são

rápidas para pensar, ah, isso é muito bom, gente que entendem as coisas

rápidas!” (Jerry, 37).

“Com o passar do tempo, eu cansei de ser chamado de maluco... as

pessoas simplesmente não conseguem entender que você pode ter múltiplas

habilidades, você pode ter uma facilidade para... uma facilidade

multifacetada..." (Rafael, 41).

“Considero-me diferente das outras pessoas mais não sei bem ao certo o

porquê. As pessoas, de diferentes lugares, diferentes momentos da minha

vida , me olham e falam ‘você é rara, você é diferente’, mas ninguém me

diz como?” (Clara, 36).

REFERÊNCIAS: Essas falas são de pessoas adultas com AH/SD e foram retiradas da Tese de doutorado de PÉREZ, G.P.B.S. Porto

Alegre (2008), encontradas no livro “Altas habilidades/superdotação (atendimento especializado) de Soraia Napoleão

Freitas e Susana Graciela Perez B. Perez, 2ª edição - Revista Ampliada, ed. ABPEE, 2012, Marília – S.P.

Endereço: Rua General Osório, 83, Ed. Portugal, sala 404, Bairro: Centro - Cidade: Vitória - UF: ES - CEP: 29.010.911

Telefones: (27) 3223-8922 / 99992-1229 / 99297- 4748.

Email: [email protected] – Site: http://www.altashabilidades.com.br

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