2º CONGRESSO BRASILEIRO DE POLÍTICA, PLANEJAMENTO … · intervir nos problemas que afetam um...

23
1 O USO DA TERRITORIALIZAÇÃO PARA APOIO AO PLANEJAMENTO DAS AÇÕES DE UMA UNIDADE DE SAÚDE DA FAMÍLIA. 2º CONGRESSO BRASILEIRO DE POLÍTICA, PLANEJAMENTO E GESTÃO EM SAÚDE UNIVERSALIDADE, IGUALDADE E INTEGRALIDADE DA SAÚDE: UM PROJETO POSSÍVEL O uso da territorialização para apoio ao planejamento das ações de uma unidade de Saúde da Família Lídia Batista de Môra 1 Juliana de Carvalho Gomes 2 Mona Laura de Sousa Moraes 3 Flávia de Moraes Albuquerque 4 Paulo Cesar Vieira Jorge 5 Vilma Karla Alves Felix 6 Anayde Selma Marcelino Ferreira 7 Juliana Saraiva de Alencar 8 Melissa Rodrigues de Oliveira 9 BELO HORIZONTE 2013 1 Prefeitura Municipal de Patos/PB 2 Prefeitura Municipal de Patos/PB 3 Prefeitura Municipal de Patos/PB 4 Prefeitura Municipal de Patos/PB 5 Prefeitura Municipal de Juazeiro do Norte/CE 6 Prefeitura Municipal de Patos/PB 7 Prefeitura Municipal de Patos/PB 8 Prefeitura Municipal de Iguatu 9 Prefeitura Municipal de Patos/PB

Transcript of 2º CONGRESSO BRASILEIRO DE POLÍTICA, PLANEJAMENTO … · intervir nos problemas que afetam um...

1

O USO DA TERRITORIALIZAÇÃO PARA APOIO AO PLANEJAMENTO DAS AÇÕES DE

UMA UNIDADE DE SAÚDE DA FAMÍLIA.

2º CONGRESSO BRASILEIRO DE POLÍTICA, PLANEJAMENTO E GESTÃO EM

SAÚDE

UNIVERSALIDADE, IGUALDADE E INTEGRALIDADE DA SAÚDE: UM PROJETO

POSSÍVEL

O uso da territorialização para apoio ao planejamento das ações de uma unidade de

Saúde da Família

Lídia Batista de Môra1

Juliana de Carvalho Gomes2

Mona Laura de Sousa Moraes3

Flávia de Moraes Albuquerque4

Paulo Cesar Vieira Jorge5

Vilma Karla Alves Felix6

Anayde Selma Marcelino Ferreira7

Juliana Saraiva de Alencar8

Melissa Rodrigues de Oliveira9

BELO HORIZONTE

2013

1 Prefeitura Municipal de Patos/PB

2 Prefeitura Municipal de Patos/PB

3 Prefeitura Municipal de Patos/PB

4 Prefeitura Municipal de Patos/PB

5 Prefeitura Municipal de Juazeiro do Norte/CE

6 Prefeitura Municipal de Patos/PB

7 Prefeitura Municipal de Patos/PB

8 Prefeitura Municipal de Iguatu

9 Prefeitura Municipal de Patos/PB

2

O USO DA TERRITORIALIZAÇÃO PARA APOIO AO PLANEJAMENTO DAS AÇÕES DE

UMA UNIDADE DE SAÚDE DA FAMÍLIA.

O USO DA TERRITORIALIZAÇÃO PARA APOIO AO PLANEJAMENTO DAS AÇÕES

DE UMA UNIDADE DE SAÚDE DA FAMÍLIA.

USE OF TERRITORIALIZATION PLANNING TO SUPPORT THE SHARES OF

A UNIT OF FAMILY HEALTH.

RESUMO

Introdução:A territorialização é uma ferramenta de avaliação da Estratégia Saúde da Família

que visa à compreensão atual do processo saúde doença, apontando que as variáveis

biológicas, psíquicas e sociais rementem a necessidade de ações que possa compreender e

intervir nos problemas que afetam um território.Objetivos:Este estudo visa realizar um relato

de experiência da prática profissional enquanto enfermeiras da Estratégia Saúde da Família,

visando interferir de forma eficaz e eficiente na dinâmica do serviço através do planejamento

de ações baseado na territorialização da área.Métodos:Nesse estudo foi realizado a

territorialização da área de abrangência de uma Unidade de Saúde da Família implantada

desde de 2004,pertencentes a um município do sertão paraibano.Realizou se a territorialização

da área primeiramente utilizando instrumentos como mapas, realizando coleta de informações

com moradores da comunidade acerca da história da criação do bairro e da implantação da

Unidade.Também foi utilizado dados demográficos,condições de moradia,avaliações de

indicadores de saúde oriundos do Sistema de Informação da Atenção Básica,além da

compreensão sobre o processo de trabalho e ações desenvolvidas na Unidade.Resultados e

discussão:Uma breve avaliação descreveu a caracterização da população e o desenvolvimento

de ações gerenciais possíveis, baseadas no perfil traçado com a participação da comunidade e

da equipe.A análise dos resultados obtidos por meio do processo de territorialização dessa

3

O USO DA TERRITORIALIZAÇÃO PARA APOIO AO PLANEJAMENTO DAS AÇÕES DE

UMA UNIDADE DE SAÚDE DA FAMÍLIA.

área leva a crer que esta ferramenta proporciona um melhor planejamento das ações

desenvolvidas na unidade e facilita o processo de trabalho de uma forma mais integrada.

DESCRITORES:Territorialização,Planejamento,Estratégia Saúde da Família.

INTRODUÇÃO

Na avaliação de serviços de saúde é comum os trabalhadores que fazem essa reflexão ter

a tendência de discutir os aspectos mais gerais, macro estrutural do serviço, muitas vezes

atribuído aos aspectos gerais toda a responsabilidade dos problemas que impedem a eficácia e

a efetividade do serviço. Porém para uma análise ser eficaz, ela deve permitir um olhar amplo

em torno de si, elementos que englobem amplamente assuntos relacionados á política da

organização do serviço, que fazem relação com processo de trabalho, a dinâmica e as

necessidades surgidas no dia a dia. Só assim, será possível planejar ações que respondam as

reais necessidades do serviço de saúde, identificando seus problemas.

O planejamento de um serviço de saúde deve ser usado como instrumento para o

trabalho coletivo. Por meio de discussões e opiniões que auxiliem na construção e

compreensão da realidade. A participação conjunta da equipe e da população pode criar elos

que promovam compromissos entre profissionais e comunidade.

A territorialização é uma ferramenta de avaliação da Estratégia Saúde da Família que

visa à compreensão atual do processo saúde doença, apontando que as variáveis biológicas,

psíquicas e sociais remetem a necessidade de ações que possa compreender e intervir nos

problemas que afetam um território.

4

O USO DA TERRITORIALIZAÇÃO PARA APOIO AO PLANEJAMENTO DAS AÇÕES DE

UMA UNIDADE DE SAÚDE DA FAMÍLIA.

Segundo Mendes (1993), o território é um espaço em permanente construção e

reconstrução. É a concepção de território processo que além de um território solo é território

econômico, político, cultural e epidemiológico, configurando uma realidade de saúde sempre

em movimento e nunca pronta.

Conhecer o território é uma ferramenta indispensável para desenvolver um trabalho

baseado nas potencialidades e dificuldades que interferem no processo de trabalho e

planejamento de ações eficazes na ESF. A territorialização é vista como um pressuposto

ímpar na Estratégia Saúde da Família que considera princípios do Sistema Único de Saúde,

como regionalização e descentralização.

O trabalho da ESF visa à organização, o planejamento, o desenvolvimento e a avaliação

de ações que respondam às reais necessidades da comunidade, procurando articular diversos

setores envolvidos na promoção da saúde. É nesse sentido que a ESF, através de suas ações,

tem influenciado nos indicadores de saúde (SECRETARIA DE POLÍTICAS PÚBLICAS,

2000).

JUSTIFICATIVA

Entendendo que o planejamento das ações de saúde consiste em desenhar, executar,

acompanhar e avaliar propostas de ações que vise intervir sobre uma realidade e levando

conta que a territorialização é uma ferramenta indispensável para conhecer de forma ampla o

território e o processo de trabalho desenvolvido na ESF é que destacamos a importância de

realizar a territorialização de uma área pertencente a uma Unidade de Saúde da Família, para

5

O USO DA TERRITORIALIZAÇÃO PARA APOIO AO PLANEJAMENTO DAS AÇÕES DE

UMA UNIDADE DE SAÚDE DA FAMÍLIA.

dessa forma planejaraçõescom o intuito de provocar transformações de impacto positivo na

vida e na saúde da população.

OBJETIVO

Este estudo foi realizado em uma Unidade Básica de Saúde da Família de um município

Paraibano, nasceu da necessidade de conhecer e reconhecer o território de abrangência da

Unidade. O trabalho teve como objetivo realizar um relato de experiência da prática

profissional enquanto enfermeiras da Estratégia Saúde da Família, visando interferir de forma

eficaz e eficiente na dinâmica do serviço través do planejamento de ações baseado na

territorialização da área.

REFERENCIAL TEÓRICO

1. Organização da Atenção Primária em Saúde

Como o próprio nome já denota – atenção primária- está diretamente ligada ao

primeiro nível de acolhimento do usuário no Sistema Único de Saúde (SUS), funciona como a

―porta de entrada‖ para que o cliente tenha acesso aos outros níveis de atenção em saúde.

A atenção básica é uma das estratégias de integração dos serviços, considerada acesso

precípuo a todos os níveis do sistema de saúde. Nesse sentido, é fundamental a adoção do

6

O USO DA TERRITORIALIZAÇÃO PARA APOIO AO PLANEJAMENTO DAS AÇÕES DE

UMA UNIDADE DE SAÚDE DA FAMÍLIA.

conceito amplo de saúde, como resultante dos determinantes sociais e produto da qualidade de

vida, baseado na promoção da saúde, que responda às necessidades de saúde individuais e

coletivas, assumindo papel crucial de promover a equidade e contribuir para a melhoria da

qualidade de vida das famílias (FERREIRA et. al., 2010).

O delineamento da população é importante para o sistema de saúde local, pois,

mediante dados como perfil populacional, indicadores sanitários e epidemiológicos, taxas de

desigualdades regionais, metas de cobertura e desempenho é que são repassados os recursos

financeiros para atender as necessidades específicas de cada comunidade. Portanto, faz se

necessário ampliar à investigação e à reflexão acerca deste processo no âmbito da atenção

básica à saúde.

No atual pacto de gestão, vê-se novamente a retomada da regionalização como diretriz

fundamental do SUS, sendo eixo estruturante para a pactuação e descentralização das ações.

Fica evidente nesse documento que o desenho final do Plano Diretor de Regionalização deve

levar em conta o reconhecimento das regiões de saúde em suas singularidades, em cada estado

brasileiro e no distrito federal.

As regiões de saúde são entendidas como: ―recortes territoriais inserido em um espaço

geográfico contínuo, identificadas pelos gestores municipais e estaduais a partir de

identidades culturais, econômicas e sociais, de redes de comunicação e infra-estrutura de

transportes compartilhados do território‖. (BRASIL, 2006a, p.19).

É característica da atenção primária em saúde possibilitar acesso universal, como

garantia de atendimento em um serviço resolutivo e de qualidade. Balizado nos princípios

doutrinários do Sistema Único de Saúde (SUS), como a universalidade, equidade e

integralidade, efetivar a integralidade em seus vários aspectos, a saber: integração de ações

programáticas e demanda espontânea; articulação das ações de promoção à saúde, prevenção

7

O USO DA TERRITORIALIZAÇÃO PARA APOIO AO PLANEJAMENTO DAS AÇÕES DE

UMA UNIDADE DE SAÚDE DA FAMÍLIA.

de agravos, vigilância à saúde, tratamento e reabilitação, trabalho de forma interdisciplinar e

em equipe, e coordenação do cuidado na rede de serviços (BRASIL, 2006).

A construção do vínculo entre população e unidade de saúde é possível através da

delimitação territorial, ou seja, com a adscrição dos limites da comunidade, o planejamento e

a programação de saúde são possíveis, como uma tentativa de trabalhar na perspectiva da

equidade. Como apontado em Brasil, (2006b, p.11), quando descreve que ―as relações de

vínculo e responsabilização entre as equipes e a população adscrita garantindo a continuidade

das ações de saúde e a longitudinalidade do cuidado‖.

A atenção básica deve propiciar a organização da rede de serviços e ações de saúde que

atendam e assegurarem os princípios constitucionais de universalidade do acesso, equidade e

integralidade do cuidado, possibilitando a ação cooperativa e solidária entre gestores e o

fortalecimento do controle social. A rede de atenção à saúde deve ser pactuada tanto em

relação aos recursos (materiais, financeiros e humanos) quanto no que tange às

responsabilidades e ações complementares entre os entes federados. Além do enfoque da

educação permanente em saúde, que garante aos profissionais uma maior motivação em

embasamento técnico para realizações das suas atividades de trabalho.

2. Estratégia Saúde da Família e oTerritório

A Estratégia Saúde da Família (ESF) foi criada

junto com o Programa de Agente Comunitário de Saúde (PACS) em 1991, iniciando suas

atividades em 1994. Dentre as suas diretrizes, algumas apontam na direção da definição de

territórios, como: a ―adscrição de população‖ — vinculada a uma unidade básica; ―território

8

O USO DA TERRITORIALIZAÇÃO PARA APOIO AO PLANEJAMENTO DAS AÇÕES DE

UMA UNIDADE DE SAÚDE DA FAMÍLIA.

de abrangência‖ —, entendido como a área que está sob a responsabilidade de uma equipe de

saúde da família (MENDES, 1999).

De acordo com o Ministério da Saúde cada equipe se responsabiliza pelo

acompanhamento de, no máximo, 4 mil habitantes, sendo a média recomendada de 3 mil

habitantes de uma determinada área, e estas passam a ter co-responsabilidade no cuidado à

saúde. Recomenda-se que o número de pessoas por equipe considere o grau de

vulnerabilidade das famílias daquele território, sendo que, quanto maior o grau de

vulnerabilidade, menor deverá será quantidade de pessoas por equipe (BRASIL,2012).

O espaço-território vai muito além de um simples recorte político-operacional do

sistema de saúde, é o locus onde se verifica a interação população-serviços no nível local.

Caracteriza-se por uma população específica, vivendo em tempo e espaço singulares, com

problemas e necessidades de saúde determinados, os quais para sua resolução devem ser

compreendidos e visualizados espacialmente por profissionais e gestores das distintas

unidades prestadoras de serviços de saúde (GONDIM et.al., 2009).Esse território apresenta,

portanto, muito mais que uma extensão geométrica, também um perfil demográfico,

epidemiológico, administrativo, tecnológico, político, social e cultural que o caracteriza e se

expressa num território em permanente construção e reconstrução.

A relevância da territorialização e da implantação de distritos sanitários nos

municípios está interligada às propostas alternativas de modelos de atenção que, ao invés de

darem enfoque exclusivo à ―demanda espontânea‖, também se preocupam com as

necessidades de saúde da população do seu território e com o impacto das ações sobre elas.

Desta forma, seria proporcionada a ―oferta organizada‖ em função dos principais agravos e

grupos populacionais prioritários: crianças, mulheres, idosos e trabalhadores (UNGLERT,

1999; FERREIRA et. al., 2010).

9

O USO DA TERRITORIALIZAÇÃO PARA APOIO AO PLANEJAMENTO DAS AÇÕES DE

UMA UNIDADE DE SAÚDE DA FAMÍLIA.

Entende-se com essa afirmação que, o território não seria entendido apenas como uma

região geográfica e sim como um espaço onde vivem grupos sociais com ―suas relações e

condições de subsistência, de trabalho, de renda, de habitação, de acesso à educação e o seu

saber preexistente‖ ((UNGLERT, 1999; CAMPOS, 2003).

Dessa maneira, representa mais do que a divisão territorial do local, é mais do que a

mera divisão em ruas, avenidas, praças, estabelecimentos comerciais e tantos outros

elementos que fazem parte da discrição de território, representa uma forma de reforçar a

caracterização de uma comunidade. Pois nela, estão contidas as mais variadas representações

econômicas, sociais e culturais, que são imprescindíveis para o fazer em saúde,

especialmente, no que tange à saúde da família.

O trabalho na estratégia saúde da família (ESF) assume um papel de cuidar dos

indivíduos, de forma individual e coletiva, tendo como finalidades centrais: a prestação de

assistência integral, contínua, resolutiva e de qualidade às necessidades de saúde de uma

população adscrita, ressaltando-se a perspectiva da família (RODRIGUES, 2008;

FERREIRA, 2010).

A equipe de saúde deverá ter uma abordagem de caráter multidisciplinar e organização

do trabalho deve ser desenvolvida sob a perspectiva de um trabalho de forma horizontal, que

possibilite, no processo decisório, a participação de todos os envolvidos. Outro atributo desta

estratégia é estimular o exercício do controle social da população pela qual é responsável.

Uma equipe se caracteriza pelo envolvimento de cada membro na tarefa e pelo

comprometimento de todos nos resultados finais. As pessoas têm interação contínua, são

interdependentes, compreendem-se mutuamente e participam das decisões. A atuação

realizada diretamente na comunidade proporciona atendimento à população que não dispõe de

outro tipo de acesso ao sistema de saúde, ainda de acordo com os autores, estando diretamente

10

O USO DA TERRITORIALIZAÇÃO PARA APOIO AO PLANEJAMENTO DAS AÇÕES DE

UMA UNIDADE DE SAÚDE DA FAMÍLIA.

ligada a outro princípio de atenção em saúde no SUS, a ―igualdade da assistência à saúde‖,

sem preconceitos ou privilégios de cada indivíduo.(JARDIM, AFONSO e PIRES, 2008).

Conhecer a respeito da territorialização proporciona a melhor identificação da

população e permite aos profissionais de saúde realizar um melhor planejamento local das

suas atividades e ações, com novas formas de interação do serviço com a comunidade.

3. Objetivos da territorialização

O aprofundamento da relação entre espaço e saúde na comunidade se processa na

medida em que se é delimitado e construído o território. O cadastramento de famílias e de

pessoas, sejam nos seus aspectos individuais e/ou coletivos permitem a definição de um perfil

sanitário, dessa maneira apontam para que elementos importantes sejam evidenciados, como

por exemplo, os aspectos positivos e negativos nos quais a população adscrita está inserida.

Para Paim (1999), esse processo é de fundamental importância para a incorporação da relação

de responsabilidade entre os trabalhadores da área da saúde e a população.

Assim, entende-se que a delimitação de um território, a divisão e o aprofundamento

nas regiões visam a aproximar os recursos existentes para explicitar o conhecimento de suas

necessidades e demandas. Para que através desse estudo os profissionais de saúde tenham a

capacidade de planejar estratégias capazes de suprir as carências e demandas existentes.

4. Conhecendo a comunidade

11

O USO DA TERRITORIALIZAÇÃO PARA APOIO AO PLANEJAMENTO DAS AÇÕES DE

UMA UNIDADE DE SAÚDE DA FAMÍLIA.

O trabalho na atenção primária à saúde se formaliza por meio das ações dos

profissionais das equipes de saúde da família. Esse ―raio-X‖ da população, é possível pela

realização do diagnóstico epidemiológico, que aborda entre outros fatores a incidência e

prevalência de doenças, fatores de riscos associados a esses agravos, incapacidades e

hospitalizações provocadas por esses evento

No que consta ao perfil sócio-econômico, devem ser contemplados os hábitos, as

condições de moradia, os costumes, a cultura, o estilo de vida, as atividades econômicas

desenvolvidas, de onde vem a renda da população, crenças, meios de comunicação,

transporte, entidades que fazem parte do cotidiano da população (escolas, igrejas, ONG‘s,

conselhos municipais) e especialmente que papel a própria comunidade assume, perante o

coletivo. Nesse enfoque, deve ser incluída a infra-estrutura local, com dados tais como:

saneamento básico, destino do lixo, rede de abastecimento de água, esgoto, presença de água

contaminada e esgoto a céu aberto, foco de vetores, poluição (mais diversas fontes – visual,

sonora, ar, água, radiação, dentre outras), meio ambiente e desenvolvimento sustentável.

Nessa análise, convém destacar a construção teórico-metodológica de caráter

pedagógico,que potencializa a ‗técnica de territorialização em saúde‘ (UNGLERT,1999;

MENDES, 1999), objetivando a sua adoção nas práticas dos serviços de vigilância em saúde.

Esta técnica é conhecida no campo do planejamento em saúde como processo de

territorialização para a produção de informações de base territorial.

Na visão dos autores, um dos seus pontos fortes é o seu caráter participativo que facilita

a interação entre a equipe de saúde, a população e os atores políticos. Permite aos

profissionais dos serviços compartilharem de espaços institucionais como sujeito fundamental

na organização do processo de trabalho em sistemas locais de saúde visando a ações em

comunidades através de práticas de vigilância em saúde.

12

O USO DA TERRITORIALIZAÇÃO PARA APOIO AO PLANEJAMENTO DAS AÇÕES DE

UMA UNIDADE DE SAÚDE DA FAMÍLIA.

A saúde, vivenciada e sentida pelos trabalhadores em saúde e pelos seus usuários

como um direito. Esta se concretiza através de práticas gerenciais e sanitárias sob a forma de

trabalho em equipe multidisciplinar, dirigidas a populações de territórios bem delimitados

pelas quais assume a responsabilidade sanitária, considerando a dinamicidade existente no

território em que vivem essas populações.

5. Construindo mapas

O passo inicial para qualquer processo de reconhecimento de território deve se dá por

meio da visita ao local, essa por sua vez, deverá ser sistematizada e planejada. Nessa interface

é que será possível aprofundar-se nas mais variadas dimensões da realidade de um espaço

território.

Como aponta Rosellli et. al (2008, p. 390) ―apreensão do movimento do território

possibilitará um trabalho em saúde muito mais efetivo e contextualizado‖. Assim,

compreender o território não apenas no seu aspecto fotográfico, ou seja, estático, mais sim

como um filme com todos os seus movimentos e dinâmicas.

Quando o reconhecimento do local é realizado, o próximo passo é fazer o levantamento

do número de profissionais de saúde que compõe a equipe, avaliando qual a demanda da

Unidade de Saúde, de acordo com o perfil das práticas de serviços ali realizados, a capacidade

de atendimento para a referida clientela.

As autoras definem que, a área de abrangência corresponde à área de responsabilidade

de uma unidade baseando-se em critérios de acessibilidade geográfica e fluxo da população.

13

O USO DA TERRITORIALIZAÇÃO PARA APOIO AO PLANEJAMENTO DAS AÇÕES DE

UMA UNIDADE DE SAÚDE DA FAMÍLIA.

A unidade de saúde em questão deve ser o centro do território, ainda de acordo com

Rosellline et. al (2008, p. 391), ―é fundamental começar o cadastramento, considerando a

unidade, o núcleo do território; e seu limite, o número de famílias e usuários definidos

previamente‖.

A cartografia consiste em uma ferramenta utilizada, antes de tudo, para o diagnóstico

e planejamento de atividades de campo. A visualização espacial de informações traz subsídios

ao processo de vigilância e atenção à saúde através dos mapeamentos das áreas de riscos e dos

serviços de saúde.

Por meio de desenho de mapas, podem-se, graficamente sobrepor dados sócio-

ambientais e sanitários que permitam uma melhor focalização de problemas, facilitando assim

o planejamento de ações por parte tanto do poder público quanto da população local. Ao

mesmo tempo, as escolhas realizadas nas fases de construção de mapas (a escolha de escalas

de trabalho, unidades de análise, fontes de informação e modelos de análise) explicitam uma

concepção de espaço geográfico (PEREIRA & BARCELLOS, 2006 apud BARCELLOS,

2003).

No caso do PSF, a estrutura das unidades espaciais do programa, o conteúdo e a

organização dos dados demográficos, epidemiológicos e sociais coletados e analisados pelo

programa, revelam a capacidade de refletir sobre seu território de atuação.

Para Rosselline et. al, (2008), as áreas de risco devem ser destacadas, assim como os

equipamentos que possibilitem uma ação intersetorial, devendo-se potencializar os recursos e

garantir a sustentabilidade da comunidade adscrita.

Assim, um espaço bem demarcado, bem representado graficamente, com ricas

ilustrações e observações instrumentaliza a organização das ações de saúde e se trona a base

de informações sobre o perfil desse território. A equipe de saúde deve ter o domínio de todas

14

O USO DA TERRITORIALIZAÇÃO PARA APOIO AO PLANEJAMENTO DAS AÇÕES DE

UMA UNIDADE DE SAÚDE DA FAMÍLIA.

as peculiaridades das características do território, nesse aspecto, é necessário conhecer mais a

fundo detalhes de um município, bairro ou comunidade, como por exemplo: saber o tipo de

atividade econômica mais prevalente, quais os municípios (bairros/comunidades) limítrofes

(se for o caso), distância da capital (se necessário), habitantes divididos pelo gênero e faixa

etária, localização da unidade de saúde, história do local (fundação,origem de nome,

procedência dos habitantes, cultura, festas religiosas, dentre outras informações que se achar

relevante.

Recebem também destaque as divisões de ruas, avenidas, vilas e alamedas, com a

devida localização de escolas, creches, igrejas, praças, parques, centros comerciais, meios de

transporte, áreas de risco, instituições públicas e privadas, e tudo mais que se fizer necessário.

Como destaca Roselline, et. al. (2008, p. 395), ―o mapeamento deve ser realizado para

subsidiar o trabalho da equipe e principalmente do Agente Comunitário de Saúde (ACS)‖, o

mapa permite a visualização, ajuda a explicar e a entender o território ou área de abrangência

na qual o ACS atua. A definição do território, a construção dos mapas, representam as bases

para a realização do diagnóstico da comunidade.

Método

Nesse estudo foi realizado a territorialização da área de abrangência de uma Unidade de

Saúde da Família implantada desde o ano de 2004, pertencentes a um município do sertão

paraibano.

Realizou se a territorialização da área primeiramente utilizando instrumentos como

mapas, coleta de informações com moradores da comunidade acerca da história da criação do

15

O USO DA TERRITORIALIZAÇÃO PARA APOIO AO PLANEJAMENTO DAS AÇÕES DE

UMA UNIDADE DE SAÚDE DA FAMÍLIA.

bairro e da implantação da Unidade, identificaçãodos atores e os equipamentos

sociais.Também foi utilizado dados demográficos,condições de moradia,avaliações de

indicadores de saúde oriundos do Sistema de Informação da Atenção Básica,além da

compreensão sobre o processo de trabalho e ações desenvolvidas na Unidade.

O processo de construção da territorialização apresentou três momentos. O primeiro

correspondeu ao mapeamento da área, pesquisa sobre a história e conhecimento de

equipamentos sociais presentes no bairro e identificação e seleção dosproblemas de saúde que

atingem comunidade.Os problemas identificados foram, então ,selecionados, através de

reuniões com da equipe com a integrantes da comunidade .No segundo momento, foi feita a

explicação dos problemas, para a qual lançou-se mão de ferramenta que identificasse os

problemas e a solução do mesmos. As causas e consequências do problema foram

identificadas de forma clara e objetiva, o que permitiu apontar as ações para resolução dos

problemas. Procuramos enfatizar os nós críticos,as causas que têm relação direta com o

problema.No terceiro momento, foram selecionadas as ações que seriam desenvolvidas para

resolução dos problemas.

Discussão

Após coleta das informações foi feito reuniões com a equipe para apresentação e

discussão dos dados colhidos. Uma breve avaliação descreveu a caracterização da população

e o desenvolvimento de ações gerenciais possíveis baseadas no perfil traçado.A participação

da comunidade neste processo proporcionou um olhar diferente e enriquecedor que fortaleceu

de forma muito dinâmica a realização do trabalho.

O mapeamento da área proporcionou um desenho representado no papel do que existe

na localidade como ruas,casas,escolas,serviço de saúde,igrejas,fábricas,associações de

16

O USO DA TERRITORIALIZAÇÃO PARA APOIO AO PLANEJAMENTO DAS AÇÕES DE

UMA UNIDADE DE SAÚDE DA FAMÍLIA.

moradores,hotéis ,metalúrgica além de possibilitar a localização geográfica da área dentro da

cidade.A identificação desses equipamentos sociais trouxe para o cenário um plano ações

para o desenvolvimento de procedimentos em prol da promoção de saúde e prevenção de

doenças:

Confecção de mapas da área para Unidade e para os ACS;

Parceria entre a equipe da ESF e as equipes de alguns equipamentos sóciais:

A detecção de grupos de riscos e posterior criação de grupos para realização de

atividades de educação em saúde ;

Planejamento para realização de procedimentos coletivos baseado no perfil

encontrado.

O mapa facilitou o deslocamento dentro da área e nesse estudo proporcionou o

planejamento de visitas pelos ACS e outros profissionais sem perder tempo para localização

de domicílios e demarcações de áreas de riscos nas microáreas.

A visualização espacial de informações traz subsídios ao processo de vigilância e

atenção à saúde através dos mapeamentos das áreas de riscos e dos serviços de saúde. Através

de mapas, podem-se sobrepor os dados sócio ambientais e sanitários que permitam uma

melhor focalização de problemas, facilitando assim o planejamento de ações por parte tanto

do poder público quanto da população local. Ao mesmo tempo, as escolhas realizadas nas

fases de construção de mapas (a escolha de escalas de trabalho, unidades de análise, fontes de

informação e modelos de análise) explicitam uma concepção de espaço geográfico

(BARCELLOS, 2003).

17

O USO DA TERRITORIALIZAÇÃO PARA APOIO AO PLANEJAMENTO DAS AÇÕES DE

UMA UNIDADE DE SAÚDE DA FAMÍLIA.

Em um estudo realizado na Bahia é mostrada a transformação da perspectiva de

trabalho de uma enfermeira, que de início concebe o território como delimitação (vertente

jurídico-política) e desvenda na sua área de trabalho um grupo de pessoas que possui

determinado perfil epidemiológico, condições de vida diferenciadas e problemas específicos.

Ainda assim, esta técnica parece demonstrar que não percebe nenhum tipo de territorialidade

que apoie ou prejudique a territorialização do PSF no local (NASCIMENTO e

NASCIMENTO,2005).

Desta maneira, prevalece a concepção que o mapeamento da área dentro da

territorialização é uma forma de retratar e aumentar os conhecimentos sobre a comunidade.

Os relatos relacionados à criação do bairro e da unidade possibilitaram uma

aproximação com a comunidade.A identificação das principais fontes de rendas também

ajudaram a construir cronogramas para o atendimento para a população trabalhadora do

bairro.

Na abordagem sobre saneamento, água tradada e coleta de lixo, foram identificados

problemas em uma das micro áreas da área de abrangência da unidade. Foi verificado que a

micro área 05 não possui saneamento básico e nem coleta de lixo rotineira e isso tem elevado

número de casos de diarreia e verminoses em crianças dessa micro área.A elaboração de

soluções para este problema apesar de difícil foi sugerida por toda a equipe e foi o enviadode

oficio a órgãos competentes dentro da prefeitura, explicando o problema e os danos a

comunidade,também foi realizado uma ação educativa dentro da área sobre hábitos saudáveis

que ajudam a diminuir o número de casos de diarreia e verminoses.

O próximo nó encontrado através do processo de territorialização foi a baixa procura

para realização de exame cito patológico ou citologia oncótica, o dado foi identificado no

SIAB,a analise deste dado nos levou a questionar os motivos da baixa procura.A participação

18

O USO DA TERRITORIALIZAÇÃO PARA APOIO AO PLANEJAMENTO DAS AÇÕES DE

UMA UNIDADE DE SAÚDE DA FAMÍLIA.

de alguns membros da comunidade levou a algumas respostas a respeito do tema e entre ela

estavam o medo ,a vergonha, a demora no resultado do exame.Após a identificação dessa

problemática , foi realizado uma mobilização para esclarecer a importância da realização do

exame.

Através da avaliação das principais patologias atendidas na unidade, verificamos que

as doenças crônicas como hipertensão e diabetes ainda são o grande vilão entre os problemas

de saúde da comunidade. O plano para solucionar este problema visou à conscientização e a

motivação da comunidade para hábitos de vida saudáveis e acompanhamento continuo dessas

famílias. Para isso, os ACS e toda a equipe desenvolveram ações integradas de educação em

saúde e agendamento de consultas para o publico alvo,além de parcerias com o Núcleo de

Apoio ao Saúde da Família.

Com a territorialização organizamos o cronograma de atendimento com atividades

programadas e de atenção à demanda espontânea uma vez que foi identificado várias queixas

quanto ao atendimento devido a forma de organização das consultas e realização de outros

procedimentos.

Finalizando, a análise dos resultados obtidos por meio do processo de territorialização

dessa área leva a crer que esta ferramenta proporciona um melhor planejamento das ações

desenvolvidas na unidade e facilita o processo de trabalho de uma forma mais integrada.

CONCLUSÃO

Parece-nos ser os maiores desafios para as equipes atuantes na atenção primaria à saúde:

a (re) construção da prática assistencial de modo a contribuir para a integralização da

assistência à saúde. Neste momento, acreditamos que os profissionais da equipe

19

O USO DA TERRITORIALIZAÇÃO PARA APOIO AO PLANEJAMENTO DAS AÇÕES DE

UMA UNIDADE DE SAÚDE DA FAMÍLIA.

multi/interdisciplinar devam desenvolver sua capacidade de gerenciar, de compreender a

realidade de sua organização e de exercer um processo de gerenciamento voltado para as

expectativas dos clientes e dos trabalhadores em saúde.

A construção desta nova dinâmica de saúde nos leva a refletir sobre o novo modelo

assistencial, onde o Programa Saúde da Família passa deixa de ser um programa para ser uma

estratégia de base para a promoção em saúde, através da prevenção. Deixando de priorizar o

enfoque individual em prol do coletivo. Onde a família deve ser compreendida em seu

ambiente, no qual são processadas as relações pessoais, de trabalho, de organização social, de

melhores condições de vida e, portanto também de saúde. É a partir da identificação dos

problemas da comunidade que deve começar o planejamento das ações de saúde, dando

espaço para as atuações intersetoriais, equacionando assim a de promoção da saúde.

A territorialização consiste em uma ferramenta utilizada, antes de tudo, para o

diagnóstico e planejamento de atividades de campo. A visualização espacial de informações

traz subsídios ao processo de vigilância e atenção à saúde através dos mapeamentos das áreas

de riscos e dos serviços de saúde.

O processo de planejamento em serviços de saúde deve ser colocado na prática como

uma ferramenta que contribua para o processo de mudança no dia a dia dos serviços.O

planejamento pontua questões que influencia a dinâmica do serviço e possibilita intervenções

produtivas em torno das dificuldades e dos facilitadores da área de abrangência .

A territorialização permitiu levantar os agravos em saúde e identificar medidas para o

seu enfrentamento. O plano de ação priorizou os problemas mais evidentes e citados pelos

moradores que participaram desta construção, com intervenções guiadas por sugestões pelo

grupo quanto à forma de execução, buscando maior adesão e participação da população.

20

O USO DA TERRITORIALIZAÇÃO PARA APOIO AO PLANEJAMENTO DAS AÇÕES DE

UMA UNIDADE DE SAÚDE DA FAMÍLIA.

Em relação ao processo de trabalho na Estratégia Saúde da Família, confirmou-se a

importância da integração dos profissionais de saúde para construção de saberes no cotidiano

do serviço.A construção desse estudo pode servir de orientação para diálogos, avaliações,

reflexões e gestão da realidade estudada. Entretanto, não devem ser tomadas como conclusões

definitivas sobre a realidade.

Baseado em todos os conceitos aqui descritos podemos concluir o quanto é importante a

territorialização no processo de construção da atenção primaria em saúde na ESF, pois nos

permite radiografar a realidade da comunidade em questão. É um meio de aproximar a saúde

da comunidade, de co-responsabilidade entre a comunidade e os profissionais de saúde, não

apenas garantindo o direito universal do atendimento, mais sim viabilizá-lo com equidade e

qualidade. Configurando a saúde como um verdadeiro exercício de cidadania.

REFERÊNCIAS

BARCELLOS, Christovam. (2003) A saúde nos Sistemas de Informação Geográfica: apenas

uma camada a mais? Caderno Prudentino de Geografia. Presidente Prudente, v. 25: p. 29-43,

2003.

BRASIL. Saúde da Família: uma estratégia para reorientação do modelo assistencial.Brasília:

MS. 1997.

______. Ministério da Saúde. Diretrizes operacionais dos Pactos pela Vida, em Defesa do

SUS e de Gestão Série A. Normas e Manuais Técnicos. Série Pactos pela Saúde 2006. v.

1.Secretaria Executiva. Departamento de Apoio à Descentralização. Coordenação-Geral de

Apoio à Gestão Descentralizada. Brasília: 76 p. 2006a.

21

O USO DA TERRITORIALIZAÇÃO PARA APOIO AO PLANEJAMENTO DAS AÇÕES DE

UMA UNIDADE DE SAÚDE DA FAMÍLIA.

______. Ministério da Saúde. Política nacional de atenção básica. Série A. Normas e Manuais

Técnicos. Série Pactos pela Saúde 2006, v. 4. Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento

de Atenção à Saúde. Brasília: Ministério da Saúde, 60p. 2006b.

______. Ministério da Saúde. Departamento de Atenção Básica. Atenção Básica e a Saúde da

Família. Disponível em: <http://200.214.130.35/dab/atencaobasica.php#saudedafamilia>.

Acesso em: 07/10/2010 às 21:55h.

_______. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção

Básica.Política Nacional de Atenção Básica / Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à

Saúde.Departamento de Atenção Básica. – Brasília : Ministério da Saúde, 2012.

CAMPOS, CEA. O desafio da integralidade segundo as perspectivas da vigilância da saúde e

da saúde da família. Ciênc. saúde coletiva. 2003, vol.8, n.2, pp. 569-584. Disponível em:

<http://www.scielo.br/pdf/csc/v8n2/a18v08n2.pdf>. Acesso em: 06/10/2010 às 21:25 h.

FEREIRA, JC, FERNANDES, APP, SOUZA, C, BICUDO, DO, MAZZA, VA. A percepção

do gestor sobre a organização da atenção básica à Saúde da criança. Revista Cogitare

Enferm.2010.

GONDIM, GMM, MONKEN, M, ROJAS, LI, BARCELLOS, C, PEITER, P, NAVARRO,

M, GRACIE, R. O território da Saúde: A organização do sistema de saúde e a

territorialização. 2009. Disponível em:

<http://www.saudecoletiva2009.com.br/cursos/c11_2.pdf.> Acesso em: 06/10/2010 às 20:30

h.

JARDIM, TA; AFONSO, VC, PIRES, IC. A terapia ocupacional na Estratégia de Saúde da

Família - evidências de um estudo de caso no município de São Paulo. Rev. Ter. Ocup. Univ.

22

O USO DA TERRITORIALIZAÇÃO PARA APOIO AO PLANEJAMENTO DAS AÇÕES DE

UMA UNIDADE DE SAÚDE DA FAMÍLIA.

São Paulo. 2008, vol.19, n.3, pp. 167-175. Disponível em:

<http://www.revistasusp.sibi.usp.br/pdf/rto/v19n3/06.pdf>. Acesso em: 05/10/2010 às 16:40

h.

MENDES, E. V. Distrito sanitário: O processo social de mudança das práticas sanitárias do Sistema

Único de Saúde, 1993.

MENDES, E.V.. Distrito Sanitário: O processo social de mudança das práticas sanitárias do

Sistema Único de Saúde. São Paulo, Rio de Janeiro: Hucitec-Abrasco. 1999.

MERHY, EE. Um dos grandes desafios apara gestores do SUS: apostar em novos modelos de

atenção. In: Merhy EE et al. O trabalho em saúde: olhando e experienciando o SUS no

cotidiano, São Paulo: Hucitec, 2003.

NASCIMENTO, Maristella Santos; NASCIMENTO, Maria Ângela Alves do. Prática da

enfermeira no Programa de Saúde da Família: a interface da vigilância da saúde versus as

ações programáticas em saúde. Cadernos de Saúde Coletiva, v. 10, n. 2, p. 333 – 345, 2005.

PAIM, JS. A reorganização das práticas de saúde em distritos sanitários. In: Mendes, EV,

organizador.Distrito Sanitário: o processo social de mudança das práticas sanitárias do

sistema único de saúde. São Paulo: Hutec-Abrasco;1999. Cap.4, p. 187-220.

PEREIRA, MP, BARCELOS, C. O território no programa de saúde da família. HYGEIA,

Revista Brasileira de Geografia Médica e da Saúde. Junho. 2006. Disponível em:

<www.hygeia.ig.ufu.br/> . Acesso em mai. 2013.

RODRIGUES, MJ, RAMIRES, JCL. O programa saúde da família em Uberlândia: a visão

dos usuários e das coordenadoras de equipe do núcleo Pampulha. Hygeia. Revista Brasileira

23

O USO DA TERRITORIALIZAÇÃO PARA APOIO AO PLANEJAMENTO DAS AÇÕES DE

UMA UNIDADE DE SAÚDE DA FAMÍLIA.

de Geografia Médica e da Saúde. Junho. 2008 - <www.hygeia.ig.ufu.br/.> Acesso em abr.

2012.

ROSELLINE, APL, CARMO, APV do, SOUZA, PRP de, SAITO, RX de S.

Territorialização: base para a organização e planejamento em saúde. In: Ohara, ECC, Saito,

RX de S. (Org.) Saúde da Família: Considerações Teóricas e Aplicabilidade. São Paulo.

Martinari. 2008.

SECRETARIA DE POLÍTICAS DE SAÚDE. Departamento de Atenção Básica. Programa Saúde da

Família. Rev. Saúde Pública [online]. vol.34, n.3, pp. 316-319, 2000. Disponível em:

<http://www.scielo.br/scielo.php>. Acesso em: mai.2012.

UNGLERT, C. V. de S. Territorialização em sistemas de saúde. In: Mendes, EV. (Org.)

Distrito sanitário: o processo social de mudança das práticas sanitárias do Sistema Único de

Saúde. 4. ed. São Paulo: Hucitec/Abrasco, 1999, p. 221-235.