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O USO DA TERRITORIALIZAÇÃO PARA APOIO AO PLANEJAMENTO DAS AÇÕES DE
UMA UNIDADE DE SAÚDE DA FAMÍLIA.
2º CONGRESSO BRASILEIRO DE POLÍTICA, PLANEJAMENTO E GESTÃO EM
SAÚDE
UNIVERSALIDADE, IGUALDADE E INTEGRALIDADE DA SAÚDE: UM PROJETO
POSSÍVEL
O uso da territorialização para apoio ao planejamento das ações de uma unidade de
Saúde da Família
Lídia Batista de Môra1
Juliana de Carvalho Gomes2
Mona Laura de Sousa Moraes3
Flávia de Moraes Albuquerque4
Paulo Cesar Vieira Jorge5
Vilma Karla Alves Felix6
Anayde Selma Marcelino Ferreira7
Juliana Saraiva de Alencar8
Melissa Rodrigues de Oliveira9
BELO HORIZONTE
2013
1 Prefeitura Municipal de Patos/PB
2 Prefeitura Municipal de Patos/PB
3 Prefeitura Municipal de Patos/PB
4 Prefeitura Municipal de Patos/PB
5 Prefeitura Municipal de Juazeiro do Norte/CE
6 Prefeitura Municipal de Patos/PB
7 Prefeitura Municipal de Patos/PB
8 Prefeitura Municipal de Iguatu
9 Prefeitura Municipal de Patos/PB
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O USO DA TERRITORIALIZAÇÃO PARA APOIO AO PLANEJAMENTO DAS AÇÕES DE
UMA UNIDADE DE SAÚDE DA FAMÍLIA.
O USO DA TERRITORIALIZAÇÃO PARA APOIO AO PLANEJAMENTO DAS AÇÕES
DE UMA UNIDADE DE SAÚDE DA FAMÍLIA.
USE OF TERRITORIALIZATION PLANNING TO SUPPORT THE SHARES OF
A UNIT OF FAMILY HEALTH.
RESUMO
Introdução:A territorialização é uma ferramenta de avaliação da Estratégia Saúde da Família
que visa à compreensão atual do processo saúde doença, apontando que as variáveis
biológicas, psíquicas e sociais rementem a necessidade de ações que possa compreender e
intervir nos problemas que afetam um território.Objetivos:Este estudo visa realizar um relato
de experiência da prática profissional enquanto enfermeiras da Estratégia Saúde da Família,
visando interferir de forma eficaz e eficiente na dinâmica do serviço através do planejamento
de ações baseado na territorialização da área.Métodos:Nesse estudo foi realizado a
territorialização da área de abrangência de uma Unidade de Saúde da Família implantada
desde de 2004,pertencentes a um município do sertão paraibano.Realizou se a territorialização
da área primeiramente utilizando instrumentos como mapas, realizando coleta de informações
com moradores da comunidade acerca da história da criação do bairro e da implantação da
Unidade.Também foi utilizado dados demográficos,condições de moradia,avaliações de
indicadores de saúde oriundos do Sistema de Informação da Atenção Básica,além da
compreensão sobre o processo de trabalho e ações desenvolvidas na Unidade.Resultados e
discussão:Uma breve avaliação descreveu a caracterização da população e o desenvolvimento
de ações gerenciais possíveis, baseadas no perfil traçado com a participação da comunidade e
da equipe.A análise dos resultados obtidos por meio do processo de territorialização dessa
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O USO DA TERRITORIALIZAÇÃO PARA APOIO AO PLANEJAMENTO DAS AÇÕES DE
UMA UNIDADE DE SAÚDE DA FAMÍLIA.
área leva a crer que esta ferramenta proporciona um melhor planejamento das ações
desenvolvidas na unidade e facilita o processo de trabalho de uma forma mais integrada.
DESCRITORES:Territorialização,Planejamento,Estratégia Saúde da Família.
INTRODUÇÃO
Na avaliação de serviços de saúde é comum os trabalhadores que fazem essa reflexão ter
a tendência de discutir os aspectos mais gerais, macro estrutural do serviço, muitas vezes
atribuído aos aspectos gerais toda a responsabilidade dos problemas que impedem a eficácia e
a efetividade do serviço. Porém para uma análise ser eficaz, ela deve permitir um olhar amplo
em torno de si, elementos que englobem amplamente assuntos relacionados á política da
organização do serviço, que fazem relação com processo de trabalho, a dinâmica e as
necessidades surgidas no dia a dia. Só assim, será possível planejar ações que respondam as
reais necessidades do serviço de saúde, identificando seus problemas.
O planejamento de um serviço de saúde deve ser usado como instrumento para o
trabalho coletivo. Por meio de discussões e opiniões que auxiliem na construção e
compreensão da realidade. A participação conjunta da equipe e da população pode criar elos
que promovam compromissos entre profissionais e comunidade.
A territorialização é uma ferramenta de avaliação da Estratégia Saúde da Família que
visa à compreensão atual do processo saúde doença, apontando que as variáveis biológicas,
psíquicas e sociais remetem a necessidade de ações que possa compreender e intervir nos
problemas que afetam um território.
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O USO DA TERRITORIALIZAÇÃO PARA APOIO AO PLANEJAMENTO DAS AÇÕES DE
UMA UNIDADE DE SAÚDE DA FAMÍLIA.
Segundo Mendes (1993), o território é um espaço em permanente construção e
reconstrução. É a concepção de território processo que além de um território solo é território
econômico, político, cultural e epidemiológico, configurando uma realidade de saúde sempre
em movimento e nunca pronta.
Conhecer o território é uma ferramenta indispensável para desenvolver um trabalho
baseado nas potencialidades e dificuldades que interferem no processo de trabalho e
planejamento de ações eficazes na ESF. A territorialização é vista como um pressuposto
ímpar na Estratégia Saúde da Família que considera princípios do Sistema Único de Saúde,
como regionalização e descentralização.
O trabalho da ESF visa à organização, o planejamento, o desenvolvimento e a avaliação
de ações que respondam às reais necessidades da comunidade, procurando articular diversos
setores envolvidos na promoção da saúde. É nesse sentido que a ESF, através de suas ações,
tem influenciado nos indicadores de saúde (SECRETARIA DE POLÍTICAS PÚBLICAS,
2000).
JUSTIFICATIVA
Entendendo que o planejamento das ações de saúde consiste em desenhar, executar,
acompanhar e avaliar propostas de ações que vise intervir sobre uma realidade e levando
conta que a territorialização é uma ferramenta indispensável para conhecer de forma ampla o
território e o processo de trabalho desenvolvido na ESF é que destacamos a importância de
realizar a territorialização de uma área pertencente a uma Unidade de Saúde da Família, para
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O USO DA TERRITORIALIZAÇÃO PARA APOIO AO PLANEJAMENTO DAS AÇÕES DE
UMA UNIDADE DE SAÚDE DA FAMÍLIA.
dessa forma planejaraçõescom o intuito de provocar transformações de impacto positivo na
vida e na saúde da população.
OBJETIVO
Este estudo foi realizado em uma Unidade Básica de Saúde da Família de um município
Paraibano, nasceu da necessidade de conhecer e reconhecer o território de abrangência da
Unidade. O trabalho teve como objetivo realizar um relato de experiência da prática
profissional enquanto enfermeiras da Estratégia Saúde da Família, visando interferir de forma
eficaz e eficiente na dinâmica do serviço través do planejamento de ações baseado na
territorialização da área.
REFERENCIAL TEÓRICO
1. Organização da Atenção Primária em Saúde
Como o próprio nome já denota – atenção primária- está diretamente ligada ao
primeiro nível de acolhimento do usuário no Sistema Único de Saúde (SUS), funciona como a
―porta de entrada‖ para que o cliente tenha acesso aos outros níveis de atenção em saúde.
A atenção básica é uma das estratégias de integração dos serviços, considerada acesso
precípuo a todos os níveis do sistema de saúde. Nesse sentido, é fundamental a adoção do
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O USO DA TERRITORIALIZAÇÃO PARA APOIO AO PLANEJAMENTO DAS AÇÕES DE
UMA UNIDADE DE SAÚDE DA FAMÍLIA.
conceito amplo de saúde, como resultante dos determinantes sociais e produto da qualidade de
vida, baseado na promoção da saúde, que responda às necessidades de saúde individuais e
coletivas, assumindo papel crucial de promover a equidade e contribuir para a melhoria da
qualidade de vida das famílias (FERREIRA et. al., 2010).
O delineamento da população é importante para o sistema de saúde local, pois,
mediante dados como perfil populacional, indicadores sanitários e epidemiológicos, taxas de
desigualdades regionais, metas de cobertura e desempenho é que são repassados os recursos
financeiros para atender as necessidades específicas de cada comunidade. Portanto, faz se
necessário ampliar à investigação e à reflexão acerca deste processo no âmbito da atenção
básica à saúde.
No atual pacto de gestão, vê-se novamente a retomada da regionalização como diretriz
fundamental do SUS, sendo eixo estruturante para a pactuação e descentralização das ações.
Fica evidente nesse documento que o desenho final do Plano Diretor de Regionalização deve
levar em conta o reconhecimento das regiões de saúde em suas singularidades, em cada estado
brasileiro e no distrito federal.
As regiões de saúde são entendidas como: ―recortes territoriais inserido em um espaço
geográfico contínuo, identificadas pelos gestores municipais e estaduais a partir de
identidades culturais, econômicas e sociais, de redes de comunicação e infra-estrutura de
transportes compartilhados do território‖. (BRASIL, 2006a, p.19).
É característica da atenção primária em saúde possibilitar acesso universal, como
garantia de atendimento em um serviço resolutivo e de qualidade. Balizado nos princípios
doutrinários do Sistema Único de Saúde (SUS), como a universalidade, equidade e
integralidade, efetivar a integralidade em seus vários aspectos, a saber: integração de ações
programáticas e demanda espontânea; articulação das ações de promoção à saúde, prevenção
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UMA UNIDADE DE SAÚDE DA FAMÍLIA.
de agravos, vigilância à saúde, tratamento e reabilitação, trabalho de forma interdisciplinar e
em equipe, e coordenação do cuidado na rede de serviços (BRASIL, 2006).
A construção do vínculo entre população e unidade de saúde é possível através da
delimitação territorial, ou seja, com a adscrição dos limites da comunidade, o planejamento e
a programação de saúde são possíveis, como uma tentativa de trabalhar na perspectiva da
equidade. Como apontado em Brasil, (2006b, p.11), quando descreve que ―as relações de
vínculo e responsabilização entre as equipes e a população adscrita garantindo a continuidade
das ações de saúde e a longitudinalidade do cuidado‖.
A atenção básica deve propiciar a organização da rede de serviços e ações de saúde que
atendam e assegurarem os princípios constitucionais de universalidade do acesso, equidade e
integralidade do cuidado, possibilitando a ação cooperativa e solidária entre gestores e o
fortalecimento do controle social. A rede de atenção à saúde deve ser pactuada tanto em
relação aos recursos (materiais, financeiros e humanos) quanto no que tange às
responsabilidades e ações complementares entre os entes federados. Além do enfoque da
educação permanente em saúde, que garante aos profissionais uma maior motivação em
embasamento técnico para realizações das suas atividades de trabalho.
2. Estratégia Saúde da Família e oTerritório
A Estratégia Saúde da Família (ESF) foi criada
junto com o Programa de Agente Comunitário de Saúde (PACS) em 1991, iniciando suas
atividades em 1994. Dentre as suas diretrizes, algumas apontam na direção da definição de
territórios, como: a ―adscrição de população‖ — vinculada a uma unidade básica; ―território
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O USO DA TERRITORIALIZAÇÃO PARA APOIO AO PLANEJAMENTO DAS AÇÕES DE
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de abrangência‖ —, entendido como a área que está sob a responsabilidade de uma equipe de
saúde da família (MENDES, 1999).
De acordo com o Ministério da Saúde cada equipe se responsabiliza pelo
acompanhamento de, no máximo, 4 mil habitantes, sendo a média recomendada de 3 mil
habitantes de uma determinada área, e estas passam a ter co-responsabilidade no cuidado à
saúde. Recomenda-se que o número de pessoas por equipe considere o grau de
vulnerabilidade das famílias daquele território, sendo que, quanto maior o grau de
vulnerabilidade, menor deverá será quantidade de pessoas por equipe (BRASIL,2012).
O espaço-território vai muito além de um simples recorte político-operacional do
sistema de saúde, é o locus onde se verifica a interação população-serviços no nível local.
Caracteriza-se por uma população específica, vivendo em tempo e espaço singulares, com
problemas e necessidades de saúde determinados, os quais para sua resolução devem ser
compreendidos e visualizados espacialmente por profissionais e gestores das distintas
unidades prestadoras de serviços de saúde (GONDIM et.al., 2009).Esse território apresenta,
portanto, muito mais que uma extensão geométrica, também um perfil demográfico,
epidemiológico, administrativo, tecnológico, político, social e cultural que o caracteriza e se
expressa num território em permanente construção e reconstrução.
A relevância da territorialização e da implantação de distritos sanitários nos
municípios está interligada às propostas alternativas de modelos de atenção que, ao invés de
darem enfoque exclusivo à ―demanda espontânea‖, também se preocupam com as
necessidades de saúde da população do seu território e com o impacto das ações sobre elas.
Desta forma, seria proporcionada a ―oferta organizada‖ em função dos principais agravos e
grupos populacionais prioritários: crianças, mulheres, idosos e trabalhadores (UNGLERT,
1999; FERREIRA et. al., 2010).
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O USO DA TERRITORIALIZAÇÃO PARA APOIO AO PLANEJAMENTO DAS AÇÕES DE
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Entende-se com essa afirmação que, o território não seria entendido apenas como uma
região geográfica e sim como um espaço onde vivem grupos sociais com ―suas relações e
condições de subsistência, de trabalho, de renda, de habitação, de acesso à educação e o seu
saber preexistente‖ ((UNGLERT, 1999; CAMPOS, 2003).
Dessa maneira, representa mais do que a divisão territorial do local, é mais do que a
mera divisão em ruas, avenidas, praças, estabelecimentos comerciais e tantos outros
elementos que fazem parte da discrição de território, representa uma forma de reforçar a
caracterização de uma comunidade. Pois nela, estão contidas as mais variadas representações
econômicas, sociais e culturais, que são imprescindíveis para o fazer em saúde,
especialmente, no que tange à saúde da família.
O trabalho na estratégia saúde da família (ESF) assume um papel de cuidar dos
indivíduos, de forma individual e coletiva, tendo como finalidades centrais: a prestação de
assistência integral, contínua, resolutiva e de qualidade às necessidades de saúde de uma
população adscrita, ressaltando-se a perspectiva da família (RODRIGUES, 2008;
FERREIRA, 2010).
A equipe de saúde deverá ter uma abordagem de caráter multidisciplinar e organização
do trabalho deve ser desenvolvida sob a perspectiva de um trabalho de forma horizontal, que
possibilite, no processo decisório, a participação de todos os envolvidos. Outro atributo desta
estratégia é estimular o exercício do controle social da população pela qual é responsável.
Uma equipe se caracteriza pelo envolvimento de cada membro na tarefa e pelo
comprometimento de todos nos resultados finais. As pessoas têm interação contínua, são
interdependentes, compreendem-se mutuamente e participam das decisões. A atuação
realizada diretamente na comunidade proporciona atendimento à população que não dispõe de
outro tipo de acesso ao sistema de saúde, ainda de acordo com os autores, estando diretamente
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O USO DA TERRITORIALIZAÇÃO PARA APOIO AO PLANEJAMENTO DAS AÇÕES DE
UMA UNIDADE DE SAÚDE DA FAMÍLIA.
ligada a outro princípio de atenção em saúde no SUS, a ―igualdade da assistência à saúde‖,
sem preconceitos ou privilégios de cada indivíduo.(JARDIM, AFONSO e PIRES, 2008).
Conhecer a respeito da territorialização proporciona a melhor identificação da
população e permite aos profissionais de saúde realizar um melhor planejamento local das
suas atividades e ações, com novas formas de interação do serviço com a comunidade.
3. Objetivos da territorialização
O aprofundamento da relação entre espaço e saúde na comunidade se processa na
medida em que se é delimitado e construído o território. O cadastramento de famílias e de
pessoas, sejam nos seus aspectos individuais e/ou coletivos permitem a definição de um perfil
sanitário, dessa maneira apontam para que elementos importantes sejam evidenciados, como
por exemplo, os aspectos positivos e negativos nos quais a população adscrita está inserida.
Para Paim (1999), esse processo é de fundamental importância para a incorporação da relação
de responsabilidade entre os trabalhadores da área da saúde e a população.
Assim, entende-se que a delimitação de um território, a divisão e o aprofundamento
nas regiões visam a aproximar os recursos existentes para explicitar o conhecimento de suas
necessidades e demandas. Para que através desse estudo os profissionais de saúde tenham a
capacidade de planejar estratégias capazes de suprir as carências e demandas existentes.
4. Conhecendo a comunidade
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O USO DA TERRITORIALIZAÇÃO PARA APOIO AO PLANEJAMENTO DAS AÇÕES DE
UMA UNIDADE DE SAÚDE DA FAMÍLIA.
O trabalho na atenção primária à saúde se formaliza por meio das ações dos
profissionais das equipes de saúde da família. Esse ―raio-X‖ da população, é possível pela
realização do diagnóstico epidemiológico, que aborda entre outros fatores a incidência e
prevalência de doenças, fatores de riscos associados a esses agravos, incapacidades e
hospitalizações provocadas por esses evento
No que consta ao perfil sócio-econômico, devem ser contemplados os hábitos, as
condições de moradia, os costumes, a cultura, o estilo de vida, as atividades econômicas
desenvolvidas, de onde vem a renda da população, crenças, meios de comunicação,
transporte, entidades que fazem parte do cotidiano da população (escolas, igrejas, ONG‘s,
conselhos municipais) e especialmente que papel a própria comunidade assume, perante o
coletivo. Nesse enfoque, deve ser incluída a infra-estrutura local, com dados tais como:
saneamento básico, destino do lixo, rede de abastecimento de água, esgoto, presença de água
contaminada e esgoto a céu aberto, foco de vetores, poluição (mais diversas fontes – visual,
sonora, ar, água, radiação, dentre outras), meio ambiente e desenvolvimento sustentável.
Nessa análise, convém destacar a construção teórico-metodológica de caráter
pedagógico,que potencializa a ‗técnica de territorialização em saúde‘ (UNGLERT,1999;
MENDES, 1999), objetivando a sua adoção nas práticas dos serviços de vigilância em saúde.
Esta técnica é conhecida no campo do planejamento em saúde como processo de
territorialização para a produção de informações de base territorial.
Na visão dos autores, um dos seus pontos fortes é o seu caráter participativo que facilita
a interação entre a equipe de saúde, a população e os atores políticos. Permite aos
profissionais dos serviços compartilharem de espaços institucionais como sujeito fundamental
na organização do processo de trabalho em sistemas locais de saúde visando a ações em
comunidades através de práticas de vigilância em saúde.
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O USO DA TERRITORIALIZAÇÃO PARA APOIO AO PLANEJAMENTO DAS AÇÕES DE
UMA UNIDADE DE SAÚDE DA FAMÍLIA.
A saúde, vivenciada e sentida pelos trabalhadores em saúde e pelos seus usuários
como um direito. Esta se concretiza através de práticas gerenciais e sanitárias sob a forma de
trabalho em equipe multidisciplinar, dirigidas a populações de territórios bem delimitados
pelas quais assume a responsabilidade sanitária, considerando a dinamicidade existente no
território em que vivem essas populações.
5. Construindo mapas
O passo inicial para qualquer processo de reconhecimento de território deve se dá por
meio da visita ao local, essa por sua vez, deverá ser sistematizada e planejada. Nessa interface
é que será possível aprofundar-se nas mais variadas dimensões da realidade de um espaço
território.
Como aponta Rosellli et. al (2008, p. 390) ―apreensão do movimento do território
possibilitará um trabalho em saúde muito mais efetivo e contextualizado‖. Assim,
compreender o território não apenas no seu aspecto fotográfico, ou seja, estático, mais sim
como um filme com todos os seus movimentos e dinâmicas.
Quando o reconhecimento do local é realizado, o próximo passo é fazer o levantamento
do número de profissionais de saúde que compõe a equipe, avaliando qual a demanda da
Unidade de Saúde, de acordo com o perfil das práticas de serviços ali realizados, a capacidade
de atendimento para a referida clientela.
As autoras definem que, a área de abrangência corresponde à área de responsabilidade
de uma unidade baseando-se em critérios de acessibilidade geográfica e fluxo da população.
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O USO DA TERRITORIALIZAÇÃO PARA APOIO AO PLANEJAMENTO DAS AÇÕES DE
UMA UNIDADE DE SAÚDE DA FAMÍLIA.
A unidade de saúde em questão deve ser o centro do território, ainda de acordo com
Rosellline et. al (2008, p. 391), ―é fundamental começar o cadastramento, considerando a
unidade, o núcleo do território; e seu limite, o número de famílias e usuários definidos
previamente‖.
A cartografia consiste em uma ferramenta utilizada, antes de tudo, para o diagnóstico
e planejamento de atividades de campo. A visualização espacial de informações traz subsídios
ao processo de vigilância e atenção à saúde através dos mapeamentos das áreas de riscos e dos
serviços de saúde.
Por meio de desenho de mapas, podem-se, graficamente sobrepor dados sócio-
ambientais e sanitários que permitam uma melhor focalização de problemas, facilitando assim
o planejamento de ações por parte tanto do poder público quanto da população local. Ao
mesmo tempo, as escolhas realizadas nas fases de construção de mapas (a escolha de escalas
de trabalho, unidades de análise, fontes de informação e modelos de análise) explicitam uma
concepção de espaço geográfico (PEREIRA & BARCELLOS, 2006 apud BARCELLOS,
2003).
No caso do PSF, a estrutura das unidades espaciais do programa, o conteúdo e a
organização dos dados demográficos, epidemiológicos e sociais coletados e analisados pelo
programa, revelam a capacidade de refletir sobre seu território de atuação.
Para Rosselline et. al, (2008), as áreas de risco devem ser destacadas, assim como os
equipamentos que possibilitem uma ação intersetorial, devendo-se potencializar os recursos e
garantir a sustentabilidade da comunidade adscrita.
Assim, um espaço bem demarcado, bem representado graficamente, com ricas
ilustrações e observações instrumentaliza a organização das ações de saúde e se trona a base
de informações sobre o perfil desse território. A equipe de saúde deve ter o domínio de todas
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O USO DA TERRITORIALIZAÇÃO PARA APOIO AO PLANEJAMENTO DAS AÇÕES DE
UMA UNIDADE DE SAÚDE DA FAMÍLIA.
as peculiaridades das características do território, nesse aspecto, é necessário conhecer mais a
fundo detalhes de um município, bairro ou comunidade, como por exemplo: saber o tipo de
atividade econômica mais prevalente, quais os municípios (bairros/comunidades) limítrofes
(se for o caso), distância da capital (se necessário), habitantes divididos pelo gênero e faixa
etária, localização da unidade de saúde, história do local (fundação,origem de nome,
procedência dos habitantes, cultura, festas religiosas, dentre outras informações que se achar
relevante.
Recebem também destaque as divisões de ruas, avenidas, vilas e alamedas, com a
devida localização de escolas, creches, igrejas, praças, parques, centros comerciais, meios de
transporte, áreas de risco, instituições públicas e privadas, e tudo mais que se fizer necessário.
Como destaca Roselline, et. al. (2008, p. 395), ―o mapeamento deve ser realizado para
subsidiar o trabalho da equipe e principalmente do Agente Comunitário de Saúde (ACS)‖, o
mapa permite a visualização, ajuda a explicar e a entender o território ou área de abrangência
na qual o ACS atua. A definição do território, a construção dos mapas, representam as bases
para a realização do diagnóstico da comunidade.
Método
Nesse estudo foi realizado a territorialização da área de abrangência de uma Unidade de
Saúde da Família implantada desde o ano de 2004, pertencentes a um município do sertão
paraibano.
Realizou se a territorialização da área primeiramente utilizando instrumentos como
mapas, coleta de informações com moradores da comunidade acerca da história da criação do
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O USO DA TERRITORIALIZAÇÃO PARA APOIO AO PLANEJAMENTO DAS AÇÕES DE
UMA UNIDADE DE SAÚDE DA FAMÍLIA.
bairro e da implantação da Unidade, identificaçãodos atores e os equipamentos
sociais.Também foi utilizado dados demográficos,condições de moradia,avaliações de
indicadores de saúde oriundos do Sistema de Informação da Atenção Básica,além da
compreensão sobre o processo de trabalho e ações desenvolvidas na Unidade.
O processo de construção da territorialização apresentou três momentos. O primeiro
correspondeu ao mapeamento da área, pesquisa sobre a história e conhecimento de
equipamentos sociais presentes no bairro e identificação e seleção dosproblemas de saúde que
atingem comunidade.Os problemas identificados foram, então ,selecionados, através de
reuniões com da equipe com a integrantes da comunidade .No segundo momento, foi feita a
explicação dos problemas, para a qual lançou-se mão de ferramenta que identificasse os
problemas e a solução do mesmos. As causas e consequências do problema foram
identificadas de forma clara e objetiva, o que permitiu apontar as ações para resolução dos
problemas. Procuramos enfatizar os nós críticos,as causas que têm relação direta com o
problema.No terceiro momento, foram selecionadas as ações que seriam desenvolvidas para
resolução dos problemas.
Discussão
Após coleta das informações foi feito reuniões com a equipe para apresentação e
discussão dos dados colhidos. Uma breve avaliação descreveu a caracterização da população
e o desenvolvimento de ações gerenciais possíveis baseadas no perfil traçado.A participação
da comunidade neste processo proporcionou um olhar diferente e enriquecedor que fortaleceu
de forma muito dinâmica a realização do trabalho.
O mapeamento da área proporcionou um desenho representado no papel do que existe
na localidade como ruas,casas,escolas,serviço de saúde,igrejas,fábricas,associações de
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O USO DA TERRITORIALIZAÇÃO PARA APOIO AO PLANEJAMENTO DAS AÇÕES DE
UMA UNIDADE DE SAÚDE DA FAMÍLIA.
moradores,hotéis ,metalúrgica além de possibilitar a localização geográfica da área dentro da
cidade.A identificação desses equipamentos sociais trouxe para o cenário um plano ações
para o desenvolvimento de procedimentos em prol da promoção de saúde e prevenção de
doenças:
Confecção de mapas da área para Unidade e para os ACS;
Parceria entre a equipe da ESF e as equipes de alguns equipamentos sóciais:
A detecção de grupos de riscos e posterior criação de grupos para realização de
atividades de educação em saúde ;
Planejamento para realização de procedimentos coletivos baseado no perfil
encontrado.
O mapa facilitou o deslocamento dentro da área e nesse estudo proporcionou o
planejamento de visitas pelos ACS e outros profissionais sem perder tempo para localização
de domicílios e demarcações de áreas de riscos nas microáreas.
A visualização espacial de informações traz subsídios ao processo de vigilância e
atenção à saúde através dos mapeamentos das áreas de riscos e dos serviços de saúde. Através
de mapas, podem-se sobrepor os dados sócio ambientais e sanitários que permitam uma
melhor focalização de problemas, facilitando assim o planejamento de ações por parte tanto
do poder público quanto da população local. Ao mesmo tempo, as escolhas realizadas nas
fases de construção de mapas (a escolha de escalas de trabalho, unidades de análise, fontes de
informação e modelos de análise) explicitam uma concepção de espaço geográfico
(BARCELLOS, 2003).
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O USO DA TERRITORIALIZAÇÃO PARA APOIO AO PLANEJAMENTO DAS AÇÕES DE
UMA UNIDADE DE SAÚDE DA FAMÍLIA.
Em um estudo realizado na Bahia é mostrada a transformação da perspectiva de
trabalho de uma enfermeira, que de início concebe o território como delimitação (vertente
jurídico-política) e desvenda na sua área de trabalho um grupo de pessoas que possui
determinado perfil epidemiológico, condições de vida diferenciadas e problemas específicos.
Ainda assim, esta técnica parece demonstrar que não percebe nenhum tipo de territorialidade
que apoie ou prejudique a territorialização do PSF no local (NASCIMENTO e
NASCIMENTO,2005).
Desta maneira, prevalece a concepção que o mapeamento da área dentro da
territorialização é uma forma de retratar e aumentar os conhecimentos sobre a comunidade.
Os relatos relacionados à criação do bairro e da unidade possibilitaram uma
aproximação com a comunidade.A identificação das principais fontes de rendas também
ajudaram a construir cronogramas para o atendimento para a população trabalhadora do
bairro.
Na abordagem sobre saneamento, água tradada e coleta de lixo, foram identificados
problemas em uma das micro áreas da área de abrangência da unidade. Foi verificado que a
micro área 05 não possui saneamento básico e nem coleta de lixo rotineira e isso tem elevado
número de casos de diarreia e verminoses em crianças dessa micro área.A elaboração de
soluções para este problema apesar de difícil foi sugerida por toda a equipe e foi o enviadode
oficio a órgãos competentes dentro da prefeitura, explicando o problema e os danos a
comunidade,também foi realizado uma ação educativa dentro da área sobre hábitos saudáveis
que ajudam a diminuir o número de casos de diarreia e verminoses.
O próximo nó encontrado através do processo de territorialização foi a baixa procura
para realização de exame cito patológico ou citologia oncótica, o dado foi identificado no
SIAB,a analise deste dado nos levou a questionar os motivos da baixa procura.A participação
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O USO DA TERRITORIALIZAÇÃO PARA APOIO AO PLANEJAMENTO DAS AÇÕES DE
UMA UNIDADE DE SAÚDE DA FAMÍLIA.
de alguns membros da comunidade levou a algumas respostas a respeito do tema e entre ela
estavam o medo ,a vergonha, a demora no resultado do exame.Após a identificação dessa
problemática , foi realizado uma mobilização para esclarecer a importância da realização do
exame.
Através da avaliação das principais patologias atendidas na unidade, verificamos que
as doenças crônicas como hipertensão e diabetes ainda são o grande vilão entre os problemas
de saúde da comunidade. O plano para solucionar este problema visou à conscientização e a
motivação da comunidade para hábitos de vida saudáveis e acompanhamento continuo dessas
famílias. Para isso, os ACS e toda a equipe desenvolveram ações integradas de educação em
saúde e agendamento de consultas para o publico alvo,além de parcerias com o Núcleo de
Apoio ao Saúde da Família.
Com a territorialização organizamos o cronograma de atendimento com atividades
programadas e de atenção à demanda espontânea uma vez que foi identificado várias queixas
quanto ao atendimento devido a forma de organização das consultas e realização de outros
procedimentos.
Finalizando, a análise dos resultados obtidos por meio do processo de territorialização
dessa área leva a crer que esta ferramenta proporciona um melhor planejamento das ações
desenvolvidas na unidade e facilita o processo de trabalho de uma forma mais integrada.
CONCLUSÃO
Parece-nos ser os maiores desafios para as equipes atuantes na atenção primaria à saúde:
a (re) construção da prática assistencial de modo a contribuir para a integralização da
assistência à saúde. Neste momento, acreditamos que os profissionais da equipe
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O USO DA TERRITORIALIZAÇÃO PARA APOIO AO PLANEJAMENTO DAS AÇÕES DE
UMA UNIDADE DE SAÚDE DA FAMÍLIA.
multi/interdisciplinar devam desenvolver sua capacidade de gerenciar, de compreender a
realidade de sua organização e de exercer um processo de gerenciamento voltado para as
expectativas dos clientes e dos trabalhadores em saúde.
A construção desta nova dinâmica de saúde nos leva a refletir sobre o novo modelo
assistencial, onde o Programa Saúde da Família passa deixa de ser um programa para ser uma
estratégia de base para a promoção em saúde, através da prevenção. Deixando de priorizar o
enfoque individual em prol do coletivo. Onde a família deve ser compreendida em seu
ambiente, no qual são processadas as relações pessoais, de trabalho, de organização social, de
melhores condições de vida e, portanto também de saúde. É a partir da identificação dos
problemas da comunidade que deve começar o planejamento das ações de saúde, dando
espaço para as atuações intersetoriais, equacionando assim a de promoção da saúde.
A territorialização consiste em uma ferramenta utilizada, antes de tudo, para o
diagnóstico e planejamento de atividades de campo. A visualização espacial de informações
traz subsídios ao processo de vigilância e atenção à saúde através dos mapeamentos das áreas
de riscos e dos serviços de saúde.
O processo de planejamento em serviços de saúde deve ser colocado na prática como
uma ferramenta que contribua para o processo de mudança no dia a dia dos serviços.O
planejamento pontua questões que influencia a dinâmica do serviço e possibilita intervenções
produtivas em torno das dificuldades e dos facilitadores da área de abrangência .
A territorialização permitiu levantar os agravos em saúde e identificar medidas para o
seu enfrentamento. O plano de ação priorizou os problemas mais evidentes e citados pelos
moradores que participaram desta construção, com intervenções guiadas por sugestões pelo
grupo quanto à forma de execução, buscando maior adesão e participação da população.
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O USO DA TERRITORIALIZAÇÃO PARA APOIO AO PLANEJAMENTO DAS AÇÕES DE
UMA UNIDADE DE SAÚDE DA FAMÍLIA.
Em relação ao processo de trabalho na Estratégia Saúde da Família, confirmou-se a
importância da integração dos profissionais de saúde para construção de saberes no cotidiano
do serviço.A construção desse estudo pode servir de orientação para diálogos, avaliações,
reflexões e gestão da realidade estudada. Entretanto, não devem ser tomadas como conclusões
definitivas sobre a realidade.
Baseado em todos os conceitos aqui descritos podemos concluir o quanto é importante a
territorialização no processo de construção da atenção primaria em saúde na ESF, pois nos
permite radiografar a realidade da comunidade em questão. É um meio de aproximar a saúde
da comunidade, de co-responsabilidade entre a comunidade e os profissionais de saúde, não
apenas garantindo o direito universal do atendimento, mais sim viabilizá-lo com equidade e
qualidade. Configurando a saúde como um verdadeiro exercício de cidadania.
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