2º Transporte e Espera 21-03-2012 [Modo de compatibilidad].pdf
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MANEJO PRÉMANEJO PRÉ--ABATE DAS AVESABATE DAS AVES
TRANSPORTE, ESPERA, PENDURA, TRANSPORTE, ESPERA, PENDURA,
CESAR ALVESCESAR ALVESMédico Veterinário Médico Veterinário –– CRMV / PR 0766CRMV / PR 0766
MAPA/SFA/SIPOA/PRMAPA/SFA/SIPOA/PREE--mail: [email protected]: [email protected]
Fone Fone –– (45) 2103 (45) 2103 –– 4184 / (45) 8405 4184 / (45) 8405 -- 98369836
TRANSPORTE, ESPERA, PENDURA, TRANSPORTE, ESPERA, PENDURA, INSENSIBILIZAÇÃO E SANGRIAINSENSIBILIZAÇÃO E SANGRIA
MANEJO POR OCASIÃO DO ABATE
* Uma série de tratamentos dispensados aos animais nos dias e horas que precedem ao abate pode por a perder os cuidados zootecnicos mais sofisticadas na produção de um animal de corte.
* Melhores condições para os animais significam: melhores oportunidades de mercados e melhores produtos.
* Redução do estresse no manejo → diminuição lesões na carcaça (hematomas, fraturas, contusões e principalmente a incidência de defeitos de qualidade, como a carne pálida e ponta de asa vermelha).
* Antes de ser carne é músculo, e os cuidados no manejo definem a qualidade final, que é proveniente da transformação do músculo em carne.
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* Boas práticas no manejo estão diretamente relacionadas à qualidade da carne.
* O manejo pré abate pode afetar o bem estar e a qualidade da carcaça, e como conseqüências, afeta o valor do produto final.
TRANSPORTE E DESCARREGAMENTO
* Morte
* Fraturas
* Exaustão metabólica
* Estresse psicológico
* Hematomas
* Lesão de pele
PERDA DE PESO
* Lesão de pele
* Desidratação
* Estresse térmico
* Distância
* Queima de gordura e tecido muscular
* Perda umidade → queda retenção água músculo e aumento excretas (medo)
* Mal tratos (apanha, transporte, recepção, espera e pendura)
* DFD: estresse ante-mortem prolongado → exaustão glicogênio → pH final alto → carne escura, dura e seca
pH DA CARNE
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MEDO E ESTRESSE
glicogênio → pH final alto → carne escura, dura e seca
* PSE: estresse ante-mortem agudo → hipertermia → carne pálida, mole e exsudativa (a rápida transformação metabólica glicogênio em ácido lático em ácido → atinge valor final do pH antes do resfriamento de carcaça → desnaturação protéica )
Aparência do filé de peito de frango pálido, em relação ao corte normal.
* Proibição transporte de animais incapazes
* Treinamento pessoal que trabalha com aves (autorização condutores)
* Documentação
• Origem e data de saída
• Lugar de saídaTRANSPORTE E BEM ESTAR
ANIMAL
• Lugar de saída
• Destino
• Duração da viagem
* Tipos de transporte
• Desenho dos caminhões
• Número aves/gaiola
• Utilização de lonas
• Área de espera → ventiladores e nebulizadores
* 700 – 1000 L/carga
* Reduz estresse
* Reduz temperatura corporal
* Reduz taxa respiratória
MOLHAR AS AVES
* Limita risco de hipertermia
* Reduz taxa mortalidade
* Reduz incidência PSE → aumenta capacidade retenção de água
* Reduz contaminação bacteriana
* Vasoconstrição arteríolas cutâneas → sangue para grandes vasos → facilita a sangria
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* Distância máxima → 150 km
* Maior estresse nos primeiros km
* Mortalidade → 10%
* Motorista
• Cuidado (freadas bruscas e velocidade excessiva)
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TRANSPORTE• Treinamento bem estar animal
• Transporte em horas mais frescas
* Estresse
• Motor
• Emocional
• Digestivo
• Térmico
• Desequilíbrio hídrico
TRANSPORTE
* Limpeza e desinfecção das gaiolas e caminhões.
AUMENTO
* Aumento lesões de peito
* Redução glicogênio hepático
* Redução glicogênio séricoAUMENTO TEMPO
TRANSPORTE
* Redução glicogênio sérico
* Instalação lenta do rigor mortis
* < 4 horas → 0,15% mortalidade
* > 4 horas → 0,28% mortalidades (aumento 80%)
DURAÇÃO DO TRANSPORTE
Relação mortalidade transporte / temperatura
0,30
0,35
0,40
0,45
0,00
0,05
0,10
0,15
0,20
0,25
0,30
Jul Ago Set Out Nov Dez Jan Fev Mar Abr Mai Jun
MESES
% M
OR
TA
LID
AD
E
TEMPERATURA
ESTRESSE
* 18ºC → aumento mortos transporte
* Aves boas condições sobrevivem melhor em baixas temperaturas
* Linhagem genética ESTRESSE TÉRMICO
* Linhagem genética
* Imunidade
* Densidade no transporte → condições climáticas
Por
cent
agem
MT
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Temp. máxima diária
Por
cent
agem
MT
* Frigorífico
• Coberta
• Boa circulação de ar
• Temperatura adequada (conforto térmico → 18 a 26ºC)
• Hidratação das aves
ÁRE DE ESPERA
• Iluminação (15 lux)
• Ruído baixo
• Até 2 horas de espera
* Diretiva (CE) Nº 93/119
• Proteção contra intempéries
• Instalação para beber
• Comida (a cada 12 horas)
• Termoregistrador/termohigrômetro
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ESPERA
DISSIPAÇÃO DE CALOR
* Radiação
* Condução
* Convecção
* Evaporação
PERDA DE CALOR
* Ofegação (respiração)
* Vasodilatação (pernas e cristas)
* Aumento superfície contato (abrir asas)
* Ofegação e vasodilatação podem ser comprometidos quando temperatura e umidade altas
* Umidade > 70% e temperatura > 26ºC → não há troca de * Umidade > 70% e temperatura > 26ºC → não há troca de calor
* Área de espera (ventiladores)
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ESPERA
ESPERA
RECEBIMENTO, DESCARREGAMENTO e PENDURA DAS AVES
* Local coberto e espaçoso
* Plataforma adequada para descarregamento
* Pendura → 15 lux
* Manipular com cuidado (gaiolas)
* Não jogar, bater e deixar cair (gaiolas)
* Horizontalmente → mecanicamente
DESCARREGAMENTO
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* Não retirar pelo pescoço
* Não retirar pelas asas
* Não retirar pelas penas
* Não pendurar por uma perna (ou 2 pernas mesmo local)
RETIRADA DAS AVES DAS GAIOLAS
* Apresentação da ave
* Velocidade
* Bater as asas (agitação)
* Tamanho das aves
PENDURA
* Tamanho das aves
* Tamanho dos ganchos para evitar
• Contusão (pressão)
• Fraturas (pressão)
• Queda (cuba, depenagem)
• Diminui resistência
* Peito → colocados com brutalidade nas gaiolas (apanha), densidade inadequada nas gaiolas e estradas ruins (transporte)
* Perna → seguros pelas pernas com brutalidade para pendurar, ou apanha
* Difícil monitorar fraturas nas aves vivas → mais simples inspecionar aves chegam mortas
CONTUSÃO / FRATURA
Contusão de PeitoContusão de Perna
* Maus tratos e brutalidade → equipe de apanha
* Compressão dos ossos (dolorosa) → lesões
ESTRESSE PSICOLÓGICO
* Ave pendurada → bate asa por 12 seg
• Contraste luz, ganchos apertados, trilhagem com curva ou trepidação → maior tempo bater asas → contusões, fraturas, ponta das asas vermelhas (equimose)
* Linha reta, sem trepidação, sem alteração de altura
PENDURA
* Linha reta, sem trepidação, sem alteração de altura
* Iluminação azul → 15 lux (luz negra ou violeta)
* Parapeito → diminuir bater de asas e conforto
* Tempo entre pendura e insensibilização
• Mínimo 12 seg
• Máximo 30 seg
* Devemos reduzir tempo de aves penduradas e conscientes → menor batimento de asas → menos fraturas e contusões
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Parapeito para conforto Entrada cuba insensibilização
34Equimose (ponta da asas vermelha)
* Aves mortas no transporte ou espera
* Aves doentes ou deficientes
* Aves com pernas quebradas / deslocadas
* Aves muito grandes ou pequenas
* Fazer sacrifício imediato
NÃO DEVEM SER PENDURADAS
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* Consiste na retirada do estado de consciência do animal, mantendo as funções vitais → atua no SNC
* Importância significativa nos aspectos
• Humanitário
• Tecnológico
INSENSIBILIZAÇÃO
• Tecnológico
• Econômico
* 4 razões para realizar a insensibilização
• Minimizar chance da ave sentir dor durante sangria
• Minimizar estresse durante sangria → reduz lesões no peito e asas
• Imobilizar a ave para facilitar e melhorar a sangria
• Evitar convulsões durante sangria (aves não insensibilizadas)
TIPOS DE INSENSIBILIZAÇÃO* Elétrico (mais utilizado)
* Gás (pouco utilizado)
* 40% de CO2 ou mistura (2% oxigênio e 90% argônio)
* Vantagens
• Entra no túnel de gás nas gaiolas (não precisa pendurar)
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• Entra no túnel de gás nas gaiolas (não precisa pendurar)
• Não há golpes na pré-insensibilização
• Melhora qualidade do produto (menos fraturas e contusões)
* Desvantagens
• Alto custo
• Indução lenta (mais lesões na ponta da asa)
• Inspecionar carga → retirar mortos
• Melhor estrutura no abatedouro
GÁS
* Consiste em um banho, onde a corrente elétrica passa pelo corpo por meio da cabeça em direção aos pés
* Ave molhada reduz eficácia → corrente adota caminho de menor resistência (superfície externa de penas molhadas)
* Desvantagens
• Mal insensibilizadas (mal penduradas e lotes
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ELÉTRICA OU ELETRONARCOSE
• Mal insensibilizadas (mal penduradas e lotes desuniformes)
• Redução de glicogênio
• Salpicamento hemorrágico em alguns músculos
* Prática incorreta acarreta
• Fraturas
• Coágulos e hemorragias (asas e peito) → sangria lenta
• Ponta das asas vermelhas
Eletronarcose → todas as aves recebem a mesma corrente
Eletronarcose → aves recebem corrente diferente (aves molhadas, mal penduradas ou desuniformes)
Salpicamento / petéquias na musculatura → corrente elétrica causa contração muscular provocando rompimento dos capilares sanguíneos
* Pré-choque → rampa sem eletrificação e saída de água pela entrada
* Cuba mal posicionada
* Aves mal penduradas
* Angulação errada da rampa
EVITAR
* 150 – 300 Hz
* 105 mA/ave
* Insensibilização
INSENSIBILIZAÇÃO ELÉTRICA
ALTA FREQUÊNCIA
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* Sangria rápida
* 50 Hz
* 105 mA/ave
* Eletrocussão (morte)
* Sangria lenta
BAIXA FREQUÊNCIA
Linhas de Abate Voltagem (V) Amperagem (A) Freqüência (Hz)
Linha 70 – 80 1,5 – 2,0 600
Parâmetros para uma boa insensibilização em uma cuba com capacidade de 13 a 15 aves
* Para atender o bem estar animal e obter uma boa sangria, há necessidade deuma boa insensibilização, sem falar no efeito da qualidade da carne.
SANGRIA
* Escoamento do sangue, rápido, profuso e mais completo possível
* Sem causar sofrimento ao animal
* Deve ser iniciada logo após insensibilização → máximo 12 seg
* Seccionar carótidas e jugulares
* Tempo de sangria → 3 minutosSANGRIA
* Esterilizador 85ºC → troca de facas
* Sangria automática → repasse manual
* Realizada de forma incorreta
• Problemas de BEA, condenação e depreciação da carcaça
• Aves vivas na escaldagem → pele coloração avermelhada
* Má sangria é inaceitável do ponto de vista do BEA → deve ser evitada ao máximo
Sangria automática Sangria manual
Ave não sangrada → entra viva na escaldagem
O tempo de sangria depende da quantidade de vasos sanguíneos seccionados, podendo ser 90” a 3’.
3 x CAPACIDADE DE ABATE/HORA 60 x Nº GANCHOS POR METRO DE TRILHO
Obs: o nº de ganchos por metros é 6 aproximadamente.
AVALIAÇÃO DO BEM ESTAR ANIMAL E MANEJO NAS UNIDADES DE PROCESSAMENTO
* Conforto térmico e físico para aves que aguardam o abate
* Nível de força aceitável na pendura
* Monitoramento das causas de aves mortas no transporte
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* Monitoramento das causas de aves mortas no transporte
* Ajuste dos ganchos
* Ausência de pré-choque
* Aves bem penduradas (2 pernas e contato com a água da cuba)
* Contato gancho / barra contato (fio terra)
* Correta insensibilização → corrente adequada
* Corte correto dos vasos do pescoço → não pode entrar viva na escaldagem
FALHAS COMUNS
APANHA
* Ausência de um líder → monitorar maus tratos e brutalidade
* Apanha incorreta: pelos pés e mais de 3 aves na mão
* Apanha incorreta: pelo dorso com várias aves → desarticulação da asa
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* Longa distância entre apanha e as gaiolas → fratura asa
FALHAS COMUNS
* Veículos sem proteção superior (tela/grade)
* Densidade inadequada das gaiolas
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TRANSPORTE
* Gaiolas quebradas → ferimentos ou fuga
* Ausência treinamento motorista quanto ao BEA
* Paradas do caminhão durante o transporte → aumento produção de calor e morte
* Ausência procedimento emergência em caso de quebra do caminhão quanto aos problemas de BEA
* Área de descanso inadequado para conforto térmico
FALHAS COMUNS
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DESCANSO (ESPERA)
* Ventiladores mal posicionados
* Aspersores mal posicionados ou obstruídos
* Ausência de controle de temperatura e umidade
* Ausência de monitoramento de estresse térmico
FALHAS COMUNS
* Pendura de aves grandes/pequenas ou com fraturas
* Pendura de aves por uma perna
* Ausência de procedimento de abate de emergência
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RECEPÇÃO E PENDURA
* Ausência de treinamento para equipe de pendura
* Ausência de um líder → monitorar abate humanitário
* Presença de aves soltas na plataforma por longos períodos
* Tempo elevado entre pendura e insensibilização
* Ganchos inadequados (apertados ou frouxos)
* Ausência de parapeito
* Eletrodo que fornece corrente não localizado em toda cuba
FALHAS COMUNS
INSENSIBILIZAÇÃO E SANGRIA
cuba
* Pré-choque
* Falta de precisão no monitoramento dos parâmetros de insensibilização (voltagem, amperagem, frequência)
* Ausência de ajuste do disco sangrador
CONCLUSÕES
* Manejo, qualidade da cama e estrutura aviário afetam a qualidade da carne
* Todo pessoal que trabalha com aves vivas necessita de treinamento
* Transporte → nível de estresse e morte dos animais* Transporte → nível de estresse e morte dos animais
* Principal perigo → altas temperaturas
* Registro das análises (coleta de dados) → importante para o BEA, qualidade, inocuidade e rendimento
* Insensibilização, pendura, sangria → afetam consideravelmente a qualidade da carne
MUITOMUITO
OBRIGADOOBRIGADO