3-Missão Francesa

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Cristina Ferreira

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Cristina Ferreira

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O início do século XIX no Brasil é marcado pela chagada da família real portuguesa, que fugia do conflito entre a França napoleônica e a Inglaterra.

Realização de uma série de reformas administrativas, socioeconômicas e culturais.

O Brasil recebe forte influência da cultura européia, que começa a assimilar e imitar.

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Chega em 1816, chefiada por Joaquim Lebreton.

Artistas: Nicolas Antoine Taunay, Jean-Baptiste Debret e Auguste-Henry-Victor Grandjean de Montigny.

O grupo organizou a Escola Real das Ciências, Artes e Ofícios, instituição que teve seu nome alterado muitas vezes até ser tranformada, em 1826, na Academia Imperial de Belas Artes.

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Uma das figuras mais importantes da missão francesa.

Participou de várias exposições na corte de Napoleão.

No Brasil se destacou com as pinturas de paisagens.

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Retrato da Marquesa de Belas, óleo sobre tela |Source=scan de Arte do Século XIX - Mostra do Redescobrimento. Fundação Bienal de São Paulo, 2000. |Date=1816 |Author=Nicolas-Antoine Taunay

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Nicolas-Antoine Taunay (1755 - 1830) Vista do Outeiro, Praia e Igreja da Glória , ca. 1817 óleo sobre tela 37 x 48,5 cm

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Nicolas-Antoine Taunay (1755 - 1830) Largo da Carioca em 1816 , ca. 1816 óleo sobre tela 45 x 56 cm Museu Nacional de Belas Artes (Rio de Janeiro, RJ)

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Nicolas-Antoine Taunay (1755 - 1830) Moisés Salvo das Águas , 1827 óleo sobre tela Museu Nacional de Belas Artes (Rio de Janeiro, RJ)

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Artista mais conhecido da Missão Francesa. Premiado na Europa, recebia encomendas da

corte francesa para pintar quadros com temas relacionados a Napoleão.

Veio para o Brasil em 1816 e permaneceu aqui até 1831.

Pintou cenas brasileiras, retratos da família real,Pinturas de cenário para o Teatro São João e trabalhos de ornamentação da cidade do Rio de Janeiro para festas públicas e oficiais.

Foi professor de pintura histórica na Academia Imperial de Belas Artes.

Realizou a primeira exposição de arte no Brasil, inaugurada em 2 de dezembro de 1829.

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Viagem pitoresca e histórica ao Brasil: obra em três volumes com ilustrações de Debret. Desenhos e aquarelas que documentam os usos e costumes dos indígenas brasileiros.

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Jean-Baptiste Debret: auto-retrato publicado em Voyage pittoresque et historique au Brésil (1834).

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Primeira distribuição das cruzes da Legião de Honra, em 14 de julho de 1804, 1812

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Caçador de escravos, c. 1820-1830. Museu de Arte de São Paulo

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Jean-Baptiste Debret: guerreiro indígena a cavalo.

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Jean-Baptiste Debret: castigo de escravo.

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Jean-Baptiste Debret Dom João VI, Museu Nacional de Belas Artes

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Família de um chefe Camacan se preparando para uma festa.DebretAquarela1820-1830

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Jean-Baptiste Debret(1768-1848), Rideau de scène du Théâtre de la Cour à l’occasion du couronnement de D. Pedro I er.

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Jean-Baptiste Debret(1768-1848), Second mariage de S.M.I. D. Pedro I er.

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Costume des Ministres, Secrétaires d’État — étudeAutor: Jean Baptiste Debret Data: 1826 Aquarelle, 15,3 x 21,7cm

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Dames de la Cour Autor: Jean Baptiste Debret Data: c. 1820-1830 Aquarelle, 9 x 13,3cm

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Jean-Baptiste Debret: Interior de uma casa cigana (Debret: gipsy's house) 1820

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Jean-Baptiste Debret (1768-1848), Tocador de berimbau, 1826.

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Família de Botocudos em marchaData: 1834 Autor: Jean Baptiste Debret

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Na arquitetura a missão francesa desenvolveu o estilo Neoclássico, trazido por Grandjean de Montigny.

Autor do projeto do prédio da academia Imperial de Belas Artes, erguido em 1826, e demolido em 1937, restando apenas parte de uma fachada.

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Fachada da Academia Imperial de Belas-Artes fotografada por Marc Ferrez em 1891.

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Nesta fotografia de Marc Ferrez vemos o prédio da Academia Imperial de Belas Artes, o primeiro edifício projetado por Grandjean de Montigny no Rio de Janeiro.

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Iniciado em agosto de 1816 e inaugurado somente em novembro de 1826, o projeto original que previa a construção de dois andares foi limitado a um andar por razões de economia.

Era formado por dois corpos laterais de um pavimento e um corpo central saliente, em dois níveis: o primeiro em cantaria e portão central de arco pleno com relevos em barro cozido nas enxutas do arco, o segundo com seis colunas de ordem jônica em granito, com bases e capitéis de bronze, encimados por frontão de granito com relevo em barro cozido representando "Febo em seu carro luminoso".

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Entre as colunas das extremidades estátuas de Apolo e Minerva.

Profundamente remanejado em 1882-1883 (com a elevação de um segundo andar e o avançamento da parte central da fachada), e em 1908 (com a construção de um terceiro andar pelo Ministério da Fazenda), o prédio foi enfim demolido em 1938, para dar lugar a outra construção que nunca se realizou.

O pórtico transferido para o Jardim Botânico, encontra-se hoje como ponto final da aléa das palmeiras imperiais, com absurdo aspecto de cenário teatral.

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Grandjean de Montigny: pórtico da antiga Academia Imperial de Belas Artes, hoje no Jardim Botânico (fotografia reproduzida de MEYER, Claus e SECCHIN,Carlos. O Jardim de Acclimação, Rio de Janeiro: Cor Ação, 1983

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A Academia de Grandjean de Montigny, em 1906

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Fachada principal da Praça do Comércio (1819-1820), atualmente Casa França-Brasil.

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Projetado por Grandjean de Montigny, para ordenar a feira de pescado do Largo do Paço,este mercado funcionou de 1840 a 1933, quando a Bolsa de Valores o demoliupara construir sua sede.

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Montigny, Grandjean de Projeto de Chafariz Comemorativo da Chegada da Imperatriz D. Tereza Cristina , s.d. Traço e aguada de nanquim 63 x 50 cm Fundação Biblioteca Nacional (Rio de Janeiro, RJ) Reprodução fotográfica autoria desconhecida

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Casa da Moeda. Solar dos Marqueses de Itamarati,

Projetado por José Maria Jacinto Rebelo, aluno de Montigny.

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CASA DA MOEDA - 1866. Esta linda e antiga fotografia de Klumb, de 1866, mostra a Casa da Moeda, no Campo da Aclamação (atual Campo de Santana). Projetada pelo engenheiro Teodoro de Oliveira, foi inaugurada oficialmente em 1868 e antes disso, abrigou a II Exposição Nacional ("apud" Pedro Vasquez, no livro sobre Klumb, da excelente coleção da Ed. Capivara).

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Solar dos marqueses de Itamarati, atual Palácio do Itamarati,projetado pelo arquiteto José Maria Jacinto Rebelo, aluno deGrandjean de Montigny.

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Neoclássico (Rio de Janeiro - séc. XIX)Palácio Itamarati – 1854Detalhe

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Neoclássico (Rio de Janeiro - séc. XIX)Palácio Itamarati - 1854

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Neoclássico (Rio de Janeiro - séc. XIX)Casa da Marquesa de Santos (atual Museu do Primeiro Reinado) 1826

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Neoclássico (Rio de Janeiro - séc. XIX)Casa da Marquesa de Santos (atual Museu do Primeiro Reinado) 1826

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Neoclássico (Rio de Janeiro - séc. XIX)Casa da Marquesa de Santos (atual Museu do Primeiro Reinado) 1826

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Frequentou aulas de pintura e arquitetura.

Caricaturista, professor de desenho e pintura, crítico de arte, poeta, escritor e teatrólogo.

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Manoel de Araújo Porto-alegreD. Pedro IMuseu Hist’orico Nacional

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Manuel de Araújo Porto-alegre, Selva brasileira, aquarela sobre papel, sem data, acervo do Museu Júlio de Castilhos

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Manuel de Araújo Porto-alegre, Pietà, aguada sobre papel, sem data, acervo do Museu Júlio de Castilhos

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Veio criança da Alemanha. Pintou temas históricos retratos e

paisagens.

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Retrato de Manoel Correia dos Santos - Mestre de Sumaca, ca. 1839. Óleo sobre tela, 81 x 64 cm. Acervo do Museu Nacional de Belas Artes, Rio de Janeiro.

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Retrato da Baronesa de Vassouras, óleo sobre tela

Data ?Fonte scan de Arte

do Século XIX - Mostra do Redescobrimento. Fundação Bienal de São Paulo, 2000.

Autor Augusto Müller ((Baden, Alemanha, 1815 — Rio de Janeiro, ?)

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Começou a frequentar a academia em 1837.

Ficou famoso como pintor de paisagens.

Primeiro artista brasileiro a obter o prêmio de viagem à França, em 1850, como paisagista.

Pintou também naturezas-mortas.

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A fábrica do Barão de Capanema 1862 Óleo sobre cartão 200 × 140 cm

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Agostinho Jos’e da MotaFrutas do Conde, s.d.. Óleo sobre tela, 34 x 41 cm. Acervo da Pinacoteca do Estado (São Paulo, Brasil).

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Agostinho José da Mota Vista do Rio de Janeiro, óleo sobre tela

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Agostinho José da Mota Mamão e melancia, 1860. Óleo sobre tela, 53,4 x 65 cm. Acervo do Museu Nacional de Belas Artes, Rio de Janeiro.

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Chegou ao Rio de Janeiro por volta de 1840.

Um dos retratistas mais ativos da nobreza e da sociedade carioca.

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Dom Afonso, Príncipe Imperial do Brasil de Claude Joseph Barandier

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Floresta Brasileira

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Barandier Retrato do Barão de

Irapuá , ca. 1850

óleo sobre tela 115 x 88 cm

Acervo do Museu

Imperial/IPHAN/MinC

(Petrópolis, RJ)

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Maria Isabel Breves. Autor: Claude Barandier. Colecionador: IHGB

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Baronesa de Pirahy. Autor: Claude Barandier. Colecionador: IHGB

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Barandier Retrato de senhora, c. 1850. Acervo da Pinacoteca do Estado, São Paulo, Brasil

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Veio em 1864. Dedocou-se a retratar D. Pedro II e as

pessoas da corte.

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Auguste Petit (1844 � 1927)Retrato de Nilo Pe�anha, sem dataGovernador do Estado do Rio de Janeiro de 31/12/1903 a 01/11/1906 e de 31/12/1914 a 07/05/1917�leo sobre tela65.5 x 54.0 cm MUSEU DE HISTÓRIA E ARTES DO ESTADODO RIO DE JANEIRO

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MUSEU DE HISTÓRIA E ARTES DO ESTADODO RIO DE JANEIRONo.Ident.: 003079Auguste Petit (1844 � 1927)Retrato de Quintino Bocayuva, sem dataGovernador do Estado do Rio de Janeiro de 31/12/1900 a 31/12/1903�leo sobre tela65.5 x 54.3 cm

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Retrato de Dom Pedro 2º

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Um dos artistas mais importantes dos que não participaram da Missão Francesa.

Austríaco, chegou ao Brasil em 1817 com a comitiva da Princesa Leopoldina, e permanaceu aqui por 11 meses.

Viajou pelo Brasil retratando cenas do nosso povo e paisagens naturais e urbanas em São Paulo e Rio de Janeiro.

Trabalhou com desenhos e aquarelas.

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Cidade do Rio de Janeiro - de Thomas Ender

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Thomas Ender, Vista do Rio de Janeiro. Óleo s/ tela, 104 x 188 cm. Academie der Bildenden Künste, Viena, Áustria 1817

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Thomas Ender ,Vista do Cadete noRio de Janeiro

1817 - 1818 aquarela sobre lápis  

32,5 x 46,7 cm (Áustria)

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Thomas Ender ,Antiga Ponte dos Marinheiros, RJ1818

óleo sobre tela   35 x 59 cm

Coleção Particular

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Artista alemão, esteve no Brasil entre 1821 e 1825.

Participou como desenhista e documentarista da expedição do Barão de Langsdorff organizou pelo interior do Brasil.

Deixou um livro, Viagem pitoresca através do Brasil, deixando importantes registros da fauna, flora e dos costumes brasileiros do século XIX.

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Batuque 1835

litogravura aquarelada 47 x cm

Coleção particular

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Castigo Público1835

litografia 22,7 x 31,1 cm

Museus Castro Maya - IPHAN/MinC (Rio de Janeiro, RJ)

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Roupa típica. Rio de Janeiro, 1823. Ilustração de Johann Moritz Rugendas

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Negro e Negra n'uma Fazenda (litogravura s/ papel, 38,5 x 33 cm)

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Igreja do Hospício de Nossa Senhora da Piedade da Bahia (litogravura s/ papel, 25,5 x 21 cm)

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Negros no porão de um navio negreiro.

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Capitão do mato. 1823. Ilustração de Johann Moritz Rugendas

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Escravos sofrendo castigos domésticos, 1830

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Habitação de Negros-Rugendas

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Coroatos e Coropos (litogravura, 22,3 x 19,5 cm)Puri (litogravura, 22,3 x 19,5 cm)

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Escravos de Cabinda, Quiloa, Rebola e Mina. 1830

Escravos de Benguela, Angola, Congo e Monjolo, 1830