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    Introduo ao 18 Livro Bblico: J

    Escritor: DesconhecidoData: cerca de 2000 a.C. (?)

    Tema: Por que sofre o justo?

    Um dos mais antigos livros das Escrituras inspiradas! Um livro tido na mais altaestima e muitas vezes citado, todavia muito pouco entendido pela humanidade. Por quefoi escrito este livro, e de que valor para ns hoje? A resposta indicada nosignificado do nome de J: Objeto de Hostilidade Sim, este livro trata de duasimportantes perguntas: Por que sofrem os inocentes? Por que permite Deus a iniqidadena terra? Temos o registro do sofrimento de J e de sua grande perseverana paraconsiderarmos ao responder a essas perguntas. Tudo foi registrado por escrito,

    precisamente como J pediu (19:23, 24).

    J se tornou sinnimo de pacincia e perseverana. Mas, ser que existiu mesmouma pessoa chamada J? Apesar de todos os esforos do Diabo de remover esteexcelente exemplo de integridade das pginas da histria, a resposta clara. J foi

    personagem real! Deus o menciona junto com Suas testemunhas No e Daniel, cujaexistncia foi aceita por Jesus Cristo (Ez 14:14, 20; compare com Mt 24:15, 37.). Aantiga nao hebria encarava a J como pessoa real. O escritor cristo Tiago mencionao exemplo de perseverana de J (Tg 5:11) Somente um exemplo da vida real, e no umfictcio, teria peso para convencer os adoradores de Deus de que possvel manter aintegridade sob todas as circunstncias. Ademais, a intensidade e o sentimento dosdiscursos registrados em J testificam a realidade da situao.

    A autenticidade e a inspirao do livro de J so tambm provadas por os antigoshebreus sempre o terem includo em seu cnon da Bblia, um fato notvel visto que o

    prprio J no era israelita. Alm das referncias feitas por Ezequiel e por Tiago, o livro citado pelo apstolo Paulo (J 5:13; I Co 3:19). Prova poderosa da inspirao do livro sua surpreendente harmonia com os fatos provados das cincias. Como se poderiasaber que Deus suspende a terra sobre o nada, quando os antigos tinham os conceitosmais fantsticos sobre como a terra era sustentada? (J 26:7) Um conceito que se tinhana antigidade era que a terra se apoiava em elefantes que estavam em p sobre umagrande tartaruga-marinha. Por que no reflete o livro de J tal tolice? Obviamente

    porque Deus, o Criador, forneceu a verdade mediante inspirao. As muitas outras

    descries da terra e suas maravilhas, bem como dos animais selvagens e das aves nosseus habitats, so to exatas que s mesmo o Senhor Deus poderia ser o Autor eInspirador do livro de J

    J morava em Uz, localizada, segundo alguns gegrafos, no Norte da Arbia,perto da terra ocupada pelos edomitas, e a leste da terra prometida descendncia deAbrao. Os sabeus ficavam ao sul, os caldeus, ao leste (1:1, 3, 15, 17). A poca da

    provao de J foi muito depois dos dias de Abrao. Foi num tempo em que no havianingum igual a [J] na terra, homem inculpe e reto (1:8). Este parece ser o perodotranscorrido entre a morte de Jos, um homem de notvel f, e o tempo em que Moissiniciou seu proceder de integridade. J se distinguia na adorao pura durante este

    perodo em que Israel estava contaminado com a adorao demonaca do Egito.

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    Ademais, as prticas mencionadas no primeiro captulo de J, e aceitar Deus a J comoverdadeiro adorador, indicam os tempos patriarcais (1:8; 42:16, 17).

    O vigoroso estilo autntico da poesia hebraica, empregado no livro de J, tornaevidente que era composio original em hebraico. No poderia ter sido traduo de

    outro idioma como o rabe. Tambm, os trechos em prosa tm mais forte semelhanacom o Pentateuco do que com quaisquer outros escritos da Bblia. O escritor deve tersido israelita, porque os judeus foram incumbidos das proclamaes sagradas de Deus(Rm 3:1, 2).

    De acordo com The New Encyclopdia Britannica (A Nova EnciclopdiaBritnica), o livro de J muitas vezes contado entre as obras-primas da literaturamundial. Entretanto, o livro muito mais do que uma obra-prima literria. J sedestaca entre os livros da Bblia em exaltar o poder, a justia, a sabedoria e o amor deDeus. Revela com a mxima clareza a questo primria colocada diante do universo.Esclarece muito do que dito em outros livros da Bblia, especialmente Gnesis,

    xodo, Eclesiastes, Lucas, Romanos e Apocalipse (compare J 1:6-12; 2:1-7 com Gn3:15; Ex 9:16; Lc 22:31,32; Rm 9:16-19 e Ap 12:9; tambm J 1:21; 24:15; 21:23-26;28:28 com Ec 5:15; 8:11; 9:2, 3; 12:13, respectivamente). Fornece as respostas a muitas

    perguntas da vida. seguramente parte integrante da inspirada Palavra de Deus, qualcontribui muito no sentido de entendimento proveitoso.

    CONTEDO DE J

    Prlogo do livro de J (1:1-5)

    Este nos apresenta J, homem inculpe e reto, que teme a Deus e desvia-se domal. J feliz, tendo sete filhos e trs filhas. um proprietrio de terras rico emsentido material, possuindo numerosos rebanhos e manadas. Tem muitos servos e omaior de todos os orientais (1:1, 3). Todavia, no materialista, pois no se fia emseus bens materiais. tambm rico em sentido espiritual, rico em boas obras, sempredisposto a ajudar algum aflito ou angustiado, ou a dar uma vestimenta a algumnecessitado (29:12-16; 31:19, 20). Todos o respeitam. J adora o verdadeiro Deus.Recusa-se a prostrar-se diante do sol, da lua e das estrelas, como fazem as naes pags,mas fiel a Deus, mantendo a integridade a seu Deus e desfrutando uma relao ntimacom Ele (29:7, 21-25; 31:26, 27; 29:4). J serve qual sacerdote para sua famlia,

    oferecendo regularmente sacrifcios queimados, para o caso de terem pecado.

    o diabo desafia a Deus (1:62:13)

    Abre-se de modo maravilhoso a cortina da invisibilidade, de modo que podemosvisualizar coisas celestiais. Deus visto presidindo uma assemblia dos filhos de Deus. o diabotambm comparece. Deus traz ateno seu fiel servo J, mas o diabo desafia a integridade deJ, acusando J de servir a Deus por causa dos benefcios materiais recebidos. Se Deus permitirque o diabo lhe tire tais coisas, J se desviar da sua integridade. Deus aceita o desafio, com arestrio de que o diabo no toque no prprio J

    Muitas calamidades comeam a sobrevir ao insuspeitoso J ataques-surpresa dos sabeus edos caldeus levam suas grandes riquezas. Uma tempestade mata seus filhos e suas filhas. Esta

    prova severa fracassa em fazer com que J amaldioe a Deus ou se desvie dele. Em vez disso,ele diz: Continue a ser abenoado o nome do Senhor (1:21). o diabo, derrotado e provado

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    o diabo suscita ento trs companheiros, que vm consolar2:11 a J So Elifaz, Bildadee Zofar. De longe, no reconhecem a J, mas ento passam a erguer a voz e a chorar e a lanar

    p sobre a cabea. A seguir, sentam-se diante dele em terra sem falar uma palavra sequer. Apssete dias e sete noites de tal consolo silencioso, J finalmente rompe o silncio ao iniciar umlongo debate com seus pretensos consoladores. 2:11.

    O debate: primeira fase (3:114:22)

    Deste ponto em diante, o drama se desenrola em sublime poesia hebraica. Jamaldioa o dia do seu nascimento e se pergunta por que Deus permite que ele continuevivendo.

    Em resposta, Elifaz acusa J de falta de integridade. Os retos nunca pereceram,afirma. Lembra uma viso noturna em que uma voz lhe disse que Deus no tem f nosseus servos, especialmente nos que so de mero barro, o p da terra. Indica que osofrimento de J uma disciplina da parte do Deus Todo-Poderoso.

    J replica vigorosamente a Elifaz. Lamenta-se como qualquer criatura perseguidae angustiada se lamentaria. A morte seria um alvio. Censura seus companheiros portramarem contra ele e protesta: Instru-me, e eu, da minha parte, ficarei calado; e fazei-me entender que engano cometi. (6:24) J contende pela sua prpria justia peranteDeus, o Observador da humanidade (7:20).

    Bildade externa ento seu argumento, dando a entender que os filhos de Jpecaram e que o prprio J no reto, do contrrio seria ouvido por Deus. Instrui J aolhar para as geraes anteriores e para as coisas esquadrinhadas (8:8) por seusantepassados como orientao.

    J replica, sustentando que Deus no injusto. Tampouco precisa Deus prestar

    contas ao homem, pois Ele est fazendo grandes coisas inescrutveis, e inmerascoisas maravilhosas (9:10). J no pode ganhar de Deus como seu adversrio em juzo.Pode apenas implorar o favor de Deus. No obstante, h algum proveito em procurarfazer o que correto? Ao inculpe, tambm ao inquo, ele leva ao seu fim (9:22). Noh julgamento justo na terra. J teme perder a causa mesmo com Deus. Necessita de ummediador. Pergunta por que est sendo julgado e implora a Deus que se lembre de queele feito de barro (10:9). Aprecia as benevolncias que Deus lhe demonstrou no

    passado, mas diz que Deus s ficar mais agastado se ele argumentar, embora estejacerto. Se to-somente pudesse expirar!

    Zofar entra ento no debate. Na realidade, ele diz: Somos por acaso crianas para

    ouvir conversa v? Voc afirma ser realmente puro, mas se Deus to-somente falasse,revelaria a sua culpa. Pergunta a J: Acaso podes descobrir as coisas profundas de

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    Deus? (11:7) Aconselha J a largar as prticas nocivas, pois adviro bnos aos queassim fizerem, ao passo que falharo os prprios olhos dos inquos (11:20).

    J clama com forte sarcasmo: De fato, vs sois o povo, e a sabedoria morrerconvosco! (12:2). Ele pode ser objeto de riso, mas no inferior. Se seus

    companheiros olhassem para as criaes de Deus, at mesmo elas lhes ensinariam algo.Fora e sabedoria prtica pertencem a Deus, que controla todas as coisas, at fazendoas naes tornar-se grandes, para as destruir (12:23). J se deleita em argumentar suacausa com Deus, mas, quanto aos seus trs consoladores - vs sois homens que

    besuntam com falsidade; todos vs sois mdicos sem valor algum (13:4). Seria sbioda parte deles manter-se calados! Expressa confiana na retido de sua causa e invoca aDeus para que o oua. Passa idia de que o homem, nascido de mulher, de vidacurta e est empanturrado de agitao (14:1). O homem passa logo, como a flor ou asombra. No se pode produzir algum puro de algum impuro. Ao orar para que Deus oesconda em secreto no SHeol at que Sua ira se recue, J pergunta: Morrendo o varovigoroso, pode ele viver novamente? Em resposta, expressa forte esperana: Esperarei

    at vir a minha substituio (14:13, 14).

    O debate: segunda fase (15:121:34)

    Ao iniciar o segundo debate, Elifaz zomba do conhecimento de J, dizendo queeste encheu seu ventre com o vento oriental (15:2). Novamente, desacredita aafirmao de J de ser ntegro, sustentando que nem o homem mortal, nem os santosnos cus podem reter f aos olhos de Deus. Acusa indiretamente a J de procurarmostrar-se superior a Deus e de praticar apostasia, suborno e engano.

    J retruca que seus companheiros so consoladores funestos, com palavrasventosas (16:2, 3). Se estivessem no seu lugar, ele no os insultaria. Deseja muito serjustificado, e olha para Deus, que tem seu registro e decidir sua causa. J no encontrasabedoria nos seus companheiros. Tiram-lhe toda a esperana. O consolo deles como dizer que a noite dia. A nica esperana descer ao Sheol (17:15, 16).

    A discusso fica acalorada. Bildade est agora ressentido, pois acha que Jcomparou seus amigos a animais sem entendimento. Pergunta a J: Ser abandonada aterra por tua causa? (18:4). Adverte que J cair num terrvel lao, como exemplo paraoutros. J no ter descendncia que viva aps ele.

    J responde: At quando ficareis irritando a minha alma e esmigalhando-me compalavras? (19:2). Perdeu a famlia e os amigos, a esposa e os de sua casa se afastaramdele, e ele prprio escapou s com a pele dos seus dentes (19:20). Confia noaparecimento de um redentor para resolver a questo em seu favor, para que finalmenteobserve a Deus (19:25, 26).

    Zofar, igual a Bildade, fica ressentido por ter de ouvir a exortao insultante deJ (20:3). Repete que os pecados de J lhe trouxeram retribuio. Os inquos semprerecebem o castigo de Deus, e no tm descanso, diz Zofar, mesmo enquanto gozam de

    prosperidade.

    J replica com um argumento fulminante: Se Deus sempre castiga assim osinquos, por que que os inquos continuam vivendo, envelhecem, e se tornam

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    superiores em riquezas? Passam seus dias desfrutando a vida. Quantas vezes lhessobrevm a calamidade? Mostra que o rico e o pobre morrem da mesma forma. De fato,o inquo com freqncia morre despreocupado e tranqilo, ao passo que o justo talvezmorra com alma amargurada (21:23, 25).

    O debate: terceira fase (22:125:6)

    Elifaz volta a atacar ferozmente, zombando da afirmao de J de ser inculpediante do Todo-Poderoso. Levanta calnia mentirosa contra J, declarando que este mau, explorou os pobres, negou po ao faminto e maltratou vivas e rfos de pai.Elifaz diz que a vida particular de J no to pura como afirma e que isso explica asituao calamitosa de J Mas, se retornares ao Todo-Poderoso, entoa Elifaz, ele teouvir (22:23, 27).

    J, em resposta, refuta a ultrajante acusao de Elifaz dizendo que deseja umaaudincia perante Deus, o qual est ciente do seu proceder justo. H aqueles queoprimem os rfos de pai, as vivas e os pobres, e que cometem homicdio, roubo eadultrio. Talvez paream prosperar por algum tempo, mas recebero sua recompensa.Sero reduzidos a nada. Por conseguinte, quem me far de mentiroso?, desafia J(24:25).

    Bildade redargi brevemente a isto, sustentando seu argumento de que nenhumhomem pode ser puro perante Deus. Zofar deixa de participar nesta terceira fase. Notem nada a dizer.

    O argumento concludente de J (26:1 31:40)

    Numa dissertao final, J silencia completamente seus companheiros (32:12, 15,16). Com grande sarcasmo, diz: Oh! de quanta ajuda foste quele que no tem poder!(...) Quanto aconselhaste aquele que no tem sabedoria! (26:2, 3). Nada, porm, nemmesmo o Sheol, pode encobrir algo da vista de Deus. J descreve a sabedoria de Deusno espao sideral, na terra, nas nuvens, no mar e no vento os quais o homem temvisto. Estes so apenas as beiradas dos caminhos do Todo-Poderoso. Mal chegam a serum sussurro da grandeza do Todo-Poderoso.

    Convencido de sua inocncia, declara: At eu expirar no removerei de mim aminha integridade! (27:5). No, J no fez nada para merecer o que lhe sobreveio.

    Contrrio s acusaes deles, Deus recompensar a integridade, cuidando de que ascoisas armazenadas pelos inquos na sua prosperidade sejam herdadas pelos justos.

    O homem sabe donde vm os tesouros da terra (prata, ouro, cobre), mas a prpriasabedoria donde vem? (28:20) Ele a tem procurado entre os viventes; vasculhou omar; no pode ser comprada com ouro ou prata. Deus aquele que entende a sabedoria.Ele enxerga at as extremidades da terra e dos cus, proporciona o vento e as guas, econtrola a chuva e a nuvem de temporal. J conclui: Eis o temor do Senhor Deus isso sabedoria, e desviar-se do mal compreenso (28:28).

    O angustiado J apresenta, a seguir, a histria de sua vida. Deseja ser

    restabelecido sua anterior posio achegada com Deus, quando era respeitado atmesmo pelos lderes da cidade. Socorria os afligidos e servia de olhos para os cegos.

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    Seu conselho era bom, e as pessoas esperavam suas palavras. Mas, agora, em vez de teruma posio honrosa, escarnecido at mesmo pelos mais jovens, cujos pais nem eramdignos de estar com os ces do seu rebanho. Cospem nele e se lhe opem. Agora, na suamaior aflio, no lhe do descanso.

    J descreve a si mesmo como homem dedicado, e pede para ser julgado por Deus.Ele me pesar em balana exata, e Deus chegar a saber a minha integridade (31:6).J defende suas aes no passado. No foi adltero, nem tramou contra outros. Nonegligenciou a ajuda aos necessitados. Embora fosse rico, no confiava nas riquezasmateriais. No adorou o sol, a lua e as estrelas, pois isto tambm seria um erro areceber a ateno dos magistrados, pois eu teria renegado o verdadeiro Deus de cima(31:28). J convida seu adversrio em juzo a levantar acusaes contra o registroverdico da sua vida.

    Eli fala (32:137:24)

    Nesse nterim, Eli, descendente de Buz, filho de Naor, e, por conseguinte,parente distante de Abrao, estava escutando o debate. Esperou porque achava que os demais idade teriam maior conhecimento. Entretanto, no a idade, mas o Esprito deDeus que d entendimento. A ira de Eli se acende contra J, por este declarar justa asua prpria alma em vez de a Deus, mas fica ainda mais irado com os trscompanheiros de J, por sua deplorvel falta de sabedoria ao pronunciarem Deusinquo. Eli fica cheio de palavras, e o Esprito de Deus o compele a dar vazo a elas,mas sem parcialidade e sem dar ttulos ao homem terreno (J 32:2, 3, 18-22; Gn22:20, 21).

    Eli fala com sinceridade, reconhecendo a Deus como seu Criador. Salienta que Jtem estado mais preocupado com sua prpria vindicao do que com a de Deus. No eranecessrio Deus responder a todas as palavras de J, como se precisasse justificar suasaes, no obstante, J havia contendido com Deus. Entretanto, ao passo que a alma deJ se aproxima da morte, Deus o favorece com um mensageiro, dizendo: Isenta-o dedescer cova! Achei um resgate! Torne-se a sua carne mais fresca do que na infncia;volte ele aos dias do seu vigor juvenil (33:24, 25). Os justos sero restabelecidos!

    Eli convoca os sbios a ouvir. Censura a J por dizer que no h proveito emmanter a integridade: Longe est do verdadeiro Deus agir iniquamente, e do Todo-Poderoso agir injustamente! Pois segundo a atuao do homem terreno que ele o

    recompensar (34:10, 11). Ele pode remover o flego de vida, e toda carne expirar.Deus julga sem parcialidade. J tem destacado demais sua prpria justia. Tem sidoprecipitado, no deliberadamente, mas sem conhecimento; e Deus tem sido longnimecom ele (34:35). H mais coisas que precisam ser ditas para a vindicao de Deus. Deusno tirar seus olhos dos justos, mas os repreender. No preservar vivo a alguminquo, mas dar o julgamento dos atribulados (36:6). Visto que Deus o Instrutorsupremo, J devia magnificar Sua atividade.

    Numa atmosfera de inspirar temor, de uma tempestade em formao, Eli fala dasgrandes coisas feitas por Deus e de Seu controle sobre as foras naturais. A J ele diz:Fica parado e mostra-te atento s obras maravilhosas de Deus (37:14). Considere o

    esplendor dourado de Deus e a dignidade dele, que inspira temor, muito alm doescrutnio humano. Ele sublime em poder, e no depreciar o juzo e a abundncia da

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    justia. Sim, Deus considerar aqueles que o temem, no os que so sbios no seuprprio corao (37:23, 24).

    Deus responde a J (38:142:6)

    J havia pedido que Deus falasse com ele. Agora Deus responde majestosamentede dentro do vendaval. Prope a J uma srie de perguntas que so em si mesmas umalio objetiva da pequenez do homem e da grandeza de Deus. Onde vieste a estarquando fundei a terra? (...) Quem lanou a sua pedra angular, quando as estrelas damanh juntas gritavam de jbilo e todos os filhos de Deus comearam a bradar emaplauso? (38:4, 6, 7). Isso foi muito antes do tempo de J! Suscitam-se perguntas, umaaps a outra, e J no consegue responder a elas, ao passo que Deus aponta para o marda terra, sua vestimenta de nuvens, a alva, os portes da morte, e a luz e a escurido.Acaso o sabes por que nasceste naquele tempo, e porque os teus dias so muitos emnmero? (38:21). E que dizer dos depsitos de neve e de saraiva, o temporal e a chuvae as gotas de orvalho, o gelo e a geada, as poderosas constelaes celestes, osrelmpagos e as camadas de nuvens, os animais e as aves?

    J admite humildemente: Eis que me tornei de pouca importncia. Que tereplicarei? Pus a minha mo sobre a boca (40:4). Deus ordena J a enfrentar a questo.Prope mais uma srie de perguntas desafiadoras que exaltam Sua dignidade,superioridade e fora, conforme evidenciadas em suas criaes naturais. At mesmo o

    beemote e o leviat so muito mais poderosos do que J! Completamente humilhado, Jadmite que seu ponto de vista fosse errado, e que falou sem conhecimento. Vendo agoraa Deus, no por ouvir falar dele, mas com entendimento, retrata-se e arrepende-se em

    p e cinzas (42:6).

    O julgamento e a bno de Deus (42:7-17)

    A seguir, Deus acusa Elifaz e seus dois companheiros de no terem falado coisasverdicas sobre Ele. Precisam providenciar sacrifcios e preciso que J ore por eles.Depois disso, Deus reverte a condio cativa de J, abenoando-o com o dobro do quetinha. Seus irmos, suas irms e seus anteriores amigos retornam a ele com presentes, eele abenoado com o dobro do que possua antes em matria de ovelhas, camelos,gado e jumentas. Tem novamente dez filhos, sendo suas trs filhas as mais belasmulheres de todo o pas. Sua vida milagrosamente prolongada em 140 anos, de modoque chega a ver quatro geraes da sua descendncia. Morre velho e saciado de dias

    (42:17).

    TIRANDO PROVEITO PARA OS NOSSOS DIAS

    O livro de J exalta a Deus e testifica Sua sabedoria e poder insondveis (12:12,13; 37:23). S neste livro, Deus chamado de Todo-Poderoso 31 vezes, o que mais doque em todo o restante das Escrituras. O relato exalta a Sua eternidade e posioenaltecida (10:5; 36:4, 22, 26; 40:2; 42:2), bem como sua justia, benevolncia emisericrdia (36:5-7; 10:12; 42:12). Salienta a vindicao de Deus acima da salvao dohomem (33:12; 34:10, 12; 35:2; 36:24; 40:8). O Senhor, Deus de Israel, indicadocomo sendo tambm o Deus de J

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    O registro de J magnfica e explica a obra criativa de Deus (38:439:30; 40:15,19; 41:1; 35:10). Harmoniza-se com a declarao de Gnesis, de que o homem feitodo p e ao p retorna (J 10:8, 9; Gn 2:7; 3:19). Emprega os termos redentor,resgate e viver novamente, fornecendo assim um vislumbre de destacadosensinamentos das Escrituras Gregas Crists (J 19:25; 33:24; 14:13, 14). Muitas das

    expresses no livro foram empregadas ou usadas como paralelo pelos profetas e porescritores cristos. Compare por exemplo, J 7:17 com Salmo.8:4; J 9:24 com1Joo.5:19; J 10:8 com Salmo.119:73; J 12:25 com Deuteronmio.28:29; J 24:23com Provrbios.15:3; J 26:8 com Provrbios.30:4; J 28:12, 13, 15-19 comProvrbios.3:13-15; J 39:30 com Mateus.24:28.

    As normas justas de vida estabelecidas por Deus so delineadas em muitaspassagens. O livro condena fortemente o materialismo (31:24, 25), a idolatria (31:26-28), o adultrio (31:9-12), alegrar-se com a desgraa de outros (31:29), a injustia e a

    parcialidade (31:13; 32:21), o egosmo (31:16-21), a desonestidade e a mentira (31:5),indicando que quem pratica tais coisas no pode ganhar o favor de Deus e a vida eterna.

    Eli um excelente exemplo de profundo respeito e modstia, junto com denodo,coragem e exaltao de Deus (32:2, 6, 7, 9, 10, 18-20; 33:6, 33). O prprio exerccio deliderana por parte de J, a considerao que tinha pela famlia, e sua hospitalidadetambm fornecem excelente lio (1:5; 2:9, 10; 31:32). Entretanto, J principalmentelembrado por manter a integridade e perseverar com pacincia, dando um exemplo que

    provou ser um baluarte fortalecedor da f para os servos de Deus no decorrer das eras, eespecialmente nestes tempos que pem prova a nossa f. Ouvistes falar da

    perseverana de J e vistes o resultado que Deus deu, que Deus mui terno em afeioe misericordioso (Tg 5:11).

    J no fazia parte da semente de Abrao, a quem foram dadas as promessas doReino, contudo o registro de sua integridade contribui muito para tornar claro oentendimento dos propsitos referentes ao Reino de Deus. O livro parte essencial doregistro divino, pois revela a questo fundamental entre Deus e o diabo, que envolve aintegridade do homem para com Deus como seu Soberano. Mostra que os anjos, criadosantes da terra e do homem, tambm so espectadores e esto muito interessados nestaterra e no desfecho da controvrsia (1:6-12; 2:1-5; 38:6,7) Indica que essa controvrsia

    j existia antes dos dias de J, e que o diabo uma pessoa espiritual real. Se o livro deJ foi escrito por Moiss, trata-se da primeira ocorrncia da expresso hasSatn notexto hebraico da Bblia, fornecendo uma identidade adicional para a serpente original(J 1:6, nota; Ap.12:9). O livro prova tambm que Deus no o causador do

    sofrimento, das doenas e da morte dos humanos, e explica por que os justos soperseguidos, ao passo que se permite que os inquos e a iniqidade continuem. Mostraque Deus est interessado em levar a questo em litgio sua soluo final.

    Agora o tempo em que todos os que desejam viver sob o governo do Reino deDeus precisam responder ao diabo, o acusador, por manterem a integridade (Ap12:10, 11). Mesmo enfrentando provaes intrigantes, os que mantm a integridade

    precisam continuar orando para que o nome de Deus seja santificado, e para que SeuReino venha e destrua ao diabo e a toda a sua zombeteira prole. Esse ser o dia de

    peleja e de guerra de Deus, seguido pelo alvio e pelas bnos das quais J esperavacompartilhar (I Pd 4:12; Mt 6:9,10; J 38:23; 14:13-15).

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    Livro deJ

    Ponto de comparaoOutras

    refernciasbblicas

    3:17-19Os mortos no sabem nada, mas esto como os

    adormecidos.Ec 9:5, 10; Jo1:11-

    14; I Co 15:2010:4 Deus no julga com base no ponto de vista humano. I Sm 16:7

    10:8, 9,10:11, 12

    O grande cuidado de Deus em criar o homem. Sl 139:13-16

    12:23Deus deixa as naes ficarem poderosas e at mesmo

    unidas contra ele, para que possa com justia destru-lasde um s golpe.

    Re 17:13, 14, 17

    14:1-5 Homem nasce em pecado e em servido morte. Sl 51:5; Rm 5:1214:13-15 Ressurreio dos mortos. I Co 15:21-23

    17:9 O justo no tropea, no importa o que outros faam. Sl 119:165

    19:25O propsito de Deus remir (resgatar, livrar) a

    humanidade fiel.Rm 3:24; I Co 1:30

    21:23-26Todos os homens esto sujeitos ao mesmo evento

    conseqente; todos so iguais na morte.Ec 9:2, 3

    24:3-12Aflio causada pelos inquos; cristos so tratados

    assim.II Co 6:4-10; 11:24-

    27

    24:13-17Os inquos amam a escurido, em vez de a luz; a luz os

    aterroriza.Jo 3:19

    26:6 Todas as coisas esto expostas aos olhos de Deus. Hb 4:13

    27:12Os que tm vises do seu prprio corao, no de

    Deus, proferem coisas vs.Jr 23:16

    27:8-10O apstata no invocar genuinamente a Deus, nem ser

    ouvido por Ele. Hb 6:4-6

    27:16, 17 O justo herdar a riqueza acumulada pelo inquo.Dt 6:10, 11; Pv

    13:22

    Cap. 28O homem no pode encontrar verdadeira sabedoria dolivro da criao divina, mas s de Deus e pelo temor

    Dele.

    Ec.12:13; 1Co.2:11-16

    30:1, 2, 8,12

    Vadios imprestveis, insensatos, so usados paraperseguir os servos de Deus.

    At 17:5

    32:22 Conferir ttulos antibblicos errado. Mt 23:8-12

    34:14, 15 A vida de toda a carne est na mo de Deus.Sl 104:29, 30; Is

    64:8; At 17:25, 2834:19 Deus no parcial. At 10:3434:24, 25 Deus derruba e estabelece governantes a seu bel-prazer. Dn 2:21; 4:25

    36:24;40:8

    O importante declarar a justia de Deus. Rm 3:23-26

    42:2 Para Deus, todas as coisas so possveis. Mt 19:2642:3 A sabedoria de Deus inescrutvel. Is 55:9; Rm 11:33

    Outras comparaes dignas de nota: J 7:17 e Sl 8:4; J 9:24 e I Jo 5:19; J10:8 e Sl 119:73; J 26:8 e Pv .30:4; J 28:12, 13, 15-19 e Pv 3:13-15; J 39:30e Mt 24:28.

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    Introduo ao 19 Livro Bblico - Salmos

    Introduo

    Livro que parece consistir em cinco colees de cnticos sagrados: (1) 1-41; - (2)42-72; - (3) 73-89; - (4) 90-106; - (5) 107-150. Cada coleo terminando com umabno proferida sobre Deus. Segundo o seu lugar no livro, os respectivos salmos,desde tempos antigos, evidentemente eram conhecidos por nmero. Por exemplo, o que agora chamado de segundo salmo tambm era chamado assim no primeiro sculoa.C. (At 13:33).

    Estilo: A poesia do livro dos Salmos consiste em idias ou expresses paralelas.Caractersticos so os salmos acrsticos, ou alfabticos (9, 10, 25, 34, 37, 111, 112, 119,145). Nestes salmos, o versculo ou versculos iniciais da primeira estrofe comeamcom a letra hebraica lef (lefe), o(s) versculo(s) seguinte(s) com behth (bete), e

    assim por diante, passando por todas ou quase todas as letras do alfabeto hebraico. Estearranjo talvez servisse de auxlio para a memria. Sobre a terminologia encontrada nolivro dos Salmos,

    Cabealhos: os cabealhos, ou epgrafes, que se encontram no incio de muitosdos salmos identificam o escritor, fornecem matria de fundo, do instrues musicais,ou indicam o uso ou o objetivo do salmo (veja os cabealhos dos captulos 3, 4, 5, 6, 7,30, 38, 60, 92, 102). Ocasionalmente, os cabealhos fornecem as informaesnecessrias para se acharem outros textos que esclarecem determinado salmo (compareSl 51 com II Sm 11:2-15; 12:1-14.). Visto que outras partes poticas da Bblia muitasvezes so introduzidas de modo similar (Ex 15:1; Dt 31:30; 33:1; Jz 5:1; compare II Sm22:1 com o cabealho de Sl 18), isto sugere que os cabealhos foram originados quer

    pelos escritores, quer pelos colecionadores dos salmos. O que d apoio a isso que, jno tempo da escrita dos Rolos do Mar Morto dos Salmos (entre 30 e 50 a.C.), oscabealhos faziam parte do texto principal.

    Escritores: dentre os 150 salmos, os cabealhos atribuem 73 a Davi, 11 aos filhosde Cor (um deles [88] tambm menciona Hem), 12 a Asafe (evidentemente referindo-se famlia de Asafe), um a Moiss, um a Salomo e um a Et, o ezrata. Alm disso, oSalmo 72 referente a Salomo e parece ter sido escrito por Davi (veja 72:20).

    base de Atos 4:25 e Hebreus 4:7, evidente que os Salmos 2 e 95 foram escritos por

    Davi. Os Salmos 10, 43, 71 e 91 parecem ser continuaes dos Salmos 9, 42, 70 e 90respectivamente. Portanto, os Salmos 10 e 71 podem ser atribudos a Davi, o Salmo 43,aos filhos de Cor, e o Salmo 91, a Moiss. H indcios de que o Salmo 119 talvez fosseescrito pelo jovem prncipe Ezequias (note 119:9, 10, 23, 46, 99, 100). Isto deixa maisde 40 salmos sem meno ou indicao dum compositor especfico.

    Os salmos individuais foram escritos durante um perodo de cerca de 1.000 anos,desde o tempo de Moiss at depois do retorno do exlio babilnico (90; 126:1, 2;137:1, 8).

    Compilao: visto que Davi comps muito deles e organizou os msicos levitas

    em 24 grupos de servio, razovel concluir que ele tenha comeado uma coleodesses cnticos a serem usados no santurio (II Sm 23:1; I Cr 25:1-31; II Cr 29:25-30).

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    Depois disso, devem ter sido feitas outras colees, conforme se pode deduzir dasrepeties encontradas no livro (compare 14 com 53; 40:13-17 com 70; 57:7-11 com108:1-5). Diversos peritos acreditam que Esdras foi responsvel pelo arranjo do livrodos Salmos na forma final.

    H evidncia de que o contedo do livro dos Salmos j estava estabelecido bemcedo. A ordem e o contedo do livro na Septuaginta grega concordam basicamente como texto hebraico. Portanto, razovel que o livro dos Salmos j estivesse completo noterceiro sculo a.C., quando se iniciou o trabalho nesta traduo grega. Um fragmentodo texto hebraico, em uso no terceiro quarto do primeiro sculo a.C., que contm oSalmo 150:1-6, logo seguido por uma coluna em branco. Isto parece indicar que esteantigo manuscrito hebraico terminava o livro dos Salmos neste ponto, e assim tambmcorresponde ao texto massortico.

    Preservao Exata do Texto: o Rolo do Mar Morto dos Salmos oferece evidnciada preservao exata do texto hebraico. Embora seja uns 900 anos mais antigo do que o

    geralmente aceito texto massortico, o contedo deste rolo (41 salmos cannicos,inteiros ou em parte) corresponde basicamente ao texto em que se baseia a maioria dastradues. O Professor J. A. Sanders observou: A maioria [das variaes] soortogrficas, e s importam para os peritos interessados em indcios quanto pronnciado hebraico na antigidade, e em assuntos deste tipo .... Algumas variaes serecomendam, de imediato, como aprimoramentos do texto, em especial as que oferecemum texto hebraico mais claro, porm, fazem pouca ou nenhuma diferena quanto traduo ou interpretao (The Dead Sea Psalms Scroll - O Rolo do Mar Morto dosSalmos, 1967, p. 15).

    Inspirado por Deus: no pode haver dvida de que o livro dos Salmos faz parte daPalavra inspirada de Deus. Est em plena harmonia com o restante das Escrituras. Idiascomparveis so muitas vezes encontradas em outras partes da Bblia (compare Sl 1com Jr 17:5-8; Sl 49:12 com Ec3:19 e; II Pd 2:12; Sl 49:17 com Lc 12:20, 21).Tambm, muitas so as citaes dos Salmos encontradas nas Escrituras Gregas Crists.Compare:

    5:9 com Rm 3:13;8:6com I Co 15:27 e Ef 1:22;10:7com Ro 3:14;

    14:1-3 e 53:1-3 com Rm 3:10-12;19:4 com Rm 10:18;24:1 com I Co 10:26;32:1, 2 com Ro 4:7, 8;36:1 com Rm 3:18;44:22 com Rm 8:36;50:14 com Mt 5:33;51:4 com Ro 3:4;56:4, 11 e 118:6com Hb 13:6;62:12 com Rm 2:6;69:22, 23 com Rm 11:9, 10;

    78:24 com Jo 6:31;94:11 com I Co 3:20;

    95:7-11 com Hb 3:7-11, 15, 4:3-7;102:25-27com Hb 1:10-12;104:4 com Hb1:7;

    112:9 com II Co 9:9;116:10 com II Co 4:13;144:3 Hb 2:6, e outros

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    Davi escreveu a respeito de si mesmo: Foi o Esprito de Deus que falou por meuintermdio, e a sua palavra estava na minha lngua (II Sm 23:2). Esta inspirao confirmada pelo apstolo Pedro (At 1:15, 16), pelo escritor da carta aos hebreus (Hb3:7,8; 4:7) e por outros cristos do primeiro sculo (At 4:23-25). O mais notveltestemunho o do Filho de Deus (Lc 20:41-44) Depois da sua ressurreio, ele disse

    aos seus discpulos: Estas so as minhas palavras que vos falei enquanto ainda estavaconvosco, que todas as coisas escritas na lei de Moiss, e nos Profetas, e nos Salmos [oprimeiro livro dos Hagigrafos, ou Escritos Sagrados, que assim d seu nome a todaesta seo], a respeito de mim, tm de se cumprir (Lc 24:44).

    Preditas as experincias e atividades do Messias: um exame das EscriturasGregas Crists revela que grande parte das atividades e experincias do Messias foi

    predita nos Salmos, conforme os seguintes exemplos demonstraro:

    Quando Jesus se apresentou para o batismo, ele indicou que viera para fazer avontade do seu Pai relacionada com o sacrifcio do seu prprio corpo preparado e

    com respeito eliminao dos sacrifcios de animais oferecidos segundo a Lei,conforme est escrito no Salmo 40:6-8 (Hb 10:5-10). Deus aceitou a apresentao queJesus fez de si mesmo, derramando sobre ele Seu Esprito e reconhecendo-o como SeuFilho, conforme predito no Salmo 2:7 (Mc 1:9-11; Hb 1:5; 5:5). Tambm, conforme

    predito no Salmo 8:4-6, o homem Jesus era um pouco menor que os anjos (Hb 2:6-8).

    No decorrer do seu ministrio, ele ajuntou e treinou discpulos. No seenvergonhava de cham-los de irmos, conforme se escrevera no Salmo 22:22. (Hb2:11, 12; compare isso com Mt 12:46-50 e Jo 20:17.) De acordo com o que se

    predissera nos Salmos, Jesus falava com ilustraes (Sl 78:2; Mt 13:35), mostrou terzelo pela casa de Deus por limp-la do comercialismo, e no agradou a si mesmo (Sl69:9; Jo 2:13-17; Rm 15:3). No entanto, foi odiado sem causa (Sl 35:19; 69:4; Jo 15:25)O ministrio de Cristo Jesus a favor dos judeus circuncisos serviu para confirmar as

    promessas feitas aos antepassados deles, e, mais tarde, induziu pessoas das naes aglorificar e louvar a Deus. Isto tambm fora predito (Sl 18:49; 117:1; Rm 15:9, 11).

    Quando Jesus entrou em Jerusalm montado num jumentinho, multides oaclamaram com as palavras do Salmo.118:26 (Mt 21:9). Quando os principaissacerdotes e os escribas objetaram ao que meninos no templo diziam emreconhecimento de Jesus como o Filho de Davi, Jesus silenciou os opositoresreligiosos por citar o Salmo 8:2 (Mt 21:15,16).

    O livro dos Salmos indicava que Jesus seria trado por um associado ntimo (Sl41:9; Jo 13:18), o qual, conforme predito, seria substitudo (Sl 69:25; 109:8; At 1:20).At mesmo fora predito que os governantes (Herodes e Pncio Pilatos) se alinhariamcontra Jesus com homens das naes (tais como os soldados romanos), e com povos deIsrael (Sl 2:1, 2; At 4:24-28), assim como tambm fora predito que ele seria rejeitado

    pelos construtores religiosos, judeus. (Sl 118:22, 23; Mt 21:42; Mc 12:10,11; At 4:11) Etestemunhas falsas testificaram contra ele, conforme predisse o Salmo.27:12 (Mt 26:59-61).

    Ao chegar ao lugar em que seria pregado na estaca, ofereceram a Jesus vinho

    misturado com fel (Sl 69:21; Mt 27:34). Fazendo uma aluso proftica ao prprio ato deJesus ser pregado na estaca, o salmista escreveu: Cercaram-me ces; rodeou-me a

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    assemblia dos prprios malfeitores. Iguais a um leo atacam as minhas mos e os meusps (Sl 22:16). Os soldados romanos repartiram a roupa de Jesus por lanar sortes (Sl22:18; Mt 27:35; Lc 23:34; Jo 19:24). Seus inimigos religiosos caoaram dele com as

    palavras registradas pelo salmista (Sl 22:8; Mt 27:41-43). Sofrendo sede intensa, Jesuspediu algo para beber (Sl 2:15; Jo 19:28). Novamente ofereceram-lhe vinho acre (Sl

    69:21; Mt 27:48; Jo 19:29, 30). Pouco antes de morrer, Jesus clamou, citando oSalmo.22:1; (Deus meu, Deus meu, por que me abandonaste? (Mt 27:46; Mc 15:34).Com o ltimo suspiro, ele usou o Salmo.31:5 ao dizer: Pai, s tuas mos confio o meuesprito (Lc 23:46). Conforme o salmista predissera adicionalmente, no se lhequebrou nenhum osso (Sl 34:20; Jo 19:33, 36).

    Embora fosse deitado num tmulo, Jesus no foi abandonado no Hades, nem viu asua carne a corrupo, mas ele foi levantado dentre os mortos (16:8-10; At 2:25-31;13:35-37). Quando ascendeu ao cu, foi assentado mo direita de Deus, aguardandoque seus inimigos fossem postos como escabelo para os seus ps (Sl 110:1; At 2:34,35). Ele tornou-se tambm sacerdote maneira de Melquisedeque (Sl 110:4; Hb 5:6, 10;

    6:20; 7:17, 21) e deu ddivas em forma de homens (68:18; Ef 4:8-11). Todos estespormenores foram profetizados nos Salmos. Ainda futura a vinda de Jesus no papel deexecutor da parte de Deus para espatifar as naes (Sl 2:9; I Re 2:27; 19:14, 15). Depoisdisso, Cristo, como Rei, trar bnos eternas para os seus sditos leais. Embora oSalmo 72 fosse originalmente escrito referente a Salomo, a descrio do seu governoali se aplica em grau ainda maior ao Messias. Isto atestado pela profecia de Zacarias(9:9, 10), que ecoa o Salmo.72:8 e aplicada a Cristo Jesus (Mt 21:5).

    Quanto a outros cumprimentos do livro dos Salmos, compare o Salmo 45 comHebreus 1:8, 9; Apocalipse 19:7-9, 11-15; 21:2, 9-11.

    Mais do que Apenas Bela Poesia: alm de indicar eventos futuros, os Salmoscontm muita coisa de que a pessoa pode derivar encorajamento e que lhe pode servirde guia. Os Salmos so mais do que apenas bela poesia. Retratam a vida como elarealmente as alegrias, as tristezas, os temores e os desapontamentos. Em todos eles hevidncia da relao ntima dos salmistas com Deus. E as atividades e as qualidades deDeus so postas em ntido foco, motivando expresses de louvor e de agradecimento.

    Mostra-se que a verdadeira felicidade deriva de se evitar a associao com osinquos, de se agradar da lei de Deus (1:1, 2), de se refugiar no Seu ungido (2:11,12), deconfiar em Deus (40:4), de ter considerao com os de condio humilde (41:1,2), de

    receber correo de Deus (94:12,13), de obedecer s Suas ordens (112:1; 119:1,2), e det-lo como Deus e Ajudador (146:5,6).

    Admoesta-se a ter confiana em Deus. Lana teu fardo sobre o prprio Deus, eele mesmo te suster. Nunca permitir que o justo seja abalado (55:22; 37:5). Talconfiana exclui o temor de homem (56:4, 11).

    Incentiva-se a esperar por Deus (42:5,11; 43:5), bem como recorrer a palavras eaes corretas, para se obter a aprovao divina. (1:1-6; 15:1-5; 24:3-5; 34:13, 14; 37:3,4, 8,27; 39:1; 100:2) D-se nfase no valor das boas associaes. (18:25, 26; 26:4, 5) Eaconselha-se a no invejar a prosperidade ou o sucesso dos inquos, porque eles

    perecero (37:1,2,7-11).

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    Os Salmos indicam que os servos de Deus podem orar corretamente por coisas taiscomo a salvao ou a libertao (3:7, 8; 6:4; 35:1-8; 71:1-6), favor (4:1; 9:13),orientao (5:8; 19:12-14; 25:4, 5; 27:11; 43:3), proteo (17:8), perdo de pecados(25:7, 11, 18; 32:5, 6; 41:4; 51:1-9), um corao puro, um esprito novo e firme (51:10),e a glorificao do nome de Deus (115:1). Podem tambm orar para ser examinados,

    refinados (26:2) e julgados (35:24; 43:1), bem como para que se lhes ensine bondade,sensatez, conhecimento e regulamentos de Deus (119:66, 68, 73, 124, 125, 135).

    Destacam as atividades e as qualidades de Deus: os Salmos realam o apreo porDeus, cuja existncia apenas o insensato negaria (14:1;19:7-11; 53:1). Deus reveladocomo Aquele que ama a justia e o juzo (33:5), que para ns refgio e fora, umaajuda encontrada prontamente durante aflies (46:1). Ele justo Juiz (7:11; 9:4,8), oCriador (8:3; 19:1; 33:6), Rei (10:16; 24:8-10), Pastor (23:1-6) e Instrutor (25:9,12), oProvisor tanto para os homens como para os animais (34:10; 147:9), o Salvador ouLibertador (35:10; 37:39, 40; 40:17; 54:7), e a Fonte da vida (36:9) e de consolo(86:17), bno e fora (29:11).

    Deus no se esquece do clamor dos atribulados (9:12; 10:14), mas responde soraes dos seus servos (3:4; 30:1, 2; 34:4, 6, 17, 18), recompensando-os e protegendo-os (3:3, 5, 6; 4:3, 8; 9:9, 10; 10:17, 18; 18:2, 20-24; 33:18-20; 34:22; veja 34:7 arespeito de proteo anglica). Ele odeia a iniqidade e toma ao contra ostransgressores (5:4-6, 9, 10; 9:5, 6, 17, 18; 21:8-12; 99:8).

    Mostra-se que Deus atemorizante (76:7) e grande (77:13), contudo, humilde(18:35); ele santo (99:5), e abundante em bondade (31:19) e em poder (147:5). Ele um Deus misericordioso e clemente, vagaroso em irar-se e abundante em benevolnciae veracidade (86:15). Seu entendimento est alm de ser narrado (147:5) e suas obrascriativas atestam a sua sabedoria (104:24). Ele conta o nmero das estrelas e chama atodas elas por nome (147:4). capaz de ver at mesmo o embrio humano (139:16).Pode curar todas as enfermidades (103:3). Ele pode fazer cessar guerras por destroar oequipamento de guerra dos inimigos.(46:9). Tem estado ativamente envolvido emmuitos eventos da histria na promoo do seu justo propsito (44:1-3; 78:1-72; 81:5-7;105:8-45; 106:7-46; 114:1-8; 135:8-12; 136:4-26). Tal Deus, deveras, merece louvor eagradecimentos (92:1; 96:1-4; 146150). Confiar em homens (60:11; 62:9), riquezas(49:6-12,17) ou dolos (115:4-8; 135:15-18) seria tolice.

    Consideram o valor da palavra de Deus: os Salmos tambm ensinam a ter apreo

    pela palavra de Deus. Mostram que as declaraes de Deus so puras (Sal 12:6) erefinadas (18:30). Sua lei preciosa (119:72) e verdade (119:142). Benefciosduradouros resultam de se observar a Sua lei perfeita, suas advertncias fidedignas, suasordens retas, seus mandamentos limpos e suas decises judiciais justas (19:7-11). A

    palavra de Deus serve para iluminar a senda da pessoa (119:105), e seus mandamentos atornam sbia, dando-lhe perspiccia e entendimento (119:98-100, 104).

    Esclarecem e suplementam outros textos. s vezes, o livro dos Salmos esclareceou suplementa outras partes da Bblia. Mostra que atribular a alma, como os israelitasfaziam no Dia da Expiao (Lv 16:29; 23:27; Nm 29:7), refere-se a jejuar (Sl 35:13). So salmista relata o tratamento severo dado a Jos, pelo menos inicialmente, enquanto

    estava preso no Egito: Atribularam-lhe os ps com grilhetas, sua alma entrou emferros. (105:18) Dos Salmos aprendemos que delegaes de anjos estavam

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    envolvidas em causar as pragas no Egito (78:44-51) e que, no ermo, as guasmilagrosamente providas foram atravs das regies ridas como um rio (105:41),fornecendo assim um amplo e prontamente acessvel suprimento de gua para a naode Israel e seus muitos animais domsticos. Os Salmos fornecem evidncia de que o

    prprio Fara morreu no mar Vermelho (136:15).

    Os Salmos indicam que os israelitas sofreram reveses e grandes dificuldades antesda derrota dos edomitas no Vale do Sal (Sl 60:1, 3, 9) Isto sugere que os edomitasinvadiram Jud enquanto a nao estava guerreando no norte com as foras de Ar-

    Naaraim e Ar-Zob.

    O Salmo 101 revela a maneira em que Davi administrava os assuntos de estado.Como seus servos, Davi escolhia apenas pessoas fiis. No suportava pessoasarrogantes e no tolerava calnias. Preocupava-se diariamente com levar os inquos s

    barras da justia.

    DESTAQUES DOS SALMOS

    Compilao de 150 cnticos sagrados, muitos deles baseados nasexperincias pessoais de Davi e de outros servos de Deus; Compostos durante um perodo de uns 1.000 anos, comeando notempo de Moiss e estendendo-se alm do retorno do exlio babilnico.

    Expresses de agradecimento e de louvor a Deus.

    Pela grandiosidade do seu nome (99:3; 113; 148:13, 14);

    Por suas grandiosas obras criativas (33:1-9; 148:1-12); Por ele ser o Grandioso Pastor (23); Por ele atender oraes (21:1-7; 28; 116; 118:21); Por ele ser o que (50; 95:1-7; 96:4-13; 97; 150); Por libertar de inimigos e de circunstncias aflitivas (18; 30; 107;140; 149); Por seus julgamentos justos (67:3, 4; 98); Por suas qualidades pessoais (57:9-11; 92; 100; 108:1-4; 117;138:1, 2); Por suas abundantes provises (37:25; 67:5-7; 145:15, 16);

    Induzidas por seus tratos passados com o seu povo (66; 81; 105;106; 126; 136:10-24; 147).

    Peties de misericrdia e ajuda dirigidas a Deus

    De libertao de inimigos (3-5; 7; 12; 13; 17; 31; 59); De perdo de pecados (19:12, 13; 25:7,.11; 32; 51:1, 2, 7-15;130); De orientao na conduta (119:124, 125; 143:8,.10; De amparo em doena e aflio (41:1-4);

    De favor ao sofrer aflio (6:2, 9; 9:13, 14; 123).

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    Profecias cumpridas no Messias

    Ele era da linhagem real de Davi (89:3, 4, 29, 36, 37; 132:11); Consumia-o o zelo pela casa de Deus (69:9); Falava usando ilustraes. (78:2); Foi trado por um associado ntimo (41:9; 55:12-14); Indicou-se a maneira em que seria executado (22:16); Foi vituperado e injuriado (22:6-8; 69:9); Lanaram-se sortes sobre a sua vestimenta (22:18); Deram-lhe vinagre para beber (69:21); Nenhum osso seu foi quebrado (34:20); Foi levantado do Sheol (16:10); A pedra rejeitada pelos construtores tornou-se a principal dongulo (118:22); Ascendeu ao alto, provendo ddivas em forma de homens

    (68:18); Foi glorificado e recebeu domnio sobre tudo (8:5-8); Recebeu o reinado (2:6; 110); Destruir as naes que se lhe opem (2:8, 9; 45:3-5); Tem um casamento real; designar prncipes na terra (45:2, 6-17); Seu domnio sobre a terra ser justo e compassivo (72).

    Doutrinas bblicas, bsicas, que constam no livro dos Salmos

    Identidade e qualidades do verdadeiro Deus (78:38, 39; 83:18;

    86:15; 90:1-4; 102:24-27; 103; 139); Soberania de Deus (11:4-7; 24:1; 29; 44; 47; 48; 76; 93); Santificao do nome de Deus (79; 83); Todos os homens so pecadores (14:1-3; 51:5; 53:1-3); A tolice da idolatria (115:4-8; 135:15-18); A condio dos mortos (6:5; 88:10-12; 115:17; 146:4); A terra ser o lar duradouro dos justos (37:9-11, 29; 104:5;115:16).

    Conselho inspirado para nos ajudar a obter a aprovao de Deus

    Temer a Deus e obedecer a seus mandamentos (112:1-4; 128); Cultivar alta estima pelas pronunciaes de Deus, por sua lei (1:2;19:7-11; 119); Confiar em Deus (9:10; 115:9-11;125; 146:5-7); Esperar pacientemente que ele aja (42; 43); Empenhar-se pela paz e pela justia (34:14, 15); Ter vivo apreo por estar com o povo de Deus, estar na Sua casa(84; 122; 133); Evitar ms associaes (1:1; 26:4, 5; 101:3-8);

    Ensinar aos filhos as maneiras de agir de Deus (78:3-8);

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    Falar a verdade; evitar a calnia e os juramentos falsos (15:2, 3;24:3-5; 34:13) ; Manter a palavra, mesmo quando isso mostra ser mau para a

    prpria pessoa (15:4); Evitar o mau uso do dinheiro (15:5);

    A generosidade resulta em bnos para o doador (112:5-10); Louvar a Deus publicamente (26:7, 12; 40:9).

    COMENTRIO POR VERSCULOS.

    Captulo 1

    1:1 -BEM-AVENTURADO O VARO

    O Salmo 1 serve como introduo a todo o livro dos Salmos. Ele contrasta os dois

    nicos tipos de pessoas do ponto de vista de Deus, tendo cada tipo um conjuntodistintivo de princpios de vida:

    1) os justos, que so caracterizados pela retido, pelo amor, pela obedincia Palavra de Deus e pela separao do mundo (vv. 1, 2); e

    2) os mpios, que representam o modo de ser e as idias do mundo, que nopermanecem na Palavra de Deus, e que por isso no tm parte na assemblia dopovo de Deus (vv. 4, 5). Deus conhece e abenoa o justo, mas o mpio no temparte no Reino de Deus (I Co 6:9) e perecer (v. 6). A separao entre essesdois grupos de pessoas existir no decurso da histria da redeno e continuar

    na eternidade.1:1 - QUE NO ANDA SEGUNDO O CONSELHO DOS MPIOS

    O primeiro versculo do livro dos Salmos ressalta a distino entre os justos e osmpios. Os crentes verdadeiros podem ser conhecidos pelas coisas que praticam, peloslugares que freqentam e pelas pessoas com as quais convivem. Ningum podeexperimentar a bno de Deus sem evitar as coisas danosas ou destrutivas.

    1.2 - TEM O SEU PRAZER NA LEI DO SENHOR

    Os santos de Deus no somente evitam o mal, como tambm edificam a sua vida

    em torno das palavras do Senhor. Procuram obedecer vontade de Deus porque seuscoraes realmente tm prazer nos caminhos e mandamentos do Senhor (ver II Ts 2:10,onde os mpios perecem porque no querem amar a verdade). A motivao dos atos dossalvos provm dos seus espritos e emoes redimidos, conquistados pela verdade deDeus conforme a temos na sua Palavra.

    1:2 -NA SUA LEI MEDITA DE DIA E DE NOITE

    Aqueles que procuram viver na bno de Deus, meditam na sua lei (isto , na suaPalavra), a fim de moldarem seus pensamentos, atitudes e aes. Lem as palavras das

    Escrituras, meditam nelas e as comparam com outros trechos bblicos. Ao meditaremnum texto bblico, vm s suas mentes perguntas como estas: O Esprito de Deus est

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    aplicando este versculo minha condio no momento? H aqui uma promessa para eubuscar? Este texto revela um pecado especfico que devo empenhar-me em evitar? Deusest dando-me uma ordem para eu obedecer? Meu esprito est em harmonia com o queo Esprito Santo est dizendo aqui? Este texto revela uma verdade a respeito de Deus, dasalvao, do mundo, ou da minha obedincia pessoal a Deus, a respeito da qual preciso

    receber a iluminao do Esprito Santo?

    1:3 -RIBEIROS DE GUAS

    O resultado, para os que fielmente buscam a Deus e sua Palavra, ter vida noEsprito. Uma vez que a gua comumente representa o Esprito de Deus (e.g., Jo 7:38,39), os que so instrudos por Deus e guardam a sua Palavra tero em si uma fonte devida inesgotvel da parte do Esprito. A expresso tudo quanto fizer prosperar nosignifica que o crente nunca ter problemas nem reveses, mas, sim, que o justoconhecer a vontade de Deus e a sua bno (ver III Jo 2 nota).

    1:4-6 OS MPIOSO Sl 1 descreve os pecadores impenitentes sob trs quadros horrveis:

    1) so como a moinha lanada para longe por foras que no conseguem ver (v. 4;ver Ef 2:2 nota);

    2) sero condenados na presena de Deus no dia do juzo (v. 5; cf. 76.7; Ml 3:2;Mt 25:31-46; Ap 6:17);

    3) perecero eternamente (v. 6; ver Mt 10:28 nota).

    Captulo 22:1-12 POR QUE SE AMOTINAM AS NAES?

    Este salmo consiste de quatro cenas distintas:

    1) O salmista comea com uma aluso aos povos e reis da terra em oposio aoUngido de Deus (vv. 1-3; cf. At 4:25-27; ver a nota seguinte) um triste quadroda insolente rebeldia da raa humana contra Deus, sua lei, sua redeno, seuMessias e o ensino da sua revelao. Os autores do NT, da mesma maneira,mostram o mundo em oposio a Cristo, ao crente e f bblica (Jo 15:19; Ef6:12);

    2) Deus responde zombando dos ridculos intentos do mundo para remov-lo docenrio (vv. 4-6). Tempos viro em que Ele suplantar a rebelio humana eestabelecer o seu reino na terra (ver Rm 1:18; I Ts 5:1-11; II Ts 2:8; Ap 19:11-21);

    3) Deus, o Pai, promete que enviar seu Filho amado (vv. 7-9), a suprema heranadas naes (ver At 13:33; Hb 1:5; 5:5; cf. Mt 3:17; 17:5; II Pd 1:17), paraaniquilar todos que se opem ao seu governo. Esta promessa se cumprirquando Cristo voltar terra no fim dos tempos e destruir todos os inimigos deDeus (ver Ap 12.5; 19.15). Ento todos os crentes fiis compartilharo do seureino sobre as naes (Ap 2:26, 27);

    4) Atravs do salmista, o Esprito Santo exorta a raa humana a ser sbia diante do

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    Deus Todo-Poderoso e a refugiar-se nEle, antes de chegar aquele terrvel dia dojulgamento divino (vv. 10-12; cf. Hb 3:7-19).

    2:2 - SEU UNGIDO

    O Salmo 2 um salmo messinico, isto , um salmo proftico sobre a vinda doMessias de Deus, Jesus Cristo. Messias significa ungido e refere-se a Jesus, a quemDeus ungiu para redimir Israel e reger o reino de Deus (ver a nota seguinte; ver Mt 1:1nota).

    2:7 - TU S MEU FILHO; EU HOJE TE GEREI

    Te gerei , traduzido literalmente, dar luz . Empregava-se em referncia a umamulher ao dar luz uma criana, mas tambm era usada no sentido legal quando um reiapresentava seu filho ao povo ao proclam-lo rei juntamente com o pai (cf. I Re 1:32-34,onde Davi assim fez com Salomo). Aqui, refere-se proclamao pblica de Jesuscomo Filho de Deus e sua uno como profeta, sacerdote e rei (ver Mt 3:12; At 13:33;Hb 1:5; 5:5; 7:28; II Pd 1:13).

    2:8 -EU TE DAREI AS NAES POR HERANA

    Nenhum rei terreno teve jamais esta promessa de receber as naes como herana. uma promessa que se cumpre somente no Rei Messinico, Jesus (ver Zc 9:10).

    Captulo 33:1-8 - MULTIPLICADO OS MEUS ADVERSRIOS!

    Este salmo um lamento diante de Deus. Quase uma tera parte dos salmos

    pertence a esta categoria;1) O contedo bsico de um salmo de lamento consiste de uma fervente invocao

    de Deus (v. 1), uma descrio da aflio, sofrimento ou injustia que o crentesofre (vv. 1, 2), uma afirmao da confiana do crente em Deus (vv. 3-6), umasplica por socorro (v. 7) e uma expresso de louvor ou ao de graas (v. 8);

    2) O grande nmero de salmos de lamento ou elegacos, na Bblia, indica queDeus quer que os seus o invoquem em tempos de necessidade e aflio (ver Hb4:16).

    3:2 - SEL

    O significado deste termo incerto. Pode indicar uma pausa, um interldiomusical, ou a culminncia numa execuo musical.

    3:3 - TU, SENHOR, S UM ESCUDO... A MINHA GLRIA

    O crente que vive segundo a vontade de Deus, mas que se acha sob aflio eoposio (vv. 1, 2; ver II Sm 15:15-30), pode invocar a Deus na confiana de que Eleagir em seu favor, segundo o seu divino propsito;

    1) Escudo refere-se proteo divina (ver Gn 15:1, onde Deus o escudo deAbrao; Dt 33:29, onde Ele o escudo de Israel);

    2) Deus a glria do crente, no sentido de que a sua presena, comunho e ajuda

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    so o nosso maior bem.

    3:5 -EU ME DEITEI E DORMI

    O crente que com fervor busca a Deus, e que sempre confia na sua fidelidade, na

    confiana de que Ele o ouve (v. 4), pode deitar-se em paz e dormir seguro (cf. 4:8). Deuso sustentar e conceder a sua graa, inclusive durante o sono (ver 127:2; Pv 3:24).

    Captulo 44:1-8 OUVE-ME. Este salmo revela a classe de pessoas que Deus ouvir em

    tempos de aflio. Essas pessoas devem ter um relacionamento pessoal de confiana emDeus (vv. 5, 8), um intenso anseio pela ajuda de Deus (vv. 1, 3, 6) e uma santa maneirade viver (vv. 3-5; ver a nota seguinte).

    4:3 - O SENHOR OUVIR QUANDO EU CLAMAR A ELE

    Para termos certeza de que Deus atender o nosso clamor por socorro, devemosesforar-nos de corao para viver em santidade (cf. Pv 15:29; Jo 9:31; 15:7). Aquelesque fielmente se dedicam a Deus foram separados como seu valioso tesouro.Pertencendo a Deus, podemos a Ele apelar como nosso protetor e provedor (cf. Hb10:22; I Jo 3:21, 22).

    Captulo 55:3 - OUVIRS A MINHA VOZ

    Firmemente resoluto a buscar a Deus de todo o corao. Davi se dedica a trscoisas:

    1) Confiante que Deus ouvir a sua voz, persistir na orao e no viver sem ela(vv. 1,2; cf. Dt 4:29);

    2) Orar a Deus pela manh. Se mantivermos nossa vida voltada para Deus, orar demanh ser uma prtica natural. Cada nova manh nos conclama a umarenovada dedicao a Deus (55:16, 17; 88:13; 119:147), comunho com Ele ea nos alimentarmos da sua Palavra (cf. 119:9-16);

    3) O salmista vigiar esperanoso, pelas respostas sua orao, e durante o diainteiro procurar evidncias de Deus em ao na sua vida.

    5:5, 6 -ABORRECES A TODOS OS QUE PRATICAM A MALDADEO mal no algo abstrato. Deus no somente aborrece o pecado, mas tambm, em

    certo sentido, os que praticam o mal. Por outro lado, as Escrituras tambm revelam Deuscomo aquele que ama os pecadores, que lhes estende a mo compassiva e misericordiosae os busca para redimi-los do pecado mediante a cruz de Cristo (Jo 3:16).

    5:10 -DECLARA-OS CULPADOS, DEUS

    Ver Salmo 35:1-38, nota sobre a orao do salmista pela destruio dos inimigosde Deus.

    Captulo 6

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    6:1-10 -NO ME REPREENDAS NA TUA IRA

    Este salmo um dos sete salmos penitenciais (isto , salmos de tristeza pelopecado; os outros so 32; 38; 51; 130; 143). O Esprito Santo inspirou esta orao a fimde encorajar todos que, por longo tempo, esto sob a disciplina de Deus, e que

    necessitam do perdo e restaurao.6:2 - SARA-ME, SENHOR

    O salmista, durante um perodo de aflio fsica e de castigo divino que reconheceter merecido, deixou de sentir a presena de Deus (v. 4) e a paz espiritual (v. 3). Elesofreu por muito tempo e sente grande pesar. Em sua orao, ele no pede que Deusremova dele toda a repreenso, mas somente que o castigo divino seja combinado commisericrdia e que no seja to severo que o leve morte (cf. Jr 10:23, 24).

    6:4 -LIVRA A MINHA ALMA

    Embora o arrependido esteja desejoso da cura do seu corpo (v. 2), seu interessemaior a cura da sua alma e a restaurao da presena e do favor de Deus. Anseia porter Deus perto dele, e apela sua misericrdia e amor (vv. 2, 4). Visto que o amor e amisericrdia so parte do carter de Deus, o crente pode suplicar-lhe que respondasegundo o seu divino carter.

    6:6 -ESTOU CANSADO DO MEU GEMIDO

    A aflio do salmista e a angstia da sua alma j duravam por algum tempo. Adeclarao: mas tu, SENHOR, at quando? (v. 3), mais os versculos 6 e 7, confirmamque Deus no lhe restaurou depressa a paz espiritual, a graa e a sua presena divina. Os

    versculos 8 e 9 nos ensinam que Deus, no seu devido tempo, ouvir as nossas splicas eatender a nossa orao. No precisamos desesperar, e sim esperar em Deus pela f (cf.13:1; 74:9). No devido tempo, Ele responder nossa orao.

    Captulo 77:1-17 - SALVA-ME DE TODOS OS QUE ME PERSEGUEM

    Este salmo serve de modelo para todos que so tratados com injustia, falsamenteacusados, ou atacados por aqueles que os desprezam. A orao deste salmo pode seraplicada ao maior inimigo do crente que, como leo, quer despedaar a sua alma (v. 2),isto , o diabo e as suas hostes demonacas (Ef 6:11, 12; I Pd 5:8). sempre correto orar

    para sermos guardados do maligno (ver Mt 6:13 nota).7:1 - EM TI CONFIO.

    Quem sinceramente fiel a Deus pode, com toda confiana, nEle refugiar-se, eentregar em suas mos os problemas da vida. Em tempos conturbados de injustia,

    podemos colocar-nos sob a proteo de Deus e suplicar-lhe, fazendo meno da nossafidelidade e justia (vv. 3-5, 8).

    7:10 -DEUS, QUE SALVA OS RETOS DE CORAO

    O Esprito Santo ensina que os justos podem crer que Deus os liberta e ajuda em

    tempos de aflio. Podem clamar a Deus com base numa conscincia limpa e no sinceroempenho de manter a retido de corao:

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    http://geocities.yahoo.com.br/aguazul2001br/Biblia/Antigo/salmos.htm#s7http://geocities.yahoo.com.br/aguazul2001br/Biblia/Antigo/salmos.htm#s7
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    1) O crente pode mencionar sua integridade espiritual a Deus na orao: julga-me,SENHOR, conforme a minha justia (v. 8; cf. J 29:14). Tal declarao no hipocrisia, se feita com corao sincero, purificado pelo amor de Deusmediante a f (cf. I Jo 3:21; Tg 5:16);

    2) Que coisa bem-aventurada orar, com um corao contrito, rogando a ajudadivina! (Sl 6). Mas, melhor ainda quando podemos orar a Deus com aconscincia limpa e conscientes de que no cometemos injustia contraningum e que procuramos sinceramente amar a Deus de todo o corao;

    3) Note o que declara o apstolo Paulo: E, por isso, procuro sempre ter umaconscincia sem ofensa, tanto para com Deus como para com os homens (At24:16; cf. II Co 1:12; I Tm 1:5, 19; II Tm 1:3; I Pd 3:21). E Jesus afirma: Sevs estiverdes em mim, e as minhas palavras estiverem em vs, pedireis tudo oque quiserdes, e vos ser feito (Jo 15:7).

    Captulo 88:4-6 - O FILHO DO HOMEM

    O NT cita estes versculos da Septuaginta (a traduo em grego do AT hebraico) eos aplica a Jesus (Hb 2:6-8; cf. Ef 1:19-22). Somente nEle cumprem-se totalmente todasessas verdades. a Ele que se dar, como representante da raa humana, pleno domniosobre toda a criao (vv. 6-8; cf. Fp 2:10).

    8:5 -DE GLRIA E DE HONRA

    Este salmo expressa a elevada honra que Deus conferiu raa humana. Afirmaque ns, como seres humanos, fomos criados por Deus com um propsito glorioso; nosomos meros animais, produto da evoluo natural e do acaso (v. 5; ver o estudo ACRIAO). To valiosos somos para Deus, que somos objeto especial do seu cuidado egraa (v. 4). Ele nos honrou ao escolher-nos para dominar sobre a sua criao (vv. 6-8;cf. Gn 1:28; 2:15, 19). Porm a convico da nossa posio favorecida no motivo

    para nos gloriarmos, mas razo para darmos graas e glria ao Criador (v. 9)

    Captulo 99:1, 2 -EU TE LOUVAREI, SENHOR

    Na essncia do relacionamento de cada crente com Deus est o dever de louv-lo

    (ver o estudo O LOUVOR A DEUS)9:5 -DESTRUSTE OS MPIOS

    Davi fala como se os eventos narrados aqui j tivessem acontecido, umacaracterstica do estilo proftico do livro de Salmos. O salmista tem tanta certeza de queos eventos preditos ocorrero que fala deles como se j tivessem acontecido (vv. 15, 16).

    9:8 -ELE MESMO JULGAR O MUNDO COM JUSTIA

    O salmista agradece e louva ao Senhor porque Ele, um dia, livrar completamenteaqueles que o buscam (vv. 8-14) e executar juzo contra seus inimigos (vv. 3-8, 15-20):

    1) Para que no sofra desnimo e desespero ante o aparente triunfo do mal nestemundo, o povo de Deus deve crer com firmeza e confessar que o Senhor um dia

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    justificar aqueles que perseveraram, apesar da aflio e de todos osadversrios que queriam destruir sua f em Deus (vv. 7-11; ver Ap 19:21);

    2) Os crentes do NT podero aplicar esses versculos aos adversrios do Senhor eda sua igreja. Durante toda a poca do NT, tem lugar um conflito entre as

    foras do mal e do bem. Os crentes fiis sofrero a oposio de o diabo, domundo e dos falsos crentes dentro da igreja (ver II Tm 3:12 nota).

    9:18 - O NECESSITADO NO SER ESQUECIDOPARA SEMPRE

    Os necessitados e aflitos do povo de Deus so objetos do seu cuidado especial (vv.9, 10, 12). Eles tm de Deus a promessa de que no os abandonar (v. 10), que Ele selembrar das suas oraes (v. 12), e que as suas esperanas sero um dia realidades (v.18).

    Captulo 10

    10:1-18 - POR QUE TE CONSERVAS LONGE?Esta orao tem a ver com o problema da aparente demora do triunfo da justia de

    Deus (cf. o clamor dos santos martirizados, em Ap 6:9, 10). Na presente era, a injustiae o mal agem sem restrio, e s vezes parece que Deus est muito distante e que nointervir. O povo de Deus deve orar para que Ele detenha o mal e o sofrimento.Entrementes, podemos ter certeza que, embora o dia da justia ainda no tenha chegadoo Senhor j ouviu as nossas oraes e fortalecer o nosso corao at o fim (vv. 17, 18).

    10:2 - OS MPIOS, NA SUA ARROGNCIA, PERSEGUEM

    O salmista se angustia pela atitude arrogante dos indivduos mpios e cruis (vv. 3-

    11) e do evidente sucesso deles:

    1) Ora para que Deus abata os mpios, ajude os desamparados e reine eternamentecomo rei para extinguir o pecado e o terror da face da terra (vv. 12-18);

    2) Embora o crente do NT deva sempre estar firmemente empenhado na salvaodos mpios, dever ao mesmo tempo compreender que, aqui, o pecado e acrueldade nunca sero completamente aniquilados, nem a retido reinar

    plenamente at que Cristo venha para destruir todo o mal (Ap 19:11-20:10).Devemos, portanto, orar para que logo Deus destrua todo o mal, que Cristo sejacoroado Rei para sempre e que na terra cessem o pecado e a dor (ver Ap

    19:22).10:8-10 -NOS LUGARES OCULTOS MATA O INOCENTE

    Estes versculos podem ser aplicados queles que traficam drogas, lidam combebidas alcolicas e praticam aborto, cujo resultado a destruio fsica, emocional eespiritual de muitos:

    1) Tais pessoas, com sua avareza (cf. v. 3), engodam os pobres, jovens e incautos.Por meio de testemunhos e anncios, astutamente destacam as delcias do usode seus produtos, enquanto ocultam o terrvel sofrimento que resulta do seunegcio (v. 9):

    2) Essas pessoas perversas, na sua ousadia, esquecem da sua responsabilidade

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    moral diante de Deus (vv. 3, 4, 11, 13), e seu fim ser desastroso (ver Sl 73).Nenhum crente deve exercer atividades que prejudiquem o ser humano; pelocontrrio, deve procurar, com amor, compaixo e solicitude, ajudar a todos nosentido de evitarem tais tentaes.

    Captulo 1111:1-7 -NO SENHOR CONFIO

    Este salmo repreende os que aconselham a fuga ou a transigncia quandoprincpios bblicos esto em jogo (vv. 1-3). O crente fiel refugia-se no Senhor (v. 1) emantm sua retido, mesmo quando os fundamentos se transtornam (v. 3) moral eespiritualmente, tanto na sociedade, como na igreja. O resultado ser que o rosto doSenhor est voltado para os retos (v. 7; cf. 16:8-11; 17:15; 23:6).

    11:5 - SUA ALMA ABORRECE... O QUE AMA A VIOLNCIA

    Porque o Senhor ama a justia (v. 7), mas aborrece os violentos, ou os que sedivertem assistindo a violncia como forma de passatempo. Por isso, o crente deve sercauteloso quanto a divertir-se atravs da mdia, e examinar-se a si mesmo quanto a ter

    prazer em cenas de violncia e derramamento de sangue (ver Lc 23:25 nota; Rm 1:32nota).

    Captulo 1212:1-8 - SALVA-NOS, SENHOR

    Este salmo descreve um perodo em que a atividade dos pecadores duramentesentida por quem vive para Deus e sua justia. O povo de Deus vem enfrentando isso

    atravs dos tempos, mas nos ltimos dias da presente era, esse problema ocorrer emescala geral (I Tm 4:1). O crente deve saber que estando ele rodeado pelos males dasociedade, aflito e oprimido pela imoralidade, ter a proteo especial do poder de Deus(v. 5). Deus os guardar e, desta gerao nos livrars para sempre (v. 7; ver I Pd 1:5nota).

    Captulo 1313:1 -AT QUANDO TE ESQUECERS DE MIM, SENHOR?

    O salmista enfrenta depresso e desnimo; est numa aflio terrvel, e tem aimpresso de que Deus se afastou dele (v. 2), e que no se importa em socorr-lo. Note,

    especialmente, duas lies importantes:

    1) As oraes dos justos podem no ser atendidas imediatamente, e pode parecerque Deus no est dando importncia a elas. A impresso de abandono porDeus pode ocorrer no crente, durante enfermidades, problemas financeiros, oucasos outros severos, envolvendo famlia, emprego, ou igreja. Em tais ocasiesdevemos orar para que o Esprito Santo nos d a certeza de que ainda nosregozijaremos na salvao divina (vv. 5, 6);

    2) Se estamos buscando de corao a ajuda de Deus mediante a f real em JesusCristo, a demora de Deus no significa que Ele nos abandonou. Pelo contrrio,

    Ele pode ter outro propsito em nossa vida, e no estamos percebendo (cf. IICo 12:7-10; Hb 12:10, 11; Tg 1:2-4; I Pd 1:6, 7).

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    13:5 -NA TUA SALVAO, MEU CORAO SE ALEGRAR

    A atitude certa ante a aparente demora de Deus confiar no seu infinito amor elembrar-nos que Ele j nos livrou e abenoou anteriormente. O amor compassivo doSenhor se manifestar quando e como Ele quiser (ver Rm 8:28 nota).

    Captulo 1414:1-7 - OS NSCIOS

    O nscio ou insensato aquele que vive como se Deus no existisse. O nscioexpressa de duas maneiras a sua rebelio contra Deus:

    1) Rejeita a revelao de Deus, porque no cr no que a Bblia diz a respeito dEle.Despreza os princpios morais da Palavra de Deus e depende do seu prpriointelecto para estabelecer a diferena entre o certo e o errado (vv. 1-3);

    2) No busca a Deus, nem o invoca em orao, por sua presena e ajuda;3) Este salmo descreve a degenerao dos mpios e ensina que a raa humana est,

    pela sua prpria natureza, alienada de Deus (cf. Ef 2:2, 3). Paulo cita os trsprimeiros versculos deste salmo para reforar a verdade que todos pecaram edestitudos esto da glria de Deus (Rm 3:23; ver 3:10-12).

    Captulo 1515:1 - SENHOR, QUEM HABITAR NO TEU TABERNCULO?

    Este salmo responde pergunta: Que tipo de pessoa desfruta da ntima presena deDeus e tem comunho com Ele? Esta pergunta subentende que o crente pode dar motivo

    para que Deus retire a sua presena da vida dele, pela prtica da iniqidade, do engano,da calnia, ou de egosmo. Por isso, devemos examinar diariamente os nossos atos,confessar nossos pecados, abandon-los e esforar-nos constantemente em Cristo paranos apresentar aprovados diante de Deus (II Tm 2:15), e reconhecer que perder acomunho com Deus perder tudo (ver I Jo 1:6, 7; 2:3-6; 3:21-24).

    Captulo 1616:2 -NO TENHO OUTRO BEM ALM DE TI

    Alm de Deus, o salmista no v nenhum significado na vida, e nenhuma

    felicidade pessoal. Nada vai bem na vida dele, caso faltem a presena e a bno doSenhor. Paulo expressou a mesma verdade quando disse: Porque para mim o viver Cristo (Fp 1:21; cf. Gl 2:20).

    16:5 - O SENHOR A PORO DA MINHA HERANA

    A herana e o clice so o prprio Senhor (cf. 73:26; Nm 18:20; Dt 18:2). Umaspecto importante da nossa herana espiritual como crentes do NT o seguinte: Sealgum me ama, guardar a minha palavra, e meu Pai o amar, e viremos para ele efaremos nele morada (Jo 14:23). A comunho com Deus a fonte certa de bnos efelicidade.

    16:8 - TENHO POSTO O SENHOR CONTINUAMENTE DIANTE DE MIM

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    O crente deve buscar e valorizar, mais do que qualquer outra coisa, a comunhoprofunda com Deus. A presena contnua do Senhor nossa destra nos proporciona suaorientao (vv. 7, 11), proteo (v. 8), alegria (v. 9), ressurreio (v. 10) e bnoseternas (v. 11).

    16:10 -NO DEIXARS A MINHA ALMA NO INFERNOUm relacionamento pessoal com Deus dar aos crentes a confiana numa vida

    futura com Deus e a certeza de que Ele no os abandonar quando morrerem (cf. 73:26).Os apstolos Pedro e Paulo aplicaram este versculo a Cristo e sua ressurreio (At2:25-31; 13:34-37). Sheol (o termo contido neste versculo) acha-se sessenta e cincovezes no AT, sendo traduzido variavelmente por sepultura, inferno e cova, segundo ocontexto e a respectiva verso. Quando o NT cita passagens alusivas ao Sheol,geralmente emprega a palavra grega Hades como correspondente.

    Captulo 17

    17:1 - OUVE, SENHOR

    O clamor do salmista para que Deus oua a sua orao baseia-se no somente namisericrdia e graa de Deus, mas tambm na sua contnua fidelidade nos caminhos doSenhor (vv. 1-5). Deus sondou seu corao e viu que no seu esforo para agrad-lo nohavia fingimento (cf. I Jo 3:18-21). O fato de Davi orar a Deus com base na sua prpriafidelidade pessoal expressa a verdade fundamental que Deus promete ouvir as oraesdos que O amam e o honram (ver Jo 15:7 nota). A primeira condio indispensvel daautntica orao uma conscincia limpa e uma vida pura.

    17:8 - MENINA DO OLHO

    O salmista emprega duas figuras de linguagem que relembram o amor de Deus porseus fiis, e seu cuidado por eles:

    1) A menina do olho a pupila, sendo aqui uma metfora em hebraico,expressando algo muito valioso e querido;

    2) sombra das tuas asas uma metfora oriunda da cena de uma galinha,protegendo seus filhotes sob as asas; significa, pois, amorvel proteo (cf.36:7; 57:1; 61:4; 63:7). Cristo empregou esta metfora para expressar seu amor

    por Israel (Mt 23:37). Todo crente deve orar para que Deus lhe estenda a suamo protetora em tempos de perigo, exatamente como algum que

    instintivamente reage para proteger a sua pupila em qualquer caso de perigo(cf. Dt 32:10; Pv 7:2; Zc 2:8), e para que o Pai celestial sempre lhe abrigue e

    proteja como a galinha cobre seus filhotes (91:4; Mt 23:37).

    Captulo 1818:1-50 -EU TE AMAREI DO CORAO, SENHOR

    Este salmo tambm se acha em II Sm 22, com pequenas diferenas. provvelque Davi o tenha escrito no comeo do seu reinado (cf. II Sm 8:14), antes de cometerseu pecado terrvel, pelo qual sofreu muito como castigo divino pelo resto da vida (ver IISm 12:1-14). O salmo pode tambm, profeticamente, referir-se a Cristo, pois Paulo citao versculo 49 como uma profecia, indicando o tempo em que, mediante o Messias,

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    todas as naes louvaro o nome de Deus (v. 49; ver Rm 15:9).

    18:2 - O SENHOR O MEU ROCHEDO... LUGAR FORTE... FORTALEZA

    As metforas deste versculo podem ser aplicadas s lutas contnuas do crente

    contra as foras fsicas e espirituais do presente. Seis smbolos descrevem o cuidado deDeus por ns:

    1) meu rochedo segurana e proteo, pela fora imutvel de Deus (cf. 31:2, 3;42:9; 62:7);

    2) meu lugar forte um lugar de refgio e segurana onde o inimigo no podepenetrar;

    3) meu libertador um protetor vivente;

    4) meu escudo isto , Deus se interpe entre ns e o mal (cf. Gn 15.1);

    5) a fora da minha salvao fora e poder vitoriosos para nos livrar e salvar;

    6) meu alto refgio um lugar seguro para nos elevar acima dos perigos desta vida.

    Captulo 1919:1 - OS CUS MANIFESTAM A GLRIA DE DEUS

    O conceito judaico-cristo que o mundo fsico manifesta a glria e o podercriador de Deus (cf. 148:3-5; cf. Rm 1:18-20). O conceito de muitos incrdulos, aocontrrio, que a criao em si mesma uma entidade divina (ver Dt 4:19; II Re 23:5),cuja fora controla o destino humano (ver Is 47:13; Dn 4:7); outros crem que tudo sefez por acaso. O verdadeiro crente rejeita tais idias, aceita a revelao bblica a respeitodo universo, e por isso movido a louvar o Criador (ver 89:5-8).

    19:7-11 -A LEI DO SENHOR PERFEITA

    Estes versculos falam da natureza, dos benefcios e valores da Palavra de Deus.Os cinco aspectos abordados so:

    1) A Lei: um termo geral para a vontade revelada de Deus, e que direciona apessoa num correto relacionamento com Ele (v. 7);

    2) O testemunho: a verdadeira Palavra de Deus que d testemunho do seu carter evontade (cf. 1 Jo 5:9); Palavra cujo estudo nos torna sbios (v. 7);

    3) Os preceitos: regras especficas a respeito da vida em retido, que so umaalegria para os justos (v. 8);

    4) O mandamento: a fonte verdadeira de luz para orientar os fiis que buscam osseus caminhos (v. 8; cf. At 26:18); o modo certo de corresponder aosmandamentos de Deus pelo temor do Senhor, que nos liberta de uma vida de

    pecado (v. 9);

    5) Os juzos: leis reguladoras da vida social, que levam justia e retido (v. 9).

    19:12 -EXPURGA-ME TU DOS [ERROS] QUE ME SO OCULTOS

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    Os crentes sinceros procuram amar e servir a Deus de todo o corao (Dt 6:5). Porainda serem imperfeitos nesta vida, podem estar em desobedincia vontade de Deussem saberem disso, e da precisarem buscar o perdo de Deus por seus erros e pecadosocultos (ver Lv 5:2-4). Por outro lado, os pecados intencionais ou deliberados sogrande transgresso (v. 13), que abrange o desprezo a Deus e sua Palavra e a perda de

    um lugar no seu reino (ver Nm 15:30, 31; Gl 5:19-21).

    19:14 - SEJAM AGRADVEIS AS PALAVRAS DA MINHA BOCA E A MEDITAODO MEU CORAO PERANTE A TUA FACE

    A maneira justa de reconhecermos a obra da salvao efetuada em nossa vida orarmos sempre, para que Deus mantenha nosso corao, nossas palavras e nossa vidalivres de pecado e agradveis a Ele. Tanto a meditao do nosso corao, quanto areflexo da nossa mente devem ser aceitveis diante de Deus.

    Captulo 20

    20:1, 13 - O SENHOR TE OUA NO DIA DA ANGSTIA

    Os Salmos 20 e 21 so paralelos. So oraes a Deus em torno da luta de seus fiiscontra seus inimigos. O Salmo 20 uma orao antes da batalha; o Salmo 21 um atode louvor depois da batalha. Para o crente em Cristo, o Salmo 20 pode ser aplicado sualuta espiritual. No presente, batalhamos contra as foras invisveis, porm claramentereais, do mal, e ansiamos pela vitria sobre o diabo e os poderes demonacos, e porficarmos livres da presena deles (ver Ef 6:12 nota).

    Captulo 2222:1-31 DEUS MEU

    Este salmo, um dos mais citados no NT, chamado o salmo da cruz porque retratacom exatido o cruel sofrimento de Cristo na cruz. Note pelo menos dois fatos a respeitodeste salmo:

    1) um brado de dor e aflio de um crente que continua sob provao esofrimento. Neste sentido, todos os crentes sob sofrimento podem identificar-se com o contedo desta orao;

    2) 2) As palavras do salmo descrevem um acontecimento que em muitoultrapassa os limites humanos comuns. Inspirado pelo Esprito Santo, o

    salmista prediz o sofrimento de Jesus Cristo durante sua crucificao, eprenuncia sua imediata vindicao trs dias depois.

    22:1 -DEUS MEU, DEUS MEU, POR QUE ME DESAMPARASTE?

    Jesus deu esse brado angustiante na cruz, ao se afastar dEle a presena providentee protetora do seu Pai celestial (Is 53:10-12; II Co 5:21; ver Mt 27:46 nota). Ele foidesamparado por Deus porque estava sofrendo na cruz no lugar do pecador, fazendo-semaldio por nossa causa (Gl 3:13). Ao citar este versculo, Jesus tambm estavadeclarando que este salmo inteiro uma descrio dEle mesmo.

    22:2 - CLAMO... E TU NO ME OUVES

    O crente, assim como o prprio Jesus, pode s vezes se sentir abandonado por

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    Deus. Quando isso ocorrer, mantenha-se firme na f em Deus e na sua bondade, econtinue orando e confiando nEle (vv. 2-5).

    22:7 - MENEIAM A CABEA

    Ver Mateus 27:39, onde est dito: E os que passavam blasfemavam dele [deCristo], meneando a cabea. At os gestos usados pelos inimigos de Jesus forampreditos no AT.

    22:8 - CONFIOU NO SENHOR

    Este versculo relata as palavras exatas que os inimigos do Senhor lhe dirigiramenquanto presenciavam a sua crucificao (Mt 27:43).

    22:11-17 -NO H QUEM AJUDE

    Estes versculos descrevem o sentimento de desamparo do Senhor, quando da

    brutalidade do aoitamento e da crucificao.22:16 - TRASPASSARAM-ME AS MOS E OS PS

    Aqui temos outra referncia proftica crucificao de Jesus (cf. Jo 20:25; ver Mt27:35 nota).

    22:18 -REPARTEM ENTRE SI AS MINHAS VESTES

    Os soldados romanos fizeram exatamente conforme a predio deste versculo umadmirvel cumprimento da profecia (ver Mt 27:35; Mc 15:24; Lc 23:34; Jo 19:23,24).

    22:22 -AOS MEUS IRMOSHebreus 2:11, 12 associa este versculo a Jesus Cristo; ele assinala o triunfo da

    cruz. Jesus agora o Redentor exaltado que rene a si os seus irmos (isto , osredimidos que nEle crem e aceitam a sua morte para salv-los, ver Jo 20:17) e fica nomeio deles para louvor de Deus. Sua morte resulta em socorro dos aflitos (v. 24), navida eterna (v. 26), na pregao do evangelho (v. 27), no seu domnio sobre todas asnaes (vv. 28, 29) e na sua suprema exaltao e glria (vv. 30, 31).

    Captulo 2323:1-6 - O SENHOR

    Este salmo, originado na mente do Senhor e inspirado pelo Esprito Santo,expressa seu empenho e incessante cuidado pelos seus seguidores. Eles so o preciosoalvo do seu divino amor. Ele tem cuidado de cada um deles, como um pai cuida de seusfilhos e como um pastor, das suas ovelhas.

    23:1 O - SENHOR O MEU PASTOR

    Mediante uma metfora freqentemente empregada no AT (ver 28:9; 79:13; 80:1;95:7; Is 40:11; Jr 31:10; Ez 34:6-19), Deus comparado aqui a um pastor, ilustrandoisso o seu grande amor por seu povo. O prprio Senhor Jesus empregou a mesmametfora para expressar seu relacionamento com os seus (Jo 10:11-16; cf. Hb 13:20; 1

    Pd 5:4). Duas verdades destacam-se aqui:

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    1) Deus, atravs de Cristo e do Esprito Santo, est to afeioado a cada um deseus filhos, que Ele deseja amar, cuidar, proteger, guiar e estar perto dessesfilhos, como o bom pastor cuida das suas ovelhas (ver Jo 10:11,14 notas);

    2) Os crentes so as ovelhas do Senhor. Pertencemos a Ele e somos alvo especial

    do seu amor e ateno. Embora todos ns andemos desgarrados como ovelhas(Is 53:6), o Senhor nos redimiu com seu sangue derramado (II Pd 1:18,19), eagora somos dEle. Como suas ovelhas, podemos lanar mo das promessasdesse salmo quando atendemos a sua voz e o seguimos (ver Jo 10:3-5; ver10:28 nota).

    23:1 -NADA ME FALTAR

    Isto significa:

    1) que no me faltar nada que for necessrio realizao da vontade de Deus naminha vida (ver 3 Jo 2 nota), e

    2) que me contentarei com a proviso e o cuidado do Bom Pastor, mesmo emtempos pessoalmente difceis, porque confio no seu amor e cuidado por mim(cf. Jo 10:11; Fp 4:11-13).

    23:2 -DEITAR-ME FAZ

    Porque o Pastor est presente e perto de mim, posso deitar-me em paz, livre detodo medo. O Esprito Santo como meu Consolador, Conselheiro e Ajudador comunica-me o cuidado pastoral e a presena de Cristo (Jo 14:16-18; cf. II Tm 1:7):

    1) meu descanso tranqilo na sua presena ter lugar em verdes pastos , isto , emJesus e na Palavra de Deus, que so indispensveis a uma vida abundante (Jo6:32-35, 63; 8:31; 10:9; 15:7);

    2) guia-me mansamente a guas tranqilas do seu Esprito Santo (ver 1:3 nota; cf.Jr 2:13; Jo 7:37-39).

    23:3 -REFRIGERA A MINHA ALMA

    Quando fico desanimado (42:11), o Bom Pastor reaviva e revigora minha almamediante seu poder e graa (Pv 25:13). Guia-me por meio do Esprito (Rm 8:14) noscaminhos por Ele escolhidos, que se conformam com seus alvos de santidade (cf. Rm

    8:5-14). Correspondo obedecendo: sigo o Pastor ouvindo a sua voz (Jo 10:3, 4); noseguirei a voz dos estranhos (Jo 10:5).

    23:4 - TU ESTS COMIGO

    Em tempos de perigo, dificuldade, e mesmo de morte, o crente no teme nenhummal. Por qu? Porque tu ests comigo em todas as situaes da vida (cf. Mt 28:20). Avara (um pedao de pau curto) uma arma de defesa ou disciplina, que simboliza afora, isto , o poder e autoridade de Deus (cf. Ex 21:20; J 9:34). O cajado (uma varalonga e delgada, tendo um gancho numa das extremidades) serve para trazer a ovelha

    para perto do pastor, para gui-la no caminho certo, ou para remov-la em caso de

    perigo. A vara e o cajado de Deus nos do certeza do seu amor e orientao em nossavida (cf. 71:21; 86:17).

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    23:5 -PREPARAS UMA MESA

    Deus aqui descrito como aquele que supre as necessidades de seus filhos emmeio as foras do mal que procuram destru-los, corpo e alma (ver Rm 8:31-39):

    1) Apesar de o crente estar em luta diria contra o diabo e ter em volta de si umasociedade pag, a graa de Deus que ele recebe capacita-o a viver e se regozijarna presena de Deus (ver II Co 12:9, 10). Ele pode saciar-se mesa do Senhorcom f, ao de graas e esperana, em perfeita paz, e protegido pelo sanguederramado e o corpo partido desse Bom Pastor (ver I Co 11:23);

    2)Unges a minha cabea com leo refere-se ao favor e bno especiais de Deus,pela uno do seu Santo Esprito no corpo, mente e esprito do crente (ver Ef5:18 nota);

    3) O meu clice transborda. Aqui, a traduo literal : meu clice tem bebidaabundante. uma aluso ao bebedouro do pastor, que era uma pedra grande,escavada em forma de tanque, cabendo quase 200 litros de gua, onde asovelhas bebiam.

    23:6 -A BONDADE E A MISERICRDIA

    Misericrdia refere-se ao fiel amor e a bondade de Deus. O crente, tendo consigoo Bom Pastor na peregrinao desta vida, ter sua ajuda, bondade e seu sustentoconstantes. Em qualquer situao o crente pode confiar que o Bom Pastor far com quetodas as coisas cooperem para o seu bem (Rm 8:28; Tg 5:11). O alvo do crente quesegue o Bom Pastor e desfruta da sua bondade e misericrdia um dia estar com Eleeternamente (I Ts 4:17), contemplar sua face (Ap 22:4) e servi-lo para sempre na sua

    casa (ver Ap 22:3; cf. Jo 14:2, 3).

    Captulo 2424:4 -LIMPO DE MOS E PURO DE CORAO

    Davi ressalta que aqueles que pretendem adorar a Deus, servi-lo e receber suabno devem procurar ter um corao puro e uma vida reta. Mos limpas so mosisentas de atos pecaminosos externos (ver Is 1:15; 33:15; I Tm 2:8). Puro de corao uma referncia santidade interior, motivos e objetivos puros. Somente os li