3 Relatorio (1).docx

10
UNIVERSIDADE METODISTA DE PIRACICABA FACULDADE DE CIÊNCIAS DA SAÚDE - FACIS CURSO DE FARMÁCIA FARMACOLOGIA APL. III Profª Fátima Cristiane L. G. Farhat INTERAÇÃO ENTRE NALOXONA E FENTANILA Cibeli dos Santos Felício – RA. 126269-0 Gabriela Bárbara Peres – RA. 126339-1 Mariane Fernanda Basso – RA. 10077-7 José Victor Trevisan – RA. 121645-6 Sabrina Figueiredo – RA. 120987-3

Transcript of 3 Relatorio (1).docx

UNIVERSIDADE METODISTA DE PIRACICABAFACULDADE DE CINCIAS DA SADE - FACISCURSO DE FARMCIA

FARMACOLOGIA APL. IIIProf Ftima Cristiane L. G. Farhat

INTERAO ENTRE NALOXONA E FENTANILA

Cibeli dos Santos Felcio RA. 126269-0Gabriela Brbara Peres RA. 126339-1Mariane Fernanda Basso RA. 10077-7Jos Victor Trevisan RA. 121645-6Sabrina Figueiredo RA. 120987-3

Piracicaba - SP2015

INTRODUOO termo opiceo ou opiide se aplica a qualquer substncia, seja endgena, natural ou sinttica, que reproduz os efeitos da administrao de morfina e esses efeitos so antagonizados pela naloxona. O entendimento mais recente dos mecanismos de ao dos opiceos, sejam eles naturais ou sintticos, foi enormemente impulsionado pelo desenvolvimento de molculas sintticas capazes de antagonizar seu efeito. Entre elas esto os antagonistas opiides chamados de antagonistas opiides puros, que so derivados sintticos da morfina, a saber, a naloxona, a naltrexona e a nalmefene. Foram e so importantes ferramentas no desenvolvimento dos conhecimentos farmacolgicos dos opiceos naturais e sintticos, bem como no estudo da fisiopatologia da dor. O uso da naloxona, na prtica da anestesia clnica, mostrou ser ferramenta valiosa, oferecendo segurana, nos cuidados de pacientes que recebem doses elevadas de morfina ou mesmo outros opiceos sintticos, muitas vezes mais potentes que a morfina. A naloxona um derivado sinttico da morfina e sua molcula possui um ncleo fenantrnico com pequenas alteraes qumicas que a faz muito semelhante molcula do alcalide natural. A naloxona possui afinidade pelos mesmos receptores da morfina, que so mu, kappa e delta. Esses receptores esto acoplados s protenas G nas membranas celulares dos rgos alvos dos opiides, nos diferentes tecidos. Quando ativados pelos agonistas, desencadeiam vrias reaes, em nvel intracelular, que afetam canais inicos, a fosforilao de protenas e passos e processos ainda pouco compreendidos. Essa ativao leva ao aparecimento do efeito biolgico nos diferentes nveis do Sistema Nervoso Central (SNC), seja dos mecanismos de ao analgsica ou de seus efeitos no centro do vmito da respirao e outras reas. Assim como a morfina, a naloxona tem a mesma afinidade pelos receptores opiides, sendo, no entanto, desprovida de atividade intrnseca ou eficcia. Em razo dessa propriedade, este antagonista chamado de antagonista opiide puro. Ao se ligar ao receptor, a molcula da naloxona ocupa o receptor ou desloca o agonista opiide de seu stio, impedindo o aparecimento de seu efeito, sem, no entanto, ativar os mecanismos celulares que decorrem da ligao de um agonista opiide nesse receptor. Quando administrada na ausncia de um agonista, ou sem o paciente estar ativando o seu sistema analgsico central ou estar recebendo algum opiide, a naloxona praticamente inerte.Em pacientes que receberam previamente morfina ou outros opiides, a administrao intravenosa desse antagonista ir reverter de forma dramtica, os seus efeitos dentro de 2 a 3 minutos. Nos pacientes deprimidos, por terem sido tratados com doses elevadas de opiides, a administrao de naloxona ir restaurar a respirao, dilatar as pupilas que estavam miticas, restabelecer a motilidade intestinal e tambm recuperar o nvel de conscincia. Nos indivduos que tm seu comportamento normal dependente de receberem diariamente opiides, administrao de naloxona ou outro antagonista puro, aparecer um quadro de agitao e a sndrome de abstinncia. A administrao crnica de naloxona, mesmo em doses elevadas, no parece induzir ou precipitar o aparecimento de tolerncia ou sndrome de abstinncia, aps a interrupo da administrao.A catatonia caracterizada por profundas alteraes mentais e motoras, foi posteriormente tida como um subtipo da esquizofrenia. No obstante, fato que os sintomas de catatonia no ocorrem especificamente na esquizofrenia, mas em uma gama de doenas psiquitricas, como os transtornos do humor e os transtornos conversivos.A sndrome catatnica caracteriza-se por alguns ou todos os seguintes fatores:a. Mutismo (pobreza ou ausncia de discurso espontneo; ausncia de respostas s perguntas).b. Negativismo (resistncia sem motivo aparente a todas as instrues ou tentativas de mobilizao; quando ativo, o paciente pode fazer o oposto do que est sendo solicitado).c. Trejeitos e postura (assumir expresses faciais ou posies bizarras, que podem ser transitrias ou mantidas durante perodos de tempo prolongados).d. Catalepsia ou flexibilidade crea (uma resistncia leve e contnua ao movimento que faz com que o membro se comporte como se fosse de cera flexvel); se houver tal resistncia, anormal ou no, o membro com frequncia permanece na posio em que foi deixado pelo examinador.e. Torpor aparente (pouco ou nenhum movimento espontneo e uma reduo acentuada na reatividade ao ambiente, apesar de estar fisiologicamente desperto por critrios eletroencefalogrficos). A catatonia uma situao clnica de emergncia que requer tratamento imediato, pois a desidratao e o estupor so complicaes importantes e que podem ser fatais.

OBJETIVOAnalisar a interao entre os opiceos fentanila e naloxona.

MATERIAS

1. Animais Dois ratos, pesando: Rato 1- 305,38g e Rato- 2 342,20g;1. Fentanila 0,05mg/ml em dose 0,5 mg/Kg , Naloxona 0,4mg/ml na com dose de 3mg/Kg e Soro fisiolgico (NaCl 0,9%);1. Agulhas hipodrmicas;1. Seringas de 5 mL.

MTODOSO experimento realizado nesta aula pratica, envolveu 6 grupos de alunos, os quais cada grupo recebeu 2 animais, sendo que cada grupo avaliou o comportamento catatnico destes durante o processo Experimento I Utilizamos dois ratos, os quais o Animal 1 recebeu uma dose de Fentanila 0,05 mg/ml, com dose de 0,5mg/Kg por via intraperitoneal aps 10 minutos de administrao foi observado o efeito catatnico do animal colocando-o na barra de apoio em seguida administrou no mesmo animal uma dose de Naloxona 0,4mg/ml com dose de 3mg/Kg pela mesma via para observar o efeito antagnico. O Animal 2 recebeu uma dose de Fentanila 0,05 mg/ml, com dose de 0,5mg/Kg por via intraperitoneal aps 10 minutos de administrao foi observado o efeito catatnico do animal colocando-o na barra de apoio em seguida administrou no mesmo animal uma dose Soro fisiolgico (NaCl 0,9%) 2,56 ml para observar o efeito da Fentalina no animal. Cada aplicao variou de acordo com o peso de cada animal utilizado: o primeiro rato pesou 305,38 g e a dose administrada foi de 3,06 ml (via IP); o segundo rato pesou 342,20 g e a dose administrada foi 2,6 ml (via IP). Os animais foram pesados na balana, para o clculo das doses a serem administradas.ClculosPara cada dose administrada, foram realizados os seguintes clculos de acordo os respectivos pesos de cada animal:

Animal 1 Fentanila 0,05mg/ml em dose 0,5 mg/Kg.1. 0,5 x 305,38 /1000= 0,153/0,05= 3,06 ml Naloxona 0,4mg/ml na com dose de 3mg/Kg.1. 3 x 305,38 /1000= 0,915 /0,4= 2,29 mlAnimal 2 Fentanila 0,05mg/ml em dose 0,5 mg/Kg.1. 0,5 x 342,20 /1000= 0,17/0,05= 3,4 ml Soro fisiolgico (NaCl 0,9%)1. 3 x 342,20 /1000= 1,026 /0,4= 2,56 ml

RESULTADOS E DISCUSSESNossos resultados Grupo 4 (G4)

TRATAMENTOFENTANILA+NALOXONAFENTALINA+SF

Perodo0-5min5-10min10-15min0-5min5-10min10-15min

Tempo de Catatonia26--555

Resultado de todos os GruposTRATAMENTOFENTANILA+NALOXONAFENTALINA+SF

PerodoMg/kg0-5min5-10min10-15min0-5min5-10min10-15min

Tempo de CatatoniaG1325--440320353

G2341--554

G32115--550

G4326--555

G521--555

G650--555

Interao entre Fentanil e NaloxonaOfentanil umfrmacodo grupo dosopiides um potente analgsico narctico que tem incio de ao rpido e curta durao de ao que usado no tratamento dador. um potente agonista dosopiides. O Fentanil 100 vezes mais potente que a morfina por apresentar maior lipossolubilidade apresentando rpida e extensa distribuio sistmica.J a naloxona um antagonista puro, que pode reverter a ao dos agonistas (morfina, fentanil, alfentanil, sufentanil). A naloxona no costuma produzir nenhum efeito quando administrada a um paciente que no recebeu nenhum opiide.Desse modo, como demonstra os resultados do quadro acima, ao administrar Fentanil Intraperitoneal e esperar por 10 minutos observou que o animal entrou em catatonia, o que indica a ao do fentanil. No entanto ao administrar a naloxona esse efeito foi rapidamente antagonizado e o animal voltou ao seu estado normal.O mesmo no acorreu quando foi administrado o Soro Fisiolgico, na maioria dos grupos o animal continuou em estado catatnico durante os 15 minutos seguintes.

CONCLUSO

REFERNCIAS

Sociedade Brasileira de Anestesiologia. Farmacologia dos Opiides. Disponvel em:< http://grofsc.net/wp/wp-content/uploads/2013/05/Farmacologia-dos-Opioides-parte-2.pdf> Acesso em: 19 abr. 2015.

GOZZANI, Judymara Lauzi. Opiides e Antagonistas. Disponvel em:< http://nute.ufsc.br/bibliotecas/upload/opioide-gozzani.pdf> Acesso em: 19 abr. 2015.

ALVARENGA & RIGONATTI. Uso de olanzapina e eletroconvulsoterapia em um paciente com esquizofrenia catatnica refratria e antecedentes de sndrome neurolptica maligna. Revista de Psiquiatria do Rio Grande do Sul. 2005;27(3):324-327.

MELO, Paulo de Assis. Naloxona. Disponvel em: http://www.saerj.org.br/download/livro%202004/17_2004.pdf. Acesso: 19. Abr. 2015.