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clínicas na en- fermaria de Geri- atria do Hospital das Clínicas onde gradativamente foram sendo in- corporados profis- sionais de outras áreas como serviço social, enferma- gem, psicologia, fonoaudiologia, nutrição. Em uma dessas reuniões conheci Dr. Wilson Jacob Filho que me convidou, jun- tamente com a Profa Maricy, a organizarmos o GAMIA. Assim, participei do GAMIA desde sua gestação, seu nascimento, sua infância até atingir a maturidade. Uma longa e prazerosa experiência de trabalho e de vida, onde muito aprendi com todos: idosos, familiares, funcionários, alunos da faculdade e colegas. No GAMIA desenvolvi meu Mestrado e meu projeto de Doutorado, cresci como profissional e pude ser uma docente melhor graças a todos os ensinamentos que recebi. É impossível escrever em poucas linhas tudo que pude aprender com essa experiência rica, exitosa e única! Pude acompanhar muitos idosos em sua recuperação física e social, su- perando barreiras e dificuldades, reconhecen- 1 No dia 19 de Julho de 2014, no Clube Carinhoso, bairro do Ipiranga, foi realizado uma grande festa em comemoração aos 30 anos do Projeto GAMIA, ou seja; bodas de pérola. Pérola esta cultivada na Geriatria do Hospital das Clínicas da FMUSP, com muito carinho e alegria, por onde já passaram muitas criaturas da terceira idade, onde tiveram as esperanças renovadas, tanto no tocante à saúde quanto no bem estar. Mais uma vez, parabéns GAMIA. É incrível pensar, mas já se passaram trinta anos e quantas coisas aconteceram, quantos sonhos foram realizados! Há exatos trinta e um anos, eu voltava para São Paulo após me formar no curso de fisioterapia na Pontifícia Universidade Católica - PUC de Campinas sonhando em iniciar uma carreira que incluísse as pessoas idosas, a quem sempre admirei; o Hospital das Clínicas, onde acreditava muito poder aprender e a faculdade de fisioterapia da USP, onde sonhava lecionar. Vim com a mala carregada de sonhos, ideais e esperanças! Nos quatro anos seguintes pude trabalhar com uma fisioterapeuta especial, que muito me ensinou, mas, o mais importante, foi que ela me levou ao Instituto Sedes Sapientes onde conheci a Profa Elvira de Melo Wagner, referência na área de Gerontologia que me introduziu nesse campo. Algum tempo depois reencontrei uma professora da PUCCAMP que me orientou a prestar concurso para docente na USP, no curso de Fisioterapia. Passei no concurso e comecei a atuar como docente e, algum tempo depois, tive o prazer e a honra de ser apresentada à Profa Maria Auxiliadora Cursino Ferrari, carinhosamente conhecida por todos como Maricy com quem comecei a trabalhar. Maricy me apresentou ao Dr Eurico, chefe do Serviço de Geriatria, que nos convidou a integrar a equipe multiprofissional que estava organizando para melhor atender aos idosos. A partir daí começamos a participar das reuniões Alcides da Cruz Gomes Comissão do Jornal 30 ANOS ! Prof. Helena Izzo Fisioterapeuta

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clínicas na en-fermaria de Geri-atria do Hospital das Clínicas onde gradat ivamente foram sendo in-corporados profi s-sionais de outras áreas como serviço social, enferma-gem, psicologia, fonoaudio log ia , nutrição. Em uma dessas reuniões conheci Dr. Wilson Jacob Filho que me convidou, jun-tamente com a Profa Maricy, a organizarmos o GAMIA.Assim, participei do GAMIA desde sua gestação, seu nascimento, sua infância até atingir a maturidade. Uma longa e prazerosa experiência de trabalho e de vida, onde muito aprendi com todos: idosos, familiares, funcionários, alunos da faculdade e colegas. No GAMIA desenvolvi meu Mestrado e meu projeto de Doutorado, cresci como profi ssional e pude ser uma docente melhor graças a todos os ensinamentos que recebi. É impossível escrever em poucas linhas tudo que pude aprender com essa experiência rica, exitosa e única! Pude acompanhar muitos idosos em sua recuperação física e social, su-perando barreiras e difi culdades, reconhecen-

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No dia 19 de Julho de 2014, no Clube Carinhoso, bairro do Ipiranga, foi realizado uma grande festa em comemoração aos 30 anos do Projeto GAMIA, ou seja; bodas de pérola. Pérola esta cultivada na Geriatria do Hospital das Clínicas da FMUSP, com muito carinho e alegria, por onde já passaram muitas criaturas da terceira idade, onde tiveram as esperanças renovadas, tanto no tocante à saúde quanto no bem estar. Mais uma vez, parabéns GAMIA.

É incrível pensar, mas já se passaram trinta anos e quantas coisas aconteceram, quantos sonhos foram realizados!Há exatos trinta e um anos, eu voltava para São Paulo após me formar no curso de fi sioterapia na Pontifícia Universidade Católica - PUC de Campinas sonhando em iniciar uma carreira que incluísse as pessoas idosas, a quem sempre admirei; o Hospital das Clínicas, onde acreditava muito poder aprender e a faculdade de fi sioterapia da USP, onde sonhava lecionar. Vim com a mala carregada de sonhos, ideais e esperanças!Nos quatro anos seguintes pude trabalhar com uma fi sioterapeuta especial, que muito me ensinou, mas, o mais importante, foi que ela me levou ao Instituto Sedes Sapientes onde conheci a Profa Elvira de Melo Wagner, referência na área de Gerontologia que me introduziu nesse campo. Algum tempo depois reencontrei uma professora da PUCCAMP que me orientou a prestar concurso para docente na USP, no curso de Fisioterapia. Passei no concurso e comecei a atuar como docente e, algum tempo depois, tive o prazer e a honra de ser apresentada à Profa Maria Auxiliadora Cursino Ferrari, carinhosamente conhecida por todos como Maricy com quem comecei a trabalhar. Maricy me apresentou ao Dr Eurico, chefe do Serviço de Geriatria, que nos convidou a integrar a equipe multiprofi ssional que estava organizando para melhor atender aos idosos. A partir daí começamos a participar das reuniões

Alcides da Cruz GomesComissão do Jornal

30 ANOS !

Prof. Helena IzzoFisioterapeuta

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Sumário

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EDITORIALEnvelhecer para que?

Quem não se preocupa com essa pergunta pode se surpreender na velhice. Chegar aos 60, 70, 80 ou mais anos é uma realidade cada vez mais presente nos dias de hoje, contudo nessa fase da vida na qual se superou a infância, período de grandes expectativas e preparativos para o futuro, a adolescência, período dos questionamentos e cobranças para a realização do futuro, a adulta, futuro vivo e que requer constante esforço para manuten-ção dos ideais e objetivos, chega a velhice e descobre-se que muitos de nós a desconhece e sequer se preparou para a mesma. Em geral na solidão, mesmo que rodeada de pessoas, a velhice nos instiga a refletir sobre o porque de nossa existência. Alguns grupos de pessoas chegam a desejar a morte como único alívio a dor da própria existência. Nesse cenário de certezas e incertezas sobre o envelhecimento programas para a velhice são desenvolvidos à luz das políticas públicas para

o envelhecimento. Fora da agenda pública, há 30 anos, nascia um programa dentro de uma unidade hospitalar, cujo objetivo era acompanhar idosos ao longo de seu processo de envelhecimento de forma integrada, multidisciplinar e humanizada. Nascia assim o Grupo de Assistência Multidisciplinar ao Idoso Ambulatorial – GAMIA. Inspirado na atenção à saúde do idoso hoje é um modelo de assistência ao processo de envelhecimento. E na participação dos idosos, ao longo das três décadas, observa-se sistematicamente algo mais amplo que a promoção da saúde, com a transformação pelo conhecimento, com a reconstrução conceitual de futuro e em especial com a reconstrução de identidade o que muda as relações entre as pessoas, ou seja, a mudança social, tão importante para os estudos do envelhecimento.

Andréa ViudeFonoaudiólogo

do seus limites (além dos de seus colegas e familiares) e reaprendendo a viver, melhoran-do significativamente sua auto-estima. Um de meus maiores aprendizados foi compartilhar saberes com colegas diversos, aprender que o conhecimento e a melhor assistência não se faz sozinho, se faz a partir da construção conjunta de múltiplos saberes, do respeito à opinião do outro, das críticas construtivas. Aprendi a valorizar meu trabalho e a reconhecer que o meu êxito era resultado de ações conjuntas. Nesse longo período acompanhei o crescimento de muitos profissionais que passaram pelo GAMIA e que hoje são pessoas de renome.

Hoje, fazendo um balanço após trinta anos vejo, sem dúvida, que fui abençoada com a possibilidade de realizar meu sonho de aluna. Sinto-me realizada, completa e feliz. Pronta para encerrar esse ciclo e começar outro com novos sonhos, novas expectativas, novos desafios. Sinto-me orgulhosa pois, ao olhar para trás, vejo ter construido um legado composto por profissionais excelentes que, sem dúvida, tornarão a Geriatria e Gerontolo-gia ainda melhor.O GAMIA me ensinou que a vida é uma eterna renovação e hoje, nessa festa sinto-me renovada e quero compartilhar essa alegria com todos!

Comissão do Jornal

Valmari Cristina AranhaCoordenadoraAndréa ViudeColaboraçãoFale conosco:[email protected]

Adília de Oliveira MaltaAlcides da Cruz GomesAuristela Batista LopesCyro MiyazakiLuiz Beatriz de Souza

Nair de Mello MoreiraNelson Pedro BertagliaSilvino Barros de SouzaTherezinha Nogueira BelloZuleide Canali Machado

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Filho, Reflexo do Pai

Eu fui o primeiro filho de meus pais.Quando pequeno, o meu pai me levava a passear pelos parques e jardins próximos de casa, segurando a mão do meu pai, caminhava todo orgulhoso e a alegria se es-tampava em meu pequeno rostinho. Naqueles passeios tudo para mim era novidade, queria saber e ia perguntando: Pai o que é aquilo? E aquilo ali?Meu pai, com toda paciência e orgulho explicava tudo com muitos detalhes. Foram horas naqueles passeios inesquecíveis. Desta forma, comecei a descobrir o mundo e meu pai me descobrindo. Na volta para casa, corria para a minha mãe e entusiasmado contava tudo, aonde fomos, o que fizemos, quem encontramos, o que vimos, as descobertas, as brincadeiras com outras crianças.O tempo foi passando, eu já com idade escolar, fui matricu-lado em uma escola pública. Meu pai me levou para a escola e chegando lá me conduziu a uma senhora que estava no portão, que já conhecia e disse: Dona Lourdes, este menino é meu filho que amo muito, cuida bem dele e foi para o seu trabalho. Na saída da escola, minha mãe lá estava para me levar de volta para casa, voltamos de ônibus. Lembro-me da resposta e ex-plicações que meu pai deu a uma pergunta que fiz no começo do 1º ano escolar. Perguntei: Pai, porque não

temos uma casa maior para morar com mais conforto, um carro e mais dinheiro para viajar, passear, ir na casa de parentes e me levar na escola, como as outras famílias? A resposta do meu pai, até hoje não sai do meu pensamento e tem sido o meu espelho de vida. Ele respon-deu: Pois é meu filho, eu e sua mãe viemos de famílias pobres, com poucos recursos, composta de pessoas fortes de espírito, corpo e mente sadia, honestos, inteligentes e trabalhadores, que sempre lutaram para ter uma vida digna, minimizando as dificul-dades que eram sempre pre-sentes. Filho, a nossa família está apenas começando, seus pais são jovens e fortes e com a graça de Deus, vamos melhorar, com muita luta, trabalho e dedicação, como fizeram seus avós e com os ensinamentos e exemplos re-cebidos deles, um dia em um futuro bem próximo, teremos melhor condição de vida, o que nos permitirá passeios muito agradáveis e maravilho-sos e ter nosso próprio carro. Com o decorrer dos anos, a família aumentou, mas, sempre bem orientada por ele com respeito, amor e carinho, meu pai se tornou meu grande amigo, meu herói, meu espelho de vida e meu con-selheiro nas horas de grandes decisões. Tive de meu pai as orientações e todo cuidado necessário nas horas mais difíceis: na saúde, nas dificuldades com os estudos, no relacionamen-

to com as amizades, nas ori-entações e encaminhamento para a vida profissional, re-cebendo sempre os melhores conselhos, necessários para que minha vida fosse sadia e tranqüila. Meu pai, sempre preocupado com o bem estar da família, sempre foi carinhoso, atenci-oso e muito amoroso. Porém, o tratamento era enérgico, muito sério, ensinava o bom comportamento e o respeito na formação para a vida de um homem de personalidade forte, porém controlada e sempre respeitando o espaço das outras pessoas. Lembro-me das noites mal dormidas que, com a minha mãe, passaram enfrentando as situações de dificuldades e privações, principalmente nas ocasiões de saúde de qualquer membro da família.Um dia, a hora de sua partida chegou, deixando um grande vazio em minha vida. Mas, como havia me ensinado, tudo se supera e neste caso também, embora nunca se esquece daqueles que amamos. Como não nos es-quecemos de tudo o que vivemos e aprendemos com eles, sempre carregamos em nós um pouco daqueles que amamos, meu pai vive em mim como espero um dia viver em meus filhos.Meu pai foi o meu grande herói, tudo que sou e que tenho dou graças ao meu pai e a Deus.

HOMENAGENSPAI - AVÔ

Em minha juventude meu pai falou-me uma frase que jamais esqueci. Ele me disse: Você só vai entender bem o seu pai, quando você for pai também.Hoje além de ser pai sou avô; o que ouvi dele no passado, hoje

se faz mais que presente.Com dois filhos e dois netos, consequentemente pai e avô, compreendo e dou o verdadeiro peso àquela frase carregada de tanta sabedoria.Parabéns aos pais e avôs por

este dia, que se soma aos outros, de perpetuação da nossa espécie.Abraços de um avô esperan-çoso e feliz pelos abençoados netos.

Luiz Beatriz de SouzaComissão do Jornal

Nelson Pedro BertagliaComissão do Jornal

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Festa Julina “GERO-SAÚDE”

Visita HumanitáriaCasa de Repouso Vila Nova

Dia do Meio Ambiente.5 de Junho

Promoção de Saúde

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NOTÍCIAS

Esse ano, a Festa Julina do GERO-SAÚDE, aconte-ceu no Espaço CEDPES, sua diretora Diana Blay organizou tudo muito bem. A festa foi aberta

com a apresentação do Grupo “Violões do Parque”, no comando da professora Vera, um grupo musical da Água Branca. Violonistas e Cantores levantaram

No dia 13 de Maio de 2014, um grupo de participantes do Programa GERO-SAÚDE da Geriatria do Hospital das Clínicas, visitou na cidade de Atibaia a “Casa de Repouso Vila Nova”, que ampara 35 idosos

Homenageando a Semana do Meio Ambiente, no dia 3 de junho, foi realizado no Espaço Ecológi-co do Hospital das Clínicas, um evento comemorativo com ativi-dades desenvolvidas pela co-ordenadora Rozany dos Santos, com a leitura do texto “Pai

No dia 21 de Agosto de 2014, o GERO-SAÚDE foi convidado pelo Centro de Convivência da Cidadania do Idoso – CRECI, para dar uma palestra sobre promoção de saúde. A coordenadora Rozany dos Santos abriu os trabalhos com uma grande explanação sobre o GERO-SAÚDE, como um programa de promoção do envelhecimento bem sucedido desenvolvido pelo Serviço de Geriatria do HC-FMUSP.Os representantes de cada ofi cina esclareceram muito bem como funciona e em que consistem as atividades realizadas. E, também o nosso jornal, que faz parte desta programação, marcou presença. Fica aqui o nosso agradecimento ao CRECI pela oportunidade.

a platéia, com suas apresentações. Um belo coral também se apresentou, animando a festa. Uma quadrilha bem caracterizada fez jus à Festa Julina.O pessoal do Gero Saúde e outros convidados par-ticiparam da festa.O Dr. Wilson Jacob Filho marcou presença. A comilança correu solta, muita fartura, comida típica caipira, tudo muito gostoso. Valeu! Festa pra lá de boa! Até o próximo ano!

que nos recepcionaram com muita alegria e vimos os seus olhos brilharem ao nos ver. Os visitantes interagiram com os residentes da casa, muita conversa rolou, histórias foram contadas e ouvidas com toda

Cosmo e Mãe Terra“ de autoria do Prof. Marcelo Gleiser, pelas facilitadoras do Movimento de Al-fabetização para Idoso – MAPI. Houve também a apresentação do Coral, com a participação do pessoal do GERO-SAÚDE. No fi nal, a nutricionista Marta Me-

atenção e carinho. Desta forma o dia transcorreu com muita alegria e descon-tração. Um delicioso lanche foi oferecido.

renciana Del Baggio de Freitas – Coordenadora do MAPI, proferiu uma palestra sobre Tricologia e Nutrição. Na ocasião, foi oferecido um café da manhã para os presentes.

Auristela Batista LopesComissão do Jornal

Grupo de Facilitadores do GERO-SAÚDE

Grupo de Facilitadores do GERO-SAÚDE

Auristela Batista LopesComissão do Jornal

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SAÚDE

COLONOSCOPIA - Dúvidas Frequentes

O que é colonoscopia?A colonoscopia é um exame endoscópico que tem o objetivo de avaliar o intestino grosso, chamado também de cólon, e o fi m do intestino delgado, permitindo a realização, se necessário, de procedimentos tais como biópsias e remoção de pólipos e lesões.

Quais são as razões para o médico pedir uma colo-noscopia?O médico pode pedir uma colonoscopia se houver pre-sença de sangue nas fezes; mudança do hábito intestinal (diarréia ou constipação intes-tinal que não ocorriam antes);anemia por defi ciência de ferro sem causa aparente; dor re-tal ou abdominal; história de câncer de cólon ou pólipos na família; resultados anormais de testes de triagem para câncer de cólon, como pesquisa de sangue oculto nas fezes.Em pessoa assintomática, a colonoscopia também pode ser indicada como exame preventivo para verifi car se há pólipos ou câncer no cólon ou reto a partir dos 50 anos. Pólipos são tumores benignos que podem se transformar em câncer, mas que podem ser retirados durante a colonoscopia. Os exames preventivos de câncer

são testes feitos para tentar encontrá-lo precocemente, antes que uma pessoa tenha sintomas. Se for diagnosticado no início, ele pode ser curado ou tratado mais facilmente.

Quais são as contra-indi-cações para a realização da colonoscopia?Todos podem fazer o exame, mas alguns cuidados a mais devem ser tomados com quem tem problemas cardíacos, respiratórios, neurológicos e alergia a medicações. Nestes casos é necessário realizar o exame internado em hospital ou em Hospital-Dia. Contra-indicações relativas:°Infarto do miocárdio recente (ocorrido há menos de seis meses);°Embolia pulmonar recente (ocorrida há menos de seis meses);°Neutropenia (diminuição im-portante das células brancas do sangue);°Gravidez após o segundo se-mestre;°Grande aneurisma de aorta ou de ilíaca;°Grande esplenomegalia (baço de tamanho avantajado). Contra-indicações absolutas:° Abdômen agudo perfurativo;° Diverticulite aguda;° Megacolón tóxico.

O que é necessário fazer an-tes de uma colonoscopia? O cólon precisa estar completamente limpo, ou seja, isento de fezes e resíduos alimentares, que interferem na visualização adequada e na segurança do exame. O preparo tem início na véspera e prossegue no dia da colonoscopia, com a ingestão de laxante que causa diarréia aquosa e limpa completamente o intestino. No entanto, em alguns casos, existe a necessidade de essa limpeza ser feita por meio de

lavagem intestinal.No dia do exame, geralmente é orientado não ir dirigindo e estar acompanhado, pois é re-alizada uma sedação para re-alizar o procedimento.Em relação ao uso de medi-cações, a maioria pode ser utilizada normalmente, mas é importante informar ao médico os medicamentos que estão sendo tomados, especialmente se forem AAS e similar, contra reumatismo, anticoagulantes, insulina, calmante e antidepressivo. Os medicamentos ricos em ferro devem ser interrompidos de dois a três dias antes do exame. Além disso, é recomendado avisar sobre alergias e reações anteriores a medicamentos.

Como é feito o exame? Em uma sala apropriada, o paciente é posicionado confortavelmente sobre a maca, deitado sobre o seu lado esquerdo. Em seguida, ele recebe uma punção na veia para administração de sedativos e analgésicos, bem como a monitorização cardíaca por meio de eletrodos posicionados no tórax e a medição da pressão arterial e da concentração de oxigênio no sangue (não evasiva).O exame tem início com a introdução do aparelho (um tubo fi no com uma câmera e luz) pelo ânus. É necessário injetar pequenas quantidades de ar no intestino durante a re-alização do exame, o que pode causar um desconforto em forma de cólica. Ao término do procedimento, o ar é aspirado, melhorando, assim, o descon-forto.Durante o procedimento, o médico pode fazer um teste chamado de biópsia, que é a retirada de um pequeno pedaço do intestino ou a remoção de tumores. Esse material é encaminhado para análise anatomopatológico.

Dra. Elina Lika KikuchiMédica Geriatra

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Possíveis Problemas em Pés de Diabéticos

Chá de Melissa - Benefícios ao consumir

Pesquisas têm mostrado um aumento considerável de am-putação em pacientes portado-res de diabetes, o podólogo tem um papel muito signifi cativo em pacientes com diabetes. Na grande maioria dos pa-cientes, a lesão no pé resulta, basicamente em dois fatores de risco: “neuropatia perifé-rica” e “pés em risco”. A neu-ropatia leva o paciente a não

Além do delicioso sabor adocicado, a melissa traz diversos benefícios para quem a consome com regularidade. Para os mais ansiosos ela é tida como um santo remédio, já que

uma xícara antes de dormir reduz a ansiedade e o estresse, traz o relaxamento e a qualidade do sono, proporcionando para quem o ingere a merecida tranquilidade. Para o sistema digestivo o chá de melissa também é uma ótima opção, já que elimina os gases, auxilia na digestão e

sentir sensibilidade nos pés e consequentemente essa defor-midade é causadora de uma marcha anormal, (o mesmo que andar de forma errada). O paciente fi ca vulnerável a trau-mas e pequenas lesões, por qualquer objeto perfurante, cor-tante, etc. Quando o paciente usa calçado inadequado, fi ca viabilizado o aparecimento de úlceras. O “andar errado” fa-vorece o surgimento de calosi-dades, que quando agravadas tornam-se úlceras. Isso tudo acontece porque o paciente não sente dor, e quando não diagnosticada e devidamente tratada, esta úlcera pode ser-vir como receptor de infecções, agravando ainda mais a situ-ação. O risco de amputações dos membros inferiores nestes pacientes, é bem maior do que em pacientes não diabéticos.

PrevençãoMuitas pesquisas mostram que antes da amputação, é possível tratar, controlar ou prevenir tais

Maria de Fátima das DoresPodóloga

acontecimentos. Daí a importância dos podólogos(as) que terão um papel fundamental na vida destes pacientes, alertando-os, prevenindo-os, educando-os e prontos a observar qualquer mudança que possa ocorrer, assim como a coloração dos pés, fator muito importante, deve-se evitar que o pé fi que cianótico (de cor arroxeada).

Dicas Importantes para o Diabético° Manter os pés sempre aque-cidos;° Não deixá-los úmido. ° Não fumar e sentar-se de per-nas cruzadas, pois diminui o suprimento de sangue que vai para os pés. ° Nunca corte suas unhas de forma errada, nem retire calos. ° Não use meias apertadas. ° Procure um profi ssional da podologia, pois ele é a pessoa certa para orientá-lo.

Quais são as orientações após a colonoscopia?O paciente é encaminhado na própria maca para a recu-peração, durante a qual será acompanhado até que a maio-ria dos efeitos da medicação desapareça. Após a alta médi-ca da recuperação, o paciente pode retornar ao seu quarto de origem ou ir para casa, lem-brando que o paciente deve sair acompanhado.

Depois de feito o exame, o paciente pode sentir o abdô-men um pouco distendido e ter cólicas, que melhoram com a eliminação dos gases. A ali-mentação em casa deve ser a de sempre, salvo se houver recomendações inerentes ao exame que serão fornecidas, quando necessário, pelo mé-dico examinador.

Quais são as possíveis com-

plicações do exame?Todos os procedimentos mé-dicos envolvem algum risco, mas as complicações decor-rentes do exame de colonosco-pia são muito raras. As mais temidas são a hemorragia e a perfuração, que podem ocorrer com mais frequência quando algum procedimento terapêu-tico endoscópico for realizado.

Fonte: Adaptado de Up ToDate e Hospital Sirio Libanês

proporciona bem estar mesmo após refeições consideradas pesadas. Protege, também, de doenças cardiovasculares, e combate náuseas, cólicas menstruais e enxaquecas. Consuma-o, preferencialmente, antes de dormir. Não é recomendado ingeri-lo muitas vezes por dia, já que ele promove o relaxamento e você talvez perca parte da energia que precisa para efetuar suas atividades. Se quiser beber o chá de melissa mais de uma vez, não há contra indicações, mas opte por fazer a partir de umas 4 horas antes de seu horário de dormir, para ter uma noite tranquila e acordar devidamente revigorado.

Texto extraído da Internet

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Estou Só

Estou todo encolhido dentro de uma bolha como bexiga, cheia de líquido como água. Estou só! Não sinto outro ser ao meu lado. Sentindo-me só, fi co ansioso, quero sair, libertar-me daquele lugar como prisão. Na ansiedade, movimento-me ali! Deu algum resultado aquele meu movimento, pois ouço vozes, e estão dizendo: Mexeu, Sinta! Coloque sua mão aqui, está sentido? Não! Não estou sentindo.Estou só! Vocês não estão vendo? Tirem-me daqui, es-tou só !Novamente as vozes: Mexeu outra vez! Acho que ele está doidinho para sair e tem razão, tá chegando a hora!Estou só! Mas muitas vezes tenho ouvido vozes dizendo: Pai, permita que ele esteja bem, perfeito e saudável. Ah! Deus, permita essas bênçãos e, eu Te agradecerei e louva-rei para sempre.

ESPAÇO LIVRE

Continuo só! Preciso sair pra conhecer de quem são aque-las vozes boni-tas e, que eu gosto e, que me alegram e me confortam nesta solidão. E tam-bém quero saber quem é e como é esse Deus de quem tanto ouço falar. E, as-sim pensando, remexo-me den-tro da bolha com mais insistência, com mais violên-

cia. Xiii ! O líquido como água está saindo! Está esvaziando minha bolha! E agora? Ouço a voz bonita dizer: Chegou a hora, a bolsa furou! Corra... Vá buscar a parteira! Ele vem vindo, vem chegan-do. Corra...Ainda estou só! Porém sinto que algo está acontecendo lá do outro lado da minha solidão e é algo bom! Porque estou sentindo arrepios es-quisitos, gostosos. Ouço mui-tas vozes dizendo muitas coi-sas que não entendia.Somente uma eu conseguia entender, dizendo em alto tom: Força...mulher! Força...! Ele vem chegando, coragem! Força, vamos!De repente, sinto forte claridade, algo está segurando meus pés e alguma coisa bate em minha bundinha! Ardeu... E eu comecei a falar, ou era chorar? Não sei, ainda não sabia onde estava e se estava só! Um ruído de

coisa líquida como na bexiga onde eu só estava, comecei a ouvir e sentir meu corpinho envolver com uma voz dizer: É um meninão!!! E é bonito... Gordinho... Forte e saudável... Uma beleza! Ouço muitas vozes bem próximas. Será que continuo só? Ou será que fi nalmente não estou só!Em seguida, sinto um calor-zinho gostoso. Estou sendo segurado e acariciado macia-mente por alguém, e esse al-guém eu conheço.E quando fala comigo eu reconheço aquela linda voz, a que mais eu ouvia quando só estava!E eu abro meus olhos e a primeira coisa que vejo neste mundo era um bonito rosto de mulher sorridente, radiante com dois lindos olhos verdes a me fi tar.E, então, carinhosamente ela faz chegar a meus lábios o bico de um de seus seios e começa a me alimentar, para que eu me fortalecesse, crescesse e conhecesse outros sentimentos, além daquele primeiro. Estou só? Não! Não estou mais só.

Duvide da palavra de um homem, mas nunca de um homem

de palavra.

Viva de maneira que sua

presença não seja notada,

mas que sua ausência

seja sentida.

O destino não é uma questão de sorte, é uma questão de escolha.

Não é algo para se esperar, é algo para se conquistar.

Ismael Saes de OliveiraFonte: Internet

site Encanto e Poesia

Foto do arquivo pessoal de NP Bertaglia

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Hoje a festa é nossa! É sua! É de quem veio!

GAMIA 30 anos você faz.30 x 30 igual a 900. Mais ou menos são filhos teus. Com seus voluntários persis-tentes. Que família linda você criou.Eu também me sinto em casa, pois também sou um filho teu.

Aqui ganhei 30 irmãos, 15 verdes e 15 amarelos. Conto as horas, conto os dias, para a quarta-feira chegar. É com carinhos dos nossos professores, que vem nos ensinar.

O GAMIA ensinou a tantas pessoas como rejuvenescer. GAMIA, já sou seu aliado, quero sempre estar ao seu lado, para nunca envelhecer.GAMIA tu és abençoado muito bem plantado e,

muitos galhos você tem. Já estou apegado aos teus galhinhos e quero regar teus pezinhos para sempre florescer. Como foi bom te conhecer GAMIA.

Este lugar é abençoado, pois também Deus mora aqui. GAMIA, quem te conhece, não te esquece jamais. Se fosse uma mulher, eu seria teu namorado.

Comunicados “GERO-SAÚDE”

A Borboleta - O Ciclo da Vida

Ciclo de Palestras

As palestras são realizadas às segundas-feiras, nas 1ª, 3ª e 4ª semanas de cada mês, das 14h às 16 horas, no Anfiteatro do Instituto da Criança, com palestras sobre envelhecimento, ministradas por profissionais da área de saúde.

Os folhetos com a programação, estão à dis-posição de todos no Espaço PROPES Prédio (amarelo) dos Ambulatórios - Subir a Rampa (entre o 5º e 6º andar).

Lembro-me de uma manhã em que eu havia descoberto um casulo na casca de uma arvore no momento em que a borboleta rompia o invólucro e se preparava para sair.Esperei bastante tempo, mas estava demorando muito e eu estava com pressa.

Irritado, curvei-me e comecei a esquentá-la com meu hálito. Eu a esquentava impaciente e o milagre começou a acontecer diante de mim a um ritmo mais rápido que o natural. O invólucro se abriu e a borboleta saiu se arrastando.

Nunca hei de esquecer o horror que senti então: suas asas ainda não estavam abertas, em todo o seu corpinho que tremia, ela se esforçava para desdobrá-las.

Fórum

O Fórum acontece às 2as segundas-feiras de cada mês, das 12h às 13h30 no Anfitea-tro do Instituto da Criança, para o encontro de gamistas em geral, participantes dos pro-jetos do GERO-SAÚDE e demais interessa-dos. No Fórum, coordenado pela psicóloga Valmari Cristina Aranha, são comunicados os projetos em andamento, passeios, cur-sos, visitas e outros assuntos de interesse geral.

Endereço do AnfiteatroRua Dr. Enéas de Carvalho Aguiar, 647,

a poucos metros do Metrô Clínicas, à direita da saída do túnel do Metrô.

José CascioneGamia 2014

Curvado por cima dela, eu a ajudava com o meu hálito. Em vão: era necessária uma paciente matu-ração e o desenrolar das asas devia ser feita lenta-mente, ao sol. Agora era tarde demais. Meu sopro obrigara a borboleta a se mostrar toda amarrotada antes do tempo. Ela se agitou desesperada e, alguns segundos de-pois, morreu na palma da minha mão.

Aquele pequeno cadáver é, eu acho, o peso maior que tenho na consciência. Pois, hoje entendo bem isso, é um pecado mortal forçar as grandes leis.

Temos que não nos apressar, não ficar impacientes e seguir, com confiança, o ritmo eterno da vida.

Texto extraído do livro “ZORBA O GREGO’,de Nikos Katzantkis