Zilda Arns Neumann Francisca Edwiges Neves Gonzaga...

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Ano 16 / Edição 63 / Março de 2018 / Tiragem: 500 Exemplares / Distribuição Gratuita 1 Foi uma médica pediatra e sanitarista brasileira, indicada várias vezes pelo governo brasileiro ao prêmio Nobel da Paz, morreu aos 75 anos, em 2010 no terremoto do Haiti. Fundadora e coordenadora internacional da Pas- toral da Criança, organismo que tem como obje- tivo a promoção do desenvolvimento integral de crianças entre 0 e 6 anos de idade, Zilda ajudou a derrubar a mortalidade infantil no Brasil de 62 para 20 mortes por mil, na década de 80. Nasceu no Rio de Janeiro, em 17/10/1847, filha de pai (militar) e mãe (filha de escrava), cresceu e se educou num período de grandes transformações na vida da cidade. Conhecida popularmente como “Chiquinha Gonzaga” aos 18 anos, a paixão pela música, tinha o desejo e a ambição de fazer mais do que a sociedade esperava de uma mulher. Escreveu 77 peças teatrais, compôs mais de duas mil músicas e compôs a primeira marchinha de Carnaval da história: “Ô Abre Alas”. Foi ativa nos movimentos feministas, republicanos e abolicionistas até a sua morte, em 1935. Imagens e textos extraídos da internet Nelson Pedro Bertaglia Comissão do Jornal Para Todas as Mulheres Dia oito de março se comemora o dia “Internacional Da Mulher”, mulheres sábias e guerreiras, sempre lutando pelos seus direitos, direitos estes que deveriam ser respeitados, mas que infelizmente, por causa do machismo, ainda continuam não existindo. As mulheres conseguem ser multifacetadas: Exemplos: Mãe, esposa, amante, namorada, amiga, do lar e fora dele, no trabalho, na política e por aí vai ... Deveriam ser reconhecidas, valorizadas e aclamadas pelas conquistas alcançadas. Parabéns mulheres pelo seu dia! Dia esse que tinha que ser lembrado sempre, simplesmente por ser mulher. Auristela Batista Lopes Comissão do Jornal Zilda Arns Neumann Sanitarista Francisca Edwiges Neves Gonzaga Chiquinha Gonzaga

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Ano 16 / Edição 63 / Março de 2018 / Tiragem: 500 Exemplares / Distribuição Gratuita

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Foi uma médica pediatra e sanitarista brasileira, indicada várias vezes pelo governo brasileiro ao prêmio Nobel da Paz, morreu aos 75 anos, em 2010 no terremoto do Haiti.Fundadora e coordenadora internacional da Pas-toral da Criança, organismo que tem como obje-tivo a promoção do desenvolvimento integral de crianças entre 0 e 6 anos de idade, Zilda ajudou a derrubar a mortalidade infantil no Brasil de 62 para 20 mortes por mil, na década de 80.

Nasceu no Rio de Janeiro, em 17/10/1847,filha de pai (militar) e mãe (filha de escrava), cresceu e se educou num período de grandes transformações na vida da cidade.Conhecida popularmente como “Chiquinha Gonzaga” aos 18 anos, a paixão pela música, tinha o desejo e a ambição de fazer mais do que a sociedade esperava de uma mulher.Escreveu 77 peças teatrais, compôs mais de duas mil músicas e compôs a primeira marchinha de Carnaval da história: “Ô Abre Alas”. Foi ativa nos movimentos feministas, republicanos e abolicionistas até a sua morte, em 1935.

Imagens e textos extraídos da internetNelson Pedro Bertaglia

Comissão do Jornal

Para Todas as Mulheres

Dia oito de março se comemora o dia “Internacional Da Mulher”, mulheres sábias e guerreiras, sempre lutando pelos seus direitos, direitos estes que deveriam ser respeitados, mas que infelizmente, por causa do machismo, ainda continuam não existindo. As mulheres conseguem ser multifacetadas: Exemplos: Mãe, esposa, amante, namorada, amiga, do lar e fora dele, no trabalho, na política e por aí vai ...Deveriam ser reconhecidas, valorizadas e aclamadas pelas conquistas alcançadas.Parabéns mulheres pelo seu dia! Dia esse que tinha que ser lembrado sempre, simplesmente por ser mulher.

Auristela Batista LopesComissão do Jornal

Zilda Arns NeumannSanitarista

Francisca Edwiges Neves GonzagaChiquinha Gonzaga

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NOTÍCIAS

GAMIA 2018Bem-vindos Amigos e Amigas

Lazer e Cultura

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É com muita alegria que recebemos os gamistas de 2018, acontece todo mês de março na primeira se-mana, quando se apresentam a eles todos os profis-sionais que ficarão durante todo ano dando suporte e orientação para envelhecer com saúde, tendo qualidade de vida. Os gamistas virão toda quarta-feira ao Hospital das Clinicas para maior interação, fazendo novos amigos, muita união, e companheirismo. Seguindo a vida com mais facilidade e leveza, podendo es-tender aos familiares e amigos, o que aprenderem. “Porque saúde não tem idade”, só precisa de cora-gem e boa vontade para viver bem. Prevenindo-se contra doenças, sempre atentos às orientações dos médicos. Os novos gamistas terão oportunidade de participa-rem de festas, passeios, palestras e de eventos do Programa GEROSAUDE. Sejam todos bem vindos entre nós, que fazemos parte desse programa. Comissão do Jornal

Olá! Esperamos que as festividades de virada de ano tenham sido proveitosas para todos. E estamos aqui para dar dicas de locais super legais e contribuir para seu lazer e de toda família. Ah!... E, não es-queça que estamos aguardando

suas dicas de eventos na sua região e comunidade, sempre com muita antecedência para divulgarmos nas próximas edições, em tempo e não depois que acontecerem, OK ?

VISITE:

JAPAN HOUSECriada pelo governo japonês aqui no Brasil/ São Paulo (também em Londres e Los Angeles), tra-zendo um inovador intercâmbio intelectual entre a cultura japonesa e o resto do mundo.Para maiores detalhes visite o site:www.japanhouse.jp/saopaulo/visit/page103100021 ou ligue no telefone 3090-8900. Fica na Av. Paulista , nº 52.

Grupo Verde

Antonio Inacio de FariaEraldo José L. MarquesIsabel GonçalvesIoshico O. ArakakiIsaura T. kenamiJoão Alves da SilvaJoselito Eduardo SantosLaudelice E. MaedaLeiko Mizumoto SeguiMamiko KoikeMaria Aparecida NegriniMoacyr Garcia MartinsNeusa Alina FuchsPalmiro Ricardo CarraciolaSatiko Fukusaw

Grupo Amarelo

Alberto T. ShinoharaAlice K. NakanoCibelli Rocha MenezesDagmar RodriguesElza Fernandes FrancoGemima Sanches AbasGeraldo SpacassassiInez BlancoJosé Jurandio A. LealLuiz Marcos AlvesManoel A. dos Santos Marlene Augusta SilvaMitiko KagueyamaToshi SasaiYukiko I. Yamaçake

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SAÚDE

O que é acupuntura?

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Como funciona?Graças às pesquisas científicas realizadas nos úl-timos cinquenta anos, tanto na China como no Ocidente, os efeitos da Acupuntura vêm sendo desvendados. Seu mecanismo de ação tem sido demonstrado à luz da ciência atual, tendo bases fisiológicas. A inserção da agulha de Acupuntura estimula terminações nervosas existentes na pele e nos tecidos subjacentes, principalmente nos múscu-los. A “mensagem” gerada por esses estímulos se-gue pelos nervos periféricos até o sistema nervoso central (medula e cérebro). Então, é deflagrada a liberação de diversas substâncias químicas conheci-das como neurotransmissores, desencadeando uma série de efeitos importantes, tais como, analgési-co, anti-inflamatório e relaxante muscular, além de uma ação moduladora sobre as emoções, os siste-mas endócrino e imunológico e sobre várias outras funções orgânicas.

Quais são as indicações?O campo de atuação da Acupuntura é amplo, de- vido a sua própria natureza e mecanismos de ação, pois são estimuladas substâncias químicas que atu-am em múltiplas regiões do sistema nervoso. Tanto nas pesquisas clínicas, como na prática diária, tem-se observado uma grande eficácia da Acupuntura no tratamento de inúmeras doenças e disfunções orgânicas: neurológicas, psiquiátricas, ortopédicas, respiratórias, reumatológicas e digestivas, entre ou-tras. Assim sendo, a Organização Mundial de Saúde (OMS) elaborou uma extensa lista de doenças tratáveis pela Acupuntura. Entretanto, inúmeros estudos científicos rigorosos realizados em todo o mundo têm feito essa lista de indicações crescer cada vez mais.

Como é feito o atendimento em Acupuntura?É bem mais do que “inserir agulhas no corpo”.

PARQUE DE CAMA ELÁSTICAJá ouviu falar nos Parques de Cama Elástica? Não? São espaços voltados para atividades físico-lúdicas, que vêm crescendo no mercado de lazer no Esta-do de São Paulo, devidamente monitoradas. Uma oportunidade de diversão com amigos e família, e ao mesmo tempo praticar coordenação motora, equilíbrio, melhorar as funções cardiovascular, etc. Observe como está seu último check-up e se per-mita passar um tempo de novas descobertas e sair da rotina.

Francisca F. dos ReisAdilia de Oliveira Malta

Comissão do Jornal

ESPAÇO CULTURAL “ITAÚ”Eventos gratuitos às 3ª feiras - Cinema. De 5ª feira a domingo: teatro, dança e música.Mais informações, visite o Site: www.itaucultural.org.br ou Telefone para 2168-1700.Fica na: Av Paulista, 149.

BAILE PARA TERCEIRA IDADEHá quanto tempo você não dança? Nunca dançou? Pois saiba que pesquisas científicas vêm sendo di-vulgadas sobre os benefícios que esta atividade traz para o nosso corpo e mente. Combine com amigos e vá se distrair, complementando também seus cuida-dos para melhoria da qualidade de vida. Pesquise e converse com pessoas sobre locais tradicionais de Dança ou mesmo Escolas de Dança de Salão. Estudos dizem que em uma hora de dança podem-os queimar até 700 calorias.

Dr. Athos Muniz BranãMédico Residente de Acupunturado Serviço de Geriatria do HC

Originária da China, a Acupuntura é um método terapêutico que se caracteriza pela inserção de agu-lhas na superfície corporal, para tratar doenças e promover a saúde. Ela é reconhecida como especia- lidade médica desde 1995 pelo Conselho Federal de Medicina. Profa. Dra. Yolanda Maria Garcia

Médica Geriatra

As pessoas têm medo de mudanças. Eu tenho medo que as coisas nunca mudem.

Chico Buarque

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Essa é apenas uma das etapas de uma série de pro-cedimentos encadeados, que obedece à mesma se-quência de uma consulta médica de qualquer outra especialidade. Assim sendo, durante a anamnese, as queixas e a história do paciente são ouvidas e anotadas. A seguir, é realizado um exame físico e são solicitados e interpretados exames complemen-tares quando necessários. Isso permite ao médico a elaboração de um diagnóstico clínico. Só então, ele poderá decidir se a Acupuntura está indicada naque-la situação clínica e se há necessidade de prescre-ver alguma medicação, bem como associar outra forma complementar de tratamento. Finalmente, o médico poderá estabelecer um prognóstico, infor-mando o paciente sobre as possibilidades de suces-so do tratamento empreendido e de suas limitações no seu caso em particular. Eventualmente ele poderá ser encaminhado, caso necessário, a um médico de outra especialidade, para uma avaliação, ou mesmo, para a continuidade de seu tratamento.

Quais os profissionais habilitados para a sua prática?Os únicos profissionais de saúde do país, que, por lei, detêm o direito de diagnosticar doenças, prescrever medicamentos e realizar procedimentos invasivos, são os médicos, os cirurgiões-dentistas e os médicos veterinários. O Colégio Médico Bra-sileiro de Acupuntura (CMBA) defende que a práti-ca da Acupuntura, no Brasil, seja realizada por es-tes profissionais, nos seus respectivos campos de atuação. Este entendimento foi corroborado pela Justiça Federal, por meio de vários acórdãos do Tri-bunal Regional Federal da 1ª Região

É preciso interromper outros tratamentos?Não, pois na grande maioria das vezes, a asso-ciação da Acupuntura com outras formas de tra- tamento não apenas é possível, como é benéfica para o paciente. Porém, somente após a realização de uma consulta com a definição de um diagnósti-co, o médico poderá determinar qual o tratamento mais adequado para cada quadro clínico. Desse modo, poderá associar à Acupuntura outros mé- todos de tratamento, inclusive medicamentos.

As agulhas podem transmitir doenças?A normatização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) concernente à prática da Acu-puntura determina que ela seja realizada exclu-sivamente com material descartável. Infelizmente, profissionais sem formação adequada insistem na reutilização das agulhas. Por esse motivo, a litera-tura médica tem registrado grande número de rela-tos de pessoas vitimadas por doenças transmitidas por agulhas de Acupuntura. Dentre essas, encon-tram-se: hepatites, meningites, encefalites, etc. Por-tanto, cabe ressaltar que as agulhas nunca devem ser reaproveitadas, nem no mesmo paciente, pois uma vez retiradas da sua embalagem original, sua contaminação é certa.

A sua prática pode envolver complicações?A Acupuntura realizada por médicos especialistas é segura. No entanto, quando praticada por profis-sionais não habilitados há um grande aumento dos riscos, desde os acidentes e contaminações ligadas à inserção de agulhas, até as complicações resul-tantes da falta de um diagnóstico clínico adequado, como, por exemplo, retardar o início de um trata-mento importante.

A acupuntura é uma boa opção para idosos?Sim, embora, como todos os outros tratamentos nessa fase da vida, o diagnóstico é mais difícil de ser feito e os resultados são muito mais lentos. No entanto, para idosos, tratamentos que não envolvam medicamentos apresentam muitas vantagens, como menor risco de efeitos colaterais e menor interação entre diferentes medicamentos, já que nessa fase da vida costumamos ter mais doenças crônicas e precisar usar mais remédios. Por isso, mesmo que sejamos obrigados a realizar mais sessões e a adotar técnicas mais sofisticadas, temos certeza que usar acupuntura, principalmente em associação com as técnicas modernas é uma excelente opção para idosos.O Serviço de Geriatria do HCFMUSP dispõe de um ambulatório de acupuntura dedicado exclu-sivamente aos seus pacientes. O encaminha- mento deverá ser feito pelo geriatra responsável pelo paciente e todas as sessões de acupun-tura são registradas no prontuário do paciente. O grupo de acupuntura do Serviço de Geriatria da FMUSP tem como prioridade oferecer um tratamen-to que se integre ao tratamento clínico do idoso e em manter contato constante com os outros profissio- nais que cuidam de sua saúde.

CaptaçãoAntonio Volpato

Comissão do Jornal

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DESCONTRAÇÃO

O Prédio Martinelli impressionava não só pelas dimensões, como pela rica ornamentação e luxuo-so acabamento: portas de pinho de Riga, escadas de mármore de Carrara, vidros, espelhos e papéis de parede belgas, louça sanitária inglesa, elevadores suíços, tudo o que havia de melhor na época; paredes das escadas revestidas de marmorite, pintura a óleo nas salas a partir do 20º andar, 40 quilômetros de molduras de gesso em arabescos.

O prédio possui reentrâncias, co-muns nos hotéis norte-america-nos da época, para ventilação e iluminação, e apresentam as três divisões básicas da arquitetura clássica: embasamento, corpo e coroamento. O embasamento é revestido de granito vermelho; no coroamento, falsa mansarda de ardósia. O corpo é pintado em três tons de rosa e recoberto de massa cor-de-rosa, uma mistura de vidro moído, cristal de rocha, areia mui-to pura e pó de mica, que fazia a fachada cintilar à noite. O reves-timento tem três tons de rosa. O Martinelli inspirou a Oswald de Andrade a chamar pejorativa-mente São Paulo de “cidade bolo de noiva”.Entre os inquilinos do prédio: parti-dos políticos como o PRP, jornais, clubes (entre eles o Palmeiras e a Portuguesa), sindicatos, restau-rantes, confeitarias, boates, um hotel (São Bento), o cine Rosário,

a escola de dança do professor Patrizi. O tino comercial do Comendador Martinelli se revelava até nas empenas cegas do prédio, que serviam de outdoor gigante para divulgação de uma série de pro-dutos, entre eles a pasta dental “Elba”, o café “Bhering” e a aguar-dente “Fernet Branca”, importa-da pelo próprio Martinelli. Mesmo antes de sua conclusão, o prédio já havia se tornado um símbolo e ícone de São Paulo. Em 1931, quando o inventor do rá-dio Guglielmo Marconi visitou a ci-dade de São Paulo, foi levado até o topo do edifício. O Zeppelin quando sobrevoou a cidade em 1933, deu uma volta em torno do Martinelli.Contudo, para o Comendador a construção do prédio acarretou sérios problemas financeiros e, em 1934 foi forçado a vender o edifício para o governo da Itália. Em 1943, com a declaração de guerra do Brasil ao eixo, todos os bens italianos foram confiscados e o Martinelli passou a ser proprie-dade da União, tendo inclusive sido rebatizado com o nome de Edifício América.Com o fim da II Guerra, a cidade entrou em uma fase de enorme progresso que se refletiu em um boom imobiliário. Em 1947 o Marti-nelli perdeu o título de prédio mais alto de São Paulo para o vizinho Edifício do Banco do Estado. Porém o prejuízo foi a construção da massa gigantesca do Banco do Brasil do outro lado da Av. São João no início dos anos 50, fazen-do sombra ao Martinelli – que se tornou assim vítima da própria ver-ticalização da cidade, da qual tinha sido pioneiro.Nas décadas de 60 e início de 70, o prédio entra em rápida decadên-cia por uma série de fatores. O prédio se torna uma favela verti-cal, ocupado por famílias de baixa

renda (o Martinelli era uma das poucas opções de moradia barata no centro) em péssimas condições de salubridade. O cenário é de um verdadeiro filme de terror. Nos corredores compridos e som-brios, onde crianças brincavam em meio à promiscuidade, es- preitavam ladrões e prostitutas. Os elevadores pararam de funcio-nar; o lixo deixou de ser recolhido e passou a ser jogado nos poços de ventilação, as montanhas de lixo atingiam dezenas de metros de altura, e permeavam o prédio com um cheiro de morte.O Martinelli passou a ser cenário de vários crimes de grande reper-cussão nos anos 60, como o do menino Davilson, violentado, es-trangulado e jogado no poço do elevador. O assassino nunca foi encontrado. Em meio à miséria e à degradação humana, uma igreja evangélica funcionava no 17º an-dar, atraindo os infelizes e deses-perançados moradores do edifício.

(Esta matéria finaliza na próxima edição, quando abordará a reti-rada dos moradores invasores, a restauração e modernização do prédio e sua atual ocupação)

Textos extraídos da InternetSilvino Barros de Souza

Comissão do Jornal

História do Prédio Martinelli – Parte III

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ESPAÇO LIVRE

Aprendi a Sonhar Menos

Aprendi a sonhar menos, a dese-jar menos, a mudar menos, a ser menos egoísta, a me cuidar mais, a dar tempo ao tempo, depois de vividos 79 anos, sempre na expectativa de viver em um país melhor, mais desenvolvido, dis-ciplinado, respeitoso, repleto de responsabilidades individuais e coletivas, principalmente aquelas emanadas dos nossos dirigentes.É com tristeza que vejo serem condenados em tribunal de se-gunda instância alguns políticos do nosso País, não pelo que eles não merecessem, mas pelo fato de tratar-se de legisladores da

alta Câmara onde se produzem as leis que governam esta nação, a fi m de torna-la digna e respei-tada, e que no caso do Brasil é o contrário, o que é muito ver-gonhoso. Políticos que milhões de brasileiros confi aram, acreditando que em suas expectativas, pelo menos dessa vez, haveria gover-nança do bem para todos, conse-quentemente, a possibilidade de estarmos vivendo esse vexame seria quase nula.Jamais nos meus recônditos so-nhos imaginei viver um pesadelo deste; isto só pode ser pesadelo, não há outra explicação. A nação brasileira destroçada em suas necessidades primárias, faltando de tudo para os mais necessita-dos e o que se vê é um festival de corrupção, de descaso com o bem público, apropriações e van-tagens indevidas as mais diversas pela maior parte da elite dirigente. Projetos sérios não se constroem, ninguém quer perder, abrir mão de suas vantagens, de seus pri-

vilégios/regalias em benefício da nação, enquanto isso a edifi cação da nação vai..., vai..., vai a passos de tartaruga, até quando?Mas nem tudo está perdido, vamos lá meus guerreiros, não batam em retirada, os inimigos de todos nós estão aí para serem combatidos/derrotados e a batalha será nas urnas.Está chegando a hora e a opor-tunidade de transformarmos este amado País chamado BRASIL, ZIL, ZIL, ZIL...!

Imagens extraídas da internet

Luiz Beatriz de SouzaComissão do Jornal

POMBA, Símbolo da Paz

Depois que as chuvas cessaram quando teve o dilúvio, Noé soltou duas aves, a primeira foi um uru-bu que não voltou para a Arca, a segunda foi a pomba que voltou trazendo no bico um ramo deoliveira, talvez por ter retornado para a Arca, tenha ganhado otítulo: “Símbolo da Paz”.

Em muitas comemorações e eventos, as pombas são soltas, sendo a parte mais importante da festa.Existem muitos tipos de pombos, como: as que foram mensageiros de Guerras, as que sempre ve-mos nas praças e nas ruas nas cidades.Aquele pássaro que é o Símbolo da Paz: Hoje como convivemos com eles? É bem aceito por nós? Convivemos com eles “numa boa”?Foi sim um pássaro de estimação e bem tratados pelos homens, mas o tempo passou, tudo mudou e hoje este pássaro procura seu alimento nas ruas e tem que dividir com seus concorrentes como os

urubus, ratos, cachorros, pardais, entre outros.A palavra paz quer dizer amor, humildade, carinho, ternura. Esse conjunto de palavras devia ser exercido pelo ser que racioci-na ou melhor, o ser humano, que devia exercer a palavra “Paz”.Se o dia primeiro de dezembro é considerado o “Dia da Paz”, porque não vivermos os 365 dias do ano em Paz, o que seria ma-ravilhoso.Vamos todos viver em Paz em homenagem ao “Símbolo da Paz” que é a pombinha.

José Cascione (Zico)Comissão do Jornal

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A Grande História de um Plebeu

O Caminho de Volta

Um jovem chega para um dirigen-te de uma igreja e diz: - Não virei mais trabalhar! O dirigente então respondeu: - Mas por quê? O jo-vem respondeu: - Ah! eu vejo a irmã que fala mal de outra irmã; o irmão que não lê; o grupo de es-tudo que vive se desviando do assunto doutrinal; as pessoas que durante as palestras ficam olhan-do o celular ou conversando, en-tre tantas e tantas outras coisas erradas que vejo fazerem.Disse-lhe o dirigente: - OK! Mas antes quero que você me faça um favor; pegue um copo cheio de

água e dê três voltas pelo recinto sem derramar uma gota de água no chão. Depois disso Você pode sair e não voltar mais.E o jovem pensou: Muito fácil! E ele deu três voltas conforme o di-rigente lhe pedira. Quando termi-nou disse: - Pronto. E o dirigente respondeu: - Quando você estava dando as voltas, você viu a irmã falar mal da outra? O jovem: - Não. - Você viu as pessoas recla-marem uns dos outros? O jovem: - Não. - Você viu alguém olhando o celular? O jovem: - Não, não sei o porque?

O dirigente: - Você estava focado no copo para não derrubar a água, o mesmo é a nossa vida, quando o nosso foco for apenas JESUS e a caridade, não teremos tempo de ver os erros das pessoas.Quem sai da doutrina por causa das pessoas, nunca entrou por causa de JESUS. Pare e pense, estamos ali por amor aos nossos irmãos e não para ficarmos obser-vando e sim orando.

Autor DesconhecidoOlinda Castilho Escobal

Comissão do Jornal

Já estou voltando:

Só tenho 50 anos e já estou fazendo o caminho de volta. Até o ano passado eu ainda estava indo morar no apartamento mais alto do prédio mais alto do bairro mais nobre. Indo comprar o carro do ano, a bolsa de marca, a roupa da moda. Claro que para isso, durante o caminho de ida, eu fazia hora extra, fazia serão, fazia dos fins de semana eternas segun-das-feiras.

Até que um dia, meu filho quase chamou a babá de mãe! Mas, com quase cinquenta, eu estava chegando lá. Onde mesmo? No que ninguém conseguiu responder. Eu imaginei que quan-do chegasse lá; ia ler uma placa com a palavra “Fim”, antes dela avistei, a placa “Retorno” e, nela mesmo, dei meia volta.Comprei uma casa no campo (maneira chique de falar, mas ela é no meio do mato mesmo). É longe que só a gota serena! Longe do pré-dio mais alto do bairro mais chique, do carro mais novo, da hora extra, da babá quase mãe.

Agora tenho menos dinheiro e mais filhos.Menos marca e mais tempo. E não é que meus pais quando eu morava no bairro nobre me visitava qua-tro vezes em quatro anos, agora vem pra cá todo final de semana. E meu filho anda de bicicleta, eu rego as plantas e meu marido descobriu que gosta de caminhar (principalmente quando os ingredien-tes vem da horta que ele mesmo plantou).Por aqui quando chove a internet não chega. Fico torcendo que chova, porque é quando meu filho, es-pontaneamente por falta do que fazer mesmo, abre um livro e lê. E no que alguém diz: “a internet voltou?” Já é tarde demais, porque o livro já está melhor que o Facebook, o Instagram e o Snapchat juntos”.Aqui se chama “ALDEIA” é tal como uma aldeia indí-gena, vira e mexe eu faço dança da chuva, o chá com a planta, a rede de cama. Aos domingos, converso com os vizinhos. Nas segundas, vou trabalhar, con-tando as horas para voltar, aí eu me lembro da placa “Retorno” e acho que nela deveria ter um substitu-to que diz assim, “Retorno, ultima chance de você salvar sua vida”.Você provavelmente ainda está indo. Não é culpa sua, é culpa do comercial que disse “Compre um leve dois”. Nós da banda de cá, esperamos sua visita. Porque sim, mais dia menos dia, você também vai querer fazer o caminho de volta.Cuide do seu tempo, cuide da sua família, que em 2018 possamos encontrar a placa de “Retorno” e valorizar o que realmente é importante.

Teta Barbosa: Jornalista publicitária de RecifeTexto e imagem extraídos da internet

Olinda Castilho EscobalComissão do Jornal

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O Valor de um Grupo

Um homem comparecia assidua-mente às reuniões de um Grupo de Amigos, e sem comunicar a ninguém, deixou de participar de suas atividades. Depois de algu-mas semanas, um amigo integran-te desse grupo, decidiu visitá-lo. Era uma noite muito fria, o amigo o encontrou na sua casa, sozinho, sentado diante da lareira, onde o fogo estava brilhante e acolhedor.Adivinhando o motivo da visita do seu amigo lhe deu as boas vindas e aproximando-se da lareira lhe ofereceu uma cadeira grande em frente à chaminé e ficou quieto, esperando.Nos minutos seguintes, houve um grande silêncio, pois os dois homens somente admiravam a dança das chamas em volta dos troncos de lenha que queimavam.Depois de alguns minutos, o ami-go examinou as brasas que se formaram e cuidadosamente es-colheu uma delas, a mais incan-descente de todas, empurrando-a para fora do fogo. Sentando-se

novamente, permaneceu silencio-so e imóvel.O anfitrião prestava atenção a tudo, fascinado e também quieto. Dentro de pouco tempo, a chama da brasa solitária diminuiu, até que após um brilho discreto e mo-mentâneo, seu fogo apagou em um instante mínimo.Dentro de pouco tempo, o que an-tes era uma festa de calor e luz, agora não passava de um frio morto e preto pedaço de carvão, recoberto de uma camada cinza espessa.Nenhuma palavra tinha sido pro-nunciada desde a protocolar saudação inicial entre os dois amigos!Antes de preparar-se para ir em-bora, o amigo, movimentou no-vamente o pedaço de carvão já apagado, frio e inútil, colocan-do-o novamente no meio do fogo. Quase que imediatamente voltou a desprender-se uma nova cha-ma, alimentado pela luz e o calor das labaredas dos outros carvões

em brasa e ao redor dele. Quan-do o amigo se aproximou da porta para ir-se embora, seu anfitrião lhe disse:

Obrigado pela sua visita e pelo belíssimo sermão. Retornarei ao grupo de amigos que muito bem sempre me faz.

Para reflexãoAos amigos membros de um gru-po, sempre vale a pena lembrar, que eles fazem parte da “chama” do grupo e que separado do mes-mo perdem todo seu brilho.Vale a pena lembrar-lhes que tam-bém são responsáveis de manter acesas as chamas do “encontro” e, de cada um é de promover a união entre todos, para que o fogo seja sempre realmente forte e du-radouro.Uma família se mantém com a chama acesa quando os mem-bros não esquecem que todos são importantes no barco da vida.Cada madeira que constitui o feixe não é igual e nem queima da mes-ma forma, porém o conjunto emite luz intensa e aquece muito mais a todos e o ambiente que vivem.Nenhum de nós é melhor que to-dos nós juntos.

Autoria deLuiz Antonio de CamposSite: www.luizcomz.com

Foto e Pesquisas: InternetFrancisca Francineide dos Reis

Comissão do Jornal

Jornal GEROSAUDEElaborado por idosos da Geriatria do HCFMUSP

1ª edição divulgada em julho de 2002

ComissãoCoordenadora: Valmari Cristina Aranha (Psicóloga)

Colaboradores

Adília de Oliveira MaltaAntonio Volpato

Auristela Batista LopesFrancisca F. dos Reis

José Cascione (Zico)Luiz Beatriz de SouzaNelson Pedro Bertaglia Olinda Castilho EscobalSilvino Barros de Souza

Programa Produções Gráficas

Rua São leopoldo, 458

tel. 2692. 1696

[email protected]

Spadari