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EPÍSTOLA DE PAULO AOS EFÉSIOS ANFITEATRO DE ÉFESO ESCOLA BÍBLICA VIRTUAL CLASSE: A BÍBLIA EM UM ANO PROFº: FRANCISCO TUDELA PIBPENHA –SP – 2016 Estudo 12 Volume 3

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EPÍSTOLA DE PAULOAOS

EFÉSIOSANFITEATRO DE ÉFESO

ESCOLA BÍBLICA VIRTUALCLASSE: A BÍBLIA EM UM ANOPROFº: FRANCISCO TUDELAPIBPENHA –SP – 2016

Estudo 12 Volume 3

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A cidade de ÉfesoTinha uma magnífica estrada com 22 metros de largura, ladeada por colunas, que atravessava a cidade até o porto.

Tinha teatro, banhos públicos, bibliotecas, mercado e ruas calçadas com mármore.

Era a quarta maior cidade do Império Romano e centro administrativo da província da Ásia, com 500.000 habitantes no ano 133 dC.

4Banheiro público

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ANFITEATRO DE ÉFESO

O ANFITEATRO DE ÉFESO comportava 24.000 pessoas sentadas

para jogos, música e cerimônias religiosas.

Era também usado para encontros públicos e questões deliberativas, execução de ações do conselho da

cidade e questões legais.

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Portal de saída do centro comercial.Construído em 2 a.C. por súditos de

Augustus que o dedicaram ao imperador e sua família.

Uma inscrição nas paredes chama Augustus "filho da divindade“.

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A sede do Templo de Diana ou Artêmis (At 19), divindade dafecundidade, uma das maravilhas do mundo antigo.Construído no século VI aC. e destruído pelo fogo ateadopor um certo Erostrato, que desejava tornar-se famoso, noano 356 aC., ano de nascimento de Alexandre Magno.

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RUA DE ÉFESO8

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Essa marca de pé impressa no chão de uma rua em Éfeso (hoje Turquia), servia de placa de sinalização para se chegar aos prostíbulos.Note-se que ao lado do pé há o desenho de uma mulher.

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Ágora era o centro comercial com a Ágora era o centro comercial com a biblioteca de Celso ao fundo!biblioteca de Celso ao fundo!

Paulo morou em Éfeso por 3 anos na 3ª viagem At.19.1-1010

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A Igreja em Éfeso

Paulo passou em Éfeso rapidamente, ao final de sua segunda viagem missionária, deixando ali alguns discípulos, inclusive Áquila e Priscila, que provavelmente deram início à Igreja (At 18.18,19).Antes de Paulo voltar a Éfeso, Apolo passou pela cidade, era um pregador capaz e eloqüente, mas só conhecia o batismo de João Batista.Áqüila e Priscila ensinaram Apolo que continuou pregando em outros lugares, principalmente na Acaia (província que incluía a cidade de Corinto). (At 18.24-28).

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Na 3a viagem (At 19.1-20), Paulo encontrou em Éfeso um pequeno núcleo cristão, obra de Áquila, Priscila e Apolo, que nada sabiam da vinda do Espírito Santo (At 19.1-2).E aí morou por 3 anos (At 20.31);Paulo começou pregando na Sinagoga por 3 meses, diante da incredulidade dos judeus passou a pregar na escola de Tirano, diariamente, durante 2 anos, alcançando muitos (At 19.8,9), dentre eles Epafras que fundou a igreja de Colossos e Laodicéia.

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Éfeso – Lojas de Artesãos

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Paulo foi interrompido pela revolta dos ourives em Éfeso, liderados por Demétrio (At 19.24).Os artesãos, fabricantes de souvenirs de prata da deusa Artêmis (Diana) se sentiram prejudicados pela pregação de Paulo que ensinava que Diana não era deusa (At 19.27).

A revolta contagiou a cidade que gritava: “Grande é a Artêmis dos Efésios” (At 19.28), e em consequência da revolta Paulo foi para a Macedônia (At 20.1)João, mais tarde, faria da cidade o seu quartel-general, e a tradição diz que Maria, mãe de Jesus, morou com ele.

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Data, local e destinatários

Paulo escreveu aos Efésios e aos Coríntios ajudado por Timóteo e Erastro (At 19.22), por Gaio e Aristarco (At 19.29) e por Tito, quando “preso” (3.1; 4.1; 6.20) em Cesaréia (At 24.23) no ano 57-59 ou em Roma (At 28.30) no ano 60-62, ano em que também escreveu Colossenses, Filemon e Filipenses.1.1 “... em Éfeso” não consta em nenhum manuscrito anterior ao século IV.O papiro P46, o mais antigo que temos, datado do ano 200 dC., traz: “... aos santos e fiéis em Cristo Jesus”.

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Paulo descreve os seus destinatários como santos (separados ou santificados) e fiéis (leais ao Senhor).

**Obs.: A palavra "santo" é usada na Bíblia para identificar cristãos vivos. A pessoa se torna "santa" quando separada do mundo na salvação (1 Co 6.11b).

É a carta “mais fria” de Paulo.

Não contém saudações pessoais nem referências a circunstâncias concretas de sua estadia em Éfeso.

Comentaristas creem que a carta aos Efésios teria sido um texto circular, uma espécie de "carta aberta" às comunidades daquela região, inserindo-se no espaço em branco de 1.1 o nome da respectiva comunidade.

Com essa hipótese sugerem que essa carta aos Efésios poderia ser a carta à Laodicéia citada em Col 4.16.

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Propósito:

Ensinar e encorajar os cristãos a viver (“andar”) de modo digno da sua vocação.

Tema: A unidade e a santidade da Igreja como Corpo de Cristo por intermédio do poder do Espírito.

Divisão:1.O que Deus tem feito (1-3)2.O que nós precisamos praticar (4-6)

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1ª parte: O que Deus tem feito

1.1 - Todas as bênçãos espirituais estão em Cristo.

1.2 - Novos homens em uma nova sociedade: a vida no presente se baseia na graça – não por meio das “obras”, mas para as “boas obras”.

1.3 - Revelação do mistério oculto em Deus desde a eternidade.

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Esboço da Carta aos Efésios

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2ª parte: O que nós precisamos praticar

4.1-16 - Unidade e diversidade na Igreja.

4.17 ao 5.21 - Vida nova exige uma nova maneira de viver.

5.22 ao 6.9 - Lar cristão.

6.10-24 - Guerra espiritual e encerramento.

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PARTICULARIDADES

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1.3 Região celestial não é o 2º andar do céu, significa o mundo espiritual, invisível para nós.

1.4 Deus nos escolheu nele antes da criação do mundo; como esta predestinação se encaixa no livre arbítrio é um mistério.

1.7 A redenção, ou salvação, é feita por meio de um pagamento que nos compra para pertencermos a Ele e termos os pecados perdoados.

O pagamento é feito pelo sangue de Cristo.

Para entendê-la de modo adequado, é bom recordar o

significado do sangue do cordeiro pascal na noite em

que os hebreus saíram do Egito (Ex 12.7-13) e o do

sangue dos animais que expiava os pecados sem

intenção e os pecados do povo (Lv 4 e 16).

1.10 A redenção atinge a criação toda.20

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O autor dá a entender que não conhece pessoalmente os destinatários da carta, afirma que ficou sabendo (1.15), e mesmo assim ora por eles.

A oração de Paulo:

1.17 Que Deus dê um espírito de sabedoria e compreensão

1.18 Que lhes ilumine os olhos da mente

2.2 A presente ordem deste mundo foge do plano original de Deus e a razão espiritual é a presença do príncipe do poder do ar (satanás), seu arquiteto

2.3 Deus se ira pelo fato de nascermos com um problema congênito, sermos pecadores (desobediência de Adão).

2.8,9 Ninguém é salvo por mérito pessoal e boas ações como ser religioso, fazer boas obras, ajudar o vizinho, penitências, ciclos de reencarnação, ...

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2.10 Para que fomos feitos?

2.13 O pecado nos distancia de Deus.

2.14,15 A paz com Deus sem guardar a lei, o fim da inimizade

2.18 Acabou a burocracia, não necessitamos de intermediários, como por exemplo sacerdotes.

2.21 Deus habita em nós e não em templos e igrejas.

3.18 A geometria do amor: largura, comprimento, altura e profundidade; repetirá, em parte, esta comparação em Rm 8.39: um amor insondável.

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4.4-6 Por que temos tantas denominações, tantas igrejas?

Unidade não significa uniformidade.

Apesar das diferenças deve haver unidade.

4.8 Salmo 68.18 – Cristo, a exemplo dos despojos colhidos pelo vencedor de uma guerra (em geral prisioneiros), colheu dons que são distribuidos ao seu povo.

4.11,12 O que é ser pastor?

É uma espécie de treinador, deve preparar os fiéis para a obra e para servir a Deus de maneira adequada.

Pastor não é um intermediário entre Deus e os homens, não é o dono da igreja, não é o responsável pelos problemas domésticos de cada membro, ..., não é um “personal pastor”.

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4.25-32 – O propósito de Deus para a Igreja(1) Deixar a mentira e falar a verdade (25).

(2) Não há nada aqui de mentirinha: seguir a verdade e falar a verdade.

**Obs.: A palavra "mentira" aqui vem da palavra (pseudos) que quer dizer falsidade: rejeitar todas as formas de falsidade, tais como as falsas doutrinas e práticas religiosas, falsidade nos negócios e na vida particular.

O crente deve falar a verdade e cumprir a sua palavra.

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(2) Evitar pecados de ira (4.26,27).

A ira descontrolada leva ao pecado.Procurar soluções rápidas para os problemas, afim de evitar a ira, não deixando lugar para o Diabo e suas tentações, por exemplo a vingança e a retribuição na mesma moeda.

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(3) Ganhar a vida por meios honestos (4.28).O cristão age e trabalha honestamente.O trabalho não é somente para o sustento próprio, mas também para poder ajudar outras pessoas.**Obs.: Deus criou o homem para trabalhar antes do pecado, Deus já colocara Adão no jardim "para o cultivar e o guardar" (Gn 2.15; 2 Ts 3.10-12).Preguiça não faz parte do caráter cristão.Quando trabalhamos e ganhamos temos a responsabilidade de administrar esses recursos.No orçamento pessoal ou familiartemos o costume de separar umaparte para ajudar os necessitados?Deveríamos! 2 Co 8.12

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(4) Controlar a língua, falando palavras boas que edificam

(4.29,30). (palavra torpe é a que causa destruição)

(5) Tirar da vida as obras da carne (4.31,32).

No sentido negativo, devemos tirar as obras da carne (Gl

5.19-21), e no positivo desenvolver as características boas

que aprendemos de Deus (Gl 5.22,23).

**Obs.: Uns aos outros. Várias vezes nesta carta Paulo fala da responsabilidade mútua entre cristãos (4.32; 5.21; etc.), consequência da relação que temos com o corpo de Cristo: "porque todos somos membros de um mesmo corpo" (4.25).

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Imitar a Deus (5.1-20)Imitar a Deus (5.1-20)''Sejam imitadores de Deus, como filhos queridos" (5.1).

A expressão se baseia nos padrões comportamentais que

passam de pai para filho: “tal pai, tal filho".

Em outros textos Paulo pede aos cristãos que o imitem

(1 Ts 3.7; 1 Co 11.1 etc.).

5.18b - Único texto Bíblico que nos manda ser cheios do Espírito, permitindo que Ele controle todas as áreas de nossas vidas. Cita, para que compreendamos, que o domínio do Espírito deve ser como é o domínio do álcool sobre as pessoas que com ele se enchem (embriagam).

Como se dá o enchimento do Espírito? É um enchimento paulatino. A marca do Espírito é o relacionamento.

5.21 Capacidade de abrir mão do seu egoismo em favor dos outros.

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5.22-32 A submissão da mulher e do homem A mulher cheia do Espírito pára e ouve seu marido. Do mesmo modo o marido cheio do Espírito deve amar a esposa, e o demonstra com ações e dando atenção.

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6.1 O filho cheio do Espírito é o que obedece aos pais, e os pais cheios do Espírito devem conter sua irritação e não serem extremamente exigentes.6.5 Trabalhadores cheios do Espírito obedecem aos patrões, e nas relações do trabalho não enfrentar os patrões, e os patrões cheios do Espírito devem tratá-los com bondade, sem ameaças.A pessoa cheia e vitoriosa no Espírito mostra capacidade de submissão no lar e na vida pública.

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Militância cristã (6.10-20)Militância cristã (6.10-20)

A vida pelo Espírito tem base na dependência de Deus.

Deve vestir a armadura de Deus para estar firme contra as forças do mal que agem no mundo espiritual.

A postura de quem usa a armadura não é a de guerrear, destronar o império do mal, mas resistir ao ataque com a fé, o preparo doutrinário e a oração.

A armadura descrita era a mais completa daquele tempo: cinturão, couraça, calçado, escudo, capacete e espada.

Para cada um desses elementos há um correspondente da militância cristã:

”homem novo", "revestido“ da verdade, da justiça, do zelo, da fé, da salvação, da Palavra de Deus e da oração.

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MENSAGEM PARA HOJE

1. A divisão entre cristãos é um escândalo para o evangelho.

2. A plenitude do Espírito é contínua e progressiva.3. A plenitude do Espírito é alcançada pela

submissão.4. A igreja é um laboratório do amor de Deus: como

Deus gostaria que as pessoas vivessem e se relacionassem.

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• Toda a Bíblia em um ano: Mateus a Filipenses; Dusilek, Darci; 8ª Ed. Rio de Janeiro; Ed. Horizonal, 2009

• Manual Bíblico SBB; trad. Noronha, Lailah; São Paulo; Ed. Sociedade Bíblica do Brasil; 2008

• Textos Bíblicos extraídos: Bíblia Sagrada Nova Versão Internacional; São Paulo; Ed. Vida; 2001

• MacDonald, Willian, Comentário Bíblico Popular, São Paulo, Ed. Mundo Cristão, 1ª edição, 2008

• BRUCCE, F. F. Comentário Bíblico NVI. São Paulo, Ed. Vida, 1ª edição, 2008• http://bibliotecabiblica.blogspot.com/2009/07/resumo-do-evangelho-de-

mateus.html• Igreja Batista do Morumbi: Visão Panorâmica dos Evangelhos – 2003

• Bíblia De Estudo NVI, Barker; São Paulo; Ed. Vida; 2003• Reflexões extraídas da World Wide Web • Programa ROTA 66 – Sayão, Luiz – Rádio transmundial

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FIM

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Gustavo Ioschpe: devo educar meus filhos para serem éticos?Sócrates, via Platão (A República, Livro IX – sec IV aC.), defende

que o homem que pratica o mal é o mais infeliz e escravizado de todos, pois está em conflito interno, em desarmonia consigo mesmo, perenemente acossado e paralisado por medos, remorsos e apetites incontroláveis, tendo uma existência desprezível, para sempre amarrado a alguém (sua própria consciência!) onisciente que o condena.

Com o devido respeito ao filósofo de Atenas, nesse caso acredito que ele foi excessivamente otimista.

Hannah Arendt me parece ter chegado mais perto da compreensão da perversidade humana ao notar, nos ensaios reunidos no livro Responsabilidade e Julgamento (1963 dC.), que esse desconforto interior do “pecador” pressupõe um diálogo interno, de cada pessoa com a sua consciência, que na verdade não ocorre com a frequência desejada por Sócrates.

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Escreve ela: “Tenho certeza de que os maiores males que conhecemos não se devem àquele que tem de confrontar-se consigo mesmo de novo, e cuja maldição é não poder esquecer. Os maiores malfeitores são aqueles que não se lembram porque nunca pensaram na questão”.

E, para aqueles que cometem o mal em uma escala menor e o confrontam, Arendt relembra Kant, que sabia que “o desprezo por si próprio, ou melhor, o medo de ter de desprezar a si próprio, muitas vezes não funcionava, e a sua explicação era que o homem pode mentir para si mesmo”. (Ver entrevista com um ladrão assumido)

Todo corrupto ou sonegador tem uma explicação, uma lógica para os seus atos, algo que justifique o porquê de uma determinada lei dever se aplicar a todos, sempre, mas não a ele(a), ou pelo menos não naquele momento em que está cometendo o seu delito.

Cai por terra, assim, um dos poucos consolos das pessoas honestas: “Ah, mas pelo menos eu durmo tranquilo”.

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Os escroques também! Se eles tivessem dramas de consciência, se travassem um diálogo verdadeiro consigo e seu travesseiro, ou não teriam optado por sua “carreira” ou já teriam se suicidado.

Esse diálogo consigo mesmo é fruto do que Freud chamou de superego: seguimos um comportamento moral porque ele nos foi inculcado por nossos pais, e renegá-lo seria correr o risco da perda do amor paterno.

Na minha visão, só existem, assim, dois cenários em que é objetivamente melhor ser ético do que não.

O primeiro é se você é uma pessoa religiosa e acredita que os pecados deste mundo serão punidos no próximo. Não é o meu caso.

O segundo é se você vive em uma sociedade ética em que os desvios de comportamento são punidos pela coletividade, quer na forma de sanções penais, quer na forma do ostracismo social.

Revista Veja 14/9/2013