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"Quando o mundo estiver unido na busca do conhecimento, e não mais lutando por dinheiro e poder, então nossa sociedade poderá enfim evoluir a um novo nível."

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ntroduçãoARL OTTO ERDMANN

MÉTODOS E TRUQ UES NA ARTE DA ARGUMENTAÇÃO

Diz Eleonora, na peça de Goethe,Torquato Tasso :

Escuto com prazer a discussão dos sábios:Quando sobre as forças, que no peito do homemSe movem de maneira tão amigável e terrível,Os lábios do orador se movimentam com graça.

Isto é inconfundível. Aqui fala um ouvinte orientado puramente pela estética, qnteressa tanto pelo conteúdo, mas sim pelas formas, modos e recursos psicológicoiscussão dialética entre oradores brilhantes. Estetas desse tipo desfrutam de uma discue fosse um verdadeiro duelo medieval; não questionam o propósito da discussão, quele representa uma boa causa; querem apenas se divertir com a força e a agil

ombatentes. No entanto, tal posição só pode ser mantida em raras ocasiões, não apens disputas entre espíritos cultos, que cruzam espadas intelectuais e “movimentam os l

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ssencialmente dos seguintes fenômenos:

1. Inadequação da linguagem do ponto de vista lógico. Goethe diz: “Assim q pessoa já começa a divagar.”

2. Conflito entre o universal e o particular: os perigos da generalização, esquem

e tipificação; as contradições e as imperfeições da indução.3. O fato de que nossas principais convicções baseiam-se em valores e, porta

ligadas à ideia de certo e errado.4. O fenômeno inevitável de que cada experiência própria se dá ao mesmo tem

dos outros, e de que ninguém pode prescindir das autoridades.5. A tendência erradicável de todas as pessoas ao pensamento absoluto, enquan

valores, conceitos e conhecimentos são relativos.

Esses fatos estão, evidentemente, interligados de várias maneiras, de modo istinção clara é quase impossível. Quase todas as falácias podem ser observadas de ontos de vista, e algumas surgem da ligação entre dois ou mais truques.

Nos pontos de vista especificados não se enquadram comentários sobre

gítimos, a saber, os subterfúgios e truques acima mencionados nada têm a ver comspecialmente osignoratio elenchi propositais, que descrevo como a “perversão da quesnalmente, as falácias propriamente ditas são violações das regras do silogismo.

ota do editor: Estratagema e estratégia são sinônimos. O primeiro utilizado em ialéticos e acadêmicos, o outro em assuntos relacionados ao ambiente trivial e corpora

Adotamos então a segunda acepção, cujo uso se tornou mais comum em nosso

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arl Otto Erdmann (1858 – 1931)foi um reconhecido estudioso da filosofia e resnguista alemão na virada do século passado. Autor de inúmeras obras, textos e estuda semântica, dentre elas, Die Bedeutung des Wortes , 1910 O significado das palavras – Ensaioonteira da psicologia da linguagem e da lógica.

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DIALÉTICA ERÍSTIA arte de ter ra

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A DIALÉTICA ERÍSTICA é a arte de discutir, e mais especificamente de discutir de m oazão, isto é, per fas et nefas [por meios lícitos ou ilícitos]. É possível ter razão obelação ao assunto em si e, ainda assim, aos olhos dos observadores, e às vezes aos prór razão. Quando, por exemplo, o oponente recusa minhas evidências, isso serve comoa afirmação em si, para a qual é possível dar outras evidências; nesse caso, naturaelação é inversa para o oponente: ele tem razão, sem tê-la de maneira objetiva. erdade objetiva de uma argumentação e sua aceitação pelo oponente e pelo ouvinte iferentes. (A lógica tem a ver com o conteúdo da argumentação e a dialética tem a onvencimento dos demais.)

De onde vem isso? Do componente altamente perverso da natureza humanaosse isso, se fôssemos completamente honestos, então em todo debate teríamos a inxigir que a verdade fosse mostrada, sem nos preocupar se nossa opinião ou a do oustava correta: isso seria absolutamente indiferente, ou pelo menos algo compecundário. Mas a natureza humana torna esta a questão central. A vaidade congênensível em especial em relação às faculdades intelectuais, não quer reconhecer estarue o oponente tenha razão. Pela lógica, cada um deveria apenas se esforçar para emiterdadeiras, sólidas, para o que seria preciso primeiro pensar e depois falar. Mas àongênita, se juntam a verborragia da maioria e a doentia desonestidade do homem. Fe pensar, e depois percebem que sua afirmação era falsa ou que não tinham razão; aituam de modo a parecer o contrário. O interesse pela verdade, que deveria ser o únia proposição de afirmações, é totalmente substituído pelo interesse da vaidade: a verarecer falsa e o falso deve parecer verdadeiro.

Entretanto, essa mesma desonestidade, essa persistência em uma afirmação qarece errada, ainda tem uma desculpa: m uitas vezes, com eçamos plenam ente converdade de nossa afirmação, mas o argumento do oponente parece arrasador. Se abria nossa de uma vez, talvez descubramos mais tarde que tínhamos razão: nossa evidênrrada, mas mesmo assim podia existir uma correta. O argumento que nos salvaricorreu logo de imediato. Portanto, vemo-nos diante da máxima: mesmo quando o aontrário parece certo e persuasivo, ainda devemos lutar contra ele na esperança deerteza seja apenas aparente, e de que ainda nos ocorra um argumento durante a discrrase com todos os outros, ou um que confirme nossa posição de outra maneira. De

mesmo sem nos darmos conta conscientemente do fato, somos impelidos à desourante a discussão. Nesse contexto, a fragilidade de nossa compreensão e a perverossa vontade colaboram mutuamente. Isso quer dizer que quem discute, via de regra

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ela verdade, mas por suas afirm ações, e age pro ara et focis [por interesse pessoal] e per fas

efas [por meios lícitos ou ilícitos], já que não é possível fazer de outro modo, emonstrado.

Portanto, em geral cada um quer impor sua afirmação, mesmo que ela pareçmomento falsa ou duvidosa. Até certo ponto, todo homem está armado de tal procedimua própria esperteza e maldade: isso se aprende com a experiência diária com as dis

ssim cada um passa a ter sua dialética natural e sua lógica natural. No entanto, ninmuito além quando se trata da lógica. Pensar ou fazer suposições contrárias às leis da

fácil: opiniões erradas são frequentes e silogismos errados, muito raros. Também nemonstrar carência numa lógica natural; por outro lado, existe muita gente com deficialética natural: esse é um talento distribuído de maneira desigual (o mesmo acontapacidade de raciocínio e com a racionalidade, que é distribuída de maneira muito or isso, é muito comum as pessoas se confundirem com argumentações aparen

eixarem refutar quando na verdade têm razão, ou o contrário. E quando se saem vitma discussão, não raro atribuem isso menos à certeza de sua verdade sobre os fatapacidade de raciocínio na construção de suas frases, à esperteza e à destreza coefenderam. Aqui, como em todos os outros casos, os dons inatos são os melhores; n

muito pode ser feito para tornar alguém mestre dessa arte por meio da prática e da aáticas que podem ser usadas para derrotar um oponente, ou para combater as táticas qara o mesmo fim. Mesmo quando a lógica não tem nenhuma utilidade real ou

ialética certamente tem. Parece-me que Aristóteles elaborou sua própria lógica (rincipalmente como base e preparação para sua dialética, e ela era a coisa mais iara ele. A lógica se ocupa com a forma das afirm ações, a dialética, de seu signi

matéria, do conteúdo: é por isso que se deve contemplar primeiro a forma de firmações antes de analisar seu conteúdo.

* * *

Aristóteles não determina o objetivo da dialética de forma tão exata quanto ndica como finalidade principal da discussão, e ao mesmo tempo também como a deserdade (Tópicos , I, 2). Mais tarde, ele diz outra vez que, do ponto de vista filosófico, “om as argumentações de acordo com sua verdade; e a dialética parte do pontredibilidade ou de acordo com a aprovação dos outros (δοξα)” (Tópicos, I, 12). O filósofo onsciência de que a verdade de uma afirmação deve ser distinguida e separada da

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omo ela é apresentada e da aprovação que recebe; mas ele não faz uma distinção mntre esses dois aspectos da questão, então reserva a dialética apenas para convencer olgumas das regras que ele muitas vezes cria para a dialética na verdade pertencem àor isso me parece que ele não ofereceu uma solução adequada para o problem a.

* * *

NosTópicos , Aristóteles abordou a elaboração da dialética de maneira muito mstemática com sua mente extremamente científica, e isso merece admiração. M

credito que o objetivo devesse se pautar de modo mais prático, isto não foi amcançado. Depois de analisar conceitos, ideias e conclusões segundo a forma pura em Analítico

e parte para o conteúdo, do qual ele só lida com os conceitos: pois é nele que está o

rgumentos e conclusões são apenas simples formas: os conceitos são seu conteaminho é o seguinte: toda discussão parte de uma tese ou problema (eles se diferenciaa forma) e então argumentações, que devem servir para resolvê-la. Isso sempre tem relação entre os conceitos. Essas relações são quatro. Procura-se em um conceito p

efinição; 2. seu gênero; 3. sua particularidade, característica considerável, proprium, idion ; oueu accidens , isto é, uma qualidade, tanto faz se particular e exclusiva ou não, em resredicado. O problema de cada discussão está sem pre relacionado à uma dessas quatrossa é a base de toda a dialética. Nos oito livros, ele apresenta todas as relações que osodem ter com aquelas quatro considerações e apresenta as regras para cada relaçãomo um conceito deve se relacionar com o outro para ser seu proprium , accidens , gen

efinitum ou definição; quais erros se tornarão mais comuns de ocorrer, e tudo o quebservar quando se estabelece, quando se conecta, uma dessas quatro relações (κατασκque se deve fazer para desestabilizá-la se é o oponente quem a expõe (ανασκευα

stabelecimento de cada uma dessas regras e da relação entre classes de conceitosome de topos (locus ) e oferece 382topos — em sua obra Tópicos. Entre eles aindagumas regras gerais, principalmente da discussão, que apesar de longas não são exaus

O topos , portanto, não é completamente material, não cobre um objeto determonceito: pelo contrário, ele sempre tem a ver com uma relação com toda a classe de ue podem ser incontáveis se examinados em relação às quatro considerações mecima, que se verificam em toda discussão. E essas considerações apresentam aecundárias. A análise ainda é aqui sempre formal, por assim dizer, mesmo que nãormal quanto na lógica, que se ocupa completamente com o conteúdo do conceit

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maneira formal. Ela cita como o conteúdo do conceito A deve se relacionar com o do, para que esse estabelecimento seja reconhecido como seu genus ou seu proprium (marco)

eu accidens ou sua definição, ou segundo as rubricas secundárias de oposição αντικειμεefeito, ter e faltar e assim por diante — toda disputa deve girar em torno de tal re

egras que ele cita apenas comotopos são em sua maioria aquelas que estão na naturelação dos conceitos, da qual todos são conscientes, e a qual ele insiste que o oponssim como ocorre na lógica, sendo mais fácil observar essas regras ou perceberegligente em casos especiais do que se lembrar dotopos relacionado. Assim, a utilidade pessa dialética não é grande. Ele diz coisas muito simples, que podem ser compreendiela observação da pessoa com senso comum saudável. Exemplos: “Quando o genus de uoisa é destacado, também se deve encontrar alguma species para esse genus ; se isso contecer, então a afirmação é errada. Por exemplo, caso se afirme que a a

movimento, então também deve se determinar que tipo de movimento é esse: voo, crescimento, diminuição, etc. Sem isso, então ela não tem nenhum movimento. Assienhuma species pode ser atribuída, então também não há genus ; este é otopos ”. Esse top

erve para construir ou desconstruir uma argumentação. É o nonotopos . E, ao contrário, qugenus não existe, também não existe species : por exemplo, se diz que alguém falou m

utra pessoa. E comprovamos que ela não havia falado nada, então ela não pode ter fande não há genus , não pode haver species.

Sob a rubrica da particularidade, proprium , o locus 215 afirma o seguinte: “Em priugar, para refutar: quando o oponente cita algo como particularidade comprováveentidos, então a citação foi malfeita: tudo o que for sensorial será considerado inertencer unicamente ao âm bito dos sentidos. Quando se dizia, por exem plarticularidade do Sol o fato de ele ser a estrela mais brilhante que ilumina a Terrancorreto. Com o por do Sol, não sabíamos se ainda era quem mais iluminava a Terrastava fora do alcance dos sentidos. Em segundo lugar, para construir a ass

articularidade é citada corretamente quando se trata de algo que não pode ser perceentidos, ou quando puder ser reconhecido pelos sentidos e aplica-se a assertiva por neor exemplo, é citada como particularidade de uma superfície o fato de ela ter sidointada. Isso é uma característica sensorial, mas de um tipo perceptível o tempo todo,orreta”. Com isso quis lhes dar uma ideia do que é a dialética de Aristóteles. Ela não r atingido seu objetivo: então experimentei outra coisa. OsTópicos de Cícero são uma imit

ristotélica feita de cabeça: muito superficial e pobre. Cícero não tem nenhum concei

ue é umtopos e qual seu objetivo, portanto diz todo tipo de besteiraex ingenio [por conclu

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rópria] e equipa isso com muitos exem plos jurídicos. O que a transforma numa de sbras.

* * *

Para definir bem a dialética, deve-se, independentemente da verdade objetivoisa da lógica), observá-la simplesmente como a arte de ter razão, o que é o propósão mais facilmente alcançado quando realmente se está com a razão. Mas a dialéticaeve ser aprendida, para que possamos nos defender de ataques de todo tipo, espeontra os desonestos, e mesmo porque, como se pode atacar o que o outro afirmontradizer e principalmente sem ser refutado? Deve-se separar completamente a descerdade objetiva da arte de tornar suas afirmações verdadeiras. Cada uma dessas cois

e uma πραγματεια [atividade] completamente diferente, é o trabalho das facululgamento, do pensamento, da experiência, e para isso não há uma arte específicegunda é objetivo da dialética, a arte de tornar suas afirmações verdadeiras. Definiu-somo a lógica da aparência. Errado: assim ela seria útil só para defender afirmações fuando se tem razão, também é preciso a dialética para vencer, e é preciso conheceesonestos para conseguir isso, dos quais um é muito utilizado: atacar o oponente com rmas. Por isso, na dialética, a verdade objetiva precisa ser deixada de lado ou v

cidental; deve-se focar em defender suas afirmações e em como destruir as do egundo as regras, a verdade objetiva não deve ser levada em consideração, porque nos casos não se sabe onde ela está. Muitas vezes a própria pessoa também não sabe seu não, ela acredita nisso e se engana, e não raro os dois lados acreditam nisso; poisveritas est

uteo [A verdade está nas profundezas] (εν βυθ αληθεια, Demócrito). Em geral, quandma discussão, todos acreditam ter a verdade a seu lado; a seguir, os dois ficam em dnal, a verdade deve ser definida e confirmada. A dialética não deve participar des

ssim como o mestre de esgrima não deve levar em consideração quem tem realmentisputa que causou o duelo — acertar e recuar, é isso que interessa, até mesmo na dialma esgrima intelectual, que só quando completamente compreendida pode ser apomo disciplina individual, pois se determinamos como meta a verdade verdadbjetiva, então voltamos à lógica simples. Se, pelo contrário, nos impomos a meta firmações falsas, então temos a sofística. E nos dois casos, parte-se do pressuposabemos o que é objetivamente certo e errado — mas é raro sabê-lo com antece

erdadeiro conceito da dialética é o seguinte: uma esgrima mental para vencer um

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A BASE DE TODA A DIALÉT

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ANTES DE TUDO, deve-se considerar a essência de toda a discussão, o que realmente ela. O oponente apresentou uma tese (ou nós mesmos, o que dá no mesmo). Exi

modos para refutá-la e dois caminhos a seguir.Pelos modos: a)ad rem (foco na questão), b)ad hominem (foco no oponente): quer d

mostramos que a afirmação não concorda com a natureza da coisa, isto é, com absoluta objetiva; ou com outras afirmações ou concessões do oponente, isto é, com elativa subjetiva. O último modo é apenas uma demonstração relativa e nada acrerdade objetiva.

Pelos métodos: a) direta, b) indireta. Nos primeiros, os ataques são feitos direse em seus fundamentos; os indiretos a suas consequências. Os diretos mostram que verdadeira, os indiretos que ela não pode ser verdadeira.

Nos diretos, podem os fazer duas coisas. Ou mostramos que os fundamfirmação são falsos (nego majorem, minorem ); ou admitimos os fundamentos, mas mosue a afirmação não leva às consequências (nego consequentiam ), assim atacamosonsequências, ou a forma da conclusão. Para as refutações indiretas, utilizamos o rpagogia ou da instância.

a) Apagogia: aceitamos uma afirmação como verdadeira, e então mostramem a seguir quando utilizamos outra proposta reconhecida como verdadeira. Usamomo premissas para um mesmo desfecho, chegando a uma conclusão que é clarameois contradiz a natureza das coisas ou as outras afirm ações do próprio oponenteonclusão é falsaad rem ouad hominem (Sócratesin Hippia maj. et alias ). Portanto, a afirme nosso oponente também era falsa, pois premissas verdadeiras só podem ser segonclusões verdadeiras, apesar das falsas nem sempre serem seguidas por conclusõeseste caso, podemos colocar a afirmação de nosso oponente num terreno frágil.

b) A instância ou exemplo ao contrário (ενστασις,exemplum in contrarium ). Isso consa refutação da afirmação por meio da referência direta a casos particulares quncluem pela forma como são expostos, mas aos quais não se aplicam e por meio dofirmação se mostra necessariamente falsa.

Esse é o esquema fundamental, o esqueleto de qualquer discussão, sua osteolopo de controvérsia pode ser reduzido a isso. A controvérsia inteira, no entanto, pode

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maneira descrita, ou apenas aparentemente se dar assim; e ela pode ser apoiada por aenuínos ou falsos. E por não ser fácil estabelecer a verdade em relação a esse asebates são tão longos e tão obstinados. Também não podemos, ao solicitar o argumentverdade real da aparente, pois mesmo os que participam da disputa não têm de

erteza disso. Por isso descreverei os diversos truques ou estratégias sem observar as qerdade objetiva ou da falsidade; pois essa é uma questão da qual não temos nenhuma

ue não pode ser determinada de antemão. Além disso, em cada disputa ou discusualquer assunto devemos concordar em uma coisa; e com isso, como princípio, deveispostos a julgar o assunto em questão. Não podemos discutir com quem nega princípiCon

eganten principia non est disputandum [Com alguém que contesta o princípio, não háebater].

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AS 38 ESTRATÉG

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STRATÉGIA 1eneralize as afirmações do seu oponente

ONSISTE EM LEVAR a afirmação do oponente além de sua fronteira natural, tonterpretá-la da maneira mais ampla e generalista possível e exagerá-la; ou pelo contrá no sentido mais restrito possível, fechá-la nos menores limites possíveis, porque queral se torna uma afirmação, mais ataques ela pode receber. A defesa precisa firmação exata dos puncti ou status controversiae .

XEMPLO 1. Digo: “A Inglaterra é o país mais importante na dramaturgia”. O oponenrocurar umainstantia e respondeu: “Era sabido que ela não conseguia ser bem-suce

música ou na ópera”. Eu o interrompi com a lembrança de “que a música não assificada como arte dramática; ela inclui apenas a tragédia e a comédia”. Ele saem disso e apenas tentou generalizar minhas afirm ações, para que elas se aplicassemepresentações teatrais e, por consequência, à ópera e à música, para ter certeza derrotaria. Por outro lado, podem-se salvar suas próprias afirmações restringindo-as

menores que os da nossa primeira intenção se a forma de expressão utilizada é favoráv

XEMPLO 2. A diz: “A paz de 1814 trouxe de volta a independência para todos osanseáticos alemães”. B retruca ainstantia in contrarium de que a cidade de Danzig perndependência que ganhou de Bonaparte com aquela paz. A defende-se assim: “Eu disdades hanseáticas alemãs: Danzig era uma cidade hanseática polonesa”. Essa estrat

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nsinada por Aristóteles emTópicos VIII, 12, 11.

XEMPLO 3. Lamarck em sua Philosophie Zoologique (vol. 1, p. 203) nega que os pónham qualquer sensibilidade, pois não têm nervos. Mas agora se sabe que eles guma coisa: quando vão em direção à luz, para a qual se direcionam ramo por ramo

uas presas. Disso se concluiu que neles a massa neural está distribuída de maneira hor todo o corpo, misturada a ele por assim dizer. Portanto, o pólipo tem percepçõesem ter um órgão sensorial independente. Como isso refuta a hipótese de Lamrgumenta de maneira dialética: “Então todas as partes do corpo dos pólipos devem se todo tipo de sensação, assim como de movimento, vontade, pensamentos. Assim riam em cada parte do corpo todos os órgãos de um animal completo: cada ponto po

heirar, sentir sabor, ouvir etc. E também a capacidade de julgamentos: cada partícu

orpo seria um animal completo, e o próprio pólipo seria superior ao ser humano, jáequena parte teria todas as habilidades que o ser humano só tem no todo. Além averia nenhum motivo para não ampliar o que se afirma sobre os pólipos paranicelulares, os seres menos completos de todos, e finalmente também às plantas, quão vivas, etc.”. Por meio da utilização de tal estratégia dialética, um escritor se trai, ue no fundo sabe que não tem razão. Porque foi dito que a criatura inteira é sensívortanto é de natureza nervosa, ele chegou à conclusão de que o corpo inteiro é capaz d

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STRATÉGIA 2omonímia — Mude os significados das palavras-chave do oponente

TILIZAR A HOMONÍMIA para estender a afirmação estabelecida para o que, com ea semelhança entre as palavras, tem pouco ou nada a ver com o assunto discutido; ena com vigor para dar a impressão de se que refutou a afirmação original.

Nota: sinônimos são duas palavras para o mesmo conceito: homônimos onceitos, que são descritos com a mesma palavra. Veja Aristóteles,Tópicos, I, 13. “Profun

baixo” e “alto” são usados ora para corpos, ora para tons, e são homônimos; “Íhonesto” são sinônimos.

Pode-se considerar esse estratégia como idêntico ao do sofismaex homonymia : ntanto se o sofisma é óbvio, não enganará ninguém.

Omne lumen potest extingui

Intellec tus est lumen

Intellec tus potest extingui.

[Toda luz pode ser extinta.A compreensão é uma luz.A compreensão pode ser extinta.]

Aqui logo se percebe que existem quatro termos: alumen literal e alumen compreend

e maneira figurativa. Mas em casos mais sutis, o sofisma consegue enganar, espeuando os conceitos cobertos pela mesma palavra estão relacionados entre si e ten

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ombinados.

XEMPLO 1.) “O senhor ainda não foi iniciado nos mistérios da filosofia kantiana.”) “Ah, não quero saber de mistérios”.

XEMPLO 2. Eu acuso o princípio da honra, segundo o qual a pessoa se torna desonmeio de uma ofensa recebida que não pode ser limpa a não ser que a pessoa revide

fensa ainda maior, ou com o sangue do oponente ou o seu. Defendo que a verdadeiraonsegue ser ferida pelo que ela sofre, mas apenas pelo que se faz por ela; então tudcontecer com todos. O oponente faz um ataque direto à fundamentação: ele me m

maneira triunfante que se um comerciante é acusado falsamente de desonestidade, ou uidado em seus negócios, estarão atacando sua honra, que seria maculada simplesmquilo que ele sofre, e que ele apenas pode restabelecê-la se punir ou pedir retratação a

Aqui, por meio de um homônimo, ele endossa dois tipos de honra, ahonra civ

hamada também de bom nome, que pode ser ferida por meio da difamação, sob o conra cavalheiresca, ou chamada de “questão de honra ” e ferida por meio das injúrias. E pm ataque à primeira não pode passar despercebido, mas sim ser repelido por meio deública, não se deve, com a mesma justificação, deixar passar despercebido um egunda, mas este deve ser repelido por meio de insultos maiores e em duelo. Temos a

mistura de duas coisas bastante diferentes por meio dos homônimos da palavra honrarigem a umamutatio controversiae, mudança do ponto da argumentação.

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STRATÉGIA 3onfunda a argumentação

UTRA ESTRATÉGIA é interpretar a afirmação estabelecida de maneira relativa, omo se tivesse sido feita de maneira geral e absoluta, πλως, ou pelo menos em umompletamente diferente, e então refutá-la pelo sentido que o falante não quis. O exristóteles é o seguinte: o mouro é negro, entretanto os dentes são brancos; assim eleão negro ao mesmo tempo. Esse é um exemplo inventado, que ninguém levari

eguemos então um da experiência real.

XEMPLO 1. Em uma conversa sobre filosofia assumo que defendo e prefiro o sistuietistas. Logo depois vem a conversa sobre Hegel, e eu afirmo que ele escreveuesteiras, ou pelo menos muitos trechos de seus escritos, nos quais Hegel colocou as

mas o leitor precisa dar o sentido. O oponente não tenta refutar issoad rem , mas se satisfastabelecer oargumentum ad hominem : “Eu tinha acabado de defender os quietistas e taes escreveram muitas besteiras”. Admiti isso, mas corrigi ao dizer que não elogio os

omo filósofos ou escritores, isto é, não por causa de suas realizações teóricas, maomo seres humanos, por causa de seus feitos, somente do ponto de vista prático. E que Hegel, entretanto, falávamos de teorias. Assim, esquivei-me do ataque.

As três primeiras estratégias estão relacionados entre si. Eles têm em comum ue o oponente na verdade fala sobre uma coisa diferente do que foi afirmado. Entãonoratio elenchi [desconhecimento das contraevidências] permitir ser derrotado de tal ntão, em todos os exemplos apresentados, o que o oponente diz é verdade, mas parec

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ontradição com a tese de maneira aparente e não real. Tudo o que a pessoa que etacada deve fazer é negar a validade de sua conclusão, isto é, a conclusão a que o hega, e isso porque sua afirmação é verdadeira e a nossa, falsa. Dessa maneira, sua refutada diretamente pela negação de sua conclusão, per negotionem consequetiae . Oustratégia é recusar-se a admitir premissas verdadeiras por causa de uma consequêncixistem duas maneiras de derrotá-las e elas estão incorporadas nas estratégias 4 e 5.

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STRATÉGIA 4repare o caminho, mas oculte a conclusão

UANDO ALGUÉM Q UISER tirar uma conclusão, não deve deixar que ela seja pmas deve fazer com que as premissas sejam admitidas uma a uma, sem perceber, mis aqui e ali durante a sua fala; senão o oponente tentará todos os tipos de contra-auando se estiver em dúvida se o oponente vai admiti-las, apresentar as premissremissas; crie pré-silogismos e faça com que as premissas de diversos deles sej am ad

maneira desordenada. Desse modo, o jogo fica escondido até que se obtenham dmissões necessárias. Essas regras são dadas por Aristóteles em seusTópicos , VIII, 1.Esta estratégia não precisa de exemplos.

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STRATÉGIA 5se as premissas do seu oponente contra ele

AMBÉM SE PODE UTILIZAR como prova de uma afirmação verdadeira outra afialsa quando o oponente não quer admitir as verdadeiras, seja porque ele não enerdade ou porque entende que se aceita-las, a sua argumentação será aceita por todaso, tomam-se as afirmações falsas por si, mas verdadeiras ad hominen, e arguonforme a maneira de pensar do oponente, ex concessis. Pois a verdade pode surgir t

firmações falsas: ao mesmo tempo que as falsas nunca podem surgir das verdadeirassim é possível refutar as afirmações falsas do opositor por meio de outras afirmaçue ele considera verdadeiras. Neste caso, temos de adaptar ao estilo de pensamentoxemplo, se ele é seguidor de uma seita da qual não conjugamos do mesmo penodemos usar as opiniões dessa seita contra ele, com o princípios. Aristóteles, Tópicos, V

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STRATÉGIA 6Mude as palavras do oponente para confundi-lo

AZ-SE UM PETITIO PRINCIPII velado, no qual se postula o que se quer tanto refutar.1. Sutro nome, por exemplo em vez de honra, boa reputação; em vez de virgindade, virtudor diante. Ou com conceitos intercambiáveis: animais de sangue vermelho emertebrados. Ou2. Fazendo uma pressuposição geral sobre o ponto específico em discuxemplo, defender a insegurança da medicina ao postular a insegurança de

onhecimentos humanos.3. Se, vice-versa, duas afirmações resultam uma da outra,recisa ser provada, deve-se postular a outra.4. Se uma afirmação geral precisa ser proeve-se fazer o oponente admitir todas as suas particularidades. Essa estratégia é o úmero 2. Aristóteles,Tópicos , VIII, 11. O último capítulo dosTópico s de Aristóteles apresoas regras sobre o exercício da dialética.

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STRATÉGIA 7aça o oponente concordar de forma indireta

UANDO A DISPUTA se desenrola de maneira um tanto rigorosa e formal e selaramente chegar a um acordo, então quem fez as afirmações e quer prová-las deve aoponente, colocando-lhe questões para demonstrar a verdade a partir de suas conclu

método erotemático (também cham ado de socrático) foi especialmente utilizado pelosmesmo se aplica a esta estratégia e a algumas a seguir. (Todas adaptadas livremente d

5 de Liber de elenchis sophisticis , de Aristóteles.)A ideia é fazer muitas perguntas amplas de uma vez para esconder o que se q

ponente admita e, além disso, apresentar rapidamente o argumento resultantedmissões; assim, quem é lento para compreender não consegue acompanhar com eeixa passar os possíveis erros ou falhas na demonstração.

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STRATÉGIA 9isfarce seu objetivo final

AS PERGUNTAS Q UANDO não são feitas na ordem que levaria a uma conclusão podem levar a uma confusão muito grande. O oponente não sabe aonde você quer chode se precaver. Tam bém é possível usar suas respostas para tirar diferentes conclontrapô-las, de acordo com suas características. Isto está relacionado à estratégia negundo a qual se deve mascarar as próprias ações.

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STRATÉGIA 10se a psicologia da negação

UANDO SE PERCEBE que o oponente nega de maneira proposital (e infantil) as afiuja aprovação seria usada para a nossa frase, deve-se perguntar o oposto da oposiçãoomo se estivéssemos ansiosos por sua aprovação; ou deve-se pelo menos apresentara escolha, para que ele então não perceba qual frase queremos que seja aprovada.

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STRATÉGIA 11ome um conceito geral para o caso particular

AZ-SE UMA INDUÇÃO e o oponente cede em casos individuais, pelos quais ela dpoiada. Então não se deve perguntar a ele se também admite a verdade em geral qesses casos, mas sim introduzi-la depois como estabelecida e reconhecida. Nesse mee próprio vai passar a acreditar que a admitiu, e isso vai acontecer também com osorque vão se lembrar das diversas perguntas sobre cada caso específico e vão supo

evem, claro, ter alcançado seu objetivo.

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STRATÉGIA 12so sutil dos vocábulos — renomeie as mesmas palavras

E A DISCUSSÃO for sobre um conceito geral, que não tem um nome específico e prescrito por meio de uma parábola, deve-se escolher a parábola que favorece nossa aor exemplo, mencionam-se os nomes que descrevem os dois partidos políticos daervis e liberais, nomes escolhidos obviamente pelos últimos. O nome “protestantes” éor eles mesmos, assim como “evangélicos”, mas a palavra herege foi escolhida pelo

so se aplica também aos nomes de coisas, no que faz mais sentido: por exemplo, oropõe alguma alteração, então a cham am os de “subversão”, pois a palavra tem egativa. Fazemos o contrário quando nós mesmos é que fazemos a sugestão. No primode-se cham ar a contraposição de “ordem existente”, no segundo de “ordem opressoode ser chamado de maneira imparcial e involuntária de “culto” ou “ensinamento é” é chamado de “devoção”, “religiosidade” por um seguidor; e de “fanatisuperstição” por um oponente. No fundo, esse é um petitio principii perfeito: o que alguém

rovar é afirm ado no início da definição, da qual resulta um simples julgamento analítguém cham a de “garantir a segurança de uma pessoa” ou “colocar sob custódia”, seu

hama de “prender”. Um orador muitas vezes revela sua intenção pelos nomes que dám diz “o clero” e o outro diz “os padres”. De todos os truques, esse é o mais uti

maneira instintiva. Excesso de fé = fanatismo; passo em falso ou caso amoroso = mbiguidade = obscenidade; desequilíbrio econômico = bancarrota; pela influêncgação = pela corrupção e pelo nepotismo; reconhecimento sincero = bom pagamento

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STRATÉGIA 13Apresente uma segunda opção inaceitável

ARA FAZER COM Q UE o oponente aceite uma afirmação, deve-se dar a contrária tdeixá-lo escolher; e essa afirmação contrária deve ser articulada muito claramente

ão se contradiga e ele aceite a sua afirmação, que é feita de maneira a parecerrovável em relação a outra. Por exemplo: se o objetivo é fazê-lo admitir que alguém udo o que o seu pai lhe diz; então perguntamos: “Deve-se obedecer ou desobedece

cima de todas as coisas?”. Ou caso se afirme que uma coisa acontece com frequênerguntamos se por frequente com preendem os poucos ou muitos casos; ele dirá “momo quando ao se colocar o cinza perto do preto, ele pode ser cham ado de branco; e colocado perto do branco, pode ser chamado de preto.

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STRATÉGIA 14Acuando os tímidos

UM GOLPE INSOLENTE a situação em que, depois de o oponente ter respondido aerguntas sem que as respostas dessem o benefício de uma conclusão favorável que seós nos precipitamos para a conclusão desejada — apesar de ela não ser uma conseqfirmação —, como se tivesse sido provada, e proclamá-la em tom triunfante. Se o omido ou burro, e se quem ataca é atrevido e tem boa voz, pode-se conseguir ter r

ertence à fallacia non causae ut causae [ilusão por meio da pressuposição da prova rova].

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STRATÉGIA 15tilize paradoxos — para situações difíceis

UANDO SE FAZ UMA afirmação paradoxal e achamos difícil prová-la, apresentponente uma afirmação correta para ele aceitar ou rejeitar, mas cuja verdade não salpável, como se quiséssemos tirar provas dela. Se ele recusar por suspeitar de um trulevamosad absurdum e ganhamos; mas se ele aceitá-la, então teremos dito algum

nteligente e teremos de ver o que vai acontecer. Ou acrescentamos a estratégia anteri

arantimos que nosso paradoxo seja comprovado. Trata-se de uma insolência imensacontece por experiência, e existem pessoas que praticam tudo isso de maneira instintiv

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STRATÉGIA 16esqualifique o argumento do outro

RGUMENTA AD HOMINEN ouex concessis . Diante de uma afirmação do oponente, dntar procurar alguma inconsistência — mesmo que seja apenas aparente — em guma outra afirmação que ele fez ou admitiu, ou com os princípios da escola ou da ce tenha elogiado e aprovado, ou com as ações de quem apoia a mesma crença, ouue dão a ela um apoio apenas aparente ou falso, ou com suas próprias ações ou desej

e ele defende, por exemplo, o suicídio, então exclame: “por que então você não se u se ele afirma, por exemplo, vivendo em Berlim, que a cidade é um lugar muito deara morar, poderia lhe dizer em seguida: “Por que você não vai logo embora noem?”. Sempre é possível usar esse tipo de truque, de desacreditar a crença do ontradizendo-o com suas ações.

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STRATÉGIA 17aço uso da dupla interpretação

UANDO O OPONENTE pressiona com uma contraevidência, podemos nos salvar pe uma diferenciação sutil, algo que não tínhamos pensando antes. Este recurso pode seuando a questão permite um outro significado ou uma dupla interpretação.

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STRATÉGIA 18Mude o curso; interrompa antes da perda certa.

E OBSERVAMOS que o oponente inicia uma argumentação com a qual vai nos derroe deve deixar que ele chegue a sua conclusão, ou seja, não se deve permitir que ele m. Deve-se interromper o andamento da discussão em um bom momento, retistraindo-o ou levando a discussão para outras pessoas. Em resumo, realizar ummuta

ontroversiae . (Veja a estratégia 29.)

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STRATÉGIA 19esfoque; depois encontre uma brecha

E O OPONENTE nos desafiar de maneira expressa e fizer uma objeção contra alguspecífico de nossa afirmação, contra o que não temos nada a dizer, então precisamoseneralização e devolver o ataque da seguinte forma: Se somos chamados a dizereterminada hipótese da física não pode ser aceita, devemos falar sobre a ionhecimento humano e citar vários exem plos.

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STRATÉGIA 20ão arrisque num jogo ganho

UANDO JÁ HOUVER testado as premissas com o oponente e ele as aceitou, não uscar esta confirmação novam ente, e sim apresentá-las com o verdades absolutas. ue falte uma ou outra premissa, deve-se considerar que também estas foram admitidaara a conclusão. O que não deixa de ser um uso da fallacia non causae ut causae .

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STRATÉGIA 21se as mesmas armas

OM UM MERO ARGUMENTO aparente ou sofístico do oponente, podemos resolver meio de uma discussão de sua estranheza e superficialidade; mas é melhor responder ontra-argumentos aparentes e sofísticos e assim acabar com ele. Disso depende não

mas a vitória. Se ele dá, por exem plo, um argumentum ad hominem, é suficiente invalm contra-argumento ad hominem (ex concessis). E, em vez de estabelecer o estado v

a questão, caso ele se apresente, optar por esse caminho costuma encurtar a discussão

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STRATÉGIA 23rovoque o oponente

A CONTRADIÇÃO e a briga estimulam o exagero das afirmações. Podemos estiponente por meio da contradição e levar uma afirmação além dos seus própriofirmação essa que fora desses limites pode deixar de ser verdadeira. E quando refutxagero é como se refutássemos sua frase original. Por outro lado, temos de tomar cuão ser levados por contradições ao exagero ou a ampliar sua própria afirmação. Muit

róprio oponente procura diretamente am pliar nossa afirm ação para além do que pretpreciso impedi-lo logo e trazê-lo de volta ao limite da afirmação: “Foi o que eu dimais”.

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STRATÉGIA 24orne a alegação do outro inconsistente

OPONENTE faz uma afirmação, e por meio de falsas inferências e distorções de suaxtraímos dela outras afirmações que ela não contém e que ele não quis dizer de jeitu melhor, que são absurdas ou perigosas. Assim parece que a primeira afirmação deuutras que são inconsistentes consigo mesmas ou com algum reconhecimento da verda parece ser refutada de maneira indireta. A apagogia é uma nova utilização da fallacia no

ausae ut causae .

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STRATÉGIA 25se a exceção para destruir a tese

SSO TEM A VER com a apagogia por meio de uma instânciaexemplum in contrarium .παγωγη, inductio , exige uma grande quantidade de casos para estabelecer uma afniversal. Mas a apagogia precisa de apenas um único caso, ao qual não se aplica a aara derrubá-la. Esse é um método controverso conhecido como instância, ενστασιςexemplum

ontrarium , instantia . Por exemplo, a sentença “todo ruminante tem chifres” é derrub

nica instância do camelo.A instância é um caso da aplicação da verdade generalista, e algo não univer

erdadeiro é inserido em sua definição fundamental, o que a torna inválida. Entretanto,ue haja enganos, e devemos atentar para o seguinte em relação às instâncias que oode criar:1. Se o exemplo é realmente verdadeiro, pois existem problemas cuja úniceal é que o caso em questão não seja verdadeiro — por exemplo, muitos milagres, hantasmas e assim por diante;2. Se ele realmente pertence ao conceito da verdade

presentada, pois se apenas aparenta pertencer, então a questão deve ser é resolvistinções precisas;3. Se ele realmente contradiz a verdade apresentada: muitas veambém é apenas aparente.

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STRATÉGIA 26eforce um aspecto no oponente; depois destrua o seu valor.

M GOLPE BRILHANTE é o retorsioargumenti : quando o argumento que o oponentesar para si poderá ser mais bem usado contra ele. Por exemplo, ele diz: “trata-sriança, deve-se dar um desconto”. Retorsio : “Mesmo por ser uma criança, devemos para que ela não insista em seus hábitos ruins”.

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STRATÉGIA 27eixe o seu oponente desequilibrado

E O OPONENTE fica bravo de maneira inesperada com um argumento, então deve-sele com mais afinco, não simplesmente por ser bom deixá-lo com raiva, mas porquue o ponto fraco de uma linha de pensamento foi atingido e que nesse ponto o opo

mais vulnerável para ser atacado.

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STRATÉGIA 28anhe a simpatia da audiência e ridicularize o adversário

STE É ESPECIALMENTE aplicável quando pessoas cultas discutem diante de umaiga. Quando não se tem nenhumargumentum ad rem nem mesmo umad hominem , então se

m ad auditores , isto é, uma objeção inválida, cuja falta de validade apenas um esponsegue ver: o oponente, mas não a plateia. E para ela, ele foi derrotado, em especiabjeção à afirmação dele é tratada como algo ridículo. As pessoas estão prontas para r

riso como nosso aliado. Para demonstrar a nulidade da objeção, o oponente precisae uma longa discussão como também retornar aos princípios da ciência ou outros aara isso ele não encontra ouvintes com facilidade.

Por exemplo, o oponente diz “na formação original dessa cordilheira, o granitoementos de sua composição foram transformados em fluido por causa da alta temper

alor deveria ser de 250ºC, e quando a massa se cristalizou foi coberta pelo mar”. gumentum ad auditores , de que nessa temperatura, na verdade qualquer uma acima de

mar já teria fervido faz tempo e se transformado em vapor no ar. Os ouvintes riem. Paobjeção, ele precisaria demonstrar que o ponto de ebulição não depende a

mperatura, mas também da pressão da atmosfera, e ainda que cerca de metade damar tivesse se transformado em vapor, a pressão teria aumentado tanto que o volum

ão poderia ferver nem mesmo a 250ºC. Mas ele não alcançaria a plateia com uma eessas, pois, antes disso, ele teria de explicar física a não físicos.

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STRATÉGIA 29ão se importe em fugir do assunto se estiver a ponto de perder

E PERCEBEMOS que seremos golpeados, fazemos um desvio, isto é, começamos de ralar de algo completamente diferente, como se tivesse a ver com a questão discutida ergumento contra o oponente. Isso pode ser feito sem presunção quando o desvioerdade, alguma relação geral com a questão; mas pode ser tomado como uma insolênm nada a ver com o assunto, e só é levantado para atacar o oponente.

Por exemplo, eu elogio o fato de que na China não há nobreza por nascimargos são distribuídos mediante provas de capacidade intelectual. Meu oponente deferudição não torna uma pessoa mais competente para um cargo que a vantagemascimento nobre (a qual admira). Discutimos e ele se sai mal. Assim ele faz um desviue na China cidadãos de todas as classes eram punidos com bastões, o que ele relacirande consumo de chá e acusa os chineses das duas coisas. Segui-lo nisso significaria abrir mão de uma vitória j á ganha.

O desvio é insolente quando o assunto em questão é completamente abanduscita, por exemplo, objeções como: “Sim, você acabou de afirmar isso” e assim pntão o argumento vai de algum modo para o “lado pessoal”, do tipo que será tratadoeção. A rigor, esse é um ponto intermediário entre oargumentum ad personam , que lá siscutido, e oargumentum ad hominem.

Essa estratégia é tão instintiva que pode ser vista em todas as discussões entromuns. Se uma pessoa faz um comentário pessoal contra a outra, esta, em vez de res

meio da refutação, deixa como está — como se admitisse — e responde fazendo algpo de comentário sobre o oponente. Ela faz como Cipião, que atacou os cartagines

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ália, mas na África. Na guerra, tal desvio pode ser útil em determinados momeiscussões, ele é ruim, pois o comentário permanece, e quem olha de fora escuta o pioer dito a respeito das duas partes. Esta é uma estratégia que deve ser usada apena faute ieux [na falta de coisa melhor].

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STRATÉGIA 30Aposte em credenciais e acue a todos

ARGUMENTUM ad verecundiam [sobre o respeito ao argumento utilizado]. Em motivos, utiliza-se a autoridade, conforme o grau de conhecimento do oponente.Unusquisqu

avult credere quam judicare [todos irão preferir acreditar do que julgar], diz Sêneca [ De v

eata , I, 4]; assim o j ogo é mais fácil quando se tem uma autoridade que o oponente reso, quanto mais limitados forem seus conhecimentos e habilidades, maior é o n

utoridades que pesam sobre ele. Mas, se seus conhecimentos e habilidades forem merão poucas; na verdade, quase nenhuma. Ele pode, talvez, admitir a autoridadrofissional versado em uma ciência, uma arte ou um ofício sobre o qual ele pouco

mesmo assim olhará com suspeitas. Por outro lado, pessoas comuns têm profundo reomens de todos os tipos. Eles não sabem que um homem que faz da coisa que ama suão a exerce pela coisa em si, mas pelo dinheiro que recebe; ou, na maioria dos casos,omem que ensine uma disciplina a conheça bem, pois se fosse um profundo estudioso

mpo para ensinar. Mas existem muitas autoridades que gozam do respeito da multocê não tiver nenhuma que seja adequada, pode pegar uma que assim se pareça; ou tar o que alguém disse em outro sentido ou em outras circunstâncias. Os leigos têm ueculiar por um floreio em grego ou em latim. Tam bém é possível, se necessário, nãoimportância dessas autoridades, mas falsificá-las, ou citar alguma coisa comp

nventada: a maioria das pessoas não está com o livro por perto e também não saberia om ele se o tivesse. O melhor exemplo disso é dado pelo pároco francês que, recusan

brigado a pavimentar a rua em frente a sua casa como os outros moradores, citou u

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ue disse ser bíblico: paveant illi, ego non pavebo [todos podem tremer, eu não vou tremeronvenceu os responsáveis pela cidade que confundiu a pronúncia em latim com o sm francês, paver, de pavimentar. Preconceitos em geral também são utilizadutoridade. A maioria das pessoas pensa como Aristóteles μεν πολλοις δοκει ταυτα γε εινειo que parece muito certo, dizemos que está certo]. Sim, não existe ideia, por mais abeja, que as pessoas não tomem como suas com tanta facilidade e tão logo se convenç

al coisa é adotada de maneira geral. O exemplo lhes influencia o pensamento e as avelhas que seguem o pastor aonde ele for: para elas é mais fácil morrer do que pensaurioso que a universalidade de um pensamento tenha tanto peso sobre as pessoas, é corópria experiência lhes dissesse que sua aceitação é um processo sem questionammitação. Mas essa visão crítica não lhes diz nada, pois elas não têm praticamenteutoconhecimento. Apenas os mais sofisticados estão com Platão quando ele diz τοολλα δοκει [Muitas pessoas têm muitas ideias], isto é, os leigos têm muitas besteiras na

e quiséssemos dar atenção a elas, teríamos muito que fazer.A universalidade de uma ideia, para falar a verdade, não prova nada, nem

motivo de probabilidade de sua validade. Aqueles que defendem isso devem assumir1istância no tempo priva qualquer universalidade de sua força demonstrativa; seontrário, todos os velhos erros que uma vez foram tomados universalmente como veriam lembrados. Por exemplo, o sistema ptolomaico precisaria ser restabeleciatolicismo em todos os países protestantes;2. Que a distância espacial tem o mesmo

enão a universalidade respectiva de uma opinião entre os seguidores do budismo, do crdo islamismo os poriam em apuros. (Segundo Bentham,Tactique des assemblées législatives

ol. II, p. 76.)O que se chama de pensamento universal, visto à luz, é o pensamento de du

essoas; e seríamos convencidos disso se pudéssemos ver com o realmente surgensamentos. Descobriríamos então que existem duas ou três pessoas que a prceitaram, promoveram ou defenderam; e que foram tão boas a ponto de se confi

staram muito bem. Então, convencidas de antemão de que estas tinham capacidadeutras pessoas também aceitaram a opinião. Estas, por sua vez, receberam a confiançautros, cuja preguiça lhes sugeriu que era melhor acreditar de uma vez do que ter o trstar a questão por si mesmas. Assim, dia após dia, cresce o número de tais preg

eguidores crédulos; então logo a opinião tem um bom número de defensores, e os stribuem isso ao fato de que tal opinião só poderia ser obtida pela convicção de seus ars que ainda tivessem dúvidas eram compelidos a validar o que era admitido univer

ara não passarem por cabeças-duras que resistem às opiniões validadas pela maior

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essoas rudes que querem ser mais espertas que o resto do mundo. Agora, aderir, torbrigação. A partir deste ponto, os poucos que são capazes de julgar se calam. Eventura a falar é completamente incapaz de ter ideia ou julgamento próprios, simpcoam a opinião alheia; e mesmo assim a defendem com grande zelo e ignorância. Pas odeiam nas pessoas que pensam de outra m aneira não são as ideias que elas profepressuposição de que querem julgar as coisas por si mesmas, o que elas mesmas nu

disso são conscientes. Em resumo, poucos conseguem pensar, mas todos querem te— o que resta a não ser pegá-las prontas dos outros em vez de formar as suas própria

so o que acontece, qual o valor da voz de centenas de milhões de pessoas? Tanto quanistórico presente em centenas de relatos que comprovadamente plagiaram uns aospinião pode ser rastreada até uma única fonte. (Segundo Bay le, Pensées sur les Comètes , v. I0.)

Dico ego, tu dicis, sed denique dixit et ille

Dictaque post toties, nil nisi dicta vides.

[Eu digo isso, você diz isso, e finalmente todos tam bém dizem isso. Diz-se isso frequência que não se vê nada além do que foi dito.]

Mesmo assim, pode-se usar a opinião universal como autoridade na discusessoas comuns. Pois em geral se vai descobrir que quando duas cabeças comuns bri, na maioria das vezes ambas escolhem a arma da autoridade, e com isso a

mutuamente. Se alguém com cabeça melhor precisar lidar com eles, então é aconsele esforce para usar essa arma e escolha as autoridades de acordo com a parte ponente. Pois,ex hypothesi , ele é insensível a todos os argumentos racionais assim coiegfried com chifres escondidos, mergulhado na maré da incapacidade de pensar e de

Diante de um tribunal, só há a disputa entre autoridades e afirmações de autoridizer, exercício do julgamento consiste em descobrir que lei ou autoridade se aplica auestão. Há, no entanto, espaço suficiente para a dialética; pois se o caso em questão ombinarem de verdade, podem, se necessário, serem distorcidos até parecerem comice-versa.

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STRATÉGIA 31omplique o discurso de seu oponente

UANDO NÃO TIVER nada para contradizer os argumentos defendidos pelo opeclare-se incompetente com um toque de ironia. “O que você diz agora ultrapassa oder de com preensão: pode estar certo; só que não consigo entender, e me contexpressar qualquer opinião a respeito.” Dessa maneira você insinua aos presentes, cocê tem boa reputação, que o que seu oponente diz é besteira. Assim, quando aCrítica da Razã

ura de Kant foi publicada, ou melhor, quando começou a fazer barulho, muitos profeelhas escolas ecléticas declararam não compreendê-la, na esperança que seu esolvesse a questão. Mas quando alguns seguidores da nova escola mostraram a eles qazão e eles realmente é quem não tinham entendido, eles ficaram de muito mau humo

Deve-se utilizar o truque só quando se tem certeza de que os ouvintes o têm estima do que a seu oponente. Por exemplo, um professor contra seus estudantes. Naso pertence à estratégia anterior: trata-se de afirmar de forma particularmente m

rópria autoridade em vez de apresentar argumentos. O contra-ataque é dizer: “Deseve ser fácil para você compreender isso com seu penetrante intelecto. E, a culpa é onta da péssima apresentação que fiz do assunto”; e continuar a esfregar a coisa facara do oponente de modo que ele compreenda e fique bem claro que era tudo culpa dos esquivamos do ataque: ele quis apenas insinuar que estávamos dizendo “besteirovamos que ele é “ignorante no assunto”. Tudo com a maior gentileza.

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STRATÉGIA 33nvalide a teoria pela prática

O Q UE PODE ESTAR certo na teoria na prática está errado.” Por meio desse sceitam-se as premissas mas nega-se a conclusão: em contradição com a regraa ratione a

tionatum valet consequentia [do motivo à consequência, vigora a consequência]firmação baseia-se em uma impossibilidade: o que em teoria está certo deve valer tarática; se não valer, então existe um erro na teoria, alguma coisa não foi percebida

vada em consideração, portanto isso está errado também na teoria.

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STRATÉGIA 34ncontre e explore o ponto fraco

UANDO O OPONENTE não dá uma resposta ou informação direta para uma pergrgumento, mas evade-se por meio de outra pergunta ou de uma resposta indireta, ou ffirmação que não tem a ver com a questão, e, em geral, tenta mudar de assunto, isso mesmo sem que ele saiba) de que encontramos um ponto fraco: há certo silêncio da portanto devemos insistir no ponto que propusemos e não deixar o oponente fugir de

uando ainda não descobrimos de que realmente se trata a fraqueza que encontram os.

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STRATÉGIA 35Mostre ao seu oponente que está lutando contra os próprios interesses

IS UMA ESTRATÉGIA que se for possível pôr em prática tornará todos as esnecessárias. Em vez de agir sobre o intelecto por meio de argumentos, age-se sobreo oponente e dos ouvintes como se fossem motivos; e se o oponente e os ouvintes têmnteresse, logo serão conquistados por nossa opinião, mesmo que ela tenha sido

manicômio; em geral, cinco gramas de vontade pesam mais do que cinquenta q

onhecimento e convicção. É verdade que isso funciona só em circunstâncias esponseguíssemos que o oponente percebesse que a opinião dele, se comprovada, arruinteresses, então ele abriria mão dela tão rápido como se estivesse segurando ferro querer. Por exemplo, um clérigo defende um dogma filosófico: fazemos que ele vejaontradiz indiretamente um dogma fundamental de sua igrej a, e ele vai abrir mão dele

Um proprietário de terras ressalta a superioridade das máquinas na Inglaterra, máquina a vapor faz o trabalho de muitas pessoas. Deve-se fazê-lo entender que ass

arros forem puxados por máquinas a vapor, o valor dos numerosos cavalos de ambém deve cair — e veremos o que acontece. Nesses casos, todos sentem comancionar uma lei injusta consigo mesmo:Quam temere in nosmet legem sancimus iniquam [cue irresponsabilidade criamos uma lei injusta conosco].

O mesmo acontece quando os ouvintes pertencem à mesma seita, sociedade, ube etc. que nós, mas não o oponente. Não devemos nunca permitir que a tese erdadeira. Assim que percebermos que ela contraria os interesses gerais dos participa

ociedade ou coisa parecida, todos os ouvintes acharão que os argumentos do oponenteabomináveis, por mais excelentes que sejam, e os nossos, apropriados e corretos,

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fizesse”, clama meu filho Moisés, “e acredito”, continua, “que eu deveria estar em e responder ao senhor.” “Excelente, meu senhor”, diz o senhor de terras, que elongas solta fumaça em sua cara e pisca para o restante da companhia, para nos prema piada: “Se vocês estão dispostos a uma discussão tranquila sobre o assunto, eronto para aceitar o desafio. E primeiro: vocês são a favor de um tratamento anaialógico?”. “Eu sou a favor de um tratamento racional”, diz Moisés, todo satisfei

ncontrado a possibilidade de discutir. “Ótimo”, disse o senhor de terras, “e antes de tuu, o senhor não vai negar, que tudo o que é, é: se o senhor não garantir isso para mim,rosseguir.” “Tudo bem ”, responde Moisés, “acho que posso garantir isso, e tirar roveito.” “Assim também espero”, replicou o outro, “o senhor vai garantir que um

menor que o todo.” “Também garanto isso”, disse Moisés, “nada mais certo e razoáspero”, disse o senhor de terras, “que o senhor não negue que os três ângulos de umão iguais a dois ângulos retos.” “Nada pode ser mais claro”, replica o outro e olha em

eu habitual ar de importância. “Muito bem”, diz o senhor de terras, falando muito rremissas estão então definidas, prossigo para chamar a atenção, de que a concatetuais existências, que progride em uma proporção dupla e recíproca, leva naturalmialogismo problemático, o que em certo grau prova que a essência da espiritualidadeo segundo predicado.” “Pare, pare”, diz o outro, “isso eu nego. O senhor acredita queubmeter de maneira obediente a tais proposições tão heterodoxas?” “O quê?”, responde terras como se estivesse furioso, “não se submeter! Responda-me uma única pergu

senhor acredita que Aristóteles tem razão quando diz que os parentes estão relacSem dúvida”, responde o outro. “Se isso é assim, então”, diz o senhor de terras, xatamente à minha pergunta: o senhor considera minha pesquisa analítica da primeir

meu entimema (argumento) insuficiente secundum quoad ou quoad minus ? E me diga os rincípios, e agora mesmo.” “Isso eu preciso recusar”, diz Moisés, “e não compreendue a sua discussão quer provar; mas se o senhor retornar a uma única e simples aosso lhe dar a resposta.” “Ah, meu senhor”, diz o senhor de terras, “sou o seu hum

mas percebo que o senhor quer que eu o equipe com argumentos e compreensão deão, meu senhor, eu protesto, o senhor é muito difícil para mim.”

Isso despertou uma risada alta contra o pobre Moisés, que era a única figuentre um grupo de rostos satisfeitos; ele também não disse mais uma sílaba duranivertimento. [Do capítulo 7.]

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STRATÉGIA 37estrua a tese boa pela prova frágil

Q UE DEVERIA ser uma das primeiras.) Quando o oponente também tem razão na mas felizmente escolhe uma evidência ruim, torna-se fácil para nós rebater essa evntão estendemos isso para a questão como um todo. Na verdade, isso se resume a gumentum ad hominem por umad rem . Se não ocorrer a ele, ou aos presentes, nenvidência correta, teremos ganho. Por exemplo, quando alguém apresenta uma

ntológica da existência de Deus que seja muito fácil de refutar. Essa é a maneira guns advogados ruins perdem uma boa causa: querem justificar algo por meio de umão se aplica àquilo quando a adequada não lhes passa pela cabeça.

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onsiste principalmente na comparação de si com o outro, em relação a qualquer crincipalmente em relação às forças intelectuais. Isso acontece de maneira efetivntensa nas disputas. Daí a exasperação do derrotado, sem que lhe inflijam injustiças, e se apega aos últimos meios, a esta última estratégia, do qual não se pode escapar pmples gentileza da nossa parte. Ter muito sangue frio pode ajudar a qualquer um. Nssim que o oponente for para o lado pessoal, responda com tranquilidade “isso não

om o assunto”, e imediatamente colocar a conversa nos trilhos novamente, e contirovar que ele está errado, sem dar atenção aos seus insultos — assim com o Temístocluribíades: παταξον μεν, ακουσον δε [bata em mim, mas me ouça]. Não é todo monsegue fazer isso.

Por isso, a única regra contrária segura é aquela que Aristóteles já deu no últimosTópicos : não discuta com o primeiro que aparecer, mas só com os conhecidos queue têm conhecimento suficiente para não dizer coisas absurdas que os envergonhariam

om argumentos e não com afirmações de força e, finalmente, valorizar a verdade, orgumentos com prazer, mesmo os saídos da boca do oponente, e ter integridade suficoder suportar não estar com a razão quando a verdade estiver do outro lado. Por isentenas de pessoas raramente existe mais que uma com quem valha a pena discutirestante falar o que quiser, poisdesipere est juris gentium [a ignorância é um direito dumano]; e pensemos no que disse Voltaire: La paix vaut encore mieux que la vérité [A paz aimelhor do que a verdade]; e um ditado árabe: “Na árvore do silêncio crescem os

az”. No entanto, a discussão com o atrito entre mentes muitas vezes é necessária pa

dos, para a correção dos próprios pensamentos e para a produção de novos pontos de s duas partes devem ter formação e inteligência bastante equivalentes. Se um nãrimeiro, ele não entende nada, não está no mesmo nível. Se lhe faltar o segundo, a exesultante o levará à desonestidade e à astúcia, ou à grosseria.

(1830)

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APÊNDI Notas de Schopenh

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A LÓGICA E A dialética já eram utilizadas como sinônimos pelos antigos, apesar de λοrefletir”, “ponderar”, “avaliar”, e διαλεγεσθαι, “discutir” serem duas coisas m uito difome dialética (διαλεκτικη, διαλεκτικη πραγματεια [confirmação dialética], διαλεκτhomem dialético]) foi usado pela primeira vez, como nos informa Diógenes Laércio, escobrimos que no Fedro , noSofista , e no livro VII da República , entre outros, para ele dialgnificava o uso frequente da razão e a habilidade em seu exercício. Aristóteles usa τα

o mesmo sentido; mas deve ter usado (segundo Lorendo Valla), também no mesmoογικη (lógica). Encontramos em suas obras λογικας δυσχερειας, isto é,argutias [dificuldaógicas], προτασιν λογικην [premissas lógicas], αποριαν λογικην [aporia lógica]. ιαλεκτικη [dialética] é mais antiga que λογικη [lógica]. Cícero e Quintiliano usam ógica no mesmo sentido. Cícero em Lucullo: Dialecticam inventam esse, veri et falsi quasi

sceptatricem. [A dialética é como a escolha entre as palavras verdadeiras e falsas].Stoici en

dicandi vias diligenter persecuti sunt, ea scientia, quam Dialecticen appellant [Os estoicosato seguiram cuidadosamente os métodos dos julgamentos, com a ajuda de uma cihamam de dialética], Cícero,Tópicos, capítulo 2. —Quintilian: itaque haec pars dialecticae,

ve illam disputatricem dicere malimus [daí vem essa parte da dialética ou, como eles prhamar, a arte da decisão]. O último parece ser também o equivalente latino de δdialética]. (Pelo menos segundo Petri Rami dialectica, Audomari Talaei praelectionibus illustrata,

569.) O uso de lógica e dialética como sinônimas perdurou na Idade Média e nos nov

té hoje. No entanto, mais recentemente, principalmente em Kant, “dialética” foi uequência em sentido pejorativo como “a arte sofista da disputa”, e o termo “ló

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referido por ser mais inocente. No entanto, originalmente ambos os vocábulos têm gnificado e nos últimos anos voltaram a ser vistos como sinônimos.

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UMA PENA Q UE “dialética” e “lógica” tenham sido usadas como sinônimos ntiguidade, e com isso não tenho muita liberdade para distinguir seus significaostaria, e para definir “lógica” (de λογιζεσθαι , “refletir”, “estimar”, de λογος, “prazão”, que são inseparáveis) como “a ciência das leis do pensamento, isto é, do mazão” — e “dialética” (de διαλεγεσθαι, “discutir”: cada discussão comunica fatos outo é, é histórica ou deliberativa) como “a arte de disputar” (palavra usada no sentido

bviamente, a lógica então observa um assunto de caráter puramentea priori , definido sexperiência, isto é, as leis do pensamento, o processo da razão ou o λογος (as leis) qegue quando abandonada por si só e não é incomodada, como no caso do pensamente um ser racional que não é distraído de maneira alguma. A dialética é também tratancontro de dois seres racionais, que, por serem racionais, devem pensar em conjssim que deixam de concordar como dois relógios que marcam exatamente o mesmriam uma discussão ou uma disputa intelectual. Como seres puramente racionais

ndivíduos deveriam concordar. Suas divergências surgem das diferenças, que são parta individualidade; são, portanto, elementos empíricos. A lógica, a ciência do pensameprocesso da razão pura, poderia então ser completamente construídaa priori ; e a dialética,

rande parte, apenasa posteriori , a partir do conhecimento empírico das perturbaçõesensamento puro sofre diante das diferenças individuais no pensamento conjunto de acionais e diante dos meios que cada um dos indivíduos utiliza para fazer seu pendividual valer como puro e objetivo. Então, é próprio da natureza humana que, no pm conjunto, διαλεγεσθαι, isto é, a expressão de opiniões (exceto os discursos histórico

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percebe que os pensamentos de B sobre o mesmo assunto se distanciam dos seueavalia primeiro seus próprios pensamentos para encontrar os erros, mas pressupõe steja no pensamento alheio. Ou seja, o ser humano é arrogante por natureza; e a conessa característica é o que ensina a disciplina que quero chamar de dialética, mas p

mal-entendidos, vou chamar de “dialética erística”. Assim, ela seria o estudo do comprrogante natural do ser humano.

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autor

ARTHUR SCHOPENHAUER foi um filósofo alemão do século XIX da corrente irraciasceu em Danzig, na Prussia, 22 de Fevereiro 1788 e morreu em Frankfurt, 21 de 860.

Conviveu com diversos intelectuais que frequentavam sua casa em Weimar, cida cultural alemã, estabelecendo forte amizade com Goethe.

Influenciou alguns dos maiores artistas e pensadores de sua época e daseguintes: de Richard Wagner, na criação da obraTristão e Isolda à Freud e Jung, pois a ana repressão do pensamento de Schopenhauer serviu como base de fundamentaçãosicanalítica. E atravessou outros cam pos fora da Filosofia, e em todos os gêneros liteontos e romances à poesia em autores como Tolstoi, Thomas Mann, Borges, Tchekhliot, Rilke, Machado de Assis e muitos outros.

Deixou inúmeras obras importantes, dentre elasO Mundo como vontade e representação

1819) e Parerga e Paralipomena (1851).

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A História Concisa da Literatura Alemã

Otto Maria Carpeaux

Goethe, Rilke, Schopenhauer, Kant, Thomas Mann, Kafka, Irmãos Grimm, Hermchiller, Brecht, Nietzsche e tantos outros. A história da literatura do mundo peloscritores alemães.

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“Em sua excelente história da literatura alemã (a melhor j á produzida no Brasil) Oarpeaux considera ‘Tonio Kroeger’um texto-chave para a compreensão das grandes e Thomas Mann. Sem dúvida é uma pequena obra-prima e no seu traçado sutil e pree generaliza toda uma experiência estética, cultural e afetiva, toma corpo uma ssencial, alusiva e cambiante como as asas de uma borboleta.”

“A importância desse livro tem sido confirmada pelo interesse público e pela constue são usados em sala de aula ou mencionados nos mestrados e doutorados dniversidades. Sua qualidade, no entanto, ainda não parece ter sido alvo de uma avaliatura do seu padrão de exigência — capaz de mostrar, por exemplo, o ‘rigor clássico’e narrador de Otto Maria.”

MODESTO CARO – Escritor e crítico lite

* * *

“Só com hesitação aceitei a incumbência de escrever esta pequena história da emã. Pois o tamanho reduzido não permite dar um panorama historicamente compl

xposição de pontos de vista novos. No entanto… é tão difícil encontrar uma ut

tualizada história da literatura alemã! (...) Em Alemão, muitas obras sobre o asesfiguradas por atitudes de sectarismo ideológico. A consequência são preconceitos enemendos erros de valorizacão que, como dogmas, são transmitidos de livro paraerarão para geração. A ciência literária alemã e a crítica alemã moderna já retificarros. Mas só em poucos casos (Hölderlin, Georg Buechner) essas retificações e reahegaram ao conhecimento dos leitores latino-americanos.

“O presente livro reflete o estado da ciência e crítica literárias na Alemanha. Ofstudioso brasileiro um panorama imparcial e uma visão atualizada da literatura dölderlin e Rilke, de Kleist e Georg Buechner, de Stifter, Thomas Mann e Kafka, poder

er um modesto serviço prestado à cultura brasileira. É o que tentei fazer, dentro dmitações.”

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