3A Arthur R.M.T.martins
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ALUNO: ARTHUR RAPOSO DE MEDEIROS TAVARES MARTINS
TURMA: 3A
Ao se fazer uma análise histórica e econômica do século XX e particularmente do
período que se estende desde a década de 1970 até os dias atuais, é possível perceber
mudanças nas formas de atuação do estado na economia e na sociedade. Essas
mudanças são consequências de um século que desde seu início se mostrou com grandes
oscilações no cenário mundial, não só no âmbito político com as duas guerras mundiais
mas também nas políticas econômicas adotadas no campo internacional e nos modelos
ideológicos que regiam o comportamento de seus estados.
Com o início do século XX e com a corrida imperialista, é adotado por potências
européias um padrão de comportamento no campo econômico no qual a riqueza das
nações se lastreava no ouro, e onde a Inglaterra ( até então maior detentora de reservas
de ouro do mundo) assumia uma posição de liderança, aumentando a estabilidade
econômica internacional.
A estabilidade acabaria com a Primeira Guerra Mundial, ressaltando a importância da
reconstrução dos países envolvidos, posto que tiveram suas economias e infra estrutura
abaladas pela guerra. É nesse contexto que surge então uma forma de atuação do estado
diferente daquela até então contemplada pelo Liberalismo econômico. A “República de
Weimar” instaurada na Alemanha se baseava num governo democrático que atuava de
maneira mais forte nas questões sociais, regulando a economia, a legislação e
consequentemente o comportamento dos agentes econômicos. Pela primeira vez
aparecia o conceito de “Social Democracia” como modelo de sociedade, marcando
assim medidas e padrões de comportamento que seriam adotadas pelas nações européias
e norte americanas mais tarde, influenciando diretamente a história recente dos últimos
trinta anos.
Com o fim da Segunda Guerra Mundial em 1945, se fazia necessário que novas
instituições econômicas fossem criadas, a fim de estabilizar novamente o cenário
internacional. Posto que o padrão ouro havia se mostrado ineficiente após a primeira
guerra culminando na crise de 1929, passou-se a adotar então um novo modelo, o
chamado Padrão Ouro Dólar. Esse padrão lastreava as riquezas internacionais no dólar (
moeda norte americana) já que o modelo de capitalismo dos Estados Unidos e sua
importância na economia mundial saiam fortalecidos com a vitória dos aliados na
Segunda Guerra. O padrão e a estabilidade proporcionada pelo mesmo eram uma
maneira não só de permitir o desenvolvimento industrial das nações européias no pós
guerra, mas também de garantir que o capitalismo se firmasse nas nações em crise,
impedindo assim possíveis influências do socialismo soviético.
Ainda nesse contexto, eram estabelecidas mudanças na atuação do estado. É implantado
então um modelo chamado de “Wellfare State” em que o estado fazia a intermediação
entre o capital e o trabalho assumindo serviços e responsabilidades em relação à
sociedade. Esse modelo remete à Social Democracia da República de Weimar, e
apresenta uma mudança frente ao Liberalismo econômico presente nas nações
imperialistas.
Com o tempo, o mesmo modelo passa a se desgastar e sofrer limitações, à medida que
novas turbulências em âmbito mundial começam a aparecer, como por exemplo as
crises do petróelo, e que o estado assume grandes responsabilidades. Começam a
aparecer então problemas internos como a crise fiscal, em que as reservas do estado não
eram sulficientes para cobrir as responsabilidades assumidas por este, gerando como
consequência aumento dos impostos, inflação, aumento de dívidas, queda na
produtividade entre outros.
Desse modo, ficava claro que o o modelo adotado no pós guerra já não podia mais ser
mantido. Passava-se então a adotar medidas que remetiam ao antigo Liberalismo
Econômico, com diminuição da atuação do estado na economia, medidas de austeridade
fiscal e incentivos à iniciativa privada. Deu-se início assim ao perído conhecido como
“Neoliberalismo Econômico” que se punha como uma alternativa aos extremos do
Liberalismo Econômico e do Wellfare State, e tinha em suas bases a focalização dos
gastos públicos em educação, saúde e infra estrutura, fim de restrições à vinda de
empresas estrangeiras para o mercado interno, e estímulos à iniciativa privada.
O novo modelo aparecia em governos como o de Margareth Tatcher na Inglaterra,
Augusto Pinochet no chile e no governo de Ronald Reagan nos Estados Unidos.
A consolidação do neoliberalismo ocorre com “Consenso de Washington” em 1989,
quando são estabelecidas as bases do novo modelo econômico que seria adotado pelo
FMI, e pelas grandes potências.
Com um novo modelo econômico a ser regido no mundo, e com uma estabilidade maior
como consequência também do fim da guerra fria em 1991, o mundo passa a viver um
momento de livre comércio, em que empresas podem atuar em outros países livremente,
e desenvolver o seu capital em qualquer parte do mundo. Essa nova situação em que a
troca de capital e informações se dá de maneira mais rápida e constante caracteriza o
termo “Globalização” que rege o quadro e a política internacional desde a década de
1990 até os dias atuais.