3º estética (hegel)

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+ Estética Concepções hegelianas

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Estética

Concepções hegelianas

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n  Filosofia, ciência do belo, precisamente do belo artístico, pois dela se exclui o belo natural.

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n  A beleza criada pela arte seria muito inferior comparada à da natureza. E o maior mérito da arte residiria em aproximar as suas criações do belo natural.

n  Mas, se assim acontecesse, ficaria excluída da estética uma grande parte do domínio da arte.

n  O belo artístico é superior ao belo natural, por ser um produto do espírito que comunica essa superioridade dos seus produtos, à arte.

n  Tudo o que provém do espírito é superior ao que existe na natureza.

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n  Quando Hegel fala em superioridade, ele apenas indica uma diferença quantitativa.

n  A diferença entre o belo artístico e natural não é uma simples diferença quantitativa.

n  A superioridade do belo artístico provém da participação do espírito.

n  Só o espírito é verdade.

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n  O que é o belo natural, então?

n  O belo natural é reflexo do espírito, pois só é belo enquanto participante do espírito.

n  Ele é o modo imperfeito do espírito.

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n  O belo produzido pelo espírito é o objeto, a criação do espírito, e toda a criação do espírito é um objeto a que não se pode recusar dignidade.

n  Então, a estética vai ser o estudo das relações entre o belo artístico e o belo natural.

n  Objeto do estudo da estética é formado pelo domínio do belo e pelo domínio da arte.

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n  Sempre a arte foi para o homem instrumento de consciencialização das ideias e dos interesses mais nobres do espírito.

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n  Questão do objeto: n  A estética é diferente de ciências como a geometria e física, por

exemplo;

n  A natureza de seu objeto é subjetiva.

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n  A atividade do espírito (objeto) ou se traduz na formação de representações e intuições internas ou se mantém estéril.

n  Portanto, a estética não é uma ciência?

n  Esta dúvida quanto a saber se um objeto da representação e da intuição internas existe ou não existe de um modo geral é a dúvida que justamente desperta a mais novre exigência científica de demonstrar a sua necessidade.

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n  O que é o objeto? n  Nunca o objeto da estética possui as determinações tão

firmemente estabelecidas e tão geralmente aceites;

n  A própria estética elabora o seu próprio conceito e a justificação dele.

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n  Ponto de partida: n  Há obras de arte.

n  Temos na arte um particular modo de manifestação do espírito (uma das formas de manifestação do espírito).

n  E esse modo particular de manifestação do espírito constitui um resultado.

n  Para Hegel, a arte prepara a consciência de si, que, no seu ponto mais alto, faz surgir o pensamento filosófico.

n  Logo, a estética é concebida por Hegel como uma ciência filosófica.

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n  Objeções à ideia de Hegel: n  Infinidade e multiplicidade do domínio do belo;

n  O belo é objeto da imaginação, da intuição do sentimento, ou seja, ele não pode constituir objeto de uma ciência nem prestar-se à especulação filosófica.

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n  Como funciona a ciência?

n  A ciência procede da sequinte maneira: consiste em considerar certos objetos particulares, fatos, experiências, fenômenos e deduzir em seguida um conceito que seria, no caso da estética, o belo e sua teoria.

n  Segundo o critério da ciência, começa-se por dominar as formas particulares, classificá-las em gêneros e deduzir em seguida as regras particulares válidas em cada gênero e aplicáveis como receitas para a preparação e fabricação das obras de arte.

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n  Mas qual o problema em seguir esse método científico?

n  Seguindo o caminho dado pela ciência, torna-se impossível descobrir uma regra que distinga o que é belo do que não o seja.

n  É impossível formular um critério do belo. É impossível fixar regras gerais aplicáveis a arte.

Por quê?

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“De gustibus non disputandum”

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n  A metodologia científica não é aplicável a arte, pois, sempre que se tentar distinguir as espécies e os gêneros mediante determinações isoladas, encontrar-se-ão exemplos que escapam a essa determinação (Exemplo: biologia e a própria arte).

n  Por onde começar então?

n  Portanto, Hegel irá partir da ideia de belo, começando dela afastam-se oposições e a variedade desse objetos contraditórios.

n  A partir dessa ideia que se origina a variedade de formas e figuras da arte.

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n  A determinação geral que permanece é a de que a arte destina-se a despertar em nós sensações agradáveis.

n  Para Hegel essa definição é vaga, pois esse modo de pensar não vai além de resultados superficiais.

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n  Outra objeção se encontra provém da ignorância do critério que permite reconhecer o que é belo, e também da convicção ou opinião direta de que o belo não poderá pertencer ao âmbito da filosofia.

n  O pensamento tem um processo científico filosófico, e o belo e a arte são de uma natureza que escapam à possibilidade de filosofia.

n  A arte teria como campo de ação a esfera dos sentimentos e das intuições dependentes da imaginação e dirige-se assim a um domínio do espírito muito diferente do da filosofia.

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n  A tentativa de incutir um pensamento em uma obra destrói tudo o que ela tem de artístico.

n  Só que por ser a obra de arte de ordem espiritual, a arte se aproxima mais do espírito e do pensamento do que a natureza exterior.

n  Quando a obra de arte não exprime pensamentos e conceitos,mas representa o desenvolvimento do conceito a partir de si para uma alteração no exterior, até então o espírito pode apreender-se a si mesmo na forma que lhe é própria e que é a do pensamento.

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n  Portanto, o espírito revê-se nos produtos da arte.

n  A arte de nossos dias tem por finalidade servir de objeto ao pensamento. Nossos interesses e exigências deslocaram-se na esfera da representação.

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n  Será a arte aquilo que adorna os nossos ambientes, suaviza a seriedade das circunstâncias, atenua a complexidade do real, deleita com sortilégios os nossos devaneios e quando nada de bom produz, ocupado o lado do mal?

n  Poderá, portanto, parecer pedantismo querer tratar com seriedade científica aquilo que é desprovido de seriedade.

n  Nessa concepção a arte aparece como coisa supérflua.

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n  Hegel apresenta como defesa da arte a atribuição à arte finalidades sérias. Ela ocupa o papel medianeiro entre a razão e a sensibilidade e o papel de conciliadora.

n  Elevação X Frivolidade.

n  Seriedade X Indolência.

n  Arte = meio.

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n  Se a arte for considerada esse reino da aparência e da ilusão, ela não consegue realizar fins verídicos e dignos de perseguição.

n  Mas nada nos impede de afirmar que comparada com a realidade a aparência da arte seja ilusória, mas com idêntica razão se pode dizer que a chamada realidade é uma ilusão ainda mais forte.

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n  Por que a realidade é uma ilusão ainda mais forte?

n  Porque só é verdadeiramente real o que existe em si e para si, o que constitui a substância do espírito.

n  As obras de arte não são simples aparências e ilusões, mas possuem uma realidade mais alta e uma existência verídica.

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n  Em sua aparência, a arte deixa entrever algo que ultrapassa a aparência. O quê?

n  O pensamento.

n  Ao passo que o mundo sensível e direto não só não é a revelação do pensamento como ainda o dissimula numa acumulação de impurezas para que ele próprio se distinga e apareça como único representante do real e da verdade.

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n  Então, podemos dizer que a arte não pode constituir um objeto da ciência, embora dimite-se que ela pode proporcionar considerações puramente filosóficas?

n  Não, isso é uma falsa premissa.

n  Pois, a reflexão filosófica é inseparável da reflexão científica.

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n  O papel da filosofia consiste em considerar um objeto pela sua necessidade, por aquela necessidade que porvém da natureza do objeto e que à filosofia incumbe demonstrar.

n  É essa demonstração que confere caráter científico a um estudo.

n  Todavia é possível dizer que a arte não pode constituir objeto de um estudo científico por estar a serviço dos nossos prazeres e distrações.

n  Hegel salienta que a arte pode servir de meio a fins que lhe sejam estranhos.

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n  O mais alto destino da arte é comum ao da religião e da filosofia. Que destino é esse?

n  Como estas, a arte também é um modo de expressão do divino, das necessidades e exigências mais elevadas do espírito.

n  Porém, a arte se difere da religião e da filosofia pelo poder de dar às ideias elevadas uma representação sensível que as torna acessíveis.

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n  De si mesmo o espírito extrai as obras artísticas que constituem o primeiro anel intermediário destinado a ligar o exterior, o sensível e o perecível ao pensamento puro, a conciliar a natureza e a realidade finita com a liberdade infinita do pensamento compreensivo.

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n  Hoje, a arte apresenta um aspecto diferente do que teve em épocas anteriores.

n  Já não se veneram as obras de arte e a nossa atitude perante as criações artísticas é fria e refletida.

n  Antes, as obras de arte constituíam a mais elevada expressão da ideia.

n  A obra de arte solicita o nosso juízo, seu conteúdo e a exatidão da sua representação são submetidos a um exame refletido.

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n  Respeitamos e admiramos a arte, mas acontece que já não vemos nela qualquer coisa que não poderia ser ultrapassada e a submetemos à análise do pensamento, não com o intuito de provocar a criação de novas obras, mas antes com o fim de reconhecer a função e o lugar da arte na nossa vida.

n  Os bons tempos da arte grega são idos.

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A arte é coisa do passado.