4. Método Propostojulio/ana-cap-4-5-6-7.pdf · como deve ser construída a ontologia do UdI....

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64 4. Método Proposto O objetivo deste capítulo é apresentar e descrever os passos do método proposto para integrar o conhecimento obtido pelo modelo de processo de negócio, e pela ontologia do UdI, com intuito de facilitar a fase de elicitação de requisitos. Este método tem como objetivo principal auxiliar o engenheiro de requisitos na tarefa de elicitar requisitos mais aderentes ao negócio da organização e, desta forma, prover melhores artefatos para o desenvolvimento de sistemas de informação mais eficientes e que atendam às necessidades da empresa. O método é divido em cinco fases, que são apresentadas respectivamente nas seções 4.1, 4.2, 4.3, 4.4 e 4.5 deste capítulo. São elas: Conhecendo o UdI, Produzindo o conhecimento, Integrando o conhecimento e Exibindo o conhecimento integrado e Verificação entre modelos gerados. 4.1.Conhecendo o UdI Esta é a primeira fase do método, na qual o engenheiro de requisitos tem seu primeiro contato com o UdI; é quando começa a construir seu entendimento sobre o UdI da aplicação e a perceber as necessidades da organização. Nesta fase, o engenheiro consulta as fontes de informações do UdI, como documentos, pessoas da organização responsáveis por áreas chaves, sistemas existentes na organização, entre outros. Por esta ser uma fase de contato inicial, necessária para o entrosamento do engenheiro no UdI, não possui passos determinados a serem seguidos. O engenheiro de requisitos deve realizar estes primeiros contatos da maneira que julgar mais adequada para obtenção de um breve conhecimento sobre o Universo de Informações.

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4. Mtodo Proposto

O objetivo deste captulo apresentar e descrever os passos do mtodo

proposto para integrar o conhecimento obtido pelo modelo de processo de

negcio, e pela ontologia do UdI, com intuito de facilitar a fase de elicitao de

requisitos. Este mtodo tem como objetivo principal auxiliar o engenheiro de

requisitos na tarefa de elicitar requisitos mais aderentes ao negcio da

organizao e, desta forma, prover melhores artefatos para o desenvolvimento

de sistemas de informao mais eficientes e que atendam s necessidades da

empresa.

O mtodo divido em cinco fases, que so apresentadas

respectivamente nas sees 4.1, 4.2, 4.3, 4.4 e 4.5 deste captulo. So elas:

Conhecendo o UdI, Produzindo o conhecimento, Integrando o conhecimento e

Exibindo o conhecimento integrado e Verificao entre modelos gerados.

4.1.Conhecendo o UdI

Esta a primeira fase do mtodo, na qual o engenheiro de requisitos tem

seu primeiro contato com o UdI; quando comea a construir seu entendimento

sobre o UdI da aplicao e a perceber as necessidades da organizao. Nesta

fase, o engenheiro consulta as fontes de informaes do UdI, como documentos,

pessoas da organizao responsveis por reas chaves, sistemas existentes na

organizao, entre outros.

Por esta ser uma fase de contato inicial, necessria para o entrosamento

do engenheiro no UdI, no possui passos determinados a serem seguidos. O

engenheiro de requisitos deve realizar estes primeiros contatos da maneira que

julgar mais adequada para obteno de um breve conhecimento sobre o

Universo de Informaes.

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4.2. Produzindo o Conhecimento

Esta a segunda fase do mtodo, onde apresentado como o

conhecimento do modelo de processo de negcio e da ontologia pode ser

produzido para servir de insumo para a terceira fase do mtodo, na qual estes

conhecimentos sero integrados. Para isso, mostraremos, na subseo 4.2.1, as

maneiras utilizadas para obteno do conhecimento e em quais situaes devem

ser aplicadas. Na subseo 4.2.2, exibiremos alguns itens que auxiliam na

construo estruturada dos modelos. Na subseo 4.2.3, mostraremos como

deve ser construdo o modelo de processo de negcio e, na subseo 4.2.4,

como deve ser construda a ontologia do UdI. Finalmente, na subseo 4.2.5,

exibiremos como realizar a validao dos modelos construdos.

4.2.1.Formas de Obteno do Conhecimento

A proposta deste trabalho integrar, atravs de um mtodo, os

conhecimentos obtidos do modelo de processo de negcio e da ontologia,

visando facilitar a elicitao de requisitos. Para atingir este objetivo, temos que

obter estes conhecimentos. Esta obteno pode ser feita de trs formas:

1. Criando os conhecimentos, ou seja, criando os modelos de onde

provem estes conhecimentos.

Neste caso, produziremos os modelos de processo e de ontologia para

utilizarmos como fonte de conhecimento para o mtodo proposto.

2. Utilizando modelos j desenvolvidos.

Neste caso, devemos verificar os modelos existentes e definir se os

mesmos podem ser utilizados como fonte de conhecimento, ou seja, se

so equivalentes ao modelo de processo e de ontologia necessrios para

o mtodo proposto.

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3. Evoluindo modelos j desenvolvidos.

Neste caso, devemos verificar os modelos existentes e definir as partes

destes modelos que podem ser utilizados como fonte de conhecimento,

ou seja, que modelos ou partes de modelos podero ser evoludos para

se tornarem equivalentes ao modelo de processo e de ontologia

necessrios para o mtodo proposto.

Para as organizaes que no possuem o mapeamento de seus processos

e/ou a especificao formal do seu UdI (ontologia), ser necessrio constru-los.

Portanto, a forma mais indicada a primeira.

importante notar que, aps esta construo, se faz necessria uma

contnua atualizao dos modelos, em paralelo s modificaes que ocorrem no

UdI do negcio, para que em futuras utilizaes eles estejam aderentes ao

negcio.

Para organizaes que j construram seus modelos de processo e

ontologia, a segunda e a terceira forma so as mais adequadas. A deciso

depende da avaliao dos modelos que as organizaes possuem. Se forem

modelos compatveis com os necessrios execuo do mtodo, a segunda

forma a mais adequada; caso os modelos no sejam compatveis e necessitem

de uma evoluo para se compatibilizarem com os utilizados no mtodo, ento a

terceira forma a mais indicada. Mas vale salientar que de extrema

importncia verificar o controle de atualizao dos modelos, para evitar extrair

conhecimentos que no esto aderentes ao negcio.

Neste trabalho, utilizaremos a primeira forma para obteno dos

conhecimentos, a fim de auxiliar as organizaes que no possuem seus

processos e ontologias modeladas.

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4.2.2. Iniciando a Construo dos Modelos

Para uma construo estruturada dos modelos de processo e de

ontologia necessrio estabelecer, para cada modelo, os quatro itens listados

abaixo:

O mtodo: responsvel por estabelecer a seqncia de

passos necessria para o levantamento e modelagem das

informaes.

O meta-modelo: responsvel por definir as informaes

que deve ser modeladas.

A linguagem e sua notao: responsvel por definir a

forma de comunicao das informaes modeladas, os

smbolos e regras para represent-las.

A ferramenta: responsvel por dar apoio para

documentao das informaes.

Definimos estes itens como partes de uma construo estruturada do

modelo. Porque, seguindo estes itens, somos direcionados na construo do

modelo, afinal temos um guia para constru-lo (mtodo), um conjunto de

informaes que deve ser modelada (meta-modelo), uma linguagem na qual

podemos represent-lo (linguagem e notao) e um apoio para document-lo

(ferramentas).

4.2.3. Construo do Modelo de Processo

Para o desenvolvimento do Modelo do Processo de Negcio, conforme

explicitado na seo anterior, necessrio utilizarmos um mtodo, ou seja, o

passo-a-passo que conduz a atingir o objetivo de produzir um modelo de

negcio. Para tal, utilizaremos uma simplificao do mtodo de modelagem de

processo de negcio de [Sharp 00], selecionado no capitulo 2. Este mtodo

sofreu uma simplificao, pois o mesmo se estende at a criao de casos de

uso para o sistema, mas no objetivo desta modelagem derivar os casos de

uso; nosso objetivo conhecer o processo de negcio de uma organizao. Por

isso, fez-se necessria a simplificao do mtodo.

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Os passos do mtodo simplificado, utilizado na modelagem de processos

[Sharp 00], esto descritos abaixo:

1. Emoldurar o Processo

Identificar o conjunto de processos, que inclui tanto os

processos-alvo, que so o foco da modelagem, quanto

os processos que os rodeiam. Esta atividade ajuda a

clarificar os processos que esto dentro e fora do

escopo da modelagem.

Identificar os processos-alvo e seus limites (nome

evento iniciados, atores, resultados, entre outros)

Revisar ou documentar a misso, estratgia e objetivos

da organizao.

Mapear uma prvia estimada do processo.

Mapear uma prvia do processo aperfeioado.

Desenvolver um glossrio de termos do UdI.

Opcionalmente, iniciar uma documentao sobre as

observaes da cultura, competncias.

2. Entender o Processo Atual (AS-IS)

Mapear o workflow do processo corrente. Visando

identificar quem faz o que, o autor sugere utilizar os

diagramas swimlanes.

Investigar os outros objetivos da organizao, como

por exemplo, utilizao de algum sistema j existente na

organizao, polticas a seguir, metas de medies para

as atividades.

Identificar pontos fracos do processo.

Mapear uma avaliao final dos outros objetivos da

organizao, como suas regras, polticas, sistemas,

motivaes.

Documentar aspectos importantes de cultura,

competncias e sistemas de gerncia.

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3. Projetar o Novo Processo (TO-BE)

Esta fase est subdividida em dois estgios:

3.1. Caracterizar o Novo Processo (TO-BE)

Decidir a direo do novo processo (Continuar

como est? Realizar melhorias? Refazer o

processo?).

Desenvolver idias de novas funcionalidades para

o novo processo, baseadas nos objetivos em

conjunto com os outros objetivos.

Montar uma matriz com os objetivos e outros

objetivos e mapear as idias das novas

funcionalidades que o atendem.

Avaliando a matriz, selecionar novas

funcionalidades chaves para o novo processo.

3.2. Projetar o Workflow do Novo Processo (TO-BE)

Neste estgio desenvolvido o workflow do novo

processo.

Este passo 3 s necessrio ser executado caso perceba-

se que o processo sofrer evoluo para atingir novos

objetivos. Ou o usurio do processo est com problemas

em algumas atividades, ou para melhorar a execuo de

processo e/ou atividades.

Selecionado o mtodo para construo do modelo de processo de

negcio, precisamos estabelecer o meta-modelo no qual se basear o modelo

de processo. O meta-modelo selecionado foi o usual process [Fiorini 01],

conforme mostrado no capitulo 2, por, entre outras vantagens, ser um meta-

modelo com foco na reutilizao dos processos, ou seja, um meta-modelo

desenvolvido para permitir a reutilizao dos processos.

Escolhidos o mtodo e o metamodelo, partimos para selecionar a

linguagem que, conforme mostrado no capitulo 2, foi a linguagem do usual

process [Fiorini 01] que se mostrou mais adequada. Esta linguagem, porm,

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sofreu uma re-interpretao em alguns termos, para adequar suas informaes

com as informaes esperadas pelo mtodo proposto neste trabalho. Abaixo

mostramos as re-interpretaes feitas:

Polticas Este termo, segundo [Leite 98], tambm deve conter as

informaes de regras de negcio, bem como as informaes de tempo

estimado para durao das atividades.

Restrio Este termo dever conter as associaes das regras de

negcio com as atividades.

Pr-condio Este termo dever conter, segundo [Maffeo 92], as

informaes de tempo (evento temporal) e de eventos de entrada.

Ps-condio Este termo poder representar um fluxo de deciso, ao

abrir fluxos de atividades distintos, alm de representar as informaes

de eventos de sadas.

Durao do projeto Este termo dever conter a informao da durao

de implantao do processo, ao invs da durao do projeto conforme

definido pela autora [Fiorini 01].

Como mostrado anteriormente, no capitulo 2, a linguagem proposta por

[Fiorini 01] textual, no possui uma notao grfica prpria para representao

dos elementos do meta-modelo. A fim de facilitar a visualizao, bem como a

comunicao do processo, organizao e sequenciamento de suas atividades,

propomos, como complemento da linguagem textual, uma notao grfica

prpria da linguagem para representar graficamente alguns dos principais

elementos do processo (Figura 9):

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Atividade Macro

Atividade

Detalhada

Processo

Pr-condio

Ps-condio

Ator

(Responsavel

pela tarefa)

Artefato

Figura 9 - Notao para os principais elementos do usual process.

Por fim, para apoiar a documentao do modelo do processo, segundo o

meta-modelo e a linguagem proposta por [Fiorini 01], foi selecionada a

ferramenta SRP Sistema de Cadastro e Reutilizao de Processos de Negcio

desenvolvida neste trabalho, conforme foi mostrado no capitulo 2.

Ao final desta etapa, teremos o modelo de processo de negcio

construdo.

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4.2.4. Construo da Ontologia

Assim como na modelagem do processo, e conforme mostrado na

subseo 4.2.2, para modelar a ontologia do UdI necessrio estabelecer o

mtodo a ser seguido. O mtodo selecionado para a construo da ontologia,

conforme mostrado no capitulo 2, foi o processo semi-automtico para

construo de ontologia [Breitman 04], que utiliza o lxico como entrada para

iniciar sua execuo.

Durante a aplicao do mtodo selecionado, percebeu-se a necessidade

de realizar algumas alteraes com intuito de facilitar sua execuo. Portanto,

propomos o uso de algumas heursticas adicionais, que foram desenvolvidas

neste trabalho, para complement-lo. Estas heursticas esto descritas abaixo e,

para facilitar seu entendimento, utilizaremos exemplos do estudo de caso

proposto no capitulo 5:

a. Caso um termo, que no est presente no lxico, aparea

algumas vezes como o objeto direto/indireto dos verbos nos

relacionamentos das classes da ontologia: devemos considerar

que o mesmo pode ser um novo termo para o lxico e, portanto,

uma nova classe ou propriedade para a ontologia.

Ex.: O termo ps-graduao.

b. Uma descrio de impacto do lxico, com mais de um objeto

direto e/ou indireto: deve ser representado na ontologia por mais

de um relacionamento, ou seja, um relacionamento para cada

objeto. Depois deve ser verificada a consistncia destes

relacionamentos.

Ex.: O impacto do termo agncia de fomento: Agncia de

fomento oferece bolsa de fomento para o DI.

Relacionamentos na ontologia: 1- Oferece bolsa de fomento; 2-

Oferece para o DI.

c. Uma descrio do impacto no lxico com dois ou mais verbos

diferentes tambm geram dois ou mais relacionamentos para o

termo.

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Ex.: O impacto do termo formulrio de inscrio: Formulrio de

inscrio entregue pelo candidato na inscrio da ps para ser

avaliado pela comisso de ps-graduao.

Relacionamentos na ontologia: 1- entregue pelo candidato; 2-

avaliado pela comisso de ps-graduao.

d. Em relao aos termos disjuntos, acrescentar, na busca realizada

no vocabulrio do lxico (passo 3.1.1.4 e 5.1.2), a procura de

indcios de alternativa (ou exclusivo), alm dos indicativos de

negao j sugeridos pelo mtodo.

Ex.: Ou candidato de mestrado ou candidato de doutorado.

e. Os verbos do lxico, assim como seus impactos, devem fazer

parte dos relacionamentos da ontologia. Portanto, deve-se

verificar se na ontologia j existem classes que tenham

relacionamento que represente o verbo do lxico e cada um de

seus impactos. Caso no exista acrescentar o(s)

relacionamento(s).

Ex.: O verbo atribuir bolsa, tem um impacto que no est

relatado na ontologia como relacionamento: Aluno deve cumprir

os requisitos do novo regime de financiamento.

f. A heurstica anterior pode se tornar um forte indcio para auxiliar

na execuo do passo 5.1.1 no mtodo [Breitman 04], caso o ator

do verbo seja um termo estado do lxico.

Ex.: O verbo confirmar vaga tem como ator o candidato

aprovado (termo classificado como estado no lxico). Portanto,

candidato aprovado passa a ser uma classe, visto que o impacto

do verbo se tornou um relacionamento na ontologia (heurstica e).

g. Os estados que se transformarem em propriedades tambm tem

que ter seus impactos transformados em relacionamentos na

ontologia, caso os relacionamentos ainda no existam,

semelhante heurstica e.

Ex.: O estado Matrcula em admisso.

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h. No caso de um impacto no qual o objeto direto/ indireto um

verbo (ou um sinnimo do verbo), verificar se j no existe algum

relacionamento na ontologia que mapeou este relacionamento.

Afinal, segundo a heurstica e, todos os impactos dos verbos so

mapeados como relacionamentos, caso no exista acrescentar o

relacionamento.

Ex.: DAR efetiva inscrio do candidato, neste caso o objeto

direto do relacionamento um sinnimo de um termo do tipo

verbo do lxico (inscrio sinnimo de inscrever na ps-

graduao). Porm, este relacionamento (inscrever na DAR) j

foi mapeado na ontologia.

i. A heurstica anterior tambm vale para os termos do tipo estado.

Ex.: DAR cria matrcula em admisso.

j. Colocar os sinnimos dos termos na documentao da ontologia.

Heursticas para definio de sinnimos podem ser encontradas

em [Franco 92].

A aplicao do mtodo semi-automtico para construo de ontologias,

que transforma o lxico em ontologia [Breitman 04], complementado pelas

heursticas acima descritas, contribuiu para a elicitao das seguintes primitivas

bsicas da ontologia:

Classes e sua descrio;

propriedade das classes (slots): do tipo relacionamento

com outras classes;

conjunto de termos que possivelmente formaro uma

hierarquia;

axiomas.

O meta-modelo selecionado, o Frame Ontology, composto pelo

conjunto de informaes listadas na Figura 10 e, como podemos notar, na

comparao entre os itens do meta-modelo e itens elicitados com a aplicao do

mtodo, existem vrias destas informaes que no foram identificadas pelo

mtodo acima, so as informaes que faltaram.

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Figura 10 Conjunto de informao do meta modelo Frame Ontology.

Para auxiliar na identificao das informaes que faltaram, propomos,

abaixo, algumas heursticas que visam auxiliar na descoberta de algumas destas

informaes:

1. Hierarquia

O mtodo [Breitman 04] nos fornece o conjunto de termos que tem

relacionamentos idnticos e, possivelmente, podem fazer parte de uma

hierarquia (item 6 do mtodo [Breitman 04] (Figura 8)). Portanto, podemos nos

utilizar das seguintes heursticas para organiz-las hierarquicamente:

1. Na posio de cima deve ficar o termo que tem apenas os

relacionamentos comuns (superclasse), e embaixo os termos que tem

,alm destes relacionamentos, mais outros relacionamentos (sub-

classes).

2. Verificar a relao de is a e/ou um tipo de entre os termos que

esto embaixo (sub-classes) em relao ao que est em cima

(superclasse). Esta verificao pode ser feita observando se existe,

no impacto ou na noo, algum relacionamento que indique esta

relao, ou mesmo em entrevistas e/ou documentao do UdI.

3. Verificar consistncia da ontologia.

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Existem alguns casos em que pode haver confuso na definio da

hierarquia entre termos, abaixo listamos dois casos onde verificamos a

possibilidade de ocorrncia de equvocos na definio da hierarquia entre termos

da ontologia:

Caso 1. Hierarquia ou Relacionamento Parte de?

Deve-se verificar nos conjuntos de termos, que possivelmente formaram

uma hierarquia (resultado da aplicao do mtodo [Breitman 04]), os seguintes

pontos que procuram clarear as diferenas entre estes dois conceitos:

Na hierarquia, as sub-classes so um tipo da superclasse. No

relacionamento Parte de, as sub-classes so partes da, ou melhor,

so-uma super-classe e, como partes de um conjunto, no

possuem a relao de herana.

Estamos utilizando os termos sub-classe e superclasse num

relacionamento partes de apenas para fins de prover um melhor

entendimento de que a sub-classe est contida na super-classe,

por isso a aplicao das aspas, porm, conforme dito acima, no

existe relacionamento hierrquico entre estas classes.

As classes que possuem um relacionamento Parte de podem ter

relacionamento forte, no qual depende da superclasse para existir

(ex.: membros da comisso parte da comisso de ps-

graduao e, neste caso, membros da comisso no existe se no

existir a comisso de ps-graduao); ou relacionamento fraco, no

qual as sub-classes tm existncia independente da superclasse

(ex.: histrico escolar parte da documentao do candidato e,

neste caso, o histrico escolar tem existncia independente da

documentao do candidato).

Estas verificaes podem ser feitas observando se existe na descrio ou

no relacionamento das classes, ou mesmo em entrevistas e/ou documentao

do UdI algum indcio que comprove o descrito nos pontos acima. Caso seja

comprovado, ao classificar os relacionamentos dos termos como Partes de ou

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herana, deve-se verificar a consistncia destes relacionamentos no contexto

da ontologia.

Caso 2. Classe ou Instncia?

Deve-se verificar, para cada classe da ontologia, se atende aos pontos

listados abaixo. Caso atendam, devem ser classificadas com instncias:

Se existe um conjunto de classes com atributos e relacionamentos

idnticos (provavelmente j faz parte do conjunto de termos que,

possivelmente, formaro uma hierarquia). Em seguida, verificar quais

destas classes s tem sentido no UdI se tiverem seus atributos

preenchidos com valores.

Observar qual(is) classes no podem ser instanciadas.

As classes que obedeceram s heursticas acima, provavelmente so

instncias da classe que no obedeceu s heursticas, como exemplo temos:

Agncia de fomento, Capes, Cnpq, Faperj (conjunto de termos que

possivelmente formaram uma hierarquia). As trs ltimas no podem ser

instanciadas e s fazem sentido no UdI se estiverem com seus atributos

preenchidos. Logo, so instncias de Agncia de Fomento. Aps a classificao

como classes ou instncias deve-se verificar a consistncia no contexto da

ontologia.

2. Atributos das Classes

Os termos que esto classificados como estados no lxico so

candidatos a serem atributos do termo ao qual o estado atribudo,

como, por exemplo, o termo matriculado um estado atribudo ao

candidato e pode ser considerado como um atributo do mesmo.

Outros atributos tambm podem ser descobertos atravs de

entrevistas e/ou documentao do UdI.

Aps a classificao dos termos como atributo, deve-se verificar a

consistncia no contexto da ontologia.

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Nota-se que nem todas as informaes foram identificadas, ou pelo menos

tiveram sua identificao auxiliada, atravs de heursticas. Para estas

informaes recomenda-se a utilizao de entrevistas e/ou documentao do

UdI para identific-las.

Figura 11 - Informaes no identificadas pelas heursticas.

Para documentar a ontologia produzida, selecionamos, conforme

mostrado no captulo 2, uma ferramenta que bastante referenciada na literatura

e de livre distribuio, o Protege. Esta ferramenta foi desenvolvida com base no

meta-modelo Frame Ontology [Gruber 93] e possui plugins para permitirem

converter a ontologia modelada em diversas linguagens, como RDF, OWL, XML.

Em resumo, ao final desta etapa, teremos a ontologia construda a partir da

aplicao do mtodo semi-automtico de construo da ontologia [Breitman 04],

complementado pelas heursticas apresentadas anteriormente e por entrevistas

com atores do UdI e documentao do UdI.

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4.2.5.Validao dos Modelos Construdos

Os modelos construdos devem ser validados pelos usurios responsveis

para, desta forma, validarmos a consistncia dos modelos com o UdI. Esta

validao realizada atravs da demonstrao dos modelos construdos para os

usurios e coleta dos feedbacks fornecidos pelos mesmos durante a

demonstrao dos modelos. A partir destes feedbacks os modelos so

refinados e retro-alimentados.

Com o processo de negcio modelado, a ontologia do negcio construda

e ambos os modelos validados temos os insumos necessrios para integrar

estes conhecimentos na terceira fase do mtodo, descrita na prxima seo.

4.3. Integrando o Conhecimento

O objetivo desta seo apresentar a terceira fase do mtodo proposto

para integrar os conhecimentos, obtidos com o modelo de processo e ontologia

gerados na seo anterior, com intuito de auxiliar o engenheiro de requisitos na

sua tarefa de elicitao de requisitos de sistemas de informao para a

organizao.

Na subseo 4.3.1 apresentaremos o embasamento terico que foi

utilizado como fonte para criao do mtodo de integrao dos conhecimentos.

Na subseo 4.3.2 mostraremos a preparao para o mtodo de integrao de

conhecimento e, finalmente, na subseo 4.3.3 mostraremos o mtodo de

integrao de conhecimento.

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4.3.1.Embasamento Terico

A integrao dos conhecimentos teve sua concepo baseada na idia do

EM [Bubenko 99] que, segundo o autor, define-se como:

Enterprise Modelling consists of several submodels of knowledge,

that are developed in group activities, by users, stakeholders, and

requirements engineers, during particular knowledge acquisition

processes. The submodels are: Objectives Model (OM),Activities & Usage

Model (AUM), Actors Model (AM), Concept Model (CM) and Information

System Requirements Model (IRSM). All the submodels are interrelated

by the intermodel links

O EM mostra que, para produo de modelos organizacionais mais

completos, as ligaes entre modelos so essenciais porque tornam o

conhecimento mais disponvel, sendo possvel ver porque certos processos e

requisitos do sistema de informao tm que ser introduzidos [Pdua 04].

As ligaes propostas pelo EM so ilustradas na figura abaixo:

Figura 12 - Ligaes entre os modelos organizacionais no EM [Bubenko 94].

Seguindo a linha das ligaes entre modelos propomos, no mtodo de

integrao de conhecimento, criar ligaes entre os modelos de processo e

ontologia. Algumas dessas ligaes so derivadas do EM (conforme pode ser

verificado nos passos do mtodo de integrao de conhecimento), apesar do EM

ter 5 sub-modelos (OM, AUM, AM, CM e IRSM), enquanto nosso mtodo tem 2

modelos, porm podemos considerar que OM,AUM e AM so,

aproximadamente, equivalentes ao modelo de processo, enquanto o CM ,

aproximadamente, equivalente ontologia.

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Quando dizemos que um modelo do EM aproximadamente equivalente a

um modelo do mtodo, estamos querendo mostrar que estes modelos possuem

informaes diferentes, apesar de, em suas essncias, modelarem o mesmo tipo

de informao. Um exemplo disto o CM e a ontologia,.ambos, em sua

essncia, modelam os conceitos e relacionamentos de um UdI, ou seja,

especificam o UdI, porm possuem informaes diferentes: a ontologia modela

os axiomas entre os conceitos enquanto o CM no modela.

Nas prximas sees apresentamos, respectivamente, os passos da

preparao para mtodo de integrao do conhecimento e o prprio mtodo.

Este visa auxiliar a fase de elicitao de requisitos, facilitando a busca, ou

melhor, a elicitao de informao, atravs da produo de informao de

maneira estruturada, permitindo rastrear as fontes da qual provieram a

informao e apresentando informaes consideradas essenciais para a criao

do documento de requisitos.

4.3.2.Preparao para o Mtodo de Integrao dos Conhecimentos

Passo 1. Organizar Entradas para o Mtodo:

1. A modelagem de processo do negcio

A modelagem selecionada para ser utilizada neste mtodo foi a

da [Fiorini 01], conforme apresentado na subseo 4.2.3.

2. A ontologia da linguagem utilizada na modelagem de processo

A ontologia foi desenvolvida com base na documentao da

linguagem de modelagem de processo da [Fiorini 01].

3. A ontologia do UdI

A ontologia foi desenvolvida utilizando o processo semi-

automtico para construo de ontologia a partir do lxico

[Breitman 04], e complementada por algumas heursticas,

conforme apresentado na subseo 4.2.4.

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4. Solicitao do cliente + necessidades

Estas informaes foram obtidas na etapa de conhecimento do

UdI (seo 4.1).

Passo 2. Conhecer o UdI Atual do Negcio:

O engenheiro de requisitos dever navegar pelas entradas 1, 2 e 3 do

mtodo, da seguinte maneira:

1. Compreenso da linguagem na qual o processo est representado. Para tal,

o engenheiro de requisitos deve:

1.1. Conhecer a notao utilizada na linguagem de modelagem do

processo.

A especificao desta notao deve ser encontrada na ontologia

da linguagem, assim como na documentao da linguagem de

modelagem de processo.

1.2. Conhecer o significado de cada notao. Estes significados

devem ser encontrados na ontologia da linguagem.

O engenheiro de requisitos deve buscar, na documentao,

classes da ontologia, seus significados e seus relacionamentos

com outras classes.

2. Compreenso do processo atual do negcio.Para tal, o engenheiro de

requisitos deve:

2.1. Conhecer o processo de negcio. A especificao deste

processo deve ser encontrada nos modelos do processo do

negcio.

2.2. Conhecer o UdI. A especificao deste UdI deve ser

encontrada na ontologia do UdI.

3. Compreenso inter-relacionada das entradas. Para realizar este passo, o

engenheiro de requisitos deve navegar pelo modelo de processo e, medida

que for encontrando:

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83

3.1. Termos especficos do UdI do negcio: deve buscar na

documentao das classes, na ontologia do UdI, seus significados.

3.2. Notaes prprias da linguagem: deve buscar, na

documentao das classes, na ontologia da linguagem, seus

significados.

Passo 3. Focar no Processo que envolve a Solicitao do Usurio e o(s) Processo(s) Relacionado(s):

O engenheiro de requisitos, aps ter obtido um breve conhecimento da

situao atual do UdI, deve selecionar e focar no processo que est relacionado

com a solicitao e as necessidades do usurio. Neste momento, deve atentar

tambm para pontos do processo-foco que tem ligao com outros processos do

UdI.

4.3.3.Mtodo de Integrao dos Conhecimentos

Passo 1. Gerar lista de objetivos com atividades macro do processo-foco e com atividades macro dos processos relacionados:

O engenheiro de requisitos deve listar todas as atividades macro e o

objetivo do processo-foco, bem como as dos processos relacionados

selecionadas no passo 3 da preparao para o mtodo.

Onde encontrar as informaes:

Processo e sua descrio e objetivo: No SRP na visualizao do

processo, respectivamente os itens nome, descrio e objetivo.

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84

Figura 13 - Visualizao do processo Ferramenta SRP.

Atividades macro: No SRP na visualizao da rvore do processo

temos todas as atividades do processo e, clicando em cada uma

das atividades, temos suas descries, no item descrio.

Figura 14 - rvore do processo Ferramenta SRP.

Figura 15 - Visualizao da Atividade Macro Ferramenta SRP.

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85

Contribuio:

Mostra ao engenheiro de requisitos uma viso geral dos objetivos dos

processos (foco e os relacionados). Estes objetivos so teis na

elicitao dos requisitos, visto que os requisitos devem estar

aderentes aos objetivos do processo.

Separao das atividades macro de cada processo esto

contribuindo para atingir os objetivos das que esto desvinculadas do

objetivo.

o Estas atividades podem ser fontes de requisitos

Verificar se os processos com suas atividades esto descritos de

maneira coerente com seus objetivos.

Pode servir de base para extrao dos objetivos do sistema.

Passo 1.1. Gerar Lista de Atividades Macro do Processo Foco

Relacionadas com outros Processos:

O engenheiro de requisitos deve analisar todas as atividades do processo-

foco, atravs de suas descries, para selecionar as atividades que tem algum

relacionamento com os outros processos listados no passo 3.

Contribuio:

Mostrar ao engenheiro de requisitos uma viso de quais atividades

podem causar impactos em outros processos ou ser afetadas pelos

mesmos.

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86

Passo 2. Gerar Lista de Atividades x Responsveis:

Para o processofoco, o engenheiro de requisitos deve extrair todas as

suas atividades macro e detalhadas, com suas respectivas descries, bem

como, suas relaes de nvel hierrquico, caso existam. Para cada uma destas

atividades, devem ser exibidos seus responsveis com as descries de suas

funes.

Onde encontrar as informaes:

Atividades macro, descrio e responsveis: No SRP na

visualizao da rvore do processo temos todas as atividades do

processo e, clicando em cada uma das atividades, temos suas

descries, no item descrio e no item funo temos o responsvel

por execut-la.

Atividade detalhada, descrio e responsveis: No mesmo caminho

da atividade macro, sendo que, na rvore de processo, a atividade

detalhada encontra-se dentro, ou seja, no nvel hierrquico abaixo

da atividade macro.

Figura 16 - Atividade detalhada na arvore do processo - Ferramenta SRP.

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87

Figura 17 Item Funes: corresponde ao responsvel por executar a atividade macro -

Ferramenta SRP.

Relaes de nvel hierrquico: No SRP na visualizao da

hierarquia da rvore do processo.

Descrio da funo dos responsveis: No SRP na visualizao da

tabela auxiliar Funes, no item descrio.

Figura 18 - Tabela auxiliar Funo exibindo a descrio da funo Ferramenta

SRP.

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88

Contribuio:

Conhecer os responsveis pelas atividades do processo e, desta

forma, saber, de maneira simples, quem entrevistar para obter mais

informao sobre o processo e/ou atividade.

Os responsveis so funes que possuem descrio. Logo,

possvel verificar se a atribuio das atividades aos responsveis est

coerente com a competncia descrita na funo.

Pode servir de base para extrao dos futuros requisitos e seus

atores.

Passo 3. Gerar Lista de Atividades x Entradas x Sadas:

Reproduzir a lista de atividades geradas no passo anterior, adicionando as

informaes de entradas (pr-condio) e sadas (ps-condio) de todas as

atividades, identificando as que so artefatos, atividades e eventos.

Onde encontrar as informaes:

Entradas e sadas das atividades com suas respectivas

identificaes: No SRP na visualizao da rvore do processo

temos todas as atividades do processo e, clicando em cada uma

das atividades, encontramos suas entradas e sadas.

Artefatos: So encontrados no item artefatos de entrada e artefatos

de sada.

Atividades: So encontrados na visualizao da hierarquia da rvore

de processos.

Eventos: So encontrados nos itens pr-condio e ps-condio.

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89

Figura 19 - Entradas das atividades Ferramenta SRP.

Contribuio:

Pode auxiliar na definio da ordem de prioridade para

desenvolvimento das funcionalidades.

Visualizao consolidada das atividades, eventos e artefatos, que so

necessrios para iniciar uma atividade.

Visualizao consolidada das atividades, eventos e artefatos, que so

esperados como resultados da execuo de uma atividade.

Pode servir de base para extrao das pr-condies e ps-

condies das funcionalidades.

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90

Passo 4. Gerar Lista de Atividades x Relacionamentos:

Reproduzir a lista de atividades gerada no passo 2. O nome das atividades

no processo composto por ao e objeto. O engenheiro de requisitos deve

procurar no objeto de cada atividade termos que sejam mencionados na

ontologia, sejam estes termos classificados como classes ou slots da ontologia.

Encontrados estes termos, o engenheiro deve adicion-los lista, associando a

atividade que o mencionou com sua descrio e todos os relacionamentos que o

envolvem.

Onde encontrar as informaes:

Termos Classes: No Protege na visualizao das classes.

Termos Slots: No Protege na visualizao dos slots.

Figura 20 - Classes e Slots Ferramenta Protege.

Descrio dos termos: No Protege no item de documentao da

classe e do slot.

Relacionamentos: No Protege no slot da classe classificadas

como instance-type.

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91

Figura 21 - Descrio e relacionamento Ferramenta Protege.

Contribuio:

Os relacionamentos referentes aos termos da atividade podem indicar

novas atividades que no apareceram na modelagem de processo, e

que so necessrias para desenvolvimento do sistema.

Conhecendo outros relacionamentos dos termos utilizados na

atividade, podemos verificar possveis impactos que esta atividade

pode causar em outras.

Passo 5. Gerar Lista de Atividades x Axiomas/ Regras de Negcio:

Reproduzir a lista de atividades, gerada no passo 2, associando a cada

atividade suas regras de negcio e axiomas. As regras de negcio podem ser

provenientes do processo ou da ontologia. As provenientes do processo esto

diretamente associadas s atividades, porm, para descobrir as regras de

negcio e axiomas, provenientes da ontologia necessrio procurar, no objeto

de cada atividade, termos que sejam mencionados na ontologia. Encontrados

estes termos, o engenheiro deve adicionar lista, as regras de negcio e

axiomas dos termos das atividades que o mencionaram.

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92

Onde encontrar as informaes:

Regras de negcio: No SRP na visualizao da rvore do

processo, temos todas as atividades do processo e, clicando em

cada uma das atividades, encontramos o item restries onde est

descrita a regra de negcio associada atividade.

Regras de negcio e axiomas: No Protege na visualizao da

classe no item constraint.

Contribuies:

Visualizao consolidada de todas as regras que as atividades devem

seguir.

Pode servir de base para as regras de negcio do sistema.

Passo 6. Gerar Lista de Atividades x Restries:

Reproduzir a lista de atividades, gerada no passo 2, adicionando as

restries (cardinalidade) de cada termo, que aparecem no objeto da atividade, e

mencionado na ontologia.

Onde encontrar as informaes:

Restries-Cardinalidade: No Protege na visualizao dos slots

(classificados como instance-type) de cada classe.

Contribuies:

As restries das atividades (cardinalidade) so um tipo de

informao utilizada na elicitao de requisitos, como restries do

negcio, que devem ser seguidas para que os requisitos fiquem

aderentes ao negcio. Exemplo: Temos na ontologia, exibida no

estudo de caso, o slot classificado como instance type, atribui.

Este possui cardinalidade 1 n entre as classes Comisso de ps-

graduao e Bolsa. Traduzindo para uma restrio de negcio,

temos que a comisso de ps-graduao pode atribuir de 1 a n

bolsas.

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93

Passo 7. Gerar Lista de Atividades Apoiadas por Sistemas:

Reproduzir a lista de atividades, gerada no passo 2, adicionando

informao se a atividade ou no apoiada por sistemas, e sendo apoiada,

dizendo por qual sistema.

Onde encontrar as informaes:

Sistema: No SRP na visualizao da rvore do processo temos

todas as atividades do processo e, clicando em cada uma das

atividades, encontramos o item ferramentas, que informa qual

sistema apia a atividade.

Contribuies:

Conhecer as atividades que possuem sistemas, para uma futura

integrao do mesmo com o sistema que ser desenvolvido.

Verificar se os sistemas esto atendendo realizao das atividades,

com intuito de verificar a necessidade de modificar ou no o sistema.

Passo 8. Exibir os Atributos dos Termos do UdI com suas Restries

(cardinalidade, valores, tipo de dados):

Montar uma lista com todas as classes da ontologia do UdI e, para cada

classe, exibir todos os seus atributos; para cada atributo, exibir suas restries.

Onde encontrar as informaes:

Tipo da classe: No protege na visualizao da classe no item

Role.

Atributos da classe: No Protege na visualizao dos slots

(classificado como string, float, integer, boolean ou symbol) de cada

classe.

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94

Tipos do atributo: No Protege na visualizao dos slots

(classificado como string, float, integer, boolean ou symbol) de cada

classe, verificando a classificao do mesmo.

Valores padro do atributo: No Protege na visualizao dos slots

(classificado como string, float, integer, boolean ou symbol) de cada

classe, no item default value.

Template do valor do atributo: No Protege na visualizao dos

slots (classificado como string, float, integer, boolean ou symbol) de

cada classe no item template value.

Contribuio:

Prvia o modelo de dados.

Passo 9. Exibir a Organizao Hierrquica dos Termos do UdI:

Montar uma viso como todas as classes da ontologia e suas subclasses.

Onde encontrar as informaes:

Hierarquia: No Protege na visualizao das classes.

Contribuio:

Conhecer a informao de que os termos sub-classes, na ontologia,

possuem todas as caractersticas do termo superclasse,

possibilitando descries de requisitos mais sucintas. Por exemplo:

numa especificao dos atributos dos termos para construo de um

cadastro, mostrando que os termos so hierarquicamente

relacionados, no necessrio descrever, para ambos os termos,

todos os atributos comuns.

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95

4.4. Exibindo o Conhecimento Integrado

O objetivo desta seo apresentar a quarta fase do mtodo, na qual

exibiremos um mapeamento entre as informaes geradas na integrao, ou

seja, o conhecimento integrado, e as informaes necessrias para o documento

de requisitos do IEEE.

O resultado do trabalho de um engenheiro de requisitos so os requisitos

para o desenvolvimento de um sistema. A maneira utilizada para apresentao

destes requisitos um documento de especificao de requisitos, e um dos mais

utilizados o documento do padro IEEE 830 1998 de Especificao de

Requisitos de Software.

O intuito deste trabalho auxiliar o trabalho do engenheiro de requisitos,

portanto, depois de geradas as informaes resultantes da aplicao do mtodo

de integrao de conhecimentos, realizamos o mapeamento de correspondncia

entre as informaes resultantes da aplicao do mtodo e os itens do

documento do IEEE.

importante salientar que as informaes resultantes da aplicao do

mtodo no preenchem diretamente os itens do documento do IEEE. Estas

informaes no tm o intuito de gerar os requisitos para preencher o

documento do IEEE. Seu intuito facilitar o trabalho de engenheiro fornecendo,

de maneira estruturada, as informaes necessrias para que o mesmo

desenvolva os requisitos ou, at mesmo, saiba onde buscar mais informaes

para descrever os requisitos do sistema.

Abaixo exibida a tabela que contm o mapeamento da correspondncia

entre as informaes resultantes da aplicao do mtodo e os itens do

documento do IEEE:

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96

Resultado do mtodo Documento IEEE

Passo1(item 1) da Preparao para o mtodo

1.4 - Escopo do Produto

Passo 1 da Preparao do Mtodo

1.5 Referncias

Passo 3 da Preparao para o mtodo e Passo1(item 4) da Preparao para o mtodo

1.1 Propsito

Resultado do Passo1 do Mtodo 2.2 - Funes do Produto

Resultado do Passo2 do Mtodo 2.3 - Classes de Usurios e Caractersticas

Resultado do Passo7 do Mtodo 3.3 - Interfaces com outros Sistemas

Resultado do Passo5 do Mtodo 5.5 Regras de Negcio

Resultado do Passo3 da Preparao para o mtodo e Resultado do Passo1.1 do Mtodo e Resultado do Passo4 do Mtodo

2.6 - Premissas e Dependncias

Resultado do Passo2 do Mtodo 4.1 - Funcionalidades do sistema

Resultado do Passo3 do Mtodo 4.2 - Descrio e Prioridade

Resultado do Passo3 do Mtodo 4.3 - Seqncias de Estmulos e Respostas Resultado do Passo2 do Mtodo e Resultado do Passo4 do Mtodo e Resultado do Passo6 do Mtodo

4.4.Requisitos Funcionais

Resultado do Passo1 (item 3) da Preparao para o mtodo

6.6 Apndice A:Glossrio

Resultado do Passo8 do Mtodo Apndice B: Modelos de Anlise

Tabela 3 - Mapeamento da correspondncia entre as informaes resultantes da

aplicao do mtodo e os itens do documento do IEEE.

Como podemos notar, alguns itens do documento gerado no foram

diretamente mapeados para o documento do IEEE. Porm, estes itens serviram

como fonte de informao para o engenheiro de requisitos para conhecer melhor

o UdI e conseguir gerar requisitos mais aderentes ao negcio.

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97

4.5.Verificando os Modelos Gerados

Alm do auxlio no desenvolvimento dos requisitos, a proposta de juno

do processo de negcio com a ontologia tambm proporciona a verificao de

consistncia entre eles. Por estes modelos possurem informaes semelhantes,

possvel encontrar dados que se apresentem em um modelo e no constem no

outro. Assim, durante a anlise dos modelos, consegue-se fazer uma verificao

destas informaes inconsistentes entre os modelos de processos e da ontologia

do negcio. E, desta forma, complet-los, ou seja, re-alimentar os modelos com

o feedback obtido nesta verificao, para que os modelos fiquem mais completos

e consistentes entre si.

4.6.Concluso

Neste captulo, apresentamos o mtodo proposto neste trabalho para

auxiliar na elicitao dos requisitos de sistemas de informao. Este mtodo tem

suas etapas resumidas na figura abaixo:

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98

SEGUNDA FASE

TERCEIRA FASE

PRIMEIRA FASE

Conhecendo o udi

Produzindo o

conhecimento

Integrando o

conhecimento

Formas de

Obteno do

conhecimento

Iniciando a

construo

dos modelos

Construo do

modelos de

processos

Construo da

Ontologia

Breve conhecimento

sobre o udi

Modelo de Processo

de Negcio

e

Modelo ontologico

do udi

Gerar lista de

objetivos com

atividades macro do

processo-foco e com

atividades macro dos

processos

relacionados

Gerar lista de

atividades

macro do

processo foco

relacionadas

com outros

processos

Gerar lista de

atividades x

Responsveis:

Gerar lista de

atividades x

Entradas x

Sadas:

Gerar lista de

atividades x

Relacionament

os

Gerar lista de

atividades x

Axiomas/

Regras de

Negcio:

Gerar lista de

atividades x

Restries:

Gerar lista de

atividades

apoiadas por

sistemas

Exibir os

atributos dos

termos do

domnio com

suas restries

Exibir a

organizao

hierrquica

dos termos do

domnio

Validao dos

modelos

construidos

Organizar

entradas para

o metodo

Conhecer o

dominio atual

do negcio

Focar no

processo que

envolve a

solicitao do

usurio e o(s)

processo(s)

relacionado

Preparao

para o

metodo

Metodo

QUARTA FASE

Exibindo o

conhecimento

Conhecimento

integrado

QUINTA FASE

Verificando os

modelos gerados

Modelos gerados

retroalimentao

Feed

back

Figura 22 - Resumo do mtodo proposto.

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99

Salientamos que este mtodo foi desenvolvido para as entradas

especificadas no passo 1 da preparao para mtodo de integrao do

conhecimento (subseo 4.3.2). Para utilizar qualquer outra entrada,

necessrio realizar adaptaes no mtodo.

No prximo captulo mostraremos, num estudo de caso realizado numa

organizao real, o passo-a-passo da aplicao do mtodo proposto.

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100

5. Estudo de Caso

O objetivo deste captulo apresentar um estudo de caso, onde aplicamos

o mtodo proposto no capitulo anterior numa organizao real e mostramos os

resultados desta aplicao. Na seo 5.1 mostraremos o ambiente do estudo de

caso; na seo 5.2 apresentaremos como foi o processo de construo do

estudo de caso; e na seo 5.3 veremos o passo-a-passo da aplicao do

estudo de caso, bem como os resultados produzidos em cada passo.

5.1. Ambiente do Estudo de Caso

O estudo de caso foi realizado na ps-graduao do Departamento de

Informtica da PUC - Rio. A ps-graduao de Informtica na universidade PUC

- Rio engloba os cursos de mestrado e doutorado, e vem sendo a ps-graduao

melhor conceituada na avaliao trienal da CAPES aos cursos de ps-

graduao existente no Brasil, desde o inicio da avaliao.

O foco deste estudo de caso foi auxiliar na elicitao de requisitos para

uma futura automatizao do processo de admisso para ps-graduao. Para

tanto, utilizamos, como fontes de informao, entrevistas com o Coordenador da

ps-graduao de Informtica, com a secretria da ps-graduao, alunos da

universidade, alm da documentao disponibilizada pela PUC - Rio.

5.2.Processo de Construo do Estudo de Caso

O processo de construo do estudo de caso utilizou uma estratgia

orientada ao processo para conduzi-lo. Este processo iniciou-se com a

realizao de entrevistas, com o Coordenador da ps-graduao e com a

secretaria da ps, alm de leitura dos documentos fornecidos pelos

entrevistados e disponveis no site. Reunida as informaes absorvidas nesta

fase primria, iniciamos a construo do modelo de processo do negcio, bem

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101

como o lxico do UdI (admisso na ps-graduao).Finalizada esta primeira

verso, o modelo de processo e o lxico foram submetidos a uma validao dos

entrevistados. Com o resultado desta validao, foi feito um refinamento dos

modelos. Se necessrio, pode-se realizar mais validaes at chegar a um

modelo final. A partir do lxico, construiu-se a ontologia do UdI, que, assim como

o modelo de processo, passou pelo processo de validao e refinamento. Com

os dois modelos (processo e ontologia) em suas verses finais, aplicamos o

mtodo para integrao destes conhecimentos.

A Figura 23 exibe um resumo do processo utilizado na construo do

estudo de caso e na prxima seo apresentamos o passo-a-passo de aplicao

do mtodo proposto no estudo de caso.

Figura 23 Processo utilizado na construo do estudo de caso.

5.3. Aplicao do Mtodo Proposto no Estudo de Caso

Para explicar a aplicao do mtodo, em cada passo, utilizaremos a

seguinte organizao:

Descrio do que foi executado no ambiente do estudo de caso;

resultados obtidos.

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102

5.3.1. Conhecendo o UdI

Nesta fase realizamos as primeiras entrevistas e leituras dos documentos.

Resultados:

Iniciamos um relacionamento com o usurio e construmos as primeiras

noes do UdI, bem como um entendimento inicial de como funciona o

processo de admisso na ps-graduao.

5.3.2. Produzindo o Conhecimento

5.3.2.1. Formas de Obteno do Conhecimento

No ambiente do estudo de caso no havia nenhum modelo de processo

da admisso na ps-graduao, assim como nenhuma ontologia que

mapeasse este UdI.

Resultados:

Selecionamos a forma: Criando os conhecimentos.

5.3.2.2. Construo do Modelo de Processo

Seguindo o mtodo selecionado para a construo do modelo de

processos, temos:

a. Emoldurar o Processo

Identificar o conjunto de processos, que inclui tanto os

processos alvos, que so o foco da modelagem, quanto

os processos que os rodeiam. Esta atividade ajuda a

clarificar os processos que esto dentro e fora do

escopo da modelagem.

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103

Resultados:

o Processo de Admisso na ps-graduao. o Processo de Matrcula de novos alunos. o Processo de Renovao de matrcula. o Processo de Alterao de matrcula. o Processo de Gerncia de bolsas. o Processo de Gerncia de disciplinas. o Processo de Acompanhamento do aluno. o Processo de Reviso do Programa de ps-graduao. o Processo de Produo Acadmica.

Identificar os processos-alvo e seus limites.

Resultados:

o Processo de Admisso na ps-graduao. o Processo de Matrcula de novos alunos. o Processo de Gerncia de bolsas.

Admisso na pos-graduao Matricula de novos alunos na pos-

graduao

Renovao de matricula na pos-

graduao

Alterao de matriculaGerncia de bolsas p/ pos-

graduao

Acompanhamento do aluno na pos-

graduao

Produo academica na pos-

graduao

Gerencia de disciplinas na pos-

graduao

Reviso do programa de Ps

Graduao do DI

Figura 24 - Mapeamento dos processos da ps-graduao PUC Rio.

Revisar ou documentar a misso, estratgia e objetivos

da organizao.

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104

Resultados:

Misso: Prover ensino de qualidade aos alunos,

auxiliando na formao e preparao dos alunos para a

vida fora da universidade.

Estratgia: Reunir um conjunto dos melhores

profissionais e uma boa infra-estrutura para prover um

ensino de qualidade.

Objetivos: Prover ensino de qualidade.

Mapear uma prvia estimada do processo.

Mapear uma prvia do processo aperfeioado.

Resultados:

Apresentaremos o resultado final do processo, portanto,

nestes dois ltimos passos no exibiremos os

resultados.

Desenvolver um glossrio de termos do UdI,

Resultados:

Vide anexo 1.

b. Entender o Processo Atual (AS-IS)

Mapear o workflow do processo corrente, visando

identificar quem faz o que, o autor sugere utilizar os

fluxogramas organizacionais.

Resultados:

1. Construmos o workflow do processo utilizando o

meta-modelo, linguagem e notao selecionada neste

trabalho.

2. A construo do modelo foi realizada na ferramenta

SRP (descrio textual dos processos) e no Visio

(representao grfica dos processos).

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105

3. A descrio textual do modelo construdo encontra-

se na ferramenta SRP.

4. A representao grfica do modelo construdo

encontra-se nas figuras abaixo.

Figura 25 - Viso Geral da Admisso.

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106

Figura 26 - Viso Detalhada da Atividade Macro Divulgar Edital de Seleo.

Figura 27 - Viso Detalhada da Atividade Macro Realizar inscrio.

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107

Figura 28 - Viso Detalhada da Atividade Macro Atribuir Avaliao aos Candidatos.

Figura 29 - Viso Detalhada da Atividade Macro Selecionar candidatos.

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108

Investigar os outros objetivos da organizao, como

por exemplo, a utilizao de algum sistema j existente

na organizao, polticas a seguir, metas de medies

para as atividades.

Identificar pontos fracos do processo

Mapear uma avaliao final dos outros objetivos da

organizao, como suas regras, polticas, sistemas,

motivaes.

Documentar aspectos importantes de cultura,

competncias e sistemas de gerncia.

Resultados:

Estes itens, dos quatro ltimos passos, quando

encontrados foram colocados na descrio textual do

processo na ferramenta SRP.

c. Projetar o Novo Processo (TO-BE)

Resultados:

No foi necessria a execuo deste passo, pois no

encontramos novos objetivos para serem atingidos neste

processo e os objetivos atuais esto satisfeitos com a

utilizao do processo atual.

5.3.2.3.Construo da Ontologia

O mtodo selecionado para construo da ontologia tem como ponto de

partida o lxico do UdI, portanto, utilizaremos o lxico (anexo 1) para iniciar o

mtodo.

Vejamos passo a passo, utilizando o lxico da ps-graduao PUC - Rio,

como foi aplicado o mtodo e suas heursticas para desenvolver a ontologia do

UdI de admisso na ps-graduao. Durante o passo-a-passo sero exibidas

letras correspondentes s heursticas que esto sendo aplicadas naquele ponto

da execuo do mtodo. Estas heursticas, e suas correspondentes letras, so

mostradas no decorrer desta seo:

1. Listar os termos alfabeticamente, de acordo com seu tipo (verbo,

objeto, sujeito ou estado)

Resultados:

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109

Tabela 4 Resultado do passo 1 do mtodo de construo de ontologia.

Sujeito Objeto Verbo Estado

Agncia de

fomento

Bolsa Atribuir

bolsa

Aluno bolsista

Aluno Bolsa de fomento Confirmar

vaga

Aluno pagante

Candidato Bolsa de iseno Custear dos

estudos

Candidato

aprovado

Candidato a

doutorado

Bolsa de iseno

parcial

Inscrever na

ps-

graduao

Matrcula em

Admisso

Candidato a

mestrado

Bolsa de iseno

total

Publicar

edital

Matriculado

Capes Carta de

apresentao

Reunir

comisso

CNPq Carta de

recomendao

Selecionar

candidatos

Comisso de

ps-graduao

Currculo

Coordenador De-para

Dar Disciplina

DI Documentao do

candidato (a)

Faperj Documento pessoal

Membros da

comisso

Edital de seleo

da ps-graduao

Orientador Formulrio

Professor Histrico Escolar

Secretria de

ps-graduao

Matrcula (a)

Nota (a)

Plano de doutorado

Poscomp

Ps-graduao (a)

Recursos prprios

Regime de

financiamento

Sau

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110

2. Fazer 3 listas: conceito (classe) (C), propriedade (R) e axiomas (AO). Na

lista de classes, cada entrada ter um nome, descrio (linguagem natural) e

uma lista contendo zero ou mais rel (funo que relaciona o conceito em

questo aos outros, de maneira no taxonmica). As entradas na lista de

axiomas tero nomes (labels) somente.

Resultados:

Conceito (Classe) (C) Propriedade (R)

Axioma (AO)

Nome

Descrio

Relacio-

namento

Tabela 5 Resultado do passo 2 do mtodo de construo de ontologia.

3. Utilizando a lista de smbolos do lxico classificados como sujeito ou

objeto, para cada termo:

3.1 Adicione uma nova classe lista de classes. O nome da classe o

smbolo do lxico propriamente dito. A descrio da classe a noo do

termo.

3.1.1 Para cada impacto:

3.1.1.1Checar se j faz parte da lista de propriedades da

ontologia.

3.1.1.2Caso no faa parte da lista (a propriedade ainda no existe), adicione

uma nova propriedade lista (de propriedades). O nome da propriedade

deve ser baseado no verbo utilizado para descrever o impacto.

3.1.1.2.1 Verificar consistncia.

3.1.1.3 Na lista de classes, adicione uma nova rel para a classe em questo.

A rel formada pela classe, + a propriedade (definida em 3.1.1.1) + a classe

relacionada (esta classe o objeto direto/indireto do verbo utilizado no

impacto do smbolo do lxico. Usualmente, um termo do prprio lxico e

aparece sublinhado).

3.1.1.4 Checar se existem indicativos de negao no vocabulrio mnimo que

relacionem duas ou mais classes. Verificar se estas classes possuem um

relacionamento do tipo disjuntas (exemplo: macho e fmea).

3.1.1.4.1 Se verdadeiro, adicionar o disjoint lista de axiomas.

3.2 Verificar consistncia.

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Resultados:

Conceito (Classe) (C) Propriedade (R) Axioma (AO)

Nome Agncia de fomento (b) Descrio Orgo Pblico que

oferece custeio dos estudos para alunos de ps-graduao. Agncia de fomento oferece bolsa de fomento;

Relacionamento

Agncia de fomento oferece para DI.

Oferece

Nome Aluno (b) Cursa Descrio Um indivduo que cursa a

ps-graduao do DI. Deve ter

Aluno cursa disciplinas; Aluno cursa no DI;

Relacionamento

Aluno deve ter orientador.

Nome Candidato Inscreve Descrio Indivduo que requer uma

vaga no curso de ps-graduao do DI.

Solicita

Candidato inscreve na ps-graduao;

Candidato solicita bolsa.

Relacionamento

Nome Candidato ao doutorado (b) (d).

Descrio Candidato que concorre a uma vaga de doutorado.

Candidato ao doutorado inscreve-se na ps-graduao;

Candidato ao doutorado prepara plano de doutorado;

Relacionamento

Candidato ao doutorado prepara com orientador.

Prepara Ou candidato de doutorado ou candidato de mestrado

Nome Candidato ao mestrado (d).

Descrio Candidato que concorre a uma vaga de mestrado.

Relacionamento

Candidato ao mestrado se inscreve na ps-graduao.

Ou candidato de doutorado ou candidato de mestrado

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Conceito (Classe) (C) Propriedade (R) Axioma (AO)

Nome Capes (b)

Descrio Coordenao de Aperfeioamento de Pessoal de Nvel Superior.

Capes oferece bolsa de fomento;

Relacionamento

Capes oferece para DI.

Nome CNPq (b)

Descrio Conselho Nacional de Desenvolvimento Cientfico e Tecnolgico.

CNPq oferece bolsa de fomento;

CNPq oferece para DI.

Relacionamento

Nome Comisso de ps-graduao (b).

Verifica

Descrio Comisso composta por membros da comisso.

Avalia

Comisso de ps-graduao verifica documentao dos candidatos;

Atribui

Comisso de ps-graduao avalia os candidatos;

Seleciona

Comisso de ps-graduao avalia para ps-graduao;

Comisso de ps-graduao seleciona os candidatos aprovados; (i)

Comisso de ps-graduao atribui bolsa;

Relacionamento

Comisso de ps-graduao atribui para aluno.

Nome Coordenador Re-atribui Descrio Professor responsvel

pela coordenao do DI. Recebe

Coordenador prepara edital de seleo da ps-graduao;

Coordenador redistribui as bolsas;

Relacionamento

Coordenador recebe os dados do poscomp

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Conceito (Classe) (C) Propriedade (R) Axioma (AO)

Nome Dar (b) (h) Realiza

Descrio Departamento de Admisso e Registro responsvel pelos registros e admisses de todos os candidatos da PUC.

Efetiva

Dar realiza DE-PARA; Cria Dar efetiva inscrio do candidato;

Efetua

Dar efetiva para a ps-graduao;

Dar efetua a matrcula; Dar efetua para aluno;

Relacionamento

Dar efetua no SAU.

Nome DI (b) Determina Descrio Departamento da

universidade PUC-RJ responsvel pela rea de informtica.

Prove

DI determina regras da ps-graduao;

DI prove infra-estrutura da ps-graduao;

Relacionamento

DI prove para alunos.

Nome Faperj (b) Descrio Fundao Carlos Chagas

Filho de Amparo Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro. Faperj oferece bolsa; Relacionamento Faperj oferece para DI.

Nome Membros da comisso. (b)

Descrio So 3 professores do DI e o coordenador do DI que participam da avaliao dos candidatos ps-graduao. Membros da comisso avaliam os candidatos;

Relacionamento

Membros da comisso avaliam para ps-graduao.

Nome Orientador. (b)

Descrio Professor com o qual o aluno ir trabalhar, caso seja admitido na ps-graduao. Orientador orienta o candidato ao doutorado;

Relacionamento

Orientador orienta com o plano de doutorado.

Orienta

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Conceito (Classe) (C) Propriedade (R) Axioma (AO)

Nome Professor (b)

Descrio Indivduo membro do corpo docente do DI.

Professor atribui notas; Professor atribui nas disciplinas;

Professor ministrar disciplinas;

Relacionamento

Professor ministrar para alunos.

Ministra

Nome Secretria de ps-graduao. (b) (i) (h)

Atualiza

Descrio Funcionrios do DI responsveis por auxiliar nas funes administrativas e burocrticas do DI.

Organiza

Secretaria de ps-graduao verifica confirmao de vagas dos candidatos aprovados;

Secretria de ps-graduao verifica para ps-graduao;

Secretria de ps-graduao organiza a documentao do candidato;

Secretria de ps-graduao organiza para a comisso de ps-graduao;

Secretria de ps-graduao atualiza planilha dos dados do candidato;

Relacionamento

Secretria de ps-graduao atualiza com notas.

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Conceito (Classe) (C) Propriedade (R) Axioma (AO)

Nome Bolsa (b)

um incentivo de custeio dos estudos do aluno;

Descrio

As bolsas podem ser bolsas de iseno ou bolsa de fomento.

Bolsas so solicitadas pelos alunos;

Bolsa atribuda pela Comisso de Ps-graduao; Bolsa atribuda para o aluno;

Relacionamento

Bolsas so re-atribudas pelo Coordenador.

Nome Bolsa de fomento. (b)

Descrio um incentivo financeiro oferecido por agncia de fomento para custear os estudos do aluno.

Bolsa de fomento atribuda pela Comisso de ps-graduao;

Bolsa de fomento atribuda para o aluno;

Bolsa de fomento solicitada pelo aluno;

A bolsa de fomento oferecida pela CAPES;

A bolsa de fomento oferecida pela CNPq;

Relacionamento

A bolsa de fomento oferecida pela FAPERJ.

Nome Bolsa de iseno. (b)

Descrio um incentivo financeiro oferecido pela PUC-RIO para custear os estudos do aluno. Bolsa de iseno atribuda pela Comisso de ps-graduao;

Bolsa de iseno atribuda para o aluno;

Relacionamento

Bolsa de iseno solicitada pelo aluno.

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Conceito (Classe) (C) Propriedade (R) Axioma (AO)

Nome Bolsa de iseno parcial. (b) (d)

Descrio um incentivo financeiro oferecido pela PUC-RIO para auxiliar em uma parte do custeio dos estudos do aluno.

Bolsa de iseno parcial atribuda pela Comisso de ps-graduao;

Bolsa de iseno parcial atribuda para o aluno;

Relacionamento

Bolsa de iseno parcial solicitada pelo aluno.

Ou atribui bolsa de iseno total ou bolsa de iseno parcial.

Nome Bolsa de iseno total. (b) (d)

Descrio um incentivo financeiro oferecido pela PUC-RIO para custear os estudos do aluno totalmente.

Bolsa de iseno total atribuda pela Comisso de ps-graduao;

Bolsa de iseno total atribuda para o aluno;

Relacionamento

Bolsa de iseno total solicitada pelo aluno.

Ou atribui bolsa de iseno total ou bolsa de iseno parcial.

Nome Carta de apresentao.

Descrio Carta contendo um resumo do aluno, feita pelo mesmo, para suas apresentaes acadmicas, experincias e qualidades.

Relacionamento Carta de apresentao ser avaliada pela comisso de ps-graduao.

Nome Carta de recomendao.

Descrio Carta contendo informaes e qualificaes de um candidato preenchida por um professor no intuito de recomendar um aluno.

Relacionamento Carta de recomendao ser avaliada pela comisso de Ps-Graduao.

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Conceito (Classe) (C) Propriedade (R) Axioma (AO)

Nome Currculo

Descrio Descrio do desenvolvimento acadmico, das qualificaes tcnicas, experincias profissionais e informaes pessoais do candidato.

Relacionamento Currculo ser avaliado pela comisso de ps-graduao.

Nome De-para (b)

Descrio Alterao de matrcula (alterao das disciplinas matriculadas).

DE-PARA solicitado pelo aluno;

DE-PARA solicitado ao DAR;

DE-PARA realizado pelo DAR;

Relacionamento

DE-PARA realizado no SAU.

Nome Disciplina. (b)

Descrio Contedo definido ministrado por um professor. As disciplinas so selecionadas na matrcula;

As disciplinas so selecionadas pelos alunos;

As disciplinas so cursadas pelos alunos;

Relacionamento

As disciplinas recebem notas; As disciplinas recebem dos professores.

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Conceito (Classe) (C) Propriedade (R) Axioma (AO)

Nome Documentao do candidato. (b) (h)

Entrega

So os documentos necessrios para a inscrio na ps-graduao;

Descreve Descrio

composto pelos seguintes documentos: documento pessoal, histrico escolar, carta de apresentao, carta de recomendao, resultado do poscomp e formulrio de inscrio. Para os candidatos a doutorado, tem o plano de doutorado.

Documentao do candidato entregue na inscrio;

Documentao do candidato entregue pelo candidato;

Documentao do candidato ser avaliada pela comisso de ps-graduao;

Relacionamento

Documentao do candidato ser avaliada para a admisso na ps-graduao.

Nome Documento pessoal. (b) (h) Documentos de cada indivduo como certido de nascimento e/ou casamento, RG e CPF;

Descrio

Passaporte e visto, caso seja estrangeiro.

Os documentos pessoais sero avaliados pela comisso de ps-graduao; Os documentos pessoais so entregues na inscrio;

Relacionamento

Os documentos pessoais so entregues pelo candidato.

A inscrio ser recusada caso haja alguma pendncia dos documentos pessoais.

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Conceito (Classe) (C) Propriedade (R) Axioma (AO)

Nome Edital de Seleo da ps-graduao.

Descrio Documento que define as regras de seleo de candidatos ps-graduao.

Relacionamento O Edital de Seleo da Ps-graduao publicado pelo DI.

Publicar

Nome Formulrio de inscrio. (b) (c) (h)

Descrio Objeto que contm as informaes passadas pelo usurio.

Formulrio de inscrio entregue pelo candidato;

Formulrio de inscrio entregue na inscrio da ps;

Relacionamento

Formulrio de inscrio ser avaliado pela comisso de ps-graduao.

Se contiver informaes inconsistentes, a inscrio ser recusada.

Nome Histrico escolar.

Descrio Registro de toda a vida acadmica do candidato.

Relacionamento Histrico Escolar ser avaliado pela comisso de ps-graduao.

Nome Matrcula.

Descrio a efetivao do plano de estudos para o semestre.

Relacionamento Matrcula realizada pelo aluno.

Nome Nota. (b)

Descrio Avaliao quantitativa.

Notas so atribudas aos candidatos;

Notas so atribudas pela Comisso de ps-graduao;

Relacionamento

Notas so atribudas pelos professores nas disciplinas.

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Conceito (Classe) (C) Propriedade (R) Axioma (AO)

Nome Plano de doutorado.

Descrio Plano elaborado pelo candidato a doutorado e orientador para admisso na ps-graduao.

Relacionamento Plano de doutorado preparado pelo candidato.

Nome Poscomp (b)

Descrio Exame que testa conhecimentos na rea de computao para avaliar os candidatos a Programas de ps-graduao. Poscomp avaliado pela Comisso de ps-graduao;

Relacionamento

Poscomp avaliado para a admisso na ps-graduao.

Nome Ps-graduao.

Descrio Grau de ensino que se destina, em geral, a pessoas que j concluram um curso superior e que pretendem especializar-se numa dada rea cientfica ou aperfeioar tcnicas de investigao.

Relacionamento Candidato inscreve-se na ps-graduao.

Nome Recursos prprios.

Descrio uma modalidade de regime de financiamento onde o aluno paga seus estudos.

Relacionamento O regime de financiamento de recursos prprios solicitado pelo aluno.

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Conceito (Classe) (C) Propriedade (R) Axioma (AO)

Nome Regime de financiamento. (b) So as modalidade de financiamento da ps-graduao;

Descrio

As modalidades so bolsas de fomento, bolsa iseno total, bolsa iseno parcial e recursos prprios. Regime de financiamento solicitado pelo aluno;

Relacionamento

Regime de financiamento solicitado ao DAR.

Nome SAU (b) Inclui

Descrio Sistema de controle acadmico.

Consulta

No SAU so includas as notas;

No SAU so includas pelos professores;

No SAU consultado o histrico escolar;

Relacionamento

O SAU consultado pelos professores, secretria de ps-graduao e DAR.

Tabela 6 - Resultado do passo 3 do mtodo de construo de ontologia.

4. Utilizando a lista de smbolos classificados como tipo verbo. Para cada

termo:

4.1.1 Checar se j faz parte da lista de propriedades da ontologia.

4.1.1.1 Caso no faa parte da lista (a propriedade no existe), adicione uma

nova propriedade lista (de propriedades). O nome da propriedade o

smbolo do lxico propriamente dito.

4.1.1.1.1 Verificar consistncia.

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Resultados:

Verbos Lxico Propriedades Relacionamento

Noo Comisso de ps-graduao atribui bolsa para o aluno.

Aluno deve cumprir os requisitos do novo regime de financiamento;

Atribuir bolsa (e)

Impacto

Aluno se torna um aluno bolsista.

Cumprir Aluno deve cumprir os requisitos do novo regime de financiamento. (e)

Noo Candidato aprovado confirma que cursar a ps-graduao.

Confirmar vaga(e) (f)

Impacto Realizar matrcula na ps-graduao.

Confirmar Candidato aprovado confirmar vaga na ps-graduao; Candidato aprovado realiza matrcula na ps-graduao. (e)

Noo Agncia de fomento e/ou a PUC garantem o financiamento dos estudos da ps-graduao do aluno.

Agncia de fomento custeia os estudos do aluno.

Agncia de fomento oferece bolsa;

Agncia de fomento custeia na ps-graduao.

Custear dos estudos

Impacto

Comisso de ps-graduao atribui bolsa.

Custear

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Verbos Lxico Propriedades Relacionamento

Noo Candidatos fazem inscrio no DAR

Inscrever na ps-graduao Impacto Candidato entregar

a documentao do candidato.

Noo Secretaria de ps-graduao disponibiliza para acesso pblico o edital de seleo para ps-graduao.

Publicar edital de seleo

Impacto Candidato inscreve-se na ps.

Publicar Secretaria de ps-graduao publica edital de seleo.

Noo Comisso de ps-graduao realiza reunio com os membros da comisso para avaliar os candidatos no processo de seleo dos para a ps-graduao.

Avaliar os candidatos.

Reunir comisso

Impacto

Selecionar candidatos aprovados para cursar a ps-graduao.

Reunir Comisso de ps-graduao reune membros comisso.

Noo Comisso de ps-graduao seleciona os candidatos para cursarem a ps-graduao.

Candidatos se tornam Candidatos aprovados;

Selecionar candidatos

Impacto

Candidato aprovado confirmar vaga.

Tabela 7 - Resultado do passo 4 do mtodo de construo de ontologia.

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5. Utilizando a lista de smbolos classificados como tipo estado, para cada

termo:

5.1.1 Para cada impacto:

5.1.1.1 Tentar identificar a importncia relativa do termo para a ontologia.

Esta estratgia similar utilizao de questes de competncia proposta

em [Gruninger95]. Estas questes so obtidas atravs do refraseamento dos

impactos de cada smbolo em perguntas iniciadas por Quando? Onde? O

que? Quem? Por que? e Como?

5.1.1.2 Checar se existem indicativos de negao no vocabulrio mnimo que

relacionem duas ou mais classes. Verificar se estas classes possuem um

relacionamento do tipo disjunto (exemplo macho e fmea).

5.1.1.2.1 Se verdadeiro, adicionar o disjoint lista de axiomas.

5.1.2 Caso o termo seja central ontologia, classifique-o como classe (C)).

5.1.3 Caso contrrio (o termo no central para a ontologia), classifique-o

como propriedade (R).

5.14 Verificar consistncia.

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Resultados:

Classes:

Classes Propriedades Axiomas

Nome Aluno bolsista

Aluno que possui bolsa;

Descrio

Comisso de ps-graduao atribui bolsa.

Relacionamento Aluno bolsista deve cumprir os requisitos do novo regime de financiamento.

Cumprir

Nome Aluno pagante.

Aluno que paga sua ps-graduao;

Descrio

Aluno no solicitou bolsa ou a comisso no atribuiu bolsa ao aluno. Aluno pagante deve cumprir os requisitos do regime de financiamento;

Relacionamento

Aluno pagante paga as mensalidades da ps-graduao.

Paga

Candidato aprovado.

Nome

(f)

Descrio Candidato que foi selecionado pela comisso de ps-graduao.

Relacionamento O candidato aprovado confirma vaga na ps-graduao.

Confirmar

Nome Matriculado.

Descrio Aluno que efetivou a matrcula da ps-graduao.

Relacionamento Matriculado seleciona disciplinas.

Tabela 8 - Resultado do passo 5 do mtodo de construo de ontologia Classes.

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126

Propriedades: (g)

Tabela 9 - Resultado do passo 5 do mtodo de construo de ontologia Propriedades.

6. Quando todos os termos tiverem sido adicionados ontologia:

6.1 Checar se existem conjuntos de conceitos que compartilhem rel

Idnticos.

6.1.1 Para cada conjunto de conceito que compartilhe rel, construir uma lista

de conceitos separados.

6.1.2 Buscar na ontologia conceitos que fazem referncia a todos os

membros desta lista.

6.1.2.1 Se no forem encontrados, busca na noo e no impacto de cada

membro da lista de conceitos, tentando identificar um termo comum do

vocabulrio mnimo.

6.1.3 Construir uma hierarquia de conceitos onde todos os membros da lista

de conceitos um sub-conceito do conceito encontrado em 6.1.2.

6.1.4Verificar consistncia.

Estado Lxico Propriedades Relacionamento

Noo Candidato aprovado que confirmou vaga na ps-graduao, mas ainda no realizou a matrcula.

DAR inclui matrcula em admisso no SAU;

Matrcula em admisso (i)

Impacto

O candidato aprovado, ao se matricular, tem alterao de matrcula em admisso para matriculado que feita no SAU.

Matricular em admisso.

DAR matricular em admisso no SAU.

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Resultados:

Conjunto de conceitos semelhantes (possvel hierarquia de conceitos):

Agncia de Fomento CNPQ CAPES FAPERJ

Candidato Candidato ao mestrado Candidato ao doutorado

Bolsa Bolsa de iseno Bolsa de iseno total Bolsa de iseno parcial Bolsa de fomento Regime de financiamento Recursos prprios Aluno Aluno Bolsista Aluno Pagante

Carta de apresentao Carta de recomendao Currculo Documentao dos candidatos Documentos pessoais Formulrio de inscrio Histrico escolar Poscomp

Plano Doutorado Comisso de ps-graduao Membros da comisso de ps-graduao

Tabela 10 - Resultado do passo 6 do mtodo de construo de ontologia.

Na descrio do mtodo, sugerimos a aplicao de algumas heursticas,

listadas abaixo, para auxiliar na execuo do mtodo. As heursticas foram

aplicadas e seus resultados podem ser vistos no passo-a-passo do mtodo

exibido acima, com a marcao referente letra da heurstica:

Caso um termo, que no esteja presente no lxico, aparea algumas vezes

como o objeto direto/indireto dos verbos nos relacionamentos das classes da

ontologia. Devemos considerar que o mesmo pode ser um novo termo para o

lxico e, portanto, uma nova classe ou propriedade para a ontologia.

a. Uma descrio de impacto do lxico com mais de um objeto direto

e/ou indireto deve ser representado na ontologia por mais de um

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128

relacionamento, ou seja, um relacionamento para cada objeto.

Depois deve ser verificada a consistncia destes relacionamentos.

b. Uma descrio do impacto no lxico com dois ou mais verbos

diferentes tambm geram dois ou mais relacionamentos para o

termo.

c. Em relao aos termos disjuntos, acrescentar, na busca realizada

no vocabulrio do lxico (passo 3.1.1.4 e 5.1.2), a procura de

indcios de alternativa (ou exclusivo), alm dos indicativos de

negao j sugeridos pelo mtodo.

d. Os verbos do lxico, assim como seus impactos, devem fazer

parte dos relacionamentos da ontologia. Portanto, deve-se

verificar se na ontologia j existem classes que tenham

relacionamento que represente o verbo do lxico e cada um de

seus impactos. Caso no exista acrescentar o(s)

relacionamento(s).

e. A heurstica anterior pode se tornar um forte indcio para auxiliar

na execuo do passo 5.1.1 no mtodo [Breitman 04], caso o ator

do verbo seja um termo estado do lxico.

f. Os estados que se transformarem em propriedades tambm tm

que ter seus impactos transformados em relacionamentos na

ontologia, caso os relacionamentos ainda no existam,

semelhante heurstica e.

g. No caso de um impacto, no qual o objeto direto/indireto um

verbo (ou um sinnimo do verbo), verificar se j no existe algum

relacionamento na ontologia que mapeou este relacionamento,

afinal, segundo a heurstica e todos os impactos dos verbos so

mapeados como relacionamentos, caso no exista acrescentar o

relacionamento.

h. A heurstica anterior tambm vale para os termos do tipo estado.

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i. Colocar os sinnimos dos termos na documentao da ontologia.

Heursticas para definio de sinnimos podem ser encontradas

em [Franco 92].

O resultado da aplicao do mtodo com auxilio das heursticas foi

documentado na ferramenta Protege. A Figura 30 mostra as classes da

ontologia do processo de admisso ps-graduao PUC Rio obtido atravs

do mtodo:

Figura 30 - Classes da Ontologia.

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Neste ponto do mtodo, observamos que esta ontologia criada no

atende completamente ao meta-modelo selecionado, pois ainda existem

algumas "informaes que faltaram", conforme mostrado na seo 4.2.4. Por

exemplo: atributos das classes e cardinalidade. Para completar a ontologia

com "as informaes que faltaram", devemos utilizar as heursticas listadas

abaixo para auxiliar na construo da ontologia completa do processo de

admisso na ps-graduao PUC-Rio.

Tambm observamos, neste ponto, que podem existir informaes que

podem parecer estar com classificao equivocada, um exemplo deste fato

seria a classificao termo "nota" que pelo mtodo classificada como

classe, porm poderamos entender que este termo poderia ser melhor

classificado como um atributo da classe aluno.

importante salientar que o intuito deste mtodo no construir um

modelo conceitual dos dados, e sim, mapear a ontologia do UdI, para com

isto transmitir os conceitos relevantes do UdI e seus relacionamentos,

portanto entendemos que no UdI o termo nota, tem relevncia dentro do

universo de informao da ps-graduao da Puc - Rio, alm de possuir

relacionamentos com outros termos do UdI, por isso est classificado como

classe.

1. Hierarquia

Heursticas para organizar hierarquicamente:

1. Na posio de cima deve ficar o termo que tem apenas os

relacionamentos comuns (superclasse), e embaixo os termos que tm

alm destes relacionamentos, mais outros relacionamentos (sub-

classes).

2. Verificar a relao de is a e/ou um tipo de entre os termos que esto

embaixo (sub-classes) em relao ao que est em cima (superclasse).

Esta verificao pode ser feita observando se existe, no impacto ou na

noo, algum relacionamento que indique esta relao, ou mesmo em

entrevistas e/ou documentao do UdI.

3. Verificar consistncia da ontologia.

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Resultados:

Hierarquia de Classes:

Agencia de Fomento CNPQ CAPES FAPERJ

Candidato Candidato ao mestrado Candidato ao doutorado

Regime de financiamento Bolsa Bolsa de iseno Bolsa de iseno total Bolsa de iseno parcial

Bolsa de fomento Recursos prprios Aluno Aluno Bolsista Aluno Pagante Documentao dos candidatos Carta de apresentao Carta de recomendao Currculo Documentos pessoais Formulrio de inscrio Histrico escolar Poscomp

Comisso de ps-gradu