4.0 Projeto Integrador - Versão Final (Em Construção) 4.0

download 4.0 Projeto Integrador - Versão Final (Em Construção) 4.0

of 26

description

Esboço 4.0 - P.Integrador

Transcript of 4.0 Projeto Integrador - Versão Final (Em Construção) 4.0

DIRETORIA ACADMICACURSO DE LICENCIATURA PLENA EM BIOLOGIA

CARACTERIZAO PARCIAL DA QUALIDADE DA GUA DO RIO PIRANHAS-AU, ALTO DO RODRIGUES/RN

MACAU-RN2015

ANNE CAROLINA DE PAULA ARAJOANSELMO CARLOS BARBOSA NETOANTNIO JOS MENEZES DA COSTAKAMILLA ELLEN CAVALCANTE DA SILVAVICTOR A. SEIXAS DOS SANTOS FERREIRA

Relatrio final apresentado Comisso Avaliadora, composta pelos Professores do Curso de Licenciatura em Biologia, como requisito parcial para obteno de nota da prtica profissional, projeto integrador I.

__________________________________________________________________Orientador:

__________________________________________________________________Examinador 1:

__________________________________________________________________Examinador 2:

MACAU-RN2015

SUMRIO

SUMRIO

1 - INTRODUO72 - JUSTIFICATIVA113 - OBJETIVOS121.3.1 OBJETIVO GERAL121.3.2 OBJETIVOS ESPECFICOS124 - METODOLOGIA134.1. REA DE ESTUDO134.2. COLETAS154.3 ANLISES FSICO-QUMICAS154.4. ANLISES MICROBIOLGICAS16

AGRADECIMENTOS

1 - INTRODUO

A disponibilidade da gua na forma lquida um dos fatores mais importantes a moldar os ecossistemas, esse recurso natural essencial para a manuteno da vida e deve conter substncias que a propiciem. A qualidade da gua depende da capacidade desta de diluir e transportar substncias benficas e malficas vida (BRAGA, 2002). Segundo Pereira e Gomes (2009) "os oceanos representam o principal reservatrio de gua da hidrosfera terrestre, com aproximadamente 98% do total". Esses autores ainda explicitam que a atmosfera vital para a transferncia de gua entre um reservatrio e outro, atravs do ciclo hidrolgico. Beneficiando tambm os ambientes dulccolas.Segundo dados do Panorama da Qualidade das guas Superficiais do Brasil, de 2012, emitido pela Agncia Nacional de guas (ANA) o Brasil possui cerca de 12% de toda a gua doce superficial do planeta. Apresentando uma grande abundncia de corpos hdricos quando comparado com outros pases, onde o ndice de presena de gua potvel baixo, mas, mesmo apresentando tanto recurso hdrico, h o problema da distribuio. A regio Amaznica possui 80% de todo o recurso hdrico do pas, sendo os 20% restantes distribudos pelas demais regies, como por exemplo, a regio Nordeste. Nesta regio, a gua e comumente represada para ser utilizada em perodos de estiagem (ANA, 2013). A disponibilidade da gua, assim como a sua qualidade, est intimamente ligada a forma de uso que se faz dela e de que forma se procede tal uso (ANA, 2012). O padro de qualidade de vida de uma populao est relacionado com a disponibilidade, distribuio e qualidade de sua gua. Sem ela, h a imposio de limites ao desenvolvimento humano. Tal recurso necessita de um acompanhamento especfico, com a finalidade de estabelecer parmetros aceitveis para seu uso (FARIAS, 2006, apud FORNO, 1999).[...] os vrios usos da gua possuem requisitos de qualidade que, quando no atendidos representam um fator limitante para seu aproveitamento. (ANA, 2012). Ou seja, as formas de uso no apropriado dos corpos aquticos podem comprometer as condies naturais de sua composio, modificando sua qualidade e tornando-os muitas vezes inapropriados para certas atividades como: irrigao, consumo humano e animal, e uso na cozinha. A alterao da qualidade da gua agrava o problema da escassez desse recurso, j que apesar de ser abundante, est distribuda de forma irregular no planeta, alm disso, outro problema a ser considerado como resultado da alterao da qualidade da gua o das doenas de veiculao hdrica.Segundo a Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (CETESB, 2003) a avaliao da qualidade da gua pode ser realizada atravs do monitoramento de diversos componentes que compe o ecossistema, podendo ser classificados em variveis fsicas, qumicas, ecotoxicolgicas, hidrobiolgicas, microbiolgicas. A National Sanitation Foundation (NSF) dos Estados Unidos da Amrica definiu nove parmetros mnimos a serem analisados para ser julgada a boa ou m qualidade da gua, e por meio dos clculos dos parmetros definidos, definiram-se tambm as quantidades aceitveis destes parmetros em determinados corpos aquticos. So os parmetros: coliformes fecais, demanda bioqumica de oxignio, fosfato total, nitrato, oxignio dissolvido (OD), pH, slidos totais, temperatura da gua e turbidez.O Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA) em sua resoluo n 357, de 17 de maio de 2005, tambm estabelece padres especificados dos parmetros orgnicos e inorgnicos que compe cada tipo classificatrio de corpo de gua, a fim de esclarecer os nveis tolerveis para os elementos que compe a gua desses corpos sem que haja o comprometimento da sua qualidade. Os corpos aquticos do Territrio Nacional Brasileiro so definidos em trs grupos, de acordo com seu grau de salinidade. Sendo esses grupos os de gua doce: guas que apresentam grau de salinidade igual ou inferior a 0,5%; gua salobra: guas com grau de salinidade superior a 0,5% e inferior a 30%; e guas salinas: guas que apresentam grau de salinidade igual ou superior a 30.Ainda nos termos desta resoluo, os corpos aquticos so classificados em funo de padres permitidos para cada tipo de atividade de prtica pessoal e/ou coletiva realizada em determinado corpo aqutico. Organizadas em vrias subdivises pelas suas vrias formas de uso e pelo grau de importncia que representam para o ambiente e para o ser humano, as trs definies de corpos aquticos tratados pelo CONAMA recebem cada, uma classe denominada especial em que se define a forma de uso primordial e mais importante do corpo manuteno do meio. E as demais classes de cada corpo so organizadas pelas formas usuais secundrias que comumente so praticadas com esses, como atividades de recreao e transporte hdrico.As guas doces, salinas e salobras do territrio nacional so classificadas, segundo a qualidade requerida para os seus usos preponderantes, em treze classes de qualidade (CONAMA, 2005). Apesar de todos os esforos para armazenar e diminuir o seu consumo, a gua est se tornando, cada vez mais, um bem escasso, e sua qualidade se deteriora cada vez mais rpido. (FREITAS, 2001).

Segundo ALBUQUERQUE (2001), a gua utilizada pela populao, provm de mananciais, lagos, rios e lenis subterrneos, correspondendo a uma pequena parte da gua disponvel para utilizao da populao. O contato do homem com essas fontes direto e constante. Por consequncia disso, esses lugares so os mais poludos com esgotos, resduos industriais e agrotxicos provenientes de cultivos circunvizinhos a fonte.De acordo com a ANA (2014) o monitoramento visa o acompanhamento de determinadas caractersticas como, a medio do pH, OD, a condutividade e a temperatura, pois assim, medem a qualidade das guas naturais fazendo acompanhamentos das alteraes nas caractersticas fsicas, qumicas e biolgicas da gua a ser analisada. As prticas de monitoramento e coleta de dados ocorrem em perodos com intervalos regulares de tempo para que possam gerar informaes necessrias sobre as analises, e assim utilizar essas informaes na definio da condio da qualidade da gua e se ter um mapeamento dos rios em que foram feitas as coletas de dados.A bacia hidrogrfica do Rio Piranhas-Au est situada na zona semirida do Nordeste brasileiro, e est inserida em territrio dos Estados da Paraba e Rio Grande do Norte. De acordo com (FREITAS et. al., 2015): O principal rio da bacia o Rio Piranhas-Au, com 405 quilmetros de extenso, nasce no Municpio de Bonito de Santa F PB, com o nome de Rio Piranhas, e segue seu curso natural. Adentra o Estado do Rio Grande do Norte ainda nomeado de Rio Piranhas pelo Municpio de Jardim de Piranhas, e recebe o nome de Piranhas-Au ao passar pela Barragem Armando Ribeiro Gonalves no Municpio de Ass RN. Desagua no Oceano Atlntico, atravs de sua foz no Municpio de Macau RN. Como a maioria dos rios do semirido nordestino, o Piranhas-Au um rio intermitente em condies naturais. A perenidade de seu fluxo assegurada por dois reservatrios de regularizao construdos pelo Departamento Nacional de Obras Contra as Secas DNOCS. O complexo Coremas Me dgua, no Estado da Paraba, com capacidade de 1.360 bilho de m3, e a barragem Armando Ribeiro Gonalves, no Rio Grande do Norte, com 2.400 bilhes de m3 (CBHPA, 2015). Em termos gerais, os usos da gua do Rio Piranhas-Au abarcam as atividades humanas em seu conjunto. Neste sentido, a gua pode servir para consumo ou como insumo em algum processo produtivo.

De acordo com a CORSAN (2015), no caso da agricultura, a demanda da gua tambm muito grande, especialmente nos lugares onde as chuvas no so constantes. Alm disso, utilizam sistemas de irrigao que desperdiam enormes volumes de gua. Os fertilizantes qumicos e agrotxicos tambm contribuem para a contaminao dos cursos de gua, podendo trazer doenas para aqueles que a consomem. E para o seu uso recreativo, direto no leito do rio, a qualidade da gua precisa estar de acordo com os requisitos especficos de rgos especficos. A contaminao das guas recreacionais pode ser gerada por fontes poluidoras, como efluentes domsticos, agrcolas e industriais, sendo o primeiro o principal fator responsvel por enfermidades advindas do contato com a gua. Alm destas fontes usuais de poluio, outra forma de degradao refere-se poluio por material fecal advindo dos prprios banhistas e vazamentos de combustvel de embarcaes, que so gerados durante a prtica de determinadas atividades recreativas (REES et al., 2000).Tendo em vista a relevncia desse recurso hdrico para a populao do Alto do Rodrigues, o grupo decidiu por meio desta pesquisa verificar e analisar a qualidade da gua do rio Piranhas-Au. Para determinar as caractersticas fsico-qumicas e microbiolgicas do rio sero analisados os seguintes fatores: coliformes totais e termo tolerantes, ndice de coliformes totais, pH, salinidade, temperatura da gua e turbidez. A prtica de se ir balnerios com a famlia e amigos em busca de atividades recreativas torna-se cada vez mais constante. Rios, lagos e zonas costeiras esto continuamente cheias de banhistas que procuram, com o aumento do calor, locais onde possam se refrescar e manter certo contato com a natureza.Tendo em vista que os corpos de gua naturais, que so utilizados com relativa frequncia por um grande nmero de pessoas, podem conter substncias que a longo ou curto prazo tornam-se danosas sade, substncias essas que se tornam presentes nos corpos aquticos pela ao de empresas agrcolas que usam rios como local de despejo de lixo txico ou ainda por acidentes qumicos ocorridos em empresas prximas a esses corpos e at mesmo pela poluio causada pela populao local e pelo conhecimento da contaminao ocorrida em humanos atravs do contato com a pele ou por ingesto intencional ou no da gua do local, que se faz necessrios o estudo da qualidade da gua dos corpos aquticos disponveis e liberados ao pblico (OMS, 2008).

2 - JUSTIFICATIVA

O Rio Piranhas-Au, na sua poro que margeia o municpio de Alto do Rodrigues, j foi considerado um ponto turstico pelos prprios moradores da cidade. Segundo os mais antigos, o rio, por volta da dcada de 80, era visitado com muita frequncia pelos moradores e por pessoas de cidades prximas. A presena de banheiros e de barracas de lanches e bebidas fazia com que as pessoas passassem horas se divertindo. E mesmo assim, o consumo da gua retirada direto do rio, era comum o inofensivo. Nos dias atuais, no mais assim. O fluxo de pessoas indo passar finais de semana no rio caiu drasticamente, pelo que se pode observar. O fluxo mais considervel se d no perodo de carnaval. No h mais barracas ou banheiros. E comum vermos pessoas lavando carros, motos e dando bando em animais. As reclamaes sobre a qualidade da gua so constantes. Mas essas reclamaes s se baseiam pelo que os moradores observam, nada cientfico exposto ao pblico.Esse foi o motivo do grupo, composto em sua grande parte por altorodriguenses, de se fazer uma anlise piloto de alguns parmetros fsico-qumicos e microbiolgicos a fim de se fazer um levantamento parcial, visando futuros trabalhos mais extensos e conclusivos, como por exemplo, uma monografia.

3 - OBJETIVOSA presente pesquisa tem seus propsitos divididos entre dois tipos de objetivos, so eles:

1.3.1 OBJETIVO GERAL Realizar uma anlise piloto dos parmetros fsico-qumicos e microbiolgicos da gua do rio Piranhas-Au, na cidade de Alto do Rodrigues-RN, com a finalidade de ser obter resultados iniciais que venham a servir de base inicial para trabalhos mais complexos.

1.3.2 OBJETIVOS ESPECFICOS Analisar o parmetro temperatura (C); Analisar o parmetro Salinidade (%); Analisar o parmetro Condutividade (mS/cma); Analisar o parmetro pH; Analisar o parmetro Turbidez; Verificar a presena de Coliformes Totais na gua; Verificar a presena de Coliformes Termotolerantes na gua.

4 - METODOLOGIA4.1. REA DE ESTUDO

O rio Piranhas-Au tem sua nascente localizada no Estado da Paraba, e desemboca na cidade de Macau no estado do Rio Grande do Norte. Como caracterstico dos rios inseridos no semirido nordestino, com exceo do rio So Francisco e do rio Paranaba, o rio Piranhas-Au intermitente em condies naturais, sendo ele perenizado por dois grandes reservatrios de regularizao construdos pelo DNOCS: Curema-Me d'gua, na Paraba, e a barragem Armando Ribeiro Gonalves, no Rio Grande do Norte (MMA-ANA, 2010).De acordo com o Comit da Bacia Hidrogrfica do Rio Pianc-Piranhas-Au (CBHPPA): A bacia hidrogrfica do rio Piranhas-Au abrange um territrio de 42.900 km distribudo entre os Estados da Paraba e Rio Grande do Norte, onde vivem aproximadamente 1.552.000 mil habitantes. A rea de estudo (-5.294454 S, -36.766170 W) (Figura 1) abrange o trecho do rio Piranhas-Au em sua poro que margeia a cidade de Alto do Rodrigues, mais precisamente no bairro Centro. A cidade de Alto do Rodriguesse localiza na regio do Vale do Au e abrange uma rea de 191.334 km, e possui uma populao de 13.680 habitantes (IBGE, 2014).Figura 1 Localizao da rea de estudo

O local das coletas foi escolhido por ser um ponto que fica prximo a ponte que liga a cidade de Alto do Rodrigues, a cidade de Carnaubais. Esta ponte constantemente usada por veculos de trao mecnica e animal, como por exemplo, carroas. Este ponto tambm comumente utilizado para a lavagem de carros e motos pelos moradores (Figura 2 e 3). Este mesmo local, em perodos de carnaval, passa a ser bastante frequentado durante os dias de festa (Figura 4), mas sem nenhuma ao que vise o controle da poluio.Foto: Francisco de Assis de SousaFoto: Francisco De Assis De SouzaFonte: Arquivo PessoalFonte: Arquivo PessoalFigura 3 Homem lavando moto no RioFigura 2 Carro prestes a ser lavado no Rio

Figura 4: Fevereiro de 2015, Perodo de Carnaval

4.2. COLETAS

Foram realizadas trs coletas, uma por semana, nas datas de 18 e 25 de agosto e 01 de setembro de 2015, respectivamente. As amostras de gua foram coletadas utilizando frascos de diluio de 1L para as anlises fsico-qumicas, e de 250ml para as anlises microbiolgicas. Seguindo os mtodos de Alpha (2005), que recomenda uma submerso do recipiente de coleta at uma profundidade de 30 cm e com a mesma distncia do solo, com a finalidade de no se coletar materiais do substrato e nem materiais que estejam flutuando na superfcie. Os frascos foram submersos com a boca para baixo e contra a correnteza, e aps atingir aproximadamente 30 cm de profundidade, foram virados para cima com a finalidade de que a gua entrasse no frasco. O horrio das coletas foi sempre s 09h00 da manh de cada dia mencionado, onde, a essa hora, foram realizadas as medies de temperatura da gua.Aps coletadas, as amostras foram levadas em caixas isotrmicas com gelo, ao IFRN/Campus Macau, onde foram analisadas levando em considerao os seguintes parmetros: anlise de pH, coliformes totais e termo tolerantes, condutividade, salinidade e turbidez. Sendo estes, fatores importantes para o meio aqutico.

4.3 ANLISES FSICO-QUMICAS

A Turbidez, que se refere aos materiais slidos que se encontram em suspenso na gua, capazes de impedir ou dificultar a passagem da luz atravs dela foi analisada com o uso do turbidmetro equipamento laboratorial comumente utilizado para essa prtica.

A suspenso de partculas slidas na coluna dgua lhe d essa caracterstica, que diminui a claridade e reduzem a transmisso da luz por ela. Devido proteo fsica que as partculas oferecem gua a eficincia da clorao reduzida, pela proteo dos microrganismos do contato direto com os desinfetantes. (BATALHA & PARLATORE,1977, apud CORNATIONI, 2010)

A Condutividade, que mede a capacidade de uma soluo aquosa conduzir corrente eltrica em funo dos ons dissolvidos nela, foi analisada com o condutivmetro, ele mede a resistncia da corrente eltrica existente no meio, o resultado para substncia aquosa dado em (S/cm) microSiemens ou miliSiemens (mS/cm) por centmetro cbico.Essa capacidade apresenta algumas variaes que se do pela temperatura da gua, pela quantidade de ons dissolvidos nela, pela valncia dos ons e pelas concentraes real e relativa de cada on CPRM (2007). A Temperatura foi registrada ainda em campo com um termmetro de mercrio. A temperatura em meios aquticos importante para todos os organismos que vivem naquele local, e a variao da temperatura na gua tem uma implicao em todo ecossistema daquela regio. De acordo com Vieira (2015), um fator que influencia praticamente todos os processos fsicos, qumicos e biolgicos que ocorrem na gua e valores como o PH e Condutividade so influenciados pela temperatura.A salinidade da gua foi analisada com o auxlio do refratmetro de mo previamente calibrado. Foi usada gua pura para calibrar o equipamento a fim de obter um resultado mais preciso. O pH, ou potencial hidrogeninico, dado de acordo com a concentrao de ons de hidrognio dissolvidos, dando assim a condio de acidez, neutralidade e alcalinidade da gua. A escala que mede o pH varia de uma escala de 0 a 14. O nvel do pH pode ser influenciado tanto por agentes naturais como antropognicas (GUIMARES; CARVALHO; SILVA, 2007).

4.4. ANLISES MICROBIOLGICAS

Dentre os grupos de coliformes, o grupo dos coliformes totais inclui todas as bactrias em forma de bastonetes gran-negativos aerbio ou anaerbios que no produzem esporos e so capazes de fermentar lactose com produo de gs a 35C num perodo estimado de 24 horas. Os coliformes fecais tambm se encaixam nessa definio, com exceo daqueles que fermentam lactose a temperaturas de at 45C, os chamados coliformes termo tolerantes. O ndice de coliformes totais e fecais avaliam respectivamente a condio higinica e condio higinico-sanitrias deficientes no meio (se o grupo de coliformes for constitudo de alta proporo de E. coli) (CARDOSO; TESSARI; CASTRO, 1999).Alguns passos devem ser seguidos para a determinao da presena desses microrganismos nas amostras coletadas, todas as amostras foram submetidas a um ensaio presuntivo utilizando-se o teste presena-ausncia (Caldo Lauryl Sulfato de Sdio).

De acordo com (JORGE, 2011):Observa-se o crescimento em srie de cinco tubos contendo caldo lactosado, com diluies 10-1, 10-2 e 10-3, verificando-se o crescimento e formao de gs oriundo da fermentao. A seguir, considerando-se o nmero de tubos positivos nas 3 diluies, observar tabela de NMP (Figura 5)

A amostra coletada passou por uma srie de diluies em uma soluo salina NaCl 0,85% para diminuir sua concentrao, que indicaria a presena ou ausncia de acordo com a quantidade de amostra diluda. Dependendo do resultado do teste de PA, os dados so interpretados de acordo com a tabela de nmero mais provvel (NMP) (Tabela 1). O grupo utilizou de uma mdia de quatro diluies que perdurou at as ltimas analises. As diluies so utilizadas para determinar at que grau de diluio haver presena de microrganismos. Fonte: Cetesb, 2007.

Figura 5 Ilustrao das diluiesCada 10mL de amostra foi inoculado em cinco tubos de ensaio contendo 90mL de caldo Lauryl de Dupla Concentrao, e foram acomodados mais quinze tubos com o caldo Lauryl de Simples Concentrao acondicionados em tubos de ensaio esterilizados, cada um com um tubo de Durham invertido e posteriormente levados a estufa bacteriolgica a 35C 0,5 por 24/48horas (Figura 7). Foram consideradas positivas as amostras que mudaram sua aparncia e nos tubos de Durham havia a presena de gs. As amostras que deram um resultado positivo para o teste, foram encaminhadas para o teste confirmatrio com o caldo lactose verde brilhante bile 2% (Figura 9).

Figura 7 Na Estufa Bacteriolgica.Figura 6 Caldo Lauryl Simples, Lauryl Dupla Concentrao e Caldo Verde brilhante bile 2%.

Figura 8 Tubos de Lauryl Simples Concentrao. Sem presena e com presenaFigura 9 Tubos de Caldo Verde brilhante. Sem presena e com presena

A presena de coliformes totais verificada pela diferena entre as amostras inoculadas (Figura 8 e 9), onde possvel observar uma diferena de opacidade entre um tubo e outro. O tubo mais lmpido e brilhoso no recebeu amostra, por isso no houve proliferao de microrganismos que fermentam lactose. J o segundo tubo de ensaio, apresenta uma soluo turva e presena de gs no tubo de Durham, que indica a presena de microrganismos na amostra.Aps a confirmao da presena de coliformes totais, foi repicado um pouco de cada amostra contaminada, em tubos de ensaio com soluo verde brilhante. Com o objetivo de confirmar a presena de coliformes termotolerantes, que por sua vez podem causar danos sade. Os tubos que receberam o repique, foram colocados em estufa bacteriolgica 35 C, e recolhidos aps 48 horas. A confirmao dada a partir da observao da presena de camada de gordura, gs e turbidez (Figura 9).A tabela de NMP relaciona os dados de Combinao de Tubos Positivos, ndice de NMP/100 ml, e um Limite de Confiabilidade de 95%.Fonte: Cetesb, 2007.

Tabela 1 Nmero Mais Provvel (NMP)

4.2. TABULAO DOS DADOS

A caracterizao fsico-qumica e microbiolgicas da rea do Rio Piranhas-Au na cidade de Alto do Rodrigues, mais precisamente no ponto de coleta, revelaram os seguintes resultados durante as trs coletas.A tabela abaixo mostra os resultados obtidos dos parmetros fsico-qumicos analisados. Temperatura - CSalinidade - %Condutividade - mS/cmPhTurbidez

Coleta 128,41528,678,52,29

Coleta 228,51367X11,6

Coleta 328,314608,5510,7

Mdia28,41451,898,538,20

Desvio. Padro0,10081,140,045,14

Tabela 2 Anlises fsico-qumicas.

A tabela abaixo mostra os resultados obtidos com a tabela do nmero mais provvel (NMP).Coliformes Termotolerantes NMP/100ml

ResultadoNMPCalculo NMP

Coleta 13.2.017 17x = 1,7x10

Coleta 25.1.146 46x = 4,6x10

Coleta 35.1.033 33x = 3,3x10

Tabela 3 Anlise Microbiolgica.

4.3. ANLISE E DISCUSSO DOS RESULTADOS Os sistemas lticos esto submetidos a inmeras aes antropognicas, so elas de origem fsica, como a canalizao de rios ou qumica, como contaminao por matria orgnica. (ALLAN, 1995; ALONSO e CAMARGO, 2005). Os resultados para o parmetro pH nessa pesquisa foram expressos em uma mdia equivalente a 8,53, resultados semelhantes em Ottoni (2009), que expresso em mdia foi de 8,24. Silva (2007) obteve um resultado de 8,8 com o sentido de coleta na direo a jusante do rio. O PH alterado influncia na solubilidade das substncias e na absoro de sedimentos dos metais e vrias outras substancias.A salinidade aferida foi de 1, que indica, segundo a regulamentao das guas, CONAMA (2005), que o ambiente estudado apresenta uma gua doce. A salinidade da gua importante para a mistura das massas de gua, por causa do efeito de sais dissolvidos na densidade. Alm de influenciar os seres que l vivem.A condutividade medida na gua analisada foi alta em todas as coletas, acima de 100 ms/cm (Tabela 2), resultados semelhantes foram obtidos por Onohara et al. (2015), onde, ela atribui estes altos valores obtidos a presena de contaminao por substncias poluentes comumente lanados por esgotos. A medida da condutividade eltrica pode ser relacionada com a concentrao de Slidos dissolvidos Totais, em mg/L, parmetro muito sensvel ao lanamento de efluentes o que facilita avaliar a qualidade do corpo hdrico, pois uma medida direta. Vieira (2015)Os resultados da turbidez obtidos nas trs coletas apresentaram-se em nmeros crescentes para cada coleta que foi analisada, mas em nenhum momento chegaram perto ou transpassaram o limite de 40 unidades lefelomtricas estabelecido pela CONAMA para guas doces destinadas ao abastecimento humano e preservao do equilbrio natural das comunidades aquticas o que evidencia que a manuteno da vida que habita no meio estudado desenvolve-se regularmente recebendo de forma equilibrada, luz solar para suas necessidades biolgicas como realizao de fotossntese pela vegetao subaqutica. (limnologia: turbidez. Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro)

A temperatura mdia as trs coletas foi de 28,4 com um desvio padro mnimo de 0,10 no intervalo entre uma coleta e outra, o que evidencia relativa estabilidade trmica e portanto estabilidade da vida aqutica do meio. A temperatura encontrada favorece ainda uma boa concentrao de o2 dissolvido o que refora mais ainda a ideia de boa manuteno da vida encontrada no local no que se refere a esse parmetro e tambm na influncia que exerce sobre a existncia dos organismo do local. (limnologia:temperatura. Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro)

Coliformes Totais.

5 - CONSIDERAES FINAIS

Destaca o tema do projeto respondendo se os objetivos do trabalho foram alcanados. Aqui deve-se: Sintetizar os resultados obtidos; Evidenciar as conquistas alcanadas com o estudo; Indicar as limitaes e as reconsideraes para trabalhos futuros.OBS: Deve ser feita com base nos resultados do projeto

6 - REFERNCIAS

AGNCIA NACIONAL DE GUAS (ANA). Conjuntura dos recursos hdricos no Brasil 2013. Disponibilidade Hdrica. Disponvel em: . Acesso em: 24 de julho de 2015.

AGNCIA NACIONAL DE GUAS (ANA). Panorama da qualidade das guas superficiais do Brasil 2012. Braslia, 2012.

ALBUQUERQUE, S. A. Cartilha ecolgica: educao ambiental. Curitiba: Educarte, 2001.

ALLAN, J.D. 1995. Stream ecology: structure and function of running waters. London, Chapman & Hall, 388p.

ALLONSO, A.; CAMARGO, J. A. 2005. Estado actual y perpectivas em el empleo dela comunidade de macroinvertebrados bentnicos como indicadora del estado ecolgico de los ecossistemas fluviales espnoles. Ecositemas, septiembre-diciembre, ao/vol. XIV, nmero 003.

ALPHA, et al. Standard methods for the examination of water and wastewater. 21th Washington D C: American Public Health Associations, 2005.ALTO DO RODRIGUES RN-ALTO DO RODRIGUES/RN COM MINISTRIO PBLICO OU 100, ESTAMOS FAZENDO O MELHOR DO CARNAVAL 2015. 2015. Disponvel em: . Acesso em: 01 set. 2015.

BRAGA, B. et. al. Introduo engenharia ambiental. So Paulo: Pince Hall, 2002.

CARDOSO, A.l.s.p.; TESSARI, E.n.c.; CASTRO, A.g.m.. PESQUISA DE COLIFORMES TOTAIS E COLIFORMES FECAIS ANALISADOS EM OVOS COMERCIAIS NO LABORATRIO DE PATOLOGIA AVCOLA DE DESCALVADO. 1999. Disponvel em: . Acesso em: 31 ago. 2015.

COMIT DA BACIA HIDROGRFICA DO RIO PIANC-PIRANHAS-A (CBHPA). A Bacia: Caractersticas Fsicas. Disponvel em: . Acesso em: 17 de Julho de 2015.

COMPANHIA DE PESQUISA DE RECURSOS MINERAIS (CPRM - Minas Gerais). Medio in loco: temperatura, pH, condutividade eltrica e oxignio dissolvido. Belo Horizonte, 2007.

COMPANHIA DE TECNOLOGIA DE SANAMENTO AMBIENTAL (CETESB). Relatrio de balneabilidade das praias paulistas 2002. So Paulo: CETESB, 2003.

COMPANHIA RIOGRANDENSE DE SANEAMENTO (CORSAN). Governo do Estado do Rio Grande do Sul. Usos da gua. Disponvel em: . Acesso em: 23 de julho de 2015.

CORNATIONI, M.B., Anlises fsico-qumicas da gua de abastecimento do municpio de Colina SP. Bebedouro, 2010.

FARIAS, M. S. S. Monitoramento da gua na bacia hidrogrfica do rio Cabelo. 2006. Tese (Doutorado em Engenharia Agrcola) - Centro de Tecnologia e Recursos Naturais, Universidade Federal de Campina Grande, Paraba. In: FORNO, D.A. Sustainable development starts with agriculture. In: FAIRCLOUGH A.J. (ed). Sustainable agriculture solutions the actions report of the sustainable agriculture initiative. London: The Novelho Press, 1999.Cap.1.p.8-11.

FREITAS, J. P. et. al. Gesto de recursos hdricos na bacia hidrogrfica do rio piranhas-au no estado da Paraba. Disponvel em: . Acesso em: 17 de julho de 2015.

FREITAS, M. B.; BRILHANTE, O. M.; ALMEIDA, L. M. Importncia da anlise de gua para a sade pblica em duas regies do estado do Rio De Janeiro: enfoque para coliformes fecais, nitrato e alumnio. Cad. Sade Pblica, Rio de Janeiro, v. 17, n. 3, p. 651-660, June 2001. Disponvel em: Acesso em: 30 de julho de 2015.

GUIMARES; CARVALHO; SILVA. IT 179 Saneamento Bsico. 2007. Disponvel em: . Acesso em: 09 set. 2015.

INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATSTICA (IBGE). Rio Grande do Norte. Alto do Rodrigues. Disponvel em: Acesso em: 24 de julho de 2015.

JORGE, A. O. C. Anlise de coliformes totais, coliformes fecais e escherichia coli. In: JORGE, A. O. C. Microbiologia. 2. ed. So Paulo: Santos Editora, 2011. Cap. 33, p. 133-134.

MINISTRIO DO MEIO AMBIENTE, AGNCIA NACIONAL DE GUAS (MMA-ANA). Termos de referncia para a elaborao do plano de recursos hdricos da bacia do rio piranhas-au. Governo do Estado da Paraba e do Rio Grande do Norte, 2010. Disponvel em: Acesso em: 22 de Julho de 2015.

ONOHARA, Mayse Teixeira et al. Avaliao de Caractersticas Fsica, Qumica e Microbiolgica da gua na Microbacia do Crrego Gumit, Cuiab-MT.Engineering And Science,Cuiab, v. 3, n. 1, p.77-78, jun. 2015.

ORGANIZAO MUNDIAL DA SADE - OMS. Substncias qumicas perigosas sade e ao ambiente. So Paulo - SP: Cultura Acadmica, 2008.

OTTONI, Bianca Maria de Paiva.AVALIAO DA QUALIDADE DA GUA DO RIO PIRANHAS-AU/RN UTILIZANDO A COMUNIDADE DE MACROINVERTEBRADOS BENTNICOS.2009. 92 f. Dissertao (Mestrado) - Curso de Cincias Biolgicas, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, 2009. Disponvel em: . Acesso em: 09 set. 2015.

PEREIRA, Renato Crespo; GOMES, Ablio-soares (Org.). Biologia Marinha. 2. ed. Rio de Janeiro: Intercincia, 2009.

REES, F.; BARTRAM, J.; POND, K.; GOYET, S. Introduction, In: BARTRAM, J.; REES, G. (Ed). Monitoring Bathing Waters - a practical guide to design and implementationof assessments and monitoring programs mes. London: WHO, 2000. p. 9-14

RESOLUO CONAMA n 357, 17 de maio 2005. Disponvel em: . Acesso em: 24 de julho de 2015.

SELMA MARIA DA SILVA (Paraba). Instituto de Gesto das guas do Rn - Igarn (Org.).LEVANTAMENTO AMBIENTAL DO RIO PIRANHAS-AU:ATIVIDADES POLUIDORAS OU POTENCIALMENTE POLUIDORAS. 2007. Disponvel em: . Acesso em: 04 set. 2015.

VIEIRA, Maurrem Ramon.Os principais parmetros monitorados pelas sondas multiparmetros so: pH, condutividade, temperatura, turbidez, clorofila ou cianobactrias e oxignio dissolvido.Disponvel em: . Acesso em: 05 set. 2015. UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIRO (UFRRJ) limnologia: turbidez. Disponvel em: . acessado em: 08 de setembro de 2015.

5. ANEXOS

23