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EVENTO ANO 95 - N.º 4767 FUNDADOR José Ferreira Lacerda DIRECTOR Rui Ribeiro PREÇO: 0,80 euros (IVA incluído) SEMINÁRIO DIOCESANO – 2414-011 LEIRIA TEL. 244 821 100/1 • FAX 244 821 102 E-MAIL: [email protected] WEB: www.omensageiro.com.pt DESTAQUE PRIORITY 16 JULHO 2009 CAMPANHA Em tempo de férias, dedicamos o Em tempo de férias, dedicamos o destaque desta semana à figura destaque desta semana à figura de D. Patrício da Silva. Homem de D. Patrício da Silva. Homem ilustre desta terra, que foi bispo ilustre desta terra, que foi bispo e cardeal, e viveu, por isso, a e cardeal, e viveu, por isso, a maior parte da sua vida fora maior parte da sua vida fora da cidade onde nasceu. Pouco da cidade onde nasceu. Pouco sabemos sobre este homem e sabemos sobre este homem e certamente serão muito poucos certamente serão muito poucos os leirienses que dele já ouviram os leirienses que dele já ouviram falar. E, no entanto, a sua falar. E, no entanto, a sua figura impõe-se de tal forma no figura impõe-se de tal forma no panorama religioso e político do panorama religioso e político do País, que é justa a homenagem País, que é justa a homenagem que agora lhe é feita com a que agora lhe é feita com a publicação de um livro a ele publicação de um livro a ele dedicado dedicado. . Páginas 2 e 3 Páginas 2 e 3 D. FREI PATRÍCIO DA SILVA D. FREI PATRÍCIO DA SILVA UM CARDEAL UM CARDEAL LEIRIENSE LEIRIENSE PATRIARCA PATRIARCA DE LISBOA DE LISBOA |Última DR DESPORTO Natação | César Faria Primeiro leiriense no mundial sénior | P. 15 Futebol | Europeu na Polónia IPLeiria representa Portugal | P. 15 SOCIEDADE Comitiva de Leiria em Bruxelas ADAE apela ao avanço urgente do QREN | P. 7 Damasceno elogiou iniciativa Souto homenageou ex-combatentes | P. 7 CULTURA Folclore na Caranguejeira “A matança do porco” é mote de festival | P. 4 Vibrajazz e Pantomina “Praça Viva” no Mercado Sant’Ana | P. 5 ECLESIAL Ano Sacerdotal ... grande contributo da Igreja ao País | P. 8 Jornadas Missionárias 2009 “S. Paulo e a paixão pela Missão” | P. 10 Exposição comemorativa do Jubileu de São Paulo | Igreja de São Pedro apresenta... “Paulo, o Apóstolo”! Igreja de São Pedro apresenta... “Paulo, o Apóstolo”! | P. 5 JS

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O Mensageiro (O Mais Antigo Semanário do Distrito de Leiria): Edição de 16 de Julho de 2009 (N.º 4767).

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EVENTO

ANO 95 - N.º 4767

FUNDADOR José Ferreira LacerdaDIRECTOR Rui RibeiroPREÇO: 0,80 euros (IVA incluído)SEMINÁRIO DIOCESANO – 2414-011 LEIRIATEL. 244 821 100/1 • FAX 244 821 102E-MAIL: [email protected]: www.omensageiro.com.pt

DESTAQUE

Nº DE2703206MPCPRIORITY

16 JULHO 2009CAMPANHA

Em tempo de férias, dedicamos o Em tempo de férias, dedicamos o destaque desta semana à figura destaque desta semana à figura de D. Patrício da Silva. Homem de D. Patrício da Silva. Homem ilustre desta terra, que foi bispo ilustre desta terra, que foi bispo e cardeal, e viveu, por isso, a e cardeal, e viveu, por isso, a maior parte da sua vida fora maior parte da sua vida fora da cidade onde nasceu. Pouco da cidade onde nasceu. Pouco sabemos sobre este homem e sabemos sobre este homem e certamente serão muito poucos certamente serão muito poucos os leirienses que dele já ouviram os leirienses que dele já ouviram falar. E, no entanto, a sua falar. E, no entanto, a sua figura impõe-se de tal forma no figura impõe-se de tal forma no panorama religioso e político do panorama religioso e político do País, que é justa a homenagem País, que é justa a homenagem que agora lhe é feita com a que agora lhe é feita com a publicação de um livro a ele publicação de um livro a ele dedicadodedicado. . Páginas 2 e 3Páginas 2 e 3

D. FREI PATRÍCIO DA SILVAD. FREI PATRÍCIO DA SILVA

UM CARDEALUM CARDEALLEIRIENSELEIRIENSEPATRIARCAPATRIARCADE LISBOADE LISBOA

|Última

DR

DESPORTO

Natação | César Faria

Primeiro leiriense no mundial sénior | P. 15

Futebol | Europeu na Polónia

IPLeiria representa Portugal | P. 15

SOCIEDADE

Comitiva de Leiria em Bruxelas

ADAE apela ao avanço urgente do QREN | P. 7

Damasceno elogiou iniciativa

Souto homenageouex-combatentes | P. 7

CULTURA

Folclore na Caranguejeira

“A matança do porco” é mote de festival | P. 4

Vibrajazz e Pantomina

“Praça Viva” no Mercado Sant’Ana | P. 5

ECLESIAL

Ano Sacerdotal

... grande contributo da Igreja ao País | P. 8

Jornadas Missionárias 2009

“S. Paulo e a paixão pela Missão” | P. 10

Exposição comemorativa do Jubileu de São Paulo | Igreja de São Pedro apresenta... “Paulo, o Apóstolo”!Igreja de São Pedro apresenta... “Paulo, o Apóstolo”! | P. 5

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DESTAQUE2 O Mensageiro1 6 . J u l h o . 2 0 0 9

Rui [email protected]

editorial

Recordar é viver

Em tempo de férias dedicamos o des-taque desta semana à figura de D. Patrício da Silva. Homem ilustre desta terra que foi bispo e cardeal, e viveu, por isso, a maior parte da sua vida fora da cidade onde nasceu. Pouco sabemos sobre este homem e certamente serão muito poucos os leirienses que dele já ouviram falar. E no entanto a sua figura impõe-se de tal forma, no panorama religioso e político do país, que é justa a homenagem que agora lhe é feita com a publicação de um livro a ele dedicado.

Mais do que a figura e os feitos que tenha realizado, queremos sublinhar o va-lor da história e do passado na construção do presente e do futuro. Sobretudo numa época em que as referências ancestrais são desde logo catalogadas com demasia-da facilidade, com afirmações exageradas que rondam o desprezo e o rebaixamento, torna-se mais urgente realçar valores, pes-

soas e feitos que marcaram épo-cas. Identificar o passado, como muitas vezes se quer fazer, com atitudes retró-gradas, subde-senvolvidas ou simplesmente relegar o passa-do para a gaveta das recordações é prestar um péssimo serviço

à construção do país que somos e quere-mos ser. Por fezes falta a capacidade de reflectir à luz dos conhecimentos e das ideias ajustadas a cada época e a cada tempo. Pensar o dia de ontem com os conhecimentos que temos hoje é inevi-tavelmente reduzir e até menosprezar o que aconteceu. Por outro lado, olhar o passado e analisá-lo à luz das diferentes épocas acabará por nos levar à admiração e ao orgulho por aqueles que lá estiveram, foram parte desse passado, mas souberam ter uma postura vanguardista e futurista. Atitudes que hoje escasseiam.

Uma das virtudes da tecnologia mo-derna é o facto de ter a capacidade de nos transportar para mundos imaginários e inexistentes, mundos que previsionamos para o futuro, e nos transportam para épocas que não sabemos se alguma vez existirão. É um bem, um potencial único e benéfico, pois que prevenir é o melhor remédio. Mas como não há bela sem senão, eis que esta febre de olhar para a frente nos vai impedindo de olhar para trás; perdem-se referências, esquecem-se vitórias e conquistas e desvaloriza-se todo o ancestral que está na base da nossa presença aqui e agora. Aliás, não poderí-amos sonhar com o dia de amanha se os nossos pais não tivessem tido a coragem de nos pensar no dia de ontem. Por isso, quanto mais não seja só por isso, todo o património e todo o legado do passado deve ser preservado, amado e valorizado por cada um de nós.

Identificar o passado, como

muitas vezes se quer fazer, com

atitudes retrógradas, subdesenvolvidas ou simplesmente relegar o passado para a gaveta das

recordações é prestar um péssimo serviço à construção do país

Nasceu em 1942 em Lisboa. Engenheiro electrotécnico pelo Instituto Superior Técnico, condecorado com o Grau de Grande-Oficial da Ordem do Infante D. Henrique, foi alto funcionário da Comissão Europeia (1988 a 2004) e Di-rector Geral no Ministério da Educação (1983 a 1988).

Foi membro da Comissão de Reforma do Sistema Educa-tivo (1985-88), coordenador na-cional do projecto economia e educação da OCDE (1983-85) e Membro da Comissão executi-va do projecto MINERVA (1986-88) referente à introdução das novas tecnologias na educa-ção. Colaborou na elaboração do primeiro PRODEP (Plano para o Desenvolvimento da Educação em Portugal) (1988) que foi apresentado à Comis-são Europeia nesse ano. Foi responsável pela criação, ins-talação e desenvolvimento do Ensino Superior Politécnico em Portugal (1978 a 1983), tendo sido o primeiro director do Ga-binete de Apoio à Instalação do Ensino Superior Politécnico do Ministério da Educação, adjun-to do Director Geral do Ensino Superior (1977 a 1983).

No momento em que se prepara para apresentar um li-vro sobre o seu antepassado, D. Frei Patrício da Silva, o jornal O mensageiro apresenta o autor, um pouco do seu percurso, o seu sentimento pelo Cardeal Leiriense e também sobre o que pensa da sua cidade.

Entrevista: Joaquim Santos

Quais as memórias que pretende destacar da sua vi-vência em Leiria?

Pretendo lembrar o nosso património e para tal escrevo sobre figuras de Leiria. O patri-mónio não é somente o físico, mas é também o humano. Di-rei mesmo, que sobretudo as pessoas, que constroem, que vivem, que têm ideias, etc. Leiria é um importante centro económico no nosso país, mas é mal-amada pelos seus habi-tantes e não tem “cuidado” dos seus filhos. Não os “apresenta” para que nos possamos orgu-lhar. Passamos a vida a “ter medo “ de Coimbra, Lisboa, Santarém, em vez de termos orgulho do que somos. E do que fizemos.

A “Vila Portela” é um

espaço que lhe toca profun-damente porque é lá que “re-sidem” as suas origens. Foi por esse motivo que decidiu publicar recentemente, jun-tamente com Ana Margarida

Portela e Francisco Queiroz, o livro dedicado a esse imóvel localizado no “coração” de Leiria?

As minhas origens “resi-dem”, como diz, em muitos locais em Leiria. Nas casas do Terreiro que foram do meu tri-savô, ou da casa recentemente recuperada na Rua João de Deus, ou ainda em Alcogulhe (Azoia) onde passei grande parte da minha infância, etc. Mas, foi na Vila Portela onde eu passei a juventude, e que ainda pertence a meu Pai, que resolvi centrar o livro “Villa Portela, a família Charters d’Azevedo e as suas relações familiares (sec XIX)”, mostrando o que a família fez em Leiria e como foi, durante muitos anos, um espaço mal amado pelos pre-sidentes da Câmara, e seus técnicos.

A conhecida “Vila Porte-

la” chegou a ser expropriada numa época de um regime difícil. A sua recuperação conferiu o direito de pro-priedade aos seus legítimos proprietários. Que projectos existem para o futuro para este espaço?

A Portela, como se vê hoje, é constituída pela Vila Portela (casa e parque) e pela Quinta da Portela (zona não verde, onde chegou a existir uma vinha), se bem que murada, a propriedade nunca foi in-tegrada na malha urbana. Procurou-se sempre cortá-la (apontando ruas como a João XXI), ou ameaçá-la (como por exemplo com a construção de edifícios na Rua Sá de Miranda que não estão a uma distância regulamentar dos muros), ou ainda programando na mata o Governo Civil ou o Instituto Politécnico. Meu Pai conseguiu salvar a propriedade com ex-cepção de um substancial corte da mata para fazer o Largo da República.

A autorização recente para que o meu Pai possa urbanizar

a Quinta da Portela, permitirá que seja ligada, a parte comer-cial da Marquês de Pombal com o centro histórico, através de duas praças, com uma dimen-são maior que a Rodrigues Lobo. Com a construção de um parque estacionamento público, enterrado, e com a garantia de qualidade que a empresa GILMAT empresta às suas realizações, terá Lei-ria uma solução urbanística e arquitectónica que honrará a nossa cidade e prestigiará esta Câmara, que a aprovou, se bem que com tempos incompatíveis com os tempos que estamos a viver. Lembro que estamos a fa-lar em criação de emprego que está emperrado em gabinetes técnicos.

A Vila Portela, com a sua casa e mata, continuará a ser a residência da família em Leiria.

D. Frei Patrício da Silva, 7º

Cardeal Patriarca de Lisboa, é descendente da família Char-ters. Sobre este homem de fé, nascido em 1756 e falecido em 1840, Ricardo Charters d’Azevedo vai apresentar na Sé de Leiria, no dia 17 de Julho, um livro que evoca a sua memória. Qual foi a sua motivação para escrever esta obra?

Como lhe referi, o Doutor D. Frei Patrício da Silva, nas-cido nos Pinheiros, é o meu 6º tio-avô, mas do lado Costa Guerra, pertenceu aos Agos-tinhos, tendo frequentado o Convento aqui em Leiria, professor na universidade de Coimbra com 27 anos, confes-sor da Casa Real, tido em gran-de consideração por D. João V que o nomeia para o Conselho de Regência, Bispo de Castelo Branco, Arcebispo de Évora e aí nomeado Cardeal, por fim Pa-triarca de Lisboa. Porque é que os Leirienses nada sabem so-bre ele? E um dos seus retratos continua numa sala onde se dá formação, na Torre do Tombo, e ninguém se preocupa de o trazer para Leiria. Por exemplo para o Arquivo Distrital.

A figura do Cardeal D.

Patrício da Silva destaca-se na vida religiosa de Portugal. Que elementos quer destacar da sua missão dedicada a Deus?

O Cardeal D. Patrício I vi-veu num tempo muito difícil. Lembro as invasões francesas, a guerra resultante da “zanga real”, o consequente corte de relações com a Santa Sé e expulsão do Núncio, e a ex-tinção das ordens religiosas e

da venda dos seus bens. A sua governação apostólica só lhe foi possível por ter participado activamente na política. Assim são dele várias importantes pastorais, e ainda a determi-nação para que o baptismo se realizasse dentro dos oitos dias seguintes ao nascimento, ou ainda determinando que se doutrinasse durante os ofícios religiosos, deixando a homilia de ser uma “conversa”.

Com um currículo tão vas-

to, o que pretende destacar na sua carreira profissional?

Lembro que sempre mudei de situação profissional cada 5/7 anos. Aconselho todos a fazê-lo. Há, no entanto, duas actividades que desenvolvi que gostaria de ressaltar. Uma é a responsabilidade que tive, com o Doutor Eduardo Marçal Grilo, na implementação do en-sino superior politécnico, onde desde a construção de novos edifícios, seu equipamento de arranque, bem como a forma-ção do primeiro corpo docente foi da minha responsabilidade: Leiria saiu beneficiada. A outra foi o ter representado a Comis-são Europeia em Portugal , o que me permitiu ser útil ao meu Pais, facilitando as liga-ções com Bruxelas e levando a que tal fosse reconhecido e me fosse atribuída uma con-decoração.

Embora resida em Lisboa

a sua ligação com a cidade de Leiria foi sempre permanente. Quais os desafios de Ricardo Charters d’Azevedo para a cidade?

Os Leirienses têm de amar a sua cidade. Deixemos de dizer mal, de invejar, de pro-curar destruir o que os outros querem fazer, enfim sejamos construtivos. Lembro que no futebol se joga, mas o objec-tivo não é jogar, mas meter a bola na baliza...do outro. Nunca ficar no meio-campo a discutir estratégias, mas sim “fazer”.

Os Leirienses têm que se rever no seu património. Tem que continuar a desenvolver o seu distrito, quer economi-camente, quer culturalmente. Tem de se associar com os distritos vizinhos, mostrando-lhes as vantagens que daí ad-vêm para todos. As autoridades locais têm de ter uma melhor estratégia de valorização do nosso património e deixarem de valorizar só o arqueológico.

O conhecimento, nome-adamente do nosso passado, permite sermos melhores.

Entrevista a Ricardo Charters d’Azevedo

“Os Leirienses têm de amar a sua cidade”

DR

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3DESTAQUEO Mensageiro1 6 . J u l h o . 2 0 0 9

Está finalmente dis-ponível para o grande pú-blico a biografia de uma figura de leiriense ilustre praticamente desconhe-cida das gerações actuais. Trata-se do Cardeal Pa-triarca D. Frei Patrício da Silva, da Ordem de Santo Agostinho, nascido a 15 de Setembro de 1756 nos Pinheiros (Marrazes), e falecido a 3 de Janeiro de 1840, em Lisboa, com 83 anos.

Sua origem e seus familiares

É responsável por esta biografia o Eng. Ricardo Charters d’Azevedo, tam-bém ele um ilustre descen-dente de leirienses, com fortes ligações familiares e bens na cidade de Leiria e região envolvente. D. Patrí-cio é seu 6.º tio-avô.

E um parente de grande peso no seu tempo, apesar das vicissitudes por que passou o país na primeira metade do século XIX, das invasões francesas às guer-ras liberais.

Na Oração Fúnebre ao insigne Prelado, proferida por João António Pereira, Prior de S. Nicolau da Vila de Santarém, por ocasião das exéquias celebradas no dia 4 de Fevereiro de 1840 na Paroquial Igreja do Sal-vador daquela vila, disse-se, alto e bom som, que «Dom Fr. Patrício da Silva (…) foi outrora Eremita Calçado de Santo Agostinho, Doutor na Sagrada Teologia, Mestre na sua Ordem, Pregador Régio, Director dos Estudos e Pro-fessor de Teologia Dogmáti-ca no Seminário Patriarcal, Director dos Estudos nos Gerais de S. Vicente de Fora, Membro da Junta

do Melhoramento, Lente da Faculdade Teológica na Universidade de Coimbra, Grão Cruz da Ordem de Cristo, Ministro, Secretário de Estado dos Negócios Eclesiásticos e de Justiça, Regedor das Justiças da Casa de Suplicação, Mem-bro da Regência do Reino (por morte do Imperador e Rei), Par do Reino e Vice-presidente da Câmara dos Pares, Bispo de Castelo Branco, Arcebispo de Évo-ra, Cardeal da Santa Igreja Romana, Patriarca da Santa Igreja de Lisboa, Literato ilustre, Orador eloquente, Homem de Deus, do Rei e da Grei!...»

Sem rebuço, um lei-riense!

Patrício da Silva nas-ceu efectivamente no Ca-marnal, Pinheiros, então freguesia do Arrabalde da Ponte, hoje Marrazes. Seus pais eram Jacinto da Fon-seca e Silva e Maria Inácia (ou Teresa Inácia) de Sousa. Tinha mais seis irmãos.

Não seriam uma famí-lia nobre ou abastada, mas viveriam desafogados, pelo menos pelo lado da sua mãe, pois mandar estudar um filho para Coimbra cus-tava muito dinheiro, e tam-bém deveria haver posses bastantes para constituir o dote que permitisse que seu

irmão Joaquim integrasse o Seminário e para que o ou-tro irmão Joaquim Nicolau se casasse bem.

Sua formaçãoDepois dos estudos

básicos, Patrício da Silva professou no Convento de Santo Agostinho de Leiria, tendo sido ordenado pres-bítero em 21 de Dezembro de 1780, com 24 anos. Reco-nhecidos os seus invulgares dotes, foi depois enviado para a Universidade de Coimbra, onde completou a formação teológica de forma brilhante. Concluí-da a formatura teológica, fez o seu doutoramento solene na Universidade de Coimbra a 31 de Julho de 1785, com 28 anos, as-cendendo logo a lente da mesma Faculdade.

Mais tarde foi escolhido para Reitor do Colégio da sua Ordem dos Eremitas Descalços de Santo Agos-tinho, em Coimbra e em Lisboa, e, indigitado para Pregador Régio, esteve li-gado à Casa do Infantado e foi Capelão da Capela Real no Palácio da Bemposta. Foi igualmente Censor Eclesiás-tico do Patriarcado, Sócio da Academia Real das Ciências e professor de Teologia no Seminário de Santarém. Foi escolhido para deputado da Junta dos Melhoramentos das Ordens Religiosas e Inspector dos Estudos do Patriarcado de Lisboa.

A sua ascensão na hierarquia eclesiástica

Segundo Charters d’Azevedo, «foi rápida a sua subida na hierarquia eclesiástica e civil, pois, em 13 de Maio de 1818, re-cebeu a nomeação de bispo

para a diocese de Castelo Branco, lugar de que não chegou a tomar posse por ter vagado a arquidiocese de Évora, para onde foi escolhido em 3 de Maio de 1819. O Papa confirmou-o a 21 de Fevereiro de 1820. A sagração ocorreu na igreja de Nossa Senhora da Graça, de Lisboa, a 30 de Abril de 1820».

No Consistório de 27 de Setembro de 1824, o Papa Leão XII agraciou o Arcebis-po de Évora com a púrpura cardinalícia ou presbiterial, com beneplácito do Rei D. João VI. Foi nessa altura nomeado membro do Sacro Colégio. Passamos a ter o ar-cebispo de Évora elevado a Cardeal!

Após morte do então Cardeal Patriarca de Lis-boa, D. Carlos da Cunha e Meneses, a 14 de Dezem-bro de 1825, o Cardeal Arcebispo D. Frei Patrício da Silva foi nomeado para o Patriarcado de Lisboa, a 24 de Dezembro de 1825, e teve a nomeação real a 2 de Janeiro de 1826. Contu-do, era ainda Arcebispo de Évora quando, em Março de 1826, faleceu o Rei D. João VI, ficando um Conselho de Regência a governar o reino sob a presidência da Infanta D. Isabel Maria, e do qual fazia parte D. Patrício da Silva.

O seu envolvimento político

O Marquês de Frontei-ra e d’Alorna, relata que o Cardeal «nunca simpatizou com D. Miguel, mas tinha cometido um grande crime, aos olhos dos exaltados li-berais, não abandonando a sua diocese, e, por isso, lhe faziam sentir, nesta

ocasião, todos os patriotas que estavam nas salas do Duque [de Palmela], o pouco que simpatizavam com ele. O respeito, po-rém, com que os Duques o tratavam, e todos nós que não éramos suspeitos, im-pôs silêncio aos exaltados patriotas, e desarmou-os completamente o convite que o Duque de Palmela fez a Sua Eminência para cele-brar o Te-Deum na ocasião da chegada do Imperador.»

Como é sabido, com o advento do liberalismo deu-se o corte das relações diplomáticas com a Santa Sé e a extinção das ordens religiosas, o que provocou uma verdadeira revolução na vida do país. «Durante o reinado de D. Miguel, quando se tratou de reatar as relações do Estado com a Santa Sé e o clero nacional, teve iniludível interesse a intervenção prestigiosa de D. Frei Patrício da Silva. É sabido que as dioceses do Reino estiveram, de 1833 a 1839, quase todas, por ausência ou vacância, des-

tituídas dos seus legítimos pastores. Mais se evidencia, assim, dentro do período tradicionalista, o arreigado espírito de patriota insigne de D. Frei Patrício da Silva, por haver sido quase que o único prelado que se man-teve integrado nas suas funções, conseguindo ha-bilmente harmonizar o es-piritual com o temporal.»

Clérigo ilustre e con-ceituado, autor de várias publicações e pastorais, o leiriense D. Frei Patrício da Silva, como escreveu o Prior João António Pereira, «à proporção que foi cres-cendo dum berço humilde para um Trono de Púrpura, aproveitou ocasiões de se votar ao serviço da Nação, trabalhando desvelado nos seus melhoramentos, e, por fim, salvando-a da perdição temporal e da perdição eter-na!... Curavit…»

Um exemplo de um Leiriense, de um Homem, que vale a pena conhecer, pela sua inteligência, saber e diplomacia.

Agora em livro, a biografia de D. Frei Patrício da Silva

Um Cardeal leiriense, Patriarca de Lisboa

O livro “D. Frei Patrício da Silva - um Cardeal leiriense, Patriarca de Lisboa (1756-1840)”, da autoria de Ricardo Charters d’Azevedo vai ser lançado no dia 17 de Julho, às 18h00, na sacristia da Sé de Leiria, com apresentação do Provincial dos Carmelitas, Pe. Pedro Lourenço Ferreira, das Cortes.

A publicação deste livro é de grande importância porque a biogra-fia deste ilustre leiriense é praticamente desconhecida das actuais gerações.

A edição da obra está a cargo da editora Textiverso.

Ricardo Charters d’Azevedo publica livro sobre o seu antepassado

D. Frei Patrício da Silva

Retrato do Cardeal Patriarca de Lisboa, existente no Arquivo da Torre do Tombo, com a seguinte inscrição «D. Fr. Patrício da Silva, da Ordem de Santo Agostinho, Doutor em Teologia, lente da mesma faculdade na Universidade de Coimbra, Deputado da Junta do Melhoramento das Ordens Regulares, pregador régio e da Sereníssima Casa do Infantado, sócio da Real Academia das Ciências de Lisboa, eleito Bispo de Castelo-Branco em 13 de Maio de 1818, Arcebispo de Évora em 3 do mesmo mês de 1819, sagrado na igreja deste convento de N. Senhora da Graça em 30 de Abril de 1820, Cardeal Presbítero da Santa Igreja Romana, do Conselho de Estado, Ministro e Secretário de Estado dos Negócios Eclesiásticos e da Justiça, de que passou a Regedor das Justiças da Casa da Suplicação»

Cortesia da Direcção Geral dos Arquivos - Torre do Tombo

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CULTURA4 O Mensageiro1 6 . J u l h o . 2 0 0 9

CINEMASTeatro José Lúcio da Silva (Leiria)• HARRY POTTER E O PRÍNCIPE MISTERIOSO | thriller | de David Yates | c/

Daniel Radcliffe, Emma Watson, Rupert Grint | 17 a 28 de Julho 15h30 e 21h30; dia 20, 21h30

Teatro Miguel Franco (Leiria)• UM AMOR DE PERDIÇÃO | drama | de Mário Barroso | c/ Tomás Alves,

Catarina Wallenstein, Virgílio Castelo, Ana Moreira | 22 de Julho 18h30• HARRY POTTER E O PRÍNCIPE MISTERIOSO | 16 de Julho, 15h30 e 21h30

Cine-Teatro de Monte Real• ANJOS E DEMÓNIOS | drama | de Ron Howard | c/ Tom Hanks, Ayelet

Zurer, Ewan McGregor | 17 a 19 de Julho, 21h30

Cine-Teatro Actor Álvaro (Vieira de Leiria)• SINAIS DO FUTURO | thriller | de Ron Howard | c/ Nicolas Cage, Chandler

Canterbury e Rose Byrne | 19 de Julho, 21h30

Auditório António Campos (Praia da Vieira)• O SILÊNCIO DE LORNA | drama | de Jean-Pierre Dardenne, Luc Dardenne

| c/ Jérémie Renier, Arta Dobrosh | 16 de Julho, 21h45• UM DIA DE CADA VEZ | comédia | de Mike Leigh | c/ Sally Hawkins, Alexis

Zegerman, Elliot Cowan | 21 de Julho, 21h45

Cine-Teatro Municipal de Ourém• À NOITE NO MUSEU | comédia | de Shawn Levy | c/ Amy Adams, Ben Stiller,

Hank Azaria, Owen Wilson, Robin Williams | 17 e 18 de Julho, 21h30

Cine-Teatro de Alcobaça• LIGAÇÕES PERIGOSAS | drama | de Stephen Frears | c/ Glenn Close, John

Malkovich, Keanu Reeves, Michelle Pfeiffer | 19 e 20 de Julho, 21h30

Cine-Teatro da Nazaré• A RESSACA | comédia | de Todd Phillips | c/ Bradley Cooper, Ed Helms,

Zach Galifianakis | 16 a 22 de Julho, 21h45; dias 17 e 18, 00h15

EXPOSIÇÕESEdifício Banco de Portugal - Leiria•”Nadir Afonso - Século XXI” - pintura (~30/07)Teatro José Lúcio da Silva - Leiria• “Estranheza de uma coisa natural” - fotografia (~20/07)Biblioteca Municipal Afonso Lopes Vieira - Leiria• Desenhos realizados pelas crianças em 1 de Junho (~30/07)•”Minha caminhada” - pintura de Paulo Cruz (~17/07)M|i|mo - Museu da Imagem em Movimento (Mercado de Sant’Ana)•”O Fascínio do Olhar” (permanente)Casa Museu João Soares - Cortes•”10 anos” e “Vida no campo” (permanente)Casa-Museu Afonso Lopes Vieira - Marinha Grande• Colecção Carlos Vieira (permanente)• Fotobiografia de Afonso Lopes Vieira (permanente)Museu do Vidro - Marinha Grande•”Contempotâneios - Vidro Artístico Contem. Port.-2009” (~25/10)Galeria Mouzinho de Albuquerque - Batalha• Escultura da autoria de Filipe Curado (~19/07)Galeria Municipal de Ourém•“Unidos na Arte Brasil/Portugal” (~9/08)Biblioteca Municipal de Ourém•“Palavras da Terra... A Literatura é uma forma de paisagem” (~31/07)Praça Paulo VI - Fátima•“Boas Práticas Ambientais no CRIF” - (24/07~31/07) Torre de Menagem - Castelo de Pombal•“Elementos Arquitectónicos: Memórias de uma Época” (permanente)Casa da Cultura - Santiago de Litém• “À descoberta da Alice” - Dinossáurio dos Andrés (permanente)Casa dos Cubos - Tomar•«Surrealismo, PORQUÊ?...» (~13/09)Galeria dos Paços do Concelho - Tomar•Pintura da autoria de Manuel Casimiro (19/07~30/09)

Sob o mote “A matança do Porco”, o ACRS – Rancho Folclórico dos Soutos da Ca-ranguejeira leva a efeito, no próximo dia 18 de Julho, o já tradicional Festival Inter-nacional de Folclore “Vila da Caranguejeira 2009”, no Parque Natural da Barroca da Gafaria (Caranguejeira).

Através de uma expo-sição etnográfica e de uma demonstração ao vivo, o público ficará a conhecer as várias tradições ligadas à matança do porco. Desde o ir lavar as tripas, com as crianças a aproveitarem

para jogar à bola com a bexiga do porco, à tachada, à morcelada e ao convívio, muitos serão os momen-tos a recordar pelas mãos do Rancho Folclórico dos Soutos da Caranguejeira.

O programa inicia às 22h00 com a representação etnográfica que conta com a colaboração da comuni-dade local, assim como dos grupos de folclore partici-pantes.

Segue-se, às 22h30, a exibição das danças e cantares dos cinco grupos participantes: ACRS - Ran-

cho Folclórico dos Soutos da Caranguejeira - Leiria, Grupo Regional de Morei-ra da Maia - Maia, Rancho Folclórico de Passos de Silgueiros - Viseu, Rancho Folclórico de Avis - Alentejo e Groupe Folklorique La Par-paiola – Nice – França.

No final haverá um bai-larico à moda antiga, com a participação das diversas tocatas dos grupos partici-pantes.

A gastronomia típica da nossa região também marcará presença. O pão com chouriço cozido no

forno a lenha no próprio local é a principal atracção, mas não faltará também a morcela de arroz, a chouri-ça, as filhós e o pão caseiro, entre outras especialidades tradicionais.

Folclore, etnografia, usos e costumes tradicio-nais, bailarico e gastrono-mia, prometem encher de cor e alegria a magnífica paisagem natural do Par-que de Lazer da Barroca da Gafaria, na Caranguejeira. Ingredientes mais do que suficientes para uma noite de verão perfeita.

Festival de Folclore na Caranguejeira

“A matança do Porco”

A jovem cantora Iolanda Costa, de Pombal, que brilhou no programa “Uma Canção para Ti”, é a madrinha do “Cantar Pombal - 1.º Festival da Canção Infantil”, que se realiza em Pombal no próximo dia 25 de Julho, pelas 22h00, no Bodo Antigo, Jardim Municipal. A Iolanda Costa juntam-se dois outros ex-concorrentes do refe-rido programa da TVI, João Carmo e João Lotra, para também cantarem no palco do 1.º Festival da Canção Infantil de Pombal.

O “Cantar Pombal - 1.º Festival da Canção Infantil” é uma organização do Município de Pombal, em parceria com a Biblioteca Municipal e a ETAP, que pretende estimular a criação artís-

tica e incentivar o gosto pela música através do aparecimento de novos talentos; sensibilizar as crianças atra-vés da música, proporcionando uma maior abertura cultural; fomentar a interactividade das crianças através da música e desenvolver capacidades ao nível da memorização, da interpreta-ção, da expressão e da improvisação.

Podem concorrer a este Festival todas as crianças dos 5 aos 11 anos. O 1.º Festival da Canção Infantil será composto por duas fases: uma pré-selecção e uma final. A pré-selecção será a 19 de Julho, domingo, no Te-atro-Cine de Pombal, pelas 15h30. A final será a 25 de Julho, no Jardim Municipal, pelas 22h00.

Iolanda Costa é a madrinha

Festival da Canção Infantil de Pombal

O Museu de Arte Sacra e Etnologia irá acolher no Auditório do Centro Missio-nário Allamano um Encon-

tro Internacional de Coros. Este evento, organizado pela Academia de Música Banda de Ourém, contará

com a participação do Chorus Auris de Ourém e o Coro Nauczycilski da Polónia. Será no dia 17 de

Julho, sexta-feira, pelas 21h30.

O 1º Festival Nacard, uma organização da Asso-ciação Nacard, Associação inscrita no RNAJ, vai de-correr de 18 a 26 de Julho, na Praia do Pedrógão. Este

festival nasceu pela ideia de englobar várias áreas, nomeadamente do despor-to e da cultura, num único evento, no mesmo local e num curto intervalo de

tempo.Integrado neste festival

está a terceira edição do torneio de voleibol praia, um concurso de bandas de garagem, uma feira de

artesanato, demonstrações desportivas e aulas de dança. Este evento conta com o apoio da Direcção Regional do Centro do IPJ em Leiria.

IPJ de Leira apoia

1º Festival Nacard – Praia de Pedrógão

Até ao próximo dia 17 de Julho vai estar patente na Loja Ponto JA de Leiria uma exposição intitulada Fotobiografia – Fernando

Pessoa, seus Poemas e He-terónimos”. A exposição tem como objectivo dar a conhecer aos jovens um dos maiores escritores da

Literatura Portuguesa. É composta por treze painéis que retratam a vida e obra literária de Fernando Pessoa e seus heterónimos, Alberto

Caeiro, Álvaro de Campos, Ricardo Reis e Bernardo Soares. A mostra pode ser visitada, todos os dias úteis, das 9h00 às 20h00.

IPJ de Leira apresenta exposição-fotobiografia

Fernando Pessoa, seus Poemas e Heterónimos

No Museu de Arte Sacra e Etnologia

Encontro Internacional de Coros

ESTOFOS FERREIRAReparação de estofos em todos os estilos

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Page 5: 4767#OMENSAGEIRO#16JUL

5CULTURAO Mensageiro1 6 . J u l h o . 2 0 0 9

MÚSICA | TEATRO | EVENTOSTeatro José Lúcio da Silva - Leiria• “Sai curta e consequência” - teatro (16/07, 21h30)Pátio do Mercado Sant’Ana - Leiria•”Vibrajazz” - música (17/07, 22h00)•”Pantomina” - música (18/07, 22h00)•”Uxu” - música (24/07, 22h00)•”Desaguisados” - teatro de La Sonrisa (25/07, 22h00)Parque Natural da Barroca da Gafaria•“Vila da Caranguejeira 2009” - Festival Inter. de Folclore (18/07, 22h)Casa-Museu João Soares - Cortes• Viva a vida - actividades para população idosa (17/07, 10h30)Sede do Rancho Folclórico do Freixial• Mostra de folclore (11/07~12/07)Salão Paroquial da Barreira• I Encontro de Vozes Colipo (11/07, 21h00)Museu do Vidro- Marinha Grande• IX Jornadas Aprender o Vidro (3ªs~6ªs, 9h00~11h30)Biblioteca Municipal - Marinha Grande•”Uns óculos para a Rita” - conto (2ªs~6ªs,9h~18h e sáb, 14h30~18h)Biblioteca da Batalha•“Hora do Conto” - pré-escolar ao 2º ciclo (2ªs, 4ªs e 6ªs)•“Hora do Conto” - filhos e pais (1ºs e 4ºs sábados de cada mês)Praça Mouzinho de Albuquerque - Batalha• 1ª Feira do Gelado (~19/07)Praça da Fonte I - Reguengo do Fetal• Festival Gastronómico (17/07, 19/07)CSB - Bajouca• Serviço de Apoio da Biblioteca a Idosos Atentos (14/07, 14h30~16h00) Biblioteca Municipal de Ourém•”Fora da Estante:Vida e Obra de Jean de La Fontaine” (~13/7, 9h~17h)Vila Nova da Barquinha - Ourém•”Ourém passeia comigo...” - passeio/excursão (14/07)Auditório da Ourearte - Ourém• 6º Estágio Inter. de Orquestra - concerto de guitarra (15/07, 21h30)Centro Cultural e Recreativo do Olival - Ourém• Festa da cerveja - “The Peorth” (17/07, 20h30)Museu de Arte Sacra e Etnologia - Fátima• Dia dos Avós (26/07, 11h00 ~17h00)Casa dos Cubos - Tomar•”Surrealismo Porque?” - conferências (23/07, 18h00)

Às 21h30 do dia 13 de Julho abriam-se as portas da histórica Igreja de São Pedro, junto da PSP de Leiria, para a inauguração da exposição “Paulo, o Apóstolo”, organizada pelo Departamento do Patrimó-nio Cultural do Seminário Diocesano. O momento solene desta mostra que evoca São Paulo, justamen-te na sequência do final do “Ano Paulino”, contou com a presença de D. António Marto - Bispo de Leiria-Fátima, Isabel Damasceno - Presidente da Câmara Municipal de Leiria e Flá-vio Alves – Comandante Distrital de Leiria da PSP. Com a coordenação geral do Pe. Armindo Janeiro, concepção museológica de Marco Daniel Duarte e a o projecto de arquitectura de Humberto Gândara, os visitantes puderam ir con-templando o espólio que retrata a vida do apóstolo Paulo. O espaço contempla objectos que retratam a época Paulina, com o Santo representando em estatue-tas de madeira, quadros e outras ornamentações religiosas que nos transmi-tem fielmente a vertente teológica de São Paulo. A Igreja de São Pedro, com a montagem desta exposição, ganha um âmbito renovado, um espírito marcante para qualquer visitante, com uma conjugação de ima-gens do santo, conjugadas com uma luz, numa envol-vência de cimento simples,

com encaixes de madeira na sua estrutura, propor-cionam uma sensação de recuo de tempo.

A exposição “Paulo, o Apóstolo” destaca a histó-ria do santo que se cha-mava “Saulo”, mostrando a conversão no caminho de Damasco e a sua vida dedicada a Deus. A teolo-gia Paulina mostra a sua centralidade com Cristo, Homem e Deus.

Logo na entrada da Igreja de São Pedro, dis-tingue-se “a cheio” a frase de D. António Marto “Di-rigimo-nos a ti, ó grande apóstolo São Paulo, arauto de Cristo e nosso Mestre na fé. Fazemos nossa a mesma súplica do macedónio: ‘Pas-sa e ajuda-nos’ com o teu anúncio, o teu exemplo e a tua intercessão. Intercede ao Senhor por nós, cristãos

do século XXI.”.A exposição foi organiza-

da para evocar a passagem dos dois mil anos do nasci-mento de São Paulo, estará patente ao público, entre os dias 13 de Julho, festa

da dedicação da Catedral, e 13 de Setembro de 2009. Os sentidos, entendimento e a luz, são elementos que sobressaem nesta mostra Paulina.

Texto e Foto: Joaquim Santos

Exposição comemorativa do Jubileu de São Paulo

Igreja de São Pedro apresenta... “Paulo, o Apóstolo”!

Igreja de São PedroA Igreja de São Pedro é o único vestígio da arquitec-

tura românica de Leiria, com influências notórias do foco de arte medieval de Coimbra. É um edifício muito simples, de uma só nave, onde se destaca o trabalho dos capitéis e das arquivoltas do portal, evocando o imagi-nário medieval, assim como os capitéis vegetalistas que encontramos no seu interior.

Situada muito perto do castelo, foi construída cerca de 1176 para servir os habitantes fora das muralhas. Antes da construção do novo edifício da Sé, foi sede de bispado até 1573, função inicialmente assumida pela Igreja de Nossa Senhora da Penha. Depois da extinção das ordens religiosas (1834), chegou a servir de teatro e armazém até que em 1896, Korrodi propôs a sua classificação como monumento nacional. O restauro decorreu mais tarde, entre 1933 e 37, revelando alguns elementos de origem.

Ficha deAssinatura

Preços de assinatura:Normal: 20 € (Nacional), 30 € (Europa) e 40 € (R. Mundo)Benfeitor: 40 € (Nacional), 60 € (Europa) e 60 € (R. Mundo)

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No âmbito do “Praça Viva” o pátio do Mercado Sant’Ana, em Leiria, pelas 22h00, será palco de espec-táculos musicais interpreta-dos pelos grupos Vibrajazz e Pantomina, nos dias 17, 18 e 19 de Julho.

Vibrajazz é uma forma-ção composta por cinco elementos, que apresentam ao público os sons do saxo-fone, da guitarra, do vibra-fone, do baixo e da bateria. Composto por músicos de Leiria com formação sólida

na área do jazz, este projec-to pretende abordar o reper-tório jazzístico standard de uma forma mais livre, en-trando assim numa área do jazz mais moderno, como o funk, drum’ bass, free jazz e latin jazz.

No dia 18, o grupo de animação de rua Pantomina apresentará um espectácu-lo musical elaborado com instrumentos do imaginá-rio-fanfarra (gaitas-de-fole, tuba, trompa, trombone, caixa de rufo e bombo),

complementado por um mimo andarilho que, através da sua mudez en-surdecedora, enriquece as prestações da banda.

“Praça Viva” é uma iniciativa de âmbito lúdico e cultural, organizada pela Câmara Municipal, que traz mais vida e diversão às noi-tes de Verão em Leiria.

Com um diversificado programa ligado funda-mentalmente à música e ao teatro, os espectáculos terão lugar no Jardim Luís

de Camões, Pátio do Mer-cado Sant’Ana – Centro Cultural e Praça Rodrigues Lobo, abrangendo vários estilos musicais, desde a música tradicional, nacio-nal e estrangeira, ao jazz e hip-hop, e ainda a espectá-culos de cariz mais instru-mental, passando por peças de teatro muito divertidas, em que o público é convida-do a participar.

Vibrajazz e Pantomina

“Praça Viva” no Mercado Sant’Ana

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O Mensageiro1 6 . J u l h o . 2 0 0 9SOCIEDADE6

Foram inauguradas, no passado sábado, a pri-meira fase das obras de requalificação do Agroal, um investimento de 1,5 milhões de euros da au-tarquia (com recurso a apoios comunitários), que dota o norte do concelho de uma estrutura de lazer com aptidões turísticas, de qualidade assinalável. A cerimónia de inauguração foi presenciada por cerca de meio milhar de popula-res que se distribuíram por todo o espaço.

Nos discursos, Hum-berto Antunes, presidente da Junta de Freguesia de Formigais, frisou “a im-portância da obra para a freguesia”.

Vítor Frazão, presiden-te da autarquia, lembrou “o papel de António Lopes,

antigo presidente da junta de freguesia, que sempre lutou pela realização deste projecto”. No seu discurso Frazão anunciou ainda mais duas fases da obra, “a segunda que terminará o projecto agora iniciado com a construção dos edi-fícios de apoio e “onde se

incluirá o arranjo da estrada Agroal-Rio de Couros e uma terceira que contemplará o arranjo de todos estes imó-veis”, disse o edil referindo-se aos edifícios contíguos à zona requalificada.

Deolinda Simões, presidente da Assembleia Municipal, referiu que

“as obras dignificam o es-paço”, salientando que o Agroal “está conotado com o lazer, com a saúde e com os tempos livres”. “Esta é apenas a primeira fase”, referiu a autarca, comen-tando aspectos da obra que presenciou.

Vítor Frazão anunciou que a “obra está comple-tamente paga”. À redacção Frazão afirmou que “ainda esperamos que o ITP, Insti-tuto de Turismo de Portu-gal, nos pague os cerca de 130 mil euros de apoio, pela candidatura do projecto ao PIQTUR”.

Espera-se o arranque da segunda fase das obras para breve, devendo estar concluída a tempo da época balnear de 2010.

Primeira fase das obras inaugurada

Agroal renovado para o Verão

No âmbito da interven-ção que o Instituto Portu-guês da Juventude, I.P.J. tem vindo a desenvolver na área da promoção da saúde juvenil, nomeadamente através do Programa “Cui-da-te”, revelou-se neces-sário intervir também na área do nutrição, junto das camadas mais jovens, face à taxa crescente de jovens com excesso de peso em Portugal.

Desta forma o IPJ e o Hospital de Santa Maria promovem um Campo de Férias para jovens com ex-cesso de peso, agora na sua segunda edição, por forma

a implementar estratégias de intervenção inovadoras e eficazes no combate à obesidade juvenil.

Neste enquadramento, está a realizar-se entre os dias 5 a 18 de Julho, na Pousada da Juventude da Arrifana (Aljezur) um campo de férias dirigido a 24 jovens, com idades compreendidas entre os 10 e os 16 anos, seguidos na Consulta de Obesidade Pediátrica do Departamento da Criança e da Família do Hospital de Santa Maria.

Este campo de férias será acompanhado por especialistas da área da

obesidade infantil e tem como objectivo estimular e reeducar os jovens para estilos de vida saudáveis, através da prática de exer-cício físico regular e de uma alimentação equilibrada, estudando também as con-sequências deste tipo de intervenção a longo prazo. Nesta edição procedere-mos à comparação com os resultados obtidos no ano transacto.

O campo de férias en-globará diversas actividades lúdicas de carácter despor-tivo, bem como, oficinas de trabalho inerentes às temáticas da alimenta-

ção, escolhas saudáveis e momentos para o grupo partilhar dificuldades e oportunidades.

Todas as actividades de cariz médico serão as-seguradas por técnicos do Hospital de Santa Maria que acompanharam em permanência os jovens par-ticipantes. As actividades de cariz lúdico e desportivo serão asseguradas por uma associação juvenil local – a Moju - que monitorizará o plano de actividades lúdicas e desportivas do campo de férias.

IPJ organiza campo específico

Férias para jovens com excesso de peso

Os jardins do Hospital de Santo André (HSA) re-cebem, no dia 17 de Julho, os doentes da consulta da diabetes da instituição para uma aula de ginástica. A ini-ciativa é dos responsáveis da consulta da especialida-de da instituição, e destina-se aos doentes de diabetes tipo II, entre os 50 e os 70 anos, com algumas patolo-gias associadas à doença, à idade e à obesidade.

Amália Pereira, res-ponsável pela consulta da

Diabetes do Serviço de Medicina I do Hospital de Leiria, explica que “esta sessão pretende ensinar os doentes a fazerem exercício adequado à sua situação”. “Temos doentes com pato-logias diversas, como a do-ença coronária e a artrose, e, embora o exercício seja fundamental à sua qualida-de de vida, deverá ser feito com moderação e adaptado às suas capacidades e limi-tações”, acrescenta Amália Pereira.

Jardins do Hospital de Santo André

Diabéticos convidados a aula de ginástica

Em directo no dia 27 de Julho“SIC ao Vivo” em S. Pedro de Moel

O programa “SIC ao Vivo”, da estação de televisão SIC, vai ser transmitido em directo a partir da Praça Afonso Lopes Vieira, em São Pedro de Moel, no dia 27 de Julho (segunda-feira). A Câmara Municipal da Mari-nha Grande convida a população e turistas a assistirem à emissão. A SIC está a percorrer Portugal de lés a lés, durante o Verão. Estará em todas as regiões do País em directo, todos os dias, num programa divertido e pensado para encantar e unir todas as gerações.

Um olhar diferente sobre cada região, sobre o povo que a faz, o melhor que o país tem e que tantas vezes é ignorado. Jogos, concursos, prémios e música…en-trevistas únicas e surpreendentes. Desafios curiosos. Humor desconcertante e actual. E festa. Festa ao ar livre nos cenários naturais mais bonitos de Portugal.

Com forte adesão por parte das instituições “Baile da Rosa” sénior

No dia 8 de Julho organizou-se em Leiria o “Baile da Rosa”, especialmente destinado à população sénior. Marcaram presença diversas instituições da região, tra-zendo os seus utentes para dar um “pezinho de dança. Organizado pelas formandas do curso de geriatria da AEDL, o baile foi animado e encheu o espaço da Cer-vejaria Camões.

No Pisão, BajoucaFeiriarte

Nos dias 17, 18 e 19 de Julho vai haver mais uma grande feira de artesanato e actividades económicas na Bajouca. O certame vai apresentar várias temáticas como a olaria, decoração e artes. Nos três dias que des-taca o negócio, conhecimento e convívio não faltaram boa gastronomia, música, dança e jogos.

Investigadores do IPL lançam livro para PMEsMarketing para Empreendedores e Pequenas Empresas

Três professores da “GlobADVANTAGE – Center of Research in International Business & Strategy”, Unida-de de Investigação do Instituto Politécnico de Leiria (IPL) lançaram recentemente o livro “Marketing para Empreendedores e Pequenas Empresas”, que pretende ser um manual prático para PMEs, com ferramentas que ajudarão a criar “competências e capacidades para melhor pensar, planear, gerir e actuar no mercado”.

Abordando os temas ‘pensar o marketing desde o projecto’, ‘o marketing como factor de vantagem competitiva’, ‘uma abordagem prática ao marketing nas PME’, a obra aplica o marketing aos novos pro-jectos empreendedores, proporcionando ao leitor um conjunto alargado de conceitos e instrumentos que lhe serão directamente úteis na sua pequena ou média empresa.

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O Mensageiro1 6 . J u l h o . 2 0 0 9 7SOCIEDADE

A presidente da Câmara Municipal de Leiria, Isabel Damasceno, elogiou domin-go, 12 de Julho, a iniciativa da Junta de Freguesia de Souto da Carpalhosa (JFSC) ao prestar homenagem aos ex-combatentes do Ul-tramar daquela freguesia, iniciativa que reuniu cerca de duzentas pessoas.

“Não é comum as pesso-as lembrarem-se de prestar uma homenagem a estes combatentes, pois esta foi uma guerra que está muito próxima de nós”, afirmou a presidente, considerando ser “da mais inteira justiça fazer esta homenagem, pois trata-se de pessoas que lu-taram pela pátria”.

O encontro reuniu todos os ex-combatentes de Souto da Carpalhosa, tendo sido

lembrados os que faleceram aquando da sua estada nas colónias. As comemorações iniciaram-se com missa na igreja paroquial, celebrada pelo padre Jorge, antigo combatente do Ultramar, que, aos 88 anos de idade, recordou muitas histórias que viveu em combate.

Um dos pontos altos

do dia foi a apresentação do memorial aos comba-tentes, com a evocação do hino nacional e a deposição de uma coroa de flores, na presença do representante da Liga dos Combatentes, Alcides Salema.

José Carlos Gomes, presidente da JFSC, re-feriu ter constatado que

“ao longo dos anos, os ex-combatentes do Ultramar nunca tinham sido home-nageados” e que “este era um acto de justiça aos que foram além fronteiras para servir a pátria”.

No fim da sua inter-venção, lançou um desafio a todos os ex-militares pre-sentes: “Façam com que o dia de hoje seja recordado por muitos e muitos anos, reunindo-se aqui anual-mente”.

Após esta sessão, foi inaugurada uma exposição com o espólio fotográfico dos ex-combatentes e que está patente, durante esta semana, na sede da Junta. A tarde terminou com um lanche convívio, no novo armazém da autarquia local, inaugurado no mesmo dia.

Isabel Damasceno elogia iniciativa

Souto homenagea antigos combatentes

Regularização Extraordinária de DívidasCâmara de Ourém com reforço de 11,3 milhões de euros

Foram necessárias três deslocações de Vítor Frazão, presidente da Câmara Municipal de Ourém, a Lisboa para que o processo Oureense do PREDE, Programa de Regularização Extraordinária de Dívidas do Estado, fosse aprovado. Isto apesar da candidatura oureense cumprir todos os requisitos solicitados e de ter todos os pareceres favoráveis. E apesar de ter sido apresentada em 15 de Janeiro. A comunicação da aprovação não foi feita no site da DGTF, como seria de esperar, mas sim através de e-mail aos serviços camarários, datado de 30 de Junho, sendo o município de Ourém incluído numa rectificação da listagem de candidaturas aprovadas a 16 de Fevereiro.

“Este acto dá razão à autarquia”, afirma Frazão, “que foi prejudicada incompreensivelmente por mais de quatro meses”. Sobre as consequências que a entrada da verba irá ter, Frazão afirma que “irá permitir reduzir o prazo de pagamentos da autarquia de 238 para cerca de 90 dias”. O processo terá agora continuidade com a assinatura de contractos entre as partes. Dos 11,3 milhões de euros, 6,8 resultam de um empréstimo junto de uma instituição bancária e o restante de um empréstimo do estado, através da DGTF. “Esperamos que agora o processo não venha a sofrer ainda mais atrasos”, afirma o autarca.

Candidatura aprovadaReabilitação Urbana do Centro Tradicional da Marinha Grande

A candidatura da Câmara da Marinha Grande ao pro-grama “Parcerias para a Regeneração Urbana” do Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN), relativa à Reabilitação Urbana do Centro Tradicional da cidade, foi aprovada pela respectiva Comissão Directiva, em 25 de Junho último. A decisão foi comunicada à autarquia pela Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Re-gional (CCDRC), no passado dia 2 de Julho. O programa tem como objectivos: qualificar e integrar os distintos espaços de cada cidade; fortalecer e diferenciar o ca-pital humano, institucional, cultural e económico da cidade; qualificar e intensificar a integração da cidade na região envolvente; inovar nas soluções para a qua-lificação urbana.

No programa de acção para a Marinha Grande é contemplado um investimento de cerca de 8,8 milhões de euros, comparticipado em 60 por cento pelo FEDER, o que representa um valor de cerca de 5 milhões de euros, para ser executado entre 2009 e 2012.

Em OurémHomenagem a ex-combatentes

Foram mais de meia centena os antigos com-batentes que no passado fim-de-semana prestaram homenagem aos seus cama-radas de armas tombados no cumprimento do dever. A homenagem, organizada pelos Pára-Quedistas do concelho de Ourém já se tornou um hábito, reali-zando-se ano após ano, no monumento existente em frente à igreja matriz da cidade. Nem a chuva que insistiu em cair demoveu os presentes. “Chuva civil não molha militar”, referiu um dos antigos combatentes presentes.

Assistindo à cerimónia, Vítor Frazão, presidente da autarquia, que cumpriu serviço militar em Angola, deixou o apelo para que “homenagens destas se façam nas escolas do segundo ciclo, para que os mais novos saibam o que é defender a pátria”. E prosseguiu, refe-rindo a importância de mantermos “valores pátrios” nos momentos conturbados em que vivemos.

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Comitiva da Alta Estremadura em Bruxelas

ADAE apela ao avanço urgente do QREN“A rápida implementa-

ção do Quadro de Referên-cia Estratégico Nacional (QREN) é uma condição essencial para potenciar o desenvolvimento eco-nómico, sobretudo a nível regional, dando seguimen-to aos muitos projectos que foram alvo de candidatura de municípios e outras ins-tituições”, afirmou António Lucas, presidente da Câma-ra Municipal da Batalha e da Associação de Desen-volvimento da Alta Estre-madura (ADAE). “Temos muitas obras por realizar, muitas delas estão paradas e outras a andar à custa dos investidores locais, quando podíamos estar a beneficiar do financiamento comuni-tário desde há dois anos”, lembra o autarca, que acusa o Governo de “atrasos su-cessivos e inexplicáveis na regulamentação dos siste-mas de gestão do QREN”.

A afirmação foi feita no regresso de uma visita organizada pela ADAE à Comissão Europeia, em Bruxelas, nos dias 9 a 11 de Julho. A comitiva de 23 pessoas integrou fun-cionários da associação, autarcas de Batalha, Leiria, Marinha Grande e Pombal, o presidente da Entidade Regional de Turismo de Leiria-Fátima, represen-tantes das escolas profis-sionais e ainda jornalistas e professores da região. O objectivo principal foi “promover o contacto mais

próximo com as estruturas europeias, a Comissão Eu-ropeia em especial, junto dos colaboradores da pró-pria instituição, dos actores locais da Alta Estremadura, com incidência no meio au-tárquico, escolar, turístico, jornalístico e do desenvolvi-mento local de uma forma global”. Foi nesse contexto que surgiu a candidatura para esta visita, a única aprovada a nível nacional neste âmbito.

Durante a presença em Bruxelas, os visitan-tes foram recebidos na Direcção-Geral “Educação e Cultura”, onde partici-param em várias sessões de esclarecimento sobre o funcionamento das insti-tuições da União Europeia (UE), orientada por Inma Valencia, sobre a “UE face à crise económica”, por Orlando Abreu, e sobre “a política europeia para o de-senvolvimento regional”, por Armando Cardoso. Foi

sobre este último tema que mais se concentraram as atenções, dada a sua relação com a actividade da ADAE na gestão dos programas comunitários do QREN e com as preocu-pações de autarcas e outros agentes locais em relação à sua implementação. Se os números em relação a Por-tugal não andam longe das médias europeias, como garantiu o orador, o facto que é “os atrasos na apro-vação das candidaturas e na consequente realização de obra são bem claros e não é a desculpa dos outros que vem melhorar a nossa situa-ção”, lembraram os autarcas presentes na ocasião.

Na verdade, só para citar alguns números, em Junho de 2009, Portugal tinha 23,8% de taxa de compro-misso (em relação aos 750 milhões de euros do total candidatável) e apenas 2,7% de taxa de execução. Isto, apesar de já terem decorri-

do transferências da Comis-são para o Estado português no valor de 8,29% daquele total, dos quais, 7,5% de “adiantamentos” que te-rão de ser devolvidos caso os projectos não avancem até Outubro deste ano. No conjunto do QREN, apenas oito “Grandes Projectos” entre mais de quatro de-zenas foram já notificados à Comissão, dois dos quais já estão aprovados.

Uma coisa parece ter ficado clara: o atraso do QREN é evidente, os pra-zos começam a apertar e o não cumprimento por parte do Estado português trará consequências graves para a economia. Isto para além do facto de “muitas obras já estarem a decorrer, sem que tenha chegado sequer um cêntimo de comparticipa-ção às câmaras ou a outros promotores locais”, como lamentava o presidente da ADAE no final da visita.

Luís Miguel Ferraz

LMFerra

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ANO SACERDOTAL8 O Mensageiro1 6 . J u l h o . 2 0 0 9

Todos nós, sacerdotes, deveríamos sentir que nos tocam pessoalmente as palavras que ele o Cura de Ars colocava na boca de Cristo: «Encarregarei os meus ministros de anunciar aos pecadores que estou sempre pronto a recebê-los, que a minha misericórdia é infinita».

Do Santo Cura d’Ars, nós, sacerdotes, podemos aprender não só uma inexaurível confiança no sacramento da Penitência que nos instigue a colocá-lo no centro das nossas preocupações pasto-rais, mas também o método do «diálogo de salvação» que nele se deve realizar. O Cura d’Ars tinha maneiras diversas de comportar-se segundo os vários penitentes. Quem vinha ao seu confessio-nário atraído por uma íntima e humilde necessidade do perdão de Deus, encontrava nele o en-corajamento para mergulhar na «torrente da misericórdia divina» que, no seu ímpeto, tudo arrasta e depura. E se aparecia alguém angustiado com o pensamento da sua debilidade e inconstância, temeroso por futuras quedas, o Cura d’Ars revelava-lhe o segre-do de Deus com um discurso de comovente beleza: «O bom Deus sabe tudo. Ainda antes de vos confessardes, já sabe que volta-reis a pecar e todavia perdoa-vos. Como é grande o amor do nosso Deus, que vai até ao ponto de esquecer voluntariamente o futuro, só para poder perdoar-nos!». Diversamente, a quem se acusava de forma tíbia e quase in-diferente, expunha, através das suas próprias lágrimas, a séria e dolorosa evidência de quão «abo-minável» fosse aquele comporta-mento. «Choro, porque vós não chorais»: exclamava ele. «Se ao menos o Senhor não fosse assim tão bom! Mas é assim bom! Só um bárbaro poderia comportar-se as-sim diante de um Pai tão bom!». Fazia brotar o arrependimento no coração dos tíbios, forçando-os a verem com os próprios olhos o sofrimento de Deus, causado pe-los pecados, quase «encarnado» no rosto do padre que os atendia de confissão. Entretanto a quem se apresentava já desejoso e ca-paz de uma vida espiritual mais profunda, abria-lhe de par em par as profundidades do amor, explicando a inexprimível bele-za de poder viver unidos a Deus e na sua presença: «Tudo sob o olhar de Deus, tudo com Deus, tudo para agradar a Deus. (...) Como é belo!» E ensinava-lhes a rezar assim: «Meu Deus, dai-me a graça de Vos amar tanto quanto é possível que eu Vos ame!».

Excerto da Carta do Sumo Pontífice Bento XVI para a Proclamação

de um Ano Sacerdotal

O trabalho realizado pelos padres constitui um dos maiores contributos que a Igreja oferece a Portugal e ao mundo, afirmou D. Manuel Clemente. O bispo do Porto considerou que a missão dos sacerdotes continua a ser de “absoluta actualidade”: “Nem conseguiríamos imaginar o que (não) seríamos, se desaparecesse, semana a semana, a única oca-sião em que nos (re)encontramos em tão considerável número, de idades e condições tão diversas, como gratuitamente sucede na Eucaristia dominical!”.

O chamamento de Deus, a missão e o envio, como caracte-rísticas dos padres e de todos os membros da Igreja, foram aspec-tos igualmente realçados durante a homilia da missa deste domin-go, na qual D. Manuel Clemente ordenou cinco presbíteros.

O bispo do Porto sublinhou que todos os baptizados têm em si uma dinâmica sacerdotal, que se manifesta no acolhimento de tudo o que se recebe de Deus, e que “só na devolução se per-petua”.

A primeira realidade da Igreja, em termos temporais e existenciais, é o facto de ser chamada por Deus. Esta carac-terística permanente sustenta todas as tarefas atribuídas aos cristãos.

À imagem do que aconteceu a todos os que escutaram o

chamamento divino e aceita-ram mudar de vida, os padres levam os membros da Igreja “à mesma disposição e entrega”. Este “movimento sacerdotal” concretiza-se numa existência em “arco”, que começa e termi-na em Deus.

Os presbíteros são convi-dados a oferecer a Cristo a sua voz e a sua figura, a fim de re-cordarem “a verdade de Deus, tão facilmente esquecida, tão necessariamente recordada”. A sociedade contemporânea, que “anseia por unidade, reconcilia-

ção e paz”, espera que os padres sejam o rosto do pastor que conhece e dá a vida pelas suas ovelhas.

O envio para as tarefas a realizar ao serviço da Igreja é, antes de tudo, uma deslocação “até ao coração de todos e de cada um”. Esta “geografia interior” configura a personalidade dos padres, independentemente das paróquias e serviços para onde forem destacados: “longe ou perto, há sempre vida a oferecer ou a recuperar”.

Antecipando a “Missão Dio-

cesana” prevista para 2010, D. Manuel Clemente referiu que uma das suas prioridades será incidir nos sectores “que foram perdendo a intensidade da fé ou já nem conhecem verdadei-ramente a Cristo e ao seu Evan-gelho”. Neste sentido, é preciso que as comunidades cristãs se dirijam a essas realidades com ‘novo ardor, novos métodos e novas expressões’”.

Em Dardilly, perto de Lyon, (França) na casa que já pertencera aos seus avós, nasceu o futuro Santo Cura d´Ars a 8 de Maio de 1786. Ainda era criança e os vizinhos já comentavam a sua precoce piedade: “Vejam o gordinho, como se entretem com o seu Anjo”. Filho de Mateus e Maria Beluze, a sua infância foi mar-cada pelos acontecimentos da Revolução Francesa.

Com 11 anos de idade confessou-se pela primeira vez ao padre Groboz que viera, clandestinamente, vi-sitar os seus pais e atendê-los espiritualmente. O exemplo deste sacerdote marcou pro-fundamente a vida do jovem Vianney que recordou – até ao final da vida – a primeira confissão. No último ano do século XVIII recebe a primeira comunhão clandestinamente. De sua mãe recebe a instrução religiosa.

Por causa do seu ardente desejo de ser sacerdote, en-frentou uma dura luta para ter êxito nos estudos visto que tinha dificuldade nesta área.

A 13 de Agosto de 1815, de-pois de enormes dificuldades, que pareciam insuperáveis por causa dos obstáculos que havia encontrado nos estudos, foi ordenado sacerdote.

Antes de ser enviado para Ars, o padre Vianney passou três anos como coadjutor do idoso padre Balley, na paró-quia de Écully. Quando foi nomeado pároco de Ars, o vigário geral disse-lhe: “É uma paróquia pequena, onde não há muito amor a Deus. Deverá levá-lo para lá”. A casa paroquial daquela localidade foi a residência do padre Vianney durante 41 anos do seu ministério.

Em 1818, João Maria ti-nha 32 anos e os superiores, pela escassez de sacerdotes, confiaram-lhe a paróquia de Ars, um lugar afastado, onde nenhum sacerdote havia dese-jado ficar. Quando chegou lá – como um bom filho de São Francisco – humildemente, a pé, como um pobre entre os pobres, tentou logo conquistar aquelas almas.

Cura d`Ars

A razão de ser do Ano Sacerdotal

DR

D. Manuel Clemente

“O sacerdócio é um dos maiores contributos que a Igreja oferece a Portugal”

DR

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9O Mensageiro1 6 . J u l h o . 2 0 0 9 IGREJA DIOCESANA

BrevesIª Noite MissionáriaFesta apoia organizações

O Grupo de Jovens Sem Fronteiras da Benedita (JSF) estão a organizar um encontro de solidariedade, deno-minado “I Noite Missionária”.

Este encontro realizar-se-á no dia 18 de Julho, sábado às 21h00 no Centro Comunitário da Benedita, junto à Igreja às 21h00. Neste evento estarão presentes os artis-tas “LUCE” e “João Pedro Neves” entre outras surpresas. O Custo será de “3 Missões”, com direito a chá, café e bolos, e reverterão para a Organização Não Governamen-tal (ONG), Sol Sem Fronteiras (SOLSEF).

Pode reservar já o seu bilhete através dos contactos, 913593727 ou 967206888.

Festa em Monte RealHonra à Rainha Santa Isabel

Nos próximos dias 24 a 26 de Julho, realizam-se os tradicionais festejos em honra da Rainha Santa Isabel de Monte Real.

O programa da festa será o seguinte, no dia 24: 20h00 - abertura do arraial, bar e quermesse; 20h30 - missa na Igreja Paroquial seguida da Procissão de Velas (Capela Rainha Santa Isabel); 21h30 – Baile com “Jorge Miguel” para animar a noite.

No seguinte dia de festa: 9h30 – Pifaradas Zazum-badas, Seia (durante todo o dia irão percorrer as ruas de Monte Monte Real), 12h00 abertura do restaurante e bar; 14h00: abertura da quermesse; 20h30 - actuação “Bandalouka”.

No dia 26: 9h00: alvorada; 10h00: chegada da filar-mónica de Monte Redondo, 12h00: abertura do restau-rante; 14h30: missa solene na Capela da Rainha Santa Isabel: 17h30 – venda de andores; 18h00: concerto da Filarmónica de Monte Redondo; 19h00: actuação “Dinid Brites”; 23h00: sorteio de rifas.

Paróquia de CarvideFesta em Honra da Sr.ª do Rosário

Nos próximos dias 7 a 9 de Agosto vai realizar-se a tradicional festa em Honra de Nossa Senhora do Rosário da Paróquia de Carvide. O programa do dia 7, sexta-feira, inicia às 21h00 com a Missa na Capela dos Moinhos, pelas 21h30 realiza-se a Procissão de Velas. Às 22h00 actuação da banda “Depuralina”.

No segundo dia de festa, sábado, às 12h00 será a abertura do restaurante e pelas 14h30 a abertura da quermesse. Às 16h00 poderão participar no jogo do chinquinho. Pelas 22h15 a banda “Sabor Tropicla” ani-ma a noite de festa.

O último dia de festa começa às 9h00 com a alvo-rada, às 11h00 realizar-se-á a Missa Solene transmitida pela Rádio Renascença. A abertura do restaurante será às 12h00. À tarde, 14h00, recolhem-se os andores, acompanhados pela Filarmónica da Guia e às 16h00 realiza-se a Oração e Procissão Solene, seguida da ven-da de andores. A tarde conta ainda com um Concerto da Filarmónica da Guia às 18h30 e a actuação da Banda “Kontrol”. Pelas 23h00 haverá a entrega da bandeira e o sorteio de rifas.

“De que fonte vivemos nós”Viagem a Taizé

O Grupo de Jovens da Barreira está a organizar a viagem a Taizé para a última semana de Agosto saída dia 22 e chegada dia 31. Esta peregrinação vai em busca da resposta à pergunta “ (…) de que fonte vivemos nós?”, Irmão Alois, Carta Quénia. Todos os interessados em participar nesta peregrinação devem deixar os contactos na ficha que se encontra em www.gjbarreira.net, para poderem ser contactados.

O Bispo de Leiria-Fá-tima, D. António Marto, deixou uma mensagem ao representante diplomático do Papa, assegurando que “ele está sempre presente aqui em Fátima” e que “es-peramos um dia acolhê-lo aqui com todo o coração”. A intervenção foi sublinhada por uma salva de palmas dos peregrinos presentes no Santuário, no dia em que se realizou a peregrinação Aniversário de Julho.

Na habitual saudação de despedida, nos momentos finais da Eucaristia inter-nacional do dia 13, o pre-lado agradeceu a presença do Núncio Apostólico em Portugal, D. Rino Passigato, como presidente desta pe-regrinação.

Este responsável dei-xou, por seu lado, um apelo em favor da família baseada no matrimónio indissolúvel entre um homem e uma mulher, pedindo aos pre-sentes que saibam resistir

às “más inclinações que afectam sempre e inexora-velmente as vossas relações humanas e matrimoniais”.

“Vim aqui, de modo particular, para confiar à Mãe de Deus, em cujo ven-tre o Verbo Se fez carne, as famílias do mundo inteiro. Contemplando em Maria Aquela que acolheu em Si o Verbo de Deus e O entre-gou ao mundo, rezemos, nesta Santa Missa, por to-dos quantos constituíram família, no sacramento do matrimónio, a fim de que nos seus corações permane-ça sempre a fidelidade que juraram mutuamente, e de-les não saiam pensamentos perturbadores capazes de romper os compromissos assumidos”, disse, na sua homilia.

Citando Bento XVI, o Núncio frisou que “a famí-lia, fundada no matrimónio indissolúvel entre um ho-mem e uma mulher, ex-pressa a dimensão relacio-

nal, filial e comunitária, e é o âmbito no qual o homem pode nascer com dignidade, crescer e se desenvolver de modo integral”.

D. Rino Passigato consi-dera que “a família nasce da vocação relacional e dialo-gal do homem e por isso ela está vocacionada para ser o lugar onde o homem encon-tra o sentido e a harmonia das diversas dimensões da sua existência. A experiên-cia mostra que, quando a integração familiar falha, todos os outros aspectos da vida sofrem ou entram em conflito”.

Em conclusão, o Nún-cio deixou um apelo aos presentes: “Acolhamos do-cilmente a acção do Espíri-to em nossos corações para que do seu íntimo nasçam pensamentos e acções que consolidem cada vez mais todas as famílias, fundadas no matrimónio entre um homem e uma mulher”.

Anunciaram-se no Ser-

viço de Peregrinos (SEPE) do Santuário para participar nas celebrações da Peregri-nação Aniversário de Julho da manhã do dia 13 trinta e oito grupos de peregrinos, oriundos de quinze países.

Durante as celebrações da Peregrinação Aniversário de Julho um ícone oriental da “Santíssima Virgem de Fátima” foi entronizado na Capelinha das Aparições, onde se manterá até à noi-te. Este ícone, oferecido ao Santuário de Fátima, foi pintado na Rússia, segundo as técnicas tradi-cionais. Tem o Rosário na mão direita de Maria e, na mão esquerda, encontra-se escrita a palavra “Coração”, rodeada de espinhos. Além da tradicional inscrição “Maternidade Divina de Maria”, tem ainda as se-guintes palavras: “Ícone da Santíssima Virgem de Fáti-ma. Em Ti, a Unidade”.

Sala de imprensa do Santuário de Fátima

Com frequência ecoa aos nossos ouvidos e por vezes também nós nos tornámos protagonistas de semelhantes expressões: “Não tenho tempo. Se eu tivesse tempo… O tempo não chega para tudo!” E, no entanto, há sempre tempo para dois dedos de conversa com os amigos. Tempo para isto, tempo para aquilo. Afi-nal acabamos por ter tempo para tudo. Por vezes só não temos tempo para o essen-cial da vida. Só não temos tempo para Deus, “o Amigo” por excelência. Quando, na verdade, Ele dispõe de todo o tempo para nos escutar, para nos dar atenção 24,00h por dia e, se necessário, dis-pensar-nos-ia a 25ª a 26ª e por aí adiante. Só não temos tempo para “perder” com Deus. Mas não pensamos que tudo o que se perde por Ele e n’Ele é retribuído cem por um.

É urgente parar e escutar o silêncio, sentir a mão de Deus que se estende para nos acolher em seu regaço. Neste nosso tempo, mais do que no passado, estamos tão absorvidos pelas coisas terrenas que às vezes temos dificuldades de pensar em Deus como o Protagonista da história e da nossa pró-pria vida (Bento XVI).

Como foi anunciado, re-alizou-se no passado dia 2, neste Mosteiro, a Vigília de Oração –cenáculo eucarísti-co – pelos Sacerdotes à qual presidiu o Rev.do Capelão, Pe. André Baptista.

O templo estava vazio, apenas meia dúzia de “fiéis amigos”. Afinal “não foram dez os que foram curados? Onde estão os outros nove?” (Lc 17,17). De facto “muitos foram os chamados mas poucos os escolhidos” (Mt 22,14). É verdade que Jesus fisicamente já não sofre mas, com quanta amargura e tristeza, Ele exclamaria: “Não pudestes vigiar uma hora coMigo?” (Mc 14, 37).

Afinal não são dezenas, centenas, milhares os baptizados, os que acre-ditam em Jesus?! Afinal não “exigem” a presença de um Sacerdote nas suas paróquias? E, ai do Sacer-dote que cai no desagrado! Imediatamente é apontado, criticado, contestado e con-denado na “praça pública”. Realmente como está fria, terrivelmente fria, a nossa fé de cristãos! Podemos constatá-lo com os nossos próprios olhos. O clamor de Deus pela boca do Profeta Jeremias, repassado de dor e amargura alonga-se no

tempo e na história: Este povo cometeu um

duplo pecado: abandonou-Me a Mim, fonte de águas vivas para cavar cisternas e cisternas rotas que não po-dem reter a água (Jer 2,13). Mas chegou a hora de nos levantarmos do sono, por-que a noite vai adiantada e já se aproxima o dia (Rom 13,11-12).

Sempre que as comuni-dades cristãs não rezam e não se sacrificam pelos seus Sacerdotes não merecem a sua dedicação, o serviço que, por vezes, tão heroica-mente lhes prestam. Vigiai e orai para não cairdes em tentação (Lc 22,46). É o apelo veemente que Jesus nos faz.

Hoje, como ontem, a Vida Consagrada Contem-plativa é mais do que actu-al, mais do que necessária à Igreja e à Humanidade. Quanto é necessário amar, rezar e oferecer sacrifícios por aqueles que o não fa-zem, como pediu Nossa Se-nhora em Fátima. Temos de o fazer por tantos cristãos que vivem indiferentes e tão facilmente deixam amortecer a chama da fé. Não é que sejamos mais perfeitos, nós os cristãos que queremos ser fiéis, mas a quem muito é dado – e é

o próprio Deus que Se dá a nós – muito será pedido (Lc 12,48). Grande é pois a nos-sa responsabilidade. Embo-ra poucos em número, sin-tamos nós o pulsar de toda a Igreja. Porque é em Igreja e pela Igreja que rezamos. Nesta vigília não estivemos sós, connosco esteve toda a Igreja em oração pelos seus Sacerdotes. Pesa sobre nós a responsabilidade de “orar sem cessar”.

Assim, neste Ano Sacerdotal, nós queremos continuar os “cenáculos eucarísticos” vivos e perse-verantes a elevar para Deus preces pelos Sacerdotes. A oração e adoração, dia e noite, diante do Santíssimo Sacramento, solenemente exposto, é a nossa poderosa “arma” de combate.

Na vida de hoje, com frequência dispersiva, é importante como nunca recuperar a capacidade de silêncio interior e de recolhimento: a adoração eucarística permite fazê-lo não só ao redor do “eu”, mas em companhia daque-le “Tu” cheio de amor que é Jesus Cristo, o Deus que está próximo (Bento XVI).

Irmãs Clarissas de Monte Real

Uma presença orante

“Cenáculos eucarísticos”

Peregrinação Aniversário de Junho

Família e Rússia em destaque

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ECLESIAL10 O Mensageiro1 6 . J u l h o . 2 0 0 9

Pe. Francisco [email protected]

AO SABOR DA PALAVRA

Ovelhas no caminho16º Domingo do Tempo Comum

Sábado19h00 – Sé19h30 – Franciscanos

Domingo08h30 – Espírito Santo09h00 – Franciscanos10h00 – Paulo VI10h00 – Franciscanos11h00 – S. Agostinho11h00 – Hospital11h45 – Cruz da Areia11h30 – Seminário11h30 – Sé18h30 – Sé19h30 – Franciscanos21h30 – Sª Encarnação

Leituras |15º Domingo Comum ANO B (12/07/09)

Antífona de Entrada: Salmo 53, 6.8

Leitura I: Jer 23, 1-6

Salmo Responsorial: Salmo 22 (23), 1-3a.3b-4.5.6 (R. 1) Refrão: O Senhor é meu pastor: nada me faltará. Repete-se

Leitura II: Ef 2, 13-18

Aclamação ao Evangelho: Jo 10, 27 Refrão: Aleluia. Repe-te-se As minhas ovelhas escutam a minha voz, diz o Se-nhor; Eu conheço as minhas ovelhas e elas seguem-Me.

Evangelho: Mc 6, 30-34Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo

São MarcosNaquele tempo, os Apóstolos voltaram para junto

de Jesus e contaram-Lhe tudo o que tinham feito e en-sinado. Então Jesus disse-lhes: «Vinde comigo para um lugar isolado e descansai um pouco». De facto, havia sempre tanta gente a chegar e a partir que eles nem tinham tempo de comer. Partiram, então, de barco para um lugar isolado, sem mais ninguém. Vendo-os afastar-se, muitos perceberam para onde iam; e, de todas as cidades, acorreram a pé para aquele lugar e chegaram lá primeiro que eles. Ao desembarcar, Jesus viu uma grande multidão e compadeceu-Se de toda aquela gente, porque eram como ovelhas sem pastor. E começou a ensinar-lhes muitas coisas.Palavra da salvação.

Cânticos | 17º Domingo Comum ANO B (26/07/09)

INÍCIODeus vive na Sua morada santa - Lau 289Somos um Povo que caminha - Lau 799

SALMO RESPONSORIALVós abris Senhor a Vossa mãe - Lau 876

APRESENTAÇÃO DOS DONSEu vim para que tenham vida - Lau 382Onde há caridade verdadeira - Lau 626

COMUNHÃOEu sou o pão vivo (II) - Lau 376O Senhor alimentou-nos - Lau 579

ACÇÃO DE GRAÇASCantai comigo povos da terra - Lau 205Senhor eu creio que sois Cristo - Lau 759

FINALLouvai louvai o Senhor - Lau 479Senhor Tu amas o mundo - Lau 778

MISSAS DOMINICAISMISSAS DOMINICAIS

Pensamos geralmente em Deus como alguém que está sempre à espreita para nos castigar logo que fazemos alguma falha. As-sim esquecemo-nos daquilo que é a essência de Deus: o amor. Que se manifesta de muitas e variadas formas.

A mais importante é o cuidado que tem connosco, com a nossa felicidade, pela qual tudo faz. Neste fim de século, em que todos nos

assustamos com o fim do mundo, em que muitas pessoas dizem que ele está completamente estragado e já não tem conserto, vamos descobrindo provas de que tudo é demasiado precioso para ser aniquilado.

Os homens precisam de esperança: de algo que lhes dê um sentido para lutarem, um ideal, forte ou fraco, mas um ideal. Quais são os ideais dos homens de hoje: ter sucesso, ter bem-estar, ter uma casa, um carro e companhia. É mais difícil procurar ser bom, ser amável, ser paciente, ser honesto.

Presenciamos todos os dias a lutas entre as pessoas para conseguirem o que querem, mas será que essa gente luta por alcançar algo de importante ou apenas algo que os satisfaça? Onde é que param aqueles que diziam em 68 “É proibido proibir” (solene contradição)? E onde é que estão as lutas da geração de 90, da geração do fim do século?

Deus, neste domingo

deixa-nos uma promessa de esperança: “Eu próprio hei-de reunir o resto da minhas ovelhas, de todos os países onde as tiver dispersado.” Esta reunião centra-se à volta não de um governo, ou de uma ideologia, mas centra-se no próprio homem, com as suas diferenças: por isso é ridículo pretender que cada homem seja igual aos outros. São as diferenças que nos dão a riqueza, no entanto há algo comum que nos conduz, que unifica es-sas diferenças: homem ou mulher, gordo ou magro, inteligente ou burro, feio ou bonito.

O Evangelho diz-nos que Jesus se encheu de compaixão por aquela gente porque eram como ovelhas sem pastor. E era ele o pastor, aquele que junta os que vivem disper-sos, que os acolhe a todos, sem lhes perguntar se per-tencem ao rebanho ou não. Quem acredita que Jesus é o salvador luta para ser salvo, luta para conseguir ser, não uma ovelha, um item do

rebanho, mas uma pessoa, individual, diferente das outras, com valores e defei-tos. Mas como diz S. Paulo: “Foi Ele que fez, de judeus e de Gentios, um só povo e derrubou a barreira que os separava.” As diferenças são enriquecedoras porque nos permitem aprender com a diversidade, porque nos levam a descobrir que não somo só nos que estamos certos. Que é ne-cessário continuar a buscar o sentido do caminho que percorremos.

Vamos nós hoje tam-bém destruir as barreiras que nos separam, as que nos impedem de caminhar juntos, de seguir o caminho que todos vamos traçando. Vamos dar as mãos gui-ando-nos uns aos outros e deixando-nos guiar. Essa é que é a verdadeira aventura dos dias de hoje: não segu-rar todos os cordelinhos, mas estar de tal maneira atento aos outros que os deixemos passar à nossa frente, sabendo que todos só ganhamos se chegarmos ao fim inteiros.

As Jornadas Missionárias 2009 irão decorrer do dia 18 a 20 de Setembro no Centro Pastoral Paulo VI em Fátima, com o tema: S. Paulo e a paixão pela Missão - "Ai de mim se não evangelizar".

No Congresso Missionário Nacional 2008, D José Policarpo, Cardeal Patriarca de Lisboa referiu que: "Neste Ano Paulino é inevitável olharmos para o grande Apóstolo dos Gentios e contemplar nele o dinamismo da missão evangelizadora. Descobrimos nele todos os grandes traços da missão evangelizadora: a fé inquebrantável em Jesus Cristo, percebendo a identificação da Igreja com Jesus Cristo; o anúncio da esperança na plenitude da vida; o encarar, com realismo, as certezas e incertezas do mundo no seu tempo; o dar a vida pelo Evangelho".

Desta forma, a proposta deste ano pela equipa organizadora das Jornadas Missionárias vai ao encontro ao exemplo da fé de Paulo em Jesus Cristo e pela missão de cada cristão em evangelizar.

Podemos ver no programa o leque de esplêndidos oradores, num fim-de-semana dedicado a paixão de S. Paulo pela missão.

Poderão inscrever-se ou obter mais informações pelo seguinte endereço electrónico: [email protected].

Celina Pedro

Janela sobre a missão

S. Paulo e a paixão pela Missão - “Ai de mim se não evangelizar”

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O Mensageiro1 6 . J u l h o . 2 0 0 9 11IGREJA EM PORTUGAL 11

BrevesAgência EcclesiaPortal reforça presença na rede

O portal de informação da Agência Ecclesia e o sítio na Internet da Conferência Episcopal Portuguesa mu-daram de apresentação com o Dia Mundial das Comu-nicações Sociais, celebrado em Maio passado. Mais do que um novo desenho, são novas as ferramentas para publicação e consulta de notícias e conteúdos relacio-nados com a presença da Igreja Católica em Portugal e no mundo.

No portal da Agência, para além da possibilidade de acessibilidades imediatas às redes sociais e partilha de conteúdos no Twitter, são apresentados blogues de opi-nião, seja a partir do jornalismo da Agência Ecclesia e dos Programas ECCLESIA e 70x7, seja dos vários textos que são enviados para ECCLESIA, com pedido de publicação. Outra novidade relaciona-se com um espaço de “recor-tes”, para abordagens de outros meios de comunicação ou outras instituições, sobre o fenómeno religioso.

Em www.agencia.ecclesia.pt estão disponíveis es-paços para acessos directos a um vasto conjunto de acontecimentos noticiados. Por outro lado, as principais notícias e os dossiers que a agência de notícias da Igreja Católica em Portugal propõe, para além de serem apre-sentados de forma mais agradável, permanecem mais tempo ao alcance de poucos “cliques” do utilizador.

Sobretudo de fácil utilização, o portal de informação quer ser funcional e conjugar as diferentes plataformas de publicação de conteúdos - texto, áudio e vídeo - possi-bilitando a leitura de acontecimentos ao mesmo tempo que o visionamento de imagens que são significativas para esse objectivo de informar.

Campanha de sensibilizaçãoIgreja esclarece sobre Gripe A

Igreja admite avançar com um plano de informação e acção face à gripe A. Tudo depende da evolução da doença em Portugal.

A possibilidade é admitida pelo presidente da Con-ferência Episcopal Portuguesa (CEP), em declarações à Renascença.

D. Jorge Ortiga recorda que a Igreja desempenha um papel social relevante, dado o grande número de pessoas a que chega, e afirma que o mais importante é passar a informação e evitar o alarmismo desnecessário.

“Se a Igreja for solicitada ou se nós próprios reco-nhecermos que é necessária uma campanha de sensi-bilização, estou convencido de que cada Bispo, na sua diocese, dará orientações para que os sacerdotes, nas eucaristias, avisem, criando, por um lado, condições de tranquilidade (...) e, por outro, informando para os cuidados a ter”, diz.

“É necessário não alarmar, mas ter uma acção activa para evitar o que é possível e a Igreja não deixará de o fazer”, defende.

Pastoral Juvenil de Coimbra«Uma oportunidade para dar o nosso melhor»

O Secretariado Diocesano da Pastoral Juvenil (SDPJ) de Coimbra promove pela segunda vez um campo de trabalho, que se realiza na aldeia de Campelo, de 24 a 30 de Julho, com o tema “Quero dar o meu melhor!”

O campo decorre numa pequena aldeia, no concelho de Figueiró dos Vinhos, e “pretende ser mais do que um acampamento de Verão, levando os jovens a participar numa aventura de serviço e apoio às populações da al-deia, através do arranjo de espaços ou infra-estruturas, de actividades lúdicas com os habitantes e, sobretudo, através de uma manifestação de disponibilidade para ajudar”.

Cerca de 1200 elemen-tos, em representação de 10 países da Europa e do Brasil, irão participar no Algarve, entre 17 e 23 de Julho, nos 61.º Jogos Internacionais Escolares promovidos pela FISEC - Fédération Internationale Sportive de L’Enseignement Catholique (Federação In-ternacional Desportiva do Ensino Católico), entidade reconhecida pelo Comité Olímpico Internacional.

A iniciativa, que será organizada pelo Ministé-rio da Educação através da Direcção Regional de Educação do Algarve, terá lugar nos concelhos de

Portimão, Lagos e Lagoa, incluindo competições em oito modalidades: andebol, atletismo, basquetebol, fu-tebol, futsal, natação, ténis de mesa e voleibol.

A realização da edição deste ano, deste evento que decorreu pela última vez em Portugal (Lisboa) há 10 anos atrás, foi já re-conhecida pela Secretaria de Estado da Educação como de Interesse Público Nacional e fará parte das Comemorações do Cente-nário do Comité Olímpico de Portugal, contando com o apoio das Federações Nacionais da maioria das modalidades referidas.

O Bispo do Algarve, que integra a Comissão de Hon-ra dos 61.º Jogos FISEC, na sua mensagem para o even-to, lembra que “é de todos reconhecida a importância do desporto na formação integral da pessoa huma-na, pelo cultivo de valores relevantes como a lealda-de, o altruísmo, o respeito pelas regras e pelas leis, o confronto leal, o sentido da disciplina colectiva e da vida em grupo, a amizade e a solidariedade”. D. Manuel Quintas faz ainda votos de que a par de uma “sadia competição”, estes jogos proporcionem a todos uma “ocasião de encontro, de

diálogo, de enriquecimen-to mútuo, pela partilha da diversidade linguística e cultural”.

Em Lagos, serão re-alizadas as provas das modalidades de atletismo e natação; em Lagoa, de andebol (Pavilhão Munici-pal), futebol (Campo da Bela Vista), futsal (Agrupamento Vertical de Parchal) e ténis de mesa (Agrupamento Ver-tical Jacinto Correia); e em Portimão, de basquetebol (Escola Secundária Manuel Teixeira Gomes) e voleibol (Escola Secundária Poeta António Aleixo e EB 2.3 D. Martinho Castelo Branco).

«Jogos Olímpicos»

Ensino Católico em Portugal

A Diocese de Portalegre e Castelo Branco acaba de aderir à Rota das Catedrais. A Sé Catedral de Portalegre e a Sé Concatedral de Caste-lo Branco são os monumen-tos que integram esta rede nacional.

Através da Comissão para os Bens Culturais da Igreja, a nível diocesano, tem havido, em reuniões mensais, a sensibilização para o Projecto da Rota das Catedrais, com informações e esclarecimentos muito precisos prestados por João Soalheiro, Presidente do Secretariado Nacional para os Bens Culturais da Igreja. Este projecto come-çou por ser apresentado, em Fátima, há já alguns meses.

A adesão a este projecto é de importância relevante, tendo subjacente a revitali-zação das catedrais, símbolo da memória e identidade do povo português, crente ou não crente. Elas traduzem um Património que é de todos e, como tal, tem de ser preservado, estudado e dado a conhecer, a quem os visite, portugueses ou estrangeiros. É fundamen-tal que os visitantes saiam mais realizados porque ali encontram respostas cultu-rais, sociais e religiosas.

Esta informação deve enquadrar-se em ofertas de excelência, concretizan-do-se no específico de cada catedral, em si, bem como os espaços musealizados, os arquivos e bibliotecas,

a elas interligados, com enquadramento numa programação exigente, de tal modo que, todos os visitantes ou estudiosos, possam receber diversos contributos significativos.

A Diocese de Portale-gre e Castelo Branco, de imediato, aderiu a este projecto, tendo em conta a Sé Catedral de Portalegre e Sé Concatedral de Castelo Branco. A execução do mesmo assenta no Quadro de Referência Estratégico Nacional, dentro de um horizonte cronológico de 2009 a 2013, envolvendo diversas parcerias, dado que para a eficiência de excelência que as catedrais devem oferecer, necessitam de ser submetidas a profun-das reclassificações, devido a degradações estruturais que o tempo se encarre-gou, nestes nove séculos de História.

Porém, não só interessa que sejam salvaguardados estes monumentos, mas também que se “promova a estima colectiva por tudo o que é Património da Igre-

ja”. Deu-se nesse sentido um passo decisivo, no pas-sado dia 30 de Junho, com a assinatura do Acordo de Co-operação entre o Ministério da Cultura e Conferência Episcopal Portuguesa, para a sua implementação. Este Acordo foi assinado, na Sé Catedral de Lisboa, pelo Ministro da Cultura, José António Ribeiro e por D. Jorge Ortiga, Presidente da Conferência Episcopal Por-tuguesa, com a presença de D. José Policarpo, Car-deal Patriarca de Lisboa, do Director do Igespar e de D. Carlos Azevedo, Bispo Auxiliar de Lisboa.

No uso da palavra, to-das as entidades referidas foram coincidentes na importância deste projecto que abrange os vinte e cin-co monumentos nacionais em causa, pois além das sés catedrais, afecta ao culto católico, com esta-tuto canónico de catedral, também as concatedrais de Castelo Branco e Miranda do Douro, as antigas Sés de Elvas, Silves e Sé Velha de Coimbra.

O Acordo, agora já em vigor, até 31 de Dezembro de 2013, ficou estabelecido em dezassete pontos, muito concretos, na sua programa-ção para a materialização, execução e responsabiliza-ção, envolvendo as mais diversas entidades, consti-tuídas em grupos técnicos e parcerias.

Nos discursos proferi-dos, o ministro da Cultura conclui que “o projecto ganhe autonomia, com pernas para andar. Acabá-mos de lançar as sementes à terra”. Já D. Carlos Azeve-do afirma que o projecto “nasce da compreensão da vida comunitária, com pes-soas e entidades. O Acordo trata com profunda co-res-ponsabilidade para com as catedrais. Aceitamos o de-safio com esperança para que se procure a beleza e a manifestação de Deus” e na mesma linha D. Jorge Or-tiga acentua a importância para além da cultura mate-rializada que “se promova a estima colectiva para tudo o que é Património da Igreja”.

D. José Policarpo refe-riu na mesma ocasião que “uma Nação que não va-lorize a sua cultura, o seu património, corre o risco de perder a sua identidade. Pretende-se que se envolva toda a sociedade nesta po-lítica cultural”.

João Ribeiro, Membro da Comissão Diocesana para os

Bens Culturais da Igreja

Dioceses de Portalegre e Castelo Branco

Monumentos na Rota das CatedraisDR

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IGREJA NO MUNDO12 O Mensageiro1 6 . J u l h o . 2 0 0 9

BrevesIgreja no País Basco“Perdão por silêncio injustificável»”

Cerca de 73 anos depois do fuzilamento de 14 reli-giosos nacionalistas bascos, por parte dos vencedores da Guerra Civil de Espanha, a catedral de Vitória, no País Basco, encheu-se este Sábado para uma missa em que foi pedido perdão pelo “injustificável silêncio” dos órgãos oficiais da Igreja pela sua morte.

Os religiosos foram executados em 1936-37 pelas tropas franquistas. Além de não terem recebido um funeral digno nem de se ter registado o falecimento da maioria nos livros paroquiais, o seu assassínio nunca tinha sido evocado pela Igreja Católica em Espanha.

A necessidade de homenagear os 12 padres diocesa-nos, um missionário claretiano e um carmelita descalço surgiu depois da beatificação, em Roma, de 498 mártires mortos pelos republicanos.

O bispo de Vitória referiu que o gesto não procura “reabrir feridas”, mas ajudar a curá-las, contribuindo para a dignificação daqueles que foram esquecidos e excluídos. Por outro lado, pretende-se mitigar a dor das suas famílias e daqueles que lhes eram próximos. “A purificação da memória pede a todos um acto de va-lentia e humildade para reconhecer as faltas cometidas por aqueles que tiveram e têm o nome de cristãos”, declarou, citando João Paulo II.

(Com El País)

Sequestrados na ColômbiaIgreja tenta libertação

Membros da Conferência Episcopal da Colômbia (CEC) disponibilizaram-se para participar na eventual libertação de pessoas sequestradas pelas Forças Arma-das Revolucionárias da Colômbia (FARC).

O presidente da CEC, D. Rubén Salazar Gómez, assegurou que “a nossa disponibilidade é total”.

“Sempre pedimos às FARC e aos outros grupos que têm pessoas sequestradas que os libertem o mais de-pressa possível. É um pedido que fazemos de coração: libertar todos quanto antes e entrar num verdadeiro processo de diálogo para alcançar a paz”, precisou Dom Salazar Gómez em diálogo com os jornalistas, na aber-tura da 87ª Assembleia do Episcopado, em Bogotá.

O Cardeal Pedro Rubiano Sáenz, arcebispo de Bogo-tá, reiterou que os membros da Conferência Episcopal estão sempre “dispostos a colaborar em tudo o que for em favor da paz”.

(Redacção/Zenit)

Arcebispo de Tegucigalpa“Que Zelaya não volte às Honduras”

O arcebispo de Tegucigalpa, Cardeal Oscar Andrés Rodríguez Maradiaga, negou ter apoiado o golpe de Esta-do no seu país, e disse que seria “prudente e patriótico” que o presidente deposto, Manuel Zelaya, não regresse às Honduras por enquanto.

Em entrevista publicada pelo jornal argentino “Cla-rín”, o Cardeal considera que Zelaya “saqueou o Estado impunemente” e afirma que foi a sua própria conduta que levou ao golpe cívico-militar.

O presitigiado Cardeal hondurenho recordou que advertiu Zelaya “sobre os perigos que a intromissão do presidente venezuelano, Hugo Chávez, poderia produ-zir na vida das Honduras”.

O Papa Bento XVI encon-tra-se desde segunda-feira na localidade de Les Com-bes de Introd, nos Alpes italianos, para um período de férias que decorrerá até ao dia 29 de Julho. O Papa partiu de Roma para o aero-porto Caselle, Turim, desde o qual seguiu para o Vale de Aosta, em helicóptero.

Ao chegar ao local, o Papa voltou a falar da cimeira do G8, realizada na semana passada em L’Aquila, considerando os seus resultados como positivos. “Parece-me que a Cimeira do G8 ocorreu muito bem”, disse.

Em Les Combes de In-trod, Bento XVI foi recebido

por autoridades políticas e religiosas da região. Um grupo de crianças deu as boas-vindas ao Papa, dizendo “boas férias” em italiano, francês e no dia-lecto local.

Ressaltando a beleza do local, o Papa afirmou que o seu período de férias será dedicado “sobretudo ao repouso”, mas com alguns momentos de trabalho.

Este é um espaço co-

nhecido de Bento XVI, que passou as férias de 2005 e 2006 no chalet de pedra e madeira que é propriedade dos Salesianos, um local que acolheu por várias vezes João Paulo II, a 1200 metros de altitude.

Cerca de 300 pessoas estão encarregadas da pro-tecção do papa, durante estes dias.

Neste local, Bento XVI preenche os seus dias com momentos de oração, leitura e música. Em anos anteriores, o Centro Televi-sivo do Vaticano mostrou imagens inéditas do Papa ao piano ou a caminhar pelos jardins que rodeiam o chalé que o aloja.

Neste período, o Papa presidirá à oração mariana do Angelus: a 19 de Julho será na praça em frente à igreja paroquial de Roma-no Canavese, na diocese de Ivrea; a 26 de Julho, na residência de Les Combes.

A partir de 29 de Julho, Bento XVI irá alojar-se na residência pontifícia de Verão em Castel Gandolfo, nos arredores de Roma.

Durante o Verão ficarão suspensas todas as audiên-cias privadas e especiais. A partir de 5 de Agosto, serão retomadas as audiências gerais das Quartas-feiras.

Papa Bento XVI de férias

Um estudo realizado na Europa concluiu que a religiosidade está presente em 74% dos habitantes do continente. Metade dos inquiridos declarou ter al-guma prática religiosa, na maioria casual e apenas in-dividual, ao passo que 15% declararam não ter qualquer princípio religioso.

As conclusões deste in-quérito estiveram na base das questões colocadas pelos intervenientes no 25.º Colóquio Europeu de Paróquias, que decorreu na cidade belga de Mons, entre 5 e 10 de Julho.

Porquê transmitir a fé? Como fazer chegar Jesus Cristo a pessoas que já vi-vem alguma religiosidade? A resposta a estas pergun-tas começou a ser dada por André Fossion: “A graça de Deus é transbordante, sem limites. Ultrapassa-nos. Não a podemos medir. É amor...”. “Se Ele nos deu o seu Filho, como não há-de dar-nos todas as coisas?”

A transmissão da fé encontra a sua motivação mais profunda na expe-riência do amor de Deus pela humanidade. Quem vive uma relação intensa de comunhão com Deus, ama o mundo com os mesmos sentimentos divinos, pelo que não o pode condenar pela sua incredulidade.

A evangelização baseia-se em três fontes: a mensa-gem anunciada por Jesus; a cultura, que deve muito das suas ideias básicas ao cris-

tianismo, nomeadamente na definição dos conceitos de «sujeito» e «liberdade»; e a história de cada pessoa, que apesar de todos os er-ros, não deixa de manifes-tar a relação entre Deus e a humanidade.

Se os pais continuam a pedir o Baptismo para os filhos, mesmo num mundo secularizado, essa é ocasião propícia para dar razões da fé, para acompa-nhar os pais antes e depois desse sacramento, referiu Serena Nocetti, Professora de Eclesiologia.

Foi extraordinária a for-ma como Lode Aerts, jovem

Vigário Geral de Gand, Bél-gica, falou da transmissão da fé aos jovens, sobretudo através das celebrações litúrgicas. Como exemplo, apontou os encontros de Taizé, em que a Palavra de Deus meditada e os Salmos cantados repetidamente criam um ambiente de comunhão entre os parti-cipantes e com Deus.

O “apelo” divino a Abraão, a Moisés e aos pro-fetas lembra que todo o cris-tão é igualmente chamado por Deus. Cada membro da Igreja, de acordo com o seu estado e função, participa no sacerdócio de Cristo, isto

é, oferece-lhe o seu esforço diário para alcançar a san-tidade, e pede, em oração, para que o mundo fique cada vez mais semelhante ao projecto divino.

Por outro lado, o matri-mónio é o sinal mais visível da aliança de amor entre Deus e os homens. Citando uma mulher hassídica: “O casamento é uma institui-ção mais santa do que a Lei judaica”.

Durante o encontro foi eleita a nova presidência do Colóquio Europeu de Paróquias, que será com-posta pelos co-presidentes Gudrun Kaldenbach, Belga e P. Josep Taberner Vilar, da Catalunha. Pela primeira vez há uma mulher como co-presidente.

O português Gustavo Pinto, de 24 anos, foi um dos vice-presidentes elei-tos, cargo que desempenha-rá com Maria Kiss, da Hun-gria, e Margareta Meyer, da Alemanha, que transita do mandato anterior.

O próximo encontro, que ocorrerá em 2011, será realizado na cidade de Nyí-regyháza, Hungria.

A delegação portuguesa está a planear a organização do 11.º Colóquio Nacional de Paróquias, para o qual convidou um dos peritos permanentes dos colóquios europeus, o padre Alfonse Borras, Vigário Geral de Liège, Bélgica.

Padre João Castelhano

“A graça de Deus é transbordante”

Colóquio Europeu de Paróquias

Fotos

: DR

DR

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13OPINIÃOO Mensageiro1 6 . J u l h o . 2 0 0 9

D. João AlvesBispo Emérito de Coimbra

SINAIS DOS TEMPOS

Problema arrastado é problema agravado

Pe. Jorge GuardaVigário Geral da Diocese

CONVERSAS SOBRE A FÉ

Esta é a nossa fé

Quem recebe o dom da fé precisa de a exprimir, por palavras e atitudes. Surgem, assim, expressões e fór-mulas para o fazer. Pedro, perante a interpelação de Jesus se também se queria ir embora como outros, fez uma declaração de fé: “Nós cremos e sabemos que Tu és o Santo de Deus” (Jo 6,69). São Paulo estabelece a ligação entre o que se diz e o que se crê: “Se confes-sares com a tua boca Jesus é o Senhor, e acreditares no teu coração que Deus o ressuscitou de entre os mortos, serás salvo” (Rom 10,9). Não basta, portanto, a

fórmula da fé, é preciso que esta brote do coração, tenha raiz no íntimo, corresponda a uma convicção da pessoa no seu todo.

A fé cristã tem também um conteúdo, é uma afir-mação com fundamento e partilhada por todos os crentes. São Paulo testemu-nha uma das fórmulas mais antigas do núcleo central do evangelho sobre Cristo, proclamada pelos cristãos aos que aderiam à sua fé: “Transmiti-vos, em primei-ro lugar, o que eu próprio recebi: Cristo morreu pelos nossos pecados, segundo as Escrituras; foi sepultado e ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras; apareceu a Cefas e depois aos Doze” (1 Cor 15, 3-5). O fundamento da fé era o testemunho sobre Cristo vivo, ressuscitado, comu-nicador da vida de Deus a quantos nele confiassem e aderissem de coração.

Estas fórmulas sim-ples conheceram desen-volvimentos e levaram à composição de textos para exprimir a fé comum da Igreja, primeiro, na litur-gia baptismal e, depois, como norma da fé, sinal de identificação e de co-munhão entre os cristãos que professavam a mesma

e única fé. Estas fórmulas breves são chamadas “cre-do” ou “símbolo”. Em dois sermões, Santo Agostinho explica assim esta palavra: “Símbolo o chamamos, com vocábulo de sentido translato, fundado numa semelhança, porque os mercadores fazem entre si um documento – o symbo-lum – com que fundam e mantêm as suas sociedades pelo vínculo de um pacto de fidelidade e boa fé. A nossa sociedade trata de bens es-pirituais. Por conseguinte, chama-se símbolo o texto que contém a fé ratificada pela nossa sociedade, e o fiel cristão reconhece-se pela sua profissão, como por um sinal combinado”.

Existem vários textos do credo. Os mais antigos e conhecidos são o “Sím-bolo dos Apóstolos”, usado para a profissão de fé, an-tes do baptismo, na Igreja de Roma, e o “Símbolo niceno-constantinopolita-no”, que dizemos normal-mente nas nossas missas dominicais e é fruto dos Concílios de Niceia e de Constantinopola, do sécu-lo IV. O credo apresenta-se em três partes interligadas, referindo-se cada uma delas a Deus Pai, Filho e Espírito Santo, respectivamente.

Compõe-se de doze artigos ou afirmações fundamen-tais da fé cristã: Deus Pai e Criador, Jesus Cristo como Filho unigénito de Deus, a encarnação de Deus em Maria, a paixão, morte e sepultura de Jesus, a Sua ressurreição de entre os mortos e ascensão aos Céus, a Sua segunda vinda como justo juiz, o Espírito Santo, a Igreja, o baptismo para remissão dos pecados, a ressurreição dos mortos e a vida eterna.

O credo fala-nos de Deus, “narrando o Seu Amor” diz Bruno Forte, “constitui um sinal breve e denso, que evoca a história trinitária do Deus único, no Qual acreditamos, e nos induz a saboreá-l’O nas nossas humildes histórias de cada dia”. Através dele proclamamos as maravilhas que Deus fez e abrimos o coração para que, também hoje, na nossa vida, pela graça do Seu Espírito, manifeste o seu poder e o seu imenso amor, que nos salva e nos sacia dos bens eternos. E fazemo-lo na co-munhão fraterna, em Igreja, fazendo da proclamação de fé um acto de louvor ao Deus santo.

Para qualquer parte para onde se vá na Europa ou no resto do mundo, o vocábu-lo mais ouvido é a palavra crise. Todos se queixam dos seus malefícios. Queixa-se o nosso Governo, porque lhe falta dinheiro para fazer o que deseja realizar, por muitas razões e, de modo especial, pela quebra na produtividade e nas ex-portações; queixam-se os

empresários a braços com tantos problemas económi-cos e laborais; queixam-se as instituições públicas e privadas porque o governo as não apoia como queriam e queixa-se, cada português, porque o dinheiro lhes falta para a compra mesmo dos produtos necessários.

Neste contexto, sabem a escândalo os gas-tos supérfluos, em jeito de esbanjamento, só para satisfazer desejos pessoais, ou de grupo. Entra aqui o testemunho negativo de uma minoria que conti-nua a gastar como se não houvesse crise. O carro, às vezes do mais caro, não envelhece porque é trocado frequentemente; o iate é da melhor qualidade e as férias passam-se no lugar de maior nomeada. O dinheiro para esta gente, nunca falta. São pessoas que não olham para a realidade que os cerca; que não abrem o coração à com-preensão e à compaixão, no significado rico dos termos, dominadas como estão por um individualismo egoísta. Esta posição não é uma mera hipótese, é, in-felizmente, uma realidade escandalizante.

Outra forma de gastar dinheiro, incompreensível para muitos, é a maneira como se “compram” e “vendem” jogadores de futebol e se lhes atribuem salários. A comunicação social tem-se feito eco desses gastos, alguns dos quais são verdadeiramen-te astronómicos, a ferir a consciência não apenas dos pobres mas de todos aqueles que usam o bom senso e se preocupam com o bem das comunidades.

Será justo que alguns jo-gadores de futebol, por mais que se aprecie esta profissão temporária, tenham um or-denado que ultrapassa o do Presidente da República, do Primeiro-Ministro, de um Ministro, de um Reitor de Universidade ou de quem tenha responsabilidade equivalente, será justo? Em quase todos estes casos futebolísticos, os gastos são muito para manter um lugar de prestígio na tabela classificativa, ou, para poder angariar, mais facilmente, maiores receitas.

Eu que sempre apreciei a actividade desportiva e, concretamente, o futebol, sinto diminuir este gosto

desde que o desporto e, nomeadamente o futebol, se tornaram empresas na lógica do lucro.

São muitas as vozes au-torizadas, neste campo, que pedem legislação adequada não só em cada país, mas na Europa (UEFA) ou, então, a nível mundial (FIFA), que defina critérios e limites quanto a estes ordenados e quanto às transferências de jogadores. É que não se trata apenas de problema mera-mente económico dentro da ideologia do liberalismo crasso ou selvagem, como alguns dizem, mas trata-se de problemas que dizem respeito a pessoas e à socie-dade e, portanto, com uma dimensão ética ou moral.

Havendo, embora, bastantes aspectos a con-siderar, nestes problemas, refiro, agora, apenas o que diz respeito ao jogador como pessoa.

Nem sempre transpare-cem nas conversações para aquisição e transferências de jogadores a afirmação de que o jogador é considerado como pessoa com direitos e deveres. No geral o que nos chega são os interesses eco-nómicos de quem dispensa

o jogador e de quem o adqui-re. É linguagem que quase identifica o jogador com um objecto que se vende ou se compra. Consumado o negócio, o jogador contrai a obrigação de produzir ri-queza para anular a dívida contraída com a sua aquisi-ção. Pesa, portanto, sobre ele a exigência de estar sempre em boa forma, de não desilu-dir os seus admiradores, de fazer crescer o seu número e de os motivar a não faltarem às competições. Em poucas palavras, que seja sempre uma”estrela”. O jogador, em conclusão, fica sob uma pressão asfixiante. Deu-se uma soma astronómica, mas o jogador fica com a obrigação de a anular com a sua acção e encantamento. Ai se desilude! Aonde chega a sedução pelo lucro e pelo prestígio!

Como é difícil a um jogador jovem manter a humildade, o bom senso, o equilíbrio e a simplicidade na sua vida!...

Antes de concluir, deixo claro que não sou contra a procura da legítima ascen-são na vida, segundo as aspirações pessoais sensa-tas, não sou contra. O ser humano precisa, no geral, desse estímulo, mas tudo isso há-de realizar-se com equilíbrio, sensatez e sem contradizer o bem maior da comunidade e do próprio jo-gador. Não se devem procu-rar valores económicos que firam o bem maior da pessoa do jogador que exige o seu desenvolvimento tranquilo. Este bem maior ultrapassa o aspecto económico e há-de ter presente o são equilíbrio da sociedade. Nem todos os lucros, por mais fiéis que sejam à lógica da oferta e da procura, são legítimos e honestos.

Que a lacuna legal que existe nesta área não tarde a preencher-se com sabedoria e lucidez.

Lembremos que o pro-blema arrastado é problema agravado.

EDITAL N.º 85/09PROCESSO DE LOTEAMENTO N.º 51/93

Isabel Maria de Sousa Gonçalves dos Santos, Vereadora do Pelouro das Obras Particulares, Urbanismo e Desporto da Câmara Municipal de Leiria, torna público aos proprietários dos lotes constantes do alvará de loteamento n.º 805/96, emitido em 1996/06/07, e respectivos aditamentos, para efeitos do disposto no n.º 3 do artigo 27.º do Decreto-Lei n.º 555/99, de 16 de Dezembro, na redacção que lhe foi dada pelo Decreto-Lei n.º 177/01, de 4 de Junho, e pela Lei n.º 60/07, de 4 de Setembro, conjugado com o previsto na alínea c) do n.º 1 do artigo 103.º do Código do Procedimento Administrativo, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 442/91, de 15 de Novembro, na redacção que lhe foi dada pelo Decreto-Lei n.º 6/96, de 31 de Janeiro, que em 2008/07/14 deu entrada na Câmara Municipal de Leiria um pedido referente à alteração às especificações constantes da licença do loteamento sito em S.Romão, freguesia de Pousos, deste concelho, cujo o licenciamento decorre os seus trâmites nesta Câmara Municipal em sede do processo n.º 51/93.

O pedido é apresentado por Emanuel Franquelim Santos Silva Bento, incide sobre o lote n.º 21, descrito na Conservatória do Registo Predial de Leiria sob o n.º 3348 e inscrito na matriz urbana sob o artigo 3772 da freguesia de Pousos, e consta, na generalidade, de alterações à cota de soleira e à área de implantação e ajustamentos ao polígono de implantação.

Todos os proprietários dos lotes inseridos no referido loteamento, dispõem do prazo de dez dias, contados a partir do primeiro dia útil seguinte ao da publicação deste edital, para se pronunciarem por escrito sobre a alteração pretendida, caso assim o entendam.

Para eventual consulta, informa-se que o respectivo processo se encontra patente na Secção de Atendimento e Licenças desta Câmara todos os dias úteis entre as 09:00 horas e as 15:30 horas.

Leiria, 2 de Julho de 2009POR DELEGAÇÃO DA PRESIDENTE DA CÂMARAA VEREADORA,(ISABEL MARIA DE SOUSA GONÇALVES DOS SANTOS)

INSTITUCIONAL / PUB

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INSTITUCIONAL14 O Mensageiro1 6 . J u l h o . 2 0 0 9

Fundador José Ferreira Lacerda Director Rui Ribeiro (TE416) Redacção Luís Miguel Ferraz (CP5023), Pedro Jerónimo (CP7104), Joaquim Santos (CP7731), Ana Vala (TP558). Paginação O Mensageiro Colaboradores Ambrósio Ferreira, Américo Oliveira, Ângela Duarte, Carlos Alberto Vieira, Carlos Cabecinhas (Pe.), José Casimiro An-tunes, Fran cis co Pereira (Pe.), D. João Alves, João Matias, Joaquim J. Ruivo, Jorge Guarda (Pe.), José António C. Santos, Júlia Moniz, Maria de Fátima Sismeiro, Orlando Fernandes, Paulo Adriano Santos, Pedro Miguel Viva (Pe.), Saúl António Gomes, Sérgio Carvalho, Verónica Ferreirinho, Vítor Mira (Pe.). Administração / Publicidade Pedro Viva (Pe.). Propriedade/Sede (Editor) Seminário Diocesano de Leiria - Largo Padre Carvalho - 2414-011 LEIRIA - Reitor: Armindo Janeiro (Pe.) Contribuinte 500 845 719 Contactos Tel.: 244 821 100/1 - Fax: 244 821 102 - Email: [email protected] - Web: www.omensageiro.com.pt Impressão e Expedição CORAZE - Oliveira de Azeméis - Tel: 256600580 / Fax: 256600589 - E-mail: grafi [email protected] Depósito Legal 2906831/09

Registo no ICS N.º 100494Semanário - Sai à 5ª FeiraTiragem média - 3.000

JOGOS | Nº 28/2009 (Confi rme em www.jogossantacasa.pt)

Euromilhões: 6, 16, 20, 42, 46 + 1, 6 Totoloto: 8, 14, 17, 32, 39, 43 + 25 Loto2: 5, 8, 15, 29, 35, 45 + 1 Joker: 4 3 0 0 6 9 2Totobola: X21 111 211 1111

FÁRMÁCIAS DE SERVIÇOLino (dia 16), Oliveira (dia 17), Sanches (dia 18), Avenida (dia 19), Central (dia 20), Higiene (dia 21) e Lino (dia 22)

TELEFONES ÚTEISBombeiros Municipais - 244 832 122 | Bomb. Vol. Leiria (Ger.) - 244 882 015 | Bomb. Vol. Leiria (Urg.) - 244 881 120 | Bomb. Volunt. Batalha - 244 765 411 | Bomb. Volunt. P. Mós - 244 491 115 | Bomb. Volunt. Juncal - 244 470 115 | Bomb. Volunt Ourém - 249 540 500 | Bomb. V. M.te Redondo - 244 685 800 | Bomb. Volunt. Ortigosa - 244 613 700 | Bomb. Volunt. Maceira - 244 777 100 | Bomb. Vol. Marinha - 244 575 112 | Bom. Volunt. Vieira - 244 699 080 | Bom. Voltun. Pombal - 236 212 122 | Brigada de Trânsito - 244 832 473 | Câmara M. de Leiria - 244 839 500 | Câmara Eclesiástica - 244 832 539 | CENEL (Avarias) - 800 246 246 | C. Saúde A. Sampaio - 244 817 820 | C. Saúde Gorjão Henriques - 244

816 400 | C. P. (Est. de Leiria) - 244 882 027 | Cruz Vermelha - Leiria - 244 823 725 | Farmácia Avenida - 244 833 168 | Farmácia Baptista - 244 832 320 | Farmácia Central - 244 817 980 | Farmácia Coelho - 244 832 432 | Farmácia Higiene - 244 833 140 | Farmácia Lino - 244 832 465 | Farmácia Oliveira - 244 822 757 | Farmácia Sanches - 244 892 500 | Governo Civil - 244 830 900 | Guarda N. Republicana - 244 824 300 | Hospital de S.to André - 244 817 000 | Hospital S. Francisco - 244 819 300 | Polícia Judiciária - 244 815 202 | Polícia S. Pública - 244 859 859 | Polidiagnóstico - 244 828 455 | Rádio Táxis - 244 815 900 | Rádio Alerta - 244 882 247 | Rodoviária do Tejo - 244 811 507 | Teatro JLS (Cinema) - 244 823 600

Preço avulso - 0,80 euros

Tabela de Assinaturas para 2009 Destino Normal Benfeitor

Nacional 20 euros 40 eurosEuropa 30 euros 60 eurosResto do Mundo 40 euros

CARTÓRIO NOTARIAL DA BATALHANotária: Sónia Marisa Pires Vala

Certifico, para fins de publicação, que por escritura lavrada hoje, exarada de folhas noventa e três a folhas noventa e quatro, do Livro Cento e quarenta e nove – B, deste Cartório.

António Tomás Pereira, NIF 111 456 681 e mulher Emília da Conceição Santos Pereira, NIF 190 345 551, casados sob o regime da comunhão de adquiridos, ele natural da freguesia e concelho da Batalha, ela natural da freguesia de Couto de Esteves, concelho de Sever do Vouga, residentes no lugar de Cividade, freguesia de Golpilheira, concelho da Batalha, declaram que com exclusão de outrem, são donos e legítimos possuidores do prédio rústico, composto de pinhal e mato, com a área de três mil oitocentos e cinquenta metros quadrados, sito em Cascaria, freguesia de Parceiros, concelho de Leiria, a confrontar de norte e sul com caminho, de nascente com Luís Martins e de poente com Manuel Inácio Monteiro, não descrito na Segunda Conservatória do Registo Predial de Leiria, e inscrito na matriz predial rústica em nome do justificante sob o artigo 567, com o valor patrimonial e atribuído de €13,45.

Que adquiriram o referido prédio, no ano de mil novecentos e oitenta e um, por compra verbal a António Inácio Cruz Gomes, solteiro, maior, residente em Alcogulhe, Azóia, Leiria, não dispondo os justificantes de qualquer titulo formal para o registar na Conservatória, mas desde logo entraram na posse e fruição do mesmo.

Que em consequência daquela compra verbal, possuem o identificado prédio em nome próprio há mais de vinte anos sem a menor oposição de quem quer que seja, desde o seu inicio, posse que sempre exerceram sem interrupção e ostensivamente com o conhecimento de toda a gente e a prática reiterada dos actos habituais de um proprietário pleno, com o amanho da terra, recolha de frutos, conservação e defesa da propriedade, pagamento das contribuições e demais encargos, pelo que, sendo uma posse pacífica, contínua, pública e de boa fé durante aquele períodos de tempo, adquiriram o identificado prédio por usucapião.

Está conforme o original.Batalha, dois de Julho de dois mil e nove.A funcionária com delegação de poderes, (Assinatura ilegível)

Cartório Notarial de LeiriaA cargo do Notário Pedro Tavares

Certifico, para fins de publicação, que neste Cartório e no Livro de Notas para Escrituras Diversas nº 175-A, folhas cento e trinta e um a folhas cento e trinta e dois se encontra exarada uma Escritura de Justificação Notarial no dia vinte e nove de Junho de 2009

Outorgada por Joaquim da Silva de Sousa Caetano que outorga por si e na qualidade de procurador, em representação de sua mulher Maria Odete Carreira dos Santos Clemente, casados sob o regime de comunhão de adquiridos, naturais ele de Parceiros, Leiria e ela de Azóia, Leiria, residentes na Rua de Leiria, nº 411. Pernelhas, Parceiros, Leiria, nif 119 963 590 e 153 041 412, Na qual disseram

Que, com exclusão de outrem, ele e a esposa são donos e legítimos possuidores do prédio rústico composto de terra de semeadura com macieiras, com a área de setecentos e cinquenta e dois metros quadrados, sito em Casal, na freguesia de Parceiros, concelho de Leiria, a confrontar do norte com Idalina de Sousa Henriques Lopes, do sul com caminho público, nascente com herdeiros de José Caetano e do poente com Fernando da Conceição Pereira e outro, não descrito no Registo Predial, inscrito na matriz predial respectiva sob o artigo 2.339, com o valor patrimonial tributário de 410,00€, a que atribuem igual valor;

Que o referido prédio veio à sua posse por partilha meramente verbal que fizeram cerca do ano de mil novecentos e oitenta, por óbito de José Caetano, pai dele, casado que foi com Júlia de Sousa, residentes em Pernelhas, Parceiros, Leiria, sendo eles justificantes já casados a essa data.

Que, assim, vêm possuindo o referido prédio, como seu, há mais de vinte anos, como proprietários e na convicção de o serem, cultivando-o e colhendo os seus frutos, posse que vêm exercendo ininterrupta e ostensivamente, com conhecimento de toda a gente e sem oposição de que quem quer que seja, assim de modo pacífico, contínuo, público e de boa fé, pelo que adquiriram por usucapião a propriedade sobre o aludido prédio.

Que dada a forma de aquisição originária não têm documentos que a comprovem.

Que para suprir tal título vêm pela presente escritura prestar estas declarações de justificação com o fim de obter no registo predial a primeira inscrição de aquisição do referido prédio;

Vai conforme ao original na parte fotocopiada não havendo na parte omitida nada que amplie restrinja, modifique ou condicione a parte fotocopiada.

Leiria vinte e nove de Junho de dois mil e nove.A Funcionária, (Assinatura ilegível)

CARTÓRIO NOTARIAL DE LEIRIADa Drª Maria Lucília Ferreira Antunes Martins, sito na Avª. Marquês de

Pombal, lote 12 –H, Galerias de S. José.CERTIFICO que por escritura de 6 de Julho de 2009, iniciada a folhas 19 do

livro de notas 157 –A, deste Cartório.Manuel Lisboa de Sousa e mulher Gracinda de Jesus Francisco Lisboa, casados

em comunhão de adquiridos, naturais da freguesia de Milagres, concelho de Leiria, residentes na Rua Jau 4, Quinta do Guerra, Quintinhas de Fora, Charneca da Caparica, NIF 173 022 456 e 178 784 010.

Justificaram a posse do seguinte bem:Prédio rústico, sito em Cova da Moura – Carriço, freguesia de Colmeias,

concelho de Leiria, composto de terra de pinhal com mato, com a área de mil trezentos e setenta metros quadrados, a confrontar do norte com regato, do sul com Joaquim Ferreira Morgado, do nascente com António de Sousa Novo e do Poente com António da Silva dos Martos, inscrito na respectiva matriz em nome dos antepossuidores sob o artigo 9.726, com o valor patrimonial de IMT de 145,45 €, não descrito na Segunda Conservatória do Registo Predial de Leiria, a que atribuem o valor de duzentos euros.

Que o referido bem veio à sua posse por volta do ano de mil novecentos e oitenta e um, metade por compra verbal a Abílio Marta do Carril e mulher Maria Idalina Sousa Lisboa Carril e metade por doação verbal feita aos dois por José dos Ramos Sousa, viúvo, todos residentes que foram na Rua Principal, Carriço, Bidoeira de Cima, Leiria, não reduzidas a escrito, sendo impossível fazer as escrituras por indisponibilidade dos vendedores e falecimento do doador, e desde essa data que o vêm possuindo em nome próprio, sem interrupção ostensivamente e sem oposição de ninguém, na convicção, que sempre tem sido também a das outras pessoas, de serem eles os únicos donos.

Que durante este período foram eles que desfrutaram o dito bem, pagaram os impostos por ele devidos e têm praticado nele os actos normais de conservação e defesa da propriedade.

Que assim e na falta de melhor titulo, adquiriram o aludido bem por usucapião, que aqui invocam por não lhes ser possível provar a sua aquisição pelos meios extrajudiciais normais.

Vai conforme o original na parte transcrita não havendo na parte omitida nada que altere, modifique ou restrinja a parte transcrita.

Leiria, 3 de Julho de 2009.A Colaboradora, (Assinatura ilegível)

CARTÓRIO NOTARIAL DE LEIRIADa Drª Maria Lucília Ferreira Antunes Martins, sito na Avª. Marquês de

Pombal, lote 12 –H, Galerias de S. José.CERTIFICO que por escritura de 9 de Julho de 2009, iniciada a folhas 40 do

livro de notas 157 –A, deste Cartório.Joaquim de Jesus Duarte e mulher Júlia Lourenço Esperança Duarte, casados

em comunhão de adquiridos, naturais da freguesia de Amor, concelho de Leiria, onde residem em Casalito na Rua Maria Elisa nº 1500, NIF 132 490 919 e 132 490 900.

Justificaram a posse do seguinte bem:PRÉDIO RÚSTICO – sito em Charneca, freguesia de Amor, concelho de

Leiria, composto de terreno de cultura com videiras, com a área de mil e oitenta metros quadrados, a confrontar do norte com Joaquim Ferreira Agostinho, do sul com José Gaspar Charters, do nascente com António Pereira Morais e do poente com Manuel Crespo, inscrito na respectiva matriz, em nome do ante-possuidor Francisco Pedro, sob o artigo 6432 com o valor patrimonial de IMT de 714,43€ e atribuído de setecentos e vinte euros, não descrito na Segunda Conservatória do Registo Predial de Leiria.

Que o referido bem, veio à posse dos justificantes por volta do ano de mil novecentos e oitenta, por compra verbal a Francisco Pedro e mulher Joaquina de Jesus Gaspar, residentes que foram na Rua D. Maria Elisa, nº 25, Barreiros, Amor, Leiria, sendo impossível deles obter titulo por já terem falecido.

Que, assim, não têm os primeiros outorgantes, título formal de aquisição do mencionado bem. Certo é, porém, e do conhecimento geral que o vêm possuindo desde há mais de vinte anos sem interrupção, ostensivamente e sem oposição de ninguém, na convicção, que sempre tem sido também a das outras pessoas, de serem eles os seus verdadeiros donos. Na verdade, tem sido eles e mais ninguém, que durante todo aquele tempo têm desfrutado o referido bem, pago os impostos por ele devidos e têm praticado nele os actos normais de conservação e defesa da propriedade.

Que, assim, e na falta de melhor título, adquiriram o identificado imóvel por usucapião, que aqui invocam por não lhes ser possível provar a sua aquisição pelos meios extrajudiciais normais.

Vai conforme o original na parte transcrita não havendo na parte omitida nada que altere, modifique ou restrinja a parte transcrita.

Leiria, 9 de Julho de 2009A Colaboradora, (Assinatura ilegível)

CARTÓRIO NOTARIAL DA MARINHA GRANDENOTÁRIA – Ana Luísa Cabral de Melo Pereira Guerreiro

Certifico, para fins de publicação, que no Livro de Notas para escrituras diversas número 67 – A, deste Cartório, a folhas 123 e seguintes, foi lavrada escritura de Justificação Notarial, no dia nove de Julho de dois mil e nove, na qual JOAQUIM PEREIRA LAVOS e mulher MARIA DA CONCEIÇÃO PEREIRA PEDROSA LAVOS, casados sob o regime da comunhão geral, naturais da freguesia de Carvide, concelho de Leiria, onde residem na Rua Manuel Duarte Ortigoso, nº 6, Gândara D’ Aquém, NIF 124 321 143 e 124 321 070, titulares do bilhete de identidade 664192 de 29/02/2008 e passaporte J482333 de 06/02/2008, emitidos pelos SIC e Governo Civil de Leiria, declararam que são donos e legítimos possuidores, com exclusão de outrem, do prédio urbano, composto por casa de rés-do-chão para comércio com cinquenta e quatro metros quadrados e logradouro com cento e sessenta e um metros quadrados, sito na Rua Manuel Duarte Ortigoso, nº 36, Gândara D’ Aquém, freguesia de Carvide, concelho de Leiria, inscrito na matriz em nome do justificante sob o artigo 2.339, com o valor patrimonial tributário e atribuído de catorze mil euros, não descrito na Segunda Conservatória do Registo Predial de Leiria. O referido prédio veio à sua posse, por doação meramente verbal, feita no ano de mil novecentos e setenta e oito, pelos avós do outorgante marido, Joaquim Rodrigues Lavos e mulher Cristina Pereira André, já falecidos, residentes que foram em Carvide, Leiria. Assim, desde aquela data, possuem o prédio, há mais de vinte anos, tendo pago desde sempre os impostos devidos, fazendo melhoramentos e reparações, usufruindo do mesmo, posse que sempre foi exercida por eles de forma a considerarem tal prédio como seu, sem interrupção, intromissão ou oposição de quem quer que fosse, à vista de toda a gente do lugar e de outros circunvizinhos, sempre na convicção de exercerem um direito próprio sobre coisa própria. Esta posse assim exercida deve-se reputar de pública, pacífica e contínua. Por tal motivo e muito embora não possam exibir o respectivo título de aquisição, o certo é que adquiriram o mencionado prédio para seu património próprio por USUCAPIÃO, que aqui invocam, por não lhes ser possível provar pelos meios extrajudiciais normais.

Está conforme.Marinha Grande, 09 de Julho de 2009.A Colaboradora autorizada, (Assinatura ilegível)

CARTÓRIO NOTARIAL DE LEIRIADa Drª Maria Lucília Ferreira Antunes Martins, sito na Avª. Marquês de

Pombal, lote 12 –H, Galerias de S. José.CERTIFICO que por escritura de 9 de Julho de 2009, iniciada a folhas 46 do

livro de notas 157 –A, deste Cartório.Carlos Manuel Duarte Ferreira do Cabeço e mulher Anne Esmé Marguerite

Fanny Ferreira do Cabeço, casados em comunhão de adquiridos, naturais ele da freguesia de Monte Redondo, concelho de Leiria, e ela de Suiça, de nacionalidade Suiça, residentes na Rua Principal nº 600, Lameira, Ortigosa, Leiria, NIF 193 785 277 e 209 669 845.

Justificaram a posse do seguinte bem:Prédio urbano – terreno – outro, sito em Olarias, freguesia e concelho de

Leiria, com a área total de cento e vinte e dois, virgula, oitenta metros quadrados, a confrontar do norte com Escola Secundária Domingues Sequeira, do sul com Pedro Viana, nascente com Carlos Cabeço e do poente com Manuel Pereira de Sousa, inscrito na respectiva matriz sob o artigo P 4621, tendo sido apresentada a declaração modelo um do IMI no Serviço de Finanças de Leiria – um em seis de Maio último, não descrito na Primeira Conservatória do Registo Predial de Leiria, a que atribuem o valor de quinhentos e setenta euros.

Que o imóvel identificado, veio à sua posse por volta do ano de mil novecentos e oitenta e oito por compra verbal a Maria Perpétua Pereira Costa e Sousa e marido José Carlos Matias Costa e Sousa, residentes na Rua do Cinema, Alcobaça, sendo impossível deles obter título por indisponibilidade dos vendedores. Que, assim, não têm eles primeiros outorgantes título formal de aquisição do mencionado imóvel. Certo é, porém, e do conhecimento geral que o vêm possuindo desde há mais de vinte anos sem interrupção, ostensivamente e sem oposição de ninguém, na convicção, que sempre tem sido também a das outras pessoas, de serem eles os seus verdadeiros donos. Na verdade, têm sido eles e mais ninguém, que durante todo aquele tempo têm desfrutado o referido imóvel, pago impostos por ele devidos e têm praticado nele os actos normais de conservação e defesa da propriedade.

Que, assim, e na falta de melhor titulo, adquiriram o identificado imóvel por usucapião, que aqui invocam por não lhes ser possível provar a sua aquisição pelos meios extrajudiciais normais.

Vai conforme o original na parte transcrita não havendo na parte omitida nada que altere, modifique ou restrinja a parte transcrita.

Leiria, 9 de Julho de 2009A Notária, (Assinatura ilegível)

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15DESPORTOO Mensageiro1 6 . J u l h o . 2 0 0 9

O grito, que dá título a estas linhas, é conhecido por aqueles que ouviram, durante anos, os relatos feitos pelo jornalista Jorge Perestrelo, já falecido. Era o seu estilo, para falar de futebol. E é sobre ele, o “desporto rei”, que hoje escrevemos, quando se aproxima a nova época.

Já são conhecidos os calendários das principais provas nacionais, para 2009/10, e que envolvem equipas da região, como a U. Leiria (I Liga) e o Fátima (II Liga). A primeira a entrar em prova será a equipa de Rui Vitória, na 1.ª elimina-tória da Taça da Liga, frente ao Varzim, que se joga a 1 e 9 de Agosto, em Fátima e na Póvoa, respectivamente.

Após uma época de jejum, a região de Leiria volta a ter duas equipas nos principais escalões do futebol português. Enquan-to o Fátima – recorde-se – se “passeou”, em 2008/09, pela II Divisão, garantindo o regresso à Liga de Honra, já a U. Leiria, teve que suar para garantir a subida à I Liga. Para a nova época, ambas as equipas partem com objectivos ambicio-

sos, tal como referimos na última edição.

Com a 1.ª jornada agendada para o dia 16 de Agosto, a U. Leiria recebe o Rio Ave (12.º classificado na Liga 2008/09), enquan-to que o Fátima terá uma longa viagem até aos Aço-res, para defrontar o Santa Clara que, curiosamente, foi o principal adversário dos leirienses na luta pela subida. Antes, o Fátima irá disputar a 1.ª eliminatória da Taça da Liga, a duas mãos, prova onde fez um brilharete em 2007/08, ao eliminar, entre outras,

Académica e Porto. Caso vença, irá integrar o grupo C da segunda fase, no qual en-contrará o Marítimo e outro dos vencedores da primeira fase. Nesta prova a U. Leiria é uma das que já tem o lugar garantido na segunda fase, grupo F, onde irá jogar com a Naval e a vencedora do D. Chaves x Santa Clara.

“Grandes” no LisApesar de o Fátima

também poder vir a cruzar-se com Porto, Sporting e/ou Benfica – Taças da Liga e de Portugal –, a U. Leiria é a única que, para já, tem jo-

gos oficiais agendados com estas equipas. Assim, e a contar para a I Liga, será o Benfica o primeiro a visitar o Estádio Dr. Magalhães Pessoa, na 5.ª jornada (20 de Setembro), naquela que será a única visita de um dos “grandes” na primeira volta. Seguir-se-ão Spor-ting, na 28.ª jornada (25 de Abril de 2010), e Porto, na 30.ª jornada (9 de Maio de 2010), precisamente os dois últimos jogos da U. Leiria, no seu reduto, na I Liga 2009/10.

PJ

Futebol | Nova época de U. Leiria e Fátima

“É disto que o meu povo gosta”

O capitão Veríssimo foi um dos “heróis” do Fátima na Taça da Liga 2007/08

Pedro

Jerón

imo/Arqu

ivo

Campeonatos do Mun-do de Roma, Itália, 26 Julho a 2 Agosto. É este o destino de César Faria (Bairro dos Anjos), um dos 12 convo-cados pela Federação Por-tuguesa de Natação, para uma das mais importantes provas internacionais. Este é um momento de estreias, não só pela primeira parti-cipação num mundial abso-luto (escalão sénior), como também por ser o primeiro leiriense a consegui-lo. Mas não quer ficar por aqui. A próxima grande meta são os Jogos Olímpicos – Londres 2012. Até lá, tem outros objectivos.

“Representar Portugal é sempre um grande orgulho, para mais no escalão abso-luto”, comentou o nadador, a O Mensageiro. Esta será a segunda vez que entrará numa competição oficial, com as cores do seu país, depois da estreia no Campe-onato da Europa de piscina curta (11 a 14 de Dezembro de 2008, em Rijeka, Croá-cia). “Para o Mundial espero melhorar o meu tempo dos 200 metros livres”, aponta César Faria, que irá entrar ainda na estafeta dos 4x200 metros livres.

Aos 18 anos, e depois de uma época em que foi 3.º classificado nos campeona-tos nacionais de juniores e seniores e em que obteve a melhor marca nacional do ano nos 200 metros livres (1.50.03), o leiriense já pen-sa noutros voos, sobretudo até 2012. “Bem, até aos Jo-gos Olímpicos ainda faltam três anos... Por isso, até lá espero entrar nos mundiais de curta, na próxima época, e nos europeus de piscina longa. Os Jogos Olímpicos são o grande objectivo”, confidenciou.

É uma das referências da modalidade não só no município, como no dis-trito de Leiria. Mas não

é caso único. “A natação em Leiria está a ter imen-sos progressos, visto que ultimamente tem havido várias participações de al-guns atletas nas selecções nacionais nos escalões mais jovens, caso da Sara [Cruz – Bairro dos Anjos], da Mara [Silva – Bairro dos Anjos], do Diogo Silva e do Miguel Diogo [ambos do Clube de Natação de Alcobaça]. Tem havido bons resultados a nível nacional, o que pers-pectiva um bom futuro”, aponta.

A frequência de chama-das de jovens atletas às se-lecções nacionais aumenta não só o orgulho, de atletas, clubes e adeptos, como tam-

bém a responsabilidade. Neste âmbito, César Faria é mais uma voz a alertar para a falta de infra-estru-turas. “As equipas fazem o que lhes é possível, para proporcionar aos atletas as melhores condições de trei-no, mas como em Leiria não existe nenhuma piscina olímpica (50 metros), temos de nos dirigir a Rio Maior ou a Coimbra, que são as pis-cinas mais perto”, recorda, sublinhando ainda que com o “nível que vários atletas do distrito apresentam, penso que se justificava a construção de um piscina destas em Leiria.”

Pedro Jerónimo

Natação | César Faria histórico

Jogos Olímpicos no horizonte

Será o primeiro leiriense a participar num mundial absoluto

DR/Arquiv

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brevesdesporto

Natação | Campeonato nacionalDoze título para o Bairro do Anjos

Os atletas do sector de natação adaptada do Bairro dos Anjos estiveram em alta no respectivo campeonato nacional de Verão, que decorreu em Coimbra, nos dias 11 e 12 de Julho. David Carreira (campeão nacional nos 400 metros livres, 200 metros estilos e 100 metros livres; vice-campeão nos 100 metros mariposa), Filipa Maximiano (campeã nos 400 metros livres, 100 metros costas, 200 metros estilos e 100 metros livres), Nuno Maxiamiano (campeão nos 100 metros costas e 100 metros mariposa), Rui Silva (campeão nos 200 metros livres) e Fernando Valetim (vice-campeão nos 200 me-tros estilos), foram os nadadores em destaque.

Atletismo | Juventude Vidigalense em altaTítulo(s) lusófonos

A equipa masculina da Juventude Vidigalense (3.º lugar) foi a melhor do distrito de Leiria no Campeonato Nacional de juniores, que decorreu em Lisboa, nos dias 11 e 12 de Julho, seguida da feminina do Bairro dos Anjos (4.º lugar). Rodolfo Brites (BA), salto em altura, Elton Inglês (Clube de Atletismo da Marinha Grande), triplo salto, e Francisco (JV), lançamento do disco, sa-graram-se campeões nacionais.

Bruno “prateado”Entretanto, Bruno Gualberto

(JV) representou Portugal na es-tafeta 4x400 metros planos, que conquistou a medalha de prata nos Jogos da Lusofonia, que decorrem em Lisboa, até ao dia 19 de Julho. O atleta participou ainda nos 400 metros com bar-reiras, onde foi 4.º classificado.

Andebol | Regional de praiaVencedores continuam na frente

Parece redundância, mas não é o caso. As equipas que venceram a 3.ª etapa do Campeonato Regional de Andebol de Praia de Leiria reforçaram a liderança, nos respectivos escalões, a uma etapa do fim desta fase. Assim, no areal da Nazaré as melhores equipas foram Lois/Uponto (seniores masculinos), Região de Leiria (seniores feminino), ACS/Tributo à Pícara (Sub-16 masculinos) e JAC Alcaneca (Sub-16 femininos). A quarta e última etapa regional será na Parede, nos dias 17 a 19 de Julho, onde serão apuradas as equipas para a fase final nacional (1 e 2 de Agosto, Castro Marim, Algarve).

Futebol | Portugal representado pelo campeãoIPLeiria no europeu universitário

A equipa masculina do Instituto Politécnico de Leiria (IPLeiria) vai disputar o Campeonato Europeu Universitário, que irá decorrer de 20 a 26 de Julho, em Wrocław, Polónia. A actual campeã nacional uni-versitária será a única equipa portuguesa entre as 14 em prova. A competição poderá ser acompanhada em www.ipleiria-euro2009.blogspot.com.

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16 JU LHO2009ÚLTIMA O bom Deus sabe tudo. Ainda antes de vos confessardes, já sabe que voltareis a pecar e todavia perdoa-vos.Como é grande o amor do nosso Deus, que vai até ao ponto de esquecer voluntariamente o futuro,

só para poder perdoar-nos! João Maria Vianey

Donativos e informaçõesDonativos e informaçõesSeminário Diocesano • 2414-011 LeiriaSeminário Diocesano • 2414-011 LeiriaTel. 244832760 • Fax 244821102 • email: [email protected]. 244832760 • Fax 244821102 • email: [email protected]: 0018 0000 03669452001 72NIB: 0018 0000 03669452001 72 (Se pretender recibo para IRS, envie email com nome, morada e NIF)(Se pretender recibo para IRS, envie email com nome, morada e NIF)

No ano em que o projecto pastoral diocesano incide sobre a descoberta do mistério da Igreja, vivido e testemunhado como ex-periência de comunhão com, em e por Cristo, somos convidados por Bento XVI a celebrar um especial Ano Sacerdotal, por ocasião do 150º aniversário da morte do santo Cura d’Ars.

É um momento de graça, pois se trata de compreender melhor o lugar do ministério ordenado na vida das comunidades cristãs e rezar por aqueles que cuidam dos dons e carismas que o Espírito lhes concede, promovendo a uni-dade e servindo a especificidade de todos eles.

Por isso, sendo o sacerdócio ministerial tão necessário à vida das nossas comunidades, importa ganhar maior consciência sobre a realidade actual da nossa Dioce-se e pôr em prática o pedido do nosso Bispo para que se promova uma grande oração pelas vocações sacerdotais.

De facto, estamos seguros que será pela oração persistente das comunidades e famílias cristãs, dos grupos e movimentos de apostolado que há-de crescer o apreço pelo ministério ordenado

e, deste modo, criar um ambiente mais favorável ao chamamento do Senhor.

Em tempos de crise, importa atender ao essencial: Deus con-tinua a chamar e nos jovens de hoje não falta generosidade para responder sem condições aos seus apelos! Eles bem sabem o que está em causa: a alegria de se dar a um projecto de vida com sentido!

Contudo, o que mais se sente no presente é a ausência de me-diações eclesiais que se tornem contextos aptos para que a voz de Deus se possa fazer ouvir. Por isso, temos de trabalhar mais e melhor, envolvendo toda a co-munidade diocesana: presbíteros e famílias, grupos e movimentos eclesiais. Deste esforço comum depende boa parte do futuro da evangelização e animação pastoral das nossas comunidades cristãs.

Evolução das obras e donativos

Quanto à evolução das obras, passados que estão dez meses sobre o seu início, podemos di-zer que entrámos na recta final! À conservação e introdução de melhorias, vai seguir-se agora o equipamento do edifício. Um

dos esforços que estamos a fazer é a recuperação de mobiliário exis-tente e que pode ser reutilizado.

No que toca à recolha de fundos, nestes últimos meses procurámos sensibilizar não só as comunidades cristãs, mas tam-bém os principais dinamismos económicos da área geográfica da Diocese (indústria e comércio): escrevemos centenas de cartas e as primeiras ofertas começaram a chegar nos meses de Março e Abril, como abaixo se pode ver. A todos – pessoas a título particular, empresas e instituições – que nos fizeram chegar os seus donativos, o nosso muito obrigado.

Nos meses de Março e Abril, recebemos os seguintes dona-tivos: anónima, Cruz da Areia, 20,00 €; anónima, Cruz da Areia: 25,00 €; oferta da Paróquia de Porto de Mós: 337,50 €; Maria Laurinda Jesus Leal: 15,00 €; Grupo dos nascidos em 1928, Minde: 115,00 €; anónima: 50,00 €; Arminda da Conceição, Vale do Horto: 65,00 €; anónimo: 600,00 €; anónima: 100,00 €; Manuel Francisco da Silva Pascoal: 100,00 €; anónimo: 100,00 €; Regina Fa-ria Neto: 250,00 €; Geco: 100,00 €; Transogás: 50,00 €; Plastidom:

500,00 €; anónimo: 1 000,00 €; T.J. Moldes: 50,00 €; Rações Ve-ríssimo: 100,00 €; Ambrósio Jorge Santos: 250,00 €; Pe Manuel San-tos José: 250,00 €; Manuel Brás Fragoso Mar: 100,00 €; Maria da Piedade Ferreira, Espite: 50,00 €; Anónimo, Arrimal: 50,00 €; Pape-laria Americana, SA: 200,00 €; José António Ferreira: 125,00 €; anó-nimo: 100,00 €; Mosteiro Pio XII, Fátima: 60,00 €; oferta do centro de culto do Seminário: 1215,00 €; anónima: 100,00 €; Maria da Pu-rificação, Barreira: 10,00 €; oferta

da Paróquia de Meirinhas: 525,00 €; António Pereira Vieira Caseiro, Pataias: 500,00 €; anónima, Alber-garia dos Doze: 300,00 €; Adelino Duarte da Mota, SA: 500,00 €: Total: 7 912,50 €. Bem hajam!

Juntando estes aos donati-vos referidos no mês de Junho (184.306,40€), atingimos os 192.218.90 €. As obras da primei-ra fase ascendem a cerca de três milhões de euros.

P. Armindo Janeiro, reitor

O Ano Sacerdotal e as obras no Seminário!