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SOCIEDADE DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E SANEAMENTO S/A
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Título: Redução de consumo de alcalinizante e coagulante com a mudança do
ponto de aplicação da cal hidratada no processo de tratamento de água para
consumo humano.
Autor e palestrante: Sinézio Aparecido de Toledo
Coordenador de captação e tratamento de água da SANASA CAMPINAS Pós-
graduação em gerenciamento ambiental pela UNICAMP - SP Professor de escolas
técnicas saneamento. Autor e palestrante do tema Reuso para efluentes de ETE’s
(ASSEMAE/ 04) e redução de produtos químicos (ASSEMAE/ 05)
Endereço para correspondência:
Av. Saudade, 500 Bairro Ponte Preta CEP 13041-670 Caixa postal 615 Campinas SP
Diretoria Técnica � (019) 3225-5252 e (019) 3225-6227.
E-mail: [email protected]
Declaração:
Estou ciente das normas estabelecidas pelo regulamento e submetendo-as.
Material de apoio para apresentação:
Projetor multimídia com computador
Programa PowerPoint
SOCIEDADE DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E SANEAMENTO S/A
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Título: Redução de consumo de alcalinizante e coagulante com a mudança do
ponto de aplicação da cal hidratada no processo de tratamento de água para
consumo humano.
Introdução:
A eficiência do cloro na pré-cloração e a redução da turbidez na água tratada, depende do pH e do alcalinizante utilizado. Um dos alcalinizantes mais utilizados é a Cal Hidratada, principalmente se tratando de seu custo benefício em relação aos outros alcalinizantes (Soda Caustica e Barrilha), seu preço chega a ser de três a quatro vezes menor que os alcalinizantes citados anteriormente.
A Cal Hidratada pode ser utilizada como alcalinizante para elevar o pH da água in-natura no começo do tratamento a fim de remover ferro e manganês e/ ou fornecer alcalinidade para promover a coagulação.
O emprego mais utilizado da Cal Hidratada é a correção final da água tratada. Para tanto temos que ter Cal Hidratada de boa qualidade e sistema de dosagem (bombas dosadoras e saturador) eficiente, uma das conseqüências é a Turbidez da água tratada fora dos padrões de qualidade exigidos pela Portaria 518. Palavras-chave: tratamento de água, clarificação de água, redução de produtos químicos e redução de turbidez. Objetivo: O presente trabalho tem como objetivo a maximização da eficiência do cloro na pré-cloração,redução de alcalinizante (Cal hidratada)e coagulante para os processos de tratamento que utilizam a pré-alcalinização e a redução da turbidez na água tratada para os processos que utilizam a correção final. Desenvolvimento: Primeiramente foram realizados testes laboratoriais na ETA Capivari, tendo como objeto de avaliação de vários pontos de dosagens da cal hidratada. O melhor ponto encontrado foi na água decantada, ou seja; a jusante aos decantadores, com redução significativa de alcalinizante e coagulante . PROCEDIMENTO.
O processo de tratamento da ETA Capivari SANASA Campinas foi alterado de pré-alcalinização para inter-alcalinização.
A alteração do processo foi efetuada no mês de outubro de 2005 e com a ETA operando com vazão de aproximadamente 365 l/s de água in natura proveniente do rio Capivari.
O primeiro reator da ETA a receber água do rio Capivari foi o reator de oxidação extensiva, onde foi dosado cloro gás, no reator de carvão ativado biológico não foi dosado produto químico, no canal de mistura rápida foi dosado coagulante ( Sulfato férrico), nos floculadores não foram dosados nenhum produto químico, nas saidas dos decantadores foi dosado cal hidratada, nos reatores de Adsorsão não foi dosado produto químico, nos filtros não foram dosados produtos químicos, na caixa de contato
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foram dosados Ácido Fluossilícico, Cloro gás e Amônia Anidra. Após a água passar pela caixa de contato, a mesma foi recalcada para distribuição através da casa elevatória de água tratada.
Parâmetros Analisados:
1- pH de floculação, 2- pH da água filtrada, 3- pH da água bruta, 4- Cor da água
decantada,5- Cor da água filtrada, 6- Cor da água bruta,7- Turbidez da água filtrada, 8-
Turbidez da água bruta, 9- Turbidez da água decantada, 10- Dosagem de Sulfato
Férrico, 11- Dosagem de Cal Hidratada.
Resultados:
A mudança no processo teve como resultado redução de custos , conforme
cálculos abaixo:
Considerando o preço atual do alcalinizante e coagulante, bem como dosagens
medidas antes e depois da mudança do processo, apresentamos a redução do custo
por 1000m3 de água:
Processo com pré-alcalinização
Cal Hidratada (Pré-alcalinização)
Preço = R$ 231,50 a tonelada (Valor pago pela SANASA)
Dosagem média = 51,48 mg/l
Quantidade de produto por 1000m3= 51,48 Kg
Preço do produto por 1000m3 = R$ 11,92
Sulfato-Férrico (solução no mínimo 17% de elemento ativo):
Preço = R$ 372,50 a tonelada (Valor pago pela SANASA)
Dosagem média = 103,26 mg/l
Quantidade de produto por 10003 = 103,26 Kg
Preço do produto por 1000m3 = R$ 38,46
Custo total (Cal Hidratada + Sulfato Férrico) = R$ 50,38
Processo com inter-alcalinização
Cal Hidratada (Inter-alcalinização)
Preço = R$ 231,50 a tonelada (Valor pago pela SANASA)
Dosagem média = 33,06 mg/l
Quantidade de produto por 1000m3 = 33,06 Kg
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Preço do produto por 1000m3 = R$ 7,65
Sulfato-Férrico (solução no mínimo 17% de elemento ativo):
Preço = R$ 372,50 a tonelada (Valor pago pela SANASA)
Dosagem média = 67,55 mg/l
Quantidade de produto por 1000m3 = 67,55 Kg
Preço do produto por 1000m3 = R$ 25,16
Custo total (Cal hidratada + Sulfato Férrico) = R$ 32,81
Conclusões:
De acordo com os resultados médios obtidos, fica claro que a irter-alcalinização é um
processo que consome em média 34,6 % menos Sulfato Férrico e 35,8 % menos cal
hidratada, gerando uma economia de R$ 120.825,74 por ano sem alterar a qualidade
final da água, pelo contrário; o novo ponto de dosagem evita picos de turbidez acima do
padrão estabelecido na portaria 518, conforme demonstra tabelas e gráficos a ser
incluídos. Também foi verificado:
A) Redução de pH nas etapas anteriores a filtração proporcionando maior formação de
ácido hipocloroso, aumentado a eficiência do cloro.
B) Diminuição da turbidez da água tratada, uma vez que a turbidez provocada pela cal
hidratada é retida nos filtros.
Saliento que os resultados e conclusões são específicos da ETA Capivari devido a
qualidade físico-químicas da água in-natura do manancial.
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PROCEDIMENTO DE TESTE
Cloro
Reator de Carvão Ativado Bioló
Canal de Mistura Rápida Carvão Ativado
Canal de Acesso nº1 Canal de Acesso nº2 Canal de Acesso nº3
Reator Floculador nº
Decantador nº1 Decantador nº2 Decantador nº3
Reator de Adsorsão nº1 Reator de Adsorsão nº2 Reator de Adsorsão nº3
Caixa de contato
Captação
Reator de Oxidação Extensiva Cloro
Reator de Carvão Ativado Biológico
Canal de Mistura Rápida Sulfato Férrico
Canal de Acesso nº1 Canal de Acesso nº3 Canal de Acesso nº2
Reator Floculador nº1 Reator Floculador nº2
Reator de Adsorsão nº1 Reator de Adsorsão nº3 Reator de Adsorsão nº2
Filtro1 Filtro2 Filtro3 Filtro4 Filtro5 Filtro6 Filtro7 Filtro8
Caixa de contato Cloro / Amônia
Ácido Fluossilícico
Casa elevatória de água tratada
Decantador nº3
Cal hidratada
Decantador nº2
Cal hidratada
Decantador nº1
Cal hidratada
Reator Floculador nº3
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Gráfico 1
DIAS CAL HIDRATADA
PRÉ CAL HIDRATADA
INTER
Média 51,48 ppm 33,06 ppm
Gráfico 2
SULFATO
FÉRRICO PRÉ SULFATO FÉRRICO
INTER
Média 103,26 ppm 67,55 ppm
DOSAGEM COAGULANTE (PPM)
0
20
40
60
80
100
120
140
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
DIAS
ppm
SULFATO FÉRRICO PRÉ
SULFATO FÉRRICO INTER
DOSAGEM (PPM)
0
10
20
30
40
50
60
70
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 DIAS
ppm
CAL HIDRATADA PRÉ
CAL HIDRATADA INTER
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Gráfico 3
Gráfico 4
Gráfico 5
TURBIDEZ PRÉ - ALCALINIZADA TURBIDEZ INTER-ALCALINIZADA
BRUTA
PRÉ DEC. PRÉ
FILT. PRÉ
BRUTA INTER
DEC. INTER
FILT. INTER
Média 32,56 ppm 1,19 ppm 0,26 ppm 32,25 ppm 0,78 ppm 0,23 ppm
TURBIDEZ BRUTA
0,00
10,00
20,00
30,00
40,00
50,00
60,00
70,00
80,00
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
DIAS
ppm
BRUTA PRÉ
BRUTA INTER
TURBIDEZ DECANTADA
0,00 0,20 0,40 0,60 0,80 1,00 1,20 1,40 1,60 1,80 2,00
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
DIAS
ppm
DECANTADA PRÉ
DECANTADA INTER
TURBIDEZ FILTRATA
0,00
0,05
0,10
0,15
0,20
0,25
0,30
0,35
0,40
0,45
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
DIAS
ppm
FILTRADA PRÉ
FILTRADA INTER
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Gráfico 6
Gráfico 7
Gráfico 8
pH PRÉ - ALCALINIZADA pH INTER - ALCALINIZADA
COAG.
PRÉ FILT. PRÉ
DEC . PRÉ
COAG. INTER
FILT. INTER
DEC. INTER
Média 7,05 ppm 7,06 ppm 7,09 ppm 5,65 ppm 7,06 ppm 5,71 ppm
pH COAGULADA
0
1
2
3
4
5
6
7
8
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
DIAS
ppm
COAGULADA PRÉ
COAGULADA INTER
pH FILTRADA
0
1
2
3
4
5
6
7
8
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 DIAS
ppm
FILTRADA PRÉ
FILTRADA INTER
pH DECANTADA
0
1
2
3
4
5
6
7
8
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
DIAS
ppm
DECANTADA PRÉ
DECANTADA INTER
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Gráfico 9
Gráfico10
Gráfico 11
COR PRÉ - ALCALINIZADA COR INTER - ALCALINIZADA
FILT. PRÉ
DEC. PRÉ
BRUTA PRÉ
FILT. INTER
DEC. INTER
BRUTA INTER
Média 3,35 ppm 13,65 ppm 189,61 ppm 2,25 ppm 12,20 ppm 196,30 ppm
COR FILTRADA
0
1
2
3
4
5
6
7
8
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
DIAS
ppm
FILT. PRÉ
FILT. INTER
COR DECANTADA
0
5
10
15
20
25
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
DIAS
ppm
DEC. PRÉ DEC. INTER
COR BRUTA
0
50
100
150
200
250
300
350
400
450
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
DIAS
ppm
BRUTA PRÉ BRUTA INTER
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PRESIDENTE: Luiz Augusto Castrillon de Aquino
Diretor Técnico: Aurélio Cance Júnior
Gerente de Produção e Operação: Engº Vladimir J. Pastore
Coordenador de ETA: Engº Sinézio Ap. de Toledo
Coord. do S. de Análises e Controle Técnicos da ETA Capivari: Químico Ivânio R Alves
Gerente de Qualidade e de Rel. Institucionais: Alberto José M. Gomes
Bibliografia:
- Ministério da Saúde Portaria n.º 518, de 25 de março de 2004.
- Métodos e técnicas de tratamento de água: Autor: Prof. Dr. Luiz Di Bernardo.
- Tratamento de água: Autor: Carlos Richter.
________________________________________
Engº Sinézio Ap. de Toledo - Coordenador de ETA
Coordenador responsável