4807694 Geografia Suplemento de Apoio Do Professor Manual Geo Geral

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Manual do Professor

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SUMÁRIO

Apresentação ........................................................................................................................... 6

Estrutura da obra .................................................................................................................... 6

PARTE 1 — GEOGRAFIA GERAL

UNIDADE I — A ORGANIZAÇÃO E A REPRESENTAÇÃO DO ESPAÇO

Capítulo 1. Espaço, paisagem e lugar ............................................................................... 71. Objetivos, 7 2. Conceitos e temas desenvolvidos, 7 3. Encaminhamento dasatividades e resolução dos exercícios, 7 4. Sugestões de questões para avaliação, 8

Capítulo 2. A organização do espaço, a formação dos Estados nacionais e os paísesatuais ......................................................................................................................................... 8

1. Objetivos, 8 2. Conceitos e temas desenvolvidos, 9 3. Encaminhamento dasatividades e resolução dos exercícios, 9 4. Sugestões de questões para avaliação, 9

Capítulo 3. O espaço e suas representações ..................................................................... 91. Objetivos, 9 2. Conceitos e temas desenvolvidos, 10 3. Encaminhamentodas atividades e resolução dos exercícios, 10 4. Sugestões de questões paraavaliação, 11

UNIDADE II — A ORGANIZAÇÃO DO ESPAÇO GEOGRÁFICO NO CAPITALISMO E NOSOCIALISMO, A NOVA ORDEM MUNDIAL E A GLOBALIZAÇÃO

Capítulo 4. Fases do capitalismo, revoluções industriais e a globalização ............. 121. Objetivos, 12 2. Conceitos e temas desenvolvidos, 12 3. Encaminhamentodas atividades e resolução dos exercícios, 13 4. Sugestões de questões paraavaliação, 14

Capítulo 5. A desintegração dos países socialistas, a nova ordem mundial e as con-seqüências da globalização ................................................................................................. 14

1. Objetivos, 14 2. Conceitos e temas desenvolvidos, 14 3. Encaminhamentodas atividades e resolução dos exercícios, 15 4. Sugestões de questões paraavaliação, 15

Capítulo 6. Os grandes conjuntos de países e as desigualdades mundiais ............. 161. Objetivos, 16 2. Conceitos e temas desenvolvidos, 16 3. Encaminhamentodas atividades e resolução dos exercícios, 16 4. Sugestões de questões paraavaliação, 17

Capítulo 7. Globalização e pluralidade cultural: conflitos regionais e tensões nomundo ..................................................................................................................................... 17

1. Objetivos, 17 2. Conceitos e temas desenvolvidos, 18 3. Encaminhamentodas atividades e resolução dos exercícios, 18 4. Sugestões de questões paraavaliação, 19

UNIDADE III — O ESPAÇO NATURAL E O ESPAÇO MODIFICADO PELA HUMANIDADE

Capítulo 8. Impactos da atividade humana sobre o meio ambiente e a busca de solu-ções .......................................................................................................................................... 20

1. Objetivos, 20 2. Conceitos e temas desenvolvidos, 20 3. Encaminhamentodas atividades e resolução dos exercícios, 20 4. Sugestões de questões paraavaliação, 21

Capítulo 9. A Terra: movimentos e evolução ................................................................. 221. Objetivos, 22 2. Conceitos e temas desenvolvidos, 22 3. Encaminhamentodas atividades e resolução dos exercícios, 22 4. Sugestões de questões paraavaliação, 23

Capítulo 10. O relevo terrestre, seus agentes e os solos no mundo. ......................... 231. Objetivos, 23 2. Conceitos e temas desenvolvidos, 24 3. Encaminhamentodas atividades e resolução dos exercícios, 24 4. Sugestões de questões paraavaliação, 25

Capítulo 11. Minerais e rochas: panorama mundial ..................................................... 251. Objetivos, 25 2. Conceitos e temas desenvolvidos, 25 3. Encaminhamentodas atividades e resolução dos exercícios, 25 4. Sugestões de questões paraavaliação, 26

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Capítulo 12. A atmosfera e sua dinâmica: o clima mundial ......................................... 261. Objetivos, 26 2. Conceitos e temas desenvolvidos, 26 3. Encaminhamentodas atividades e resolução dos exercícios, 27 4. Sugestões de questões paraavaliação, 28

Capítulo 13. As grandes paisagens naturais da Terra e a destruição dos ecossiste-mas florestais, fluviais e marítimos .................................................................................... 28

1. Objetivos, 28 2. Conceitos e temas desenvolvidos, 29 3. Encaminhamentodas atividades e resolução dos exercícios, 29 4. Sugestões de questões paraavaliação, 30

UNIDADE IV — ESPAÇO MUNDIAL DA PRODUÇÃO

Capítulo 14. Indústria I: as transformações no espaço ................................................ 301. Objetivos, 30 2. Conceitos e temas desenvolvidos, 30 3. Encaminhamentodas atividades e resolução dos exercícios, 31 4. Sugestões de questões paraavaliação, 31

Capítulo 15. Indústria II: o desenvolvimento industrial dos países ........................... 321. Objetivos, 32 2. Conceitos e temas desenvolvidos, 32 3. Encaminhamentodas atividades e resolução dos exercícios, 32 4. Sugestões de questões paraavaliação, 33

Capítulo 16. Fontes de energia, utilização e impactos ambientais ............................ 331. Objetivos, 33 2. Conceitos e temas desenvolvidos, 34 3. Encaminhamentodas atividades e resolução dos exercícios, 34 4. Sugestões de questões paraavaliação, 35

Capítulo 17. Geopolítica, agropecuária e ecologia ........................................................ 351. Objetivos, 35 2. Conceitos e temas desenvolvidos, 35 3. Encaminhamentodas atividades e resolução dos exercícios, 36 4. Sugestões de questões paraavaliação, 36

UNIDADE V — O COMÉRCIO, AS COMUNICAÇÕES E OS TRANSPORTES NO MUNDO

Capítulo 18. A globalização e o comércio mundial ....................................................... 371. Objetivos, 37 2. Conceitos e temas desenvolvidos, 37 3. Encaminhamentodas atividades e resolução dos exercícios, 37 4. Sugestões de questões paraavaliação, 39

Capítulo 19. Comunicações, transportes e turismo no mundo ................................... 391. Objetivos, 39 2. Conceitos e temas desenvolvidos, 39 3. Encaminhamentodas atividades e resolução dos exercícios, 39 4. Sugestões de questões paraavaliação, 40

UNIDADE VI — DINÂMICA POPULACIONAL E URBANIZAÇÃO NUM MUNDO EM TRANS-FORMAÇÃO

Capítulo 20. Conceitos demográficos fundamentais e distribuição da populaçãomundial .................................................................................................................................... 41

1. Objetivos, 41 2. Conceitos e temas desenvolvidos, 41 3. Encaminhamentodas atividades e resolução dos exercícios, 41 4. Sugestões de questões paraavaliação, 42

Capítulo 21. Crescimento demográfico no mundo ........................................................ 421. Objetivos, 42 2. Conceitos e temas desenvolvidos, 42 3. Encaminhamentodas atividades e resolução dos exercícios, 42 4. Sugestões de questões paraavaliação, 44

Capítulo 22. Estrutura da população mundial ................................................................ 441. Objetivos, 44 2. Conceitos e temas desenvolvidos, 44 3. Encaminhamento dasatividades e resolução dos exercícios, 44 4. Sugestões de questões para avalia-ção, 45

Capítulo 23. Migrações populacionais no mundo ......................................................... 451. Objetivos, 45 2. Conceitos e temas desenvolvidos, 46 3. Encaminhamentodas atividades e resolução dos exercícios, 46 4. Sugestões de questões paraavaliação, 47

Capítulo 24. Urbanização mundial .................................................................................... 471. Objetivos, 47 2. Conceitos e temas desenvolvidos, 47 3. Encaminhamentodas atividades e resolução dos exercícios, 48 4. Sugestões de questões paraavaliação, 48

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PARTE 2 — GEOGRAFIA DO BRASIL

UNIDADE I — A PRODUÇÃO DO ESPAÇO GEOGRÁFICO, AS REGIÕES BRASILEIRASE O BRASIL EM UM MUNDO GLOBALIZADO

Capítulo 1. A produção do espaço geográfico brasileiro, as regiões brasileiras e oplanejamento regional .......................................................................................................... 49

1. Objetivos, 49 2. Conceitos e temas desenvolvidos, 49 3. Encaminhamentodas atividades e resolução dos exercícios, 49 4. Sugestões de questões paraavaliação, 50

Capítulo 2. Brasil: globalização, nova ordem mundial e desigualdades sociais ...... 501. Objetivos, 50 2. Conceitos e temas desenvolvidos, 51 3. Encaminhamentodas atividades e resolução dos exercícios, 51 4. Sugestões de questões paraavaliação, 53

UNIDADE II — A QUESTÃO AMBIENTAL NO BRASIL E OS ECOSSISTEMAS NATU-RAIS

Capítulo 3. O relevo brasileiro ........................................................................................... 531. Objetivos, 53 2. Conceitos e temas desenvolvidos, 53 3. Encaminhamentodas atividades e resolução dos exercícios, 53 4. Sugestões de questões paraavaliação, 55

Capítulo 4. Os recursos minerais e a questão ambiental no Brasil ............................ 551. Objetivos, 55 2. Conceitos e temas desenvolvidos, 55 3. Encaminhamentodas atividades e resolução dos exercícios, 55 4. Sugestões de questões paraavaliação, 56

Capítulo 5. Clima, hidrografia, vegetação e domínios morfoclimáticos no Brasil .... 561. Objetivos, 56 2. Conceitos e temas desenvolvidos, 57 3. Encaminhamentodas atividades e resolução dos exercícios, 57 4. Sugestões de questões paraavaliação, 58

UNIDADE III — A ORGANIZAÇÃO DO ESPAÇO DA PRODUÇÃO E DA CIRCULAÇÃONO BRASIL

Capítulo 6. O espaço da atividade industrial no Brasil ................................................ 591. Objetivos, 59 2. Conceitos e temas desenvolvidos, 59 3. Encaminhamentodas atividades e resolução dos exercícios, 59 4. Sugestões de questões paraavaliação, 60

Capítulo 7. A importância da energia no crescimento econômico do Brasil ........... 601. Objetivos, 60 2. Conceitos e temas desenvolvidos, 61 3. Encaminhamentodas atividades e resolução dos exercícios, 61 4. Sugestões de questões paraavaliação, 62

Capítulo 8. A atividade agropecuária no Brasil ............................................................. 621. Objetivos, 62 2. Conceitos e temas desenvolvidos, 63 3. Encaminhamentodas atividades e resolução dos exercícios, 63 4. Sugestões de questões paraavaliação, 64

Capítulo 9. Comércio, comunicações, transportes e turismo no Brasil .................... 641. Objetivos, 64 2. Conceitos e temas desenvolvidos, 65 3. Encaminhamentodas atividades e resolução dos exercícios, 65 4. Sugestões de questões paraavaliação, 66

UNIDADE IV — DINÂMICA POPULACIONAL NO BRASIL

Capítulo 10. Distribuição da população, crescimento demográfico e estrutura dapopulação brasileira .............................................................................................................. 67

1. Objetivos, 67 2. Conceitos e temas desenvolvidos, 67 3. Encaminhamentodas atividades e resolução dos exercícios, 67 4. Sugestões de questões paraavaliação, 68

Capítulo 11. Etnia e migrações populacionais no Brasil .............................................. 691. Objetivos, 69 2. Conceitos e temas desenvolvidos, 69 3. Encaminhamentodas atividades e resolução dos exercícios, 69 4. Sugestões de questões paraavaliação, 71

Capítulo 12. A urbanização brasileira .............................................................................. 711. Objetivos, 71 2. Conceitos e temas desenvolvidos, 71 3. Encaminhamentodas atividades e resolução dos exercícios, 72 4. Sugestões de questões paraavaliação, 72

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Para a abordagem dos conteúdos e dos principaistemas de atualidade do espaço natural, socioeconômi-co e político mundial e brasileiro o livro-texto da obrafoi dividido em duas partes. A primeira trata de temasrelativos à Geografia Geral e é complementada pela se-gunda parte que aborda temas de Geografia do Brasil.Os conteúdos específicos de Geografia do Brasil foramdesenvolvidos em total conexão e interagem com a par-te de Geografia Geral.

A primeira parte do livro compreende seis unida-des e a segunda, quatro unidades:

Parte 1 — Geografia Geral

Na Unidade I — A organização e a representaçãodo espaço — caracterizamos os diferentes tipos de espa-ço e sua organização e a origem e a evolução dos Estadosnacionais. A representação do espaço e o desenvolvimentoda Cartografia também fazem parte desta unidade, poisesse estudo será necessário para a análise e compreen-são espacializada das informações.

A Unidade II — A organização do espaço geográfi-co no capitalismo e no socialismo, a nova ordem mundial

e a globalização — analisa a expansão do capitalismo as-sociada à evolução técnica e científica e situa o(a) estu-dante na atual realidade mundial (desintegração dos pa-íses socialistas, nova ordem mundial, globalização).

A Unidade III — O espaço natural e o espaço modi-ficado pela humanidade — visa ao reconhecimento maisdetalhado das características essenciais do espaço natu-ral mundial e à compreensão do desenvolvimento da so-ciedade como um processo de relações com os espaçosfísicos e com as paisagens. Analisa o desenvolvimento demeios técnicos e científicos e suas intervenções na natu-reza e a relação entre a utilização, a aceleração dos pro-cessos de degradação e a preservação ambiental.

A globalização, o processo contínuo de inovaçõestecnológicas e a modernização do processo produtivoserão assuntos da Unidade IV — Espaço mundial daprodução.

A Unidade V — O comércio, as comunicações e ostransportes no mundo — analisa o espaço mundial da pro-dução, da circulação, do comércio e das comunicações sobo prisma da tecnologia e da globalização, além de identi-ficar o papel da tecnologia nos processos econômicos,sociais e culturais.

ESTRUTURA DA OBRA

APRESENTAÇÃO

O livro didático é um elemento estruturador da prática docente e o Manual doProfessor tem um papel importante de apoio e de organização do aprendizado, ori-entando e complementando a ação do(a) professor(a). Visamos enriquecer a práti-ca pedagógica, contribuindo para a atualização dos docentes e para um melhoraproveitamento e utilização do livro.

Para tanto, apresentamos neste Manual do Professor as seguintes seções:

1. Objetivos;

2. Conceitos e temas desenvolvidos, com uma síntese dos conceitos trabalha-dos em cada capítulo;

3. Encaminhamento das atividades e resolução dos exercícios, com as seguin-tes subseções: Avalie seu aprendizado, Complementação e orientação didá-tica e Em pauta: vestibulares e Enem;

4. Sugestões de questões para avaliação.

Esperamos que este manual esteja à altura de cumprir sua finalidade e de aten-der às necessidades dos(as) colegas professores(as) contribuindo para a melhoriada qualidade do ensino.

Os autores

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UNIDADE

IA ORGANIZAÇÃO

E A REPRESENTAÇÃODO ESPAÇO

Nesta unidade colocamos o foco no papel da humanidade na organização e transformação do espa-ço, buscando identificar, no espaço geográfico atual, os processos históricos ocorridos em diferentes tem-pos, que deram origem aos atuais países.

Abordamos a arte de construir mapas e cartas, como fruto da necessidade humana de representaçãodo espaço, e o rápido desenvolvimento da Cartografia a partir das Grandes Navegações dos séculos XV eXVI, culminando no uso de satélites artificiais, sensoriamento remoto e outras tecnologias.

Capítulo 1 Espaço, paisageme lugar

1. Objetivos

As modificações que a humanidade, ao longo de suahistória, tem realizado na natureza foram e são tão gran-des que não podemos negar a existência de um outro es-paço contraposto àquele criado pela própria natureza: oespaço criado pelos seres humanos — o espaço artificial.

Neste capítulo os alunos diferenciarão os tipos deespaço e perceberão a ação humana em sua modifica-ção, organização e transformação. Diferenciando os con-ceitos de espaço e lugar, estarão aptos a perceber que apaisagem tem uma extensão e expressa fenômenos na-turais e culturais.

2. Conceitos e temas desenvolvidos

Tipos de espaço (natural, geográfico, humanizado,artificial ou cultural); trabalho; natureza primitiva ou pri-meira natureza; segunda natureza; paisagem; lugar.

3. Encaminhamento das atividades e resoluçãodos exercícios

Avalie seu aprendizado (p. 16-17)

Construindo conhecimento

1. Professor(a), pedir para os alunos observarem atenta-mente as fotos.A foto da coluna da esquerda é de uma cidade da Ín-dia, portanto de caráter urbano. Na foto superior da

Na Unidade VI — Dinâmica populacional e urbaniza-ção num mundo em transformação — os alunos compreen-derão conceitos demográficos fundamentais, as modifica-ções na estrutura populacional, no processo de urbaniza-ção e a criação de novos fluxos populacionais produzidospelos avanços tecnológicos e pela globalização econômica.

Parte 2 — Geografia do Brasil

Unidade I — A produção do espaço geográfico, asregiões brasileiras e o Brasil em um mundo globalizado— oferece uma síntese do processo de formação do espa-ço geográfico brasileiro, sua inserção no projeto coloniale sua evolução econômica.

Unidade II — A questão ambiental no Brasil e os ecos-sistemas naturais — objetiva o reconhecimento detalha-do das características do espaço natural e permite detec-tar os principais impactos ambientais provenientes da uti-lização deste espaço.

A globalização e a modernização do processo pro-dutivo brasileiro são assuntos da Unidade III — A organi-zação do espaço da produção e da circulação no Brasil.

Na Unidade IV — Dinâmica populacional no Brasil —o aluno terá um perfil da urbanização, das migrações eda demografia brasileira.

Após o texto do capítulo, visando enriquecer a prá-tica pedagógica e fixar os conteúdos, colocamos a seçãoAvalie seu aprendizado com um conjunto de atividades eexercícios que o(a) professor(a) poderá utilizar em suasavaliações. Essa seção foi dividida em Construindo conhe-cimento, contribuindo para a construção de conceitos, eFixando o conteúdo, em que os educandos fixarão con-ceitos e terão oportunidade de transpor as informaçõesdo capítulo para situações novas.

A seção Complementação do estudo foi dividida emLeituras, Vídeos e Sites, com diversas sugestões de mate-riais pertinentes para os alunos, selecionados de acordocom o tema do capítulo.

No final do livro, incluímos a seção Em pauta: vesti-bulares e Enem, que permitirá ao(à) professor(a) rever efixar os conteúdos trabalhados nos capítulos, além de pre-parar os alunos para o exame vestibular. Incluímos, ain-da, Glossário e Bibliografia.

PARTE 1 — GEOGRAFIA GERAL

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coluna da direita, podemos ver elementos urbanos (emsegundo plano) e a presença de construções novas eantigas (históricas). Na foto inferior da coluna da di-reita, embora mostrando uma área rural, destaca-se aintensa utilização de tecnologia (mecanização) em áreasde cultivo comercial.

2. a) Nas três fotos predominam os elementos artificiais,mesmo na que mostra uma área rural canadense.

b) Os elementos artificiais contêm trabalho. Para aidentificação do que é natural ou artificial numapaisagem, deve-se recorrer à história, reconhe-cendo os processos de transformação do espaçoou sua gênese.

3. Resposta pessoal. Os alunos poderão diferenciar o ru-ral (na foto da área rural canadense) do urbano (nasoutras duas fotos). O uso da tecnologia avançada naárea rural do Canadá contrasta com a simplicidade dacidade indiana e com a sobreposição de tempos histó-ricos na Cidade do México.

4. A foto da Cidade do México mostra construções mo-dernas e antigas, revelando diferentes relações sociaise de trabalho em tempos distintos; a de Rajasthan, naÍndia, apesar de ser da década de 1990, mostra prédiosantigos.

5. a) São produtos do trabalho humano: máquinas, cons-truções, meios de transporte, instalações (armazénsetc.), ruas, edifícios etc.

b) A Cidade do México reúne, num mesmo espaço, trêstempos que se sucederam em sua história, conten-do em sua paisagem a subsistência, lado a lado, deruínas de construções astecas, portanto do períodopré-colonial, de igrejas coloniais e de edifícios mo-dernos. Na foto da agroindústria canadense, as cons-truções são todas recentes.

6. A presença de tecnologia é intensa na foto de uma árearural do Canadá e muito pequena na da cidade da Ín-dia. Rajasthan, baixo; Cidade do México, mesclado;Saskatchewan, alto.Professor(a), veja a seção Complementação e orienta-ção didática.

Fixando o conteúdo

7. a) e b) O desequilíbrio provocado pode ser resultadode: poluição do ar, da água, visual ou auditiva;deposição inadequada do lixo urbano; falta deredes de esgoto; drenagem inadequada de águaspluviais; excesso de veículos nas ruas etc.

8. a), b), c) e d) Resposta pessoal.9. Alternativa c. Justificativa pessoal.

Professor(a), a afirmação de que atualmente não exis-tem mais espaços naturais livres da ação humana podeser exemplificada com o continente antártico, que apesarde ser quase totalmente coberto por uma espessa ca-mada de gelo e praticamente desabitado, é bastante co-biçado. São diversas as reivindicações, acordos e con-ferências em torno de sua posse. Nele estão instaladas26 bases de pesquisa científica de vários países. Outroexemplo que pode ser citado é o de que as formas depoluição e degradação ambientais muitas vezes são lo-cais, mas atingem escala global, como a poluição at-mosférica que pode atravessar fronteiras e chegar alugares longínquos.

Complementação e orientação didática

Para a observação das paisagens do Construindo co-nhecimento, o(a) professor(a) poderá pedir aos alunos quepesquisem as histórias da Índia, do México e do Canadá.

Antes da conquista espanhola, o México já pos-suía dois milênios de vida urbana, desenvolvida princi-palmente pelas civilizações asteca e maia, que domina-vam diversas técnicas e deixaram um legado artístico,científico e cultural. Essas civilizações viviam formas com-plexas de organização política e social. Deixaram o tes-temunho de sua cultura nas construções que restaramdo período colonial.

Na Índia, esplêndidas obras de arquitetura atestammilênios de organização do espaço e de cultura peculiares.Essas obras sempre contrastaram com a pobreza do povo.

O Canadá, localizado no extremo norte da Américae contando com uma vasta região congelada em seu ter-ritório, se integrou ao sistema colonialista do século XVI.Foi inicialmente colonizado pela França, passando a sercontrolado pelo Reino Unido no século XVIII. Sua econo-mia é diversificada, contando com elevado nível tecnoló-gico na indústria e na agricultura.

Em pauta: vestibulares e Enem (p. 420)1. c 2. a, b, c, f

4. Sugestões de questões para avaliação

• Explique o papel do trabalho na evolução da so-ciedade e o seu poder de transformação do espa-ço. (p. 14)

• Diferencie a natureza primitiva, ou primeira na-tureza, da segunda natureza. (p. 14)

• Cite exemplos de como podemos conhecer umlugar a partir da leitura de sua paisagem. (p. 16)

• Todos nós criamos uma identidade com o lugarno qual vivemos. Cite exemplos que justifiquemessa afirmação. (p. 16)

Capítulo 2 A organização do espaço,a formação dos Estadosnacionais e os países atuais

1. Objetivos

Neste capítulo, pretendemos que os alunos sejamcapazes de: relacionar a formação econômica das so-ciedades com a constituição e a expansão dos territó-rios, assim como o surgimento da propriedade priva-da com a necessidade de protegê-la e defendê-la, eassociar essa necessidade ao surgimento do Estado;reconhecer o papel do Estado na organização territo-rial e nas relações de produção; distinguir os concei-tos de etnia, raça, nação e povo.

Especificamente os alunos deverão:• compreender os processos de formação, expan-

são e transformação dos territórios e fronteiras,tendo em vista as relações de trabalho e o estabe-lecimento de relações sociais;

• perceber historicamente a mobilidade constantedas fronteiras do mundo;

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• comparar o Estado moderno com instituições daAntiguidade e do feudalismo;

• identificar os países, territórios e as possessões atuais;• conceituar enclave e soberania.

2. Conceitos e temas desenvolvidos

Território; fronteiras; limite; propriedade privada;etnia; raça; nação; povo; Estado; cidades-Estados; país;movimento de emancipação; microestados; enclaves; so-berania.

3. Encaminhamento das atividades e resoluçãodos exercícios

Avalie seu aprendizado (p. 22)

Construindo conhecimento

1. Respostas esperadas:a) Somente o povo de um país pode conhecer suas

necessidades e, por isso, somente a ele cabe esta-belecer as leis que o regulem para planificar seufuturo de acordo com sua cultura e hábitos.

b) Autonomia: poder de uma comunidade de se regerpor si própria, por leis próprias.Soberania: condição de autonomia política de umpaís em que este não está subordinado a nenhumorganismo ou outro Estado soberano.

c) Muitos países têm tido seus territórios invadidos esão impedidos de exercer a sua soberania. A gestãoautônoma significa independência para poder segovernar, contrariando interesse de nações coloni-zadoras. A luta pela soberania gera conflitos entrecolonizados e colonizadores, resultando geralmen-te em guerras prolongadas.

Fixando o conteúdo

2. Alternativa d. O Estado é um conjunto de instituições,normas e funcionários que exercem uma autoridade eum controle sobre um determinado território.

3. Resposta pessoal. Dados para a resposta: na América,Canadá, Suriname e Guiana; na Europa, Alemanha,Polônia, Hungria, Noruega; na África, apenas Marro-cos, Etiópia e Libéria se formaram antes de 1900; naÁsia, Mongólia, Índia, Paquistão, Indonésia, Vietnã, Laos,entre outros; na Oceania, todos os países se formaramapós 1900.

4. Possessões ou ilhas sob autoridade ou administraçãode um Estado soberano — Guiana Francesa (França),Samoa Americana (EUA), Ilha de Páscoa (Chile), IlhasGalápagos (Equador) etc.Territórios autônomos associados — Bermudas, Mal-vinas, Gibraltar (Reino Unido); Porto Rico (EUA); Poli-nésia Francesa (França); Aruba (Holanda) etc.Território externo pertencente a um Estado soberano— Havaí, Alasca (EUA); Groenlândia (Dinamarca); IlhasNorfolk (Austrália) etc.

Complementação e orientação didática

O texto a seguir fornece mais subsídios à discussãodo polêmico conceito de raças.

“Consideram-se então pertencentes à mesma‘raça’ povos com freqüências próximas na maioriados genes...

Impõe-se uma constatação: o conceito de raçaé não-operacional para os povos humanos. Há di-ferenças entre os lapões e os pigmeus, por exem-plo, mas a passagem de uns a outros se realiza, semsalto brusco, por povos intermediários.

A causa dessa não operacionalidade é conhe-cida. O patrimônio genético, para adquirir algumaoriginalidade e distinguir-se significativamente dopatrimônio dos grupos vizinhos, precisa manter-serigorosamente isolado durante um período bastan-te longo, ou seja, por um número de gerações qua-se equivalente ao número de indivíduos em idadede procriar. Tal isolamento pode ocorrer entre osanimais, mas é quase inconcebível para uma espé-cie tão nômade e curiosa quanto a nossa. Capazesde atravessar montanhas e oceanos, homogeneiza-mos nossos patrimônios genéticos.”

O Correio da Unesco. Maio, 1996.Rio de Janeiro, FGV/Unesco.

Em pauta: vestibulares e Enem (p. 420)1. c 2. d 3. b

4. Sugestões de questões para avaliação

• Conceitue território, nação, povo e país. (p. 18-20)• Diferencie os conceitos de fronteiras e limites. (p. 18)• O que são enclaves e microestados? (p. 20)• Utilize o texto do quadro da página 19 para ques-

tionar o conceito de raça.• Compare o Estado moderno com as instituições

de poder nas sociedades feudais. (p. 20)

Capítulo 3 O espaço e suas representações

1. Objetivos

A Cartografia teve um papel fundamental na con-quista de novos territórios e no levantamento e inventá-rio de recursos naturais com finalidades mercantilistas.Neste capítulo fizemos um breve retrospecto histórico daCartografia para que os alunos percebam o porquê de suanecessidade para a humanidade e sua importância na ex-pansão geográfica, nas viagens marítimas, nas expediçõesexploradoras etc.

Procuramos conduzir este estudo para que ao finalos alunos sejam capazes de:

• perceber o mapa como instrumento de análise,interpretação, planejamento e interferência narealidade espacial;

• compreender que o que está contido no espaçopode ser mais bem visualizado e analisado por meiode representações e que o conhecimento do es-paço garante ao povo que o habita sua autono-mia político-financeira;

• identificar os elementos que compõem um mapa(símbolos, escala, projeções cartográficas);

• aprender sobre a elaboração de um planisfério emdiversas projeções cartográficas e as leituras quepodem ser feitas a partir de cada uma.

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Além disso, ao abordar novas tecnologias de aqui-sição de informações, levamos os alunos a entender comoa humanidade ampliou seus sentidos para melhor enten-dimento do ambiente terrestre.

Finalmente, possibilitamos a compreensão históri-ca da Cartografia no Brasil.

2. Conceitos e temas desenvolvidos

Cartografia; coordenadas geográficas (paralelos,meridianos, latitude, longitude); globo terrestre; mapas(mapa-múndi, planisfério); escalas (gráfica, métrica, grande,pequena); símbolos; escala (numérica, gráfica); projeçõescartográficas (de Mercátor, de Peters, de Aitoff, de Goo-de, cilíndrica, cônica, plana, conforme, equivalente); car-tas (cadastrais ou plantas, topográficas, geográficas); ana-morfoses; sensoriamento remoto; GPS; geoprocessamento;geo-referenciamento; SIG.

3. Encaminhamento das atividades e resoluçãodos exercícios

Avalie seu aprendizado (p. 32-34)Construindo conhecimento1. a) Lugares com latitudes mais elevadas, como a Gro-

enlândia, aparecem tão grandes como a América doSul e bem maiores que a Austrália.

b) A diferença é de 75 km.Na projeção de Peters a distância Norte-Sul fica odobro da distância Leste-Oeste, quando na realida-de a diferença é de apenas 75 km.Na projeção de Peters, as terras próximas aos pó-los ficam largas e achatadas e as localizadas nasproximidades da linha do Equador ficam estreitase compridas.

c) Na projeção de Mercátor os paralelos ficam mais es-treitos na região do Equador, enquanto nos pólos adistância entre eles aumenta; na de Peters os parale-los ficam mais largos na região do Equador, enquan-to nos pólos a distância entre eles diminui. Na proje-ção de Mercátor as áreas de maior deformação são asde altas latitudes (ficam maiores); na de Peters os pa-íses mantêm suas reais posições, mas ficam “estica-dos” no sentido longitudinal; as áreas de altas latitu-des como, por exemplo, a Europa e os EUA, parecemser menores em relação à projeção de Mercátor.

d) Na projeção de Mercátor o Brasil aparece mais largono sentido leste-oeste. Na projeção de Peters o Brasilfica mais alongado no sentido norte-sul e suas dimen-sões aumentam proporcionalmente. Com os países sub-desenvolvidos acontece o mesmo, pois se localizam,grosso modo, na zona intertropical. Na projeção deMercátor a impressão é de que a área total desses paísesé menor do que a dos países desenvolvidos. Já a pro-jeção de Peters representa melhor a realidade.

Fixando o conteúdo

2. a) Resposta pessoal. Professor(a), orientar os alunos aperceber que a geografia global não é um problemade segurança para apenas um país. Como o próprioautor diz, fotografar a Terra a partir do espaço temimplicações políticas, éticas, jurídicas, econômicas, es-

tratégicas e culturais que interessam a todos os paísese povos, indistintamente. A questão da segurança dospaíses deve também ser globalizada, para nenhum delesse sentir mais ou menos seguro do que os outros.

b) Conhecimentos estratégicos contidos nos mapas po-dem ser utilizados como instrumentos de poder po-lítico, militar e econômico. Mapas vitais para a con-quista e domínio de um país sobre o outro, consi-derados estratégicos (desde a época da grande ex-pansão marítima até os dias atuais), são mantidosem segredo e ficam reservados a uma minoria diri-gente dos países.Entre as tecnologias usadas pelos cartógrafos e queserviram para fins militares está o GPS, que foi uti-lizado pelos EUA na Guerra do Golfo (1991) paraorientar os mísseis contra os alvos.

c) Nasa é a sigla da National Aeronautics and SpaceAdministration (Administração Nacional de Aero-náutica e Espacial), nome da agência espacial esta-dunidense que atua desde 1958 desenvolvendo pes-quisas e tecnologia para exploração espacial.Inpe é a sigla do Instituto Nacional de Pesquisas Es-paciais, órgão criado pelo governo federal brasilei-ro em 1971, a partir do antigo Grupo de Organiza-ção da Comissão Nacional de Atividades Espaciais,formado em 1961. Entre as atividades do Inpe os alunospodem escolher: comunicação e observação da Ter-ra por meio de satélites meteorológicos; recepção einterpretação de imagens de satélites meteorológi-cos; levantamento de recursos terrestres com uso detécnicas de sensoriamento remoto por satélites e ae-ronaves; ampliação do sistema educacional do País,utilizando um satélite de comunicações geoestacio-nário. No final da década de 1970, o Inpe acrescen-tou aos seus objetivos a pesquisa e o desenvolvimentode tecnologia espacial.

3. a) d = D / E d = 60 km / 2.500.000d = 6.000.000 cm / 2.500.000 = 2,4 cm

b) E = D / d E = 60 km / 3 cmE = 6.000.000 cm / 3 cm = 2.000.000 cm

c) D = E � dD = 5.000.000 � 64 mmD = 320.000.000 mm ou 320 km

4. Se quisermos representar pequenas áreas, cidades,bairros etc., o mais apropriado é a utilização da gran-de escala, normalmente de 1 : 500 até 1 : 50.000, quepermite elevado grau de detalhamento e de precisão.É o caso das plantas urbanas.

5. a) O sensoriamento remoto constitui-se na captação eregistro de imagens por sensores remotos da ener-gia refletida por elementos (acidentes geográficos,objetos etc.) sem que haja contato físico. É um im-portante sistema de aquisição aérea ou espacial deinformações.

b) A detecção da radiação depende de certos requisi-tos. Em primeiro lugar, deve haver uma fonte deradiação eletromagnética. Essa radiação deve pro-pagar-se pela atmosfera ou pelo meio físico entrea fonte e o objeto observado, até atingir a superfí-cie terrestre ou o objeto observado. Ao atingir asuperfície terrestre, ela sofrerá interações, produ-zindo uma radiação de retorno. Tal radiação se pro-pagará pela atmosfera ou pelo meio físico existen-

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te entre o objeto observado e o sensor, atingindo osensor. O que chega até o sensor é uma certa in-tensidade de energia eletromagnética (radiação) queserá posteriormente transformada em um sinalpassível de interpretação.

c) Além de sua aplicação em campos de conhecimentocomo Geologia, Geomorfologia, Oceanografia, Mete-orologia, Cartografia, é usado na localização de recur-sos naturais, de áreas de vegetação natural, agropecu-árias, urbanas e suas edificações. Permite monitorar omeio ambiente, avaliar o uso da terra e os seus impac-tos (áreas com tendências a erosão e enchentes), ca-racterizar os solos, planejar, traçar políticas ambien-tais, sociais e econômicas em diversos níveis.

Complementação e orientação didática

O(a) professor(a) poderá utilizar um atlas e trabalharcom os alunos a linguagem cartográfica pedindo que iden-tifiquem, em um mapa, o título, o tipo de legenda, a escala ea projeção utilizada. Mostrar diferentes tipos de mapas, pla-nisférios, mapas temáticos, políticos, de relevo etc.

Ao comparar um globo terrestre com um planisfé-rio, mostrando os continentes em cada um, o(a) professor(a)poderá aproveitar para recordar os continentes e oceanos.

Os alunos poderão reconhecer as diferenças de um es-paço (Brasil, por exemplo) em diferentes escalas e reconhe-cer a importância dos mapas temáticos (que informações podemser obtidas de cada um) para a leitura das paisagens.

Complementando a questão 2c, os alunos poderãofazer uma pesquisa na internet, consultando os sites daNasa (http://www.nasa.gov) e do Inpe (http://www.inpe.br),para aprofundar-se no assunto. Apresentamos o textoabaixo como subsídio ao(à) professor(a).

Conquistando o espaçoA humanidade sempre desejou ir além do

planeta Terra e atingir mundos mais distantes. Estafaçanha só se tornou possível com os avanços tec-nológicos do século XX. Em 1957 foi lançado aoespaço o primeiro satélite artificial, tendo início,assim, a era espacial. A construção de foguetespermitiu a chegada ao nosso satélite natural, a Lua,astro mais próximo de nosso planeta, em 1969.

No final da Segunda Guerra Mundial, duasgrandes potências — Estados Unidos e União Sovié-tica — passaram a disputar a primazia de chegar aoespaço, dando início à “corrida espacial”. No qua-dro estão descritas as principais viagens espaciais.

A informática tem possibilitado grande avançoà Astronomia. Os computadores auxiliam na aná-lise de dados colhidos pelos satélites ópticos ou pelosradiotelescópios.

Desde a subida do Sputnik, em 1957, foramlançados ao espaço (até 1998) aproximadamente 3.800foguetes e 4.600 satélites. Só quinhentos deles ain-da funcionam; o restante virou sucata espacial. Issosignifica que eles serão atraídos pela força de gra-vidade da Terra. Boa parte desse lixo (cerca de 2.000toneladas) vai cair. Muitos satélites se pulverizarãoao se chocar com a atmosfera; a maior parte cairásobre os oceanos, mas alguns poderão provocaracidentes na Terra ou no espaço.

Principais viagens espaciais

Viagem Data País Importância

Sputnik 1 1957 URSS Primeiro satélite artificial.Sputnik 2 1957 URSS Primeiro ser vivo no espaço:

a cadela Laika.Explorer 1 1958 EUA Primeiro satélite dos Estados

Unidos.Vostok 1 1961 URSS Iúri Gagarin, primeiro

homem no espaço.Mercury 1962 EUA John Glenn, primeiro

estadunidense em órbita.Mariner 2 1962 EUA Transmite dados de Vênus.Vostok 6 1964 URSS Valentina Tereshkova,

primeira mulher no espaço.Mariner 4 1964 EUA Envia fotos de Marte.Voshkod 2 1965 URSS Aleksei Leonov realiza o

primeiro passeio no espaço.Apolo 11 1969 EUA Neil Armstrong e Edwin

Aldrin Jr. são os primeiroshomens a descer na Lua.

Pioneer 10 1972 EUA Passa por Júpiter em 1973.Apollo 17 1972 EUA Terceira descida na Lua.Skylab 2 1973 EUA Vôo tripulado à estação

espacial Skylab 2.Soyuz 19/ 1975 EUA/ Soyuz 19 e Apollo 18Apollo 18 URSS acoplam-se no espaço, para

experiências em comum.Columbia 1981 EUA Primeiro ônibus espacial.MIR 1986 URSS Estação orbital habitável.Galileo 1989 EUA Destino: Júpiter; chegou

em 1995.Atlantis/Mir 1995 EUA/ Cumprimento entre

Fed. astronautas russos eRussa estadunidenses no espaço.

Pathfinder 1996 EUA Destino: Marte; pousouem 1997.

Fonte: PUCCI, Luís Fábio Simões. Espaço: o último desafio.São Paulo, Devon, 1997. p. 93-96.

Em pauta: vestibulares e Enem (p. 421)1. a 2. c 3. d 4. b 5. b 6. d 7. a 8. a) C, b) C, c) C, d) E

4. Sugestões de questões para avaliação

• Diferencie mapa-múndi de planisfério. (p. 27)• Qual a utilidade dos símbolos em uma legenda?

(p. 25-26)• Quais os elementos que compõem os mapas? (p.

25-26)• Qual a utilização das escalas grande e pequena?

(p. 27)• Qual a utilidade das projeções cartográficas? (p. 27)• Diferencie cartas e mapas citando exemplos de sua

utilização. (p. 27)• Caracterize e diferencie as projeções de Mercá-

tor (p. 28-29), de Aitoff (p. 29) e de Peters. (p. 29)• O que são anamorfoses? (p. 29)

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UNIDADE

I I

A ORGANIZAÇÃO DO ESPAÇOGEOGRÁFICO NO CAPITALISMO

E NO SOCIALISMO, A NOVA ORDEMMUNDIAL E A GLOBALIZAÇÃO

Nesta unidade o objetivo é tornar os alunos capazes de compreender como o espaço se organizouno capitalismo e na atual realidade mundial caracterizada por profundas transformações trazidas pelaciência e pela tecnologia. Essa compreensão inclui: entender e lidar com os imperativos da era tecnoló-gica e da globalização; tomar conhecimento dos novos arranjos de poder no mundo e da formação deblocos econômicos regionais; reconhecer as mudanças profundas na organização social, na estruturaeconômica e política do mundo, que resultam dos processos atuais, principalmente os moldados pelarevolução tecnocientífica.

Capítulo 4 Fases do capitalismo,revoluções industriaise a globalização

1. Objetivos

Iniciamos o capítulo mostrando a passagem domodo de produção feudal para o capitalista, com o ob-jetivo de que os alunos sejam capazes de entender arelação entre o desenvolvimento da produção e as trans-formações no espaço geográfico. Em seguida, procura-mos demonstrar de que forma as contínuas inovaçõestecnológicas foram aplicadas à produção, originando astrês fases da Revolução Industrial ou Tecnológica queforam e continuam sendo responsáveis por transforma-ções radicais nas relações sociais e na estruturação doespaço; como as novas formas de organização do tra-balho têm caracterizado a produção no mundo infor-matizado; as bases do surgimento da globalização, temaque será aprofundado nos próximos capítulos e perme-ará a análise do espaço da produção, do comércio e dacirculação e também da dinâmica populacional e da ur-banização (assuntos das Unidades IV, V e VI).

Nessa trajetória, procuramos também fazer com queao final os alunos possam:

• identificar as relações servis de produção;

• compreender a organização da produção resul-tante do surgimento da manufatura e da ma-quinofatura, o papel das novas classes sociais,burguesia e proletariado, e a importância dasrelações assalariadas de trabalho no capitalis-mo industrial;

• perceber a adoção de práticas mercantilistas, pro-tecionistas e de monopólio, assim como a forma-ção de colônias, como uma necessidade da expan-são comercial e marítima no século XVI;

• relacionar, no contexto do estabelecimento da di-visão internacional do trabalho, o papel das me-trópoles e colônias, e, nesse mesmo contexto, en-tender a organização do sistema produtivo de plan-tations nas colônias;

• entender o papel do liberalismo econômico e dalivre-concorrência na Primeira Revolução Indus-trial ou fase do capitalismo industrial;

• identificar as transformações econômicas resul-tantes das novas tecnologias que caracterizarama Segunda Revolução Industrial e compreendercomo o capitalismo se tornou mais competitivo emonopolista com o surgimento de oligopólios,cartéis e trustes;

• relacionar essa fase ao surgimento das transna-cionais ou multinacionais, do imperialismo, do neo-colonialismo e ao fato de ter havido posteriormentea descolonização dos continentes;

• caracterizar a Terceira Revolução Industrial ouInformacional e relacioná-la ao estabelecimentode novas formas de organização da produção (pas-sagem do fordismo/taylorismo para o toyotismo)e às técnicas que aceleraram o processo de pro-dução (just in time, automação, tecnologias de te-lecomunicação, informática etc.);

• entender o surgimento do capitalismo flexível e afase do capitalismo financeiro ou da globalização,e o papel do Estado no neoliberalismo;

• perceber que o processo de globalização utilizouo meio técnico-científico para produzir uma ace-leração de contatos e de consumo, por meio daintegração dos mercados.

2. Conceitos e temas desenvolvidos

Relações servis de produção; modo de produçãocapitalista, manufatura, maquinofatura; burguesia; re-lações assalariadas de trabalho; capitalismo comercial;balança comercial; mercantilismo; monopólio; metrópo-les; divisão internacional do trabalho; colonialismo; plan-tation; Primeira Revolução Industrial ou Tecnológica,livre-concorrência; capitalismo industrial; Segunda Re-volução Industrial; Terceira Revolução Industrial ou In-formacional; capital; liberalismo econômico; proletari-ado; oligopólio; cartel; truste; capital financeiro; trans-nacionais; multinacionais; imperialismo; neocolonialis-mo; descolonização; informática; química fina; biotec-nologia; automação; fundos de pensão; capitalismo fi-nanceiro; fordismo; taylorismo; capitalismo flexível; toyo-tismo; just in time; neoliberalismo; desregulamentação;Estado mínimo; meio técnico-científico; globalização; ci-berespaço; cibernética; infovia; tempo real.

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3. Encaminhamento das atividades e resoluçãodos exercícios

Avalie seu aprendizado (p. 46-47)

Fixando o conteúdo

1. a) Da África, vinham escravizados para as Américas.As colônias da América do Sul, Central e do Norteexportavam para a Europa açúcar, ouro, tabaco,couro, prata, madeira, peles, café, índigo, arroz, fa-rinha e cereais. A Europa exportava produtos ma-nufaturados.

b) A mão-de-obra dos escravizados era necessária aosistema de plantations e à extração de diversas ri-quezas nas colônias. Dessa forma, o sistema coloni-al contribuiu para a acumulação de riquezas e capi-tais nas metrópoles européias.

c) O sistema colonial contribuiu para a acumulaçãode riquezas e capitais nos países colonialistas epara a manutenção das precárias condições devida das populações dos países colonizados, osquais eram impedidos de se industrializarem, afim de se manterem subordinados ao mercado in-ternacional.

2. Primeira Revolução Industrial: a introdução do carvãoe do vapor como fontes de energia para máquinas in-dustriais e meios de transporte impulsionou as indús-trias têxtil, naval e siderúrgica. A mecanização esten-deu-se à metalurgia, à agricultura e a outros setoresda economia.Segunda Revolução Industrial: navios mais modernos,trens de ferro e elétrico, aviões, carros, motores, quí-mica, aparelhos eletrônicos, petróleo, progressos nascomunicações (televisão, telefone, computador).Terceira Revolução Industrial: informática, biotecno-logia, química fina, automação, telecomunicações, ati-vidades nucleares, pesquisa espacial.

3.

4. As inovações tecnológicas no setor de telecomunica-ções permitiram a rápida difusão de hábitos culturaise de padrões de consumo em todo o globo. A revolu-ção nos transportes diminuiu o tempo gasto para per-correr longas distâncias, facilitando trocas comerciais,contatos culturais, turismo etc.

5. Capitalismo comercial — mercantilismo: intervençãoestatal na vida econômica; manutenção de uma balan-ça comercial favorável; impulso ao comércio mundial;protecionismo alfandegário às manufaturas; formaçãode monopólios.Capitalismo industrial — doutrina econômica liberal:defendia a propriedade privada e a livre-concorrência;o Estado deveria se limitar a garantir a propriedadeprivada, não intervindo na economia, enquanto a leide oferta e procura de bens e serviços se encarregaria deregular os mercados.Capitalismo financeiro — teoria econômica neoliberal:o Estado deixa de exercer o papel de regulador da eco-nomia, iniciando uma fase de desregulamentação; pro-move a abertura dos países para o mercado exterior ea privatização das empresas estatais, entregando-as agrandes conglomerados financeiros.

6. No processo fordista/taylorista existe uma divisão ehierarquização do trabalho e a separação entre o tra-balho manual e o intelectual. O trabalhador pouco qua-lificado permanece fixo, realizando tarefas especiali-zadas, simples e repetitivas. Os produtos são homoge-neizados, de qualidade padronizada e preço baixo.No processo toyotista é utilizado o trabalho em equi-pes, estimulando-se a polivalência, a atualização dosfuncionários e a fiscalização do trabalho pela própriaequipe. Máquinas de ajuste flexível tornam possível fazermodificações rápidas, reduzindo custos e diversifican-do a produção.

7. a) Resposta pessoal.b) Resposta pessoal.c) Resposta pessoal.

Complementação e orientação didática

Sobre a globalização da economia, o(a) professor(a)poderá trabalhar com os alunos o tema: “A globalização éum conjunto de mudanças ocorridas no mundo na esferaeconômica, financeira, comercial, social e cultural. Implicauniformização global de padrões econômicos e culturais”.

Esse também é um momento oportuno para o(a)professor(a) incentivar o trabalho de pesquisa em gruponos meios de comunicação, principalmente em jornais erevistas. Os alunos poderão recolher imagens de pesso-as de outros países ou mesmo de outras regiões do Bra-sil e analisar nelas a presença de costumes regionais eglobalizados. Fotos de imprensa focando o Oriente Mé-dio e os países asiáticos oferecem grandes possibilida-des para essa análise.

Os alunos deverão indicar a fonte, a data, o título damatéria e o nome do jornalista (se este dado estiver dis-ponível), analisar a foto e descrever costumes regionais eglobalizados nela presentes, e, como conclusão, respon-der às seguintes questões:

• Os padrões culturais do povo analisado foramtotalmente uniformizados ou prevalece uma cul-tura regional?

Fases Características

Ressurgimento de centros urbanos e

intensificação do comércio; acumulação de

recursos; inovações nos transportes marítimos,

nos armamentos e nas técnicas de navegação;

expansão comercial do final do século XIV

e início do século XV.

Forte mecanização, abrangendo

diversos setores da economia.

As fábricas empregavam grande número

de trabalhadores.

Segunda Revolução Industrial, o capitalismo

se tornou monopolista. Empresas ou países

monopolizaram o comércio; os bancos

adquiriram cada vez mais importância;

o capital financeiro passou a dominar e a

controlar a economia dos países; domínio

das transnacionais.

Co

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• Você acredita que é possível a uniformização to-tal de costumes no mundo? Explique por quê.

1. c 2. a 3. a 4. c 5. d 6. a 7. b 8. a 9. b

Em pauta: vestibulares e Enem (p. 422)10. a) As sociedades capitalistas apresentam maior ou

menor exclusão de trabalhadores dependendo desuas condições estruturais. Tal exclusão deve-se,entre outros fatores, à reduzida participação dostrabalhadores na riqueza somada pela grandemaioria das empresas e à diminuição do empregoformal, que ocasiona diferentes níveis de desem-prego estrutural e conjuntural.

b) A exclusão dos trabalhadores do emprego formalmanifesta-se visivelmente no crescimento do cha-mado “setor informal”, representado sobretudo por“camelôs”, que em geral ocupam praças e viaspúblicas com grande movimento de pedestres.

4. Sugestões de questões para avaliação

• Que mudanças ocorreram na organização da pro-dução com o surgimento da manufatura e da ma-quinofatura? (p. 36)

• Explique o surgimento da burguesia e do prole-tariado e das relações assalariadas de trabalho.(p. 36)

• Explique de que forma o mercantilismo orientouo colonialismo. (p. 37)

• Qual o papel dos monopólios, das metrópoles edas colônias na divisão internacional do trabalhonos séculos XV e XVI? (p. 37-38)

• Caracterize o sistema de plantations. (p. 38)• Cite dois motivos para a Inglaterra ter tomado a

dianteira na Primeira Revolução Industrial ou Tec-nológica. (p. 38)

• Diferencie trustes, oligopólios e cartéis. (p. 40)• Explique o que é o capitalismo financeiro ou mo-

nopolista. (p. 40)• Explique o que é imperialismo e neocolonialismo.

(p. 41)• Analise o mapa da descolonização afro-asiática e

cite alguns países que se tornaram independen-tes na África e na Ásia após 1950. (p. 41)

• Qual o papel das empresas transnacionais na re-organização do capitalismo após as duas guerrasmundiais? (p. 42)

• Que novos avanços tecnológicos iniciaram a faseda Terceira Revolução Industrial ou Tecnológica?(p. 42)

• O que é capitalismo flexível? Que modelo de pro-dução utiliza? (p. 43)

• Explique o processo just in time. (p. 44)• O que você entende por desregulamentação da

economia? (p. 44)• Cite duas características do chamado Estado míni-

mo. (p. 44)• Cite três características da globalização. (p. 44-45)• De que forma o meio técnico-científico facilitou o

processo de globalização? (p. 45)

Capítulo 5 A desintegração dos paísessocialistas, a nova ordemmundial e as conseqüênciasda globalização

1. Objetivos

Neste capítulo o objetivo geral é que os alunos com-preendam a organização política e socioeconômica domundo atual. Nesse sentido eles deverão: perceber a or-ganização do espaço no socialismo e diferenciar essemodo de produção do capitalista; adquirir uma visãogeral da expansão do socialismo pelo mundo; constataro enfraquecimento geopolítico das grandes potênciascapitalistas européias e do Japão após a Segunda Guerra,a bipolarização do poder no mundo entre as duas su-perpotências (EUA e URSS), cada qual buscando pre-servar e ampliar suas áreas de influência, e o conse-qüente surgimento da Guerra Fria e do equilíbrio doterror; reconhecer o processo que levou à desintegra-ção do bloco socialista no Leste europeu e o surgimen-to de uma nova ordem mundial (tripolar), com a consti-tuição de blocos regionais.

Especificamente os alunos serão levados a:

• reconhecer a criação e implementação de planos(Plano Marshall), de organizações militares (Otane Pacto de Varsóvia) e de blocos econômicos (CEEe Comecom) como estratégias de cada lado domundo bipolarizado para a preservação dos inte-resses das duas superpotências;

• compreender o contexto que levou à desintegra-ção do socialismo no Leste europeu e à formaçãoda CEI (Comunidade de Estados Independentes);

• conhecer as principais organizações econômicas daatualidade, seus países-membros e objetivos gerais;

• analisar o bloco econômico europeu, a formaçãoda União Européia (UE) e a adoção do euro;

• reconhecer o papel do Japão, dos Tigres Asiáti-cos, da China e dos novos Tigres na Apec e naconstituição do bloco asiático;

• analisar o bloco americano e a área de influênciados EUA no mundo;

• reconhecer as principais organizações e organis-mos internacionais da atualidade (ONU, G-8, BancoMundial, FMI) e suas finalidades;

• contrapor globalização e regionalização, e perce-ber como essas duas tendências coexistem nomundo atual;

• questionar a existência de um sistema mundial ousociedade global que tem levado à homogeneiza-ção dos padrões;

• perceber e questionar as conseqüências da glo-balização e o aumento de desigualdades sociaisno mundo e dentro de um mesmo país.

2. Conceitos e temas desenvolvidos

Marxismo; socialismo; comunismo; capitalismo deEstado; Primeira Guerra Mundial; Segunda Guerra Mun-dial, Plano Marshall; Tratado de Roma; CEE; bipolariza-

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ção; Guerra Fria; corrida espacial; corrida armamentis-ta; equilíbrio do terror; potências nucleares; ordem in-ternacional; Tratado de Não-proliferação de Armas Nu-cleares, Tratados de Redução de Armas Estratégicas, Co-munidade de Estados Independentes (CEI), nova ordemmundial; mundo tripolar; obstáculos aduaneiros; blocosregionais; Comecom, Otan, Pacto de Varsóvia, MCE, UE,euro, Apec, Tigres Asiáticos, novos Tigres Asiáticos, Nafta,Alca, ONU, Grupo dos Sete (G-7), G-8; zonas de livre-comércio; união aduaneira; mercado comum; EEE, Mer-cosul, Asean, Caricom; mundialização; sociedade global;desemprego estrutural; desemprego conjuntural; tercei-rização; economia informal.

3. Encaminhamento das atividades e resoluçãodos exercícios

Avalie seu aprendizado (p. 58-59)

Construindo conhecimento

1. O desemprego conjuntural afasta os trabalhadores dosseus empregos apenas em situações de crise (conjun-tura). O desemprego estrutural afasta os trabalhado-res dos seus empregos por um longo período.

2. Lentidão dos sindicatos para responder aos desafiosda globalização; substituição do trabalho humano pelode máquinas e computadores; medidas governamen-tais de diminuição de concessões para os trabalhado-res e de investimentos na área social, e de ações con-tra o desemprego.

3. a) Os dados mostram que no Brasil trabalha-se maisdo que em países da Europa, no Japão ou nos EUA.Eles constituem um argumento contra o “mito deMacunaíma”. Professor(a), em 1913 o trabalhadorbrasileiro ainda enfrentava uma jornada anual de3.000 horas, que os países desenvolvidos já haviamsuperado antes de 1870. No início do século XX ospaíses europeus já haviam instituído a jornada diá-ria de trabalho de 8 horas, enquanto no Brasil essajornada só foi disciplinada em 1943 com a Consoli-dação das Leis Trabalhistas.

b) Irá beneficiar os países desenvolvidos.

Fixando o conteúdo

4. Os meios de produção pertencem ao Estado e são con-trolados pelos trabalhadores; o Estado tem a funçãode distribuir bens e serviços de acordo com as neces-sidades de cada indivíduo; o Estado planeja a econo-mia, estipulando o quê e como produzir.

5. Entre os objetivos estavam a abolição da propriedadeprivada, a formação de uma sociedade sem classes, aigualdade salarial, a emancipação da humanidade e ocontrole da produção pelo trabalhador.

6. A centralização excessiva, a corrupção, a falta de mo-tivação, as estruturas burocráticas, o excessivo controleestatal, o regime de partido único, os privilégios da classedirigente.

7. Muitas conquistas da revolução socialista estão sen-do perdidas pelo povo russo nessa transição para ocapitalismo. Antes um país com elevados índices edu-cacionais e industrialmente desenvolvido, atualmen-te a Federação Russa se depara com muitos proble-

mas, como recessão, inflação, aumento da criminali-dade etc.

8. O Plano Marshall, posto em prática a partir de 1947,implicava ajudar na recuperação dos países destruídospela guerra, fornecendo alimentos, matérias-primas,capitais, projetos, técnicos e tecnologia, com o objeti-vo de fortalecer e consolidar a influência dos EUA nomundo e, com isso, neutralizar a expansão do socialis-mo pelo mundo.

9. a) A Guerra Fria, expressão que significa guerra não-declarada, foi um período marcado por grande ten-são mundial em virtude da forte rivalidade entre asduas maiores potências mundiais (EUA e URSS) pelahegemonia mundial.

b) Organizações econômicas: MCE (capitalista) e Co-mecom (socialista). Este último foi extinto em 1991.Organizações militares: Otan e Pacto de Varsóvia.Esta última também foi extinta em 1991.

10. Professor(a), na discussão, os pontos importantesa serem abordados são: aumento do desempregoestrutural e do número de excluídos; redução desalários; aumento da jornada de trabalho; elimi-nação de conquistas sindicais; deterioração das con-dições de trabalho; proliferação de pessoas atuan-do na economia informal; aumento do déficit es-colar; queda na assistência social; explosão da vio-lência urbana.

Complementação e orientação didática

Os alunos poderão fazer uma pesquisa sobre as or-ganizações econômicas mundiais.

O site da ONU é http://www.onu-brasil.org.br e odo Pnud (Programa das Nações Unidas para o Desen-volvimento) no Brasil é http://www.pnud.org.br. Essessites oferecem artigos variados sobre a ONU e seus ór-gãos principais e sobre direitos humanos. Temos aindao http://www.un.org/Pubs/CyberSchoolBus/spanish comestatísticas dos Estados-membros da ONU, informaçõesculturais, notícias etc. O site http://www.jurisdoctor.adv.br/orgaos.htm é um cadastro de organizações internacionaisde todo o mundo.

Em pauta: vestibulares e Enem (p. 424)1. e 2. e 3. a 4. e 5. a 6. c 7. d 8. d

4. Sugestões de questões para avaliação

• Quais foram os principais teóricos do socialismo?O que propunham? (p. 48)

• Cite exemplos de países que se tornaram socia-listas após as duas guerras mundiais, na Europa,na Ásia e na África. (p. 48)

• O que foi o Plano Marshall? (p. 48)

• Cite exemplos de países que se formaram com adesintegração do socialismo no Leste europeu,resultante do separatismo na Tchecoslováquia, naIugoslávia e na URSS. (p. 51, mapa)

• Cite duas características da nova ordem mundial.(p. 52)

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• Dê exemplos da prática de formação de blocoseconômicos na Europa. (p. 53)

• Qual o bloco econômico liderado pelo Japão? Queoutros países fazem parte desse bloco? (p. 54)

• Qual a posição do México no bloco econômico daAmérica do Norte (Nafta)? (p. 55)

• O que é o G-7 ou G-8? Que países o compõem?(p. 55)

• Como podemos explicar a existência no mundoatual de uma globalização, por um lado, e de umaregionalização, por outro? (p. 56-57)

• De que modo a globalização contribui para o au-mento das desigualdades no mundo? (p. 57-58)

Capítulo 6 Os grandes conjuntos depaíses e as desigualdadesmundiais

1. Objetivos

Neste capítulo buscamos conduzir o estudo no sen-tido de que, ao final, os alunos possam: compreenderos critérios utilizados para a diferenciação ou regiona-lização dos países em Primeiro Mundo, Segundo Mun-do, Terceiro Mundo (modos de produção), subdesenvol-vidos e desenvolvidos (níveis de desenvolvimento), pa-íses do Norte, ou países ricos, e países do Sul, ou paí-ses pobres (localização geográfica e riqueza) e paísesem desenvolvimento, endividados, centrais, periféricose mercados emergentes (inserção ou exclusão no pro-cesso de globalização).

Para chegar a esse objetivo geral os alunos deverãoestar aptos a:

• compreender as causas históricas do subdesen-volvimento, por meio do conhecimento da Teoriado Desenvolvimento e do papel da divisão inter-nacional do trabalho (DIT) no estabelecimento derelações econômicas entre regiões ou países;

• diferenciar colônia de exploração de colônia depovoamento;

• identificar os critérios usados para medir o de-senvolvimento, como o PIB, o PNB, a renda percapita e o IDH, e comparar esses indicadores emalguns países selecionados;

• reconhecer as principais características (produçãoindustrial, tecnologia, consumo, comércio e urba-nização) dos países centrais ou desenvolvidos;

• refletir sobre o destino dos países socialistas e asdificuldades que enfrentam;

• caracterizar as economias de transição para ocapitalismo e identificar seus problemas;

• reconhecer as diferenças entre os chamados paí-ses em desenvolvimento ou mercados emergen-tes e os chamados países subdesenvolvidos ouperiféricos;

• identificar as desigualdades entre países e pesso-as no mundo.

2. Conceitos e temas desenvolvidos

Regionalização; Primeiro Mundo, Segundo Mundo,Terceiro Mundo; subdesenvolvimento; desenvolvimento;países do Norte; países do Sul; países em desenvolvimento;países centrais; países recentemente industrializados; mer-cados emergentes; países periféricos; colônia de explora-ção; colônia de povoamento; Teoria do Desenvolvimento; novaDIT; PIB (produto interno bruto); PNB (produto nacionalbruto); renda per capita; PNB per capita; PIB per capita; Ín-dice de Desenvolvimento Humano (IDH); setor primário; setorterciário; economia socialista de mercado; economia de tran-sição; economia de mercado; pleno emprego; commodities;desemprego; países de industrialização parcial e tardia.

3. Encaminhamento das atividades e resoluçãodos exercícios

Avalie seu aprendizado (p. 71-73)

Construindo conhecimento

1. O número de pobres (calculado a partir de um limitede 4 dólares por dia) aumentou mais de 150 milhõesem sete anos; a renda nacional diminuiu em até 60%;alta de preços: mais de 500%; a expectativa de vidabaixou de 64,2 para 57,6 anos; o sistema escolar en-contra-se seriamente ameaçado.

2. Liberação excessiva significa monopólios privados, fugasmaciças de capitais, desigualdades em uma dimensãointolerável e perda de confiança no mercado, comodecorrência das fraudes financeiras.

3. O Estado deve atuar como regulador da economia.

Fixando o conteúdo

4. a) Após a desintegração do bloco socialista do Lesteeuropeu, o Segundo Mundo quase desapareceu.

b) A divisão tem como base a oposição entre os paísesdesenvolvidos (ricos, do Norte) e os subdesenvolvi-dos (pobres, do Sul).

5. a) Em 1997, 69% da população de Moçambique viviaabaixo da linha de pobreza absoluta; entre 1996 e 1998o PIB per capita foi de cerca de US$ 215 e a dívidaexterna oficial per capita chegou em torno de US$ 325.

b) O que torna o drama de Moçambique particularmenteexcruciante é o nível de desenvolvimento, em queduas de suas maiores calamidades são a pobrezaabsoluta e a disseminação da aids.

c) A exploração das colônias pelas metrópoles, a pas-sagem sem êxito pela experiência socialista e a guerracivil explicam a situação de subdesenvolvimentodesse país.

6. a) As crianças que vivem em condições de miséria, comfalta de saneamento básico, de água potável e de mo-radias decentes têm menos chance de sobreviver.

b) Países africanos, como Máli, Níger, Guiné, Chade,Angola e Moçambique, e asiáticos, como Iêmen, Ira-que e Afeganistão.

Complementação e orientação didática

Professor(a), este é o momento propício para discutirmercado de trabalho no mundo globalizado. Cada aluno

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poderá fazer uma pesquisa em jornais e recortar anúnciosde empregos que gostaria de ter, levantando as qualifica-ções técnicas necessárias e o tempo de experiência, nível deescolaridade, cursos e idiomas exigidos. O trabalho poderáser concluído abordando as seguintes questões:

• Que tipos de emprego podem oferecer salários maisaltos?

• Para os empregos selecionados que tipos de qua-lificação são exigidas atualmente no mercado detrabalho em geral?

Em pauta: vestibulares e Enem (p. 426)1. Na década de 1960, a economia mundial encontrava-

se na chamada “Guerra Fria”, caracterizada pela divi-são do mundo em: Primeiro Mundo ou Países Desen-volvidos; Segundo Mundo ou Países “Socialistas”; Ter-ceiro Mundo ou Países Subdesenvolvidos.Na década de 1990, época da globalização, definiram-se centros mundiais do poder econômico (EUA, Euro-pa Ocidental e Japão), com suas respectivas áreas deinfluência (Brasil, Argentina, Rússia, África do Sul,Sudeste Asiático e Austrália).

2. b 3. d4. a) Apresentando menor PIB per capita, menor expec-

tativa de vida e maior índice de mortalidade infan-til, o Brasil ocupava em 2001 a 69ª- posição na clas-sificação do IDH, ficando atrás de Noruega, EUA eArgentina.

b) Embora investisse maior porcentagem do seu PIBem gastos públicos com saúde, a Bolívia apresen-tava maior índice de mortalidade infantil que o Brasil.Essa situação é explicada pelas diferenças do pro-duto interno bruto dos dois países: o PIB total bra-sileiro era mais de 80 vezes superior ao boliviano.

5. e6. a) Por ser obtido a partir da divisão do PIB pelo nú-

mero de habitantes do país, constituindo, portanto,uma média, o PIB per capita é um instrumento insu-ficiente para analisar o desenvolvimento em paísesque apresentam grande concentração de renda, poisnão reflete a desigualdade na distribuição desta.

b) Durante a década de 1970, os Tigres Asiáticos reali-zaram grandes investimentos sociais, pois o mode-lo de industrialização ali adotado, conhecido comoplataforma de exportação, requeria mão-de-obraqualificada para as empresas que foram incentiva-das a se instalar naqueles países. Setores como osde saúde e educação beneficiaram-se desse mode-lo, ao contrário do que ocorre no Brasil, em que osinvestimentos nessa área são muito limitados, difi-cultando a formação de mão-de-obra qualificada.As empresas mais modernas e as que utilizam tec-nologia avançada são obrigadas a se instalar noSudeste e no Sul do país, pois as outras regiões nãooferecem mão-de-obra qualificada.

7. d 8. b

4. Sugestões de questões para avaliação

• Como foram classificados os países após a SegundaGuerra Mundial, quanto ao modo de produção (p.60), nível de desenvolvimento (p. 60-61), localiza-

ção geográfica e riqueza (p. 60) e inserção ou ex-clusão no processo de globalização (p. 60)?

• Diferencie colônia de exploração de colônia depovoamento, e diga de que forma o fato de tersido uma ou outra interferiu no atual nível de de-senvolvimento das ex-colônias? (p. 61)

• Explique por que, segundo a Teoria do Desenvol-vimento, o atraso econômico não é um estadopermanente dos países. (p. 61)

• Quais modificações sofreu a divisão internacio-nal do trabalho? (p. 61-62)

• Dê as definições dos seguintes critérios para me-dir o desenvolvimento: PIB, PNB e renda per ca-pita. (p. 62)

• O que é o IDH e por que foi criado? (p. 63)• Quais são as principais características dos países

centrais ou desenvolvidos quanto: à produção in-dustrial (p. 64), à tecnologia, ao consumo, ao co-mércio mundial e à urbanização? (p. 65)

• O que é economia socialista de mercado? Que paísa adotou? (p. 65)

• Que dificuldades enfrentam atualmente paísessocialistas, como Cuba, Coréia do Norte, Vietnã,Laos, Camboja e Angola? (p. 65-66)

• Cite três características das economias de transi-ção e identifique seus problemas. (p. 66)

• Cite exemplos de países ex-socialistas que estãoobtendo sucesso com a transição para o capita-lismo e de países que estão perdendo com essafase. (p. 66)

• Explique a industrialização com base no modelode plataformas de exportação. (p. 67)

• Identifique as desigualdades mundiais que ocor-rem entre os países no comércio mundial e na es-perança de vida. (p. 69-70)

• Explique alguns problemas sociais do mundo atual,como saúde, educação, emprego e consumo. (p.70-71)

Capítulo 7 Globalização e pluralidadecultural: conflitos regionaise tensões no mundo

1. Objetivos

Este capítulo faz uma análise da globalização da cul-tura de massas com o objetivo geral de que os alunos com-preendam que ao lado da tentativa de homogeneizaçãocultural subsistem culturas locais. O aluno deverá perce-ber que a globalização propicia novas possibilidades eoportunidades de difusão cultural como também o surgi-mento de movimentos de afirmação de nacionalidades ea procura de identidade étnica, cultural e religiosa. Deve-rá analisar as ameaças às culturas tradicionais e as difi-culdades de manutenção dos grupos minoritários. Sãotambém objetivos deste capítulo:

• entender a constituição de Estados multinacionaise distinguir alguns motivos de conflitos resultan-tes do processo histórico de ocupação e de inva-sões de territórios;

• constar a existência de minorias étnicas e as pos-sibilidades de convivência e de conflitos religio-sos e socioeconômicos;

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• reconhecer, no processo de colonização e descolo-nização, alguns motivos dos conflitos étnicos atuais;

• entender as causas dos principais conflitos denacionalidades do mundo atual;

• localizar as principais áreas de conflito no mun-do e reconhecer as suas causas;

• entender os conflitos religiosos e admitir que cau-sas econômicas e a disputa por recursos naturaispodem originar guerras e conflitos;

• situar o islamismo na geopolítica mundial;• perceber na nova ordem de poder mundial o pa-

pel de superpotência dos EUA e suas interven-ções e poder de ataque;

• conhecer os conflitos que envolvem indígenas domundo;

• reconhecer a necessidade de políticas que respei-tam a pluralidade cultural e a importância da cons-trução de um mundo mais pacífico.

2. Conceitos e temas desenvolvidos

Estado multinacional; minorias nacionais; socieda-de multicultural; Oriente Médio; bascos; governo teocrá-tico fundamentalista islâmico; conflitos por fronteiras;curdos; Taliban; islamismo, muçulmanos ou maometanos;monoteísmo, jihad; Al Qaeda; Guerra do Golfo; DoutrinaBush; guerras e conflitos étnicos e indígenas.

3. Encaminhamento das atividades e resoluçãodos exercícios

Avalie seu aprendizado (p. 82-83)

Construindo conhecimento

1. Resposta do grupo. Professor(a), em geral, os adoles-centes gostam de possuir roupas e objetos como mo-chilas, cadernos, relógios, tênis de marcas mundiais. Éum bom momento para incentivar o uso de marcas na-cionais, assim como motivos regionais, como camise-tas sobre folclore, ou sobre paisagens brasileiras.

2. Resposta do grupo. Os alunos devem concluir que atelevisão é um poderoso meio de comunicação. Alémde ter alcance internacional, permite que padrões deconsumo se tornem mundiais formando uma “elitemundial, uma classe média mundial que segue o mes-mo estilo de consumo e prefere marcas mundiais”.

3. Resposta do grupo. Professor(a), incentivar a idéia deque a base da harmonia social está no reconhecimen-to e na aceitação de culturas diversas e não na opres-são, dominação ou imposição de uma cultura única.

4. Resposta pessoal. Mahatma Gandhi fala sobre a impor-tância do conhecimento de outras culturas e da neces-sidade do reconhecimento e do respeito à pluralidadecultural. Veja outras orientações na seção Complemen-tação e orientação didática.

5. Resposta pessoal. Professor(a), veja outras orientaçõesna seção Complementação e orientação didática.

Fixando o conteúdo

6. Diversos estados multinacionais abrigam em seu terri-tório povos ou nacionalidades minoritárias que possu-em uma cultura distinta da dominante, chamadas de mi-

norias nacionais, que em geral lutam por sua soberania.Dentre os fatores que levam aos conflitos entre as nacio-nalidades, podemos citar as diferenças socioeconômicas,responsáveis pela transformação de muitas etnias em po-vos oprimidos (de baixa renda) no interior dos Estados-nações. Esses grupos passam a lutar por seus direitoseconômicos e sociais. O aumento de migrações força-das ou por necessidade econômica também forma gru-pos minoritários dentro de diversos países.

7. Muitas guerras e conflitos têm ocorrido no mundo comoresultado do processo histórico de invasão e ocupaçãode territórios e de delimitação de fronteiras. Desde oséculo XVI, por exemplo, durante a colonização da Amé-rica, da África e da Ásia, as grandes potências dividi-ram e redistribuíram áreas, juntando, num mesmo ter-ritório, povos e nações diferentes ou separando gru-pos étnicos em diversos territórios. Posteriormente,durante o processo de descolonização (final do séculoXIX e início do século XX), novos territórios foram cons-truídos e desconstruídos.

8. a) Iraque d) Ossétia do Sulb) Afeganistão e) Oriente Médioc) Chechênia e Daguestão

9. A: Oriente Médio — envolvendo Israel, a Palestina, aSíria, o Líbano, o Egito e a Jordânia. Conflitos decor-rentes do expansionismo de Israel. Os palestinos lu-tam pelo Estado palestino independente.B: Kosovo — onde 90% da população é composta poralbaneses. Lutas pela independência e separação, en-volvendo as seis repúblicas da Iugoslávia (hegemoniados sérvios) e duas regiões autônomas que compunhamesse país.C: Irlanda do Norte ou Ulster — país situado no norteda ilha da Irlanda, componente do Reino Unido, em queos católicos (minoria) vivem em conflito com os pro-testantes (maioria). O grupo católico IRA (Exército Re-publicano Irlandês) luta pela unificação com a Repú-blica da Irlanda ou Eire, de maioria católica, que ocu-pa a maior parte da ilha.D: País Basco — região localizada entre a Espanha e aFrança, em que o grupo separatista ETA (Pátria Bascae Liberdade) luta pela separação e constituição de umEstado próprio.E: Curdistão — região situada entre a Turquia, o Ira-que, a Síria, o Irã e a Armênia, que abriga a considera-da maior etnia sem Estado do mundo, os curdos, quelutam pela formação de um Estado próprio.F: Caxemira — região de maioria muçulmana, divididaentre a Índia (maioria hindu), que possui dois terçosde seu território, e o Paquistão (maioria muçulmana).Grupos muçulmanos na Caxemira indiana lutam pelaunificação com o Paquistão.

10. Resposta pessoal.11. Após os ataques ao seu país em setembro de 2001,

os EUA invadiram o Afeganistão adotando uma pos-tura unilateral e dispensando o apoio de outros pa-íses ou de organizações como a ONU. Desenvolve-ram a Doutrina Bush, pela qual justificam interven-ções ou ataques preventivos a países suspeitos deapoiar ações terroristas ou de possuir armas quí-micas, biológicas ou nucleares (como na invasão doIraque em 2003), mesmo sem o aval de organiza-ções internacionais.

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Complementação e orientação didática

De posse das respostas das questões 4 e 5, o(a)professor(a) poderá promover um debate sobre a impor-tância da tolerância cultural. O texto abaixo fornece sub-sídios para o(a) professor(a).

“Numa altura em que a noção de um ‘choquede culturas’ global ressoa fortemente — e preocu-pantemente — por todo o mundo, encontrar res-postas para as velhas questões sobre a melhor ma-neira de gerir e mitigar os conflitos acerca da lín-gua, religião, cultura e etnicidade assumiu uma im-portância renovada. Para quem trabalha em desen-volvimento, esta não é uma questão abstrata. Paraque o mundo atinja os Objetivos de Desenvolvimentodo Milênio e acabe por erradicar a pobreza, temque enfrentar primeiro, com êxito, o desafio da cons-trução de sociedades culturalmente diversificadase inclusivas. Não só porque fazê-lo com êxito é con-dição prévia para os países se concentrarem ade-quadamente noutras prioridades do crescimentoeconômico, a saúde e a educação para todos os ci-dadãos. Mas também porque permitir às pessoasuma expressão cultural completa é um fim impor-tante do desenvolvimento em si mesmo.

O desenvolvimento humano tem a ver, primeiroe acima de tudo, com a possibilidade das pessoasviverem o tipo de vida que escolheram — e com aprovisão dos instrumentos e das oportunidades parafazerem as suas escolhas. Nos últimos anos, o Re-latório do desenvolvimento humano tem defendidofortemente que esta é uma questão, tanto de políti-ca, como de economia — desde a proteção dos di-reitos humanos até ao aprofundamento da demo-cracia. A menos que as pessoas pobres e margina-lizadas — que na maioria das vezes são membrosde minorias religiosas, étnicas, ou migrantes —possam influenciar ações políticas, em nível local enacional, não é provável que obtenham acesso eqüi-tativo ao emprego, escolas, hospitais, justiça, se-gurança e a outros serviços básicos.

[...] Há uma lição geral que é clara: ter êxitonão é simplesmente uma questão de mudanças le-gislativas e de políticas, por mais necessárias queelas sejam. As constituições e as leis que protegeme dão garantias às minorias, povos indígenas e ou-tros grupos são uma base fundamental para liber-dades mais amplas. Mas, a menos que a culturapolítica também mude — a menos que os cidadãosvenham a pensar, sentir e agir de modo a contem-plar as necessidades e aspirações de outros —, averdadeira mudança não acontecerá.

Quando a cultura política não muda, as con-seqüências são perturbadoramente claras. Dos gru-pos indígenas descontentes da América Latina àsminorias infelizes de África e da Ásia e aos novosimigrantes de todo o mundo desenvolvido, não re-solver as razões de queixa de grupos marginaliza-dos não cria apenas injustiça. Cria verdadeirosproblemas para o futuro: jovens desempregados edescontentes, zangados com o status quo e a exi-girem mudança, muitas vezes violentamente.”

Relatório do desenvolvimento humano 2004, p. V e VI.

O objetivo das questões 6 a 10 é que o aluno com-preenda o mosaico étnico existente no mundo e valorizeas diferentes manifestações culturais e religiosas, reco-nhecendo o direito à diversidade.

Na questão 11, o(a) professor(a) deve ressaltar opapel dos novos arranjos de poder mundial na gera-ção de novos conflitos e tensões. É necessário que osalunos entendam os processos econômicos, geopolíti-cos e estratégicos que estão por trás das guerras en-tre as nações. É importante também que reconheçamo palco dos conflitos atuais: um mundo de contrastesextremos, onde subsistem países e pessoas com abun-dância e outros com escassez. Ressaltar que essa situ-ação acaba por reforçar conflitos de caráter regionalcom motivações étnicas.

Em pauta: vestibulares e Enem (p. 427)1. c 2. d3. Dentre outros pontos, o aluno deve mencionar as dife-

rentes etnias que constituíam as diversas repúblicas daex-Iugoslávia; a supremacia dos sérvios em relação aosoutros grupos étnicos; a inexistência de um poder cen-tralizador, como o do ex-presidente Tito, que conse-guiu manter a união das repúblicas.

4. a) Entre outros conflitos, o aluno pode citar os que severificam entre católicos e protestantes na Irlandado Norte; entre cristãos e muçulmanos na Indoné-sia; entre hindus e muçulmanos na Índia etc.

b) Dentre os aspectos importantes que explicam osconflitos religiosos encontram-se as diferenças so-cioeconômicas, étnico-culturais e políticas.

4. Sugestões de questões para avaliação

• É possível falar, atualmente, na existência de umSistema Mundial ou de uma Sociedade Global?(p. 74)

• Explique por que na era da globalização e damassificação da cultura surgem tantos movimen-tos de afirmação de nacionalidades. (p. 74)

• O que são Estados multinacionais? (p. 75)

• Cite exemplos de acontecimentos e guerras queredefiniram fronteiras durante a história da hu-manidade. (p. 75)

• Por que os curdos são considerados a maior et-nia sem Estado do mundo. (p. 75)

• Explique dois conflitos na Federação Russa e nasRepúblicas do Cáucaso. (p. 76)

• Explique as causas de dois conflitos na Europa.(p. 76-77)

• Cite três características do islamismo e três paí-ses onde esta religião é praticada pela maioria dapopulação. (p. 77)

• Explique as relações políticas recentes entre o Ira-que e os EUA. (p. 78)

• Cite dois motivos de conflitos na África e os paí-ses envolvidos. (p. 79-80)

• De que forma os conflitos internos afetam a socie-dade e a economia de um país? (p. 82)

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UNIDADEI I I

O ESPAÇO NATURAL EO ESPAÇO MODIFICADO

PELA HUMANIDADENesta unidade, composta por seis capítulos, os alunos deverão reconhecer mais detalhadamente as

características essenciais do espaço natural, que é a fonte imediata da existência humana e o palco ondeela reelabora e constrói o espaço geográfico.

Começamos descrevendo exemplos das inúmeras e cada vez mais preocupantes interferências hu-manas na natureza, a busca de soluções e os meios para corrigir tais problemas.

No capítulo 9, desenvolvemos o estudo da Terra, seus movimentos e as relações destes com osciclos da natureza. Descrevemos sua idade, evolução e estrutura, abrangendo a discussão das teori-as da Deriva dos Continentes e da Tectônica de Placas. As modificações provocadas no relevo terres-tre por agentes naturais e pelo homem, as características e a utilização dos solos são assuntos docapítulo 10.

Os minerais e as rochas, bem como as matérias-primas minerais, sua utilização e extração, são as-suntos do capítulo 11.

Nos capítulos 12 e 13, discutimos a dinâmica atmosférica e as paisagens vegetais, relacionando passo apasso esses elementos naturais. Abordamos, também, a destruição de florestas, rios, mares e oceanos.

Capítulo 8 Impactos da atividadehumana sobre o meioambiente e a busca desoluções

1. Objetivos

Neste capítulo procuramos aprofundar alguns temassobre o meio ambiente, como a relação consumo — natu-reza, a poluição urbana das águas, do ar (com especialatenção para as questões da chuva ácida, do buraco nacamada de ozônio e do agravamento do efeito estufa), esoluções possíveis para esses problemas.

Esperamos que, no final deste estudo, os alunos se-jam capazes de:

• perceber que essas questões envolvem processosvariados de interação entre a humanidade e anatureza, ou seja, de ocupação do solo, de demandapor recursos naturais, de ocupação de espaçosurbanos e rurais, de crescimento populacional ede consumo;

• depreender a relação entre o aumento do domí-nio tecnológico e a destruição do meio ambiente;

• compreender o papel das ONGs na luta pela pre-servação ambiental e das conferências internaci-onais (Estocolmo, Montreal, Eco-92 ou Rio-92,Rio+10) na busca de soluções no âmbito gover-namental;

• avaliar as declarações de princípios e os progra-mas de ação tirados desses eventos (Protocolo deMontreal, Carta da Terra, Agenda 21, Protocolode Kyoto, Metas do Milênio) e a atitude dos di-versos governos, especialmente o dos EstadosUnidos;

• discutir a pressão que o crescimento do consumoexerce sobre o ambiente;

• reconhecer que os países ricos são os que mais con-somem e que os países pobres são os mais preju-dicados pela destruição ambiental;

• definir poluição ambiental;• perceber os efeitos desastrosos da maré vermelha;

• identificar causas de poluição dos rios, oceanos e ar;• entender a poluição como um problema político-

econômico;• compreender o papel da camada de ozônio e as

conseqüências de sua destruição;• perceber as causas e as conseqüências do efeito

estufa e a contribuição dos grupos de países paraa sua ocorrência;

• constatar as causas e os problemas decorrentesdas chuvas ácidas;

• entender a poluição dos ambientes urbanos;• discutir o destino do lixo sólido urbano;• discutir formas de conservação de recursos na-

turais e retomar o conceito de desenvolvimentosustentável;

• reconhecer a reciclagem como uma forma de con-servar recursos e energia.

2. Conceitos e temas desenvolvidos

Conferência de Estocolmo; Eco-92 ou Rio-92; Cartada Terra; Agenda 21; Rio+10; Metas do Milênio; consumoe natureza; World Watch Institute; poluição das águasoceânicas e fluviais; maré vermelha; poluição atmosféri-ca; buraco na camada de ozônio; ozônio; Protocolo deMontreal; efeito estufa; CFC; gases-estufa; Conferência eProtocolo de Kyoto; comércio de emissões; reduções cer-tificadas de emissões (RCE); chuvas ácidas; poluição ur-bana; lixo sólido urbano; conservação de recursos; reci-clagem; ecodesenvolvimento.

3. Encaminhamento das atividades e resoluçãodos exercícios

Avalie seu aprendizado (p. 93-94)

Construindo conhecimento

1. Resposta pessoal.2. a) Resposta pessoal.

b) Resposta pessoal. Ver seção Complementação e orien-tação didática.

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Fixando o conteúdo

3. a) Chuva ácida.b) A chuva ácida carrega metais tóxicos, principalmente

o alumínio, contaminando as águas e o solo, ma-tando animais, provocando danos em árvores, edi-ficações, veículos etc.

4. a) A partir da Revolução Industrial o homem alcan-çou níveis elevados de desenvolvimento industri-al, científico, tecnológico, aumentando a agressãoà natureza.

b) As principais atividades responsáveis pela poluiçãosão as indústrias, a mineração e a agricultura.

5. a) I, III, IV, XI, XIII, XV e XVI.b) II, V, VI, VII, VIII, IX, X, XII e XIV.

6. a) A camada de ozônio filtra a maior parte (70 a 90%)dos raios ultravioleta emitidos pelo Sol. Sem elaocorrerá um superaquecimento capaz de compro-meter a vida na Terra.

b) É um grupo de gases utilizados em sistemas de refri-geração, produção de aerossóis (sprays), espumas etc.

c) Reage com outros gases, destruindo a camada deozônio.

7. a) Os países participantes da Conferência de Kyotodecidiram estabelecer um Protocolo de medidas paradiminuir o uso de substâncias procedentes da quei-ma dos minerais térmicos. Essa queima provoca, en-tre outros problemas, o efeito estufa.

b) O acordo de Kyoto estipulou uma redução de 5,2%das emissões de carbono de cada país na atmosfe-ra entre 2008 e 2012. Não poderá obter resultadoporque foi introduzido nele o comércio de emis-sões, pelo qual os países ricos podem comprar dospaíses pobres o percentual a mais que tiverem con-seguido. Os Estados Unidos, que respondem porum quarto das emissões mundiais dos gases-estu-fa, desfizeram o compromisso, tornando o Proto-colo inoperante, em grande parte. Os problemascresceram nos últimos dez anos: a emissão de ga-ses que acentuam o efeito estufa aumentou 9%. Oinvestimento em iniciativas ambientais foi peque-no, principalmente nos países subdesenvolvidos.

8. a) Porque os países desenvolvidos concentram a maiorparte das indústrias do mundo. Também são osmaiores consumidores de energia térmica e de re-cursos naturais, além de induzirem os países po-bres a degradar seus ambientes.

b) A maior parte dos gases poluentes do ar atmosféri-co, como óxidos, clorofluorcarbonetos (CFCs), mo-nóxido de carbono e outros é enviada à atmosferapelos países desenvolvidos. Estes ainda são os res-ponsáveis por cerca de 70% das emissões do dióxi-do de carbono (CO2), gás-estufa produzido pela quei-ma de combustíveis fósseis.

c) Nos países pobres, as principais formas de degrada-ção ambiental são o desmatamento, as queimadas, aerosão dos solos, a desertificação, a ocupação desor-denada do solo e o crescimento populacional e urba-no acelerados. Além disso, a necessidade dos paísespobres de exportar produtos primários para pagar adívida externa e realizar importações resulta na ex-cessiva exploração de seus recursos naturais e na con-seqüente degradação ambiental.

Complementação e orientação didática

Para a questão 2b, existe um artigo muito interes-sante denominado Guia de boas práticas para o consumosustentável que o(a) professor(a) pode imprimir e passarpara os alunos. Esse guia aborda medidas práticas paraum consumo sustentável e é resultado de uma parceria entreas instituições: Instituto de Defesa do Consumidor (Idec),http://www.idec.org.br; Ministério do Meio Ambiente, http://www.mma.gov.br e Secretaria de Políticas para o Desen-volvimento Sustentável, http://www.mma.gov.br.

O(A) professor(a) pode iniciar um debate colocan-do um tema para reflexão: “Por que, nos últimos duzen-tos anos, sobretudo após a Revolução Industrial, a huma-nidade começou a afetar o meio ambiente de forma tãosignificativa?”

Fornecemos alguns eixos para orientar grupos dediscussão:

• Industrialização X meio ambiente• Modos de vida urbano e rural X natureza• Mudanças ambientais globais X interesse de paí-

ses ricos• Desenvolvimento sustentável X consumismo• Controle da poluição do ar X indústria automobi-

lística• Recursos naturais X limites de exploração• Lixo urbano X desperdício• Preservação das florestas X indústria extrativa

(madeireiras)

Em pauta: vestibulares e Enem (p. 428)1. a 2. e 3. a 4. b 5. d6. a) O Chile fica próximo à Antártida, onde ocorre o

problema do buraco da camada de ozônio, e por issoas conseqüências desse fenômeno são mais inten-sas naquele país.

b) Com a diminuição da camada de ozônio, os raiosultravioleta são mais nocivos à saúde, podendo oca-sionar o aumento do risco de desenvolvimento dedoenças, como o câncer de pele.

c) O aluno pode citar, entre outras medidas, a assinaturade acordos como o Protocolo de Montreal ou de Kyotopor todos os países; a eliminação do uso de CFCs(clorofluorcarbonetos), matéria-prima para a refri-geração e aerossóis; a diminuição da emissão de gasespoluentes na atmosfera etc.

4. Sugestões de questões para avaliação

• O que foi a Eco-92? Qual seu principal objetivo?(p. 86)

• O que é a Carta da Terra e a Agenda 21? (p. 87)• Cite dois aspectos positivos e dois negativos apon-

tados pelo relatório Estado do mundo 2002, rela-cionados à questão ambiental e ao desenvolvimentosocial mundial. (p. 87-88)

• Explique o que é a maré vermelha e seus efeitos.(p. 89)

• Explique o efeito estufa. (p. 90)• Quais são as dificuldades para eliminação do efeito

estufa? (p. 90-91)• Quais são os principais gases que contribuem para

o efeito estufa? (p. 91)

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• Cite duas razões da degradação dos ambientesurbanos. (p. 92)

• O que significa conservação dos recursos? (p. 92)

Capítulo 9 A Terra: movimentose evolução

1. Objetivos

Neste capítulo objetivamos: identificar os movimen-tos da Terra, as relações da rotação com a iluminação solar(dia e noite) e com os fusos horários, e da translação comas diferenças de aquecimento entre as latitudes durante oano; trabalhar com a noção de tempo geológico; estudaras principais teorias sobre a formação e a distribuição dasmassas continentais, entrando em contato:

• primeiramente, com as evidências que serviramde base para a formulação da Teoria da DerivaContinental, identificando as massas continentaisantigas (Pangéia, Laurásia, Gondwana) e as divi-sões e separações dos supercontinentes, e

• depois, com as novas evidências que levaram àconfirmação da Teoria da Tectônica de Placascontinentais, constatando a coincidência na lo-calização das dorsais submarinas com áreas devulcanismo, terremotos e falhas geológicas, e re-lacionando a expansão do assoalho oceânico como movimento das placas tectônicas e a tectôni-ca de placas com deformações na crosta terres-tre, vulcanismos, abalos sísmicos e terremotos.

2. Conceitos e temas desenvolvidos

Movimento de rotação; movimento de translação (sols-tício, equinócio, estações do ano); movimento aparente doSol; fusos horários (limite teórico, limite prático, linha in-ternacional de data); órbita, periélio, afélio, plano da eclíp-tica; geologia, fósseis, meia-vida; estrutura e camadas daTerra (litosfera, crosta terrestre, magma, astenosfera, me-sosfera, manto, camada intermediária, núcleo ou nife, sial,sima); período glacial; eras geológicas (Azóica, Arqueozóica,Proterozóica, Paleozóica, Mesozóica, Cenozóica); períodosgeológicos; grau geotérmico; Teoria da Deriva Continen-tal ou translação dos continentes ou Teoria de Wegener;massas continentais antigas (Pangéia, Laurásia, Gondwa-na); ilhas (continentais e isoladas ou oceânicas); Teoria daTectônica de Placas, placas tectônicas; isostasia; astenos-fera; cadeias oceânicas ou dorsais submarinas (Dorsal Meso-Atlântica); áreas vulcânicas e de terremotos; falha geológi-ca; expansão do fundo marinho ou do assoalho oceânico;rift valleys; subducção; estrutura geológica, geomorfolo-gia, unidade geotectônica, bacias sedimentares, crátons,escudos cristalinos, plataformas, dobramentos (modernos,antigos); movimentos orogenéticos, cordilheiras.

3. Encaminhamento das atividades e resoluçãodos exercícios

Avalie seu aprendizado (p. 106-107)

Construindo conhecimento

1. a) Resposta pessoal. Tudo indica que um meteoritocolidiu violentamente com a Terra, provocando uma

nuvem de poeira que encobriu a luz do Sol. O in-verno resultante da falta de luz extinguiu muitasespécies, principalmente de animais grandes.

b) Resposta pessoal. Tudo indica que essa catástrofeconstituiu-se em um aspecto importante da evolu-ção das espécies no planeta, permitindo o desen-volvimento dos mamíferos, entre eles, o homem.

Fixando o conteúdo

2. a) No solstício, quando a Terra está mais distante doSol em sua órbita. Por causa da inclinação do eixoda Terra com relação ao plano da eclíptica, os lo-cais voltados para o Sol são mais iluminados (ve-rão), ou seja, os raios solares incidem mais per-pendicularmente sobre um dos hemisférios, pro-vocando maior aquecimento. No outro hemisfé-rio é inverno.

b) Em 21 de março e 23 de setembro, nos equinócios.3. O sistema de medição do tempo foi inventado pelos seres

humanos a partir do movimento natural de rotação daTerra.

4. O Brasil possui quatro fusos horários, todos a oestedo meridiano de Greenwich e, por isso, as horas emseu território são atrasadas em relação à desse me-ridiano.

5. Sim. As duas cidades têm a mesma hora legal, pois sesituam no terceiro fuso horário a oeste de Greenwich.

6. O limite prático é um artifício ou recurso mundialmen-te utilizado para evitar que pequenas unidades políti-co-territoriais (países ou Estados) apresentem diver-sos horários.

7. Fernando de Noronha (PE): 10:00 horas, 1 hora a mais;Belém (PA), Recife (PE), São Paulo (SP) e Porto Alegre(RS): 9:00 horas, nenhuma diferença; Cuiabá (MT) eManaus (AM): 8:00 horas, 1 hora a menos; Rio Branco(AC): 7:00 horas, 2 horas a menos.

8. a) O processo de deriva, colisões ou compressão dasbordas dos continentes deu origem às grandescordilheiras atuais. Nesses choques, muitos se-dimentos marinhos foram incorporados aos con-tinentes.

b) Resposta pessoal. Xenófanes estava correto em suasuposição, mas faltavam-lhe outras evidências quecomprovassem este processo. Novos estudos e des-cobertas originaram a Teoria da Tectônica de Pla-cas, 2.500 anos depois.

9. A Pangéia era um bloco continental banhado por ape-nas um mar, denominado Tethys. Quando os continen-tes começaram a se afastar, formaram-se dois super-continentes: a Laurásia (América do Norte, Groenlân-dia e Eurásia) e Gondwana (América do Sul, África,Índia, Antártida e Austrália). Depois a América do Sulseparou-se da África e, a seguir, a América do Norteafastou-se da Laurásia. Num último estágio, as Améri-cas se juntaram, a Austrália separou-se da Antártida,a Índia “chocou-se” com a Ásia e a Groenlândia afas-tou-se da América. Os continentes ficaram separadospelos oceanos.

10. a) Placa Sul-americana.b) O território brasileiro se situa na parte central da

Placa Sul-americana, sendo que a maior parte dos

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vulcões e os terremotos mais intensos ocorrem noslimites externos das placas.

c) Na parte oeste da América do Sul ocorre choqueentre a Placa Sul-americana e a Placa de Nazca.

11. O conhecimento das dorsais submarinas; a coincidênciada distribuição das áreas de vulcanismo e terremotoscom as dorsais submarinas e grandes cadeias de mon-tanhas nos continentes; a expansão do fundo mari-nho ou do assoalho oceânico.

12. Quando duas placas se separam, formam-se rifts(fendas) na crosta. No meio dos oceanos, esse mo-vimento resulta na expansão do fundo marinho ena formação das cadeias oceânicas; nos continen-tes, a expansão da crosta pode formar rift valleys(vales de afundamento). Quando as placas se mo-vem uma em direção à outra, pode ocorrer sub-ducção: uma das placas é forçada a mergulhar soba outra. No meio dos oceanos, esse processo dáorigem às fossas oceânicas, às atividades sísmicase aos arcos de ilhas vulcânicas. As montanhas po-dem formar-se onde há subducção da crosta oceâ-nica sob a crosta continental.

Complementação e orientação didática

Professor(a), um tema de pesquisa possível é o anobissexto, que dura 366 dias e ocorre a cada quatro anos.O ano bissexto foi criado pelos romanos, em virtude daincompatibilidade existente entre a duração do ano civilegípcio (365 dias) e a duração do movimento de transla-ção da Terra (365 dias e 6 horas). Os romanos decidiramjuntar (somar) as 6 horas que “sobravam” a cada ano (24horas ou 1 dia no final de quatro anos) e criar mais 1 dia,que foi acrescentado ao mês de fevereiro.

Com relação ao tempo geológico, é sempre con-veniente o(a) professor(a) comparar a escala temporalque caracteriza a evolução dos fenômenos geológicoscom o ritmo de tempo da humanidade ou até com aquelea que estamos acostumados em nosso dia-a-dia. As-sim, por exemplo, podemos pedir aos alunos uma des-crição dos acontecimentos importantes de suas vidas,marcando o tempo decorrido entre eles, e compará-los com aqueles descritos na escala de tempo geológi-co da página 99 do livro-texto. Pedir aos alunos queobservem, grosso modo, o tempo decorrido entre o apa-recimento dos peixes e o dos mamíferos, ou o tempoentre uma era e outra. Trabalhar também o mapa dafigura 5 (p. 102 “A divisão da Pangéia”) e verificar oespaço de tempo que foi necessário para os continen-tes se separarem. Com relação à história da Terra, es-tamos falando de bilhões ou de milhões de anos. É ne-cessário deixar claro que toda a história das socieda-des humanas corresponde a uma pequena fração detempo da história geológica.

Outro aspecto importante a ser reconhecido pe-los alunos são as limitações, o poder e as conseqüên-cias da atuação da humanidade no processo de trans-formação da natureza. Pode-se fazer uma lista a partirde algumas perguntas: quais transformações naturaisvocê presenciou ou de que teve conhecimento que te-nha influenciado a vida humana? Quais transformaçõesprovocadas pelos seres humanos interferiram no rit-mo natural?

Em pauta: vestibulares e Enem (p. 429)1. c 2. a 3. b 4. b 5. d 6. d 7. d 8. e 9. b 10. a 11. b 12. a

4. Sugestões de questões para avaliação

• Fale sobre os movimentos de translação e rota-ção da Terra: duração, importância e conseqüên-cias. (p. 95)

• Explique o movimento aparente do Sol. (p. 95)

• Explique os cálculos feitos para a determinaçãodos fusos horários. (p. 95)

• O que é um fóssil, como se determina sua idade?(p. 98)

• Cite uma característica de cada era geológica (azói-ca, arqueozóica, proterozóica, paleozóica, meso-zóica, cenozóica). (p. 99)

• O que é grau geotérmico e o que ele nos indicasobre o interior da Terra? (p. 100)

• Cite uma característica de cada uma das seguin-tes camadas da Terra: litosfera, manto e núcleo.(p. 100)

• O que são dorsais submarinas? Cite um exemplo.(p. 103)

• Explique a expansão do fundo marinho e as con-seqüências desse movimento da crosta. (p. 103)

• Cite exemplos de áreas geologicamente instáveisna crosta terrestre e explique as causas dessa ins-tabilidade. (p. 103)

• O que são bacias sedimentares? Qual tipo estáassociado à ocorrência de combustíveis fósseis?(p. 105)

• O que são crátons, escudos cristalinos e platafor-mas? (p. 105-106)

• Explique a formação dos dobramentos modernose cite um relevo resultante desse processo. (p. 106)

Capítulo 10 O relevo terrestre,seus agentes e os solosno mundo

1. Objetivos

Este capítulo busca levar os alunos à percepção deque as diferentes configurações da superfície terrestre (orelevo) resultam da atuação de agentes internos e exter-nos da Terra e à identificação das principais formas derelevo terrestre.

Nesse percurso propomos os passos que permitamaos alunos:

• distinguir os agentes internos da Terra e a formacomo atuam;

• identificar os principais tipos de vulcões, sua lo-calização geográfica e o relevo resultante dessaatividade;

• conhecer as forças que provocam os abalos sís-micos, terremotos e maremotos e as conseqüên-cias desses movimentos;

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• identificar os principais fenômenos externos queatuam no relevo e constatar o incessante traba-lho realizado por eles na transformação das pai-sagens;

• perceber, a partir do estudo das etapas e dos fa-tores que atuam em sua formação, que o solo re-sulta da ação do intemperismo;

• diferenciar as camadas ou horizontes do solo eos diversos tipos de solo;

• localizar os solos férteis;

• identificar os principais agentes da degradaçãodos solos.

2. Conceitos e temas desenvolvidos

Relevo (planícies, montanhas, planaltos, depressões,depressões continentais, depressão absoluta, depressãorelativa, cuestas); altitude; geomorfologia; agentes internosou endógenos do relevo (diastrofismo, epirogênese, oro-gênese); falhas; dobras ou dobramentos; vulcanismo;vulcões (ativos e extintos); sismógrafo; relevo vulcânico;gêiser; abalo sísmico; terremoto (hipocentro, epicentro);Escala Richter; maremoto; tsunami; agentes externos ouexógenos do relevo (intemperismo, meteorização); ero-são (fluvial, pluvial, glaciária, eólica, marinha, antrópi-ca); rio; delta; estuário; sedimentos; geleira; mar; tôm-bolo; fiordes; restinga; lagoa costeira; abrasão marinha;falésia; solo (zonal, azonal, interzonal, eluvional, aluvi-al); pedologia; intemperismo; horizontes do solo; latos-solo; podzol; brunizen; solo desértico; tundra; solo hi-dromórfico; solo salino; grumossolo; litossolo; regosso-lo; cambissolo; tchernozion; loess; massapê; terra-roxa;húmus; rocha matriz; regolito; lixiviação; assoreamento;pH; canga; laterização; salinização.

3. Encaminhamento das atividades e resoluçãodos exercícios

Avalie seu aprendizado (p. 118-119)

Construindo conhecimento

1. Para a análise de um ambiente fluvial, o(a) professor(a)poderá levar os alunos para uma visita a um trecho dorio. Veja outras orientações na seção Complementaçãoe orientação didática.

Fixando o conteúdo

2. a) Professor(a), observar com os alunos as áreas ver-des do mapa, que representam as planícies. Sim,podemos encontrar planícies em todos os continen-tes. América do Norte: Planície Central, do Rio Mis-sissípi e Mackenzie; América do Sul: Amazônica ePlatina; Europa: Planície Germano-Polonesa, Planí-cie Sarmática; Ásia: Planície da Sibéria; África: Pla-nície do Congo.

b) África: Planície litorânea, Planalto dos Grandes La-gos, Bacia do Congo. América do Sul: Planície Ama-zônica e Cordilheira dos Andes.

c) América: Cordilheira dos Andes e Montanhas Ro-chosas; África: Atlas; Ásia: Himalaia, Altai; Euro-pa: Alpes, Cárpatos, Bálcãs.

3. a) Podemos associar esse relevo aos movimentos oro-genéticos.

b) Na foto observamos que os sedimentos foram do-brados, ou seja, sofreram pressão horizontal, por-tanto são movimentos orogenéticos.

4. Dobramentos: a pressão horizontal, contra as cama-das de rochas mais elásticas, provoca o encurvamentodessas camadas.Falhas: as forças são exercidas verticalmente sobrecamadas de rochas resistentes e de pouca plasticida-de, fraturando e deslocando blocos.

5. a) Existe uma grande coincidência entre a localizaçãodas áreas vulcânicas e dos terremotos. É nas bor-das das placas tectônicas que ocorrem os maiores emais violentos terremotos e erupções vulcânicas. Emgeral, os vulcanismos são precedidos de tremoresde Terra.

b) Podem ser catastróficos, matando pessoas e destru-indo cidades e vilas, plantações etc.

6. a) Erosão glaciária; b) Erosão fluvial; c) Erosão eóli-ca; d) Erosão marinha; e) Erosão eólica; f) Erosãomarinha.

7. Solo é a camada superficial da crosta terrestre. É for-mado pela desintegração e decomposição das rochaspor meio do intemperismo, bem como da incorpora-ção de elementos orgânicos.

8. a) O solo 1 não apresenta os horizontes B e C. O solo2 é mais profundo, apresentando os horizontes A,B e C.

b) O perfil 1 é um solo azonal, do tipo litossolo, recen-te e desprovido dos horizontes B e C. O perfil 2 é desolo zonal, maduro, apresentando os horizontes A,B e C bem caracterizados.

Complementação e orientação didática

Para a anál ise de um ambiente f luvial , o(a)professor(a) deverá fazer uma visita prévia ao local (tre-cho do principal rio da região) e preparar com antece-dência o roteiro de estudos e observações. Esse roteiropode ser elaborado com a participação dos alunos, e neledeverão constar os aspectos do rio a serem observados,como, por exemplo, o traçado (linear ou em curvas); orelevo do trecho observado (planície, planalto); o leito(pedregoso ou arenoso); o curso (quedas bruscas, casca-tas ou cachoeiras).

Outros dados terão de ser conseguidos em pes-quisas na biblioteca, em jornais, na internet, na prefei-tura do município como: a classificação em principal ouafluente; local da nascente e sua distância em relação àregião; local da foz e sua distância em relação à região;a característica da desembocadura (delta ou estuário);se o rio provoca alterações no relevo, enchentes, des-barrancamentos; de que formas o rio é utilizado (irri-gação, indústria, transporte, abastecimento de água).

Os alunos podem fazer um levantamento, em jor-nais e revistas, de terremotos e de erupções vulcânicasocorridos no mundo e eventualmente no Brasil, duranteo ano letivo, e suas conseqüências. Lembrar que devemcolocar dados sobre a fonte de pesquisa (nome do autore da publicação, local) e a data. A partir dos trabalhosindividuais, organizar um trabalho coletivo (tabela comos acontecimentos pesquisados) para avaliação.

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Em pauta: vestibulares e Enem (p. 432)1. c 2. c 3. c 4. d 5. d 6. e7. a) O relevo dessas áreas origina-se dos dobramentos

modernos do Período Terciário da Era Cenozóica.b) O intemperismo físico predominante na região deve-

se ao clima árido e de altitude, com grande ampli-tude térmica, que atinge 48 ºC no verão e –26 ºC noinverno.

4. Sugestões de questões para avaliação

• Conceitue planície, montanha, planalto, depres-são (continental, absoluta e relativa). (p. 108-109)

• O que são movimentos tectônicos, que tipo dedeformações provocam nas rochas? (p. 110)

• Que tipo de relevo pode resultar desses movimen-tos? (p. 110)

• Exemplifique os agentes endógenos e exógenosdo relevo. (p. 110 e 113)

• Diferencie diastrofismo de epirogênese e de oro-gênese. (p. 110)

• Relacione o hipocentro e o epicentro de um ter-remoto com os danos causados. (p. 112)

• Cite um exemplo de erosão fluvial, glaciária, eóli-ca e marinha. (p. 113-114)

• Diferencie delta e estuário. (p. 113)• Conceitue tômbolo, restinga, lagoa costeira e fa-

lésia. (p. 114)• Que elementos são responsáveis pela formação

dos solos zonais, azonais e interzonais? (p. 115)• Diferencie os solos eluviais dos aluviais. (p. 116)• Onde se localizam os solos mais férteis do mun-

do? Cite exemplos. (p. 116)• O que é erosão do solo e quais são seus princi-

pais agentes? (p. 116)• Qual a importância do conhecimento do pH do

solo? (p. 117)• O que é laterização e quais são as conseqüências

desse processo para os solos? (p. 117)• Explique os processos de salinização dos solos e

indique as áreas onde ocorrem. (p. 117)

Capítulo 11 Minerais e rochas:panorama mundial

1. Objetivos

No estudo deste capítulo, os alunos serão levados a:• identificar os principais elementos químicos pre-

sentes na crosta terrestre, que fazem parte dosminerais e das rochas;

• conhecer as propriedades, as classificações e autilização dos minerais;

• reconhecer os distintos processos naturais que dãoorigem aos diferentes tipos de rochas;

• diferenciar os processos de formação de rochasmagmáticas intrusivas e extrusivas;

• entender que as rochas sedimentares resultam dadesagregação de outras rochas;

• identificar os processos por meio dos quais asrochas sofrem metamorfismo;

• compreender a relação entre a localização dos mi-nérios e as estruturas geológicas da crosta terrestre.

2. Conceitos e temas desenvolvidos

Crosta terrestre; minerais (metálicos, não-metáli-cos); mineralóides; dureza dos minerais; combustíveis fós-seis; escala de Mohs; rocha magmática ou ígnea (intru-siva, abissal ou plutônica; extrusiva, efusiva ou vulcâni-ca); rocha metamórfica; rocha sedimentar; lava; massaafanítica; estalactite; estalagmite; ciclo das rochas; sedi-mentos; minérios.

3. Encaminhamento das atividadese resolução dos exercícios

Avalie seu aprendizado (p. 126-128)

Construindo conhecimento

1. a) Os mapas topográficos dão-nos informações sobreo relevo, ou seja, sobre o que está acima da superfí-cie. Os mapas geológicos permitem o conhecimen-to dos diferentes tipos de rochas e do subsolo, e dadisposição dessas rochas em profundidade.

b) O mapa geológico.c) Nos depósitos sedimentares.d) As maiores altitudes são menos indicadas para a

ocupação humana, pois correspondem às vertentese topos de morros, onde a erosão é mais acentuada.

e) As áreas mais altas sofrem processos de erosão eas mais baixas de deposição. Por ação da gravida-de os materiais rolam dos topos e vertentes para asrampas e áreas de planície fluvial e terraços.

f) Aquela onde há ocupação industrial.

Fixando o conteúdo

2. As rochas sedimentares (foto de cima) apresentam-seem camadas e as magmáticas (foto de baixo) formamuma só massa. Pelas fotos é possível perceber que asrochas sedimentares são formadas por restos de ou-tras rochas, de areia e sedimentos.

3. a) Rochas magmáticas: as intrusivas no interior da Terrae as extrusivas no exterior, pelo resfriamento daslavas vulcânicas. Metamórficas: da transformaçãode rochas ígneas e sedimentares. Sedimentares: nofundo dos mares, pelo transporte de sedimentos.

b) As rochas magmáticas e metamórficas. As magmá-ticas resultam do resfriamento e solidificação domagma pastoso; as metamórficas, das transforma-ções sofridas pelas rochas magmáticas e sedimen-tares quando submetidas ao calor e à pressão nointerior da Terra.

c) As rochas sedimentares, que se formam a partir deprocessos erosivos (águas correntes, ventos, rios,mares).

4. a) Depende do ritmo de extração e de reposição dorecurso.

b) Como recurso não-renovável, pois sua utilizaçãosupera sua extração.

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5. O Ciclo das Rochas • Relacione os processos erosivos com a formaçãodas rochas sedimentares e explique o relevo re-sultante. (p. 121-122)

• Conceitue e exemplifique as rochas metamórficas.(p. 122)

• O que é extrativismo? (p. 124)• Diferencie os recursos naturais não-renováveis dos

renováveis. (p. 125)

Capítulo 12 A atmosfera e sua dinâmica:o clima mundial

1. Objetivos

A atmosfera, o tempo e o clima apresentam umadinâmica própria com leis específicas, mas que se inter-relacionam com os processos de modelagem do relevo,de formação das rochas e dos solos, assim como com adisposição das bacias hidrográficas e com o regime dosrios. Todos esses processos resultam em diferentes pai-sagens vegetais.

Neste capítulo, inicialmente caracterizamos a atmosfe-ra, sua composição e os principais fenômenos atmosféricosque ocorrem em suas camadas, e diferenciamos os fenôme-nos e as escalas temporais que definem o tempo e o clima.

Os alunos deverão, no final do estudo deste capítu-lo, ser capazes de:

• identificar as camadas da atmosfera e os princi-pais elementos do clima;

• compreender os fatores responsáveis pela varia-ção da temperatura de um lugar para outro, comotambém num mesmo lugar no decorrer de um dia;

• relacionar altitude, latitude, distribuição de mas-sas líquidas, rotação da Terra e massas de ar coma variação da temperatura;

• identificar as principais zonas climáticas da Terra;• reconhecer a influência das correntes marítimas

sobre o clima;• compreender o ciclo hidrológico que se verifica

na circulação da umidade na Terra;• entender o papel da umidade atmosférica como

regulador térmico da Terra e suas classificações(umidade relativa, absoluta e ponto de saturação);

• identificar as principais nuvens, distinguir os ti-pos de precipitações atmosféricas e conhecer adistribuição geográfica mundial das chuvas;

• relacionar variação da pressão atmosférica comaltitude e temperatura, e áreas ciclonais e anti-ciclonais com a movimentação do ar;

• entender a dinâmica dos ventos e diferenciar seustipos;

• compreender a formação de massas de ar e a di-nâmica responsável pela circulação geral da at-mosfera;

• entender as causas naturais e antrópicas das mu-danças climáticas de média ou longa duração.

2. Conceitos e temas desenvolvidos

Poluição do ar; atmosfera; camadas da atmosfera(exosfera, ionosfera, mesosfera, estratosfera, troposfera,tropopausa); tempo; clima; temperatura atmosférica; ir-

Rocha ígnea

SedimentosIntemperismo,transporte e deposição

Resf

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Magma

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Rocha metamórfica

Calor e pressão(metamorfismo)

Rocha sedimentar

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)

Fonte: A Terra. Série Atlas visuais. São Paulo, Ática, 1998. p. 20.

6. Rochas: basalto, sienito, diabásio, mármore, granito.Minerais: quartzo, diamante, ferro, prata, mica, felds-pato.

7. a) estanho c) chumbob) manganês d) cobre

8. Impactos ambientais: desflorestamento, destruição deecossistemas e do relevo, erosão do solo, poluição dossolos, das águas e do ar.Impactos sociais: invasão de terras indígenas, colo-cando em risco nações inteiras e seu meio de sub-sistência; contaminação de pessoas por metais pe-sados.

Complementação e orientação didática

O(A) professor(a) poderá pedir para os alunos quetragam amostras de rochas e minerais e utilizar uma lupaou um microscópio para analisar as partículas que os com-põem. A maioria das rochas contém mais de um mineral,porém algumas, como o quartzito (quartzo puro) e o már-more (calcita pura), contêm apenas um mineral. Os alu-nos perceberão até a olho nu as diferenças na forma, core tamanho dos grãos entre os minerais constituintes dasrochas.

Em pauta: vestibulares e Enem (p. 433)1. e 2. d 3. b 4. d

4. Sugestões de questões para avaliação

• Como podemos diferenciar os minerais por suadureza? (p. 120)

• Cite as diferenças nos processos de formação dasrochas magmáticas intrusivas ou plutônicas e dasextrusivas ou vulcânicas. (p. 121)

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radiação; amplitude térmica; friagem; umidade (absoluta,relativa, ponto de saturação, ponto de orvalho, conden-sação); correntes marítimas; altitude; massas de ar; con-tinentalidade térmica; zona climática; média térmica; iso-terma; ressurgência; plâncton; ciclo hidrológico (vapor deágua, evaporação, evapotranspiração); biosfera; oceano;água subterrânea; lençol subterrâneo; lago; biosfera; nu-vens; precipitação atmosférica (chuva, neve, granizo, ne-voeiro, neblina, orvalho, geada); isoietas; isóbaras; barô-metro; correntes convectivas; nuvens (cirros, cúmulos,estratos, nimbos); precipitações superficiais e não-super-ficiais; chuva (convectiva, frontal, orográfica); pressãoatmosférica; áreas ciclonais e anticiclonais; vento (fura-cão, tornado, tufão, ciclone); monções; ventos alísios e con-tra-alísios; brisa; frente (fria, quente); circulação geral daatmosfera; El Niño; microclimas; ilhas de calor; períodoglacial; classificações climáticas.

3. Encaminhamento das atividades e resoluçãodos exercícios

Avalie seu aprendizado (p. 142)

Fixando o conteúdo

1.

determinado lugar em um dado momento. O temporepresenta fenômenos mais momentâneos e o climareflete um padrão mais duradouro.

4. O Sol aquece diferentemente as diversas regiões da Terra.As áreas equatoriais são as mais aquecidas e os pólos,as que recebem menos irradiação. Os ventos resultamda existência de diferentes temperaturas, originandopressões atmosféricas diferenciadas. As precipitaçõesocorrem devido à evaporação e à condensação (ciclo hi-drológico) provocadas pela energia solar.

5. a) Na parte leste e oeste da América do Sul, na linha doTrópico de Capricórnio, aparecem os climas Cw (comverão quente e chuvoso), Aw (de savana), Cw (comverão quente e chuvoso), ET (de tundra), BS (de este-pe e de montanha), ET (de tundra), BW (desértico).

b) Apesar de situada em área tropical, a parte oeste des-sa região apresenta clima modificado pela presença dealtas montanhas (Cordilheira dos Andes), pois a tem-peratura diminui com a altitude, e de áreas desérticas(Deserto de Atacama), explicadas pela atuação da cor-rente fria de Humboldt. As massas de ar quente prove-nientes do Pacífico se resfriam ao passar sobre essacorrente, ocasionando condensação e chuvas sobre ooceano, que nunca atingem o litoral da região.

6. a) latitude: quanto maior a latitude, menor a tempera-tura;

b) distribuição de oceanos e mares: as variações detemperatura são mais acentuadas nos continentes(que se aquecem e se esfriam mais rapidamente) doque nos oceanos;

c) correntes marítimas: as correntes quentes irradiamcalor para o ar atmosférico e as frias provocam aqueda da temperatura;

d) relevo: além de a temperatura diminuir com a alti-tude, ele facilita ou dificulta a entrada de massas dear, provocando chuvas ou secas.

7. A chuva frontal ocorre com o encontro de uma massade ar frio com uma massa de ar quente. A chuva de con-vecção resulta da ascensão vertical do vapor que, ao entrarem contato com a camada de ar frio, sofre condensaçãoe se precipita. A chuva de relevo decorre do encontrodo ar (que se desloca horizontalmente) com o relevo.

8. a) As temperaturas devem ser baixas, o ar é rarefeitoe a pressão baixa, características do clima frio demontanha.

b) Resposta esperada: Por ser uma área montanhosa. Atemperatura diminui com a altitude e a quantidade dear também (ar rarefeito), portanto, a pressão é baixa.

c) Resposta pessoal. Professor(a), os alunos devem terem conta que no Brasil não ocorre o clima e o rele-vo montanhoso. Ocorre neve, eventualmente, ape-nas nas regiões mais ao sul.

Complementação e orientação didática

Os alunos poderão fazer um levantamento, duran-te o ano, das principais ocorrências de fenômenos natu-rais climáticos, como furacões, tempestades, secas, for-tes geadas, marés altas (ressacas), e pesquisar suas con-seqüências catastróficas, como grandes inundações, perdada safra agrícola, alterações da vida econômica e cotidiana(paralisação das cidades), e o atendimento à populaçãoatingida.

Características das camadas atmosféricasCamadas Altitude Composição Fenômenos

Ocorrem

Concentra perturbações

Troposfera Até 10 km75% dos gases atmosféricas.

e 80% da A temperatura

umidade do ar diminui em mé-

dia 6,5 °C/km.

Pouco vapor deTemperatura

Estratosfera 10 a 50 km água, presençasobe, chega a

de ozônio2 °C, inexistên-

cia de nuvens.

A temperatu-

Mesosfera 50 a 80 km Ar rarefeito ra diminui com

a altitude.

Meteoros se

80 aAr carregado desintegram,

Ionosfera600 km

de íons e grande

rarefeito aumento de

temperatura.

Mais ouInexistência Temperaturas

Exosfera menos ade ar elevadas.

600 km

2. a) A troposfera, porque contém a maior parte dos ga-ses, da umidade e dos fenômenos atmosféricos.

b) A temperatura aumenta na exosfera, na ionosfera ena estratosfera, e diminui na mesosfera e na tro-posfera.

3. Clima: sucessão habitual dos tipos de tempo, num de-terminado lugar. Tempo: condições atmosféricas de um

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A pesquisa deve basear um trabalho escrito, ao fi-nal do qual devem ser consideradas as seguintes ques-tões: Em que medida foi culpa da natureza ou culpa hu-mana? O que pode ser feito socialmente para atenuar ascatástrofes?

Na abordagem da primeira questão os alunos de-vem demonstrar a compreensão de que os fenômenos na-turais ocorrem independentemente da vontade humana,e que a natureza tem sua dinâmica e não muda seu com-portamento em função da ocupação humana dessas loca-lidades, mas muitas vezes as ações das sociedades acen-tuam ou até provocam os fenômenos naturais.

Quanto à segunda questão, os alunos devem ter en-tendido que a organização social, tanto no plano da pro-dução econômica como na vida cotidiana, deve levar emconta as leis naturais para evitar ou amenizar as calami-dades, e também que as ações coletivas e/ou políticas sãoimportantes para a resolução dos problemas.

Em pauta: vestibulares e Enem (p. 434)1. b 2. a 3. c 4. e 5. e 6. a 7. d 8. c

4. Sugestões de questões para avaliação

• O que são amplitude térmica, média térmica e iso-termas? (p. 133)

• Quais fatores são responsáveis pela formação decorrentes marítimas? Explique a circulação dascorrentes frias e quentes e cite um exemplo decada uma. (p. 133)

• Elabore uma frase utilizando as palavras: corren-tes marítimas, plâncton, ressurgência, áreas pes-queiras. (p. 133-134)

• Faça um esquema do ciclo hidrológico citando asformas de circulação da água pela biosfera. (p. 134)

• Relacione a umidade absoluta, relativa, pontode saturação com a ocorrência de precipita-ções. (p. 135)

• Determine as condições necessárias para que ocor-ra o nevoeiro, o orvalho e a geada. (p. 135)

• Cite uma característica de cada tipo básico denuvem. (p. 135)

• Que aparelho é utilizado para medir a temperatu-ra atmosférica (p. 131), a umidade (p. 135), a chu-va (p. 136) e a pressão (p. 137)?

• Explique as condições para a formação de ciclo-nes e os nomes regionais que esse fenômeno re-cebe. (p. 137)

• Faça um esquema explicando o funcionamento dasbrisas marítimas e continentais. (p. 137-138)

• Explique o mecanismo de desvio dos ventos nacirculação geral da atmosfera. (p. 138)

• O que são massas de ar? Qual a influência quetêm sobre o clima? (p. 138)

• O que são frentes? Que tipo de alterações climá-ticas podem provocar? (p. 138)

• Quais são as condições para a ocorrência do ElNiño? Que conseqüências esse fenômeno acarre-ta para o clima no mundo? (p. 139)

• O que você entende por microclima? Cite exem-plos. (p. 139)

Capítulo 13 As grandes paisagens naturaisda Terra e a destruição dosecossistemas florestais,fluviais e marítimos

1. Objetivos

Ao estudarem este capítulo, os alunos deverão com-preender a influência do clima na formação das paisagense na construção do espaço geográfico, começando pelapercepção da ligação existente entre os seres e o ambien-te, em que são fundamentais as noções de biodiversidadee ecossistema.

Outros objetivos que os alunos deverão alcançar como estudo do capítulo:

• compreender a interação entre os fatores ambi-entais: solo, clima, relevo e vegetação;

• identificar e localizar as principais paisagens ve-getais do mundo;

• reconhecer as paisagens naturais característicasdas áreas polares e a presença humana nessasregiões;

• relacionar o movimento de translação da Terra e ainclinação do eixo terrestre com a iluminação e osclimas da Terra;

• situar as regiões temperadas, reconhecer suascaracterísticas naturais e caracterizar a ocupaçãodo espaço e as atividades econômicas nessas re-giões;

• delimitar as áreas tropicais e reconhecer suas prin-cipais características climáticas, populacionais eeconômicas, além de analisar climogramas dessaregião;

• caracterizar a precipitação, a temperatura e a co-bertura vegetal das regiões desérticas e reconhe-cer sua diversidade, ocupação e distribuição ge-ográfica;

• compreender como o fator altitude determina ca-racterísticas de vegetação, temperatura, pluvio-sidade (neve) das regiões montanhosas e analisaros obstáculos à ocupação humana e exploraçãoeconômica dessas regiões;

• constatar a divisão das massas líquidas em ocea-nos e mares e caracterizá-las;

• localizar os principais canais oceânicos, estreitose áreas estratégicas do planeta;

• perceber as implicações socioambientais do des-florestamento;

• avaliar a importância do desenvolvimento susten-tável;

• reconhecer os principais problemas provenien-tes da destruição de ecossistemas florestais e daevasão de riquezas vegetais por meio da biopi-rataria;

• identificar os principais rios e bacias hidrográfi-cas e reconhecer a importância da presença daágua e os problemas em razão de sua escassez epoluição;

• analisar a biodiversidade presente nos oceanos,identificar ecossistemas marítimos e compreen-der sua utilização e ameaças.

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2. Conceitos e temas desenvolvidos

Biodiversidade; diversidade genética; diversidade deespécies; diversidade ecológica; evapotranspiração; ecos-sistema; biosfera; banquisa; tundra; Protocolo de Madri;clima temperado (continental, mediterrâneo, marítimo);coníferas; taiga; hábitat; savana; cerrado; climograma; cli-ma subtropical úmido; deserto; rios temporários ou inter-mitentes ou ueds; dunas ou ergs; hamadas; assoreamento;desenvolvimento sustentável; manejo sustentável da floresta;recursos genéticos; leis de patentes; biopirataria; fontes;nascentes; cursos dos rios (superior, médio e inferior); ba-cia hidrográfica; afluentes; divisores de águas; disperso-res de águas; irrigação agrícola; oceanos; mares (costei-ros, mediterrâneos e fechados); estreitos; canais; salinida-de; maresia; mangues; pântanos; recifes de corais; canaisnaturais; estreitos naturais; desflorestamento; áreas e pas-sagens estratégicas; Istmo do Panamá.

3. Encaminhamento das atividades e resoluçãodos exercícios

Avalie seu aprendizado (p. 159-160)

Construindo conhecimento

1. Resposta pessoal. Ver seção Complementação e orien-tação didática.

Fixando o conteúdo

2. Por causa do movimento de translação e da inclinaçãodo eixo da Terra, um dos pólos permanece iluminadodurante seis meses, enquanto o outro pólo permanecena escuridão pelo mesmo período. A inclinação do eixoterrestre (os raios solares chegam aos pólos muito in-clinados) e a maior distância percorrida pelos raiossolares nessa região são responsáveis pelo clima po-lar. Professor(a), utilizar a figura 3, “Incidência dos raiossolares sobre a Terra”, do capítulo anterior (p. 132), paraexplicar melhor essa questão.

3. Climograma 1: clima árido, inexistência de chuva du-rante esse ano, temperaturas baixas, paisagem desér-tica fria.Climograma 2: clima temperado continental, úmido efrio com inverno rigoroso e elevadas amplitudes tér-micas, paisagem temperada.

4. Clima tropical úmido ou equatorial: temperatura ele-vada, chuvas abundantes e vegetação abundante dotipo da Floresta Amazônica. Clima tropical árido:embora as temperaturas sejam altas (entre as mais altasdo mundo), as precipitações são baixas e mal distri-buídas e a vegetação característica é a desértica ouxerófita.

5. a) Nas áreas desérticas: clima muito quente, falta deágua, solos arenosos com reduzida matéria orgâni-ca. Nas regiões polares: temperaturas muito baixas,solos cobertos de gelo.

b) Os obstáculos nos desertos podem ser superadospor meio de técnicas como irrigação, construçãode poços profundos, chuvas artificiais, adubaçãoetc. Por exemplo, nos desertos de Negev (Israel),do Colorado (EUA) e do sul da Rússia. Nas regiõesgeladas são utilizadas técnicas especiais nas cons-

truções (calefação, aquecimento central etc.), rou-pas especiais, veículos próprios para terrenos con-gelados etc.

6. As causas do desflorestamento são, entre outras: cria-ção de gado, extração comercial de madeira, avançodas áreas agrícolas e da urbanização. O manejo sus-tentável das florestas permite suprir as necessidadesda população sem destruição das florestas, maior ren-tabilidade e preservação dos recursos necessários à vidade gerações futuras.

7. a) O texto se refere à biopirataria.b) Resposta pessoal. Os alunos devem ter tido a com-

preensão de que leis, como a de patentes, além defiscalizar e controlar, podem regulamentar o aces-so à biodiversidade.

8. Os rios são correntes líquidas que resultam da concen-tração de água em vales. Podem se originar de fontessubterrâneas, que se formam com as águas das chu-vas, do transbordamento de lagos, ou da fusão de ne-ves e geleiras.

9. Resposta pessoal. Sugestão: a necessidade de abaste-cimento de água nas áreas urbanas cresce cada vez mais.A oferta de água diminui e a demanda aumenta tam-bém para a agricultura moderna que desvia parte doscursos de água em canais de irrigação. A degradaçãodas águas é tão intensa que em certas regiões ela nãopode nem mesmo ser utilizada para a indústria. A utili-zação de água para geração de energia e transportetambém pode agravar os impactos sobre o meio am-biente, causando desflorestamentos, inundações deáreas, vazamentos etc.

Complementação e orientação didática

Orientação para seleção e leitura de textoNa realização de suas pesquisas os alunos devem

recortar os artigos de jornais e revistas e colar cada umem uma folha. O(a) professor(a) deverá orientar para quefaçam a leitura detalhada dos artigos selecionados, pro-curando palavras desconhecidas no dicionário e desta-cando as principais idéias dos textos. É importante queanotem, em cada folha, o nome da publicação e do jorna-lista, e a data.

Cada aluno deve, primeiro, elaborar o relatório, combase numa seleção de idéias, para depois responder àsperguntas.

A última etapa consiste em reuni-los em grupos, paraa discussão e a elaboração de um texto com as conclu-sões tiradas, e exposição para a classe, socializando asinformações obtidas.

Em pauta: vestibulares e Enem (p. 436)1. a) O aluno pode citar a ampliação das áreas destinadas

às pastagens e ao plantio agroindustrial, a ação pre-datória das madeireiras e das empresas mineradorase do garimpo, a expansão urbana, entre outras.

b) Entre as conseqüências desse processo, incluem-sea eliminação de espécies nativas e das que poderi-am ser utilizadas como fitoterápicos; os processosde desertificação, lixiviação, assoreamento dos rios,laterização do solo etc.

2. e 3. b 4. b 5. e 6. c 7. a) V, b) F, c) V, d) V, e) V8. e 9. c 10. a

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UNIDADE

I VESPAÇO MUNDIAL

DA PRODUÇÃO

As transformações no espaço decorrentes da modernização dos processos econômicos serão assunto daUnidade IV, na qual os alunos estudarão as mudanças na vida econômica a partir da era da tecnologia, que gerounovos arranjos espaciais, modernizando e alterando as atividades produtivas (indústria, agropecuária, energia),o modo de organização do trabalho, as relações sociais e as relações com o meio ambiente no mundo e no país.

Capítulo 14 Indústria I: as transformaçõesno espaço

1. Objetivos

Neste capítulo, buscamos levar os alunos a perce-ber a importância da indústria no mundo moderno e aevolução industrial desde o artesanato, o sistema manu-fatureiro e a maquinofatura.

Para atingirem esse objetivo geral, os alunos deve-rão ser capazes de:

• analisar os diferentes tipos de classificação dasindústrias, considerando as diferentes maneirasde produzir, a quantidade de matéria-prima e deenergia utilizadas, a tecnologia empregada e odestino dos produtos;

• perceber as transformações provocadas pela in-dústria, orientando a organização de novos espa-ços e promovendo a divisão do trabalho entre áreasrurais e urbanas;

• indicar as etapas industriais dos grupos de paí-ses (desenvolvidos e subdesenvolvidos);

• apontar os contextos de formação das grandesconcentrações financeiras, monopólios, conglo-merados, holdings e joint ventures;

• compreender a espacialização das atividades in-dustriais, a partir das mudanças em sua localiza-

ção, dos fatores que as determinam e a concen-tração industrial;

• analisar as modificações introduzidas pelo pro-cesso de globalização na forma de produzir, coma substituição do modelo fordista/taylorista pelotoyotista, com a flexibilização da produção, coma gestão informatizada, com a criação da indús-tria de ponta e de tecnopólos, e com a desconcen-tração industrial;

• compreender o impacto das tecnologias sobre omundo do trabalho;

• discutir o papel da ciência no mundo atual e osimpactos das atividades industriais sobre o meioambiente.

No capítulo 15 analisaremos a indústria e o desen-volvimento industrial nas principais potências mundiais.

2. Conceitos e temas desenvolvidos

Indústria; artesanato; manufatura; maquinofatura; in-dústria extrativa, de beneficiamento ou de processamento,de construção, de transformação; indústria leve, pesada;indústria tradicional, dinâmica; indústria de bens de produ-ção (bens intermediários e bens de capital ou de equipa-mentos), de bens de consumo (duráveis e não-duráveis); in-dustrialização clássica; nova divisão internacional do traba-lho; industrialização tardia ou retardatária; países industria-

4. Sugestões de questões para avaliação

• O que são banquisas? (p. 145)• Caracterize a região ártica quanto ao clima, ve-

getação e ocupação humana. (p. 145-146)• Sobre a presença humana na Antártida: que tipo

de atividade é permitido na região? Que acordoregulariza as atividades neste continente? (p. 147)

• Cite os principais tipos de vegetação do clima tem-perado. (p. 148)

• Quais as formações vegetais características dosseguintes climas: tropical úmido, tropical alterna-damente úmido e seco, tropical monçônico, tro-pical árido e semi-árido. (p. 149-150)

• Onde ocorre o clima tropical monçônico e quaisas suas características? (p. 149-150)

• Defina ued, duna e hamada. (p. 150)• O que são rios intermitentes? Cite exemplos no

Brasil. (p. 150)

• Que tipos de trabalho natural predominam noscursos superior, médio e inferior de um rio? (p.154)

• O que é bacia hidrográfica? (p. 155)• Qual o papel dos dispersores e divisores de água

numa bacia hidrográfica? (p. 155)• Quais são os principais oceanos da Terra? Cite

uma característica de cada um. (p. 156)• Diferencie os seguintes tipos de mares: aberto ou

costeiro, mediterrâneo ou interior, fechado ou iso-lado. (p. 156)

• Caracterize mangue, pântano e recife de coral. (p.157)

• O que são canais oceânicos e estreitos? Expliquepor que são considerados áreas estratégicas. (p.158)

• Qual a importância do Canal de Suez e do Canaldo Panamá? (p. 158)

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lizados ou centrais; indústria de ponta ou de alta tecnologia;países industrializados semiperiféricos; países não-industri-alizados periféricos; concentração industrial; manufacturingbelt; concentração financeira; monopólio; conglomerado;holding; joint ventures; dumping; desconcentração indus-trial; divisão territorial de indústrias; marketing; empresa glo-bal; desemprego; desemprego estrutural; tecnopólos, pólostecnológicos ou parques científicos; setores de atividade (pri-mário, secundário, terciário e quaternário); tecnologias deponta; royalties; patentes; lei da propriedade intelectual;materiais sintéticos; biodegradáveis.

3. Encaminhamento das atividades e resoluçãodos exercícios

Avalie seu aprendizado (p. 169-170)

Construindo conhecimento

1. Resposta pessoal.2. a) Resposta pessoal.

b) Resposta pessoal. Ver seção Complementação e ori-entação didática.

Fixando o conteúdo

3. Indústria é a atividade pela qual os seres humanos trans-formam matéria-prima em produtos semi-acabados ouacabados. A indústria gera grande parte dos empre-gos de um país, além de produzir quase tudo o que con-sumimos e utilizamos.

4. América do Norte: nordeste dos EUA, Houston, LosAngeles; América do Sul: São Paulo (Sudeste do Bra-sil), Buenos Aires, Santiago; África: África do Sul, Egi-to; Ásia: Sudeste Asiático, Japão, China, Índia; Euro-pa: Alemanha, Itália, França, Rússia; Oceania: sul e lesteda Austrália.

5. O termo industrialização clássica é utilizado para ex-pressar a industrialização dos atuais países desen-volvidos (países europeus, EUA, Japão e Rússia) nosséculos XVIII e XIX. A industrialização tardia ou re-tardatária é a que se refere à industrialização dospaíses subdesenvolvidos após a Segunda GuerraMundial.

6. No início do século XX as indústrias procuravam selocalizar nas áreas que ofereciam facilidades em ter-mos de fontes de energia, mão-de-obra, transporte,capitais, mercado consumidor etc. Após a SegundaGuerra tem ocorrido uma desconcentração industrial,ou seja, o abandono de áreas tradicionais que apre-sentam elevação dos custos de produção e a busca delocalizações mais vantajosas.

7. a) O país B, pois conta com indústrias de ponta e di-versos tecnopólos.

b) Por ser um país subdesenvolvido predominam asindústrias têxtil, siderúrgica e de bebidas.

c) País subdesenvolvido periférico e não-industriali-zado.

Complementação e orientação didática

Quanto à questão 2b do Construindo conhecimen-to, o(a) professor(a) deverá discutir o fato de que os avan-ços tecnológicos nem sempre trazem benefícios para a

humanidade. Muitas invenções trazem destruição, comoé o caso da enorme produção de armamentos. Os paísesgastam bilhões de dólares para subsidiar sua própria des-truição, produzindo bombas e um fabuloso arsenal béli-co. Todavia a produção industrial e o consumo desenfre-ado, apesar dos benefícios que podem trazer, têm indi-retamente prejudicado a humanidade, submetendo o meioambiente a uma pressão muito grande. A maior parte dapopulação não tem acesso à maioria dos produtos indus-trializados e a degradação histórica dos recursos natu-rais só tem aprofundado a pobreza atual, na medida emque destrói o meio de subsistência dessas populações.

Professor(a), reforçar a idéia de que a humanidadetem de caminhar para um consumo mais sustentável, re-duzindo os danos ambientais, preservando os recursos,protegendo os direitos dos consumidores etc.

Em pauta: vestibulares e Enem (p. 438)1. a 2. b 3. e 4. c5. a) O aluno pode citar, entre as características do pro-

cesso fordista: divisão e hierarquização do tra-balho; mão-de-obra pouco qualificada, realizan-do tarefas especializadas, simples e repetitivas;padronização e homogeneização dos produtos. Jáo processo pós-fordista caracteriza-se por: tra-balho em equipes, com predominância de funci-onários fixos e polivalentes; atualização constanteda mão-de-obra; utilização de máquinas de ajus-te flexível (que permitem modificações rápidas);produção diversificada e variada, atendendo àsnecessidades do mercado e da demanda (proces-so just in time); estoques reduzidos etc.

b) No modelo fordista, as atividades industriais con-centram-se nos locais próximos das matérias-pri-mas, das fontes de energia e dos centros urbanos.O modelo pós-fordista permite a desconcentraçãodo espaço industrial.

6. a) O texto evidencia o processo de desconcentraçãoda economia mundial.

b) Em busca de uma produção cada vez maior, commenores custos, empresas como a Nike instalam-seem países em que a mão-de-obra é barata e a cargatributária é menor, de modo a reduzir os custos etornar suas mercadorias mais competitivas.

7. b

4. Sugestões de questões para avaliação

• Explique a classificação das indústrias quanto àevolução histórica. (p. 162)

• O que são indústrias leves e pesadas? (p. 162-163)• Qual a diferença entre as indústrias tradicionais

e dinâmicas? (p. 163)• Quais são os tipos de indústrias de bens de pro-

dução e o destino de suas produções? (p. 163)• Explique o que são indústrias de bens de consu-

mo. (p. 163)• Explique o que são concentrações financeiras,

monopólios, conglomerados, holdings e joint ven-tures. (p. 165)

• O que significa desconcentração industrial? Ex-plique a ocorrência desse processo. (p. 165)

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• Explique a divisão territorial das indústrias nomundo globalizado. (p. 166)

• Explique a substituição do modelo fordista/taylo-rista pelo toyotista na indústria. (p. 166)

• Qual é o papel da tecnologia no mundo atual? (p.166)

• Que impactos a introdução de novas tecnologiascausou sobre o mundo do trabalho? (p. 167)

• Explique a atual interdependência entre o setorsecundário e o terciário no mundo atual. (p. 167)

Capítulo 15 Indústria II: odesenvolvimentoindustrial dos países

1. Objetivos

Continuando a análise da industrialização, apresen-tamos neste capítulo as condições que permitiram a di-ferenciação tecnológica dos países e a formação do Grupodos Sete ou G-7. Para descrevermos a indústria nos gru-pos de países, retomamos a história de sua formação ter-ritorial e os fatores responsáveis pelo desenvolvimentoindustrial.

Ao final do capítulo, os alunos deverão ser capazes de:

• compreender o processo histórico que levou osEstados Unidos a se tornar, de país colonizado, amaior potência industrial do século XX, analisan-do o seu crescimento durante as guerras mundi-ais e a situação atual de concorrência com outrassuperpotências;

• detectar historicamente a distribuição espacial dasindústrias estadunidenses, inicialmente no manu-facturing belt, e a redistribuição a partir do pro-cesso de globalização;

• analisar a industrialização do Japão, começandocom as condições que deram início ao processode modernização desse país, passando pela abor-dagem da estrutura de produção e da formaçãode grupos empresariais e sua participação nasguerras mundiais;

• apontar os fatores que possibilitaram a rápidaexpansão industrial japonesa após as guerras,descrever as características de sua industrializa-ção e as inovações que se introduziram em seuprocesso produtivo;

• definir o papel do Japão no mundo de hoje eanalisar a distribuição geográfica de suas indús-trias;

• caracterizar a industrialização do Canadá e a dis-tribuição geográfica de suas indústrias;

• analisar o fortalecimento do parque industrialeuropeu a partir da União Européia;

• discutir o contexto histórico da industrializa-ção da Alemanha, a reestruturação que sofreu de-pois da Segunda Guerra Mundial e localizar suasáreas industriais;

• analisar as condições que levaram a Inglaterra ase tornar a maior potência industrial e imperialno século XIX e início do XX, sua situação atual ea localização de suas indústrias;

• analisar os processos de crescimento industrial fran-cês e italiano e a localização de suas indústrias;

• entender o crescimento industrial da Rússia nomodo de produção socialista, o desmantelamen-to de sua economia, sua situação atual e as prin-cipais regiões industriais;

• diferenciar os países subdesenvolvidos quanto aosprocessos de industrialização.

2. Conceitos e temas desenvolvidos

Grupo dos Sete ou G-7, G-8; prática expansionis-ta; indústria bélica; indústria civil; manufacturing belt;zaibatsu; Silicon Valley, Silicon Prairie, Silicon Beach,Eletronic Highway, just in time; bolha especulativa; ati-vos; complexos industriais; trustes; cartéis; monopólios;oligopólios; novos países industrializados ou de indus-trialização tardia; indústrias montadoras; Zonas Eco-nômicas Especiais (ZEE).

3. Encaminhamento das atividades e resoluçãodos exercícios

Avalie seu aprendizado (p. 185)

Fixando o conteúdo

1. É um grupo formado pelas sete maiores potências in-dustriais do mundo, composto pela Alemanha, ReinoUnido, Itália, França, Canadá, EUA e Japão.

2. Abundância de recursos naturais; prática imperialistae expansionista; participação do governo na ocupaçãoe expansão territorial, doando terras (Homestead Act,1862) e impulsionando a marcha para o oeste; desen-volvimento dos transportes; acúmulo de capitais; pro-gresso tecnológico.

3. O Japão já é uma potência aeroespacial e sua tecnolo-gia concorre com a dos EUA. É o eixo de uma impor-tante zona de prosperidade econômica, que inclui osTigres Asiáticos e os Novos Tigres. Ocupa o primeirolugar mundial em diversos setores industriais. Contacom 62 das duzentas maiores empresas transnacionais(dez das dezoito maiores são japonesas) e doze dos vintemaiores bancos.

4. Tradição industrial, presença de jazidas de carvão mi-neral e de ferro, e navegabilidade do Rio Reno.

5. A Inglaterra se envolveu nas duas guerras mundiais.Perdeu sua hegemonia mundial para os EUA e, a par-tir da década de 1960, para o Japão, a Alemanha, a Françae a Itália.

6. A Inglaterra, a Escócia e o País de Gales compõem ailha da Grã-Bretanha. O Reino Unido é formado pelaInglaterra, Escócia, País de Gales e Irlanda do Norteou Ulster. O Reino Unido e a República da Irlanda ouEire compõem as Ilhas Britânicas.

7. Na Federação Russa o capital internacional não inves-tiu na compra e modernização das indústrias e empre-sas estatais. Muitas delas viraram sucata ou tiveramde fechar as portas. O fim do Comecom (mercado co-mum do bloco socialista) agravou ainda mais a situa-ção, pois as matérias-primas e produtos industrializa-dos deixaram de ser comercializados entre os antigosparceiros comerciais.

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8. Zonas Econômicas Especiais (ZEE) são zonas francas,abertas à economia internacional e aos investimentosestrangeiros, onde as empresas e indústrias se bene-ficiam de taxas alfandegárias e fiscalização reduzidasou nulas, e realizam a terceirização industrial (em ge-ral montagem de produtos). Todas essas reformas (eco-nomia socialista de mercado) e o processo de reestru-turação econômica e de modernização dos setoreseconômicos propiciaram à China um crescimento médiosuperior a 10% ao ano a partir de 1978.

Complementação e orientação didática

Sugerimos o texto abaixo para que o(a) professor(a)possa aprofundar a discussão sobre a situação da mão-de-obra empregada na indústria e a relação entre a in-dústria e o meio ambiente.

“Um mundo globalizante também permitiu quegrandes corporações buscassem além-fronteirasuma mão-de-obra mais barata — chegando a pa-gar poucos centavos por hora. Zonas de processa-mento de exportação (ZPEs) — áreas industriais mi-nimamente regulamentadas que produzem benspara o comércio global — vêm multiplicando-se aolongo das últimas três décadas, em resposta à de-manda por mão-de-obra barata e ao desejo de in-crementar exportações. Das 79 ZPEs em 25 paísesem 1975, houve um aumento para cerca de 3.000em 116 nações em 2002, com as zonas empregan-do cerca de 43 milhões de trabalhadores na mon-tagem de tênis, brinquedos, vestuário e outros benspor muito menos do que custariam nos países in-dustrializados. As zonas aumentam a disponibili-dade de mercadorias baratas para consumidoresglobais, porém são freqüentemente criticadas porabusos em direitos trabalhistas e humanos.

Enquanto isso, inovações tecnológicas detodos os tipos aumentaram a eficiência industrial,elevando a capacidade das pessoas e das máqui-nas na extração dos recursos. Hoje, frotas de ‘su-pertraineiras’, por exemplo, podem processar cen-tenas de toneladas de peixe por dia. São responsá-veis, em parte, por declínios da ordem de 80% so-fridos por comunidades de peixes oceânicos nos15 anos desde o início da exploração comercial. Osequipamentos de minas também são mais muscu-losos: nos Estados Unidos, as mineradoras hojededicam-se à ‘remoção de cumes’, que pode redu-zir a altura de uma montanha em dezenas de me-tros. Além disso, a capacidade dos caminhões oc-tuplicou, aumentando de 32 para 240 toneladas entre1960 e início dos anos 90. E a produção por minei-ro americano mais que triplicou no mesmo perío-do. Finalmente, serrarias de cavaco — instalaçõesque lascam árvores inteiras em cavacos para pa-pel e compensados — podem transformar mais de100 cargas de árvores em cavacos diariamente. Essesavanços da capacidade humana em explorar imensasáreas de recursos naturais, e a custo baixo, aju-dam a suprir os mercados com produtos baratos —um estímulo a maior consumo.”

Worldwatch Institute, Estado do mundo 2004.Salvador, Uma Ed., 2004. p. 14.

Em pauta: vestibulares e Enem (p. 440)1. b 2. b 3. b 4. e 5. a

4. Sugestões de questões para avaliação

• Explique os fatores responsáveis pela desacele-ração da economia dos EUA desde a década de1970. (p. 172)

• O que é o manufacturing belt? (p. 172)• Cite três localizações espaciais das indústrias atu-

almente nos EUA. (p. 172)• Explique três fatores essenciais à rápida expan-

são industrial japonesa, após 1960. (p. 173-174)• Cite três características da industrialização japo-

nesa. (p. 173-174)• Cite exemplos de produtos industrializados japo-

neses e dê sua posição no cenário mundial. (p. 174)• Explique o que é bolha especulativa. (p. 175)• Cite três áreas industriais importantes no Japão.

(p. 175)• Aponte três fatores que possibilitaram a indus-

trialização canadense. (p. 175-176)• Quais são as principais indústrias canadenses? (p.

176)• Cite duas dificuldades que teve a Alemanha para

reorganizar sua indústria após a Segunda Guer-ra Mundial. (p. 177)

• Fale sobre a modernização do parque industrialalemão e a dispersão atual das indústrias. (p. 178)

• Fale sobre a localização das indústrias inglesasna Primeira e Segunda Revolução Industrial. (p.179)

• Cite três fatores que contribuíram para a moder-nização da indústria francesa. (p. 180)

• Fale sobre a industrialização dos países de indus-trialização tardia. (p. 183)

Capítulo 16 Fontes de energia, utilizaçãoe impactos ambientais

1. Objetivos

Neste capítulo passamos a estudar o panorama ener-gético mundial, começando com a classificação das fon-tes de energia e passando à análise das desigualdadesmundiais no consumo de energia, para em seguida traba-lhar individualmente com cada fonte, abordar a geraçãodas energias elétrica e nuclear, e finalmente fazer a dis-cussão das fontes alternativas.

Ao final desse estudo, os alunos deverão estar ap-tos a:

• analisar a evolução das fontes de energia;• caracterizar energia e as fontes de energia mo-

dernas;• relacionar as fontes de energia usadas com o grau

de desenvolvimento tecnológico das sociedades;• comparar os tipos de energia;• classificar as fontes de energia;• conhecer as desigualdades mundiais no consumo

e produção de energia;

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• conhecer as principais fontes de energia moderna;

• reconhecer o processo de formação, os principaistipos de carvão e a sua importância histórica comofonte de energia;

• reconhecer a origem e formação do petróleo, suaextração, refino, aproveitamento, derivados, utili-dades e a importância econômica e estratégica;

• identificar os países produtores de petróleo;

• entender o contexto de criação da Opep e como acrise do petróleo repercutiu nos diferentes gru-pos de países;

• analisar as desvantagens do uso do petróleo;

• explicar a localização das usinas termoelétricas ereconhecer suas vantagens e desvantagens;

• entender o emprego da tecnologia, do processode fissão para a utilização da energia nuclear e ofuncionamento de uma usina nuclear;

• identificar a produção mundial de energia nucle-ar e os impactos dessa fonte de energia sobre omeio ambiente;

• classificar as fontes de energia alternativas e re-conhecer a importância de seu desenvolvimentoe utilização.

2. Conceitos e temas desenvolvidos

Fontes de energia (primária, renovável, não-re-novável, antiga ou arcaica, alternativa, moderna); car-vão mineral; hulha; turfa; linhito; antracito; petróleo;termoelétrica; energia; Opep; choque do petróleo; usi-na termoelétrica; hidroeletricidade; enriquecimento deurânio; unidades de medida de energia; energia nucle-ar; fissão nuclear; usina nuclear; energia geotérmica;energia solar; energia eólica; energia dos oceanos; ener-gia da biomassa.

3. Encaminhamento das atividades e resoluçãodos exercícios

Avalie seu aprendizado (p.196-197)

Construindo conhecimento

1. Podem ser aproveitados óleos vegetais (mamona, den-dê, babaçu), o esterco, a lenha, a mandioca, os açúca-res, os amidos, a celulose.

2. Os países centrais optam pela utilização de energia não-renovável em função dos interesses das grandes cor-porações do petróleo e das empresas automobilísticas.Além disso, não querem depender dos países tropicaispara o fornecimento de energia renovável. Dessa for-ma, inibem o desenvolvimento do programa de ener-gia alternativa no Brasil.

3. Redução do efeito estufa e da chuva ácida, substituindoo carvão mineral (que é poluente) pelo carvão vegetal ouo petróleo por outras alternativas limpas e renováveis.

4. a) Professor(a): a conclusão dos alunos deve ser a deque, por serem renováveis, todas essas fontes po-dem virar alternativas de plantio de grande interesse,como é o caso da cana.

b) Professor(a): os alunos devem chegar à conclusãode que a participação do Estado é essencial, defi-nindo políticas agrícolas, fornecendo infra-estruturapara o agricultor e incentivando o desenvolvimen-to tecnológico e pesquisas que adaptem o plantio,respeitando as condições climáticas locais e as tra-dições de cultivo regionais.

Fixando o conteúdo

5. Alternativa c: modernas, alternativas, não-renováveise renováveis.

6. Vantagens: ocorre sob a forma líquida, sendo porisso mais fácil de extrair e transportar; tem aplica-ções diversificadas; possui maior poder caloríficoque o carvão. Desvantagens: é um recurso não-re-novável, com estoque escasso; lança componentesquímicos tóxicos na atmosfera; causa danos à saú-de e ameaça o clima global e os ecossistemas; estásujeito a derramamentos que poluem o meio ambi-ente; seu controle se tornou uma questão estratégi-ca militar.

7. Apesar da crescente utilização da energia nuclear e deoutras formas de energia, a verdade é que o mundoainda se acha muito dependente do petróleo. Em sín-tese, pode-se dizer que:

• a distribuição mundial das jazidas e da produçãode petróleo é muito irregular;

• o petróleo é um recurso não-renovável, cujo esgota-mento deverá ocorrer dentro de poucas décadas. Vera seção Complementação e orientação didática.

8. Data de criação: 1960. Países-membros: Arábia Sau-dita, Irã, Iraque, Kuwait, Venezuela, Catar, Indoné-sia, Líbia, Emirados Árabes Unidos, Argélia, Nigé-ria. Objetivos: administra a atividade petroleira, con-trola os preços e o volume da produção. Força polí-tica: é uma arma contra o poder dos cartéis do pe-tróleo, podendo reduzir o fornecimento e elevar ospreços.

9. Usinas hidroelétricas — recurso utilizado na produção:água, renovável, com custo zero; danos ao meio ambi-ente: desflorestamentos, inundações, diminuição depeixes; disponibilidade: são poucos os países que dis-põem de condições naturais favoráveis ao aproveita-mento da hidroeletricidade em larga escala.Usinas termoelétricas — recursos utilizados na produ-ção: carvão e petróleo, não-renováveis; danos: o usodo carvão provoca intensa poluição do ar, chuva áci-da, emissão de dióxido de carbono, erosão e desbar-rancamentos, e o do petróleo, além da poluição do ar,danos à saúde e ameaça ao clima global e aos ecossis-temas; disponibilidade: cerca de 97% das jazidas car-boníferas encontram-se no hemisfério Norte.

10. Acidentes nucleares e dificuldades no descarte dosresíduos nucleares (lixo nuclear), risco de contamina-ção do meio ambiente e conseqüentes danos à saúde.

Complementação e orientação didática

Para a questão 7, o(a) professor(a) poderá proporaos grupos a discussão sobre o tema: as soluções para aescassez de combustíveis no mundo e para a crise ener-gética no Brasil. Apresentamos um texto de apoio:

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“Shell busca alternativas ao petróleoA maior companhia petrolífera do mundo está

seriamente interessada em energia ‘verde’ e re-novável. A surpreendente decisão da Shell de in-vestir centenas de milhões de dólares em energiasolar provavelmente não é um mero esforço derelações públicas, mas se deve ao fato de reco-nhecer que as jazidas de petróleo têm dia marca-do para acabar.

Segundo a previsão com a qual a Shell traba-lha, até o ano 2050 metade da energia usada no mundovirá de fontes renováveis como luz solar, vento, bio-massa e água corrente, em oposição às fontes usa-das hoje: petróleo, gás, carvão mineral e nuclear.

O grupo anglo-holandês disse que vai investircerca de US$ 500 milhões nos próximos cinco anospara expandir sua capacidade de produção decélulas solares e para plantar árvores a seremqueimadas em usinas elétricas. É uma mudançade enfoque que os ambientalistas vêm pedindo hámuito tempo.”

SCHOON, Nicholas. Folha de S.Paulo,18 out. 1997. Caderno 1, p. 12.

Em pauta: vestibulares e Enem (p. 441)1. a 2. e 3. c 4. b 5. d 6. c 7. d

4. Sugestões de questões para avaliação

• Cite exemplos de fontes de energia modernas. (p.186)

• Relacione as fontes de energia usadas com o graude desenvolvimento tecnológico das sociedades,expondo os fatores necessários para que uma so-ciedade possa se utilizar de uma determinada fontede energia. (p. 186)

• Diferencie a Primeira e a Segunda Revolução In-dustrial quanto à energia utilizada. (p.186-187)

• Explique a origem do carvão mineral. (p. 187)

• Descreva os estágios ou tipos de carvão mineral,de acordo com o teor calorífico. (p. 187)

• Cite três importantes áreas produtoras de carvãono mundo. (p. 188)

• Explique o processo de formação do petróleo. (p. 189)

• Explique a localização predominante das usinastermoelétricas convencionais. (p. 191)

• Quais as vantagens e desvantagens da utilizaçãode usinas termoelétricas? (p. 191)

• Quais são as condições para a implantação de umausina hidroelétrica? Que países dispõem dessascondições? (p. 191)

• Qual o principal mineral radioativo utilizado naenergia nuclear? Explique o processo necessáriopara sua utilização. (p. 192-193)

• Explique o processo de fissão nuclear. (p. 193)

• Onde se concentram as usinas nucleares? (p. 193)

• Cite dois exemplos de energia alternativa e aspossibilidades de seu uso. (p. 194-195)

Capítulo 17 Geopolítica, agropecuáriae ecologia

1. Objetivos

Outro espaço de manifestação da globalização e dapresença da revolução tecnológica é o meio rural, onde sur-giram novas formas de utilização da terra, expressas na inte-gração entre os setores agropecuário e industrial, na bio-tecnologia e em outros ramos de domínio técnico, contri-buindo para uma nova organização do espaço rural.

A partir do estudo deste capítulo, esperamos que osalunos sejam capazes de:

• diferenciar os tipos de agricultura;• conceituar revolução verde;• compreender a integração entre os setores agro-

pecuário e industrial;• constatar as mudanças na agricultura num mundo

tecnológico e globalizado e suas conseqüências;• identificar as novas tecnologias aplicadas na

agropecuária (biotecnologia, engenharia genéti-ca, zootecnia);

• caracterizar a bioindústria;• discutir as vantagens e desvantagens da transge-

nia;• reconhecer os principais sistemas ou modos de

produção agrícolas;• diferenciar a agropecuária extensiva da intensiva;• conceituar agricultura de subsistência, itinerante

e de roça;• caracterizar a agricultura de jardinagem e de plan-

tation;• localizar as áreas agrícolas do mundo;• caracterizar as agriculturas asiática, africana e

americana;• situar a agricultura dos Estados Unidos e a euro-

péia no contexto agrícola mundial;• reconhecer as mudanças da agricultura em dois

países em transição: Rússia e China;• relacionar geopolítica, ecologia e agricultura;• discutir a relação entre agricultura e alimentação;• relacionar conflitos e agricultura;• discutir a relação entre a agricultura, a ecologia e

o desenvolvimento sustentável.

2. Conceitos e temas desenvolvidos

Agricultura arcaica; agricultura moderna; agricultu-ra contemporânea; Revolução Verde; produção agrícola;produtividade agrícola; indústria da agricultura ou agro-indústria; indústria para a agricultura; complexo agroin-dustrial; biotecnologia; engenharia genética; zootecnia;bioindústria; organismo transgênico; transgenia; sistemasou modos de produção agrícolas; agropecuária extensiva;agropecuária intensiva; sistema agrícola; agricultura de sub-sistência; agricultura itinerante; agricultura de roça; quei-mada; agricultura de jardinagem; criação nômade ou pas-toreio; terraceamento; curvas de nível; agricultura de plan-tation; commodities; cinturões agrícolas (belts, wheat belt,cotton belt, corn belt, ranching belt, green belt); monocul-tura; rotação de cultura; kolkhozes; sovkhozes; comunaspopulares; fome; reforma agrária; reservatório genético;agricultura biológica ou orgânica.

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3. Encaminhamento das atividades e resoluçãodos exercícios

Avalie seu aprendizado (p. 209-210)

Construindo conhecimento

1. Resposta esperada: As soluções que podem limitar asalterações dos solos envolvem uma ação política go-vernamental ou de organismos financeiros internacio-nais, como o Banco Mundial, regulando a utilização dossolos. É também uma questão econômica, pois envolverecursos financeiros para executar essas políticas.

2. Na medida em que se tornam uma questão cultural,torna-se necessário um programa de reeducação e in-centivo a novas práticas agrícolas que conservem a fer-tilidade dos solos.

3. Resposta esperada: Aplicações excessivas de fertili-zantes e de pesticidas passaram a não significar au-mento da produtividade, além de poluir o solo, as águas,os rios e o ar, contaminar alimentos, provocar enve-nenamentos e colocar em risco a saúde da população.A solução está na busca de formas de cultivo alterna-tivas, que não comprometam a qualidade dos solos.

Fixando o conteúdo

4. A modernização da agricultura acarreta o encarecimentogeral da produção (máquinas, adubos etc.), acarreta odesemprego ou o trabalho temporário (bóias-frias, porexemplo), sem garantias trabalhistas. O pequeno pro-dutor não tem condições de se modernizar nem de con-correr com os grandes produtores.

5. Provocam a falta de alimentos, o êxodo rural, o aumentodo número de trabalhadores rurais sem terra, os con-flitos por terra e o aumento da população das cidades,com suas conseqüências.

6. a) Resposta pessoal.b) Resposta pessoal. Ver seção Complementação e ori-

entação didática.7. A agropecuária extensiva é praticada em grandes áreas

(a terra é o fator decisivo) com pouco capital e geral-mente utilizando mão-de-obra reduzida ou pouco es-pecializada. A agropecuária intensiva utiliza grande me-canização e mão-de-obra qualificada (predomínio docapital).

8. a) Agricultura itinerante.b) Agricultura de jardinagem.c) Plantation.

9. O sistema de cultivo em cinturões agrícolas ou belts éutilizado nos EUA e se caracteriza pela produção espe-cializada em extensas áreas do território, destinadas aocultivo de um produto principal (monocultura).

10. a) Europa.b) Países subdesenvolvidos não-industrializados.c) Rússia e China.

11. a) Fatores naturais como relevo (altas montanhas) eclima (desértico ou polar) impõem limitações paraa agropecuária.

b) Na América do Sul, na África e na Ásia.c) Porque as terras estão mal distribuídas. A maior

parte da produção destina-se ao mercado externoe o poder aquisitivo da população é muito baixo.

12. a) Não, a fome continua a ser um problema mundial.

b) A capacidade de produção de alimentos tem cres-cido mais que a capacidade de absorvê-los, mos-trando que a fome é um problema político e eco-nômico.

c) Resposta pessoal. Professor(a), medidas como mai-or eqüidade social, distribuição mais justa da renda,fixação da população rural no campo, melhor orga-nização da produção agrícola e do seu destino po-dem combater a pobreza e conseqüentemente a fome.

Complementação e orientação didática

Professor(a), na questão 6a, pedir aos alunos quereleiam o item “Transgênicos” (p. 200) para terem argu-mentos na discussão sobre seus benefícios ou problemas.Os alunos deverão enfocar a importância da agriculturabiológica ou orgânica.

Em pauta: vestibulares e Enem (p. 442)1. a 2. b 3. a 4. a 5. d6. a) Os ecossistemas aquáticos podem ser comprometi-

dos por práticas agrícolas não conservacionistas,cujas principais conseqüências são: poluição daságuas por agrotóxicos; comprometimento de ma-nanciais; redução do nível freático; assoreamentodos rios; erosão das margens etc.

b) Tais práticas podem comprometer a qualidade e re-duzir o produto da pesca, ao contaminar o ecossis-tema (cadeia alimentar) e diminuir os nutrientes pelaturbidez da água.

7. c

4. Sugestões de questões para avaliação

• Cite duas características de cada um dos tipos deagricultura: arcaica, moderna e contemporânea.(p. 198)

• Caracterize o período agrícola conhecido comoRevolução Verde. (p. 198)

• Diferencie produção agrícola de produtividade.(p. 199)

• Diferencie as indústrias da agricultura das indús-trias para a agricultura. (p. 199)

• O que são complexos agroindustriais? (p. 199)• Cite duas mudanças por que tem passado a agri-

cultura recentemente. (p. 199)• Cite duas novas tecnologias aplicadas na agrope-

cuária. (p. 199)• O que é bioindústria? (p. 199)• O que é transgenia e quais são suas vantagens

econômicas e científicas? (p. 200)• O que é agricultura de subsistência? (p. 201)• Explique a técnica de terraceamento da agricul-

tura da jardinagem. (p. 202)• Cite três exemplos de sistemas de plantations e

os países que os praticam. (p. 202)• Caracterize a agricultura atual dos EUA. (p. 204)• Que reformas econômicas foram aplicadas à agri-

cultura chinesa a partir de 1984? (p. 206)• Quais as condições necessárias para a prática de

uma agricultura biológica ou orgânica? (p. 209)

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UNIDADE

VO COMÉRCIO,

AS COMUNICAÇÕES E OSTRANSPORTES NO MUNDO

Na Unidade V, tratamos das modificações ocorridas a partir dos novos fluxos de informação nas comu-nicações, no comércio e na circulação de mercadorias e pessoas. Optamos pelo estudo integrado dessas trêsatividades, que apresentaram simultaneamente um grande desenvolvimento e estão bastante interligadas.

No capítulo 18 abordamos questões sobre a globalização do comércio e do sistema financeiro esuas conseqüências. No capítulo 19 continuamos a enfocar a globalização para entender a importânciadas tecnologias contemporâneas aplicadas à comunicação, à informação, aos transportes e ao turismodo mundo atual.

Capítulo 18 A globalização e ocomércio mundial

1. Objetivos

Neste capítulo descrevemos o papel das moedas edas alianças e acordos comerciais na expansão do comér-cio e a multiplicação das organizações após as guerrasmundiais. Enfocamos o papel das políticas de emprésti-mos internacionais e o relacionamos com o endividamen-to crescente dos países subdesenvolvidos.

Procuramos, com este capítulo, oferecer as condi-ções para que os alunos possam:

• conhecer a evolução do sistema monetário inter-nacional e suas fases;

• perceber o processo pelo qual o comércio inter-nacional tem sido dominado pelos países centrais;

• diferenciar os produtos comercializados pelosgrupos de países e identificar os principais cen-tros comerciais da atualidade e as organizaçõeseconômicas;

• constatar a estreita ligação entre o comércio, oprocesso de globalização e o papel do capital nomercado financeiro, reforçando o jogo especula-tivo;

• diferenciar capital produtivo de capital especula-tivo e os efeitos que estes últimos podem causarna economia;

• comparar os mercados emergentes com os ma-duros;

• compreender o papel das inovações tecnológicasna esfera da produção de bens e serviços, possi-bilitando a mundialização do mercado financeiroe do consumo, criando novos meios de comuni-cação e o comércio virtual;

• conhecer os imperativos do comércio de tecnolo-gias e sua distribuição geográfica.

2. Conceitos e temas desenvolvidos

Comércio; comércio externo; paridade cambial;poder aquisitivo; Fundo Monetário Internacional (FMI);Banco Internacional de Reconstrução e Desenvolvimento(Bird); Banco Mundial; Conferência de Bretton Woods;Organização Mundial do Comércio (OMC); Acordo Ge-ral de Tarifas e Comércio (Gatt); sistema monetário in-

ternacional (padrão-ouro, padrão dólar-ouro, câmbioflutuante); Rodada do Milênio; Rodada do Desenvolvi-mento; Conferência das Nações Unidas para o Comér-cio e o Desenvolvimento (Unctad); Organização paraCooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE);produtos primários; capital financeiro (produtivo e es-peculativo ou volátil ou de curto prazo); comércio real;mercado de divisas; fuga de dólares; ataque especulati-vo; cibereconomia; internet; economia virtual; empre-sas virtuais (pontocom).

3. Encaminhamento das atividades e resoluçãodos exercícios

Avalie seu aprendizado (p. 218-220)

Construindo conhecimento

1. Apesar do notável crescimento do consumo em muitospaíses, mais de um bilhão de pessoas não conseguesatisfazer suas necessidades básicas. As pessoas maisricas (um quinto da população mundial) consomem 58%da energia total, enquanto as mais pobres consomemmenos de 4%; as pessoas mais ricas possuem 74% dototal de linhas telefônicas, enquanto as mais pobres sótêm 1,5%; as pessoas mais ricas estão com 87% dosveículos existentes, enquanto os mais pobres têm me-nos de 1%.Embora o desmatamento se concentre nos países emdesenvolvimento, mais da metade da madeira e quasetrês quartos do papel dela resultante são utilizadosnos países industrializados. Um quinto da popula-ção mundial, que vive em países de renda mais ele-vada, é responsável por 53% das emissões de dióxi-do de carbono que conduzem ao aumento do aque-cimento da atmosfera do planeta. O quinto da po-pulação mais pobre contribui só com 3%, mas vivenas comunidades mais vulneráveis às inundações cos-teiras.

2. a) e b) Respostas pessoais. Ver a seção Complementa-ção e orientação didática.

3. a) e b) Respostas pessoais. Ver a seção Complementa-ção e orientação didática.

4. Resposta pessoal. Atitudes que podem ser citadas:medidas para diminuir o uso de produtos que utilizamrecursos não-renováveis; utilizar a reciclagem e o rea-proveitamento de produtos. Ver a seção Complemen-tação e orientação didática.

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Fixando o conteúdo

5. Apesar de os organismos internacionais terem comoobjetivo promover o desenvolvimento econômico, oque tem ocorrido é a manutenção de políticas pro-tecionistas e de um comércio desfavorável para ospaíses mais pobres. Além disso, os financiamentosconcedidos por esses organismos só têm contribuí-do para o endividamento crescente dos países sub-desenvolvidos.

6. a) Os países desenvolvidos, principalmente EUA, Ale-manha, Japão, França dominam o mercado inter-nacional. Eles produzem e comercializam bens in-dustrializados e desenvolvem pesquisa de produtose serviços de alta tecnologia. Os mercados emer-gentes exportam produtos industrializados que de-mandam baixa tecnologia e importam tecnologia deponta. As economias periféricas produzem e comer-cializam alimentos e matérias-primas.

b) China, Coréia do Sul, Cingapura, Taiwan e México.São países de industrialização recente, que apresen-taram crescimento e diversificação na produção demanufaturados e aumento nas exportações.

c) EUA: �357.332; Alemanha: 68.919; Japão: 107.611;França: 10.236; Reino Unido: �49.704; Canadá:23.631; Itália: 13.643; Países Baixos: 12.761; China:29.362; Bélgica: 15.370; Coréia do Sul: 11.787;Cingapura: 3.330; México: �5.358; Taiwan: 10.901;Espanha: �34.472.

d) Os EUA e o Reino Unido apresentam os maiores dé-ficits e o Japão e a Alemanha os maiores superávits.

7. Globalização; políticas neoliberais; desregulamentação;privatizações de empresas estatais que se transforma-ram em monopólios privados; abertura da economiapara a expansão e ação das megaempresas; explosãodo fluxo internacional de capitais.

8. Resposta pessoal. Ver seção Complementação e orien-tação didática.

9. O capital produtivo é um investimento direto de lon-go prazo aplicado na instalação de unidades produ-tivas, na compra de equipamentos, em investimen-tos imobiliários, na fabricação de produtos, na mi-neração, entre outras coisas. O capital especulativo,volátil ou de curto prazo obtém lucro a partir da com-pra e da venda de moedas e da variação de seus va-lores. Movimenta-se rapidamente em busca de mer-cados que ofereçam segurança e grande rentabilida-de (juros altos e baixos riscos). Os investimentos pro-dutivos podem participar da modernização e da mon-tagem da infra-estrutura de um país. Já as aplicaçõesdo capital especulativo podem provocar pânico e gerarcrises econômicas que repercutem mundialmente,pois, ao menor sinal de instabilidade, podem ser trans-feridos de um lugar para outro, mudando o valor demoedas, papéis e ações.

10. O desenvolvimento científico e tecnológico possibi-litou grande rapidez, barateamento e confiabilidadeno tráfego de informações, concretizando a mundi-alização do mercado financeiro e comercial, bem comoa uniformização dos costumes e dos padrões de con-sumo. Possibilita a utilização do “dinheiro eletrôni-co” e dos mercados computadorizados.

11. a) Computadores, telefones celulares, impressoras etelevisores produzidos e descartados na Américado Norte viajam centenas de quilômetros e che-gam aos lixões da China.

b) Resposta pessoal. Professor(a), os alunos deverãoperceber que o consumo, apesar de necessário nomundo atual, pode gerar danos ambientais irre-versíveis. Desta forma, tanto consumidores comoprodutores e legisladores têm de atuar no sentidoda manutenção e melhoria da qualidade de vida,com limites ao consumo desenfreado e com o mí-nimo de dano ambiental.

Complementação e orientação didática

Para as questões 2a e 2b do Avalie seu aprendizado,mostrar o papel da mídia e da propaganda criando umaansiedade por consumo. A indústria da informação é umpoderoso instrumento, muitas vezes dirigindo a opiniãopública e inculcando nas pessoas a importância apenasde ter, comprar e consumir. O(A) professor(a) poderá pe-dir aos alunos um levantamento de propagandas que in-duzem ao consumo por meio da desvalorização de quemnão possui determinado produto.

Para a questão 3b, rever o texto do relatório: “Osgastos domésticos no consumo de supérfluos podemnão deixar lugar ao consumo de bens essenciais comoa alimentação, a educação, a saúde, os cuidados pres-tados às crianças e um plano de poupança que assegu-re o futuro”.

Para a questão 4, o Relatório do desenvolvimentohumano 1997 propõe medidas para assegurar um ní-vel adequado de consumo para todos: apoiar inovaçõestecnológicas que permitam aos países em desenvolvi-mento ultrapassar os processos industriais poluentes,atingindo padrões de consumo mais sustentáveis; me-lhorar a consciência pública relativa aos efeitos dos pa-drões atuais de consumo; estabelecer e aplicar políti-cas adequadas.

Professor(a), para a questão 8, em relação às políti-cas que ajudariam a solucionar os problemas citados, in-centivar a discussão das políticas internas de desenvolvi-mento (principalmente de incentivo à educação), a gera-ção de poupança interna e a atuação do Estado com maisfirmeza na supervisão bancária, como fatores que podemamenizar as desigualdades.

Em pauta: vestibulares e Enem (p. 444)1. b 2. c3. a) O predomínio na internet constitui um meio de con-

solidar a hegemonia mundial dos Estados Unidostambém nesse setor, pois dá a esse país condiçõesde dominar a tecnologia e de estabelecer regraspara o comércio eletrônico, possibilitando a ex-pansão da cultura e dos produtos estadunidensesvendidos on-line.

b) Com a criação do tecnopólo do Vale do Silício, ocorreuma revolução da microeletrônica: o uso dos com-putadores pessoais (PCs) se populariza, abrindocaminho para a criação e a expansão da internet.

4. e

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4. Sugestões de questões para avaliação

• O que é comércio? Qual a necessidade do comér-cio externo atualmente? (p. 212)

• Quais são os objetivos da Organização Mundialdo Comércio (OMC)? (p. 212-213)

• Qual o papel desempenhado no comércio inter-nacional pelos países subdesenvolvidos de indus-trialização recente nos últimos vinte anos? (p. 215)

• Qual o papel das megacorporações privadas nocomércio mundial? (p. 215)

• Quais são os principais investimentos atuais docapital produtivo? (p. 216)

• O que é o comércio real, e por que já não é a me-lhor forma de investimento? (p. 216)

• Explique o que é mercado de divisas. (p. 217)

• Qual a importância da internet para a criação docomércio virtual e de uma cibereconomia? (p. 217)

• Comprove por meio de dois exemplos a fragilida-de dos países em desenvolvimento no mercado decapitais. (p. 217)

Capítulo 19 Comunicações, transportese turismo no mundo

1. Objetivos

Neste capítulo, os temas indicados no título sãotratados com o objetivo central de oferecer as bases paraque os alunos sejam capazes de analisar o papel das co-municações, dos transportes e do turismo no século XXI,acelerando os contatos e possibilitando uma nova erade circulação de idéias, de cultura, de informações e detransporte de pessoas e de bens. Os alunos deverão tam-bém estar aptos a:

• identificar os meios de comunicação e seu papelno intercâmbio cultural;

• detectar os países que têm acesso às novas tec-nologias de comunicação e detêm o controle dasinformações e por quê;

• diferenciar meios de transporte e vias de circula-ção;

• compreender a evolução dos transportes e suaimportância no mundo atual;

• comparar as finalidades da construção de vias decirculação em países desenvolvidos (integradora)e em países subdesenvolvidos (subordinada e pe-riférica);

• analisar a concentração de meios de transporte evias de circulação no hemisfério norte;

• comparar os meios de transporte em termos desua eficiência;

• reconhecer a importância e as vantagens dostransportes fluviais, os principais rios navegá-veis no mundo e os fatores que permitem a na-vegação fluvial;

• reconhecer a importância do transporte ferroviá-rio na ocupação e na integração territorial, suasvantagens e a localização espacial das principaisredes ferroviárias do mundo;

• reconhecer os motivos da expansão das rodoviasno mundo;

• analisar problemas de transporte urbano;

• compreender a importância da aviação no mun-do atual;

• constatar a importância do turismo na economiamundial.

2. Conceitos e temas desenvolvidos

Meios de comunicação; comunicação global; teleco-municações; vias de circulação; meios de transporte (ter-restres, aquaviários ou hidroviários, aéreos); transportefluvial; transporte marítimo (internacional ou de longo cursoe costeiro ou de cabotagem); transporte ferroviário; trans-porte rodoviário; transporte aéreo; turismo; turismo eco-lógico ou ecoturismo; Organização Mundial de Turismo(OMT); turista.

3. Encaminhamento das atividades e resoluçãodos exercícios

Avalie seu aprendizado (p. 227-228)

Construindo conhecimento

1. a) A opção rodoviária atendia aos interesses da indústriaautomobilística e das grandes companhias de pe-tróleo mundiais, que visavam ao aumento da pro-dução e da venda de veículos motorizados movidosa gasolina e diesel.

b) Resposta pessoal. É importante que os alunos apon-tem para o fato de que o transporte rodoviário ofe-rece pequena capacidade de carga, requer maiorconsumo de combustível, depende do petróleo e temcusto mais elevado.

2. Os transportes hidroviário e ferroviário requerem me-nor consumo de combustível e possuem maior capaci-dade de carga que o rodoviário.

3. a) França (55%), Alemanha (53%) e Estados Unidos(50%).

b) No Japão, o transporte hidroviário representa 42%do total de cargas, o ferroviário 38% e o rodoviárioapenas 20%.

Fixando o conteúdo

4. Os alunos devem perceber que os novos meios de co-municação e de transporte (rádio, cinema, estrada deferro e de rodagem, automóvel, avião, televisor, telefo-ne, cabos de transmissão, satélites, computadores etc.)possibilitaram uma nova era de circulação de idéias,de cultura, de informações e de transporte de pessoase de bens. Essas descobertas e invenções tecnológicasmudaram radicalmente o modo de vida no mundo, ace-lerando ainda mais o contato entre lugares e povos domundo, alterando as características do comércio, dostransportes e dos serviços.

5. As duas maiores redes rodoviárias encontram-se nosEUA e na Índia; os países que possuem a maior exten-são ferroviária são os EUA e a Federação Russa; asmaiores frotas mercantes do mundo localizam-se noJapão e no Panamá.

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6. Nos países desenvolvidos predominam os meios de trans-porte de maior capacidade de carga e mais econômicos(ferroviário e hidroviário), ao passo que nos países maispobres predomina o transporte de pequena capacidadede carga e menos econômico (rodoviário).

7. a) Na África as ferrovias e rodovias concentram-seno litoral.

b) A distribuição das rodovias e ferrovias africanas é otestemunho da subordinação das colônias às metró-poles européias, que construíram a maioria dessasligações para o escoamento de matérias-primas ex-traídas no continente até os portos, de onde estaseram transportadas por navio à Europa.

8. Resposta pessoal.

Complementação e orientação didática

O(A) professor(a) poderá trabalhar a evolução dostransportes historicamente e seu papel no mundo atual.Do ponto de vista da Geografia: apontar as mudanças pro-vocadas na paisagem local pela construção de estradas(desmatamentos, aterros, cortes em barrancos), de túneis,de viadutos, do metrô. O(A) professor(a) poderá tambémcomparar tempos antigos e atuais e mostrar a influênciados modernos meios de locomoção no modo de vida e nocomportamento social.

Ao discutir o tema turismo, é possível destacar oturismo cultural para aprofundar com os alunos a ques-tão da preservação do patrimônio histórico mundial ebrasileiro. A seguir, trechos da Carta de Turismo Cultu-ral, documento produzido no Seminário Internacional deTurismo Contemporâneo e Humanismo, realizado em Bru-xelas (Bélgica), em 1976.

Carta de Turismo Cultural

“O turismo é um feito social, humano, eco-nômico e cultural irreversível. Sua influência nocampo dos monumentos e sítios é particularmenteimportante e só pode aumentar, dados os conheci-dos fatores de desenvolvimento de tal atividade.

[...]O turismo cultural é aquela forma de turismo

que tem por objetivo, entre outros fins, o conheci-mento de monumentos e sítios histórico-artísticos.Exerce um efeito realmente positivo sobre estes tantoquanto contribui — para satisfazer seus própriosfins — a sua manutenção e proteção. Essa forma deturismo justifica, de fato, os esforços que tal manu-tenção e proteção exigem da comunidade humana,devido aos benefícios socioculturais e econômicosque comporta para toda a população implicada.

Sem dúvida, qualquer que seja sua motiva-ção e os benefícios que possui, o turismo culturalnão pode estar desligado dos efeitos negativos, no-civos e destrutivos que acarreta o uso massivo edescontrolado dos monumentos e dos sítios. O res-peito a estes, ainda que se trate do desejo elemen-tar de mantê-los num estado de aparência que lhespermita desempenhar seu papel como elementosde atração turística e de educação cultural, leva con-sigo a definição, o desenvolvimento de regras quemantenham níveis aceitáveis. Em todo caso, comuma perspectiva de futuro, o respeito ao patrimô-nio mundial, cultural e natural é o que deve preva-

lecer sobre qualquer outra consideração, por mui-to justificada que esta se paute desde o ponto devista social, político ou econômico. Tal respeito sópode assegurar-se mediante uma política dirigidaà doação do equipamento necessário e à orienta-ção do movimento turístico, que tenha em contaas limitações de uso e de densidade que não po-dem ser ignoradas impunemente. Além do mais, épreciso condenar toda doação de equipamentosturísticos ou de serviços que entre em contradiçãocom a primordial preocupação que há de ser o res-peito devido ao patrimônio cultural existente.

PRIMO, Judite. Museologia e patrimônio: documentosfundamentais. Cadernos de Sociomuseologia, n. 15.

p. 153-156. Lisboa, ULHT, 1999.

Em pauta: vestibulares e Enem (p. 444)1. b2. b3. b4. a) Várias razões explicam o crescimento da “indústria”

do turismo: transportes cada vez mais eficientes erelativamente mais baratos, que encurtam distân-cias e viabilizam o deslocamento de grandes massasde turistas; maior competitividade entre as empre-sas do setor (hotéis, agências de viagem etc.), queoferecem “pacotes” vantajosos aos consumidores;importância crescente do tempo dedicado ao lazer,em especial nos países de renda mais elevada etc.

b) Algumas das conseqüências positivas do crescimen-to do turismo para os países receptores são: aumen-to do número de empregos, principalmente no setorde comércio e serviços; melhoria na balança de pa-gamentos, beneficiada pela injeção de divisas pro-venientes do exterior; melhoria da infra-estrutura;crescimento do intercâmbio cultural. Dentre as con-seqüências negativas podem-se citar: degradação am-biental de locais sujeitos a intenso consumo turísti-co; especulação imobiliária, que encarece terrenos eprédios nas áreas turísticas; proliferação de ativida-des ilegais (prostituição, tráfico de drogas); grandealteração da vida cotidiana dos moradores, que podeinclusive resultar em ameaça a culturas locais.

5. F – F – V – F

4. Sugestões de questões para avaliação

• O que são meios de comunicação e em qual séculoocorreu o seu maior desenvolvimento? (p. 221)

• Qual o papel dos trustes no mercado das comuni-cações? (p. 221)

• Diferencie vias de circulação e meios de transpor-tes. (p. 222)

• Cite dois fatores que permitem a navegação flu-vial. (p. 224)

• Explique os tipos de transporte marítimo. (p. 224)• Qual a importância do transporte ferroviário na

ocupação e integração territorial? (p. 224-225)• Explique por que entre 1940 e 1960 verificou-se

mundialmente certa estagnação e até mesmo odeclínio das ferrovias. (p. 224-225)

• Por que o transporte aéreo se tornou um sério con-corrente aos demais meios de transporte? (p. 226)

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UNIDADE

V IDINÂMICA POPULACIONAL EURBANIZAÇÃO NUM MUNDO

EM TRANSFORMAÇÃONa Unidade VI, os alunos compreenderão os conceitos demográficos fundamentais, as fases do ciclo

demográfico, a distribuição e o crescimento da população; analisarão a estrutura etária, por sexos e pro-fissional, da população e sua distribuição por setores de atividade; perceberão como a globalização eco-nômica modificou a estrutura populacional criando, também, novos fluxos populacionais; compararãoprocessos de urbanização mundial.

Capítulo 20 Conceitos demográficosfundamentais e distribuiçãoda população mundial

1. Objetivos

Precedendo o estudo da distribuição da populaçãomundial e brasileira, tratamos de conceitos demográficosfundamentais, como população absoluta, densidade de-mográfica ou população relativa, superpovoamento, taxade natalidade e de mortalidade e crescimento vegetativo,que são fundamentais para a compreensão dos demaistemas do capítulo.

A partir desse estudo os alunos deverão ser capa-zes de:

• fixar os conceitos demográficos fundamentais;• reconhecer a importância do recenseamento para

a análise e o planejamento socioeconômico de umpaís;

• identificar países populosos, pouco populosos,povoados e fracamente povoados;

• discriminar os critérios utilizados para conside-rar uma área superpovoada;

• discernir os fatores que explicam a distribuiçãodesigual da população nos territórios;

• analisar a distribuição geográfica da populaçãono mundo.

2. Conceitos e temas desenvolvidos

Recenseamento ou censo; população absoluta; paíspopuloso; país pouco populoso; densidade demográfica oupopulação relativa; país densamente povoado; país povoa-do; superpovoamento; taxa de natalidade; taxa de mortali-dade; taxa de mortalidade infantil; crescimento vegetativoou natural; crescimento zero; áreas ecúmenas; áreas ane-cúmenas; fatores que favorecem ou restringem a ocupa-ção humana dos territórios (físicos ou naturais, históricose socioeconômicos); distribuição geográfica da população.

3. Encaminhamento das atividades e resoluçãodos exercícios

Avalie seu aprendizado (p. 234-235)

Construindo conhecimento

1. Todos os continentes são visíveis na montagem feita apartir de imagens de satélite.

2. Nas áreas amarelas da imagem que são as luzes dascidades, lugares onde existe uma grande concentração

de população: toda a Europa Ocidental; os EstadosUnidos, principalmente em sua parte leste; o Japão; oleste da China; a Índia; o sul e o noroeste da África; oleste e o noroeste da América do Sul.

3. São as áreas escuras (sem luzes).Causas históricas/econômicas: áreas de agriculturamecanizada e pecuária extensiva (pradarias norte-ame-ricanas, campanha gaúcha e pampa argentino).Causas naturais: a Floresta Amazônica, os desertos(Saara, Atacama, Kalahari, Góbi), as áreas geladas dealtas latitudes (Groenlândia, Sibéria, norte da Américado Norte), as áreas de altas montanhas (Andes, Mon-tanhas Rochosas, Alpes).

4. As áreas em amarelo da imagem de satélite, por seremáreas urbanas, correspondem às áreas de maior densi-dade demográfica e as escuras correspondem às demenor densidade.

Fixando o conteúdo

5. O países mais populosos dos selecionados são os Esta-dos Unidos, o Japão e Bangladesh; os menos populo-sos são a Bélgica e Taiwan. Os mais povoados são Ban-gladesh e Taiwan, os menos povoados são a Austrália,a Arábia Saudita e os EUA.

País Densidade hab./km2

México 48,9

Estados Unidos 29,0

Bélgica 332,0

Taiwan 597,0

Japão 339,0

Bangladesh 845,5

Austrália 2,4

Arábia Saudita 8,9

6. Porque esse conhecimento permite traçar planos e es-tratégias governamentais e fornece instrumental teó-rico para que sejam tomadas medidas de ordem práti-ca, que variam em função de interesses políticos, eco-nômicos e sociais.

7. a) A densidade demográfica do país A é de 348,8 hab./km2; e a do país B é de 19,8 hab./km2.

b) A taxa de crescimento anual do país A é de 2,2 ‰ ou0,2% ao ano; do país B é de 13,7 ‰ ou 1,3% ao ano.

c) O país A é populoso e densamente povoado. O paísB é populoso mas fracamente povoado (baixa den-sidade demográfica).

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8. Não, um país pode ser densamente povoado sem ser po-puloso. Por exemplo, os Países Baixos, a Bélgica e Cinga-pura são densamente povoados, mas não são populosos.

9. Fatores que favorecem — abundância de água (os va-les e os deltas fluviais), fertilidade do solo, topografiaplana (planícies). Fatores que restringem — frio inten-so (regiões polares); aridez do solo (desertos); eleva-das altitudes e vegetação densa (florestas equatoriais).

10. As atividades industriais e de prestação de serviçoscostumam provocar grandes concentrações popula-cionais. As áreas de agricultura intensiva apresentamdensidades mais elevadas em virtude de a relação tra-balho/área ser maior.

11. A modernização e a revolução tecnocientífica per-mitiram a superação de grande parte das limitaçõesnaturais, levando a humanidade a conquistar espa-ços antes inabitáveis. Se a população dispuser detécnicas suficientes para superar as adversidadesapresentadas pelo ambiente, a influência dos fato-res naturais tende a diminuir. Assim, mesmo áreasde difícil ocupação (relevo montanhoso, desérticas,litorâneas etc.) são integradas ao processo produ-tivo, atraindo população e investimentos em infra-estrutura (transportes, habitação etc.).

Complementação e orientação didática

Professor(a), no site http://earthobservatory.nasa.govpodem-se acessar imagens de satélites de vários locais daTerra. Outro site para ver imagens de satélites em tempoquase-real é o http://www.ghcc.msfc.nasa.gov. Ao clicar nolink satellite images, a página apresentará todos os satéli-tes geoestacionários. No final existem dois mosaicos quepermitem a visualização de todo o globo terrestre.

Em pauta: vestibulares e Enem (p. 446)1. d 2. a 3. a

4. Sugestões de questões para avaliação

• O que é recenseamento e qual sua importância?(p. 230)

• O que é população absoluta? (p. 230)• Quais são os cinco países mais populosos do mun-

do? (p. 230)• Cite exemplos de países, cidades e regiões popu-

losos. (p. 230)• Cite exemplos de países, cidades e regiões pouco

populosos. (p. 230)• O que é densidade demográfica? De que forma é

calculada? (p. 230)• Diferencie as expressões povoado e populoso. (p. 230)• Cite exemplos de países e regiões densamente

povoados. (p. 231)• Por que a noção de densidade demográfica por si

só é um dado pouco significativo? (p. 231)• Toda área densamente povoada é superpovoada?

Explique por que e cite exemplos. (p. 231)• O que é taxa de natalidade, taxa de mortalidade e

crescimento vegetativo ou natural? (p. 232)• Cite dois contrastes existentes na distribuição da

população pelos continentes. (p. 233)

Capítulo 21 Crescimento demográficono mundo

1. Objetivos

Prosseguindo os estudos de população, este capítu-lo trata do crescimento demográfico no mundo, em quese incluem as fases desse crescimento, as teorias malthu-siana, neomalthusiana e reformista ou marxista.

Ao final desse estudo, os alunos deverão ser capa-zes de:

• compreender o processo de crescimento demo-gráfico mundial, em especial após as duas guer-ras mundiais, quando ele adquiriu proporçõesassustadoras;

• perceber que a grande explosão demográfica ocor-reu principalmente nos países subdesenvolvidos;

• caracterizar as três fases do crescimento popula-cional (lento, rápido e baixíssimo ou de estagna-ção populacional);

• conceituar transição demográfica e identificar ascaracterísticas dos países em cada fase demo-gráfica;

• perceber os motivos das variações do crescimen-to demográfico em cada fase e relacionar os pro-gressos tecnológicos com a diminuição da mor-talidade;

• definir expectativa de vida ou esperança de vida,taxa de fecundidade ou de fertilidade e taxa demortalidade infantil;

• discutir os fundamentos das principais teorias de-mográficas (malthusianismo, neomalthusianismo ereformistas ou marxistas) e as políticas natalistas.

2. Conceitos e temas desenvolvidos

Explosão demográfica; fases do crescimento popu-lacional; transição demográfica; expectativa de vida ouesperança de vida, taxa de fecundidade ou de fertilidade;mortalidade infantil; teorias demográficas (de Malthus,neomalthusianismo e reformistas ou marxistas); políticaantinatalista; neomalthusianos ou alarmistas; políticas pró-natalistas; migrações externas.

3. Encaminhamento das atividades e resoluçãodos exercícios

Avalie seu aprendizado (p. 241-242)

Construindo conhecimento

1. O gráfico nos mostra que quanto maior o PIB de umpaís, menor o número de filhos por mulher e vice-ver-sa. Professor(a), discutir com os alunos que na realida-de a situação de miséria e pobreza é a grande respon-sável pelo acelerado crescimento da população. O de-senvolvimento e as reformas econômicas e sociais per-mitem a melhoria do padrão de vida, propiciando adiminuição do analfabetismo, a liberação da mulher euma acentuada redução do crescimento populacionale da taxa de fertilidade.

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2. Porque ficou evidente que não se pode atribuir aocrescimento populacional a culpa pela miséria e fomede populações. O desenvolvimento econômico, acom-panhado de reformas e de bem-estar social, é a fór-mula para deter o crescimento populacional. A maiorparte das terras agrícolas nos países subdesenvol-vidos é utilizada para culturas de exportação emgrandes propriedades rurais, não atendendo às ne-cessidades de consumo da população local. O de-senvolvimento científico e tecnológico no campo daagropecuária e da genética tornou possível produ-zir alimentos suficientes para suprir toda a huma-nidade.

3. Resposta pessoal. Ver seção Complementação e orien-tação didática.

Fixando o conteúdo

4. A transição demográfica é parte de uma teoria queexplica a tendência da população mundial a se equili-brar, na medida em que diminuem as taxas de natali-dade e de mortalidade.

5. a) Primeira fase: crescimento baixo com elevadas ta-xas de mortalidade e natalidade. Segunda fase: na-talidade alta e mortalidade baixa, com elevado cres-cimento populacional. Terceira fase: baixa natali-dade e mortalidade e crescimento populacionalestagnado.

b) Período de grande crescimento demográfico verifi-cado na segunda fase do ciclo demográfico.

c) Na segunda fase.6. A taxa de fecundidade ou de fertilidade é a média de

filhos por mulher em idade reprodutiva (mais ou me-nos dos 15 aos 45 anos). Embora diversos países sub-desenvolvidos tenham reduzido sua taxa de fecundi-dade, em muitos deles ela chega a médias superiores a7 filhos por mulher. Nos países desenvolvidos a taxade fecundidade é baixa, permanecendo em torno de 1,5filho por mulher. Muitos países apresentam taxas infe-riores a 2,1 filhos por mulher, mantendo assim estabi-lizado o tamanho de sua população.

7. a) e b)

País Crescimento Desenvolvimento

I. 3,0% Subdesenvolvido

II. –0,1% Desenvolvido

III. 3,7% Subdesenvolvido

IV. 0,2% Desenvolvido

8. América Latina, Europa e África, respectivamente.9. Não somente o aumento da população mas também o

aumento do consumo agrava a pressão sobre o meioambiente. No caso do texto, as transformações na dinâ-mica doméstica indicam um maior consumo de energia,eletrodomésticos, mobiliário etc. mesmo em países ondea população total não tem um aumento significativo.

Complementação e orientação didática

Quando estudamos políticas demográficas, falamossobre o planejamento familiar que engloba aspectos dostemas transversais Educação Sexual e Saúde propostos peloMEC. Por exemplo, a gravidez não programada é uma re-alidade presente inclusive no universo do adolescente e pode

ser objeto da aula de Geografia. Abre possibilidade para aexplicação e o debate de temas do cotidiano dos alunos.Além da formação integrada com outras áreas, esses co-nhecimentos aumentam a capacidade dos alunos de deter-minar o seu futuro, desenvolvendo o autocuidado.

Ao discutir sexualidade, é conveniente o(a) profes-sor(a) tratar do assunto sem julgamentos, apenas deci-frando as preocupações comuns na vida de todo jovem eressaltando a importância de um desenvolvimento autô-nomo, de cada um decidir com maturidade sobre sua saúdee seu corpo. O(A) professor(a) deve conscientizar os alu-nos de que a gravidez precoce ou indesejada repercuteprincipalmente na vida das mulheres. A gravidez deve serdecidida num momento em que a pessoa se sinta prepa-rada e tenha condições mínimas para assumir um aumen-to de responsabilidades.

A utilização de métodos contraceptivos é de extre-ma importância, como já vimos no capítulo, não só paraevitar a gravidez, mas, como no caso da camisinha, paraprevenir a aids e outras DSTs. O(A) professor(a) pode pro-gramar uma palestra com um(a) ginecologista para queos alunos conheçam os métodos anticoncepcionais dis-poníveis, saibam como funcionam e quais as vantagens edesvantagens de cada um deles.

O texto a seguir é um subsídio para a discussão so-bre o controle da natalidade, proposta na questão 3 doAvalie seu aprendizado.

“A reedição de MalthusA imagem caótica dos grandes centros ur-

banos e a fome endêmica que atinge indistinta-mente as populações do campo e das cidades doBrasil têm sido usadas como argumento em fa-vor da necessidade de o país submeter-se ao con-trole da natalidade. Trata-se, contudo, de um ar-gumento falso. É a reedição da velha tese de Tho-mas Malthus, formulada no final do século XVIII,de que a população do mundo cresce muito maisrápido do que a produção de alimentos. Malthusrecomendava que os governos negassem às po-pulações toda e qualquer assistência (hospitais,asilos etc.), para desestimular a procriação, epropunha a abstinência sexual para diminuir anatalidade. O neomalthusianismo dos nossos diasdifere da sua versão original apenas no discur-so, mantendo a essência. Não se fala mais emnegar assistência às populações. Porém, onde selia abstinência sexual, lê-se esterilização em massa.

A receita neomalthusiana para o problema dafome não encontra, no entanto, nenhum fundamentona história do desenvolvimento dos povos.”

Retrato do Brasil, 1984, p. 100.

Em pauta: vestibulares e Enem (p. 446)1. a) As maiores expectativas de vida encontram-se tam-

bém nas seguintes regiões: Japão; Austrália e NovaZelândia; Argentina, Uruguai e Chile.

b) No Japão, a maior expectativa de vida deve-se aocrescimento industrial acelerado, que gerou a ne-cessidade de uma revolução médico-sanitária paraassegurar a manutenção da mão-de-obra. Na Ar-gentina, Chile, Uruguai, Austrália e Nova Zelândia,

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por sua vez, o que contribuiu para elevar a expecta-tiva de vida foram as medidas sanitárias e os pro-gramas de caráter social empreendidos para aten-der ao grande número de imigrantes europeus quetrabalhavam nas indústrias de beneficiamento, nasregiões portuárias desses países.

2. b 3. d 4. b 5. a

4. Sugestões de questões para avaliação

• A que se refere o termo transição demográfica?(p. 237)

• Que tipo de crescimento demográfico predomi-nava até o século XVIII? (p. 237)

• O que é expectativa de vida ou esperança de vida?(p. 237)

• Qual a relação entre o sucesso da Revolução In-dustrial e a redução da mortalidade? (p. 237)

• O que é taxa de fecundidade? Compare a dos pa-íses subdesenvolvidos com a dos desenvolvidos.(p. 238)

• Explique os princípios da teoria de Malthus. (p.239)

• O que Malthus propunha como solução para de-ter o crescimento populacional? (p. 239)

• Cite três críticas à teoria de Malthus. (p. 239)• Quais eram os fundamentos dos neomalthusianos?

(p. 240)• Qual é o ponto de vista dos teóricos demográfi-

cos reformistas sobre o crescimento econômico?(p. 240)

Capítulo 22 Estrutura da populaçãomundial

1. Objetivos

A estrutura da população mundial é tratada aqui emseus aspectos ocupacional, da divisão do trabalho por sexose das pirâmides etárias.

É nosso objetivo que, ao final do estudo deste capí-tulo, os alunos sejam capazes de:

• reconhecer a importância do estudo da estruturada população;

• conceituar população economicamente ativa (PEA),população economicamente inativa (PEI) e popu-lação ocupada;

• discutir a economia informal, o desemprego, osubemprego e o trabalho infantil como problemasligados à estrutura ocupacional da população e àquestão demográfica;

• identificar o fenômeno da inchação urbana;

• caracterizar e localizar os paraísos fiscais;

• distinguir a distribuição da PEA dos países de-senvolvidos da dos países subdesenvolvidos;

• perceber a integração dos setores de atividadespredominantes ou complementares no mundo;

• constatar a estrutura etária e a porcentagem demulheres/homens nos grupos de países;

• discutir a divisão de trabalho por sexo, o papelda mulher nas sociedades e no mercado de tra-

balho, a Geografia de Gênero, os movimentos fe-ministas e a construção da cidadania no mundo;

• analisar e comparar pirâmides etárias e reconhe-cer as principais faixas etárias (jovem, adulta oumadura e velha ou senil);

• comparar diferentes regimes demográficos (depopulação envelhecida, em fase de envelhecimentoe regime demográfico jovem) e os países que seincluem nesses regimes.

2. Conceitos e temas desenvolvidos

População economicamente ativa (PEA); populaçãoeconomicamente inativa (PEI); população ocupada; subem-prego; economia informal; desemprego; trabalho infan-til; paraíso fiscal; inchação; estrutura populacional; divi-são de trabalho por sexo, Geografia de Gênero; movimentofeminista; cidadania; pirâmides etárias; estrutura etária(jovem, adulta e velha); regime demográfico de popula-ção envelhecida, madura ou intermediária; regime demo-gráfico jovem.

3. Encaminhamento das atividades e resoluçãodos exercícios

Avalie seu aprendizado (p. 249-250)

Construindo conhecimento

1. O Japão, a França e Cingapura apresentam as maioresexpectativas de vida. Os dois primeiros por serem pa-íses desenvolvidos que apresentam melhores condiçõesde vida e baixa natalidade. Cingapura pertence ao grupode países chamados de mercados emergentes, apresen-tando indicadores socioeconômicos mais favoráveis. Aexpectativa de vida é baixa em Burkina Faso e na Ni-géria, por serem países periféricos que apresentam baixonível de vida, precárias condições sanitárias, baixasdespesas com saúde e poucos médicos.

2. França 4%; EUA 5,5%; Japão 1,6%; México 16,7%; Cin-gapura 7%; Índia 15,6%; Nigéria 26,3%; Burkina Faso26,6%.O México, a Índia, Burkina Faso e Nigéria apresentamelevadas taxas de crescimento vegetativo, típicas dospaíses subdesenvolvidos na segunda fase de transiçãodemográfica. Os EUA, Japão, França são países desen-volvidos e já completaram todos os ciclos de transiçãodemográfica, ocorrendo a estabilização de sua popu-lação. Cingapura tem crescimento vegetativo compa-rável ao dos países desenvolvidos.

3. O índice de analfabetismo (item G) é mais alto nos pa-íses periféricos, com exceção do México e de Cingapu-ra que têm investido em educação.

4. Quanto maior a despesa de um país com saúde (quan-tidade de médicos e % do PNB), menor a mortalida-de infantil.

Fixando o conteúdo

5. A existência de grande quantidade de idosos acarretafalta de mão-de-obra e elevados gastos assistenciais eprevidenciários, como é o caso dos países desenvolvi-dos. No caso da grande quantidade de jovens, que cons-

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titui a estrutura etária dos países subdesenvolvidos, osprincipais problemas são os elevados investimentos emeducação, formação profissional e ampliação do mer-cado de trabalho.

6. Por terem índices de subemprego baixo e a maior par-te de seus trabalhadores possuir rendimentos fixos.

7. A taxa de desemprego entre jovens (o dobro da calcu-lada entre adultos) é de 30% nos países periféricos, poisa maior dificuldade é encontrar o primeiro emprego.Atualmente a demanda por profissionais mais qualifi-cados exclui do mercado muitos trabalhadores com nívelde instrução baixo e, por essa razão, o investimentoem educação é essencial.

8. Os países desenvolvidos ou centrais concentram a maiorparte de sua população ativa no setor terciário ou noterciário e secundário. Os países subdesenvolvidosperiféricos apresentam elevados percentuais da popu-lação ativa no setor primário (agricultura e extraçãode matérias-primas).Nos países subdesenvolvidos industrializados predo-mina a agricultura (primário) e os serviços (terciário),ou a agricultura e a indústria (secundário), ou, ainda,a indústria.

9. a) A participação feminina na população ativa é ele-vada nos países desenvolvidos ou centrais e baixanos países periféricos, tendo sofrido significativoaumento nos países subdesenvolvidos industriali-zados.

b) As mulheres realizam dupla jornada de trabalho (aremunerada, fora de casa, e a não-remunerada, do-méstica); têm remuneração mais baixa que os ho-mens em funções iguais e são minoria em cargosadministrativos e gerenciais.

10. a) A pirâmide 1 que apresenta a base larga (grandequantidade de população jovem) e o topo estreito(pequena quantidade de idosos).

b) A pirâmide 1 tem maior quantidade de jovens. Apirâmide 2 tem maior quantidade de adultos eidosos.

Complementação e orientação didática

Professor(a), é um bom momento para discutir asresponsabilidades e o papel dos gêneros na sociedade.

O assunto deste capítulo também permite uma in-terface com o tema transversal Orientação sexual, dandocontinuidade ao assunto já tratado no último capítulo.

Os alunos poderão fazer uma pesquisa sobre o pa-pel da mulher na sociedade atual, iniciando por sua famí-lia, com um levantamento de mulheres que trabalham forade casa e as atividades exercidas. A seguir deverão pes-quisar os movimentos feministas, seus objetivos, suas vi-tórias e conquistas e levantar artigos de jornais que fa-lam da violência contra as mulheres.

No site http://www.geocities.com/sufragistas osalunos poderão encontrar dados sobre a história domovimento feminista, a luta pela participação das mu-lheres nas eleições (movimento sufragista), sobre asreivindicações atuais e sobre a violência contra asmulheres.

Em pauta: vestibulares e Enem (p. 447)1. a 2. c

4. Sugestões de questões para avaliação

• Qual a importância do estudo da estrutura dapopulação? (p. 243)

• Faça a distinção entre população economicamenteativa, população economicamente inativa e popu-lação ocupada. (p. 243)

• Explique o que é economia informal. (p. 243)• Fale sobre o desemprego e o trabalho infantil nos

países periféricos ou subdesenvolvidos. (p. 243)• Cite duas características e três exemplos dos cha-

mados paraísos fiscais. (p. 244)• Em que consiste o fenômeno da inchação? (p. 244)• Qual é, em geral, a porcentagem de mulheres e

homens nos países do mundo? Cite exceções àregra. (p. 245)

• O que são movimentos feministas? Cite exemplosde reivindicações desses movimentos. (p. 245)

• O que significa Geografia de Gênero? (p. 245)• O que é pirâmide etária e que elementos a com-

põem? (p. 246)• Cite as características e os países que se incluem

nos seguintes regimes demográficos: de popula-ção envelhecida; em fase de envelhecimento; re-gime demográfico jovem. (p. 247-248)

Capítulo 23 Migrações populacionaisno mundo

1. Objetivos

No tratamento do tema, o capítulo começa explicandoas razões das migrações, políticas, étnicas ou religiosas,naturais e econômicas, para em seguida trabalhar com ostipos de movimentos migratórios (internos e externos), arelação entre as migrações e as transformações do mun-do no século XX e finalmente com as conseqüências des-ses movimentos.

A partir do estudo deste capítulo, os alunos deve-rão ser capazes de:

• compreender os motivos das migrações;• depreender que elas são resultado de condições

econômicas estruturais e conjunturais;• conceituar imigração e emigração;• diferenciar as migrações quanto ao tempo de du-

ração (definitivas, temporárias, por tempo inde-terminado) e quanto ao espaço (internas ou naci-onais, externas ou internacionais);

• analisar os diversos tipos de migrações internas(intra-regional, inter-regional, sazonal ou transu-mância, nomadismo, peregrinação diária ou pen-dular, êxodo rural, commuting);

• identificar as principais migrações externas (es-pontânea e forçada);

• reconhecer as principais áreas de atração e derepulsão da população historicamente e no pre-sente;

• analisar as migrações por continentes;• perceber os motivos que levam ao processo de

desterritorialização e a situação dos refugiadosno mundo;

• conceituar pátria;

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• analisar conflitos que resultam em migrações deminorias étnicas e diásporas;

• entender o papel do Estado e da globalização nasmigrações;

• discutir a fuga de cérebros;• avaliar as conseqüências das migrações.

2. Conceitos e temas desenvolvidos

Migrações (definitivas, temporárias, por tempo in-determinado, internas ou nacionais, externas ou inter-nacionais, intra-regional, inter-regional, pendular ou di-ária, espontânea ou de povoamento, forçada); imigra-ção; emigração; êxodo rural; migrações e conflitos (re-ligiosos, étnicos/raciais); fatores estruturais; fatores con-junturais; muçulmanos; migração sazonal; transumân-cia; nomadismo; peregrinação; commuting; commuter;transfronteiriços; áreas de atração e de repulsão da po-pulação; desterritorialização; pátria; refugiados; mino-ria étnica; diáspora; guetos; xenofobia; chovinismo; fugade cérebros.

3. Encaminhamento das atividades e resoluçãodos exercícios

Avalie seu aprendizado (p. 257-258)

Construindo conhecimento

1. a) Medidas econômicas de desenvolvimento interno,reforço da identidade nacional e o combate ao cho-vinismo, ao racismo e ao ódio permitiriam a fixa-ção das pessoas à sua terra e impediriam as migra-ções em massa.

b) A convivência pacífica e a aceitação das diferençasevitariam migrações que ocorrem por conflitos ét-nicos, perseguições religiosas ou raciais.

c) Resposta pessoal.

Fixando o conteúdo

2. a) Emigração forçada.b) Perseguição política.c) Resposta pessoal.d) Porque os primeiros habitantes dos quais descen-

dem os indígenas vieram em grandes migrações daÁsia, depois vieram os portugueses, espanhóis, fran-ceses, ingleses etc.

3. Como o próprio nome diz, migrações forçadas sãoas que ocorrem independentemente da vontade daspessoas, ou seja, elas são forçadas a migrar. Um dosexemplos mais conhecidos se refere ao tráfico negrei-ro, isto é, à transferência forçada de milhões de afri-canos para as Américas durante o período colonial.Outros exemplos são as migrações decorrentes de per-seguições políticas, revoluções e catástrofes naturais.

4. A partir do século XVIII até a primeira metade do sé-culo XX, cerca de 60 milhões de europeus e asiáticosmigraram para todas as partes do mundo, sobretudopara a América e a Oceania. Na atualidade ocorre omovimento contrário. As melhores condições estrutu-rais dos países desenvolvidos os transformaram em áreasde atração, enquanto os países subdesenvolvidos, tra-dicionais áreas atrativas, são agora áreas repulsivas.

5. a) Racista e xenófoba (este último termo significa “quetem aversão a estrangeiros”).

b) A falta de mão-de-obra não-qualificada levou mui-tos governos, até a década de 1970, a estimular asmigrações. Com o aumento do desemprego e temen-do a concorrência com a mão-de-obra local, os go-vernos começaram a restringir a imigração.

6. França e Estados Unidos: por serem países desenvol-vidos e, portanto, apresentarem condições mais favo-ráveis; Emirados Árabes Unidos (que atraem trabalha-dores dos países mais pobres da Ásia): por causa daextração de petróleo; Tailândia: por ser um dos paísesde industrialização recente.

7. a) Resposta pessoal.b) Resposta pessoal.c) Resposta pessoal.Professor(a), veja a seção Complementação e orienta-ção didática.

8. Alternativa a. Êxodo rural.

Complementação e orientação didática

Quanto à questão 7 do Avalie seu aprendizado, osconflitos no mundo atual são muitos, tendo como conse-qüência a existência de uma grande quantidade de refu-giados, de pessoas obrigadas a sair do seu país para pro-curar segurança em outro.

Fornecemos alguns sites que podem ser acessadospara obtenção de informações sobre refugiados:

• http://www.cidadevirtual.pt/acnur/acn_lisboa/swr/cx2-3.html (A Acnur — Alto Comissariado dasNações Unidas para os Refugiados — é um orga-nismo das Nações Unidas de auxílio aos refugia-dos, que dá assistência a mais de 27 milhões depessoas no mundo);

• http://www.cidadevirtual.pt/cpr (Site do ConselhoPortuguês para os Refugiados, que mostra cam-panhas de integração de refugiados).

Questão 7a: Além da manutenção das boas condi-ções de saúde, alimentação e abrigo, os organismos deajuda humanitária enfrentam desafios práticos: como res-ponder eficientemente a movimentos repentinos e de gran-des dimensões? Como melhorar a segurança e atender àsnecessidades dos refugiados? Como encaminhá-los a umnovo país e a uma vida estável e produtiva?

Os problemas dos refugiados são graves e difíceisde serem resolvidos somente pelas organizações humani-tárias. Por outro lado, os governos de muitos países nãoquerem arcar ou não podem suportar os custos que osrefugiados representam.

Questão 7b: A situação das pessoas desenraizadas édenunciada também de forma expressiva em organismoscomo a ONU e é motivo de preocupação por parte de or-ganizações de segurança, como a Otan (Organização doTratado do Atlântico Norte) e a Osce (Organização paraSegurança e Cooperação na Europa), de instituições finan-ceiras, como o Banco Mundial, e de organizações regio-nais, como a CEI (Comunidade de Estados Independentes)e a OUA (Organização da Unidade Africana).

A reintegração das pessoas ao seu lugar de origem éum grande problema, pois muitos não podem ou não que-rem voltar. Os organismos de ajuda humanitária colabo-ram com ações de assistência e encaminhamento social,na obtenção de asilo etc.

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Diversas organizações internacionais com caráterhumanitário atuam em conflitos com o objetivo de forne-cer assistência imediata às populações civis ameaçadas,como os Médicos sem Fronteira, a Cruz Vermelha, a Ac-nur. Outras organizações participam denunciando perse-guições políticas e violação dos direitos humanos, comoa Anistia Internacional e o Human Rigths Watch.

Questão 7c: Resumimos algumas atitudes e medi-das que estão sendo tomadas, que podem ser encontra-das no site da Acnur já citado: exercer pressão conside-rável sobre os Estados, no sentido de estes intervirem emrelação a crises que originam um grande número de refu-giados; criação de “zonas de segurança”, como no casodo Iraque; envio de observadores dos direitos humanosou força de manutenção da paz (Ruanda, Libéria, Bósnia-Herzegovina); criação de locais de refúgio seguro regio-nais ou regional safe heavens (asilados haitianos); criaçãode um tribunal para julgar crimes de guerra (ex-Iugoslá-via e Ruanda).

Em pauta: vestibulares e Enem (p. 448)1. d 2. d 3. b4. a) Com o fim da Segunda Guerra Mundial, imigrantes

provenientes sobretudo do continente africano (noqual a França possuía várias colônias) e da Améri-ca Latina afluíram para a Europa, onde foram bemrecebidos, uma vez que os países europeus, empe-nhados em sua reconstrução, utilizando-se dos in-vestimentos provenientes do Plano Marshall, neces-sitavam de mão-de-obra. Na época, os imigranteseram absorvidos em funções de baixa qualificaçãoe não concorriam com os europeus, que assumiamfunções mais qualificadas e mais bem remuneradas.

b) Diversos motivos contribuíram para alterar a situa-ção atual em relação aos imigrantes: por ter sido umdos continentes mais afetados pelo processo de au-tomação industrial, a Europa apresenta altos índicesde desemprego estrutural; as políticas previdenciá-rias foram adotadas largamente na Europa do pós-guerra e transformaram-se em atrativo para os imi-grantes; atualmente, com os índices de desempregoem alta, verifica-se uma elevação dos custos sociais,comprometendo a qualidade dos serviços oferecidosà população. Por todos esses fatores, atualmente oseuropeus em geral vêem o imigrante como um con-corrente em relação à disponibilidade de empregose como o “estrangeiro” que consome recursos quedeveriam ser canalizados para os cidadãos. Daí nas-cem alguns movimentos políticos xenofóbicos pre-sentes particularmente na França.

5. e

4. Sugestões de questões para avaliação

• Diferencie imigração de emigração. (p. 251)• Dê exemplos de fatores políticos, étnicos, naturais

e econômicos responsáveis por emigrações. (p. 251)• O que são fatores estruturais e conjunturais e como

podem ser responsáveis por migrações? (p. 251)• O que são migrações definitivas? (p. 251-252)• Diferencie migrações temporárias diárias sazonais

de migrações temporárias por tempo indetermi-nado. (p. 252)

• Faça a distinção do êxodo rural nos países desen-volvidos e nos países subdesenvolvidos em ter-mos de suas causas. (p. 252)

• Explique e exemplifique o nomadismo. (p. 252)• Explique as migrações diárias do tipo commuting.

(p. 253)• Dê exemplos atuais de áreas de atração e de re-

pulsão da população. (p. 253)• Dê a definição de pátria. (p. 255)• Cite duas características da diáspora. (p. 256)• O que significa fuga de cérebros? (p. 256)

Capítulo 24 Urbanização mundial

1. Objetivos

Começamos o capítulo trabalhando com os concei-tos de urbanização e correlatos e com a base histórica dessefenômeno, a Revolução Agrícola, para depois tratarmosde sua evolução nos diferentes grupos de países, dos de-sequilíbrios sociais provocados, das aglomerações urba-nas (conurbação, metrópole, região metropolitana, mega-lópole).

Neste estudo, os alunos são levados a:• compreender os critérios utilizados para concei-

tuar urbanização;• perceber a tendência mundial de aumento da po-

pulação nas áreas urbanas;• identificar as condições que permitiram a passa-

gem da sociedade rural para a urbana;• perceber os motivos que permitiram que os paí-

ses se urbanizassem e distinguir os tempos e rit-mos diferentes de urbanização entre os países domundo, particularmente entre os desenvolvidose os subdesenvolvidos;

• constatar a divisão de trabalho entre cidade e campo;• identificar a tendência à terciarização das cida-

des no mundo globalizado e os desequilíbrios eproblemas dos mundos urbano e rural atuais;

• discutir os problemas do uso do solo urbano, asegregação espacial, a existência da cidade for-mal e da cidade informal;

• conceituar as aglomerações urbanas (conurbação,metrópole, região metropolitana, megalópole);

• reconhecer sítios urbanos e tipos de cidades (es-pontânea, planejada), e a hierarquia urbana (me-trópole nacional, metrópole regional, centro sub-metropolitano, capital regional).

2. Conceitos e temas desenvolvidos

Cidade; aglomeração urbana; urbanização; Revolu-ção Agrícola; equipamentos urbanos; verticalização; ter-ciarização das cidades; cidade global; taxa de urbaniza-ção; inchaço urbano ou macrocefalia urbana; especula-ção imobiliária; urbanização explosiva e anômala; espe-culação imobiliária; uso do solo urbano; segregação es-pacial, econômica e étnica; cidade formal; cidade infor-mal; favela; conurbação; metrópole (nacional, regional);região metropolitana; megalópole; sítio urbano; situaçãourbana; função da cidade; origem das cidades (espontâ-nea, planejada); rede urbana.

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3. Encaminhamento das atividades e resoluçãodos exercícios

Avalie seu aprendizado (p. 267-268)

Construindo conhecimento

1. Abaixo sugerimos que o(a) professor(a) verifique algunsitens nas propostas dos alunos. Ver mais orientações naseção Complementação e orientação didática.Questão 1a: quanto ao sítio urbano, verificar se houvepreocupação em localizar a cidade em terreno plano,em áreas afastadas das margens de rios e de mangues,preservando-se florestas e ecossistemas do entorno.Questão 1b: os bairros podem ter múltiplas funções oufunções especializadas.Questão 1c: os equipamentos urbanos devem ter umadistribuição equilibrada, beneficiando todos os bair-ros, sem exclusão ou segregação espacial.Questão 1d: verificar se os alunos propuseram trans-formações sociais e melhorias, em particular de ajudaàs comunidades locais ou carentes da cidade, propon-do a participação conjunta da sociedade civil, de asso-ciações comunitárias, do governo e de organizaçõesnão-governamentais.

2. Para a questão 1b, verificar a integração entre os bair-ros e a localização de áreas industriais, comerciais eresidenciais. As áreas industriais devem estar locali-zadas de forma a não afetar o meio ambiente e a saú-de da população. Para a questão 1e, verificar se todosos equipamentos atendem de forma eficiente os di-versos bairros.

3. Resposta pessoal.4. Resposta pessoal.

Fixando o conteúdo

5. Resposta pessoal. Professor(a), lembrar os alunos deque, em geral, as cidades não são auto-suficientes,não produzem alimentos e matérias-primas, apenasconsomem ou transformam, e assim dependem domeio rural.

6. a) Resposta pessoal. Provavelmente aparecerão aspalavras: ruas, edifícios, multidão, comércio, viadutos,carros, barulho.

b), c) e d) Resposta pessoal.7. As três principais aglomerações previstas em cada con-

tinente são: América: São Paulo, México e Nova York;África: Lagos, Cairo e Kinshasa; Europa: Istambul, Pa-ris e Moscou; Ásia: Tóquio, Bombaim, Daca.

8. Resposta sugerida: A modernização no campo (meca-nização, técnicas agrícolas etc.) causou o aumento daprodutividade rural e diminuiu a necessidade de mão-de-obra. Com a industrialização as cidades foram setornando áreas de atração para a grande massa de tra-balhadores iniciando o processo de êxodo rural e deurbanização.

9. Nos países centrais a urbanização é mais antiga e ocorreude forma mais lenta e integrada com a área rural, játendo atingido índices bastante elevados e, praticamente,máximos de urbanização com drástica redução da mi-gração campo-cidade.Nos países subdesenvolvidos a recente e rápida indus-trialização provocou intenso êxodo rural e rápido pro-

cesso de urbanização. Alguns desses países apresen-tam taxas de urbanização iguais e até superiores às depaíses desenvolvidos. Mas a maior parte dos paísessubdesenvolvidos periféricos, em virtude do predomí-nio das atividades primárias, apresenta baixos índicesde urbanização.

10. A principal causa do crescimento das cidades se rela-ciona com o êxodo rural. A introdução de melhoriasno campo e a fixação do homem à terra evitaria essasmigrações e a pressão sobre as cidades.

11. a) Região metropolitana.b) Urbanização.c) Conurbação.d) Megalópole.e) Metrópole nacional.f) Metrópole regional.

12. Respectivamente temos as funções: comercial, indus-trial, administrativa, religiosa, turística.

Complementação e orientação didática

Professor(a), o trabalho da questão 1 do Avalie seuaprendizado poderá ser proposto no final do ano comoconclusão dos estudos. O objetivo é deixar que os alunosplanejem uma cidade a partir das conclusões que pude-ram tirar durante o ano e principalmente que elaboremum plano urbano daquela que, segundo o seu imaginário,seria uma cidade ideal.

Diversos países e prefeituras têm planos de melho-ramentos urbanos. Os alunos poderão pesquisar o plane-jamento urbano proposto pela prefeitura de sua cidadepara comparar com o seu.

A Unesco tem vários projetos urbanos de pesqui-sa e ação, disponíveis (em inglês) no site http://www.unesco.org/most.

Em pauta: vestibulares e Enem (p. 449)1. e 2. c 3. e 4. e 5. b

4. Sugestões de questões para avaliação

• O que é urbanização? (p. 259)

• Explique os fatores que permitiram o processo deurbanização moderno. (p. 259)

• Qual a relação entre industrialização e urbaniza-ção? Quais são os países mais urbanizados domundo? (p. 260)

• Explique a tendência à terciarização das cidadesno mundo globalizado. (p. 260)

• O que são cidades globais? (p. 261)

• A que se refere a expressão urbanização anômalae explosiva? (p. 263)

• Explique o que é a segregação espacial e caracte-rize as cidades formal e informal. (p. 263)

• Classifique as cidades quanto ao sítio urbano. (p.265-266)

• Cite exemplos de situação urbana. (p. 266)

• O que é função urbana? Cite exemplos. (p. 266)

• Como se classificam as cidades quanto à sua ori-gem? Explique cada tipo. (p. 266)

• O que é rede urbana? (p. 266)

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UNIDADE

IA PRODUÇÃO DO ESPAÇOGEOGRÁFICO, AS REGIÕES

BRASILEIRAS E O BRASILEM UM MUNDO GLOBALIZADO

A ocupação territorial e econômica brasileira ao longo dos séculos exerceu influência na organiza-ção do espaço atual, na estrutura político-administrativa e no processo de integração. Nesta unidade,analisamos a evolução do espaço geográfico do Brasil, a partir de sua inserção no projeto colonial até aconsolidação do Estado brasileiro. Definimos e caracterizamos as regiões brasileiras e as desigualdadesdas regiões em sua participação na riqueza do país. Situamos o Brasil no espaço globalizado a partir doentendimento de sua evolução econômica. Abordamos a nova ordem mundial e a constituição de blocoseconômicos de poder para explicar a projeção do Brasil no cenário regional e no Mercosul.

Capítulo 1 A produção do espaçogeográfico brasileiro, asregiões brasileiras e oplanejamento regional

1. Objetivos

Neste capítulo analisamos a formação e as caracte-rísticas do espaço geográfico brasileiro antes e após achegada dos europeus e sua integração no projeto globalde colonização.

As atuais configurações territoriais do país guar-dam em si sobrevivências do passado. O processo deocupação do território pelos luso-brasileiros foi frutode diferentes movimentos expansionistas. Analisamosneste capítulo, também, a divisão político-administra-tiva do Brasil.

O trabalho com regiões é fundamental para o reco-nhecimento da diversidade natural, econômica e históricado Brasil. A produção desigual do espaço brasileiro origi-nou espaços diferenciados. Analisamos as divisões regio-nais do Brasil, levando em conta a necessidade de planeja-mento, e comparamos os critérios utilizados em cada uma.Além de dados estatísticos, fornecemos um panorama dasregiões geoeconômicas brasileiras (Amazônia, Nordeste eCentro-Sul) e identificamos as desigualdades entre elas. Osalunos entenderão a necessidade de planejamento regio-nal e o contexto da criação de organismos com essa finali-dade, suas ações, seus problemas e fracassos.

2. Conceitos e temas desenvolvidos

Arquipélagos econômicos; Tratado de Tordesilhas;movimentos expansionistas; princípio uti possidetis; Tra-tado de Madri; limites territoriais; pontos extremos; dis-tâncias máximas; sistemas de organização político-admi-nistrativa; federação, União ou governo federal; poderes(Legislativo, Executivo e Judiciário); Distrito Federal; es-tados; município; cidade; regionalização; economia naci-onal; regiões homogêneas; microrregiões; macrorregiõeshomogêneas; regiões geoeconômicas; Amazônia; Nordeste

(Meio-Norte, Sertão, Agreste, Zona da Mata); Polígonodas Secas; latifundiário; indústria da seca; Centro-Sul;Sudene; Sudam; Sudesul; Sudeco; Amazônia Legal.

3. Encaminhamento das atividades e resoluçãodos exercícios

Avalie seu aprendizado (p. 281)1. a) Na história do Brasil houve muitos conflitos en-

tre culturas, principalmente entre a dos índios e ados não-índios. A luta dos indígenas contra a do-minação iniciou-se com a chegada dos portugue-ses ao Brasil. Alguns povos, como os tupinambáse os caetés, lutaram até sua quase dizimação; ou-tros, como os tamoios, em sua luta de resistência,aliaram-se aos franceses inimigos dos portugue-ses. A guerra contra os indígenas foi desigual, poisos portugueses já dominavam a tecnologia dasarmas de fogo.

b) Resposta pessoal. Professor(a), leia mais sobre aquestão na seção Complementação e orientação di-dática.

2. O princípio uti possidetis é uma fórmula diplomáti-ca que estabelece o direito de um país sobre deter-minado território, quando a ocupação torna-se efe-tiva e prolongada. Com base nesse princípio, foi as-sinado por Portugal e Espanha, em 1750, o Tratadode Madri.

3. O Brasil é uma República Federativa porque os seusestados estão associados a um governo central man-tendo, porém, sua autonomia legislativa. A RepúblicaFederativa do Brasil compreende a União, o DistritoFederal, os 26 estados e os municípios.

4. Os órgãos de planejamento criados do final da décadade 1950 foram: Sudene (Nordeste); Sudam (Amazônia);Sudesul (Sul) e Sudeco (Centro-Oeste).

5. O norte do estado de Minas Gerais apresenta caracte-rísticas naturais (clima, solo, vegetação) e socioeconô-micas (pobreza, estagnação econômica) semelhantes àsda Região Nordeste.

PARTE 2 — GEOGRAFIA DO BRASIL

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6. A divisão regional oficial baseou-se no conceito de re-giões homogêneas (combinação e predominância deaspectos naturais, sociais e econômicos) e sua formade regionalização obedece ao critério político-admi-nistrativo (nenhum estado ou território pertence a duasou mais regiões). A divisão em regiões geoeconômi-cas obedece à associação de critérios geográficos eeconômicos, e os limites regionais não coincidem comos dos estados.

Complementação e orientação didática

Para complementar a questão 1b, o(a) professor(a)poderá discutir com os alunos a situação dos índios atu-almente. Se durante os séculos de colonização os povosindígenas sobreviventes das guerras e doenças puderamfugir à ameaça dos não-índios, dirigindo-se cada vez maispara o interior do território, no século XXI o isolamento ea preservação cultural tornam-se quase impossíveis. Ascomunidades indígenas perdem cada vez mais a possibi-lidade de sobreviver fora de um grande sistema econômi-co. A grande maioria já tem algum tipo de integração. Oscontatos podem ser intermitentes (recebem visitas, maspreservam muito de sua cultura, como no caso dos iano-mâmis); ou podem ser permanentes como, por exemplo,os povos do Xingu. Esses povos preservam em parte suacultura, mas já dependem da cultura dos não-índios paraatendimento médico ou para sua sobrevivência. Outrospovos já estão bastante integrados à cultura não-indíge-na. Alguns povos indígenas reconhecem a necessidade delutar por seus direitos por meio de mecanismos não-indí-genas, aprendendo a língua, freqüentando escolas e atéutilizando os poderes constituídos (legislação etc.).

Em pauta: vestibulares e Enem (p. 450)1. b 2. b 3. d 4. e 5. e 6. c7. Com aproximadamente 2 milhões de km2, a Região Cen-

tro-Sul inclui não só as duas regiões mais industriali-zadas (Sudeste e Sul), mas também as áreas de econo-mia mais dinâmica do Centro-Oeste: o sul do estadodo Mato Grosso e os estados de Goiás e Mato Grossodo Sul. Concentrando mais de 60% da população bra-sileira, as maiores cidades do país e a maior parte doparque industrial e da agropecuária, essa região cons-titui o maior centro econômico nacional. Nela se en-contram também os maiores portos e aeroportos, a maiordensidade rodoferroviária, as maiores e melhores uni-versidades e a maioria dos cientistas.Contudo, a Região Centro-Sul também apresenta gravesproblemas sociais, encontrados sobretudo nas gran-des cidades: criminalidade, desemprego, subempre-go, falta de moradias, mendicância, poluição e outros.

4. Sugestões de questões para avaliação

• O que são arquipélagos econômicos? Cite exem-plos. (p. 273)

• Quais são as unidades políticas brasileiras? (p. 275)• Quais poderes representam o governo federal?

(p. 275)• Cite três características do Distrito Federal. (p. 275)• O que são os municípios? (p. 275)

• O que são regiões homogêneas? (p. 276)• Analise a tabela “Dados sobre as regiões brasilei-

ras” e aponte a maior e a menor região em área epopulação. (p. 276)

• Que estados integram a região geoeconômica daAmazônia? (p. 277)

• Cite dois problemas sociais e dois ambientais daAmazônia. (p. 277)

• Por que o Nordeste constitui uma região proble-mática? (p. 277)

• Fale sobre o clima, a vegetação, o relevo e a eco-nomia do Meio-Norte. (p. 278)

• O que é e onde se localiza o Polígono das Secas?(p. 278)

• Explique a indústria da seca. (p. 278)• Fale sobre o sertão nordestino: sua densidade

demográfica e principais atividades econômicasdesenvolvidas. (p. 278)

• Quais são as principais atividades econômicas doAgreste? (p. 279)

• Cite dois fatores que fazem da Zona da Mata amais importante sub-região nordestina. (p. 279)

• O Centro-Sul abrange quais áreas do país? (p. 279)• Por que o Centro-Sul constitui o centro econômi-

co do país? (p. 279)• Quais eram as áreas de atuação da Sudene, Su-

dam, Sudesul e Sudeco? (p. 280)• Com a implantação do planejamento regional no

Brasil, os principais problemas dessas regiõesforam resolvidos? Justifique citando exemplos. (p.280-281)

Capítulo 2 Brasil: globalização,nova ordem mundial edesigualdades sociais

1. Objetivos

Neste capítulo analisamos a evolução do Brasil depaís agroexportador periférico a industrializado semipe-riférico, buscando levar os alunos a conhecerem a posi-ção atual do Brasil no cenário mundial, a partir dos mo-delos econômicos adotados, e a reconhecerem as criseseconômicas, o endividamento externo e as perspectivasfuturas do país. Com esse objetivo central, fornecemosaos alunos um panorama econômico do país nas duas úl-timas décadas do século XX, situamos a economia brasi-leira no processo de globalização, as conseqüências e osmúltiplos desafios que esta apresenta para o país; anali-samos os indicadores sociais e apontamos a importânciade um crescimento que promova justiça social e seja me-nos vulnerável à instabilidade causada pela globalizaçãoeconômica.

Ao final do estudo deste capítulo, os alunos deve-rão ser capazes também de:

• constatar as desigualdades regionais e raciais noBrasil;

• compreender a importância da educação, da ci-ência e da tecnologia no desenvolvimento e do co-nhecimento do panorama educacional e de saúdeno país;

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• diferenciar os dois subconjuntos do continenteamericano, América Latina e Anglo-saxônica;

• identificar as tentativas e dificuldades de integraçãoeconômica latino-americana e as organizações cri-adas para tal fim;

• concluir sobre as vantagens e problemas da cri-ação da Alca (Área de Livre Comércio das Amé-ricas);

• situar o Brasil no cenário regional e descrever asrelações econômicas e de integração com a Bolí-via, o Paraguai, o Uruguai e a Argentina;

• compreender o papel do Mercosul, seus objeti-vos, sua importância e seus problemas.

2. Conceitos e temas desenvolvidos

Modelo agroexportador; modelo industrial-urba-no; década perdida, modelo excludente e concentra-dor; moratória; Índice de Gini; analfabetismo funcio-nal; escolaridade; escolarização; Cepal, internaciona-lização da economia; indigentes; IPH (índice de pobre-za humana), IDH (índice de desenvolvimento humano);América (Latina, Anglo-saxônica, espanhola, portugue-sa), associações de livre comércio (Alalc, Aladi, GrupoAndino, Mercosul, Nafta, Alca, Iniciativa para as Amé-ricas, Acordo do Jardim das Rosas, Comunidade An-dina); Doutrina Monroe, União Européia; Cone Sul; paí-ses sul-americanos (andinos, interiores, Bacia do Pra-ta ou Estuário do Prata); gasoduto Bolívia—Brasil; Hi-drovia Tietê—Paraná; Plano Austral.

3. Encaminhamento das atividades e resoluçãodos exercícios

Avalie seu aprendizado (p. 295-296)

Construindo conhecimento

1. a) A crise financeira e as incertezas do mercado.b) Os capitais especulativos podem sair de uma hora

para outra, via internet, de um país, desvalorizan-do-lhe a moeda e ocasionando crises, desequilí-brios financeiros e instabilidade política.

c) Na realidade o emprego de Carmem é provisório eprecário, portanto pode ser classificado como umdesemprego oculto.

d) Resposta esperada: os casos dos textos 1 e 2 nãosão fatos isolados. Devem-se aos efeitos da globali-zação, que têm contribuído para aumentar o desem-prego, a pobreza e a exclusão.

Fixando o conteúdo

2. a) Nos anos de 1973 e 1979.b) Os dois choques do petróleo ocorridos na década

de 1970 acarretaram desequilíbrio na balança co-mercial brasileira. A elevação dos preços do petró-leo ocasionou um aumento nos gastos para impor-tá-lo, gerando saldos negativos enormes.

3. a) Brasil, Índia, África do Sul, Argentina e TigresAsiáticos (Coréia do Sul, Formosa ou Taiwan, Cin-gapura e Hong Kong). Esses países experimenta-ram um rápido processo de industrialização no pós-

guerra. Em seus territórios formaram-se grandesconcentrações industriais, sem tirar-lhes a carac-terística de áreas que geram e exportam produ-tos primários.

b) O Estado participava da economia, gerenciando osinvestimentos, os empréstimos externos (endivida-mento) e favorecendo a entrada de indústrias es-trangeiras e o aumento da produção de riquezas.Esse modelo de crescimento econômico acarretougraves conseqüências sociais, como o aumento dasdesigualdades na distribuição de renda, o cresci-mento do desemprego e do subemprego, e a urba-nização desorganizada, com formação de favelas.

4. a) Na década de 1990 o Brasil abriu-se ao capital ex-terno e ao neoliberalismo, desarticulando setoresestratégicos e conquistas econômicas e sociais.Outros países entre os chamados de mercados emer-gentes, como a China e a Índia, possuem um proje-to de desenvolvimento centrado em políticas de in-teresse nacional.

b) Proteção às iniciativas nacionais contra a concor-rência internacional, mudanças estruturais para as-segurar o desenvolvimento de atividades produti-vas, superação dos desequilíbrios sociais.

5. É um modelo excludente porque afasta a maior parteda população, exatamente os mais necessitados, dosbenefícios gerados pelo crescimento econômico. É con-centrador porque a maior parte da renda e da riquezado país permanece com uma parcela muito reduzidada população (os ricos).

6. a) A pobreza e a miséria atingem a metade da popula-ção brasileira. Na escala de desenvolvimento humano,de 1990 para 1998 o Brasil caiu do 59º- lugar para o79º-. O desemprego chega a uma situação crítica e oBrasil apresenta uma das piores distribuições derenda do mundo.

b) Não, pois no Brasil os índices tomados como refe-rência pelo autor deixam a desejar. O descompassoentre o desempenho econômico e as condições debem-estar social é muito grande.

7. O Brasil apresenta elevada população urbana (81,2%)e é o quinto país mais populoso do mundo. Emboramilhões de brasileiros vivam abaixo da linha de pobre-za, sem condições de atender às suas necessidades bá-sicas, há uma classe média numerosa, com condiçõespara o consumo. Já nos países da Europa, em geral, ocrescimento populacional é bem limitado. Nos paísesde mercados maduros, o consumo cresce no mesmoritmo em que cresce a população, ou seja, lentamente.

8. a) Os países que integram o Mercosul são: Argen-tina, Brasil, Paraguai e Uruguai. O Chile e a Bo-lívia são membros associados ao Mercosul des-de 1996.

b) Os principais rios formadores da Bacia Platina são:Paraná, Paraguai e Uruguai.

c) O rio de maior aproveitamento hidroelétrico é o Pa-raná, e a maior usina hidroelétrica é a de Itaipu.

d) A Hidrovia Tietê—Paraná, com 2.400 km de percur-so navegável, ligando o interior de São Paulo (re-gião de Piracicaba) à região de Foz do Iguaçu.

9. Enquanto a União Européia é uma comunidade que,além da integração comercial de agora, pretende unirpolítica, monetária e economicamente os países eu-

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ropeus, a Alca pretende apenas estabelecer uma zonade livre comércio nas Américas. Outra diferença é queos países integrantes da UE são mais homogêneos emnível de desenvolvimento, enquanto, entre os previs-tos para compor a Alca, há grandes desníveis em ter-mos de desenvolvimento econômico e social.

Complementação e orientação didática

O objetivo operacional deste capítulo é que os alunosreconheçam que muitas situações individuais não são fatosisolados, existindo estruturas mundiais responsáveis por elas.São situações que ocorrem no universo próximo de qual-quer brasileiro, sendo conveniente que os alunos façam umlevantamento de pessoas suas conhecidas que vivam pro-blemas semelhantes aos analisados nos textos 1 e 2 do Ava-lie seu aprendizado (p. 295), especificando como cada umaconseguiu contorná-los ou encontrar formas de vencê-los.

É um bom momento para a discussão do combate àpobreza e ao empobrecimento, a partir da qual os alunospercebam que o poder público, em todas as esferas, temum papel fundamental nesse processo e deve ser cobradopara contribuir eficazmente para essa finalidade. Mas adiscussão deve levar a que se perceba que as soluções po-dem vir também das próprias pessoas atingidas por esseprocesso, com sua participação em ações comunitárias (co-operativas, mutirões) ou mesmo a partir de aptidões esoluções criativas individuais.

Para reforçar a compreensão de como as relaçõesinternacionais afetam a economia nacional, o(a) professor(a)poderá pedir um trabalho de pesquisa em jornais em queo foco seja colocado sobre as condições internas do paísdurante o ano (crises econômicas e grau de endividamen-to), as reações da economia internacional em relação àbrasileira, a atuação do país no cenário mundial.

Os alunos poderão também fazer uma pesquisa emagências classificatórias do chamado risco Brasil. For-necemos a seguir um exemplo de reportagem que podeser trabalhada para maior compreensão dessa questão.

“Saiba mais sobre o risco-paísO chamado risco soberano reflete a percep-

ção de segurança que os investidores externos têmem relação a um país.

Esse risco é medido pelo número de pontospercentuais de juros que determinado governo temde pagar a mais que os Estados Unidos para con-seguir empréstimos no exterior.

A taxa de risco de um país afeta não apenasas finanças do governo, mas toda a economia.Quando o risco soberano de um país aumenta, ostítulos emitidos pelo governo ficam mais atrativospara os bancos.

Em conseqüência disso, as instituições finan-ceiras destinam uma fatia maior de seus investi-mentos para comprar esses títulos públicos, redu-zindo os recursos disponíveis para financiar ope-rações de crédito e investimento.

A menor oferta de crédito no mercado aca-ba levando a um aumento das taxas de juros, oque, por outro lado, acaba freando a economia.”

Folha Online, 6 maio 2002.

Os alunos poderão fazer um levantamento, duranteo ano, da evolução da Alca, cuja data limite de concreti-zação é o ano de 2005, pesquisando as vantagens e im-pactos que poderá trazer para a economia regional e parao país. Orientar para que façam uma leitura detalhada dosartigos selecionados, procurando o significado de pala-vras desconhecidas no dicionário, marcando o nome dojornal e do jornalista que assina cada um e a data de pu-blicação, destaquem as principais idéias dos artigos e ela-borem um texto com conclusões próprias. A etapa seguinteé a exposição para a classe ou discussão do tema, sociali-zando as informações.

Em pauta: vestibulares e Enem (p. 452)1. a 2. d 3. b4. a) O aluno pode citar como exemplos dessas organi-

zações: o FMI (Fundo Monetário Internacional), oBanco Mundial, o Gatt (Acordo Geral de Tarifas eComércio), a atual OMC (Organização Mundial deComércio), entre outras.

b) Essas organizações interferem fortemente nas po-líticas econômicas e sociais de países endividados,como o Brasil, tomando decisões e definindo regras.Em troca de ajuda econômica, o FMI e o BancoMundial impõem ao Brasil, entre outras medidas, aprivatização de empresas estatais e o aumento daarrecadação de impostos e taxas. Para atender a estaúltima exigência, e obter o chamado aumento dosuperávit primário, o governo brasileiro é obriga-do a restringir as despesas com saúde, educação,previdência, saneamento básico etc., o que resultaem prejuízo para a população.

5. d6. a) Um dos fatores que contribuem para classificar o

Brasil como a décima segunda economia mundial éo seu PIB elevado, decorrente do crescimento in-dustrial acentuado durante o governo militar. Ochamado “milagre brasileiro”, ocorrido nesse pe-ríodo, permitiu um crescimento da economia nacio-nal graças à entrada de capital estrangeiro e ao en-dividamento externo. As políticas econômicas ado-tadas, além de levar à concentração de renda, nãopermitiram aumento de salários, de modo a atrairnovos investimentos estrangeiros.

b) Ao reduzir os índices de aumento salarial, a políti-ca do “milagre econômico” provocou uma forte con-centração de renda e não realizou os investimentossociais necessários para superar as desigualdadesassim criadas.

7. a 8. c 9. d10. a) A Alca (Área de Livre Comércio das Américas)

propõe o estabelecimento de um megabloco eco-nômico, com a total eliminação das barreiras co-merciais entre os países do continente americano,com exceção de Cuba.

b) Por meio da Alca, os EUA pretendem expandir seucomércio com os países do continente americano,estabelecendo sua hegemonia e dificultando aampliação dos interesses da União Européia naregião. Com esse acordo, o governo estaduniden-se conseguiria um aumento de suas exportações eum equilíbrio de sua balança comercial, que vemse apresentando deficitária.

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c) Antes de começar a operar a Alca, os países do Mer-cosul (bloco econômico que reúne Uruguai, Paraguai,Argentina e Brasil) pretendem garantir a consolida-ção e a expansão desse bloco. O governo brasileirotem especial interesse nessa consolidação, pois, porintermédio do Mercosul, poderia estabelecer uma he-gemonia regional antes da efetivação de um blococontinental com hegemonia dos EUA.

11. b 12. a 13. c 14. d

4. Sugestões de questões para avaliação

• Cite dois fatores responsáveis pela crise econô-mica brasileira no início da década de 1980. (p.282-283)

• Cite duas conseqüências da globalização para aeconomia brasileira. (p. 285)

• Explique o que é Índice de Gini. (p. 286)

• Analisando o mapa da figura 11 (O IDH dos esta-dos brasileiros), quais estados apresentam osmelhores e piores IDHs? (p. 287)

• Qual a importância da ciência, tecnologia e educa-ção para o desenvolvimento de um país? (p. 288)

• O que é analfabetismo funcional? Fale sobre essataxa nas regiões brasileiras. (p. 288)

• Qual a relação entre escolarização e renda percapita? (p. 288)

• De que forma a escolaridade influi nos rendimen-tos? (p. 288)

• Fale sobre a mortalidade infantil no Brasil: com-pare-a com a de países desenvolvidos e entre asregiões brasileiras. (p. 289)

• Quais os países-membros, os objetivos e os pro-blemas enfrentados pela Alalc? (p. 289-290)

• Diferencie a América Anglo-saxônica e a Améri-ca Latina. (p. 290)

• Leia o texto do quadro “A nação americana: dosonho à prática” (p. 291) e compare as idéias deSimón Bolívar com as de James Monroe.

• Quais as vantagens do gasoduto Bolívia—Brasilpara esses dois países? (p. 292)

• Cite três objetivos do Mercosul. (p. 292)

• Qual a importância da Hidrovia Tietê—Paraná parao Mercosul? (p. 294)

UNIDADE

II

A QUESTÃO AMBIENTALNO BRASIL E OS

ECOSSISTEMAS NATURAISO objetivo central desta unidade é que o aluno possa perceber que o desenvolvimento das sociedades

é um processo constante de relações com os espaços físicos. O reconhecimento detalhado das característi-cas do espaço natural brasileiro (geologia, relevo, clima, bacias hidrográficas, potencial hidroelétrico, rios,vegetação) permite detectar os principais impactos ambientais provenientes da utilização deste espaço.

Capítulo 3 O relevo brasileiro

1. Objetivos

Neste capítulo caracterizamos o espaço natural bra-sileiro e estudamos sua história e estrutura geológica.Procuramos oferecer as bases para que os alunos:

• compreendam a importância dos agentes exter-nos (clima, rio e outros) na grande variedade deformas de relevo existente no Brasil;

• relacionem a existência de altitudes modestas como passado geológico do território e com os agen-tes erosivos;

• reconheçam as principais classificações do rele-vo brasileiro (de Aroldo de Azevedo, de Aziz N.Ab’Sáber, de Jurandyr L. S. Ross e do IBGE), aimportância de cada uma e constatem os avançosobtidos nesse estudo com a utilização de novastecnologias;

• identifiquem as principais unidades de relevo bra-sileiro (planalto, depressão e planície), sua locali-zação e seus processos morfoestruturais.

2. Conceitos e temas desenvolvidos

Agentes externos do relevo; dobramentos antigos;planaltos cristalinos; embasamento ou complexo cristali-no; núcleo ou escudos (Brasileiro, das Guianas, Sul-Ama-zônico, Atlântico, Uruguaio-Sul-Rio-Grandense); bacias se-dimentares (idade, extensão); ponto culminante; hipsome-tria; aerofotogrametria; estereoscópio; visão tridimensi-onal; Projeto RadamBrasil; mares de morros; serras; cha-padas; cuestas; depressão continental absoluta e relativa(periférica, marginal, interplanáltica); perfil de relevo;processos e unidades morfoestruturais; formas residuais.

3. Encaminhamento das atividades e resoluçãodos exercícios

Avalie seu aprendizado (p. 306-307)

Construindo conhecimento

1. Aroldo de Azevedo classificou o relevo do Brasil emsete grandes unidades: quatro planaltos (das Guianas,

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Central, Atlântico e Meridional) e três planícies (Ama-zônica, Costeira e do Pantanal).

2. Segundo Aroldo de Azevedo e Aziz Ab’Sáber, predo-minam os planaltos e as planícies. Segundo JurandyrRoss, predominam os planaltos e as depressões.

3. Aziz Ab’Sáber dividiu o Planalto Atlântico em duasunidades (Planalto Nordestino, e Serras e Planaltos doLeste e Sudeste) e acrescentou à nova divisão dois ou-tros planaltos (do Maranhão-Piauí e Uruguaio-Sul-Rio-Grandense), elevando para dez o número total de gran-des unidades do relevo brasileiro.

4. a) Nas classificações de Aroldo de Azevedo e Aziz N.Ab’Sáber, a Planície Amazônica abrangia uma áreamuito maior. Na proposta de Jurandyr Ross, 95%dessa área correspondem a outras formas de rele-vo, como depressões (por exemplo, da AmazôniaOcidental e Marginal Norte-Amazônica) e planaltos(por exemplo, da Amazônia Oriental e Residuais Sul-Amazônicos).

b) O Planalto das Guianas passou a ser denominadoPlanaltos Residuais Norte-Amazônicos e restringiu-se à porção extremo-norte do Brasil. O PlanaltoCentral foi subdividido em unidades menores. OPlanalto Meridional recebeu o nome de Planaltos eChapadas da Bacia do Paraná. O Planalto Atlântico(Serras e Planaltos do Leste e Sudeste, na denomi-nação de Aziz Ab’Sáber) passou para Planaltos eSerras do Atlântico Leste-Sudeste.

c) Nas classificações anteriores, o relevo brasileirocompreendia apenas planaltos e planícies. JurandyrRoss introduziu um novo conceito geomorfológico:o de depressão. Não há terrenos vulcânicos, anti-gos ou recentes aqui.

Fixando o conteúdo

5. e. Não há terrenos vulcânicos, antigos ou recentes, aqui.6. A modéstia das altitudes do relevo brasileiro decorre

da inexistência de dobramentos modernos e da inten-sa ação erosiva que, ao longo do tempo, desgastou asáreas mais salientes.

7. Fotos e imagens aéreas fornecem informações maisprecisas e rápidas, com facilidade de interpretação,diminuindo custosos e demorados levantamentos ter-restres.

8. Depressão é uma superfície com suave inclinação eformada por prolongados processos de erosão.Professor(a), no Brasil só existem depressões relati-vas. São menos irregulares do que os planaltos e si-tuam-se em altitudes que vão desde 100 até 500 m oumais. Seus subtipos são: as periféricas (de forma alon-gada, que aparecem na zona de contato entre terre-nos sedimentares e cristalinos); as marginais (mar-geiam as bordas de bacias sedimentares); as inter-planálticas (áreas de altitude mais baixa que a dosplanaltos que as circundam).

9. Planícies e Tabuleiros Litorâneos, Depressão Sertane-ja e do São Francisco, Planaltos e Chapadas da Baciado Parnaíba, Depressão do Tocantins, Planaltos e Cha-padas da Bacia do Parnaíba, Depressão do Araguaia,Planície do Rio Araguaia, Depressão do Araguaia, Pla-nalto e Chapada dos Parecis, Depressão Marginal Sul-Amazônica, Planaltos Residuais Sul-Amazônicos.

Complementação e orientação didática

É muito importante conhecer o relevo e principalmenteentender os mecanismos naturais e suas leis específicas parapoder planejar melhor a ocupação de uma área. Os alunospoderão aprofundar o tema do capítulo com um trabalhode pesquisa. O(A) professor(a) poderá sugerir que recortemartigos de jornais sobre deslizamentos de terra em encostasde morros, que acabaram resultando em destruição e mor-tes, ou de inundações em planícies ou depressões, que dei-xaram desabrigados e causaram afogamentos.

O(A) professor(a) deverá pedir aos alunos que ex-traiam do capítulo as definições de planaltos, planícies edepressões, e comparem os processos que originaram cadaum. A partir da compreensão desses conceitos, eles po-derão relacionar as formas do relevo com as catástrofes(desmoronamentos e enchentes).

Os alunos devem perceber que os planaltos e as de-pressões resultam de processos erosivos, enquanto as pla-nícies formam-se por acúmulo de sedimentos provenien-tes dos outros relevos.

Deve ficar claro que a ocupação das áreas de encostasrepresenta sempre um risco e um desafio às forças natu-rais, sendo importante que os alunos reconheçam que osdesbarrancamentos são apenas uma resposta natural dosmateriais à ação da água e da gravidade. A destruição ouerosão é maior em lugares de maior altitude, por causa daforça da gravidade e da ação erosiva e velocidade das águas.

Nas áreas de planície ou de depressão, os rios per-dem a força. Por serem mais planas, sofrem menos a açãoda gravidade. Por outro lado, são áreas de deposição ousedimentação, estando mais sujeitas às inundações (prin-cipalmente as suas margens e várzeas).

A partir dessa constatação, os alunos compreende-rão que os dois processos, o de erosão e o de sedimenta-ção, encontram-se estreitamente ligados, pois o materialretirado de um lugar é depositado em outro. Compreen-derão, também, que o processo natural acontece indepen-dentemente das ações humanas, mas que estas o alterame o acentuam. Os problemas são maiores à medida queaumenta a atividade antrópica e a utilização de tecnologi-as. Por exemplo, a retirada da cobertura vegetal, a urba-nização, a industrialização, a agricultura e a pecuária au-mentam os desequilíbrios, ou melhor, obrigam a nature-za a buscar um novo equilíbrio.

Nos dois casos, importa discutir o sítio urbano, amaneira como as pessoas e mesmo uma cidade se instala-ram num determinado relevo, e como se dá sua expansãopara as chamadas áreas de risco.

Em pauta: vestibulares e Enem (p. 454-456)1. c 2. e 3. d4. a) A relação correta do perfil traçado é: 1-c, 2-b e 3-a.

b) Os perfis apresentam uma direção geral noroeste-sudeste. No perfil 1 predominam os planaltos, e amaior parte de suas superfícies situa-se entre 500 e1.000 metros de altitude. Os planaltos também pre-dominam no perfil 2, mas aqui a extensão superfi-cial em geral fica abaixo de 500 metros. No perfil 3encontram-se os maiores desníveis altimétricos: osplanaltos situam-se em torno de 500 a 3.000 metrosno extremo noroeste, mas também há extensas su-perfícies planálticas abaixo de 500 metros.

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5. a) A erosão na costa de Alagoas e Pernambuco é de-corrente do cultivo extensivo da cana.

b) O fenômeno se verifica nos tabuleiros, forma topo-gráfica de terreno semelhante a planaltos que emgeral se interrompem abruptamente. Trata-se de umapaisagem de topografia plana, sedimentar e de bai-xa altitude, presente em quase toda a costa do Nor-deste brasileiro. Obs.: a foto que ilustra a questão éuma falésia no litoral de Natal (RN, 2000).

c) Domínio do clima tropical úmido com resquícios deMata Atlântica.

6. d7. a) A figura apresenta as seguintes formas de relevo:

planície (incluindo a várzea do rio), platôs e encos-tas de planalto.

b) A urbanização é dificultada nas áreas de encosta,devido à possibilidade de deslizamento, e nas áreasda várzea, por causa das enchentes.

c) No decorrer da história, os assentamentos huma-nos desenvolveram-se nas várzeas dos rios, pois essasregiões, além de férteis e propícias ao desenvolvi-mento agrícola, permitiam aproveitar melhor oscursos fluviais para transporte, abastecimento hí-drico e fonte de alimento (pesca).

4. Sugestões de questões para avaliação

• Explique os motivos da riqueza morfológica doterritório brasileiro. (p. 300)

• Quais agentes externos e internos mais partici-param da formação do relevo brasileiro? (p. 300)

• Onde se encontra a maior parte de terras altas doBrasil? (p. 301)

• Cite dois fatores que fizeram com que a classifi-cação de Aroldo de Azevedo tenha tido grandeaceitação. (p. 301)

• O que foi o projeto RadamBrasil? (p. 302)• Quais foram os critérios utilizados por Jurandyr

L. S. Ross e sua equipe de geógrafos para classi-ficar o relevo brasileiro? (p. 303)

• Cite três planaltos classificados por Jurandyr Ross.(p. 303)

• Defina depressão periférica, depressão marginale depressão interplanáltica e cite um exemplo decada uma no Brasil. (p. 304)

• Quais critérios o IBGE utilizou para sua classifi-cação do relevo? (p. 305)

Capítulo 4 Os recursos minerais e aquestão ambiental no Brasil

1. Objetivos

Este capítulo trata dos recursos minerais do Brasil,sua importância na economia nacional e a indústria damineração brasileira, além de sintetizar os problemasambientais e fazer um retrospecto dessa questão no Bra-sil: instituições e leis.

Ao final do estudo deste capítulo os alunos deverãoser capazes também de:

• perceber a importância dos minerais no desen-volvimento econômico do país, compreendendoque as fases da mineração e as mudanças na le-gislação nacional pertinente estão relacionadas

com a industrialização e com a disputa pela suaexploração;

• discutir as privatizações das empresas de explo-ração mineral e das indústrias de transformaçãomineral;

• identificar os minerais mais produzidos no Bra-sil, as áreas produtoras, as características da pro-dução e a participação do país no mercado inter-nacional e interno nesse setor;

• analisar os principais projetos minerais e as im-plicações sociais, econômicas e ambientais decor-rentes da obtenção desses metais;

• conhecer as instituições brasileiras responsáveispela proteção ambiental;

• identificar as instituições que regulamentam autilização dos recursos naturais no Brasil;

• reconhecer os principais problemas ambientais noBrasil: poluição atmosférica e desmatamento;

• relacionar saneamento básico e destino do lixo comqualidade de vida;

• identificar as principais formas de tratamento edestinação do lixo.

2. Conceitos e temas desenvolvidos

Código de Minas; monopólio estatal; privatizações;Programa Nacional de Desestatização; indústrias de trans-formação mineral; Quadrilátero Ferrífero; metais pesados;Código de Águas; Código Florestal; Secretaria Especialdo Meio Ambiente (Sema); Conselho Nacional do MeioAmbiente (Conama); Instituto Brasileiro do Meio Ambi-ente (Ibama); Política Nacional do Meio Ambiente; áreasespeciais ou áreas de conservação do meio ambiente; Pro-grama Nacional de Florestas; poluição do ar; desmatamento;queimadas; problemas ambientais urbanos no Brasil; sa-neamento básico; lixão; chorume; vazadouro a céu aber-to; aterro (controlado, sanitário); usina (de compostagem,de reciclagem, de incineração).

3. Encaminhamento das atividades e resoluçãodos exercícios

Avalie seu aprendizado (p. 316-317)

Fixando o conteúdo

1. a) Código de Minas de 1930 — empresas brasileirasb) Constituição de 1934 — capital estrangeiroc) Constituição de 1937 — empresas brasileirasd) Constituição de 1967 — capital estrangeiroe) Constituição de 1988 — empresas brasileirasf) Emenda à Constituição, de 15 de agosto de 1995 —

capital estrangeiro2. Minerais metálicos: ferro — Minas Gerais, Pará; ouro

— Minas Gerais, Pará; bauxita (alumínio) — Minas Ge-rais, Pará; manganês — Pará, Mato Grosso do Sul.Combustíveis fósseis: petróleo — Rio de Janeiro, RioGrande do Norte; gás natural — Bahia, Rio Grande doNorte; carvão mineral — Santa Catarina, Rio Grandedo Sul.

3. A partir da década de 1940, com a implantação da in-dústria siderúrgica de grande porte, a atividade mine-radora transformou-se no principal alicerce do desen-volvimento industrial do país.

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4. a) A exploração de bauxita (minério de alumínio). Asáreas assinaladas com a letra A correspondem àsprincipais reservas do minério de ferro no país: oQuadrilátero Ferrífero (MG) e a Serra de Carajás.A letra B corresponde às principais áreas produto-ras de bauxita: projetos Trombetas (Pará), Albrás-Alunorte e Alumar.

b) As principais áreas produtoras de manganês são oQuadrilátero Ferrífero (MG), a Serra do Navio (AP),Marabá-Itupiranga e Carajás (PA) e Maciço de Uru-cum (MS).

c) As principais jazidas de minerais metálicos (ferro,manganês, bauxita) estão em terrenos do escudo cris-talino. É o caso das jazidas de ferro no Quadriláte-ro Ferrífero (MG), da Serra de Carajás (PA) e doMaciço de Urucum (MS); das jazidas de manganêsda Serra do Navio (AP); da bauxita de Oriximiná (PA);da cassiterita de Rondônia. Os combustíveis fósseis(carvão e petróleo) encontram-se em bacias sedi-mentares ou na plataforma continental.

5. a) Sim, o desmatamento ocasionou a erosão do solo e odesbarrancamento. Certamente modificou a vida ter-restre e aquática e provocou o assoreamento do rio.

b) São as interações entre os vários elementos do sis-tema terrestre: atmosfera, oceano, massa terrestre,seres vivos.

6. Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) e Ins-tituto Brasileiro do Meio Ambiente.

7. Os principais problemas ambientais no Brasil são: quei-madas, desmatamento, poluição atmosférica, dos so-los e das águas, ocupação desordenada do solo, ero-são, contaminação dos rios, envenenamento das plan-tas, dos solos e dos animais por agrotóxicos, deterio-ração urbana, pobreza.

8. O desmatamento ameaça não só as florestas. Nas últi-mas décadas, concentrou-se principalmente no cerra-do e na Floresta Amazônica. O cerrado está com ape-nas 3% de sua área original preservada. A situação dacaatinga não é melhor. Considerada um bioma exclu-sivo no mundo, enfrenta séria degradação. Situada emregião de baixa pluviometria, a perda da biodiversida-de e a erosão do solo resultam no fracasso das lavou-ras, agravando a fome e os problemas sociais.

9. Os problemas ambientais das cidades brasileiras (po-luição do ar, das águas, sonora e visual, lixo urbano,ocupação desordenada, esgotos a céu aberto, enchen-tes, moradias inadequadas, pobreza, péssimas condi-ções de higiene pública) são portas abertas para o sur-gimento de novas doenças, como o estresse, e o res-surgimento de doenças ou infecções antigas e de epi-demias de difícil controle, como o cólera e o dengue.

Em pauta: vestibulares e Enem (p. 456)1. e 2. a 3. b 4. a 5. d

Complementação e orientação didática

Os alunos podem fazer uma pesquisa de aprofunda-mento sobre os grandes projetos minerais (QuadriláteroCentral ou Ferrífero, Carajás, Maciço de Urucum, Serrado Navio, Marabá-Itupiranga, Barcarena, Trombetas ouOriximiná, Albrás-Alunorte, Caraíbas, Paragominas, Pe-tromisa, Alumar) nos seguintes aspectos: empresas parti-

cipantes e suas nacionalidades, condições de exploraçãoe de trabalho, previsão de esgotamento das jazidas, im-pactos sociais e ambientais dos projetos.

O(A) professor(a) poderá pedir aos alunos um levan-tamento do destino do lixo na cidade, com o objetivo decomparar e levantar as desvantagens do vazadouro a céuaberto, dos aterros (controlado, sanitário) e das usinas deincineração e finalmente verificar a existência na cidadede formas mais corretas de coleta e de tratamento do lixo,como coleta seletiva e usinas de compostagem e de reci-clagem, fazendo, se possível, uma visita a alguma destas.

4. Sugestões de questões para avaliação

• Explique os objetivos do Código de Minas. (p. 308)• Quem pode obter autorização para pesquisa e

exploração dos recursos minerais do país? (p.309)• Quais minérios destacam-se nas exportações bra-

sileiras? (p. 310)• Cite duas características da exploração do miné-

rio de ferro no Brasil. (p. 310)• Quais são os principais produtores de manganês

no Brasil e no mundo? (p. 311, tabela)• Qual a principal utilização da bauxita e a localiza-

ção da principal jazida no Brasil? (p. 311-312)• Quais são os principais produtores de cassiterita

no Brasil e que grupos são responsáveis pela suaexploração? (p. 312)

• Cite exemplos de entidades no Brasil criadas paracuidar da questão ambiental. (p. 313)

• Cite duas leis voltadas à regulamentação o uso dosrecursos naturais no Brasil. (p. 313)

• Cite quatro problemas urbanos brasileiros. (p. 315)• Qual a importância do saneamento básico? Quais

estados apresentam melhor e pior desempenhoneste setor? (p. 315)

• O que é aterro sanitário, quais são as suas vanta-gens e desvantagens? (p. 316)

• Por que os lixões constituem grave problemaambiental? (p. 316)

Capítulo 5 Clima, hidrografia, vegetaçãoe domínios morfoclimáticosno Brasil

1. Objetivos

Procuramos, neste capítulo, trabalhar seus tópicosa partir da abordagem dos processos responsáveis peloclima brasileiro e pela hidrografia, as leis que os regu-lam, sua dinâmica e suas interações. Estudando a dinâmi-ca do clima, os alunos estarão, também, em condições decompreender a organização das bacias hidrográficas, osregimes de seus rios e suas relações com as diferentespaisagens vegetais.

Nesse estudo, os alunos terão de:• analisar os mecanismos responsáveis pela circu-

lação das diversas massas de ar que atuam no Brasile reconhecer sua importância, suas áreas de atu-ação e as instabilidades que provocam;

• diferenciar os tipos de clima no Brasil e relacio-ná-los com as massas de ar, a pluviosidade, o re-levo e a produção agrícola;

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• identificar anomalias climáticas;• compreender o papel da hidrografia na modela-

gem do relevo;• caracterizar e distinguir formas de utilização das

principais bacias hidrográficas brasileiras: Ama-zônica, do Tocantins-Araguaia, do São Francis-co, do Paraná, do Paraguai, do Uruguai;

• tomar conhecimento dos impactos ambientaisprovocados pelas atividades humanas nos rios edo projeto de transposição do São Francisco, seusbenefícios e malefícios;

• compreender a importância das florestas tropi-cais, sua diversidade, os motivos de sua destrui-ção e as conseqüências dos desmatamentos;

• perceber o papel que desempenham as florestas noambiente e a importância de seu uso sustentável;

• diferenciar formações florestais e arbustivas;• caracterizar as diversas formações vegetais bra-

sileiras (Floresta Amazônica, Mata Atlântica, Matade Araucária, Mata dos Cocais, cerrado, campos,caatinga e formações complexas e litorâneas),demonstrando como esses elementos se combi-nam no espaço formando domínios morfoclimá-ticos com características diferenciadas;

• caracterizar áreas especiais ou de proteção am-biental e distinguir as unidades de conservaçãode proteção integral das de uso sustentável;

• discutir questões como a exploração dos recur-sos naturais e a biopirataria no Brasil.

2. Conceitos e temas desenvolvidos

Massas de ar com atuação no Brasil (Polar Atlânti-ca, Equatorial Atlântica, Tropical Atlântica, Tropical Con-tinental, Equatorial Continental); climas brasileiros (tro-pical, tropical semi-árido, subtropical úmido, equatorial,litorâneo úmido); bacias hidrográficas (principais e secun-dárias); Hidrovia Tietê—Paraná; impacto ambiental; Es-tudo de Impacto Ambiental (EIA); Relatório de ImpactoAmbiental (Rima); transposição (de rios); extrativismovegetal; biodiversidade; formações florestais (Mata Atlân-tica; Mata dos Pinhais ou de Araucárias; Floresta Amazô-nica; mata de igapó; mata de várzea; mata de terra firmeou caaetê; Mata dos Cocais); formações arbustivas (cer-rado; savana; campos; caatinga); húmus; Complexo doPantanal; vegetação litorânea; mangue; domínios morfo-climáticos ou domínios morfoclimatobotânicos; mares demorros; escarpas planálticas; coxilhas; Pampa; CampanhaGaúcha; áreas especiais ou áreas de proteção ambiental;unidades de conservação (de proteção integral e de usosustentável); estações ecológicas; parques nacionais; re-servas biológicas; reservas extrativistas; áreas de relevanteinteresse ecológico; biopirataria.

3. Encaminhamento das atividades e resoluçãodos exercícios

Avalie seu aprendizado (p. 331-332)

Construindo conhecimento

1. a) A vegetação do sertão nordestino, a caatinga, é umaformação arbustiva, pois mostra predominância deervas e arbustos. A vegetação amazônica mostra-

da é uma formação florestal, pois nela predomi-nam as árvores.

b) Na foto 1, pelo solo areno-so, pela escassez de vege-tação e pelo predomínio decactáceas, característicasde uma região com poucachuva, de clima árido. Nafoto 2, a grande quantida-de de árvores indica a pre-sença de muita chuva, ca-racterística do clima úmi-do (equatorial, no caso).

Foto 1. Vegetação característicado Sertão nordestino(Sobral, CE, 1998).

c) A destruição das florestas provoca a extinção deespécies de plantas e de animais. Os solos tornam-se inférteis, propensos à erosão e às enchentes al-ternadas por secas. O clima local pode ficar maisseco e os rios são assoreados.

Fixando o conteúdo

2. a) Massa Equatorial Continental.b) Massa Equatorial Atlântica.c) Massa Tropical Continental.d) Massa Tropical Atlântica.

3. a) A Polar Atlântica é fria e úmida, e originária do Atlân-tico sul. Sua influência se estende ao litoral nor-destino, à Amazônia ocidental e às regiões Sul eSudeste.

b) Chuvas frontais no litoral do Nordeste; quedas detemperatura e chuvas nos estados do Sudeste; gea-das e neve nos estados sulinos; friagem na Amazô-nia ocidental.

4. A Mata Atlântica, que cobria grande parte do litoralbrasileiro, foi o primeiro recurso natural economica-mente explorado no Brasil pelos colonizadores euro-peus, pela extração do pau-brasil. Em seguida houvea substituição da vegetação natural por monocultu-ras de exportação, pastagens etc. Nas regiões maisindustrializadas ou de ocupação mais antiga do lito-ral (Nordeste, Sudeste e Sul), pouco restou da vegeta-ção primitiva.

Foto 2. Vegetação típica da Amazônia (Rio Negro, AM, 1994).

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5. Em pauta: vestibulares e Enem (p. 456)1. a) O texto refere-se aos manguezais ou mangues. Obs.:

a foto que ilustra a questão mostra trecho de man-gue na Ilha do Cardoso (SP, 1992).

b) Essas formações vegetais constituem um viveiro na-tural ou berçário de várias espécies marinhas, queali podem se reproduzir e desenvolver. Além de servirde abrigo para microorganismos, os mangues têmimportante papel na deposição de sedimentos, am-pliando a zona litorânea e protegendo a costa con-tra a erosão. Atuam também como filtro biológico(natural) na purificação das águas.

c) Dentre as atividades socioeconômicas que contri-buem para a degradação dos manguezais incluem-se: desmatamento e exploração de madeiras; pescapredatória; expansão urbana com despejo de esgo-tos urbano e industrial; construção de marinas eportos; realização de aterros para a construção ci-vil; implantação de complexos industriais etc.

2. b 3. e 4. c 5. d 6. c 7. c 8. c 9. b 10. a

4. Sugestões de questões para avaliação

• Que são massas de ar? Como influenciam o climade uma região? (p. 318)

• Qual a área de origem da Massa Equatorial Con-tinental e que tipos de chuva provoca no verão?(p. 318-319)

• Explique por que a diversidade climática é bené-fica para o país. (p. 319)

• Cite duas características do clima predominanteno Brasil. (p. 319-320)

• Explique as causas das secas prolongadas no Sertãonordestino. (p. 320)

• Por que o Sul do país apresenta invernos rigoro-sos? (p. 320)

• Quais são as causas supostas da ocorrência do ElNiño? (p. 321)

• Cite duas formas de utilização da Bacia Amazô-nica. (p. 322)

• Leia o texto do quadro “O Rio Amazonas que nãoestá no mapa” e responda: por que esse rio podeser considerado o maior do mundo? (p. 323)

• Qual a importância da Bacia do São Francisco?(p. 323)

• Cite dois fatores que fazem a Bacia do Paraná terlugar de destaque no cenário nacional. (p. 323)

• Que países são banhados pelo Rio Paraguai?(p. 324)

• Cite duas formas de degradação dos rios. (p. 324)• Explique as linhas gerais do projeto de transpo-

sição do Rio São Francisco. (p. 325)• Qual a localização da Mata dos Cocais, seu clima

e as espécies vegetais predominantes? (p. 327)• Caracterize o clima e a vegetação do cerrado.

(p. 327)• Cite duas características do Pantanal. (p. 328)• Qual a importância do manguezal e as conse-

qüências de sua degradação? (p. 328)• O que são domínios morfoclimáticos? (p. 328)• Caracterize os domínios dos mares de morros e

das pradarias. (p. 329)

6. O clima tropical de altitude diferencia-se do tropicalcontinental por ser mais chuvoso e por apresentar tem-peraturas mais baixas no verão e no inverno.

7. a) Cerrado. d) Pantanal.b) Caatinga. e) Manguezal.c) Campos.

Complementação e orientação didática

O(A) professor(a) poderá trabalhar com a tempora-lidade dos fenômenos que determinam o clima e o tempode um local. Para esta atividade deverá pedir aos alunosuma análise de mapas ou imagens de satélite de previsãodo tempo e seguir a duração dos fenômenos: quantos diasse passaram até haver mudança no tempo (chuva, geada,frio, calor e outras).

A análise dos fenômenos climáticos que levam maistempo permite entender as mudanças no ano, como as esta-ções, e determinar padrões, como a duração e a intensidadede cada estação. Para tanto, os alunos deverão pesquisarartigos de jornal que falem sobre mudanças climáticas noplaneta, como aquelas provocadas pelo El Niño, a desertifi-cação, as glaciações, as alterações da camada de ozônio.

O(A) professor(a) poderá também dividir a classe emgrupos e pedir-lhes trabalhos sobre os diversos domíniosmorfoclimáticos brasileiros, motivando-os a reconhecermais profundamente essas paisagens. O(A) professor(a)deverá sugerir que analisem, em um Atlas, o clima, o re-levo, a vegetação, a ocupação humana de cada um dosdomínios pesquisados. Os alunos poderão, então, fazeruma pesquisa da fauna e das formas de organização soci-al que se estruturam nesses espaços, como, por exemplo,a vida na caatinga, os povos das florestas tropicais.

A descoberta do funcionamento desses ecossistemasfornece condições para a compreensão dos processos queos regulam, suas leis e sua importância para a vida sobrea Terra.

Floresta Clima Algumas Tipos de

espécies ocupação

vegetais

Amazônica Equatorial Cedro, Pastagens,castanheira, projetosmogno, agrícolas eandiroba minerais, caça

e pescapredatórias

Mata Tropical Cedro, canela, ExploraçãoAtlântica úmido ipê, jacarandá, madeireira,

jatobá, monoculturaspau-brasil de exportação,

pastagens

Mata de Subtropical Pinheiro, Indústrias deAraucárias canela, imbuia, papel e de

erva-mate móveis,agricultura,pecuária

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UNIDADEIII

A ORGANIZAÇÃO DOESPAÇO DA PRODUÇÃO E

DA CIRCULAÇÃO NO BRASILA globalização e a modernização do processo produtivo brasileiro explicam de que forma a era tecno-

lógica vem alterando as atividades industriais, o comércio, as comunicações, o turismo, a agricultura, aexploração de recursos minerais, a utilização de energia e os transportes no Brasil, assuntos desta Unidade.

Capítulo 6 O espaço da atividadeindustrial no Brasil

1. Objetivos

Neste capítulo, estudamos a estrutura e o cresci-mento da indústria no Brasil, sua participação na eco-nomia nacional e situação no mundo globalizado, as ati-vidades industriais por região e as implicações para omeio ambiente.

Ao final dessa trajetória, os alunos deverão ser ca-pazes de:

• avaliar o processo de industrialização brasileira;• perceber as mudanças provocadas por essa ativi-

dade e identificar a sua participação na econo-mia brasileira, sua estrutura e seu crescimento;

• relacionar a utilização de novas tecnologias e oprocesso de abertura dos mercados com a exigên-cia de novos padrões de qualidade e com a ne-cessidade de ampliação da indústria de ponta edos tecnopólos no país;

• constatar as conseqüências desse processo nomercado de trabalho nacional e na diminuição dasoportunidades;

• identificar a distribuição regional da atividadeindustrial e sua participação por regiões e porestados no Brasil;

• reconhecer os custos sociais e ambientais da in-dustrialização acelerada no país.

2. Conceitos e temas desenvolvidos

Substituição de importações; Plano de Metas; con-centração industrial; desconcentração industrial ou des-centralização industrial; incentivos fiscais; guerra fiscal;tecnopólo; eixos industriais; microempresas; complexoindustrial; zona industrial de livre comércio.

3. Encaminhamento das atividades e resoluçãodos exercícios

Avalie seu aprendizado (p. 345-346)

Construindo conhecimento

1. Na Região Sul: Rio Grande do Sul e Paraná. Na RegiãoSudeste: São Paulo e Rio de Janeiro. Na Região Nor-deste: Pernambuco e Bahia (Salvador).

2. A Região Sudeste, em particular o estado de São Pau-lo, apresenta forte concentração de empregos indus-triais. Os fatores que explicam essa concentração in-dustrial no estado de São Paulo são: mercado consu-midor amplo, boa infra-estrutura de serviços (energia,

transportes, comunicações, rede bancária, centros depesquisas) e mão-de-obra qualificada.

3. A análise do mapa permite verificar o deslocamentoda oferta de novos empregos das capitais dos estadospara áreas interiores. Verifica-se ainda o aumento daoferta de empregos nos estados do Sul (Paraná, SantaCatarina e Rio Grande do Sul), do Centro-Oeste e doNordeste, o que comprova a tendência de migração deindústrias para outras áreas (desconcentração).

4. O texto refere-se à Região Nordeste. As capitais men-cionadas são: Recife, Salvador e Fortaleza.

Fixando o conteúdo

5. A desconcentração industrial é um processo em queas indústrias abandonam áreas tradicionais, que apre-sentam custos de produção elevados, em busca de lo-calizações mais vantajosas, em geral áreas que ofere-çam mão-de-obra barata, mercado consumidor expres-sivo, isenções de impostos, incentivos fiscais.

6. Eixos: (A) Anchieta/Imigrantes, cidades de Santos eCubatão; (B) Dutra, cidade de São José dos Campos;(C) Anhangüera/Bandeirantes-Washington Luís, cidadede Campinas; (D) Castelo Branco/Raposo Tavares, ci-dade de Sorocaba.

7. a) ND; b) I; c) ND; d) C; e) ND; f) I; g) D; h) D.8. A tecnologia ocupa lugar cada vez mais importante na

produção industrial, que depende de inovações cons-tantes e de investimentos em pesquisas científicas. Daía necessidade de integração entre as indústrias e oslaboratórios de pesquisa, o que é a característica doscentros tecnológicos. As indústrias de ponta são dinâ-micas, empregam alta tecnologia, trabalho qualificadoe máquinas de ajuste flexível, que possibilitam modifi-cações rápidas no processo produtivo. Desenvolvem efornecem produtos dos seguintes ramos: informática(computadores), telecomunicações, lasers, eletroeletrô-nicos, química fina, biotecnologia, tecnologia nuclear,engenharia genética, aeroespacial.

9. Alguns lugares sem indústrias, mas que são afeta-dos por elas: florestas — extração de matérias-pri-mas vegetais (madeiras); desertos — extração de pe-tróleo; oceanos e mares — derramamento de petró-leo, lixo industrial; zona rural — mecanização agrí-cola, pesticidas.

Complementação e orientação didática

Neste capítulo, em um trabalho integrado com a dis-ciplina de História, o(a) professor(a) poderá resgatar oprocesso que caracterizou o surgimento da indústria nomunicípio da escola em que leciona. Se o município em

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que o aluno reside não contar com atividades industriaissignificativas, o(a) professor(a) poderá fazer a pesquisautilizando a principal cidade industrial do estado.

Os alunos deverão: identificar as fases de implanta-ção industrial, os tipos de indústrias do passado e a possí-vel diversidade atual, os bairros em que se localizavam asprimeiras indústrias e sua expansão; pesquisar até que pontoa indústria foi responsável pelo crescimento físico da cida-de, pela concentração populacional e pela construção doambiente urbano; aumento da instalação de equipamentose infra-estrutura como portos, rodovias, meios de comuni-cação, comércio, escolas; fazer um levantamento do tipo eda procedência da matéria-prima utilizada pela indústrialocal, da poluição industrial (especialmente quando se tra-tar de indústria petroquímica) e dos impactos no meioambiente provocados pela atividade que mantém.

Após a pesquisa, o(a) professor(a) pode promover adiscussão do tema: o papel da indústria no mundo mo-derno, sua importância no modo de vida das populaçõese os impactos ambientais que provoca.

Em pauta: vestibulares e Enem (p. 458)1. c 2. a 3. a4. a) Os municípios procuram atrair capitais dos setores

produtivos e de serviços, promovendo sobretudopolíticas públicas de incentivos fiscais, obras de in-fra-estrutura e doação de terrenos ou isenção de taxase impostos sobre esses.

b) Ford na Bahia; Volkswagen em Resende; Mercedes-Benz em Juiz de Fora; Renault no Paraná etc.

c) Dotação de infra-estrutura básica, de redes de co-municação e de transporte; doação de terrenos; fle-xibilização de leis trabalhistas e ambientais; quan-tidade e qualidade de mão-de-obra compatíveis comos diferentes tipos e modalidades de produção eserviços; matérias-primas a baixos custos.

5. d 6. b 7. a

4. Sugestões de questões para avaliação

• Até por volta da primeira metade do século XIX,onde se concentravam as indústrias de bens deconsumo no Brasil? (p. 336)

• Em 1970, qual era a situação espacial das indús-trias no país? (p. 336)

• De que maneira a modernização dos meios decomunicação permite a desconcentração indus-trial? (p. 338)

• Leia o texto do quadro “O trabalho e o futuro” (p.338). Faça um resumo das principais exigênciasdo mercado na era tecnológica.

• O que é guerra fiscal? Que benefícios ou desvan-tagens pode trazer para uma região? (p. 338)

• Explique a migração de indústrias das capitais parao interior de estados do Sudeste, do Sul e do Nor-deste. (p. 338)

• Que estratégias capacitam as indústrias a um ní-vel maior de competitividade? Compare o Brasile o Japão nesse aspecto. (p. 339)

• Explique a importância em investimentos em ci-ência e tecnologia (C&T). Que setor é privilegia-do com esses investimentos no Brasil? (p. 339)

• Qual o papel das microempresas no mercado detrabalho? (p. 340)

• Cite duas características da indústria do estadode São Paulo e duas áreas industriais. (p. 340)

• Por que Cubatão transformou-se em uma área degrande degradação e poluição atmosférica? (p. 341)

• Cite três pólos tecnológicos no estado de São Paulo.(p. 342)

• Qual o segundo maior parque industrial do Bra-sil? Cite duas áreas produtoras deste estado.(p. 342)

• Cite três características da indústria no Rio deJaneiro. (p. 342)

• Cite os estados de maior produção industrial daRegião Sul. (p. 343)

• Que tipos de indústria predominam atualmenteno Nordeste e quais são as principais áreas in-dustriais desta região? (p. 343)

• Explique o crescimento e a mudança na estruturaindustrial da Região Norte, nas últimas três dé-cadas. (p. 343-344)

Capítulo 7 A importância da energia nocrescimento econômico doBrasil

1. Objetivos

Este capítulo, destinado à detecção da importânciada energia no crescimento econômico do Brasil, inclui osestudos: do setor energético brasileiro; do uso preferen-cial da energia elétrica obtida a partir da força da águacorrente; da exploração e uso do petróleo e do carvão esuas implicações na economia brasileira; das perspecti-vas do uso de alternativas energéticas e sua grande viabi-lidade no país, com enfoque especial no Proálcool.

Os objetivos são de que, no final desse estudo, osalunos possam:

• analisar as principais modificações ocasionadaspelo processo de urbanização e industrializaçãona utilização de energia (substituição de fontestradicionais por fontes modernas) e o desenvol-vimento do setor energético no Brasil;

• identificar as principais usinas hidroelétricas eas bacias hidrográficas de maior aproveitamentono país;

• discutir o processo de privatizações no setor ener-gético e identificar as crises neste setor;

• discutir problemas energéticos e ambientais e arelação risco-benefício das diferentes fontes deenergia: petróleo, carvão mineral, energia nuclear;

• identificar as áreas de produção dos diferentestipos de energia e as formas de transporte;

• analisar a necessidade de reorganização da baseprodutiva de energia e a possibilidade de utili-zar novos materiais e tecnologias que permitamobter formas energéticas alternativas, como abiomassa;

• identificar os problemas e as vantagens do Pro-álcool.

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2. Conceitos e temas desenvolvidos

Fontes de energia tradicionais; fontes de energiamodernas; Programa Nacional do Álcool (Proálcool); Pro-grama Nuclear, Acordo Nuclear Brasil-Alemanha; termo-elétricas convencionais; hidroelétricas; termonucleares;hidroeletricidade; aproveitamento hidroelétrico das ba-cias hidrográficas; usinas hidroelétricas brasileiras; apa-gão; Bacia de Campos; terminais marítimos; gás natural;oleodutos; gasodutos; petroquímica; carvão mineral (car-vão energético, metalúrgico ou coque); termoelétricas;fontes de energia alternativas no Brasil; sumidouros decarbono; impactos ambientais; vinhoto.

3. Encaminhamento das atividades e resoluçãodos exercícios

Avalie seu aprendizado (p. 357-358)

Construindo conhecimento

1. O esgotamento das fontes de energia fóssil e a conta-minação do meio ambiente pelas fontes de energia tra-dicionais são alguns dos motivos para o emprego defontes alternativas, mais abundantes e não-poluentes.No Brasil, há grande possibilidade de usar a energiada biomassa, a solar, dos ventos e dos oceanos.

2. A produção de cana-de-açúcar nas regiões é muito de-sigual e encontra-se altamente concentrada no estadode São Paulo.

3. Para o solo: erosão e compactação em razão do usointensivo de máquinas agrícolas. Para os rios: conta-minação por agrotóxicos e poluição por despejo desubprodutos da fabricação do álcool. Para o ar: a prá-tica de queimadas nos canaviais provoca alta concen-tração de poluentes atmosféricos nas áreas onde elasse realizam e nas proximidades.

4. A expansão das grandes propriedades e da monocul-tura da cana-de-açúcar reduz o número de pequenaspropriedades, que são as que realizam a produção dealimentos para consumo humano.

5. Vantagens — o Brasil poderia transformar-se em umdos principais fornecedores; é uma fonte renovávelde energia; permite a redução da importação e da de-pendência do petróleo; o sistema sucroalcooleiro geramilhares de empregos diretos e indiretos. Desvanta-gens — impactos ambientais no solo, na água e no ar,expansão das grandes propriedades produtoras e re-dução do número das pequenas, que produzem ali-mentos para consumo humano; necessidade de sub-sídios do governo, corroendo as finanças do Estado.

Fixando o conteúdo

6. c. A água.7. a) As duas fontes modernas de energia mais consumi-

das no Brasil são a hidroeletricidade e o petróleo.b) Quanto mais desenvolvido é um país, tanto maior é

o consumo de energia. O consumo per capita deenergia reflete o poder aquisitivo da população.

8. a) Porque o Brasil dispõe de grande potencial hidráu-lico e da tecnologia necessária à implantação deusinas hidroelétricas.

b) É a bacia do Rio Paraná, com aproveitamento demais de 65,4% do potencial disponível.

c) Inundação de extensas áreas com prejuízos à fau-na, à flora e à população ribeirinha, que é expulsado local ou privada de sua fonte de subsistência, coma poluição das águas e a escassez de peixes.

9. a) A política de transporte brasileira, no século XX,privilegiou a modalidade rodoviária e conseqüen-temente levou à dependência do petróleo. A indús-tria automobilística, por sua vez, impulsionou vá-rias outras indústrias, como: autopeças, vidros, ar-tefatos de couro, borracha, pneumáticos, eletroele-trônica e siderurgia.

b) A principal área de exploração de petróleo no Bra-sil é a plataforma continental da região de Campos,no estado do Rio de Janeiro.

c) A dependência externa, as constantes elevações dopreço internacional do petróleo, o peso da impor-tação na balança comercial brasileira, a poluição daatmosfera, dos mares e oceanos, os derramamen-tos acidentais ou mesmo propositais.

d) O petróleo é transferido por oleodutos ou naviospetroleiros aos terminais marítimos. Os oleodutostambém transportam o petróleo dos campos de pro-dução e dos terminais às refinarias, e os derivadosdas refinarias aos centros consumidores. Os dutossão o meio mais seguro e econômico para transportarpetróleo e seus derivados e gás natural a grandesdistâncias.

10. As usinas nucleares brasileiras apresentam proble-mas constantes e funcionamento intermitente. Sua tec-nologia está ultrapassada e não há solução para oproblema do destino dos resíduos radioativos. Os riscosde acidentes oferecidos pelas usinas nucleares são altose extremamente graves. O programa nuclear consu-miu bilhões de dólares para uma produção limitadade eletricidade. Por outro lado, o país ainda dispõede grande potencial hidráulico para ser aproveitado,e o preço do quilowatt de energia nuclear é cerca detrês vezes maior que o da energia hidroelétrica.

Complementação e orientação didática

Professor(a), aqui é possível um trabalho sobre aimportância da energia na vida cotidiana. Também pode-se orientar os alunos para uma pesquisa sobre a utiliza-ção das diversas formas de energia, desde a muscular eanimal, ou das rodas d’água que moviam os antigos en-genhos, até o funcionamento das modernas usinas.

O(A) professor(a) poderá pedir um trabalho sobre aconstrução das grandes centrais hidroelétricas para queos alunos possam entender a importância dos rios para avida humana, como funcionam as turbinas, o papel doslagos formados pelas barragens como reservatórios deenergia potencial. É importante que discutam até que pontouma usina hidroelétrica representa progressos para a re-gião onde é construída, lembrando a possibilidade de cons-trução de eclusas para a navegação e de irrigação para aagricultura. Por outro lado, os alunos devem verificar osprejuízos implicados, como a remoção da população ri-beirinha, geralmente pobre, e de comunidades indígenas.Outro aspecto importante a ser considerado é o represa-mento de extensas áreas, com a submersão de ecossiste-

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mas, fazendas, pastagens, cidades e patrimônios culturais,como sítios arqueológicos, e também os prejuízos para avida aquática, incluindo o problema da migração dos pei-xes para reprodução (piracema), a acumulação de algasque alteram as características ambientais aquáticas.

Um bom exemplo de estudo de caso é a construçãoprevista de diversas usinas no Rio Tocantins (Serra Que-brada, Lajeado, Cana Brava, Peixe, Ipueiras e Tupiratins)ou no Rio Xingu.

Como conclusão dos trabalhos em torno desse tema,o(a) professor(a) poderá promover uma discussão em classesobre a proveniência da energia na cidade.

Em pauta: vestibulares e Enem (p. 460)1. a) A partir da análise dos gráficos, pode-se perceber

o declínio do consumo de lenha como fonte de energiaprimária; o aumento e o predomínio da energia hi-dráulica; a gradativa utilização de produtos de cana-de-açúcar (bagaço, álcool combustível) como fontede energia; o aumento do carvão mineral e a dimi-nuição do consumo de outras fontes de energia.

b) As diversas mudanças ocorridas na produção e noconsumo de energia primária devem-se tanto a fa-tores externos, como a crise do petróleo, quanto aomodelo de desenvolvimento adotado no país.Entre os fatores internos, destacam-se a intensa ur-

banização e industrialização do Brasil no período, a subs-tituição do tipo de transporte, que deu prioridade ao rodo-viarismo (com alto consumo de petróleo e álcool combus-tível), além dos avanços técnico-científicos que possibilita-ram o melhor aproveitamento de alguns recursos, como opotencial hidráulico dos rios brasileiros, por exemplo.

Graças à energia hidráulica foi possível substituiralguns derivados de petróleo (óleo diesel) na geração deenergia elétrica e no setor industrial.

A produção e o consumo de álcool combustível, porsua vez, foram incentivados e intensificados principalmentepelo Proálcool, para enfrentar a crise do petróleo. O ba-gaço de cana é utilizado para geração de energia elétricano próprio local das usinas alcooleiras.2. b 3. d 4. d 5. e 6. d 7. c

4. Sugestões de questões para avaliação

• Exemplifique as fontes tradicionais de energia eas modernas. (p. 347)

• Quais são os setores que mais utilizam energia noBrasil? (p. 347)

• Diferencie as usinas geradoras de eletricidade:termoelétricas convencionais, hidroelétricas e ter-monucleares. (p. 348)

• Observe o mapa das “Principais usinas hidroelé-tricas do Brasil” (p. 349), e cite as principais usi-nas em potência no Brasil, indicando em que riose estados se localizam.

• Quais são as principais usinas do seu estado?• Cite três usinas localizadas na Bacia do Paraná e

três na do São Francisco. (p. 348 e 350)• Caracterize a Bacia Amazônica quanto ao poten-

cial e ao aproveitamento. (p. 350)• Cite dois argumentos a favor e duas desvantagens

da privatização do setor elétrico. (p. 350-351)

• Explique duas causas da crise de energia no Bra-sil. (p. 351)

• Que são terminais marítimos? Cite dois exemplosno Brasil. (p. 353)

• O que é petroquímica? (p. 353)• Quais são as principais causas da pequena pro-

dução carbonífera nacional? (p. 354)• Diferencie o carvão energético do metalúrgico. (p.

354)• Cite duas desvantagens da utilização de energia

nuclear para o Brasil. (p. 355)• O que é o Proálcool e qual sua finalidade? (p. 356)

Capítulo 8 A atividade agropecuáriano Brasil

1. Objetivos

No estudo da atividade agropecuária no Brasil, te-mos como objetivos centrais caracterizar a agricultura bra-sileira, as transformações na produção e suas conse-qüências. Para tanto, é importante começar trabalhandocom a questão da estrutura fundiária, que tem gerado êxodorural e violência no campo, em conseqüência da luta pelaterra. Em seguida, trabalhamos com a organização doespaço agrário no Brasil, mostrando as faces da moder-nização, as mudanças nas relações de trabalho no campo,em que enfocamos os pequenos produtores, o trabalhoinfantil e o trabalho assalariado. Passamos para a abor-dagem da produção agropecuária brasileira e terminamoscom a relação entre agricultura, meio ambiente e solos.

Nesse estudo, procuramos fazer com que os alunospossam, ao final:

• discutir os problemas da agricultura, com a no-ção de que problemas como a fome não decor-rem da falta de alimentos nem de terras para pro-duzi-los, mas da estrutura de organização agrá-ria, herança do sistema colonial e de políticas quenão têm alterado essa situação;

• analisar a estrutura fundiária brasileira e as desi-gualdades que gerou ao longo da história;

• compreender os motivos do êxodo rural e a situ-ação dos migrantes;

• analisar a violência no campo, a luta pela terra,os movimentos sociais no campo e os processosque caminharam em direção à reforma agrária;

• identificar as transformações modernizadoras dociclo produtivo, a integração da agricultura coma indústria;

• entender as características da modernização daagricultura: as mudanças nas relações de traba-lho no campo, os tipos de produtores rurais, aconcentração do trabalho infantil no setor agrí-cola, a relação entre a grande propriedade e ostrabalhadores rurais;

• discutir as modificações nas relações de trabalhono campo;

• diferenciar a intensidade da modernização agrí-cola por áreas, produtos e produtores;

• identificar os principais produtos agropecuáriose as áreas de produção;

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• localizar áreas de criação de gado;• discutir a utilização de novas tecnologias como a

transgenia;• avaliar o grau de interferência ambiental da agri-

cultura (nos solos e no clima) e formas mais ade-quadas de cultivos.

2. Conceitos e temas desenvolvidos

Áreas agrícolas; estrutura fundiária; latifúndio; mi-nifúndio; subaproveitamento da terra; culturas de ali-mentação básica ou de subsistência; êxodo rural; Esta-tuto da Terra; reforma agrária; assentamentos; frontei-ra agrícola; posseiro; grilagem; Movimento dos Traba-lhadores Rurais Sem Terra (MST); terras devolutas; Leide Terras; insumos; industrialização da agricultura; pro-cesso “sanduíche”; oligopólios; defensivos agrícolas;agropecuária intensiva; agropecuária extensiva; modosde exploração da terra; exploração direta; exploraçãoindireta (parceria, arrendamento, ocupação); agriculturafamiliar; trabalhador assalariado (permanente e tempo-rário); colono; bóias-frias; empreitada; empreiteiro; Leide Biossegurança; Projeto Genoma; solo (massapê, ter-ra-roxa); desertos verdes; culturas tropicais e de áreastemperadas; desertificação.

3. Encaminhamento das atividades e resoluçãodos exercícios

Avalie seu aprendizado (p. 370-371)

Construindo conhecimento

1. A Região Norte é a fronteira agropecuária recente.A Região Centro-Sul (excetuando-se o estado de MatoGrosso) e o litoral do Nordeste são as fronteiras agro-pecuárias mais antigas (consolidadas).

2. As regiões Sudeste e Sul (principalmente os estadosde São Paulo e Rio Grande do Sul) e áreas restritas doCentro-Oeste (sudeste de Goiás e centro-sul do MatoGrosso do Sul) e do Nordeste (Zona da Mata) apresen-taram crescimento predominantemente por meio demodernização. As regiões Norte, Nordeste (exceto olitoral) e Centro-Oeste (exceto o estado de Mato Gros-so do Sul) e o norte do estado de Minas Gerais apre-sentaram crescimento em geral por meio de incorpo-ração de novos espaços.

3. As várias transformações modernizadoras na agrope-cuária (mecanização, adubação química, pesquisa, fi-nanciamento) acarretaram grande aumento de produ-tividade.

4. Elevado nível de modernização: utilização de capitaise estreitos vínculos entre a indústria e a agropecuária;agricultura direcionada para os produtos de exporta-ção e para as matérias-primas industriais; preço da terraelevado e altos índices de ocupação da área dos esta-belecimentos (baixa ociosidade das terras);Baixo nível de modernização: predomínio da agrope-cuária extensiva (tradicional) com baixos rendimentose voltada para o mercado interno; terra com preço re-lativamente baixo e elevado índice de ociosidade; pre-domínio da finalidade especulativa sobre a finalidadeprodutiva da terra; baixo nível de integração da indús-tria com a agricultura.

Fixando o conteúdo

5. Poucos com muita terra: a tabela mostra que apenas1% dos estabelecimentos (propriedades) com mais de1.000 ha ocupa quase 40% da área agrícola total. Per-tencem aos grandes proprietários ou latifundiários.Muitos com pouca terra: cerca de 89% dos estabeleci-mentos (pequenas e médias propriedades) ocupam 20%da área agrícola do país.

6. Esses nomes referem-se aos trabalhadores temporá-rios, sem vínculo empregatício. Eles vivem em condi-ções precárias na periferia de pequenas ou médiascidades. Normalmente são contratados por interme-diários (gatos, no Sul do país; cabos-de-turma ou con-tratantes, no Nordeste), que os transportam de cami-nhão para os locais de trabalho. São adultos e crian-ças, de ambos os sexos.

7. Clima — embora seja cada vez menor a influência dosfatores naturais na produção agropecuária, o Brasilapresenta diversos tipos climáticos, o que permite grandediversidade da produção agrícola. O problema da de-sertificação em zonas áridas, semi-áridas e subtropi-cais atinge a agropecuária, impedindo a produção emvastas áreas.Solo — O solo massapê e o terra-roxa são considera-dos os melhores do Brasil. O massapê foi o responsá-vel pelo sucesso da economia açucareira nordestina. Osolo terra-roxa foi o responsável pelo sucesso da pro-dução cafeeira paulista e paranaense. Uma caracterís-tica marcante da agricultura brasileira é o uso inade-quado e irracional do solo, relativamente em grandeproporção.Política agrícola — A ausência de uma política de fixa-ção das pessoas à terra leva pequenos agricultores fa-miliares a abandonar suas atividades agrícolas. A po-lítica de oferta de subsídios, incentivos e isenções im-pulsionou o crescimento da agricultura, mas intensifi-cou a concentração fundiária, aumentando o êxodo rurale a violência.Estrutura fundiária — O monopólio da terra por umaminoria privilegiada impediu grande parte da popu-lação de ter acesso à terra e ao processo de desenvol-vimento do país. A concentração fundiária sempre foium dos maiores problemas agrários do país, sendocausa de conflitos pelo acesso à terra e de violênciano meio rural.

8. a) Biotecnologia (uso integrado da bioquímica, da mi-crobiologia e da engenharia química), engenhariagenética (que trabalha com organismos vegetais eanimais geneticamente modificados), zootecnia (téc-nicas de criação e aperfeiçoamento de animais do-mesticados), mudanças nos ciclos vegetativos e nodesenvolvimento animal, concentração de plantas porárea, controle de pragas e doenças, automatizaçãoda adubação e do plantio, irrigações programadas,calagem, correção dos solos. Com o desenvolvimen-to da transgenia (transferência controlada de genes),foi possível realizar a melhoria genética.

b) Problemas ambientais, como a devastação de flo-restas, a contaminação do solo, das plantas e daságuas por agrotóxicos, a compactação do solo pelouso de máquinas agrícolas pesadas. Os cultivos trans-gênicos podem contaminar cultivos vizinhos.

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Complementação e orientação didática

O(A) professor(a) poderá pedir aos alunos que mon-tem um mural sobre o tema “Diversidade de paisagensrurais brasileiras”, coletando fotos de revistas ou jornaisrurais. O objetivo desse trabalho é constatar mudançasna paisagem geradas pelos diferentes processos agríco-las e comparar as transformações produzidas por gran-des lavouras monocultoras (que utilizam tecnologia, mé-todos científicos de plantio) com as produzidas em pe-quenas propriedades familiares (com cultivos de alimen-tação básica).

O(A) professor(a) poderá também pedir aos alunospesquisas sobre as relações de trabalho no campo, osmovimentos sociais, a cultura rural: festas (rodeios, dacolheita), músicas (sertaneja e outras) e danças.

Em pauta: vestibulares e Enem (p. 461)1. d2. a) Os “sem-terra” são citados pelo autor como exem-

plo do “persa”, ou seja, do outro, do diferente, da-quele que incomoda as instituições.

b) O Movimento de Trabalhadores Rurais Sem Terra(MST) é reconhecido internacionalmente como umdos mais importantes movimentos sociais da Amé-rica Latina. Originou-se no Sul do país e sua princi-pal estratégia de luta pela terra consiste na ocupa-ção de terras improdutivas ou devolutas.

c) Na sociedade brasileira atual, há inúmeros exem-plos de “persas”: negros, indígenas, moradores derua, favelados, enfim, todas as minorias.

3. a) A partir da análise da tabela, é possível perceberque o mercado europeu, representado pela UniãoEuropéia, e o mercado asiático respondem pela im-portação de mais da metade dos produtos agrope-cuários do Brasil.

b) Em comparação com as exportações brasileiras deprodutos industrializados, as exportações de pro-dutos agropecuários do Brasil para os outros trêspaíses do Mercosul (Argentina, Uruguai e Paraguai)são bem reduzidas.

4. c 5. c 6. c 7. b

4. Sugestões de questões para avaliação

• O que é estrutura fundiária? (p. 360)

• O que são latifúndios? (p. 360)

• O que são minifúndios? Em geral, o que produ-zem? (p. 360)

• Cite dois problemas dos pequenos agricultoresfamiliares. (p. 361)

• Analise as condições estabelecidas na Lei de Ter-ras. (p. 361)

• Quais metas foram estabelecidas pelo Estatuto daTerra? (p. 362)

• Leia o quadro “Reforma agrária e desenvolvimento”(p. 362) e responda: o que é reforma agrária e comopode contribuir para a redução da pobreza?

• Diferencie a ocupação de terras pelo posseiro (p.361) da apropriação de terras por meio de grila-gem. (p. 362)

• Que são terras devolutas? (p. 363)• Explique o processo sanduíche na agricultura. (p.

363-364)• O que são oligopólios? Cite exemplos na agricul-

tura brasileira. (p. 364)• A que se deve o crescimento da produção agro-

pecuária no Brasil, a partir da década de 1980?(p. 364)

• Quais são as vantagens e desvantagens do uso dedefensivos agrícolas? (p. 364)

• Cite duas características da criação de gado in-tensiva e duas da extensiva, no Brasil. (p. 365)

• Explique os modos de exploração direta e indire-ta da terra e suas modalidades. (p. 365)

• Cite duas mudanças provocadas pela moderniza-ção da agropecuária nas relações de trabalho. (p.365-366)

• Em que consiste o sistema de empreitada, quaisas suas vantagens para o trabalhador e para oproprietário agrícola? (p. 366-367)

• Cite três produtos de destaque da agricultura bra-sileira. (p. 367)

• Explique por que as regiões que mais produzemalimentos não são, necessariamente, as que me-nos sofrem com a fome. (p. 368)

• Explique dois objetivos do Projeto Genoma. (p. 369)• O que é o deserto verde e que problemas acarre-

ta? (p. 369)• Cite dois produtos da agropecuária de áreas tro-

picais e de áreas temperadas do Brasil. (p. 370)• Por que e em que áreas está ocorrendo desertifi-

cação no Brasil? (p. 370)

Capítulo 9 Comércio, comunicações,transportes e turismono Brasil

1. Objetivos

Optamos aqui pelo estudo integrado do comércio,das comunicações, dos transportes e do turismo, ativida-des que apresentam um grande desenvolvimento no Bra-sil e estão bastante interligadas. Falamos sobre o papelde cada uma dessas atividades e suas características nafase de globalização econômica. São também objetivosdesse capítulo:

• reconhecer a importância do comércio externo nodesenvolvimento econômico do Brasil;

• identificar os principais produtos exportados eimportados e os parceiros comerciais do Brasil;

• reconhecer o papel do Mercosul no comércio bra-sileiro;

• analisar as características e a importância dascomunicações, da informatização e da economiavirtual no Brasil;

• relacionar a expansão das ferrovias com a cafei-cultura;

• identificar e comparar os transportes ferroviárioe rodoviário no Brasil;

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• discutir a decadência do transporte ferroviário, apolítica rodoviária e os interesses da indústria au-tomobilística no Brasil;

• conhecer os tipos e a importância dos transpor-tes aquaviários, os principais portos brasileiros eo movimento de mercadorias;

• localizar os corredores de exportação;

• perceber as potencialidades turísticas do territó-rio nacional.

2. Conceitos e temas desenvolvidos

Mercados emergentes; mercados maduros; comér-cio externo brasileiro; substituição de importações; ex-portações brasileiras; Mercosul; importações brasileiras;evolução da balança comercial brasileira; principais par-ceiros comerciais do Brasil; comércio interno brasileiro;mercado de trabalho brasileiro; comércio informal; po-pulação subempregada; economia informal; empresasvarejistas; empresas atacadistas; Agência Nacional de Te-lecomunicações (Anatel); cabos ópticos; comércio eletrô-nico ou virtual; Rede Ferroviária Federal S.A. (RFFSA);Fepasa (Ferrovias Paulistas S.A.); política rodoviarista;Departamento Nacional de Infra-estrutura de Transpor-tes (DNIT); concessões; pedágios; transportes urbanos;transporte informal ou clandestino; pólos exportadores;corredores de exportação; Infraero (Empresa Brasileirade Infra-estrutura Aeroportuária); turismo no Brasil.

3. Encaminhamento das atividades e resoluçãodos exercícios

Avalie seu aprendizado (p. 381-382)

Construindo conhecimento

1. Resposta pessoal. Professor(a) ressaltar que muitasmanifestações folclóricas também estão desaparecen-do no Brasil.

2. Resposta pessoal. Temas possíveis: problemas do ado-lescente, planejamento familiar, paz mundial, drogas,guerras, violência e muitos outros.

3. Resposta pessoal. Professor(a) é importante que o alu-no perceba a necessidade do desenvolvimento de soci-edades culturalmente diversificadas e o papel do Esta-do como promotor de políticas que respeitem explici-tamente a diferença cultural e valorizem expressõespopulares que contribuem para a identificação do in-divíduo com sua história e tradições.

Fixando o conteúdo

4. A decadência do transporte ferroviário no Brasil de-veu-se: à concorrência do transporte rodoviário; ao fatode as ferrovias não integrarem as regiões (direciona-vam-se quase sempre no sentido interior—litoral); à faltade estrutura e de investimentos para atender com ra-pidez e eficiência a nova realidade industrial do país.

5. Rodovias Rio—Bahia e Régis Bittencourt (BR-116), queinterligaram as regiões Nordeste, Sudeste e Sul; Rio—Belo Horizonte—Brasília (BR-40); São Paulo—BeloHorizonte—Brasília (Rodovia Fernão Dias, BR-50);Brasília—Belém (BR-10); Brasília—Cuiabá (BR-70) eoutras.

6. Corredores de exportação são áreas dotadas da infra-estrutura necessária (transporte, armazéns, centros debeneficiamento) ao escoamento da produção entre asregiões produtoras e os portos exportadores. Permi-tem a rapidez no escoamento da produção, redução noscustos de transporte e maior competitividade com ospaíses concorrentes.

7. a) O território brasileiro apresenta excelentes condi-ções naturais para o turismo: grande diversidadede ecossistemas e de paisagens, uma das maiorescostas litorâneas do mundo, praias tropicais dispo-níveis ao lazer o ano todo.

b) Aumento do consumo e da produção de bens e deserviços, e principalmente a geração de empregos.

c) O ecoturismo é bastante importante, pois, para quefuncione, exige a proteção de áreas e ecossistemasnaturais. Além disso, traz renda ao país ou à regiãoonde se desenvolve.

Complementação e orientação didática

O(A) professor(a) poderá abordar o aspecto da qua-lidade dos transportes urbanos, os deslocamentos de pes-soas que residem em lugares distantes do trabalho, ex-plorando especialmente o conceito de cidadania, propondodiscussões sobre melhorias e soluções para problemas eacidentes de trânsito, superlotação dos meios de trans-porte urbano.

O trecho a seguir dos Parâmetros Curriculares Na-cionais (Brasília, Ministério da Educação e do Desporto,1998) fornece mais subsídios ao(à) professor(a):

“A velocidade e a eficiênciados transportes e da comunicação

como novo paradigmada globalização

Como as ferrovias, rodovias, sistemas de na-vegação fluvial ou marítima, na busca da supera-ção das distâncias, integraram mercados e diferenteseconomias e aceleraram o fluxo das pessoas?

Superar a barreira dos mais íngremes rele-vos e conquistar e dominar a atmosfera com a avi-ação fez com que os grandes oceanos se transfor-massem em verdadeiros lagos. Todo esse progres-so técnico esteve associado aos conhecimentos dapesquisa meteorológica, geomorfológica, hidrográ-fica, oceanográfica, cartográfica, etc.

O estudo dos transportes poderá ser realiza-do dentro da perspectiva de uma micro e macro-escala de espaços. É possível citar como exemplode microescala os estudos dos diferentes módulosde transporte no interior do espaço das cidades,tais como automóvel, metrô, ônibus, caminhões, atéum simples elevador.

Nesse enfoque, pode-se procurar estabeleceruma análise crítica das diferenças entre as políti-cas públicas voltadas para o transporte individua-lizado e coletivo e como se remetem ao espaço ge-ográfico, procurando avaliar o desempenho des-sas ações como resposta à demanda de transpor-tes pela população.

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Na perspectiva de análise que essa escala per-mite, pode-se também contemplar estudos sobre amalha e o sistema viário das cidades. Como exem-plo, a hierarquia das vias e os respectivos fluxos, opapel dos automóveis na definição de valores soci-oculturais, chegando mesmo a associar-se à defini-ção das novas edificações. Nas grandes cidades,gradativamente vendem-se mais espaços para osautomóveis do que moradia para as pessoas. Issoexplica o fato de que morar em prédios de aparta-mentos com três ou quatro garagens define status.

A estrutura do sistema viário e a ideologiado transporte individual são elementos altamentecomprometedores da qualidade de vida das cida-des. Congestionamentos, em vias inadequadas paraum fluxo crescente, o aumento indiscriminado dotransporte individual. Mais uma vez esses fatoresestimulam a ampliação da pesquisa nas áreas afins,tais como estudos atmosféricos, energia, tecnolo-gias construtivas de mecânica e motores.

O tema dos transportes urbanos permite ela-borar com os alunos atividades altamente criati-vas em relação ao seu cotidiano e às cidades, des-de as facilidades obtidas com o automóvel no trans-porte porta a porta, os complicados congestiona-mentos que geram estresse no cotidiano das gran-des metrópoles, como também explicar a políticados transportes em decorrência da prioridade dostransportes individuais sobre os coletivos.

No plano da macroescala deve-se pensar emtrabalhar com os alunos as integrações inter-regi-onais e continentais, procurando analisar não so-mente as reduções no tempo e espaço das distân-cias, aproximando estas localidades, como tambémo aumento e melhoria técnica das condições e efi-ciência na capacidade de carga dos seus diferen-tes módulos.”

Em pauta: vestibulares e Enem (p. 463)1. No gráfico estão destacados dois períodos distintos da

balança comercial brasileira. No primeiro, situado en-tre 1976 e 1982, a balança apresentou-se deficitária emdecorrência da enorme elevação dos preços do petró-leo importado, subseqüente aos choques de 1973 e 1979.Para garantir o fornecimento de petróleo e o própriocrescimento econômico do país, o governo brasileirocontraiu vultosos empréstimos, elevando a dívida ex-terna de aproximadamente 22 bilhões de dólares em1975 para 91 bilhões em 1984.O fim da crise energética, o aumento da exportação e adiminuição da importação caracterizam o segundo pe-ríodo, posterior a 1982. Contudo, os saldos positivosna balança comercial destinaram-se sobretudo ao pa-gamento dos juros da dívida externa, a qual, em 1986,situava-se em torno de 105 bilhões de dólares.

2. a3. c4. a) Com a industrialização empreendida ao longo do

século XX (conhecida como industrialização tardia),o Brasil transformou-se num país emergente, como

o México e a Argentina. A partir do governo de Jus-celino Kubitschek deu-se prioridade à instalação degrandes parques industriais, principalmente deempresas multinacionais, como as montadoras es-tadunidenses e européias. Aliadas ao mercado depetróleo, tais empresas incentivaram e financiaramprogramas governamentais para construir rodovi-as capazes de integrar o território nacional e esti-mular o comércio. Dentre elas, se incluem a Belém—Brasília, a Transamazônica e as rodovias litorâneasBR-116 e BR-101.

b) Das cinco grandes regiões do IBGE, é a Região Su-deste que apresenta a maior concentração urbano-industrial, a maior aglomeração populacional e omelhor mercado do Brasil e da América Latina.

5. a6. b7. a) O aluno pode citar, na área assinalada (o estado de

Minas Gerais), várias cidades com grande potenci-al turístico: Ouro Preto, Mariana, Congonhas doCampo, Tiradentes, São João Del Rey, entre outras.

b) O povoamento e o desenvolvimento econômico dessaárea ocorreram principalmente durante o períododo ciclo do ouro, no século XVIII.

4. Sugestões de questões para avaliação

• Cite dois exemplos e duas características dospaíses conhecidos como mercados emergentes.(p. 372)

• Explique por que o processo de industrializaçãosubstitutiva de importações não conseguiu liber-tar o Brasil da dependência externa. (p. 372)

• Cite duas dificuldades do Brasil para inserir-se nomercado exportador. (p. 373)

• Cite dois produtos industrializados e dois primá-rios exportados pelo Brasil. (p. 373)

• Quais são os principais parceiros comerciais doBrasil? (p. 373)

• Explique por que as transações comerciais do Brasilcom o Mercosul foram abaladas no final da décadade 1990. (p. 373-374)

• Cite cinco produtos importados pelo Brasil. (p. 374)• Por que tem ocorrido expansão do comércio in-

formal no Brasil? (p. 374)• De que modo a cafeicultura contribuiu para o de-

senvolvimento do transporte ferroviário no Bra-sil? (p. 375-376)

• Cite três problemas do transporte urbano no Brasil.(p. 378)

• Cite dois problemas do transporte marítimo noBrasil. (p. 378-379)

• Cite os três portos mais importantes do Brasil.(p. 379)

• Por que o transporte aéreo é pouco utilizado noBrasil? (p. 380)

• Que tipo de pessoas são consideradas turistas?(p. 380)

• Cite três cidades turísticas brasileiras e as condi-ções que apresentam. (p. 380)

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Capítulo 10 Distribuição da população,crescimento demográficoe estrutura da populaçãobrasileira

1. Objetivos

Neste capítulo, descrevemos o grande crescimentopopulacional no Brasil e suas causas (participação damigração e do crescimento vegetativo). Apresentamoso perfil da população brasileira e as fases do ciclo de-mográfico. Trabalhamos com as estruturas etária, porsexos e produtiva, a distribuição da população ativapor setores de atividade e a participação da mulher nomercado de trabalho. Listamos abaixo outros objeti-vos deste capítulo:

• reconhecer o perfil da população brasileira e asfases de seu ciclo demográfico, especialmente ada transição;

• explicar a distribuição irregular da população noBrasil e analisar suas causas históricas e geográ-ficas;

• constatar a estrutura etária e a porcentagem demulheres/homens no Brasil;

• discutir a divisão de trabalho por sexo, o papelda mulher na sociedade e no mercado de traba-lho e a construção da cidadania no Brasil;

• analisar as pirâmides etárias brasileiras e reco-nhecer as principais faixas etárias (jovem, adultaou madura e velha ou senil);

• analisar o regime demográfico brasileiro;• constatar o tamanho médio da família brasileira

e relacionar com a renda média.• identificar e discutir as políticas demográficas

adotadas no Brasil e os seus motivos.

2. Conceitos e temas desenvolvidos

Distribuição geográfica da população; migraçõesexternas; crescimento natural ou vegetativo; política de-mográfica, políticas natalista e antinatalista no Brasil; idademediana; razão de sexo; inchação; hipertrofia do setorterciário; empreguismo.

3. Encaminhamento das atividades e resoluçãodos exercícios

Avalie seu aprendizado (p. 393-394)

Construindo conhecimento

1. A pirâmide etária do Japão em 1920 é equiparável à doBrasil em 1980: ambas apresentam a base larga (gran-de quantidade de jovens) e o topo estreito. Nas pirâmi-

des de 2000 há muitas diferenças: a do Brasil, apesarde apresentar um estreitamento na base e um ligeiroalargamento no ápice, ainda indica elevada natalidadee grande número de jovens e adultos; na pirâmide doJapão há um estreitamento maior da base (menor nú-mero de jovens) e um alargamento significativo do corpoao ápice.

2. No Japão, o estreitamento da base e as irregularidadesno corpo estão relacionados à rápida redução da nata-lidade após 1948 (início do controle oficial da natalida-de) e aos efeitos das duas guerras mundiais. No Brasil,a diminuição da base é explicada pela queda da natali-dade nas últimas décadas.

3. As pirâmides representativas dos países subdesenvol-vidos são chamadas de pirâmides de “países jovens”,já que apresentam base larga (elevada proporção dejovens) e topo estreito (baixa proporção de idosos). Abase da pirâmide brasileira começa a se estreitar (nú-mero menor de jovens) e apresenta aumento da pro-porção de idosos (topo mais largo), aproximando-seassim, mesmo que modestamente, das que represen-tam os países desenvolvidos, chamadas de pirâmidesde “países velhos”.

Fixando o conteúdo

4. A condição do Brasil como ex-colônia de exploração ea conseqüente dependência econômica criaram a ne-cessidade de contato com o mundo exterior e a con-centração das principais atividades produtivas (agri-cultura, indústria e outras) e da urbanização na parteoriental (litoral) do país.

5. A tendência foi de diminuição do crescimento anualda população. Essa redução, que passou de 2,4%, en-tre 1971 e 1980, para 1,9%, entre 1980 e 1991, e 1,6%entre 1992 e 2000, ocorreu em conseqüência da quedadas taxas de natalidade.

6. Primeira fase: caracterizada por elevadas taxas de na-talidade e mortalidade, originando baixo crescimentopopulacional. O Brasil saiu dessa fase no início do sé-culo XX.Segunda fase: caracterizada por elevadas taxas de na-talidade e declínio das taxas de mortalidade, gerandogrande crescimento populacional. O país atingiu o augedessa fase na década de 1950, quando a taxa de cresci-mento populacional aproximou-se de 3% ao ano.Terceira fase: caracterizada por baixas taxas de natali-dade e de mortalidade, gerando reduzido crescimentopopulacional, estagnação e até mesmo taxa negativade crescimento. O Brasil está realizando sua transiçãodemográfica, ou seja, saindo da segunda fase e entrandono terceiro período de evolução demográfica, no iní-cio do século XXI. Por volta do ano 2050, estará com-pletando o seu ciclo demográfico.

UNIDADEIV

DINÂMICA POPULACIONALNO BRASIL

Nesta unidade fornecemos um perfil da população brasileira — formação, crescimento, estrutura,distribuição no território e principais problemas demográficos — além de estudos sobre as recentes ten-dências de urbanização e migração no Brasil.

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7. Taxa de fecundidade ou de fertilidade é o número mé-dio de filhos nascidos vivos que cada mulher tem aolongo do seu período reprodutivo (mais ou menos dos15 aos 45 anos). A queda na taxa de fecundidade é umadas principais características da transição demográfi-ca brasileira. Ela caiu de 6,2, em 1940, para 2,3 em 1999.

8. a) A necessidade de mão-de-obra (numerosa e bara-ta) para sustentar o crescimento industrial e a pre-ocupação em povoar os vazios do interior do país(Centro-Oeste e Amazônia) serviram de estímulo àpolítica natalista ou populacionista.

b) Desde a segunda metade da década de 1960, o go-verno já incentivava e apoiava programas de con-trole de natalidade. A partir da década de 1970, ospesados investimentos exigidos pelo acelerado cres-cimento populacional levaram-no a adotar uma po-lítica demográfica do tipo antinatalista.

9. As principais alterações foram a diminuição do por-centual de jovens e o aumento do porcentual de adul-tos e idosos. A redução das taxas de natalidade, o au-mento da expectativa de vida, a queda das taxas de fe-cundidade (média de filhos por mulher) foram os fato-res que acarretaram alterações na estrutura etária dapopulação brasileira.

10. a) Em 2000 a taxa de homens era de 49,2% e a demulheres, 50,8%.

b) A razão fundamental de haver mais mulheres estána maior mortalidade dos homens (acidentes, do-enças, violência urbana), seguida pela emigração.

11. De 1940 a 2000, em virtude da progressiva mecaniza-ção do trabalho no campo, houve o êxodo rural, comos trabalhadores rurais buscando meio de sobrevi-vência nas cidades, onde passaram a ocupar postosnos setores secundário e terciário. Na década de 1990,a automação nas indústrias provocou a redução detrabalhadores no setor secundário e a expansão dosetor terciário, principalmente na economia informal.

12. Na última década do século XX, segundo o IBGE, asituação da mulher brasileira começou a se modifi-car: seu grau de escolaridade, seu poder aquisitivo esua renda média aumentaram; diminuiu a defasagementre o seu salário e o do homem.

Complementação e orientação didática

Professor(a), é um bom momento para discutir asresponsabilidades e o papel dos gêneros na sociedade.Sugerimos o apoio do texto a seguir para um debate en-tre os alunos.

O novo perfil da mulher brasileira“Elas são maioria no país, têm vida média mais

elevada do que os homens e assumem cada vez maiso comando das famílias. Os números atestam: a novamulher brasileira desempenha um papel cada vezmais importante na sociedade.

[...]O aumento do número de mulheres chefes de

família não reflete apenas emancipação feminina.No Nordeste, por exemplo, é conseqüência tam-bém da migração de homens para outras regiões,em busca de emprego. É entre as famílias nordes-tinas que está a maior proporção de chefes mulhe-res — são 25,9%. Muito perto está o Sudeste, onde

25,6% dos domicílios têm uma mulher como refe-rência.

Outros fenômenos que explicam o crescimentodas mulheres como pessoa-referência são divór-cios e separações, ou o simples abandono, além demães solteiras.

Um terceiro fator é que as mulheres vivembem mais do que os homens. Muitas ficam viúvase passam a ser a referência familiar. O censo reve-lou que um terço das mulheres responsáveis pelasfamílias tem mais de 60 anos.

O fenômeno das mulheres responsáveis pordomicílios é tipicamente urbano. Estão localizadosem cidades 91,4% dos domicílios com responsá-veis do sexo feminino. Em 26 capitais, o índice defamílias comandadas por mulheres supera a mé-dia nacional.”

TEREZA, Irany e LEAL, Luciana Nunes.O Estado de S. Paulo, 8 mar. 2002.

Em pauta: vestibulares e Enem (p. 464)1. b 2. c 3. c 4. d 5. e6. a) Durante muito tempo, a remuneração do trabalho

feminino no Brasil foi encarada apenas como rendacomplementar. A tradição patriarcal e machista de-termina valores menores para a mulher quando estaexerce a mesma função que o homem. Os custossociais determinados pela legislação trabalhista,como o salário-maternidade e a licença-gestante,costumam ser evocados para explicar os baixos sa-lários pagos às mulheres.

b) A maior oferta de mão-de-obra decorrente da in-corporação da mulher no mercado de trabalho mas-culino termina ocasionando uma redução dos salá-rios, uma vez que, para ser empregada, a mulhertem de se submeter a salários mais baixos. Essa in-corporação também acarretou uma diminuição dastaxas de natalidade e maior politização da mulhernas áreas urbanas.

7. d

4. Sugestões de questões para avaliação

• Quais são as regiões mais populosas e menos po-pulosas do Brasil? (p. 384)

• Explique três fatores econômicos responsáveis pelaocupação do interior do Brasil. (p. 385)

• Que regiões do Brasil constituem um vazio demo-gráfico? (p. 385)

• Cite, no Brasil, os dois estados mais populosos,os dois menos populosos, os dois de maior densi-dade e os dois de menor densidade. (p. 385)

• Quais são as variáveis que interferem no cresci-mento populacional de um país? (p. 386)

• Explique o ritmo relativamente lento do cresci-mento populacional brasileiro no período 1872-1940. (p. 386)

• Dê as características demográficas do Brasil (pe-ríodo demográfico, natalidade, mortalidade, cres-cimento médio). (p. 387)

• Cite duas mudanças recentes na estrutura etáriada população brasileira. (p. 388)

• O que se entende por idade mediana? (p. 388)

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• Explique o termo razão de sexo. (p. 389)• Como se explica a redução da população ativa no

setor primário, no Brasil, a partir da década de1940? (p. 391)

• O que significa inchação ou hipertrofia do setorterciário? (p. 392)

• Cite três dificuldades enfrentadas pelas mulheresno mercado de trabalho brasileiro. (p. 392)

• Em geral, quais são os problemas enfrentados pelasfamílias chefiadas por mulheres de baixa escola-ridade? (p. 393)

Capítulo 11 Etnia e migraçõespopulacionais no Brasil

1. Objetivos

Neste capítulo trabalhamos com o tema título fazendoinicialmente um apanhado geral da formação étnica da po-pulação brasileira para, na seqüência, tratarmos dos compo-nentes étnicos — o indígena (histórico, situação atual e polí-tica indigenista); o branco (participação, origens); o negro(origens, discriminação e desigualdades, distribuição geográficae contribuições) —, do histórico e causas da imigração, dapassagem do Brasil de país imigratório a emigratório e final-mente das migrações internas no território nacional (migra-ções inter e intra-regionais, êxodo rural e transumância).

Nessa trajetória, pretendemos que os alunos sejamcapazes de:

• distinguir as três matrizes étnicas básicas forma-doras da população brasileira e sua fusão, queconstitui grande diversidade;

• entender a situação atual dos índios a partir doprocesso histórico de extermínio e as lutas quevêm mantendo para preservar suas tradições;

• discutir as políticas indigenistas em relação à suacidadania e seu direito à terra;

• reconhecer a diversidade e a procedência da po-pulação branca, a predominância e os tipos degrupos europeus;

• compreender a situação da população afro-bra-sileira, relacionando-a às raízes históricas de suaformação a partir do projeto colonial, seus prin-cipais grupos de origem, a discriminação a queesteve e está sujeita, as desigualdades sociais queenfrentam e sua distribuição geográfica;

• distinguir os períodos imigratórios no Brasil, seuscontextos históricos e econômicos;

• explicar as causas do segundo período imigratório eidentificar onde se fixaram os principais grupos deimigrantes, nesse período, e sua atividade principal;

• identificar a onda expansionista migratória nasáreas de fronteira;

• caracterizar os principais grupos de imigrantes,suas atividades e suas dificuldades de adaptaçãoe inserção nos novos lugares;

• compreender a conjuntura que levou o Brasil apassar de país imigratório a país emigratório,detectando causas desse processo e as direçõestomadas pelos emigrantes;

• relacionar o elevado grau de mobilidade espacialda população aos ciclos econômicos, à política deocupação do interior do país e ao processo de mo-

dernização do campo e de industrialização urba-na (êxodo rural);

• diferenciar migrações inter-regionais de migra-ções intra-regionais e descrever as principais;

• perceber as novas tendências que orientam os flu-xos migratórios;

• avaliar as causas e proporções do êxodo rural noBrasil e suas conseqüências.

2. Conceitos e temas desenvolvidos

Miscigenação; mestiços ou pardos; ideologia do bran-queamento; guerra justa; Serviço de Proteção ao Índio (SPI);Fundação Nacional do Índio (Funai); Estatuto do Índio;política indigenista; projetos governamentais de coloniza-ção da Amazônia; demarcação de áreas indígenas; entida-des de defesa dos índios; situação jurídica das terras indí-genas; posse; usufruto; terra indígena; índios (aculturados,não-aculturados, isolados); brancos (atlanto-mediterrâ-neos, germanos ou teutões e eslavos); negros (sudaneses ebantos); discriminação; democracia racial; racismo; políti-ca de não-discriminação ativa; Lei de Cotas; comunidadesremanescentes de quilombos; períodos imigratórios; leisde imigração; Lei de Cotas da Imigração; dekasseguis; bra-siguaios; região emigratória; região imigratória; migrações(inter e intra-regionais); marcha para o oeste; êxodo ruralde causas repulsivas; transumância no Brasil.

3. Encaminhamento das atividades e resoluçãodos exercícios

Avalie seu aprendizado (p. 407-408)

Construindo conhecimento

1. Nos Estados Unidos, prevaleceu o sistema de segregaçãooficial herdado do escravagismo. No Brasil, mesmo apósa abolição, foram grandes os obstáculos enfrentados pe-los afro-brasileiros na conquista de espaços. Desempre-gados e excluídos do processo de desenvolvimento eco-nômico e social do país e com poucas oportunidades, osafro-brasileiros, ao lado de outras camadas (mulatos, ín-dios), engrossaram a imensa parcela de marginalizados.

2. Os afro-brasileiros não tiveram condições de incorpo-rar-se ao novo modelo de desenvolvimento socioeco-nômico. Atividades antes exercidas por eles (manufa-tureiras e artesanais) passaram a ser exercidas pelosimigrantes, que tinham mais conhecimentos técnicos.

3. Em ambos os casos há a intenção manifesta de instau-rar justiça social nas relações de trabalho, mas a polí-tica de não-discriminação é passiva, contentando-se emproibir aos empregadores qualquer prática discrimi-natória no recrutamento, emprego e promoção dos tra-balhadores (medidas incitantes à não-discriminação),enquanto a da affirmative action pretende-se uma for-ma de não-discriminação ativa, convidando explicita-mente os empregadores a recrutarem funcionários emgrupos sociais considerados desfavorecidos.

4. a) e b) Respostas pessoais. Ver seção Complementaçãoe orientação didática.

Fixando o conteúdo

5. A acentuada redução do porcentual de negros no Bra-sil no período 1800-1880 decorreu principalmente da

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diminuição de sua entrada no país (proibição do tráfi-co negreiro) e da elevada mortalidade entre eles. O au-mento do porcentual de mulatos decorreu da intensamiscigenação entre brancos e negros. O aumento doporcentual de brancos teve como causa principal aimigração.

6. a) Índios isolados são os que têm pouco contato coma sociedade, fogem dos não-índios e abrigam-se emrefúgios de difícil acesso, como matas fechadas eregiões montanhosas. Os aculturados adotam mui-tos costumes dos não-índios, freqüentam escolas,vestem-se, falam português e utilizam objetos indus-trializados e tecnológicos, como rádios, relógios e,alguns, até aviões.

b) Esses povos não deixam de ser índios, pois têm ummodo característico de vida, uma história e uma iden-tidade, e preservam suas tradições e costumes. Todaa sociedade (e muitas vezes o próprio governo) é res-ponsável pela transformação da cultura indígena. Verseção Complementação e orientação didática.

7. Comunidades remanescentes dos quilombos são des-cendentes de escravos que fugiam dos maus-tratos deseus senhores e se refugiavam em quilombos. Essas co-munidades localizam-se principalmente nos estados daBahia, Pará e Maranhão.

8. a) Por exemplo, a crise econômica iniciada na décadade 1970 transformou o Brasil de um país tipicamen-te imigratório em emigratório, e milhares de brasi-leiros foram para países desenvolvidos em busca demelhores condições de vida.

b) Os principais movimentos migratórios internos noBrasil decorreram, principalmente, do desenvolvi-mento das regiões ligado aos ciclos econômicos(cana-de-açúcar, mineração, borracha e café) e doprocesso de industrialização (êxodo rural). O desen-volvimento da Europa após a Segunda Guerra pro-vocou uma reorientação dos fluxos migratórios doseuropeus. Assim os emigrantes europeus passarama preferir os países de maior prosperidade econô-mica de seu próprio continente.

9. a) Países desenvolvidos, como os EUA, o Japão e osda Europa.

b) Com a globalização da economia e a expansão docomércio, muitos países desenvolvidos têm requi-sitado trabalhadores especializados (executivos,administradores, especialistas em informática e co-mércio, pesquisadores), que deixam seus países embusca de melhores salários.

c) Os dekasseguis em geral entram legalmente no Ja-pão, mas comumente enfrentam condições de vidae de trabalho árduas e sofrem problemas de adap-tação num país distante, de cultura muito diferente.Os brasiguaios enfrentam problemas como excessode burocracia, cobrança de taxas e impostos etc.

10. Se, por um lado, o aumento de investimentos em in-fra-estrutura e equipamentos urbanos é fator de atraçãopopulacional, por outro, o aumento populacional de-manda mais recursos em infra-estrutura. É um círcu-lo vicioso: os diversos setores de atendimento às ne-cessidades da população urbana (escolas, hospitais,saneamento básico, moradias, empregos) não cres-cem na mesma proporção que a população e as cida-des se transformam em um verdadeiro caos.

Complementação e orientação didática

Este capítulo tem estreita conexão com outras dis-ciplinas, como História e Sociologia. Pelo que estudamos,vemos que ainda é um grande desafio para o século XXI aconvivência entre os povos e a aceitação da diversidadecultural. O(A) professor(a) pode trabalhar temas de ética,de pluralismo cultural e de cidadania, incentivando o res-peito ao outro e às diferenças, fazendo os alunos perce-berem o drama daqueles que têm de abandonar o lugarde origem em busca de melhores condições de vida, dei-xando para trás lembranças, construções, família, rela-ções com as pessoas e com o lugar.

Para a questão 4a de Avalie seu aprendizado, os alu-nos devem mostrar ter compreendido que, para diminuiras desigualdades raciais, não bastam as políticas de não-discriminação passiva.

Para a questão 4b:Argumentos a favor — os afro-brasileiros, excluí-

dos do processo de desenvolvimento econômico e soci-al do país, têm poucas oportunidades, pois, ao lado deoutras camadas (mulatos, índios), engrossaram a imen-sa parcela de marginalizados; a educação é importanterecurso para enfrentar as desigualdades sociais e eco-nômicas, pois uma pessoa com acesso a livros, escola ecursos pode concorrer de igual para igual no mercadode trabalho.

Argumentos contra — somente as camadas de ex-cluídos teriam privilégios, os outros grupos sociais teri-am de ingressar na universidade por seus próprios méri-tos; toda essa situação poderia trazer novos preconceitosaos beneficiários das cotas.

Para complementar a questão 6b, o(a) professor(a)poderá pedir uma pesquisa sobre os índios do estado emque vivem os alunos. Poderá também trabalhar com a so-ciodiversidade e com o modo como diferentes segmentossociais (remanescentes de quilombos, comunidades indí-genas e caiçaras, imigrantes europeus e asiáticos, guetosou segregação espacial urbana) convivem no país: locali-zar suas comunidades, pesquisar a manutenção de suasraízes (língua, religião, conhecimentos, danças, vestuário);descobrir seus modos de sobrevivência diante da socie-dade nacional e da possível destruição de seu modo pró-prio de vida.

Os alunos deverão pesquisar as manifestações cul-turais de origem européia, africana, indígena, asiática esua influência nas paisagens brasileiras (construções, ar-quitetura, agricultura, artesanato, materiais utilizados).

Encerrar o trabalho colocando algumas perguntaspara discussão:

• Como essas comunidades coexistem com o siste-ma econômico e político nacional?

• No caso indígena, seria útil um maior acesso àsinformações, conhecimentos técnicos e científi-cos do mundo moderno?

• Quanto às outras comunidades, até que pontodeveriam manter intactas as suas tradições?

• Existe algum movimento organizado (luta pelaterra, defesa dos povos indígenas ou de minori-as) dessas comunidades?

• Que contribuições trouxeram para a nossa cultu-ra (arte, religião, comida, habilidades, conhecimen-to do meio ambiente)?

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Em pauta: vestibulares e Enem (p. 465)1. Historicamente, o negro tem sido vítima de inúmeras

discriminações na sociedade brasileira. O modelo es-cravagista que predominou durante grande parte denossa história não promoveu políticas sociais para ainserção dos negros na sociedade. Ainda hoje os ne-gros costumam receber salários menores para exercerfunções equivalentes. Ao disputar uma vaga, perdempara o branco, mesmo quando possuem melhor for-mação profissional, e são discriminados no próprio localde trabalho, tendo dificuldades de ascender a postossuperiores.

2. e 3. c 4. b 5. a 6. a 7. b 8. a

4. Sugestões de questões para avaliação

• Quais são as denominações utilizadas para osmestiços de europeu e índio; europeu e africano;africano e índio; asiático e outras etnias? (p. 395)

• Por que os números oficiais e dados dos recense-amentos podem ser questionados no que se refe-re ao número de brancos e negros na população?(p. 395-396)

• Qual a finalidade do Estatuto dos Índios? (p. 396)• Cite duas entidades de defesa ou de apoio aos ín-

dios. (p. 396)• Em que regiões se concentra a população indíge-

na atualmente? Quais estados não têm áreas in-dígenas? (p. 397)

• Para o Estatuto do Índio, qual é a situação jurídi-ca dos índios? (p. 398)

• Descreva dois problemas dos povos indígenasatualmente. (p. 398)

• Cite exemplos de povos atlanto-mediterrâneos,germanos e eslavos que vieram para o Brasil noséculo XX. (p. 398)

• Explique os motivos econômicos da vinda força-da dos africanos para o Brasil. (p. 399)

• Quais as áreas de origem e características dosafricanos sudaneses e bantos? (p. 399)

• Por que o segundo período imigratório foi o maisimportante para o Brasil? (p. 401-402)

• Cite as duas principais causas da diminuição pro-gressiva da imigração após 1934. (p. 402)

• Qual a nacionalidade dos cinco grupos mais nu-merosos de imigrantes que entraram no Brasil até1983? (p. 403)

• Analise a tabela “Destino dos brasileiros emigran-tes” e diga onde se encontram as maiores colô-nias de brasileiros no exterior. (p. 403)

• Cite dois exemplos de migrações de fronteira eexplique seus motivos. (p. 404)

• O que são regiões emigratórias e regiões imigra-tórias? Cite um exemplo de cada tipo no Brasil.(p. 404)

• O que são migrações intra-regionais e inter-regi-onais? Cite dois exemplos desta última, no Brasil.(p. 405-406)

• Explique a mudança de pólo de atração populaci-onal na década de 1990. (p. 406)

• Exemplifique o êxodo rural de causas repulsivas.(p. 406-407)

Capítulo 12 A urbanização brasileira

1. Objetivos

O capítulo explica o processo de urbanização noBrasil, iniciado a partir de 1532, com a fundação da Vilade São Vicente, no litoral paulista, para chegar ao seu in-tenso crescimento nas últimas décadas do século XX, coma formação de conurbações, e à tendência de desmetro-polização, com a transferência de indústrias e empresasdo setor de serviços para cidades do interior e capitais deestados menos densas.

Nesse estudo os alunos devem ser levados a:• explicar esse processo relacionando-o à industri-

alização e ao capitalismo, e constatar as transfor-mações que operou no meio rural;

• comparar o Brasil com outros países e identificaras conseqüências da rápida urbanização dos paí-ses subdesenvolvidos;

• analisar o processo de urbanização no Brasil, alocalização das primeiras cidades e os surtos deurbanização;

• diferenciar cidades espontâneas de cidades pla-nejadas;

• questionar os critérios utilizados para se classifi-car o urbano e o rural;

• identificar a população urbana por regiões;• perceber de que forma as concentrações urbanas

geraram as metrópoles, e identificar e caracteri-zar este processo no Brasil;

• entender o fenômeno da desmetropolização e donovo ciclo de urbanização, em que cidades me-nores surgem como pólos de desenvolvimento;

• compreender o processo de conurbação no Brasil;• perceber que o estágio seguinte à conurbação é a

formação das megalópoles e localizá-las no Brasil;• conceituar hierarquia urbana; explicar a brasileira,

segundo o IBGE, diferenciando metrópole nacio-nal de regional, centros regionais de centros locais;

• caracterizar o estágio da rede urbana brasileira elocalizar as redes urbanas regionais;

• explicar o processo de terciarização no Brasil;• identificar os principais problemas urbanos;• diferenciar cidade formal e cidade informal;• discutir os problemas urbanos — favelização, lixo,

violência — e as bases de uma reforma urbanaque poderiam amenizar tensões e resolver pro-blemas humanos.

2. Conceitos e temas desenvolvidos

Municípios no Brasil; cidades espontâneas; cida-des planejadas; o rural e o urbano; taxa de urbaniza-ção; categorias de áreas urbanas (urbanizadas, não-ur-banizadas, urbanas-isoladas); aglomerados rurais (ex-tensão urbana, povoado, núcleo); urbanização concen-tradora; desmetropolização; áreas ou regiões metropo-litanas; conurbações; megalópole; hierarquia urbana;metrópole (nacional, regional, regional incompleta);centro submetropolitano; capital regional; centro regi-onal; centro sub-regional ou local; rede urbana; tercia-rização; cidade formal; cidade informal; reforma urba-na; Estatuto da Cidade.

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3. Encaminhamento das atividades e resoluçãodos exercícios

Avalie seu aprendizado (p. 418)

Construindo conhecimento

1. a) e b) Respostas pessoais. Ver seção Complementa-ção e orientação didática.

2. a), b), c) e d) Respostas pessoais. Ver seção Comple-mentação e orientação didática.

Fixando o conteúdo

3. O maior desenvolvimento urbano da Região Sudeste nadamais é que o reflexo de sua hegemonia econômica, ini-ciada no ciclo da mineração e aprofundada nos ciclosdo café e da indústria. O fato de essa região concentraro maior parque fabril do país funciona como fator deatração de migrantes de diversas regiões para suas prin-cipais cidades. O desenvolvimento das atividades rurais,com intensa mecanização, é um fator de aceleração dasmigrações para a cidade, no interior da própria região.

4. Metrópoles nacionais são as cidades que exercem in-fluência em todo o território nacional. Metrópoles re-gionais são cidades que influenciam grande área ouregião do país.

5. a) Região metropolitana é o conjunto de municípioscontíguos e integrados socioeconomicamente a umacidade central, com serviços públicos e infra-estru-tura comuns.

b) Em conseqüência do agravamento das condições devida, da falta de emprego e da transferência de in-dústrias para as cidades médias na década de 1990,tem havido uma reversão no crescimento das gran-des metrópoles, fenômeno conhecido como desme-tropolização.

c) A primeira megalópole brasileira está se formandoao longo da Via Dutra, resultante da expressiva aglo-meração urbana ao longo do Vale do Paraíba, situ-ado entre as duas maiores metrópoles do país: SãoPaulo e Rio de Janeiro.

Complementação e orientação didática

Na resposta à questão 1a de Avalie seu aprendiza-do, dá para perceber a falta de equipamentos na favela eas melhores condições urbanas na rua da praia, com pré-dios, avenida etc. Os alunos deverão demonstrar ter per-cebido que, em uma das fotos, o bairro apresenta ruasarborizadas, avenidas largas, equipamentos e serviçosurbanos, e, na outra, passagens estreitas, sem asfalto,sujeira, ocupação desordenada e sem infra-estrutura ade-quada (telefone, praças, iluminação pública). Em geral, nacidade “oculta”, concentram-se os problemas urbanos esua população engrossa as estatísticas dos desemprega-dos, dos subempregados, da violência urbana.

Na elaboração do texto solicitado na questão 1b, éimportante que os alunos detectem a segregação espaciale percebam que uma das fotos mostra um exemplo de ci-dade formal, bem planejada e com investimentos públi-cos, e a outra, de cidade informal, sem planejamento, compoucos equipamentos urbanos e com ocupação desorde-nada, colaborando para a segregação espacial.

Para a questão 2, propor uma exposição dos traba-lhos com o tema: “Reurbanização, a cidade antes e depois”.Diversos outros aspectos da vida urbana e de seus con-trastes podem ser discutidos, como: o ritmo da cidade; afalta de moradias; os hábitos urbanos (consumismo, lazerpago); falta de áreas verdes; poluição urbana (ar, rios, ruas);doenças do ambiente urbano; violência urbana; diferençasentre os bairros de classe média e os da periferia; o traba-lho nas cidades (grandes empresas e ambulantes).

Em pauta: vestibulares e Enem (p. 467)1. e2. a) Quando os espaços urbanos são definidos em fun-

ção do poder aquisitivo das pessoas verifica-se umasegregação espacial.

b) Na sociedade capitalista, o processo de segrega-ção espacial é determinado pela renda diferencia-da, maior ou menor acesso a bens e serviços, mai-or ou menor valorização imobiliária, melhor ou piorinfra-estrutura urbana etc. As áreas impróprias aoser humano, tais como as áreas da periferia urba-na sem infra-estrutura, são ocupadas pela popula-ção de baixa renda. Já as áreas mais centrais — oschamados “bairros nobres”, com todo o aparato eminfra-estrutura — são habitadas por populações comrenda mais elevada.

3. e 4. c 5. e6. b 7. a 8. e

4. Sugestões de questões para avaliação

• Cite duas cidades brasileiras fundadas no séculoXVI e duas no XVIII. (p. 409)

• Por que a atividade mineradora foi importante paraa urbanização do país? (p. 409)

• A cidade de São Paulo, até 1850, era ocupada porchácaras. Quais fatores contribuíram para a suaurbanização? (p. 410)

• Por que dizemos que no Brasil se desenvolveu umaurbanização concentradora? (p. 411)

• Explique o ciclo de urbanização no Brasil, a par-tir da década de 1990. (p. 411-412)

• Cite três exemplos de regiões metropolitanas noBrasil. (p. 412)

• Cite três cidades do interior de São Paulo e trêsdo interior do Rio de Janeiro que, além das doVale do Paraíba, serão englobadas à megalópolebrasileira. (p. 414)

• Compare a rede urbana brasileira com a de paí-ses desenvolvidos. (p. 416)

• Caracterize a rede urbana brasileira quanto à con-centração, densidade, relações entre as cidades eorganização hierárquica. (p. 416)

• Explique como a cidade possibilita a dissemina-ção de epidemias. (p. 417)

• Quais regiões metropolitanas têm a maior con-centração de favelas no Brasil? (p. 417)

• Qual a importância de uma reforma urbana? (p. 418)

• O que é o Estatuto da Cidade? (p. 418)

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