4808#OMENSAGEIRO#06MAI

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ANO 96 - N.º 4808 FUNDADOR José Ferreira Lacerda DIRECTOR Rui Ribeiro PREÇO: 0,80 euros (IVA incluído) SEMINÁRIO DIOCESANO – 2414-011 LEIRIA TEL. 244 821 100/1 • FAX 244 821 102 E-MAIL: [email protected] WEB: www.omensageiro.com.pt ECONOMY 6 MAIO 2010 CAMPANHA |Pág. 9 DESTAQUE Divulgação CULTURA DR O tema da Semana da Vida deste ano reafirma o seu valor até ao ponto mais ínfimo: a Vida é sempre um bem. Sempre, significa mesmo sempre e não só em determinadas situações. A mentalidade hodierna quer fazer-nos crer o contrário, que a vida é um bem apenas nalgumas situações e contextos... Páginas 2 e 3 Tu estás convidado! APELO DO BISPO DIOCESANO • PROGRAMA • QUEM É O PAPA? | Última BEM-VINDO SANTO PADRE! Acompanhamos Bento XVI em: http://contigocaminhamosnaesperanca.blogspot.com Acervo do Município de Leiria Exposição “Maria - Arte e Devoção” no edifício do Banco Portugal | P. 4 Marinha Grande comemora Dia Internacional dos Museus | P. 5 SOCIEDADE Turismo de Portugal apoia 6 milhões do QREN para meia centena de projectos na área da restauração | P. 7 Anuário Financeiro revela Município da Batalha é o 6.º com menos dívidas no País | P. 7 ECLESIAL Serviço de Catequese propõe Actividades de rua para crianças na Festa da Fé | P. 9 Fátima Jovem 2010 Jovens não deixaram Fátima dormir... | P. 11

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O Mensageiro (O Mais Antigo Semanário do Distrito de Leiria): Edição de 6 de Maio de 2010 (N.º 4808).

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ANO 96 - N.º 4808

FUNDADOR José Ferreira LacerdaDIRECTOR Rui RibeiroPREÇO: 0,80 euros (IVA incluído)SEMINÁRIO DIOCESANO – 2414-011 LEIRIATEL. 244 821 100/1 • FAX 244 821 102E-MAIL: [email protected]: www.omensageiro.com.pt

Nº DE2703206MPCECONOMY

6 MAIO 2010CAMPANHA

|Pág. 9

DESTAQUE

Divulgação

CULTURA

DR

O tema da Semana daVida deste ano reafirma o seu valor até ao ponto mais ínfimo: a Vida ésempre um bem. Sempre, significa mesmosempre e não só em determinadas situações.A mentalidade hodierna quer fazer-nos crer ocontrário, que a vida éum bem apenas nalgumas situações e contextos... Páginas 2 e 3

Tu estás convidado!

APELO DO BISPO DIOCESANO • PROGRAMA • QUEM É O PAPA? | Última

BEM-VINDO SANTO PADRE!Acompanhamos Bento XVI em: http://contigocaminhamosnaesperanca.blogspot.com

Acervo do Município de Leiria

Exposição “Maria - Arte e Devoção”no edifício do Banco Portugal | P. 4

Marinha Grande comemora

Dia Internacionaldos Museus | P. 5

SOCIEDADE

Turismo de Portugal apoia

6 milhões do QREN para meia centena de projectos na área da restauração | P. 7

Anuário Financeiro revela

Município da Batalha é o 6.º com menos dívidas no País | P. 7

ECLESIAL

Serviço de Catequese propõe

Actividades de rua para crianças na Festa da Fé | P. 9

Fátima Jovem 2010

Jovens não deixaram Fátima dormir... | P. 11

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DESTAQUE2 O Mensageiro6.Maio.2010

Rui [email protected]

Valorizar a vida

EDITORIAL

Querem fazer-nos crer que a vida é um bem apenas

em determinadas situações e

contextos, já não o sendo, ou sendo-o menos,

noutras situações e contextos.

De 9 a 16 de Maio celebramos a Semana da Vida. O tema deste ano reafirma o valor da vida até ao ponto mais ínfimo: a Vida é sempre um bem. Sempre, significa mesmo sempre e não só em determinadas situações. A mentalidade hodierna quer fazer-nos crer o contrário. Ou seja, a busca da perfeição, tem gerado situações em se vai relativizando o que antes era absoluto. Aliás a relativização das coi-sas tem gerado a relativização da vida. Querem fazer-nos crer que a vida é um bem apenas em determinadas situações e contextos, já não o sendo, ou sendo-o menos, noutras situações e contextos. É assim que se abre caminho para a aprovação generalizada de actos que são aten-tados contra esse bem maior que é a vida.

Se analisarmos o percurso feito pelas de-mocracias ocidentais, veremos como têm sido introduzidos mecanismos de desvalorização do que antes se considerava valor absoluto, como é o caso da vida: desde a manipulação genética, passando pela legalização do aborto, o uso do preservativo, e terminando no com-bate que está já na agenda do dia-a-dia e que é relativo à eutanásia, todas estas situações que têm dado entrada nas constituições de-mocráticas, são manifestações deste destronar lento do valor da vida. João Paulo II, falava da cultura de morte que se estava a impor e que se traduzia não apenas pela luta na conquis-ta de determinados direitos, mas também

pela negação destes valores que foram o alicerce da construção europeia.

O tema que este ano nos é proposto para animar a semana da vida, tem uma car-ga forte na expressão “sempre”. Ou seja, mesmo em situações de deficiência ou de imperfeição a vida é sempre um bem. A

experiência acaba até por nos dizer que mui-tas vezes esse bem maior só é reconhecido e apreciado nos momentos de obscuridade e incerteza. Normalmente assim é: a doença ajuda a apreciar a saúde, a fome ajuda a apre-ciar o alimento. Também nas questões mais genéricas, será a imperfeição a fazer valorizar mais a essência. Por isso a Vida é SEMPRE um bem.

A celebração desta semana ocorre no mo-mento em que o Papa Bento XVI visita o nosso país. Certamente ele será porta-voz deste va-lor absoluto, na linha do que a Igreja sempre defendeu e afirmou. Sabemos já que alguns se sentirão incomodados com esta afirmação e irão procurar silenciar a mensagem papal. Mas estejamos atentos, procuremos acima de tudo ouvir e reflectir, não nos deixemos levar pela moda ou pelos pretensos modernismos com que os defensores da cultura de morte pugnam pelas suas ideias.

Com Bento XVI, deixemo-nos maravilhar por esta intemporalidade de bondade que está subjacente à vida, a toda a forma de vida.

Vêm-se multiplicando os debates e as declarações sobre o direito à realização pessoal em todas as circunstâncias e em todas as etapas da vida. São aspectos fundamentais da pessoa, que deve ser res-peitada como sujeito da sua existência, e têm a ver com a própria dignidade humana. Por isso, a discussão não se confina ao seu carácter religio-so ou confessional. As consi-derações éticas e jurídicas são inevitáveis e deverão sempre ser acompanhadas de um es-forço sério de discernimento, ao nível pessoal e colectivo, sobre o que é importante e de-cisivo para uma vida verdadei-ramente humana: os valores autênticos e fundamentais, e o modelo de sociedade que se pretende. Os Bispos de Portugal, apercebendo-se da grandeza dos problemas, nomeadamente da dificul-dade de integrar a morte no horizonte da própria vida, e sabendo da intenção que se tem manifestado de se legislar neste âmbito, quiseram dar o seu contributo e ofereceram aos católicos algumas orien-tações.

Nesta Semana da Vida, o Departamento Nacional da

Pastoral Familiar propõe, para reflexão, os seguintes excer-tos da Nota Pastoral Cuidar da vida até à morte: contributo para a reflexão ética sobre o morrer, publicada a 12 de Novembro de 2009.

A vida, dom a agradecerA vida humana é prévia

a qualquer projecto pessoal, por isso ninguém é senhor absoluto da sua própria vida, e muito menos senhor da vida dos outros. […]

A revelação bíblica mos-tra-nos a existência humana como resultado da bondade divina, isto é, como um dom que suscita em nós gratidão e não nos dispensa da respon-sabilidade de cuidar dele. A condição humana tem origem na bondade criadora de Deus e no amor salvífico de Jesus Cristo. […]

Numa perspectiva de fé, a realização plena e definitiva da pessoa só é possível na vida em Deus. Só Deus é o Senhor da vida. Tal facto não retira ao homem a sua responsabilida-de de procurar as melhores opções para cuidar da vida que tem diante de si. […]

Não é arbitrariamentedisponível

A vida não está à inteira disposição de quem quer que seja, não é arbitrariamente disponível, mas tem de ser respeitada como a condição básica de realização pessoal. O valor da vida humana não brota das valorizações que a sociedade lhe atribui ou dos critérios que no momento são socialmente significativos, mas de uma dignidade prévia a qualquer criteriologia. […]

O homem actual quer não só ser protagonista da sua própria história, mas ter nas mãos todos os proces-sos da sua vida. Tornou-se dominante uma concepção de autonomia em que a li-berdade individual é elevada a direito absoluto. É neste sentido que parece aliciante poder antecipar a morte ou prolongar o processo de mor-rer, de acordo com o que no momento for tido como mais vantajoso.[…]

O próprio processo de morrer tem-se transforma-do: o morrer tornou-se mais longo; na maior parte das vezes morre-se em hospitais ou centros clínicos, nos am-bientes anónimos e frios das

instituições; o sofrimento associado a longas doenças terminais causa uma inse-gurança adicional; diversos factores contribuem para que os moribundos vivam uma so-lidão preocupante; o excesso de tecnologia põe em causa os esforços por humanizar o cuidado dos doentes. […]

A obrigação moral de garantir à vida humana uma especial protecção está codifi-cada no mandamento bíblico do Decálogo: “Não matarás”. […]

A eutanásiaé eticamente inaceitável

É eticamente inaceitável qualquer forma de eutanásia, isto é, qualquer “acção ou omissão que, por sua natu-reza e nas intenções, provoca a morte”(2). Nem sequer o objectivo de eliminar o sofri-mento ou livrar a pessoa de um estado penoso pode legi-timar a eutanásia, tanto mais que a medicina e a sociedade dispõem de outros meios para socorrer os pacientes em fase terminal. Equivalente à euta-násia, do ponto de vista ético, é qualquer forma de ajuda ao suicídio, também designado suicídio assistido. […]

Semana da Vida - 9 a 16 de Maio de 2010

A VIDA é sempre um bem

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3DESTAQUEO Mensageiro6.Maio.2010

Nota históricaDesde 1994 a Conferência Episcopal Portuguesa,

através da Comissão Episcopal competente para a área da Família, organiza a Semana da Vida.

Esta iniciativa vem na sequência do apelo lançado em 1991 pelo Papa João Paulo II, na Encíclica O Evan-gelho da Vida sobre o valor e a inviolabilidade da vida humana, ao propor uma celebração que tenha por ob-jectivo «suscitar nas consciências, nas famílias, na Igreja e na sociedade, o reconhecimento do sentido e valor da vida humana em todos os seus momentos e condições, concentrando a atenção de modo especial na gravidade do aborto e da eutanásia, sem contudo menosprezar os outros momentos e aspectos da vida…» (EV 85).

Decorre habitualmente na semana em que se celebra o Dia Mundial da Família (15 de Maio).

Nos últimos anos teve os seguintes temas:2004 - Sem filhos não há futuro2005 - Respeita o outro, diz não à violência2006 - Família – amor e vida 2007 - Felicidade humana – preocupação de Deus 2008 - Vida com Esperança2009 - Vida com Valores formação na Família2010 – A Vida é sempre um bem

Na realidade, porém, e numa linha de princí-pio, qualquer forma de eutanásia constitui uma renúncia a acompanhar a pessoa doente, traduz a falta de empenho de uma sociedade em procurar meios que permitam viver dignamente todas as fases da existência humana. É, por isso, uma violação, ainda que consentida, da dignidade fundamental que se deve reconhecer a cada ser humano. A eutanásia ou a ajuda ao suicídio são formas desumanas de li-dar com a pessoa que vive o seu processo de morrer e constituem “uma ofensa à dignidade da pessoa hu-mana, um crime contra a vida e um atentado contra a humanidade”. […]

Distinta desta atitude de agressão à vida huma-na, é a legítima renúncia a recorrer a todos os meios para manter viva uma pes-soa em estado terminal. A obstinação terapêutica ou “distanásia” seria o recurso a um conjunto de interven-ções médicas já despropor-cionadas face ao bem global que a pessoa poderá vir a experimentar. […]

Também esta renúncia a “tratamentos que dariam somente um prolongamen-to precário e penoso da vida” pode ser considerada uma opção de respeito pela vida, já que proteger a vida não significa prolongá-la a

todo o custo. O respeito pela vida humana não se reduz a uma protecção incondicional da vida bio-lógica, mas deve incluir também o empenho por garantir todos os elemen-tos que tornam humana essa vida. O direito a uma morte digna pode significar também não esgotar todos os meios médicos, quando tal signifique apenas um prolongamento do morrer. […]

A vida humananunca perde sentido

Uma vida humana nun-ca perde sentido nem digni-dade. Também o envelhecer e o morrer se integram no sentido da vida humana e reflectem a dignidade hu-mana da pessoa. “O amor para com o próximo […] torna capaz de reconhecer a dignidade de cada pes-soa, mesmo quando a do-ença veio pesar sobre a sua existência. O sofrimento, a idade avançada, o estado de inconsciência, a iminência da morte, não diminuem a dignidade intrínseca da pessoa, criada à imagem de Deus”. […]

Pessoas gravemente doentes ou em estado ter-minal não podem ter de modo algum a impressão de serem indesejadas, mas devem sentir de modo re-forçado que são preciosas e queridas, e que a sociedade não se dispensa de fazer

tudo o que está ao seu alcance para as valorizar e integrar. […]

Diz São Paulo: “Ne-nhum de nós vive para si mesmo, e nenhum de nós morre para si mesmo. Se vi-vemos, é para o Senhor que vivemos; e se morremos, é para o Senhor que morre-mos. Quer vivamos, quer morramos, é ao Senhor que pertencemos”(Rm 14,7-8). Como explica João Paulo II, “morrer para o Senhor significa viver a própria morte como acto supremo de obediência ao Pai […]; viver para o Senhor signi-fica também reconhecer que o sofrimento, embora permaneça em si mesmo um mal e uma prova, sem-pre se pode tornar fonte de bem”(6). O cristão encontra o sentido redentor do sofri-mento humano, unindo-se a Cristo, no mistério da sua paixão, morte e ressur-reição. […]

O que está em causa é a preservação da dignidade da pessoa em algo que é de-cisivo e constitutivo de todo o projecto pessoal de vida. Isto inclui certamente fazer aquilo que é razoavelmente possível para que o pacien-te preserve as condições de sujeito da sua própria história. […]

Que estes excertossuscitem uma leituraintegral

No mistério da trans-

missão dos afectos, as expressões de dedicação e amor, manifestações do amor de Deus reveladas pelo amor do irmão, são sensíveis numa criança que dorme, como em quem se encontra inconsciente ou na fase final da vida.

As Obras de Miseri-córdia, descritas como os critérios do Juízo Final de Deus, constituem proposta imperativa a que cada um se torne verdadeiramente o próximo daquele que mais precisa e lhe proporcione uma experiência de entrega e de ternura, expressões do amor de Deus.

Notas(1) Disponível em http:

/ / w w w . l e i g o s . p t /

semanadavida.html

(2) João Paulo II, Evangelium vitae, Vaticano 1995, nº 65.

(3) Congregação para a Doutri-

na da Fé, Declaração sobre a Eutanásia (5.05.1980), in:

AAS 72 (1980), II.

(4) Congregação para a Doutri-

na da Fé, Declaração sobre a Eutanásia (5.05.1980), in:

AAS 72 (1980), IV.

(5) João Paulo II, Discurso aos participantes no XIX Congresso Internacional do Pontifício Conselho para a Pastoral no Campo da Saúde,

12.11.2004, nº 3.

(6) João Paulo II, Evangelium vitae, Vaticano 1995, nº 67.

Dia Diocesano da FamíliaA Semana da Vida é já de 9 a 16 de Maio próximo.

Legada por João Paulo II, é-nos proposta pelos nossos Bispos através da Comissão Episcopal do Laicado e Fa-mília. “A Vida é Sempre um Bem”. É um eco da Carta Pastoral da CEP, de 12 de Novembro recente, “Cuidar da vida até à morte: Contributo para uma reflexão ética sobre o morrer” e, tal como a Carta, uma afirmação do valor e dignidade da pessoa perante a dificuldade em integrar o sofrimento, a velhice e a morte no horizonte da própria vida. É ainda um esforço de esclarecimento e sensibilização, na previsão do debate e da anunciada legislação neste âmbito.

Estão à nossa disposição um texto sobre o Tema, uma Oração diária, uma Meditação do Rosário e um Enquadramento litúrgico para os domingos de abertura e termo. Além da utilização na pastoral comunitária, deseja-se fomentar momentos de união familiar, e aproveitar e valorizar a devoção do Rosário no mês de Maio. Envia-se também um folheto de divulgação para distribuição à saída das missas (um por família), com uma mensagem simples e indicação de fontes de informação que podem ser úteis.

Como pude dizer na última Assembleia do Clero, a grande acumulação de actividades e a concentração na Festa da Fé, aconselham que se reduza o Dia Dioce-sano da Família a um gesto simbólico. Neste sentido, enviámos-lhe pagelas com uma oração para serem dis-tribuídas, uma por família, às missas de 16 de Maio, encerramento da Semana da Vida. Sugerimos que, à Acção de Graças, um casal leia em nome de todos essa oração da família e se recomende a sua recitação depois, pessoalmente e em família.

Estas iniciativas podem (devem) ser confiadas à Equi-pa Paroquial de Pastoral Familiar e, na inexistência desta, são sempre ocasião e apelo à sua criação.

Padre Luís Inácio João

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CULTURA4 O Mensageiro6.Maio.2010

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CINEMATeatro José Lúcio da Silva (Leiria)• PLANETA 51 | animação | de Jorge Blanco, Javier Abad | 9 de Maio,

11h00

Teatro Miguel Franco (Leiria)• HOMENS QUE MATAM CABRAS SÓ COM UM OLHAR | comédia | de Grant

Heslov | c/ George Clooney, Ewan McGregor, Jeff Bridges | 12 de Maio, 18h30 e 21h30

Cine-Teatro de Monte Real• PLANETA 51 | 7 a 9 de Maio, 21h30

Auditório Municipal da Batalha• ALICE NO PAÍS DAS MARAVILHAS | acção | de Tim Burton | c/ Helena

Bonham Carter, Alan Rickman, Johnny Depp | 7 a 10 de Maio, 21h30; dia 9, 18h00

Cine-Teatro de Ourém• LEMBRA-TE DE MIM | drama | de Allen Coulter | c/ Robert Pattinson,

Pierce Brosnan, Emilie de Ravin | 8 de Maio, 21h30

Cine-Teatro da Nazaré• UM SONHO POSSIVEL | drama | de John Lee Hancock | c/ Jae Head,

Quinton Aaron, Sandra Bullock | 6 a 9 de Maio, 21h45

EXPOSIÇÕESTeatro José Lúcio da Silva - Leiria•”Planeta água” - fotos subaquáticas de Luís Mendes (~30/05)Teatro Miguel Franco - Leiria•”O que é o Teatro?” (~28/05)Biblioteca Municipal Afonso Lopes Vieira - Leiria•”Retrospectiva de Miguel Rocha” (~28/05)Sede da Associação Célula e Membrana - Leiria•”24 horas a fazer arte” -Pedro Ferreira (8/05-12/06)Pousada da Juventude - Leiria•”Terra de Sonhos” - cerâmica artesanal (~17/05)Galeria Ponto Já (IPJ) - Leiria•”Sentimentos Profundos” - pintura (~21/05)Centro de Língua e Cultura Chinesas - ESECS - Leiria•”Olhares cruzados”-fotos de Portugal e da China” (~16/06)Edifício Banco de Portugal - Leiria•”Maria - Arte de Devoção” (~22/05)Centro Comercial Jardins do Lis - Leiria•”Pintar’te: expressões artísticas na infância” (~16/05)Agromuseu Municipal D. Julinha - Ortigosa•”Minha Terra, Minha Gente” (~30/05)•”Património Rural de Ortigosa e Vale do Lis” - Augusto Mota (~30/5)Biblioteca Municipal - Marinha Grande • Colecção Carlos Vieira e Fotobiografia de Lopes Vieira (permanente)•”A melhor camisola do mundo!” - hora do conto (marcação prévia)Museu Joaquim Correia - Marinha Grande•”A Medalha” - visitas guiadas, marcação prévia•”És bom observador?” (2ªs, mascação prévia)•”Presépios” - visitas guiadas (marcação prévia)•”Descobrir o Tesouro” (3ªs~6ªs)Museu do Vidro - Marinha Grande•”Mestres da Marinha Grande” - artesanato de Maçarico (~30/05)Teatro-Cine - Pombal•”O Tesouro-Poema em movimento”• J.M. Bustorff (~26/05)Museu Marquês de Pombal - Pombal•”Viagem ao Mundo dos Chapéus” (~31/05)Paços do Concelho - Tomar• Pintura de Gracinda Candeias (25/05~30/06)

MÚSICA | TEATRO | EVENTOSTeatro José Lúcio da Silva - Leiria• Ballet Flamenco de Madrid - dança (6/05, 21h30)•”Sean Riley & The Slowriders” - música (13/05, 21h30)•”As palavras na barriga” - ópera infantil (16/05, 17h00)•Deolinda: ”Dois Selos e Um Carimbo”- novo albúm (20/5, 21h30)Teatro Miguel Franco - Leiria• António Casal, percussão - música (7/05, 21h00)• Concerto para bebés - infantil/juvenil (9/05, 10h30 e 11h45)•”Déjá Vu” - festival de teatro juvenil (10/05, 14h15)•”Moooooontes de Chiiiiii|ique” - festival de teatro juvenil (11/05, 15h)•”A Tampa” - festival de teatro juvenil (12/05, 15h00)•”Uma Pedra no Sapato” - festival de teatro juvenil (13/05, 21h30)Biblioteca Municipal Afonso Lopes Vieira - Leiria•”O gato das botas” - hora do conto (8/05, 16h00)Livraria Arquivo - Leiria•”A mãe galinha” - animação da história infantil (8/05, 16h30)Casa-Museu João Soares - Cortes•”Tarde na Casa-Museu” - infantil/juvenil (12/05, 15h00)Biblioteca Municipal - Marinha Grande•”O rapaz da bicicleta azul” - hora do conto (marcação prévia)Bidoeira de Cim - Leiria• Aniversário da AFILBI - concerto (8/05, 21h30) Café Concerto - Pombal• Palco aberto (6ªs do mês, 23h00)

No dia 30 de Abril, a Bi-blioteca Municipal Afonso Lopes Vieira comemorou o seu 55º aniversário. Para as-sinalar esta data, a Bibliote-ca Municipal, desenvolveu um programa dirigido a to-dos os Munícipes de Leiria, relembrando Afonso Lopes Vieira.

Assim, no dia 30, foi realizada uma visita à li-vraria privada de Afonso Lopes Vieira, com a qual, os visitantes, tiveram a

oportunidade de sentir o ambiente onde o escritor escrevia os seus livros.

Sabendo que Afonso Lopes Vieira foi um grande escritor da língua portugue-sa do princípio do séc. XX, houve também, uma breve apresentação da vida e obra de

Afonso Lopes Vieira. Com o objectivo de divulgar as obras de Afonso Lopes Viei-ra, foram recitadas poesias do livro “Bartolomeu Marinheiro” e “Animais Nos-

sos Amigos”, para crianças, divulgando o grande espírito literário daquele

escritor.

No dia 2 de Maio, “Dia da Mãe”, inaugurou no edi-fício do Banco de Portugal, em Leiria, a exposição su-bordinada ao tema “Maria – Arte e Devoção”, contan-do com a presença de D. António Marto, Bispo da Diocese de Leiria-Fátima, e de Raul Castro, Presidente da Autarquia.

A exposição de pintura “Maria – Arte e Devoção”, com obras do acervo de Arte Antiga do Município de Lei-ria, cuja temática incide so-bre o culto mariano, surge

da vontade do Município de Leiria, em pleno mês dedicado a Maria e com a colaboração da Diocese de Leiria-Fátima, querer associar-se à peregrinação do Papa Bento XVI ao Santuário de Fátima, evo-cando também a passagem do Papa Paulo VI por Leiria, em 13 de Maio de 1967.

No “Dia da Mãe”, a inau-guração desta exposição foi também uma homenagem a todas as mães, aqui re-presentadas pela Virgem Maria, decerto a “mais fas-

cinante e exaltada persona-gem feminina da história da Humanidade”.

No âmbito da exposição “Maria – Arte e Devoção” e com o objectivo de estabele-cer o seu enquadramento a nível temático, realizar-se-ão no Banco de Portugal, visitas guiadas, bem como duas conferências, a pri-meira, no dia 11 de Maio, pelas 18h30 com Jorge Es-trela, Historiador de Arte e coordenador do projecto de restauro do acerco pictórico do Município de Leiria e, a

segunda, no dia 18 de Maio, também pelas 18h30, com Marco Daniel, Historiador de Arte e membro da Co-missão de Arte Sacra da Diocese Leiria-Fátima.

Patente ao público até 22 de Maio, a exposição “Maria – Arte e Devoção”, representa ainda uma excelente oportunidade para os leirienses poderem contemplar o “rico” acervo de pintura antiga do Mu-nicípio.

A “Semana da Leitura para Todos” que decorreu de 17 a 24 de Abril, foi um verdadeiro sucesso que contou com mais de 3.500 participantes. Esta iniciativa do PNL (Plano Nacional da Leitura), com a organização conjunta da Biblioteca Municipal Afon-so Lopes Vieira, da Rede de Bibliotecas Concelhias e da Biblioteca José Saramago do Instituto Politécnico de Leiria foi uma iniciativa premiada pela total adesão dos leirienses, que com a

sua participação na “Sema-na da Leitura para Todos” demonstraram que o livro ocupa um papel importante nas suas vidas.

O vasto leque de acti-vidades promovidas em diversos espaços, e desti-nadas a todos os públicos, nomeadamente crianças, jo-vens, adultos, idade maior e pessoas com necessidades especiais, teve ainda uma componente muito forte de originalidade, que decerto contribuiu para o sucesso desta iniciativa.

Hora do conto e do li-vro inclusivo, poemas em língua gestual portuguesa, conferências no âmbito da leitura, Parar para Ler, Árvore da Palavra (Braille Pictogramas), bem como a edição do Jornal de Leiria em Braille, iniciativa com a qual terminou a “Semana da Leitura para Todos”, foram algumas das actividades em que muitas pessoas partici-param, não esquecendo as visitas do Vereador Gonçalo Lopes ao Hospital de Santo André, para oferecer livros

ao serviço de Pediatria e para, num gesto simbólico, oferecer o cartão de leitor da Biblioteca Municipal às crianças nascidas a 23 de Abril, Dia Mundial do Livro.

“A Semana da Leitu-ra para Todos” foi uma iniciativa absolutamente abrangente, que promoveu a versatilidade, a originali-dade e a inclusão.

Biblioteca Municipal Afonso Lopes Vieira

55 anos de literatura em Leiria

Mais de 3500 pessoas participaram

“Semana da Leitura para Todos”

Inaugurada no Dia da Mãe, em Leiria

Exposição “Maria – Arte e Devoção”

De 21 de Maio a 6 de Junho, o Posto de Turis-mo de Leiria acolhe uma exposição de Arte Sacra, no âmbito das celebrações da Festa da Fé da Diocese de Leiria. Esta iniciativa

com o mote A “Festa da Fé: Rosto(s) da Igreja Diocesa-na” vai decorrer nos dias 21, 22 e 23 de Maio, no centro da cidade de Leiria e, como o próprio nome indica, vai procurar revelar

o rosto e os rostos da Dio-cese, na variedade das suas comunidades, movimentos, grupos e serviços, e da sua vitalidade.

A exposição poderá ser visitada de segunda-feira a

domingo, no horário com-preendido entre as 10h00 e as 13h00 e das 15h00 às 19h00.

“Festa da Fé - Rosto(s) da Igreja Diocesana”

Arte Sacra no Turismo de Leiria

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5CULTURAO Mensageiro6.Maio.2010

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De 7 a 22 Maio, no Cine-Teatro de Porto De Mós, às 21H30, o Pelouro da Cultu-ra da Câmara Municipal de Porto de Mós, à semelhança de anos anteriores, irá re-alizar o ”Vem Dançar” - VI Mostra de Dança, que, para além da mostra habitual, incluirá a organização da II edição do Concurso de Dança. De salientar que

este ano haverá 36 institui-ções provenientes dos mu-nicípios de Porto de Mós, Caldas da Rainha, Leiria, Ourém, Alcobaça, Pombal, Nazaré, Coimbra, Batalha, Marinha Grande.

O principal objectivo desta iniciativa é incentivar e promover a dança como modalidade, e simultanea-mente proporcionar a inte-

gração e intercâmbio entre bailarinos, grupos e escolas que participam no evento, proporcionando-lhes uma oportunidade para a di-vulgação do seu nome e do seu trabalho, junto da população em geral.

As eliminatórias serão realizadas através de espec-táculos abertos ao público, a partir dos quais serão

seleccionadas as melhores coreografias que passarão para a Grande Final. De salientar que os apurados só serão disso informados no dia 21 de Maio.

O espectáculo da Gran-de Final decorrerá, sábado, dia 22 de Maio, no qual se-rão decididos e anunciados os vencedores.

A exposição de pintura e artesanato “Deu-me na Telha”, da artista Clara Co-elho, é inaugurada no dia 7 de Maio, pelas 18H00, na Galeria Municipal da Mari-nha Grande. Esta exposi-ção da artista marinhense Clara Coelho é constituída por obras em barro sobre telhas que com muita cor retratam a natureza. Cada telha tem uma história que cabe a cada um imaginar. Mahura é o nome com

que a artista assina esta exposição que, como diz, caracteriza-se pelo prazer de viver em harmonia com toda a criação.

Clara Coelho nasceu na Marinha Grande, em Maio de 1956. Fez a sua primeira exposição de pintura a pastel, em 1995. Artista autodidacta, vê-se como pintora de emoções. Conta, no seu currículo, com sete exposições individuais e participação em duas ex-

posições colectivas. Esta mostra é dirigida

ao público em geral e esta-rá patente até ao dia 16 de Maio, podendo ser visitada de quarta-feira a domingo, das 11h00 às 13h30 e das 14h30 às 19h00. A entrada é gratuita.

Clara Coelho confessa: “Um dia, numa aldeia perdida algures na Serra da Estrela, ofereceram-me um telhado. Presente bizarro, podem pensar, mas foi

com carinho que guardei umas centenas de telhas velhas, muitas partidas, to-das cheias de anos e anos de sol, chuva, neve... enfim, podem imaginar o aspecto. Guardei, mas não são só para mim. As minhas lindas não podiam ficar abandona-das e, num outro dia, olhei para elas e, naturalmente, deu-me na telha!”

VI Mostra e II Concurso de Dança

“Vem Dançar” em Porto de Mós

Inauguração na Galeria Municipal da Marinha Grande

“Deu-me na telha” de Clara Coelho

De 12 a 30 de Maio, vão decorrer, nos museus da Marinha Grande, várias actividades comemorativas do Dia Internacional dos Museus, que se assinala a 18 de Maio.

O Museu do Vidro e o Museu Joaquim Correia organizam um programa comemorativo destinado às crianças e ao público em geral, cuja participação é gratuita.

O objectivo das come-morações do Dia Internacio-nal dos Museus é estimular

a vinda da comunidade aos Museus do Município, em especial das crianças e seus familiares, numa

perspectiva de divulgação e valorização do patrimó-nio, da valorização pessoal da criança, particularmente

do trabalho por ela desen-volvido e da divulgação do património vidreiro mari-nhense.

“Quero ser… explora-dor!” será a primeira das iniciativas, que decorrerá no Museu do Vidro (Praça Guilherme Stephens), nos dias 12 e 14 de Maio, pelas 9h30 e 10h00 – daremos conta do restante programa, em próximas edições.

Comemorações na Marinha Grande

Dia Internacional dos MuseusDR

Marinha GrandeNoiserv no espaço CISCO

No dia 8 de Maio, o espaço CISCO (no antigo mer-cado da Marinha Grande), recebe o projecto musical Noiserv, de David Santos. Além da música, o público poderá interagir com o mentor do projecto.

David Santos é o nome por trás de “Noiserv”. Cria-do em meados de 2005, esta entidade musical ganhou forma quando David decide gravar algumas ideias numa demo com o intuito de participar no Termómetro Un-plugged desse ano, meses mais tarde esses três temas são editados on line, na netlabel Merzbau. Desde aí um longo percurso foi percorrido, com muitos concertos um pouco por todo o país, o que levou David a aban-donar progressivamente o formato de “songwriter”, do homem e a sua guitarra, para lentamente incorporar novos elementos nas suas músicas.

Já em 2008 Noiserv edita “One Hundred Miles from Thoughtlessness”, disco que tem sido bem recebido pela imprensa e crítica. Destaques em várias publicações, Ípsilon, Disco Digital, DN ou DIF, e airplay nas rádios Radar, TSF ou Antena3. Nuno Galopim considerou-o uma das grandes surpresas do panorama nacional em 2008 e o público tem sido unânime seguindo com devo-ção cada concerto, e considerando-o um dos melhores discos de 2008.

O seu, já extenso, currículo de actuações ao vivo conta com a presença em espaços como Cinema S. Jorge, Casa da Música do Porto, Santiago Alquimista, Galeria Zé dos Bois, Music Box ou Mercado Negro, e actuações na primeira parte de nomes incontornáveis como Tara Jane O’neil, Damon & Naomi, Yndi Halda, iLIKETRAINS, Your Ten Mofo, entre outros.

Câmara da Marinha reconhece 50 anos de carreiraNorberto Barroca homenageado

A Câmara Municipal da Ma-rinha Grande realiza uma sessão de homenagem ao encenador ma-rinhense Norberto Barroca, pelos seus 50 anos de carreira, no dia 15 de Maio, pelas 17h00, no Salão Nobre dos Paços do Concelho.

A iniciativa insere-se nas come-morações do Feriado Municipal (13 de Maio), que decorrem no conce-lho de 7 a 16 de Maio. A Câmara Municipal pretende assim evocar a reconhecida carreira do encenador e reconhecer publicamente o contributo do artista para a dignificação do teatro a nível local e nacional. A sessão contará com a presença de amigos do homenageado e figuras ilustres da cultura nacional.

Norberto Barroca é arquitecto de formação. Desde cedo enveredou pelo Teatro. Estreou-se profissio-nalmente em 1960, com o Grupo Fernando Pessoa, dizendo poesia em Portugal, no Brasil, em Angola e em Moçambique. Enquanto encenador estreou-se na Casa da Comédia em 1967, tendo recebido o Prémio de Imprensa em1969 pela encenação de “Fando e Lis” de Arrabal.

A direcção da Associação Por-tuguesa de Paralisia Cerebral de Leiria e um grupo de alunos do 12º ano da Escola Secundária Afonso Lopes Vieira, levam a cabo um Sa-rau Solidário a favor das crianças especiais da Associação Portuguesa de Paralisia Cerebral de Leiria, no

dia 8 de Maio, Sábado, pelas 21h30, no Teatro José Lúcio da Silva, em Leiria. Este concerto insere-se no projecto deste grupo de alunos, com a designação A força de Vencer e está relacionado com o tema: Paralisia Cerebral.

UHF em concerto no Teatro José Lúcio da Silva

Solidariedade em Leiria

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O Mensageiro6.Maio.2010SOCIEDADE6

Colheitas de Sangue em LeiriaData Horas Local06/05/10 14h00-18h00 Escola Básica Gualdim Pais - Pombal09/05/10 9h00-13h00 Salão Paroquial de Santa Eufémia - Leiria09/05/10 9h00-13h00 Junta de Freguesia de Serro Ventoso14/05/10 15h00-20h00 Empresa Adelino D.Mota - Meirinhas16/05/10 9h00-13h00 Salão Paroquial da Guia - Pombal 17/05/10 9h00-13h00 Colégio Dinis de Melo - Leiria21/05/10 16h00-20h00 Valco Empresa - Caranguejeira30/05/10 9h00-13h00 Escola Primária da Bouca, Azóia - Leiria 3ªs e Sab. 9h00-13h00 Cruz Vermelha de Leiria

Joaquim Vieira, jorna-lista, professor e ensaísta, natural de Leiria, foi o ora-dor convidado da sessão so-lene comemorativa do 36º aniversário do 25 de Abril. A evocação desta data históri-ca em Leiria, começou logo pela manhã, com o hastear das bandeiras do Municí-pio, Nacional e União Eu-ropeia, pelo Presidente da Câmara, Raul Castro, pelo Presidente da Assembleia Municipal, Carlos André e pelo Vereador Luciano de Almeida, na presença do restante Executivo e de al-guns convidados. Este acto simbólico foi acompanhado por um pelotão do RAL4 e pela banda Filarmónica de São Tiago dos Marrazes, que interpretou o Hino Nacional.

Pelas 11 horas, o Teatro Miguel Franco foi palco da Sessão Solene evocati-va dos 36 anos do 25 de Abril, com a presença na mesa de honra, do orador convidado, Joaquim Vieira, do Presidente da Câmara Municipal de Leiria, Raul Castro, do Presidente da As-sembleia Municipal, Carlos André, do Governador Civil do Distrito de Leiria, José Humberto Paiva de Carva-lho e Vereadores.

Perante os convidados, a primeira intervenção esteve a cargo do Vereador António Martinho, eleito pelo CDS-PP, que realçou o facto de ser “imperativo conservar na memória colectiva, os valores fundamentais da vida e da sociedade demo-crática, o que representa uma obrigação histórica e política com o futuro”.

Luciano de Almeida, Ve-reador eleito pelo PSD lem-brou que “comemorar o 25 de Abril, significa também o renovar do compromisso permanente com a constru-

ção de um País inclusivo e socialmente justo. Se faze-mos questão de o lembrar é porque reconhecemos que esse compromisso nos vincula a todos nós: governo central, governo local, institutos públicos, empresas e cidadãos”.

Gonçalo Lopes, Verea-dor da Educação, Cultura e Juventude, eleito pelo PS, lembrou no seu discurso que a principal conquista do 25 de Abril “foi e é sem dúvida a liberdade, valor supremo da condição hu-mana”. Para este autarca “independentemente das convicções ideológicas de cada cidadão, a liberdade é algo que todos nós temos que exaltar” e lembrou como exemplo, Miguel Torga, que um dia escreveu:”não posso ter outro partido senão o da liberdade”. No ano em que se comemora o Centenário da República, Gonçalo Lopes estabeleceu ainda uma analogia entre a implantação da República e o 25 de Abril porque “quer a Primeira República, quer o 25 de Abril, pretendiam transformar Portugal num país moderno, criando deste modo uma socieda-de mais aberta, assente em ideais de justiça social e democratização.” O Vereador terminou a sua intervenção, agradecendo a Joaquim Vieira que de-

signou com “um leiriense de gema”, a sua presença nas comemorações do 25 de Abril.

Joaquim Vieira, o orador convidado estabeleceu um paralelismo entre a queda do regime monárquico em 1910, cujo centenário se recorda este ano e o 25 de Abril, referindo que “há qualquer coisa no código genético dos portugueses que os levou a fazerem no espaço de menos de um século duas revoluções em que uma parece feita a pa-pel químico da outra”.

“A mesma alegria in-contida, o mesmo autodo-mínio, a mesma rejeição da violência excessiva e gratui-ta…”. Na sua intervenção Joaquim Vieira mostrou também a sua preocupação com a “ausência de uma opi-nião pública forte, de uma sociedade civil determinada e actuante”, acrescentando que “séculos de servilismo e servidão dificilmente se esquecem e ultrapassam, sobretudo quando sempre tivemos, em parte ainda temos, uma educação defi-ciente, ao nível da formação para a cidadania”.

A cerimónia prosseguiu com a intervenção do Go-vernador Civil de Leiria, José Humberto Paiva de Carvalho, que sublinhou a importância da revolução, referindo que “o 25 de Abril

que tivemos foi o que pre-cisávamos e precisamos de o salvaguardar”, referindo que nunca esquecerá e es-pera também que ninguém esqueça, o que muito se fez de muito bom nestes 36 anos. “É nos mais jovens que está o nosso futuro. O caminho é dos tempos e os tempos são diferentes. É necessário despertar consciências para que esta mudança aconteça”.

De seguida teve lugar um apontamento musical interpretado por Hugo Paiva de Carvalho, através do qual, a guitarra por-tuguesa tocada de forma exímia, invadiu o Teatro Miguel Franco com o som inconfundível de Carlos Paredes.

Em representação da As-sembleia Municipal esteve o seu Presidente, Carlos An-dré, que a propósito das Co-memorações do 25 de Abril, sublinhou que “o silêncio é necessário para respeitar a história”. Para o Presidente da Assembleia Municipal, “os actores da democracia na cena política somos to-dos nós”. “Somos um povo que se quer orgulhoso da sua história, orgulhoso do seu presente, mesmo que difícil, e orgulhoso do seu futuro”.

No final da cerimónia, o Presidente da Câmara ofereceu a Joaquim Vieira, um pergaminho de agra-decimento, elaborado por António de Sá Pessoa.

As comemorações do 25 de Abril terminaram à noite, no Teatro José Lúcio da Silva com o espectáculo ”Canções de Madrugar”, numa homenagem ao grande poeta de Abril, José Carlos Ary dos Santos.

Joaquim Vieira foi o orador das comemorações do 25 de Abril

“Ausência de uma opinião pública forte, de uma sociedade civil determinada”

Luís Amado, ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, e Henrique Pinto, médico e presidente do Orfeão de Leiria Con-servatório de Artes, são os convidados de Carlos André no próximo Café das Quin-

tas, a decorrer no dia 6 de Maio, no Arquivo Distrital de Leiria.

A diplomacia será o tema em destaque nesta edição, já que ambos os convidados se distinguem na sua vida profissional

pela sua actividade além fronteiras, ligados a entida-des e causas internacionais de relevo.

A iniciativa conta ainda com animação musical de Rodrigo Queirós no violi-no, professor da Escola de

Música do Orfeão de Leiria e do Curso Profissional de Instrumentista de Cordas e Teclas, ministrado em par-ceria pelo Orfeão de Leiria e pela Escola Secundária de Domingos Sequeira.

Café das Quintas

Luís Amado e Henrique Pinto convidados

Actividade física na Marinha GrandePasseio pedestre na Mata Nacional

No dia 9 de Maio, reali-za-se um passeio pedestre pela Mata Nacional, com início às 9h00, no Parque Mártires do Colonialis-mo, na Marinha Grande. A participação é gratuita não sendo necessária inscrição prévia.

A iniciativa é organizada pela Câmara Municipal com o objectivo de fomentar a prática de estilos de vida saudáveis junto da população e incutir o gosto de fruição do meio natural deste concelho, que constitui um importante legado às gerações vindouras se for pre-servado no presente. O percurso será realizado entre a Estrada Velha da Praia da Vieira e o Ponto de Vigia da Crastinha, num itinerário de 8400 metros.

A Câmara Municipal cede transporte do Parque Már-tires do Colonialismo até ao início do passeio, trazendo os pedestrianos para o Parque no final da iniciativa. Será ainda oferecido lanche aos participantes.

Sistema de Protecção Civil na Escola Nery CapuchoSimulacro de Sismo

No dia 28 de Abril, a Escola EB 2/3 Alberto Nery Capucho, na Marinha Grande, promoveu um simu-lacro de sismo com o apoio do Serviço Municipal de Protecção Civil e a participação do Corpo de Bombeiros Voluntários da Marinha Grande, da Esquadra da PSP da Marinha Grande e da Equipa Cinotécnica, da Unidade Especial de Polícia da PSP (Lisboa).

O representante do Governo Civil, Carlos Lopes quis, com a sua presença, realçar e incentivar a rea-lização destas iniciativas que, como disse, em muito contribuem para que, numa situação real, os danos sejam minimizados. Por isso, deu os parabéns à Esco-la Nery Capucho e a todos os agentes envolvidos na iniciativa.

O exercício destinou-se ao treino da comunidade escolar, numa escola com de cerca de 600 alunos e con-sistiu, inicialmente, na evacuação ordenada de todo o edifício, após um período de auto-protecção (cerca de 50 segundos). De seguida, foram socorridas duas vítimas. A primeira vítima encontrava-se presa nos escombros do primeiro andar do edifício principal, tendo sido resga-tada pela Equipa de Intervenção Permanente do Corpo de Bombeiros Voluntários da Marinha Grande.

A segunda vítima encontrava-se sob escombros, no exterior do edifício. Neste resgate, estiveram envolvi-dos 4 binómios (um polícia e um canídeo treinado em busca e salvamento), da Equipa Cinotécnica, da Unidade Especial de Polícia da PSP.

Nos últimos meses, os sismos têm tido um impac-to devastador em diversos pontos da Terra. Por isso, torna-se cada vez mais importante, para todas as enti-dades envolvidas neste simulacro, treinar e testar os seus elementos e meios disponíveis, em cenários de acidente grave ou catástrofe. Para os responsáveis da Escola Nery Capucho, estas acções são extremamente importantes, pelo que desenvolvem, com frequência, junto dos alunos, corpo docente e auxiliares, processos de actuação em situações de catástrofe.

O balanço deste exercício foi muito positivo, tendo a evacuação decorrido sem contratempos, com atitudes e num espaço de tempo adequados.

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O Mensageiro6.Maio.2010 7SOCIEDADE

As empresas do sector da restauração acabam de ganhar um novo impulso para qualificarem a sua oferta, com a assinatura, pelo Turismo de Portugal, de 47 contratos de incen-tivo à sua modernização. Ao abrigo do programa Merca (de modernização e qualificação das PME do sector da restauração), fo-ram atribuídos incentivos de 5,97 milhões de euros a 47 empresas, no âmbito do Quadro de Referência Estra-tégico Nacional (QREN).

Os projectos apoiados abrangem situações diver-sas como a requalificação de espaços degradados para a instalação de restau-rantes, a criação de zonas

de restauração ao ar livre, a instalação de equipamen-tos para acesso de pessoas com mobilidade reduzida e a remodelação de apoios de praia.

Entre as 47 candidatu-ras aprovadas, que totali-zam um valor de 5.972.896 euros em incentivos, 29 pertencem à região Norte, 16 à região Centro e duas ao Alentejo.

O programa Merca tem na sua base uma forte com-ponente de requalificação, uma vez que apoia projectos empresariais de moderni-zação localizados em áreas alvo de Acções de Regene-ração e Desenvolvimento Urbano. Para o Turismo de Portugal, a atribuição

destes incentivos é mais um importante contributo para reforçar o produto turístico nacional.

As candidaturas são apresentadas no âmbito de concursos do Sistema de Incentivos à Inovação, competindo ao Turismo de Portugal a análise, a contra-tação e o acompanhamento das candidaturas integradas no sector da restauração.

A iniciativa Merca resulta de um protocolo celebrado entre o Ministé-rio do Ambiente, do Orde-namento do Território e do Desenvolvimento Regional, o Ministério da Economia, da Inovação do Desenvol-vimento e a Confederação do Comércio e Serviços de

Portugal, com vista ao apoio das PME do comércio, res-tauração e serviços.

A modernização da res-tauração e a qualificação e sofisticação do produto gas-tronómico são áreas estra-tégicas de actuação para o Turismo de Portugal. Além dos incentivos agora atribu-ídos, a Autoridade Turística Nacional promove o acesso a linhas de crédito especí-ficas (“+Restauração”, no âmbito da PME Investe, Protocolos Bancários), além de promover a gastronomia portuguesa junto dos prin-cipais fóruns e públicos internacionais.

Eleições na delegação distrital da AAFRELaura Esperança reeleita

Realizou-se no dia 30 de Abril, em Leiria, a eleição dos corpos sociais da delegação distrital de Leiria da AAFRE – Associação Nacional de Fre-guesias, mandato 2010 – 2013. Foi apresentada apenas a lista A que defende “promover a dig-nificação da qualidade de eleito de Freguesia e das condições de exercício de mandato”.

A Coordenadora Laura Maria Santos de Sousa Espe-rança foi reeleita para o mandato 2010 / 2013, mandato que cessa com o mandato Autárquico, em 2013.

Na abertura das jornadas anuais da instituiçãoHSA dinamiza seminário sobre “Gestão das más notícias”

A “Gestão das más notícias” será o tema em desta-que no seminário que antecipa as jornadas anuais do Hospital de Santo André (HSA), que se realizam nos dias 6 e 7 de Maio, e que terão como mote os conceitos “Humanização – Qualidade – Inovação”. O seminário pré-jornadas decorrerá no dia 5 de Maio, quarta-feira, no auditório do HSA.

Coordenado por Helena do Vale, assistente de Medicina Interna do HSA, e com a intervenção de Ân-gela Escada, psicóloga clínica, o seminário tem como objectivo mostrar a importância da humanização dos serviços, especialmente numa área tão delicada como a da gestão das más notícias.

PombalAcções de prevenção de fogos

Numa continuidade da estratégia de diminuição do número de ignições que despoletam em incêndios florestais, o Serviço Municipal de Protecção Civil de Pombal, vai levar a cabo um conjunto de acções de sensibilização e esclarecimento junto das populações. A estratégia definida passa pela realização de uma acção em cada freguesia, totalizando um conjunto de 17.

Neste enquadramento, serão abordadas temáticas como os cuidados a ter na floresta; Medidas de auto-protecção em caso de incêndio florestal; Período critico; Circulação e permanência na floresta; Queimas e quei-madas e as coimas na utilização do fogo.

Guia Turístico e Guia Fátima-Caminho de Fé Documentos ajudam a conhecer e como chegar à região

No dia 6 de Maio, pelas 17h00, na Casa Beato Nuno, em Fátima, na sequência de uma parceria estabelecida entre a ERT Leiria-Fátima e a M-INSIGHT, será apre-sentado, um Guia Turístico desta região – Guia YouGo Leiria-Fátima e um Guia Fátima - Caminho de Fé.

Depois de Sintra, Lisboa e Évora é agora a vez da Região de Leiria-Fátima disponibilizar este serviço com características inovadoras que irá permitir ao turista e visitante da Região de Leiria-Fátima subscrever ambos aos Guias no seu telefone móvel.

Com o lançamento destes Guias, os visitantes desta Região, nacionais e estrangeiros, irão usufruir de um conjunto de conteúdos úteis e detalhados, como por exemplo os locais “Onde Comer” ou “Onde Ficar”, outros pontos de interesse turístico da Região e ainda informação sobre o Santuário de Fátima, incluindo as celebrações.

Este serviço poderá ser a curto prazo subscrito em si-tes, postos de turismo e posteriormente num conjunto alargado de locais, como unidades hoteleiras e restau-rantes, dentro e fora da Região de Leiria-Fátima.

Foi apresentado no dia 26 de Abril, em Lisboa, o Anuário Financeiro dos Municípios Portugueses referente ao exercício de 2008. No documento di-vulgado, o Município da Batalha aparece muito bem classificado, especialmente no que respeita aos indica-dores do endividamento. Em concreto, a Batalha está classificada no plano geral no 6º lugar no que respeita ao menor endividamento

“per capita”, sendo que no que se refere ao endivida-mento global, aparece em 19º lugar.

Face a estes resultados António Lucas, Presidente da Câmara da Batalha, ex-plica que o documento ago-ra lançado pela Ordem dos Técnicos Oficiais de Contas, assume grande importância no contexto nacional e, no caso da Batalha, reportam para uma gestão eficiente e objectiva do Município.

Contudo, o Edil adianta que solicitou aos respon-sáveis pelo estudo agora publicado alguns esclareci-mentos no que se refere à forma como certos valores foram tratados e exempli-fica: “quando aparecem municípios sem contabi-lização de amortizações e sem contabilização de acréscimos e diferimentos, todos sabemos o que isso pode representar em ter-mos de contas”.

Turismo de Portugal apoia meia centena de projectos

6 milhões do QREN para restauração

Anuário financeiro revela estados dos municípios

Batalha é o 6.º com menos dívidas

Foram muitas as pessoas que se juntaram no dia 1 de Maio, no Largo do Papa, para assistir ao Moda Leiria 2010, apresentado por Cristina Ferreira da TVI. A iniciativa, promovida pela ACILIS – Asso-ciação Comercial e Industrial de Leiria, Batalha e Porto de Mós, contou com a participação de 18 lojas de Leiria.

Na passerelle de Leiria des-filaram muitas caras conhecidas do público: Andreia Rodrigues, Rita Pereira, Flor, Mariza Perez, Érica Aguilar, Vikky, Afonso Vilela, Pedro Guedes, Valter, e Nuno Romano. A animação do Moda Leiria ficou a cargo de Vanda Stuart & Fly Dancers.

Comércio de Leiria apresentou colecções primavera/verão

Desfile de moda promovido pela ACILIS

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Uma presença orante

Tesouro em vasos de argila

ANO SACERDOTAL8 O Mensageiro6.Maio.2010

Não desanimamos neste mi-nistério que nos foi concedido misericordiosamente. Porque Deus, que disse que das trevas resplandecesse a luz é que brilhou nos nossos corações, para que ir-radiássemos o conhecimento da glória de Deus que se reflecte no rosto de Cristo. Porém trazemos o tesouro do nosso ministério em vasos de barro para que tão excel-so poder se reconheça vir de Deus e não de nós (2 Cor 4,1.6-7).

Com estas palavras S. Paulo revela claramente a grandeza do ministério do sacerdote. Contudo, esse tesouro é guardado em vasos de argila, quebradiços, frágeis, porque, também os Sacerdotes, como qualquer outra criatura humana, estão na arena da vida em contínuo combate. Também eles se debatem com duas forças: a força sublime do seu ministé-rio para o qual foram chamados e consagrados e a força da própria natureza que os limita e torna finitos. Também eles sentem inclinação para o pecado, para o mais fácil. Uma inclinação própria de todos nós. Por isso, aquele que estiver sem pecado atire a primei-ra pedra.

Sobre esta realidade, especial-mente neste Ano Sacerdotal, mui-tas pedras se têm atirado contra a Igreja, o Santo Padre e contra os sacerdotes. Disparam-se flechas em todas as direcções e por preço tão irrisório. Acreditamos que seja apenas água de enxurrada que após a sua passagem faz renascer uma nova primavera. De facto, a

Igreja está a viver um momento muito especial, momento de pu-rificação mas também momento de graça. Esta Igreja que tem 2000 anos, que tem promessas de vida eterna e que já venceu inúmeras tempestades. Em cada alvorecer ela pode escutar a voz firme e sonora do Mestre: Não tenhais medo, Eu venci o mundo! Sopram ventos, formam-se tempestades, cai a chuva, mas a Igreja de Cristo não ruirá porque está edificada so-bre rocha firme, Jesus Cristo. Não tenhais medo. Eu estarei sempre convosco até ao fim dos tempos!

Muito se tem dito e escrito, muito lixo tem aparecido em cer-tos meios de comunicação social. Mas estejamos convictos de que 99,9% dessas informações não têm qualquer fundo de verda-de. Por isso, dar-lhe atenção, será apenas perder tempo e recolher lama em bandeja de prata. E não vale a pena. Naturalmente, não vamos chamar virtude ao pecado, bem ao mal. É justo que, se alguns sacerdotes prevari-caram e cometeram tais crimes devem ser punidos. Porém, é justo e imperioso que se faça justiça a todos os outros pedófilos, independen-temente do seu estrato social. Como é justo que se faça justiça à Casa Pia e a tantas “casas pias” espalhadas pelo mundo. Sem dú-vida, a Igreja está ferida e estaria ferida com um só pecado de um dos seus filhos. Contudo, conti-nua a ser a Igreja de Cristo, bela

e resplandecente, cheia de beleza na sua dimensão divina, embora frágil e pecadora porque formada por homens e mulheres.

É frase comum: “A roupa suja lava-se em casa”; todavia, quando um sacerdote cai, imediatamente surgem “mãos hábeis” para lavar a roupa do próximo na praça pública, profissionais que têm a “fina delicadeza” de atirar lama aos outros para encobrir os de-litos que eles mesmos cometem. Quem critica e condena a infideli-dade, o adultério de tantos casais? Onde estão os seus acusadores? Mas porque foi um sacerdote que caiu, todos levantam a mão e ati-ram pedras. Afinal, onde estão os meios de comunicação social que reservam espaços em horário

nobre para denunciar tantas injustiças, tantas corrupções, tantos adultérios, tantos pais

que praticam pedofilia com os seus próprios filhos? Mas se entre largos mi-lhares de sacerdotes, uma dezena deles pisa o risco, imediatamente é assunto de condenação por coma-dres e compadres. O prínci-pe das trevas compra e vende

boatos por tão baixo preço e, facilmente, vai corrompendo

o pensar de tantas pessoas. Re-cordemos o que recentemente um sacerdote e grande missio-nário afirmou: Aqueles que hoje tão maliciosamente atacam a Igreja estão a cuspir no prato de onde amanhã hão-de comer.

Não é por um sacerdote cair

e ser infiel que todos os outros sacerdotes são infiéis. Apesar das infidelidades de tantos casais quem põe em causa a sacralidade do matrimónio, o valor primordial da família – homem e mulher, pais e filhos – tão necessário ao equilíbrio da sociedade? Apesar da infidelidade de um pequeníssimo número de sacerdotes quem põe em causa a grandeza e a beleza do Sacramento da Ordem?

Por favor, respeitemos e reverenciemos o que realmente merece todo o respeito e não se-meemos mais joio entre o trigo. Já basta aquele que o príncipe deste mundo semeia com os seus parti-dários pela calada da noite.

Apesar de todas estas feridas, de todas as fragilidades, invadem-nos sentimentos de profunda gratidão e esperança ao contem-plarmos a imensa multidão de sacerdotes que hoje, neste nosso tempo, no meio das vicissitudes da nossa sociedade tão sensual, permissiva e promíscua, conti-nuam fidelíssimos à sua vocação. Continuam a proclamar com ver-dade e heroicamente a beleza de ser sacerdote-pastor que dá a vida pelo seu “rebanho”. Oh! Como é grande o padre! – exclamava o Santo Cura d’Ars. Grandiosa é a missão e vocação do sacerdote mesmo trazendo o precioso te-souro do seu ministério em vaso de argila.

Irmãs Clarissas de Monte Real

Gostaria de fazer uma última observação, antes de dar a palavra ao Prof. Philip Goyret, sobre o sig-nificado e sobre a correcta posição “teológica” da comunicação.

Criou-se não raramente um certo resvalamento semântico entre os termos “comunhão” (communio) e “comunicação”, pensando de atribuírem-se reais ou presumidas “raízes trinitárias” à comunicação humana. Se é claro que o homem é sempre o actor, ou ao menos um dos actores, da comunicação, e que o homem foi criado à imagem do Deus trini-tário, e é chamado a tornar-se à Sua semelhança, todavia não parece directamente justificada uma identificação dos dois refe-ridos termos.

A communio pertence à ordem dos fins e é absolutamente neces-sário respeitar a sua natura, ainda mais dentro do discurso teológico. A comunicação, ao contrário, per-tence à ordem dos meios, e pode licitamente ser descrita como um meio, talvez como um dos meios mais eficazes para o alcance, ou melhor, para o acolhimento da communio.

Estou convencido que a reflexão e o aprofundamento desta “instrumentalidade” e “finalização” da comunicação à Comunhão seja uma premissa indispensável de todo o pensar teológico que queira oferecer um contributo realmente edificante e permita, inclusive à comunicação dos sacerdotes, uma real finaliza-ção que, em última análise, po-deria simplesmente responder à pergunta: “aquilo que estou comunicando pertence à Igreja? Favorece a comunhão? Comunico, isto é, coloco quem me escuta em comunhão com dois mil anos de história cristã?”

Também na comunicação dos Sacerdotes – e concluo – é de ex-traordinária eficácia aquilo que o Santo Padre Bento XVI recordou em sua Encíclica Caritas in Verita-te: “A caridade na verdade coloca o homem perante a admirável experiência do dom. A gratuida-de está presente na sua vida sob múltiplas formas, que frequente-mente lhe passam despercebidas por causa duma visão meramente produtiva e utilitarista da existên-cia. O ser humano está feito para o

dom, que exprime e realiza a sua dimensão de transcendência. Por vezes o homem moderno con-vence-se, erroneamente, de que é o único autor de si mesmo, da sua vida e da sociedade. Trata-se de uma presunção, resultante do encerramento egoísta em si mesmo, que provém — se quere-mos exprimi-lo em termos de fé — do pecado das origens. Na sua sabedoria, a Igreja sempre propôs que se tivesse em conta o pecado original mesmo na interpreta-ção dos fenómenos sociais e na construção da sociedade. ‘Ignorar que o homem tem uma natureza ferida, inclinada para o mal, dá lugar a graves erros no domínio da educação, da política, da acção social e dos costumes (Catecismo da Igreja Católica, n. 407)” (Bento XVI, S.S. Carta Encíclica Caritas in Veritate, n.34). Evidentemen-te, pode ser causa de graves erros também no campo da comunica-ção e da “Comunicação na missão do sacerdote”.

Desejo, de coração, bom traba-lho a todos!

Dom Mauro Piacenza Secretário da Congregação para o Clero

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9 O Mensageiro 6.Maio.2010 DIOCESE

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Estamos a poucos dias da peregrinação do Papa Bento XVI a Fátima. Será para nós um tempo de gra-ça, pois o sucessor de Pedro, nestes tempos difíceis, virá, na força do Espírito Santo, confirmar os seus irmãos na fé e encorajar o testemunho das nossas comunidades cristãs.

A exemplo de Maria, que tudo meditava no seu íntimo, havemos de exa-minar todas as situações para nelas descobrir, se-gundo as palavras do Anjo de Fátima, os “desígnios de misericórdia” do nosso Deus e acolhê-los de todo o coração. Deste modo, o Espírito Santo encontrará em nós aquela colaboração na fé, que em Maria foi total e sem reservas, e nós, centrados no projecto amo-

roso de Deus Pai, revelado em Cristo Jesus e mediado na história pela Igreja, ca-minharemos na esperança, por mais adversas que se-jam as circunstâncias.

Foi com o objectivo de dar à nossa Igreja diocesana mais condições para servir os “desígnios de misericór-dia” do nosso Deus, nome-adamente com a afectação de espaços para uma Casa de Retiros, que se executou a primeira fase das obras de conservação e introdução de melhorias no edifício do Seminário.

Agora que elas estão concluídas, não podíamos ter maior e mais significa-tivo acontecimento para assinalar a sua entrada em pleno funcionamento do que a vinda do Papa a Fátima! Esta feliz coinci-

dência marca também a abertura da Casa de Retiros a iniciativas de carácter re-ligioso de âmbito nacional e internacional.

Continuando a cam-panha de angariação de fundos a favor das obras no edifício do Seminário, informamos que, em Feve-reiro e Março, recebemos os seguintes donativos: Comu-nidade Paroquial de Matas: 876,00�; Comunidade Paro-quial de Monte Redondo: 340,34�; Comunidade Pa-roquial do Souto da Carpa-lhosa: 1.000,00�; Centro de Culto da Vesparia/Lavradio: 600,00�; Celeste de Jesus Silva Guerreiro: 5,00�; Anó-nimas: 500,00�; Maria Con-ceição Machado Rosa Costa Silva: 1.000,00�; Joaquim Cruz Oliveira, Casal dos Bernardos: 20,00�; Centro

de Culto da Ranha de São de João: 106,00�; Anónimo: 300,00�; Anónimo: 40,00�; Abílio da Costa Antunes, França: 20,00�; Anónimo de Leiria: 10,00�; Jorge Gabriel Nogueira, França: 10,00�; Fernando José Cor-deiro Marques: 150,00�; Anónima: 200,00�; Anó-nima do Arrimal: 50,00�; Comunidade Paroquial de Espite: 400,00�; Anónimo: 50,00�; Arminda Conceição, Vale do Horto: 25,00�; Le-gião de Maria: 48,60�; Total: 5,750,94�.

Juntando estes aos do-nativos referidos no mês de Fevereiro (428.159,17�), atingimos a importância de 433.910,11�. O nosso bem-haja a todos os ben-feitores.

Padre Armindo Janeiro(reitor)

Donativos de Fevereiro e Março

Feliz coincidência!

Durante a «Festa da Fé - Rosto(s) da Igreja Diocesa-na», o Serviço Diocesano da Catequese propõe activida-des de rua para as crianças e adolescentes.

Estas actividades terão como objectivos descobrir pessoas que marcaram a história da Igreja de Leiria-Fátima, compreender que todos somos Igreja e desco-brir a diversidade e unidade da Igreja de Leiria-Fátima.

A organização do dia 22 de Maio (10h00 às 12h30 e 14h30 às 19h00): haverá três propostas de jogo, para os diferentes grupos etários: a) 1ª Etapa (1º, 2º e 3º anos); b) 2ª Etapa (4º, 5º e 6º anos); c) Adolescência; cada grupo terá o máximo de 10 participantes; cada grupo da infância (1ª e 2ª Etapa, até aos 12 anos)

será sempre acompanhado de um adulto responsável, os grupos da Adolescência (a partir dos 13 anos) não terão a obrigatoriedade de se fazerem acompanhar de um adulto; O início e a con-clusão da actividade será na Praça Rodrigues Lobo.

No início da actividade será atribuído um guião a cada equipa que terá todas as indicações para a reali-zação da actividade: locais a visitar, informações a re-colher e actividades a fazer. A actividade é considerada concluída quando o guião completo é revisto e apro-vado no lugar onde termina a actividade.

As actividades vão ainda procurar levar as crianças e adolescentes a alguns luga-res significativos da cidade de Leiria, assim como orien-

tá-los numa visita às tendas de exposição das vigararias, dos movimentos e dos ser-viços diocesanos.

Cada grupo terá de visi-tar 3 tendas de exposição das vigararias, a saber: 1ª Etapa: Fátima, Monte Real e Milagres; 2ª Etapa: Batalha, Colmeias, Marinha Grande;

Adolescência: Leiria, Porto de Mós e Ourém.

Quanto à catequese du-rante este fim-de-semana, fica à responsabilidade de cada comunidade decidir se opta ou não por ter cateque-se da forma habitual.

Serviço Diocesano de Catequese propõe

Actividades para crianças na Festa da Fé“Vida Ascendente”Movimento Cristão de Reformados

O grupo diocesano de Leiria “Vida Ascendente” – Mo-vimento Cristão de Reformados, recebeu, no passado dia 27 de Abril, a visita de três membros de Direcção Nacional. Estavam presentes representantes dos três grupos da diocese: Chainça, Freixial (recém-formado) e inter-paroquial de Leiria.

A Presidente Nacional explicou, detalhadamente os fins que mantinham este movimento: aproveitar a experiência e disponibilidade dos mais velhos, reforçar laços de amizade já existentes ou fomentar a criação de novas amizades e a espiritualidade dos seus membros para serviço próprio e dos outros.

Com o aumento de esperança de vida, há cada vez mais idosos, muitos com carências materiais e muitos em situação de isolamento, para os quais umas palavras, uma visita de quando em quando, aliviam as dores de quem vive à margem da sociedade.

O vice-presidente falou dos grupos, do papel do animador, lembrando que, cada pessoa deve estar preparada e disponível para animar as reuniões. Toca ainda no tema que vai ser proposto para estudo no próximo ano.

O assistente diocesano, o Padre Pedro Viva, depois de agradecer a presença dos três membros da Direcção Nacional, a sua disponibilidade e a forma simples, clara que usaram quando comunicaram com todos, fez uma belíssima oração de agradecimento ao Senhor e invocou a “Luz” e protecção do Espírito santo e de Nossa Senhora para todos nós.

Paróquia dos MarrazesBênção das grávidas e bebés

No próximo dia 9 a 16 de Maio a paróquia dos Mar-razes vai celebrara a Semana da Vida com o tema “A Vida é sempre um dom”.

A bênção das senhoras grávidas será no dia 9, domin-go, durante a Eucaristia na igreja paroquial às 11h00. É uma bênção litúrgica de grande valor, como bênção de Deus. No domingo seguinte, dia 16, far-se-á a bênção dos bebés, também na Eucaristia das 11h00h, na igreja paroquial.

Visita de cortesia ao Paço EpiscopalBispo diocesano recebeu equipa da Junta de Freguesia de Leiria

D. António Marto, bispo da Diocese Leiria-Fátima, recebeu no dia 29 de Abril, na Casa Episcopal, o execu-tivo da Junta de Freguesia de Leiria que lhe foi apresen-tar cumprimentos e, simultaneamente, abordar alguns assuntos de interesse para a autarquia.

D. António Marto revelou grande interesse e atenção por tudo aquilo que a presidente Laura Esperança ex-pôs, felicitou-a pelo facto desta ter sido eleita para novo mandato, desejando-lhe as maiores felicidades.

A presidente deixou alguns livros alusivos à Fregue-sia de Leiria e uma medalha com o brasão da cidade.

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ECLESIAL10 O Mensageiro6.Maio.2010

Leituras | 6º Domingo de Páscoa(09/05/10)

Antífona de Estrada: cf. Is 48, 20

Leitura I: Actos 15, 1-2.22-29

Salmo Responsorial: Salmo 66 (67), 2-3.5.6.8 (R. 4)Refrão: Louvado sejais, Senhor, pelos povos de toda a terra. Repete-se

Leitura II: Ap 21, 10-14.22-23

Aclamação ao Evangelho: Jo 14, 23 Refrão: Aleluia. Repete-se Se alguém Me ama, guardará a minha palavra.Meu Pai o amará e faremos nele a nossa morada. Re-frão

Evangelho: Jo 14, 23-29

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Quem Me ama guardará a minha palavra e meu Pai o amará; Nós viremos a ele e faremos nele a nossa morada. Quem Me não ama não guarda a minha palavra. Ora a palavra que ouvis não é minha, mas do Pai que Me enviou. Disse-vos estas coisas, estando ainda convosco. Mas o Paráclito, o Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome, vos ensinará todas as coisas e vos recorda-rá tudo o que Eu vos disse. Deixo-vos a paz, dou-vos a minha paz. Não vo-la dou como a dá o mundo. Não se perturbe nem se intimide o vosso coração. Ouvistes que Eu vos disse: Vou partir, mas voltarei para junto de vós. Se Me amásseis, ficaríeis contentes por Eu ir para o Pai, porque o Pai é maior do que Eu. Disse-vo-lo agora, antes de acontecer, para que, quando acontecer, acrediteis».Palavra da salvação.

Cânticos | 7º Domingo de Páscoa(16/05/10)

EntradaAclamai Jesus Cristo - LAU 134Deus vive na Sua morada santa - LAU 289

Salmo ResponsorialErgue-se Deus o Senhor em júbilo - LAU 338

Apresentação dos DonsRecebestes um Espírito - LAU 716Hinos de glória - LAU 424

ComunhãoEu estou sempre convosco - LAU 362Saboreiai como é bom - LAU 726Saciastes o vosso povo - LAU 729

Pós-ComunhãoAo Deus do Universo - LAU 155Senhor Tu és a luz - LAU 779

FinalIde por todo o mundo e proclamai - LAU 435Cristo vence - LAU 255

Sábado19h00 – Sé19h30 – Franciscanos

Domingo08h30 – Espírito Santo09h00 – Franciscanos10h00 – Paulo VI10h00 – Franciscanos 10h00 – S. Romão 11h00 – S. Agostinho11h00 – Hospital11h45 – Cruz da Areia11h30 – Seminário e Sé18h30 – Sé19h30 – Franciscanos21h30 – Sª Encarnação

MISSAS DOMINICAIS

AO SABOR DA PALAVRA

Pe. Francisco [email protected]

Cidade de Deus6º Domingo de Páscoa

Esta vida é muito com-plicada, há muita coisa para fazer, muitas obrigações a cumprir, horários para tudo, ordem e mais ordem. No entanto aumentam as fugas a esta ordem. Quanto mais regras se fazem para ordenar o mundo mais transgressões acontecem a essas regras, e mais regras são criadas na tentativa de evitar as transgressões: vejamos o que aconteceu com a recente lei sobre o tabaco.

Mas o que este círculo vicioso faz é aumentar o

caos na sociedade humana. Quanto mais complicado é um sistema mais difícil se torna a sua estabilidade: quanto mais simples são as regras do jogo mais fácil é jogá-lo; quanta diferença entre os jogos de futebol que fazia na minha rua e aquele espectáculo que se vê nos estádios dos dias de hoje: quantos problemas criados pela complexidade dos apêndices ás regras básicas.

Na nossa vida espiritual isso também acontece: Por-que é que na sua origem o cristianismo, apesar dos problemas que acontece-ram nas diversas comuni-dades, teve uma expansão tão grade? E porque é que agora não é atractivo para as pessoas?

Podemos encontrar par-te das respostas nas leituras deste domingo: “Quem me ama guardará a minha pa-lavra e meu Pai o amará.” A comunhão do crente com o Pai e com Jesus não resulta de momentos mágicos nos quais, através da recitação de certas fórmulas, a vida de Deus bombardeia e inunda incondicionalmente o crente; mas a intimidade e a comunhão com Jesus e com o Pai estabelece-se

percorrendo o caminho do amor e da entrega, numa doação total aos irmãos. Quem quiser encontrar-se com Jesus e com o Pai, tem de sair do egoísmo e apren-der a fazer da sua vida um dom aos homens.

A força do cristianismo está na sua simplicidade, que também torna mais fácil a resolução clara dos problemas sem encontrar fórmulas complicadas que procuram apenas agradar a todas as partes. Logo nos primeiros anos do cristianismo foi necessário esclarecer se os cristãos tinham de obedecer à lei judaica, representada pela circuncisão. Mas a acção do Espírito Santo mani-festou aos apóstolos que o que era importante era reconhecer o Deus único (deixar os rituais idolátri-cos) e o respeito pela vida e pelos outros (abandonar as relações imorais).

A questão de cumprir ou não os ritos da Lei de Moisés, que surgem na primeira leitura, é uma questão ultrapassada, que hoje não preocupa nenhum cristão; mas este episódio vale, sobretudo, pelo seu valor exemplar. Faz-nos pensar, por exemplo, em

rituais ultrapassados, em práticas de piedade vazias e estéreis, em fórmulas obsoletas, que exprimiram num certo contexto, mas já não exprimem o essencial da proposta cristã. Faz-nos pensar na imposição de es-quemas culturais que mui-tas vezes não têm nada a ver com a forma de expres-são de certas culturas… O essencial do cristianismo não pode ser vivido sem o concretizar em formas determinadas, humanas e, por isso, condicionadas e finitas. Mas é necessário distinguir o essencial do acessório; o essencial deve ser preservado e o acessório deve ser constantemente actualizado.

O que importa não são os rituais, os espectáculos, mas é um estilo de vida. Acredito que todo homem tem gravado no seu coração aquilo que é essencial para viver cristãmente. Apenas tem de procurar descobrir com honestidade o que a vida lhe aponta. Assim não seria preciso muitos códigos, nem muitas leis: basta que cada um em cada momento respeite a vida que Deus dá a cada ser.

No último ano pastoral partiram em missão seis lei-gos voluntários. Todos eles continuaram a caminhada feita por outros, dando um pouco de si, partilhando a sua fé e alegria.

O padre David Nogueira esteve no seu terceiro ano consecutivo à frente da Missão de S. José do Gungo, estando presentemente no quarto ano.

Agradecemos a Deus o maravilhoso apoio de quem dá o seu tempo e coração à Missão, deixando a sua terra, casa, família, indo ao encontro do irmão.

Do outro lado do mun-do, no centro da Missão do Gungo, o início do ano pastoral foi marcado com a visita do Bispo D. Benedito Roberto à nossa missão. Momento de grande feli-cidade para o povo, que tanta aguardava pela sua visita. A população mobili-zou-se para o acolher. O Sr. D. Benedito visitou as três zonas pastorais da missão, e celebrou o Crisma de cen-tenas de pessoas, jovens e adultos.

O acompanhamento

familiar iniciou no início de 2008, e tem sido uma formação muito impor-tante, uma das apostas da equipa missionária no ano pastoral último e um pro-jecto a continuar este ano. Entre os objectivos contam-se: fortalecer de laços entre o casal, o conhecimento e respeito mútuo, a ajuda a perceber a importância da vida a dois.

A pastoral da criança foi um desafio do último ano pastoral, e a continuar este ano, com a formação de iniciação às crianças, áreas em que os leigos têm desenvolvido um papel fundamental.

Os catequistas com a equipa missionária estão sempre atentos e têm tra-balhado arduamente na preparação e celebração dos sacramentos. Foram celebrados, o ano passado, 208 baptismos, 14 casamen-tos e feitas 25 primeiras co-munhões.

O leigo missionário Ar-mando Franco desenvolveu e trabalhou mais na área da mecânica, formando 25 jo-vens do Gungo.

Outros leigos têm tra-balhado na formação mais social, como por exemplo na continuação nas aulas de culinária, e formando sobre a importância de uma alimentação variada e saudável, e dando formação em saúde preventiva.

Um grande passo já foi dado com os jovens do Gun-go que já têm conseguido participar em actividades Diocesanas. A Inês Pereira trabalha este ano nesta área, unindo e fortalecen-do os laços dos jovens no Gungo, procurando envol-vê-los o mais possível na comunidade.

A equipa missionária dá um forte apoio à co-munidade do Gungo, que tem aproximadamente 25 000 habitantes, na gestão de projectos de sustenta-bilidade da missão, como por exemplo, no comércio de carvão, na construção de padarias comunitárias,

em postos de venda de bens essenciais com pre-ços educativos, tais como, a venda de medicamentos, material escolar, roupa, e até combustíveis.

A missão possui cerca de 70 hectares de terreno que são rentabilizados com uma junta de bois, dinamizando assim a agricultura da re-gião, integrando o projecto de sementes, que consiste em vender sementes de di-versos produtos agrícolas para que a população crie hábitos alimentares varia-dos e diversificados.

Muita coisa ficou por dizer, mas nem só de acti-vidades vive lá e cá o Ond-joyetu, porque esta missão é de Deus, é por Ele que ela vive e continua a aquecer o coração de muitos, porque esta Missão é de Cristo, é “Cristo que vive em Mim”, Cristo vive a Missão.

Celina Pedro

Janela Sobre a Missao

Caminhada de Fé

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O Mensageiro6.Maio.2010 11IGREJA EM PORTUGAL 11

BREVES“Incertezas próximas e preocupações futuras”Bispo do Porto partilha preocupações dos universitários

D. Manuel Clemente, Bispo do Porto, manifestou preocupações perante a actual situação “económica e sócio-profissional”, partilhando as “incertezas próxi-mas e preocupações futuras” dos universitários que concluem o seu curso.

Na homilia da Bênção das Pastas, que decorreu na Avenida dos Aliados, o prelado admitiu que “é difícil para muitos conseguir trabalho, trabalho à altura da competência adquirida e das legítimas aspirações”.

Enquanto cristãos, acrescentou, os jovens não se devem deixar “abater pelo desânimo”, mas fazer das dificuldades “outras tantas oportunidades de criar coisas novas”.

“Vinde e Vede”Jovens juntaram-se em caminhada vocacional

Os Missionários do Verbo Divino organizaram a 1 e 2 de Maio a 4ª caminhada vocacional, que reuniu cerca de meia centena de jovens de diversos pontos do país.

A iniciativa, que teve como tema “Vinde e Vede”, numa alusão ao convite que Jesus dirigiu aos seus primeiros discípulos, começou com o acolhimento no Seminário do Verbo Divino, em Tortosendo, tendo-se seguido o percurso até ao Santuário de Nossa Senhora das Dores, em Paul.

O itinerário foi marcado pela contemplação da na-tureza e da paisagem sobre a Cova da Beira, bem como por momentos de descanso e reflexão.

No dia seguinte os jovens participaram na missa realizada na igreja matriz do Tortosendo, numa anima-da celebração em que o mês de Maria e o Dia da Mãe tiveram lugar de destaque.

A organização do encontro contou com o apoio das Irmãs Missionárias Servas do Espírito Santo e do grupo Diálogos-leigos SVD para a Missão

Padre Feliciano Sila, svd/Agência Ecclesia

Diocese de AveiroI Jornada de Educação

De 21 a 22 de Maio, o Colégio de Nossa Senhora da Apresentação (Calvão), recebe a I Jornada de educação da Diocese, organizada pela Associação de Escolas Católicas da diocese de Aveiro. Etienne Verhack, Secretário-geral do Comité Europeu da Escola Católica, será um dos oradores.

Do programa constam conferências sobre “Jesus Cris-to, o caminho da pessoa nova”; “A pessoa que mora no aluno”; “Educar por um desenho antropológico: para ser inteligente, para ser ético, para ser livre, para amar”; “Orientações do Magistério para a Educação - Querubim Silva”; “A liberdade de aprender e de ensinar”; “Contri-butos para a construção de um projecto educativo numa escola humanista e cristã” e “A intervenção da Escola Católica na construção de uma sociedade nova”

Ainda serão apresentados painéis, abordando a “Aprendizagem cooperativa e pedagogia da autonomia no 2º Ciclo do Ensino Básico”; “Projecto SOFIA”; “Edu-cação para a Sustentabilidade” e “Escola: espaço de acompanhamento pastoral”.

Estiveram presentes em Fátima 2680 jovens que não deixaram o Santuário de Fátima dormir na noite de 1 para 2 de Maio. Uma «Directa com Maria» to-mou conta deste santuário mariano num momento de “grande sinergia” entre os jovens, a pastoral juvenil e o Santuário de Fátima.

Uma noite cheia de actividades mostrou que uma directa “não serve apenas para se estar acor-dado”, explica o Director do Departamento Nacional da Pastoral Juvenil - DNPJ, o padre Pablo Lima, mas para “uma linha directa” com o objectivo de “aprofundar a fé, a relação com Jesus e co-nhecer melhor Maria”.

A organização superou as expectativas. No núme-ro – estiveram presentes 18 das 20 dioceses portu-guesas e oito movimentos juvenis – e na afluência às propostas que “apesar do cansaço durante a noite não conheceram quebra”.

A «Directa com Maria», como este ano se chamou a actividade nacional que congrega os jovens, Fáti-ma Jovem, foi uma aposta ganha na visão do Pe Pablo Lima. As iniciativas podem não se repetir mas as “boas

intuições são de manter”.“A proposta tinha qua-

lidade e foi bem cuidada, quer pelos movimentos como pelos secretariados diocesanos. O resultado evidenciou o bem estar sentido entre os jovens”.

Um concerto de abertura dava o mote para uma noi-te que contou sempre com música. Houve também um espaço «lounge», alimenta-ção durante toda a noite e uma vigília de oração. No final da noite a Basílica de Nossa Senhora do Rosário de Fátima foi pequena para acolher os 2680 jovens que atentamente escutaram a homilia D. Ilídio Leandro.

Na eucaristia que en-cerrou a noite dos jovens, pelas seis horas da manhã, o bispo de Viseu apelou ao espírito inquieto da juventude, salientando a sua sensibilidade para a esperança e concretização de sonhos.

“É hora de acordar do sono da preguiça e indiferença, de acreditar na força da esperança, de iniciar a fase da mudança e de concretizar realidades diferentes”, apelou o vogal da Comissão Episcopal do Laicado e da Família, que o DNPJ integra.

Frisou o bispo que se vive um momento de “ape-lo à mudança” especialmen-te dirigido à “juventude cristã”.

“Precisamos de gritar que há vida, apesar e para lá da crise e que essa vida nasce do amor, a grande fonte da solidariedade, da justiça social, da partilha de sonhos, de projectos, de comunhão, de vida”.

Afirmou ainda o bispo de Viseu que a «Directa com Maria» precisa ter “conse-quências”.

Os jovens precisam por isso de “actuar na renova-ção da vida e na transforma-ção das estruturas”, apelou o Bispo, indicando ainda que Bento XVI, que estará em Portugal dentro de uma semana, deverá sentir o en-tusiasmo dos jovens.

“Fazei-o sentir ao Papa, que aí vem para estar con-nosco e para nos confirmar na fé e apontar a esperan-ça”.

Também a Pastoral Juve-nil espera “consequências na sociedade, nas estrutu-ras e na vida da Igreja que tanto precisa da irreverên-cia, alegria e ousadia dos jovens”.

O padre Pablo Lima afir-ma mesmo que o “Fátima

jovem foi motivo de alento e empurrão de qualidade na vida dos jovens”.

Ao Papa os jovens pre-sentes em Fátima endere-çaram uma carta onde afir-mam esperar “com imensa alegria a visita” apostólica e “rezar por Sua Santidade”.

“Quando receber em suas mãos esta carta, nós estaremos espalhados um pouco por todo o lado onde passar o Santo Padre Bento XVI e, em espírito, Vos daremos um forte abraço”, escrevem os jovens.

Esta missiva vai ser entregue a Bento XVI, no próximo dia 13 em Fátima. Será D. Ilídio Leandro e D. António Carrilho, Presiden-te da Comissão Episcopal do Laicado e Família, que o DNPJ integra, a entregar ao Papa a carta escrita pelos jovens. O padre Pablo Lima traduz um sinal de comu-nhão “ecclesial”.

Em Fátima foram ainda soltos balões a lembrar o dia da mãe mas também a visita apostólica de Bento XVI.

O Director do DNPJ afir-ma que “o Papa esteve pre-sente em toda a actividade”, lembrando o forte aplauso que a sala Paulo VI acolheu quando a visita apostólica foi mencionada.

Fátima Jovem 2010

Jovens não deixaram Fátima dormir...

O médico João Lobo Antunes sublinhou que os argumentos que Bento XVI utiliza no diálogo com os seus interlocutores são de uma “extraordinária doçura”.

No entender do in-vestigador, que falava no colóquio “O Pensamento de Bento XVI”, que decor-re esta Segunda-feira em Lisboa, o Papa distingue-se também por abordar temas “complexos” com “simplici-dade e afectividade”.

Bento XVI sabe que a Igreja é detentora de um “tesouro de conhecimento e experiência ética” mas não impõe a “ética da obediência”, referiu João Lobo Antunes, salientando que o “recurso a filósofos laicos é um dos timbres deste Papa”.

Depois de recordar que

as universidades têm de aliar o ensino dos conheci-mentos técnico à sabedoria, o membro do Conselho de Estado sublinhou que a sabedoria das tradições re-ligiosas não se pode deitar para o “cesto do lixo” da história das ideias.

Para Manuel Braga da Cruz, reitor da Universi-dade Católica Portuguesa (UCP), “o Ocidente corre hoje o risco de desistir de procurar a verdade e de co-locar a razão subordinada ao materialismo e utilita-rismo”.

Por outro lado, Bento XVI teme que o ensino superior corra o risco de “perder o sentido da uni-dade dos saberes” e passe a ser “dominada pela tecno-cracia”, acrescentou

O discurso que o Papa foi impedido de proferir na Universidade La Sapienza, em Roma, a 17 de Janeiro de 2008 – tema do painel em que intervieram os dois ora-dores – salienta os “limites da ciência” no que se refere ao alcance dos conhecimen-tos e à sua aplicação prática, assinalou o reitor.

“A verdade não se esgota no saber, mas destina-se a fazer o bem, e como tal precisa da razão ética”, lembrou Manuel Braga da Cruz, para quem a missão do Papa seria como a de um “sentinela” que pretende assegurar a coesão de toda a comunidade humana.

O reitor da UCP referiu que Bento XVI apresenta-se ao saber universitário como “porta-voz da razão ética da humanidade” e que, de acordo com as suas pala-vras, a Teologia é a “força purificadora” da razão.

Reitor da UCP

Bento XVI “porta-voz da razão ética da humanidade”

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IGREJA NO MUNDO12 O Mensageiro6.Maio.2010

BrevesPapa convida a tirar lições da crise financeiraEconomia sem ética preocupa Bento XVI

Bento XVI defendeu que a crise financeira internacio-nal mostrou a “fragilidade” do actual sistema económico e das instituições a ele ligadas.

O Papa insistiu na necessidade de “regras éticas”, que promovam um “desenvolvimento integral da pessoa e não só o lucro”.

O discurso papal foi pronunciado perante os par-ticipantes na reunião plenária da Academia Pontifícia das Ciências, reunidos no Vaticano até ao próximo dia 4 de Maio para discutir sobre o tema “A crise numa economia global”.

Bento XVI afirmou a derrocada do sistema financei-ro mostrou “o erro do pressuposto com base no qual o mercado é capaz de se regular, para lá da intervenção pública e do contributo de normas éticas internas”.

Segundo o Papa, “a vida económica deve ser vista correctamente como um exercício de responsabilidade humana, intrinsecamente orientada para a promoção da dignidade da pessoa, a prossecução do bem comum e o desenvolvimento integral”.

Bispos lamentam xenofobia e desconfiançaIgreja pede mais protecção para os migrantes na Europa

Os Bispos católicos da Europa condenaram a xeno-fobia e o clima de “medo” diante dos imigrantes, que tendem a aumentar com a actual crise económica.

Na mensagem final do VIII Congresso europeu so-bre migrações, que se concluiu na cidade espanhola de Málaga, os representantes dos episcopados do Velho Continente quiseram afirmar que a presença dos imi-grantes é “uma oportunidade para o presente e para o futuro”.

“Constatámos que em muitos países, os imigrantes dão um contributo positivo, não só económico, às so-ciedades que os sabem acolher”, pode ler-se.

A iniciativa do Conselho das Conferências Episcopais da Europa (CCEE) juntou uma centena de delegados, que alertam para “o sofrimento a miséria e o desalento” que atingem muitos imigrantes.

Os participantes deram a conhecer “numerosas iniciativas” desenvolvidas pela Igreja no apoio a estas populações.

Exposição «Compostela e a Europa»Intercâmbio cultural na construção da catedral

“Compostela e a Europa – A história de Diego Gel-mírez” é o título da exposição com que a Comunidade Autónoma da Galiza, Espanha, destaca a construção da catedral destinada a acolher os peregrinos.

A mostra, que decorre em Paris, sublinha o papel desempenhado na edificação da sé pelo arcebispo de Compostela, cujas viagens transformaram a igreja num espaço de criação com influência notável na Europa, elevando-a ao mesmo nível de Jerusalém e Roma.

As obras expostas são provenientes de museus espa-nhóis, franceses, italianos e portugueses, testemunhan-do a presença e o intercâmbio artístico promovidos pelo arcebispo nesses territórios.

Um dos núcleos da mostra é dedicado à estadia de D. Gelmírez na região que anos mais tarde viria a conquistar a independência e dar origem a Portugal.

De acordo com o texto de apoio à exposição, a viagem do prelado, em 1102, teve um carácter acentuadamente político, ligando-se ao roubo das relíquias mais presti-giadas da Sé de Braga – os corpos de São Frutuoso, São Cucufate, São Silvestre e Santa Susana.

Com SNPC

A Fundação Ajuda à Igre-ja que Sofre (AIS) divulgou um aumento da violência e da intolerância contra os cristãos no ano passado. Os dados são revelados no Observatório 2009 da Liber-dade Religiosa no Mundo.

De acordo com a orga-nização católica interna-cional, entre 75 a 85% das perseguições religiosas em todo o mundo dizem respeito aos cristãos. Ac-tualmente diminuíram as medidas opressivas contra os cristãos com base em ide-ologias ateias, mas há novas ideologias que permitem a liberdade religiosa apenas dentro de uma única re-ligião – como em países muçulmanos e na Índia, onde, em alguns Estados, grupos radicais hindus conseguiram promulgar leis “anticonversão”.

A Ásia é o continente onde se verificou um agra-vamento da situação dos cristãos que são persegui-dos e ameaçados. Segundo o documento publicado pela Fundação AIS, dos 13 países referidos no Obser-vatório 2009, mais de me-tade são asiáticos (Arábia Saudita, Butão, China, Índia, Iraque, Paquistão e Vietname), seguindo-se quatro países africanos (Argélia, Egipto, Eritreia

e Somália). Completam a lista Bolívia e Venezuela, da América do Sul.

“A Fundação AIS publi-ca de dois em dois anos o relatório sobre a liberdade religiosa no mundo onde é feita uma análise exaus-tiva de todos os países do mundo.

Este ano foram esco-lhidos 13 países onde se verificou um claro agrava-mento da situação, com o aumento da perseguição, da violência, da intolerância contra cristãos e apatia das respectivas autoridades”,

explica a presidente do conselho de administração da Fundação AIS, Catarina Martins de Bettencourt.

O objectivo é divulgar a situação real dos cristãos. “Este relatório prende-se com a nossa missão de divulgar e dar a conhecer a situação da Igreja no mundo.

Como podemos ajudar se não conhecermos a rea-lidade de cada país? Para po-dermos apoiar determinada Igreja precisamos de saber exactamente a realidade do dia-a-dia, o modo como

a população expressa a sua fé ou como lhe é permitido expressar.

Ao termos este conhe-cimento nas nossas mãos, temos por obrigação divul-gá-lo de modo a dar a conhe-cer ao mundo a situação e, caso seja necessário, tentar influenciar a opinião e a postura da sociedade civil e classe política”, destaca.

Apesar das limitações e dos pecados, a Igreja an-tecipa a Jerusalém celeste, o destino final da humani-dade, afirmou Bento XVI, na homilia da liturgia de exéquias do cardeal bene-ditino Paul Augustin Mayer, falecido aos 98 anos.

A Missa foi celebrada na Basílica de São Pedro pelo cardeal Angelo Sodano, decano do Colégio cardi-nalício, acompanhado por outros cardeais.

O Papa presidiu à litur-gia de exéquias, fez a ho-milia e conduziu os ritos da Ultima Commendatio e da Valedictio.

Toda liturgia de exé-quias, lembrou o Pontífice, “dá-se sob o símbolo da es-

perança: no último suspiro de Jesus na cruz, Deus se doou inteiramente à hu-manidade, preenchendo o vazio deixado pelo pecado e restabelecendo a vitória da vida sobre a morte”.

“Por isso, todo o homem que morre no Senhor parti-cipa, pela fé, deste acto de amor infinito e, de alguma forma, une o seu espírito a Cristo, na segura esperan-ça de que a mão do Pai o ressuscitará dos mortos e o introduzirá no Reino da vida”, acrescentou.

Numa época como a nossa, em que “o medo da morte leva muitos ao deses-pero e a buscar compensa-ções ilusórias”, o cristão “distingue-se pelo facto de

depositar a sua segurança em Deus, num Amor tão grande que é capaz de renovar o mundo inteiro”, observou o Papa.

Lembrando que “a visão da nova Jerusalém exprime a realização do desejo mais profundo da humanidade, o de viver em comunidade na paz, sem mais ser ameaçado pela morte, mas gozando de plena comunhão com Deus e entre nós”, explicou que “a Igreja e, em particular, as comunidades monásticas, constituem uma prefigu-ração na terra desta meta final”.

“É uma antecipação imperfeita, marcada por limitações e pecados e, por-tanto, sempre dependente

de conversão e purificação; e, todavia, na comunidade eucarística experimenta-se a vitória do amor de Cristo sobre tudo o que divide e mortifica”, assinala.

“A nossa vida está, a cada instante, nas mãos do Senhor, especialmente no momento da morte”, concluiu Bento XVI.

Zenit

Bento XVI

“Igreja antecipa destino final da humanidade”

Fundação Ajuda à Igreja que Sofre

Violência contra os cristãosaumentou em 2009

DR

DR

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O Mensageiro6.Maio.2010

ANÁLISE ECONÓMICA

Orlando FernandesJornalista

As iniciativas do Governo

NO CORAÇÃO DA IGREJA

Pe. Jorge GuardaVigário Geral da Diocese

A Igreja como mestra

13OPINIÃO

L

JORNALICES.COM

Pedro JerónimoCurioso dos media

Igreja e os mediaechou, aos 126 anos, o Distrito de Portalegre.

Segundo D. Antonino Dias, bispo de Portalegre-Castelo Branco, o motivo foi a viabilidade económi-ca, porém, deixa a possibi-lidade de surgir um novo projecto. Sinceramente, das leituras feitas, pare-cem-me justificações um pouco contraditórias.

Curioso é o timming em que chega a notícia: Dia Mundial da Liberdade de Imprensa (3 de Maio) e anúncio de mais de 2.000 jornalistas acreditados para a visita do Papa. Pen-so ainda na Internet, com custos reduzidos, e o apelo feito por Bento XVI para que se evangelize também por lá (onde estão as no-vas gerações)... Que fazes, Igreja? Ignoras ou apostas nas novas formas de anun-ciar Cristo Ressuscitado?

endo o livro “Ortodo-xia”, do escritor inglês

convertido ao catolicismo, G.K. Chesterton (1874-1936), encontrei uma inte-ressante passagem sobre a Igreja como mestra que nos ensina a verdade muito útil para a nossa vida e que aju-

dou o autor na sua conver-são, em 1922. Transcrevo algumas partes.

“A Igreja Cristã é, na sua relação com a minha alma, um mestre vivo, e não um mestre morto; não se limitou a dar-me lições no passado, mas quase de certeza mas dará também no futuro. (...) Platão disse-nos algumas verdades; mas Platão morreu. Shakespeare espantou-nos com certas imagens; mas Shakespeare não voltará a espantar-nos. Mas imagine o leitor o que seria viver com esses ho-mens ainda vivos, saber que amanhã Platão podia vir dar uma nova conferência, ou que, a qualquer momento, Shakespeare podia deixar-nos de boca aberta com um novo soneto.

A pessoa que vive em contacto com aquilo que acredita ser a Igreja viva é uma pessoa que está constantemente na expec-tativa de conhecer Platão

e Shakespeare amanhã ao pequeno almoço. Que está sempre na expectativa de conhecer uma verdade que não conhecia.

Só há um paralelo com esta posição, que é o parale-lo com o começo da vida de todos nós. Quando o nosso pai nos levou a passear pelo jardim, para nos explicar que as abelhas picavam e que as rosas eram perfu-madas, nenhum de nós se lembrou de aproveitar ao máximo esta filosofia. Quando a abelha efectiva-mente nos ferrou, não nos pareceu que se tratasse de uma coincidência engraça-da. Quando as rosas nos cheiraram bem, não pen-sámos: ‘O meu pai é um símbolo rude e bárbaro, que alberga (talvez de forma inconsciente) a profunda e delicada verdade de que as flores cheiram bem’. Não: acreditámos no nosso pai, porque tínhamos chegado à conclusão de que ele era

efectivamente mais do que nós, alguém que nos diria a verdade amanhã, como nos tinha dito hoje. E, se isto se aplicava ao nosso pai, aplicava-se ainda mais à nossa mãe (...)

Quando, em criança, ia ao jardim, achava que era um local terrível, precisa-mente porque mo tinham explicado; se não mo ti-vessem explicado, tê-lo-ia achado terrível, mas do-méstico. Um simples ermo sem sentido nem chega a impressionar.

O jardim da minha in-fância, porém, era fascinan-te, porque tudo o que nele existia tinha um significado preciso, que podia ir sendo descoberto à vez. Milímetro a milímetro, eu tinha a pos-sibilidade de ir descobrindo o que era aquele objecto de formato horrível chamado ancinho; ou de formar uma vaga conjectura sobre o mo-tivo pelo qual os meus pais tinham um gato.

E assim, a partir do momento em que adoptei o cristianismo – como uma mãe, e não como um mero exemplo casual –, descobri que a Europa e o mundo se assemelhavam muito aquele jardim onde eu ficara a olhar espantado para as formas simbólicas do ancinho e do gato; e passei a olhar para todas as coisas com ignorância e expectativa élficas. Este rito ou aquela doutrina poderão parecer horríveis e misteriosos como um ancinho; mas eu descobri por experiência que em geral, essas coisas vão dar, de uma forma ou de outra, à relva e às flores. Um cléri-go poderá, aparentemente, ser tão inútil como um gato, mas é igualmente fascinan-te, porque tem de haver uma razão – mesmo que seja uma razão misteriosa – para ele existir. (...)

O cristianismo não se li-mitou a dizer esta verdade,

ou aquela verdade, antes se revelou como algo que diz a verdade. Todas as outras filosofias afirmam coisas que parecem nitidamente verdadeiras; esta filosofia é a única que, uma vez e outra, afirma coisas que não parecem ser verdadei-ras, mas são. Este é o único credo que se mostra convin-cente naqueles pontos em que não é atractivo; e que acaba por ter razão, como o meu pai tinha razão re-lativamente ao jardim” (p. 220-223).

Como este autor, cada membro da Igreja deverá encontrar nele uma mãe e mestra que lhe ensina e mostra a verdade que dá significado a toda a vida. Podemos então amá-la como se ama uma mãe e se quer bem a um mestre.

desemprego apre-senta nos últimos

tempos uma taxa mais ele-vada. Esta ocorrência deriva da crise que afecta a nossa economia.

Não é possível res-ponder às necessidades de emprego da população sem haver crescimento da actividade económica, sem o surgimento de novas iniciativas e a criação de novas empresas ou sem o incremento da actividade produtiva das empresas existentes, umas e outras dessas realidades gerando novos empregos.

Esta crise é, como se sabe, internacional e afec-ta o nosso país como afecta os outros.

Aliás, Portugal depende muito da actividade econó-mica dos outros países porque muitas das nossas empresas vivem da venda dos seus produtos para fora e porque, por exemplo, te-mos uma importante indús-tria turística e, quando há crise e desemprego lá fora, menos turistas vêm com-prar a nossa oferta de sol, praia, natureza e história, e de hotéis e restaurantes.

Por exemplo, em Espa-nha a taxa de desemprego está a bater próximo dos 20%, que é o dobro da nossa que está um pouco abaixo dos 10%.

Um grupo que tem es-peciais dificuldades é o dos jovens, onde o desemprego é mais elevado.

Isto, de alguma forma, compreende-se, e ocorre em qualquer tempo e cir-cunstância, pois trata-se de um período da vida das pessoas em que se procura um primeiro emprego ou em que se procura mudar de emprego, buscando uma adaptação a certa profissão ou a uma actividade mais vantajosa ou mais realiza-dora.

É claro que, em momen-tos em que a economia gera menos empregos novos, a dificuldades de aceder a um primeiro empregou ou mudar para outra activida-de é mais difícil ou mais

demorada. Uma das respostas

mais exaltantes pode ser a tentativa de empreender, de arriscar uma ideia eco-nómica, criando a pessoa o seu próprio emprego e, até gerando postos de trabalho para outros.

Para isso existem hoje em dia ajudas e incentivos que podem ser uma primei-ra alavanca para a concreti-zação de uma vocação ou de uma ideia lucrativa, sejam iniciativas individuais ou em sociedades.

Por outro lado o Go-verno português avançou com uma iniciativa, que o Orçamento do Estado para 2010 encaixa, que entre outras, comporta medidas especialmente dirigidas a levar os jovens para dentro do mercado de trabalho.

Basicamente o que se pretende é criar condições a entidades públicas e pri-vadas, com financiamento e vantagens diversas, para receberem jovens nos seus quadros de trabalho, como estagiários, devidamente pagos.

No fundo isto já se tra-duz num emprego remu-nerado. Ainda que a título de estágio e sem vínculo definitivo.

Mas dar a uma entidade empregadora a possibilida-de de conhecer a compe-tência de trabalho de um

jovem e o contributo que ele é capaz de aportar à sua actividade pode significar a abertura para uma con-tratação.

Do mesmo passo que dar a um jovem a opor-tunidade de se integrar numa entidade lhe abre um horizonte de apren-dizagem bem como uma oportunidade soberana de mostrar o seu valor e even-tualmente ganhar um posto de trabalho.

Os programas gover-namentais, financiados no Orçamento do Estado, vi-sam os jovens à procura de primeiro emprego, jovens licenciados em situação de desemprego, e jovens que embora se encontrem empregados, exerçam uma ocupação profissional não correspondente à sua área de formação e nível de qualificação.

Está estabelecida a criação de 5.000 estágios na Administração Pública Central, e 2.000 nas Autar-quias Locais, a readaptação de 5.000 jovens licencia-dos formados em áreas de baixa empregabilidade para melhorar adequação ao mercado de trabalho, a inserção de 1.000 jovens quadros em instituições da economia social, a inserção de 10.000 jovens qualifica-dos ao nível secundário num novo programa de

estágios profissionais. Depois vai haver um

programa para apoiar a contratação dos jovens que concluíram os estágios.

Os estímulos às enti-dades empregadoras para a contratação, sem termo, de jovens vai dar um apoio directo, de 2500euros, por cada posto de trabalho em acumulação com a isenção do pagamento de contribui-ções para a segurança social por um período longo de dois a três anos. Haverá ain-da outros incentivos fortes para as empresas já que os encargos, com a criação des-tes postos de trabalho para jovens, serão considerados como custo, considerado a cento e cinquenta por cento do seu valor, para descon-tar nos impostos a pagar ao Estado.

É um caminho e se-rão oportunidades deste governo, para os jovens que enfrentam o negro mercado de trabalho, que é ainda mais difícil neste ano de 2010.

Este é um desafio do governo, que acaba de dar aos jovens desempregados, mas se esta situação piorar? Ou José Sócrates ainda tem dúvidas?

O

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INSTITUCIONAL / LIVROS14 O Mensageiro6.Maio.2010

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na nossa estante

Mitos e Lendas HititasJosé Nunes CarreiraEdições Colibri

«Os Gregos descobriram a razão e todo o seu poder, mas não abdi-caram ao mito. Homero assenta-o como elemento estrutural. Hesíodo alimenta-se dele. Líricos e trágicos são impensáveis sem ele. Filosofia e historiadores, Platão e Heródoto à cabeça, convivem serenamente com ele. O mito está em toda a parte na cultura grega.

Antes dos Gregos, as civilizações pré-clássicas viveram intensamente o mito, o Egipto tão intensamente que mal deixou rasto dele nos escritos. Sumérios, Babilónios e Assírios parecem ter moldado no mito a vida toda: fai-nas agrícolas, magia e adivinhação, medicina e ciência, guerra e paz, orações e culto.

Os Hititas fazem figura de parente pobre, serôdio e marginal. E, contudo, não lhes falta grandeza. Nenhum povo do oriente Antigo preservou como eles a frescura original dos mitos.»

Anonimato – poesiaKlemen CraveiroFolheto Edições & Design

A arte está em todos nós e manifes-ta-se em tudo aquilo que fazemos. Para mim, vida sem arte não é vida, porque a própria é e exige arte por si só.

As fontes de inspiração podem ser várias conforme o estado de espíri-to, experiência de vida, ideologia ou ainda mais surpreendente, alguém que pouco ou nada escreveu e de súbito cria uma obra de arte. Que a arte independentemente da forma de se manifestar exalte a nossa dor, alegria, sofrimento, ideais, transcendendo qualquer limite ou receio.

Mulheres da Marinha Grande – Histórias de luta e de coragemJúlia Guarda RibeiroFolheto Edições e Design

Não serão muitas as cidades ou vilas de Portugal que podem orgulhar-se de uma história de luta tão longa e firme contra a opressão e o fascismo como a Marinha Grande.

Nessa luta foram presos, tortura-dos, por vezes até à morte, os melho-res filhos desta abnegada terra.

Mas… e as mulheres? Alguém falou delas? Terá o seu sofrimento sido menor que os dos homens? Ficaram sozinhas, firmes e fiéis, esperando e desesperando.

Tiveram de ser mãe e pai. Tiveram de trabalhar por dois. Passaram miséria extrema, humilhação sem nome.

Foi para lhes dar a voz a que têm direito, que estas histórias de vida foram recolhidas e escritas.

E já não era sem tempo!

PUB

EDITAL N.º 57/2010INQUÉRITO ADMINISTRATIVO

1.ª PublicaçãoLINO DIAS PEREIRA, Vereador da Câmara Municipal do Concelho

de Leiria, faz saber, nos termos dos Artigos e seguintes do Decreto - Lei n.º , que se procede pela Secção de Apoio Administrativo às Empreitadas desta Câmara Municipal a Inquérito Administrativo relativo à empreitada de “AMPLIAÇÃO/ REMODELAÇÃO DA EB1 DA GÂNDARA DOS OLIVAIS - MARRAZES “, P,.º N.º T - 111/2006, de que foi empreiteira a Firma SOTEOL – SOCIEDADE DE TERRAPLANAGENS DO OESTE, LDª, pelo que, durante os QUINZE DIAS que decorrem desde a data da afixação destes éditos e mais OITO, poderão os interessados apresentar na Secretaria desta Câmara Municipal, por escrito e devidamente fundamentadas e documentadas, quaisquer reclamações a que se julgam com direito por falta de pagamento de salários e materiais, ou de indemnizações e, bem assim, o preço de quaisquer trabalhos que o empreiteiro haja mandado executar por terceiros.

Não serão consideradas as reclamações apresentadas fora do prazo acima estabelecido.

Para constar se pública o presente e outros de igual teor, que vão ser afixados nos lugares públicos do costume.

Paços do Município de Leiria, 21 de Abril de 2010.POR DELEGAÇÃO DE COMPETÊNCIASO Vereador,(Lino Pereira)

O Mensageiro • Edição 4808 • 06/05/10

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ta-se em tudo aquilo que fazemos. Para mim, vida sem arte não é vida, porque

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Não serão muitas as cidades ou vilas de Portugal que podem orgulhar-se de uma história de luta tão longa e firme

sido menor que os dos homens? Ficaram sozinhas,

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O Mensageiro6.Maio.2010

Pedro

Jerón

imo/Arqu

ivo

15DESPORTO

liga sagres

I LIGAliga vitalis

II LIGA

Equipa J V E D Pts1.º Beira-Mar 29 15 6 8 512.º Portimonense 29 15 6 8 513.º Feirense 29 13 10 6 494.º Oliveirense 29 14 7 8 485.º Santa Clara 29 12 12 5 486.º Trofense 29 13 6 10 457.º D. Aves 29 9 11 9 388.º Penafi el 29 9 11 9 389.º Estoril 29 7 14 8 3510.º Fátima 29 7 14 8 3511.º Freamunde 29 9 8 12 3512.º Gil Vicente 29 8 11 10 3513.º Sp. Covilhã 29 7 9 13 3014.º Varzim 29 5 13 11 2815.º D. Chaves 29 6 10 13 2816.º Carregado 29 6 6 17 24

Equipa J V E D Pts1.º Benfi ca 29 23 4 2 732.º Sp. Braga 29 22 4 3 703.º Porto 29 20 5 4 654.º Sporting 29 12 9 8 455.º V. Guimarães 29 11 8 10 416.º Nacional 29 10 8 11 387.º Marítimo 29 10 8 11 388.º Naval 29 10 6 13 369.º U. Leiria 29 9 8 12 3510.º P. Ferreira 29 8 10 11 3411.º Rio Ave 29 6 13 10 3112.º Académica 29 7 6 13 3013.º Olhanense 29 5 13 11 2814.º V. Setúbal 29 5 10 14 2515.º Leixões 29 5 6 18 2116.º Belenenses 29 3 11 15 20

zonacentro

Equipa J V E D Pts1.º Arouca 30 17 7 6 572.º Pampilhosa 30 15 7 8 523.º Tourizense 30 14 8 8 504.º Tondela 30 14 6 10 485.º Mafra 30 12 10 8 466.º Esmoriz 30 13 6 11 457.º U. Serra 30 11 8 11 418.º Praiense 30 10 11 9 419.º Sertanense 30 11 7 12 4010.º Eléctrico 30 11 7 12 4011.º Operário 30 11 7 12 4012.º Ac. Viseu 30 9 9 12 3613.º Marinhense 30 9 7 14 3414.º Ol. Bairro 30 8 7 15 3115.º V. Pico 30 9 4 17 3116.º Monsanto 30 6 10 14 28

fed. portuguesa futebol

II DIVISÃO

26.ª Jornada (02.05) Pilado x Pedroguense (0-2), Gaeirense x Guiense (0-3), Marrazes x Outeirense (3-0), Beneditense x Bombarralense (1-1), Ansião x Alq. Serra (3-1), Nazarenos x Alcobaça (0-1), Pataiense x Fig. Vinhos (2-2), Valcovense x Meirinhas (adiado)

ass. futebol de leiria

HONRA

27.ª Jornada, fase de subida (09.05) Fig. Vinhos x Pilado, Pedroguense x Gaeirense, Guiense x Marrazes, Outeirense x Beneditense, Bombarralense x Valcovense, Meirinhas x Ansião, Alq. Serra x Nazarenos, Alcobaça x Pataiense

Equipa J V E D Pts1.º Bombarralense 26 21 4 1 672.º Guiense 26 18 4 4 583.º Alcobaça 26 15 6 5 514.º Nazarenos 26 15 4 7 495.º Alq. Serra 26 12 7 7 436.º Valcovense 25 11 6 8 397.º Pataiense 26 12 2 12 388.º Beneditense 26 9 8 9 359.º Pedroguense 26 10 3 13 3310.º Gaeirense 26 7 8 11 2911.º Ansião 26 7 8 11 2912.º Marrazes 26 6 10 10 2813.º Fig. Vinhos 26 6 6 14 2414.º Meirinhas 25 5 5 15 2015.º Outeirense 26 5 4 17 1916.º Pilado 26 3 5 18 14

Equipa J V E D Pts1.º Anadia 6 3 2 1 332.º Sp. Pombal 6 1 2 3 303.º Gândara 6 3 2 1 294.º F. Algodres 6 2 2 2 295.º Sourense 6 1 4 1 286.º Mangualde 6 0 4 2 20

6.ª Jornada, fase de subida (02.05) Anadia x Mangualde (1-1), F. Algodres x Sp. Pombal (2-0), Gândara x Sourense (1-1)

7.ª Jornada, fase de subida (09.05) Sp. Pombal x Anadia, Sourense x F. Algodres, Mangualde x Gândara

Equipa J V E D Pts1.º Sintrense 6 4 1 1 242.º Caldas 6 3 0 3 233.º Peniche 6 2 2 2 204.º Portomosense 6 2 0 4 175.º Gavionenses 6 2 1 3 146.º Ol. Moscavide 6 2 2 2 14

6.ª Jornada, fase de manutenção (02.05) Portomosense x Sintrense (1-2), Gavionenses x Caldas (2-3), Peniche x Ol. Moscavide (0-0)

7.ª Jornada, fase de subida (09.05) Ol. Moscavide x Portomosense, Sintrense x Gavionenses, Caldas x Peniche

série Dfed. portuguesa futebol

III DIVISÃO série E

30.ª Jornada (09.05) Nacional x Sp. Braga, Naval x Académica, Leixões x Sporting (08.05), P. Ferreira x Olhanense, U. Leiria x Porto (08.05, 19h15), V. Setúbal x Belenenses (08.05), V. Guimarães x Marítimo, Benfi ca x Rio Ave

30.ª Jornada (09.05) Trofense x Gil Vicente, Freamunde x Penafi el, Beira-Mar x Carregado, Santa Clara x D. Aves, D. Chaves x Fátima, Varzim x Sp. Covilhã, Oliveirense x Portimonense, Estoril x Feirense

Qualifi cados para a fase fi nal, de acesso à II Liga Arouca.Descem à III Divisão Marinhense, Oliveira do Bairro, Vitória do Pico e Monsanto.

29.ª Jornada (02.05) Rio Ave x Guimarães (0-0), Marítimo x V. Setúbal (2-0), Porto x Benfi ca (3-1), Belenenses x U. Leiria (2-5), Olhanense x Leixões (1-0), Sporting x Naval (0-1), Académica x Nacional (3-3), Sp. Braga x P. Ferreira (1-0)

29.ª Jornada (02.05) Feirense x Oliveirense (2-1), Portimonense x Varzim (3-2), Fátima x Estoril (1-1), Sp. Covilhã x D. Chaves (2-0), D. Aves x Beira-Mar (1-3), Carregado x Freamunde (3-2), Penafi el x Trofense (0-1), Penafi el x Trofense (0-1), Gil Vicente x Santa Clara (0-0)

30.ª Jornada (02.05) Mafra x Operário (1-1), Sertanense x Arouca (0-3), Tondela x Praiense (1-2), V. Pico x Monsanto (4-3), Eléctrico x Pampilhosa (2-1), Esmoriz x Ac. Viseu (4-1), U. Serra x Marinhense (3-0), Ol. Bairro x Tourizense (1-1)

Nota As equipas partem para as fases de subida e manutenção com metade dos pontos conquistados - arredondados por excesso - na fase regular. Sobem à II divisão os dois primeiros classifi cados (série D) e descem aos distritais os três últimos (série E).

U. Serra fica na II Divisão Marinhense desce

In medius stat virtus

U. Serra três épocas consecutivas na II Divisão

Aristóteles, filósofo grego (384 A.C.-322 A.C.) e autor da expressão que serve de título à presente notícia, entendia que “a virtude está no meio” (in medius stat virtus). Uma ideia que serve para ilustrar a classificação das equipas da região, nas diferentes divisões, em 2009/10. Estados de espírito diferentes no final do U. Serra x Marinhense, que concluiu a participa-ção de ambas na II Divisão, enquanto que U. Leiria (I Liga) e Fátima (II Liga) ainda têm um jogo para definir a classificação final.

Um derbie regional fechou a II Divisão (zona centro) – os primeiros classificados das três zonas vão disputar o título de campeão e a subida à II Liga (dois lugares) –, precisamente entre as únicas represen-tantes da Associação de Futebol de Leiria, na prova. Com o objectivo já conseguido, a equipa de Santa Catarina da Serra jogava o derradeiro encontro de 2009/10 no seu reduto, enquanto que a equipa adversá-ria, da Marinha Grande, precisava de vencer, e esperar por um deslize do Aca-démico de Viseu, para conseguir fugir ao último lugar de despromoção. Como am-bas perderam, confirmaram-se as quatro descidas (ver tabela, ao lado), previstas à entrada para a 30.ª jornada, entre elas, a do Marinhense. Tristeza de uns, alegrias de outros. Depois de se ter estreado na II Divisão com um surpreendente 3.º lugar (2008/09), a U. Serra garante a terceira presença na prova (2010/11).

Permutas entre centro e norteU. Leiria e Porto vão ser as primeiras

equipas a encerrarem a sua participação na I Liga, atendendo à calendarização definida pela Liga Portuguesa de Fute-bol Profissional: Estádio Dr. Magalhães Pessoa, Leiria, sábado, dia 8, 19h15. Um jogo que colocará frente-a-frente duas equipas que já ‘não lutam por nada’ (Por-to será 3.º, longe do título e da Liga dos Campeões, e a U. Leiria não conseguirá o 5.º lugar e a qualificação Liga Europa), sendo que em caso de vitória dos leirien-ses, juntamente com uma conjugação de resultados que se traduzam em derrotas das equipas que estão imediatamente aci-ma na classificação, estes podem ainda aspirar, no máximo, ao 6.º lugar. Num ce-nário desfavorável, isto é, derrota com o Porto, a pior classificação com que poderá terminar a I Liga, será o 10.º lugar.

Também o Fátima poderá ficar a meio da tabela, no 7.º lugar, caso vença na deslocação a Chaves, ou, na pior das hipóteses, no 12.º. Um jogo que se prevê difícil, pois a equipa flaviense está obriga-da a vencer, para não descer à II Divisão. Ainda assim, e seja qual for o desfecho, a equipa fatimense conseguirá sempre a melhor classificação, visto ser esta a sua segunda participação na II Liga – em 2007/08 terminou em 16.º lugar (último) e desceu de divisão.

Pedro Jerónimo [email protected]

Ciclismo | LeiriaPasseio BTT

Decorrem as inscrições para o 2.º Passeio BTT, a realizar no dia 6 de Junho, na loca-lidade de Andrinos, Leiria, e com uma extensão de 30 quilómetros. Mais informa-ções e/ou inscrições através do e-mail [email protected] ou tele-fone 912 846 141.

Futsal | LeiriaTaça NacionalA equipa do C.R. Golpi-lheira, seniores femininos, iniciou da melhor forma a sua participação na Taça Nacional – prova onde se encontram todas as cam-peãs distritais –, com uma vitória (6-2) na recepção à A.D. Estação (Fundão). Se-gue-se novo jogo em casa – antecipado da 3.ª jornada –, frente ao C.D.C.C. Posto Santo (Angra do Heroísmo), dia 5 de Maio, 21h30, no Pa-vilhão da Batalha, e, a termi-nar a primeira volta, serie ‘C’, uma deslocação a Torres Novas, para defrontar o C.A Riachense, dia 9.

Futsal | Porto de MósInter-Associações

Leiria, Aveiro, Coimbra e Porto vão disputar o Torneio Inter-Associações Sub-17, feminino, dia 8 de Maio, no Juncal. A competi-ção inicia com o jogo Leiria x Coimbra, a partir das 10h15, no Pavilhão de Porto de Mós, prosseguindo com o Aveiro x Porto, 10h30, no Pavilhão do Juncal, e, no mesmo local, a final, pelas 17h30.

Natação | Um ficou em casa e o outro rumou à Marinha GrandeTroféu Cidade Caldas da Rainha‘Os Pimpões’, das Caldas da Rainha, e Desportivo Náutico da Marinha Grande (DNMG) foram os melhores colectivos, respectivamente nas categorias de absolutos e cadetes, no VII Troféu Cidade Caldas da Rainha, realizado nos dias 1 e 2 de Maio. DNMG e Benedita SCN, em absolutos, e Associação de Solidariedade Académico de Leiria e ‘Os Pimpões’, em cadetes, ocuparam, respectivamente, os restantes lugares do pódio. In-dividualmente, destaque para Tiago Gonçalo Ribeiro (‘Os Pimpões’), cujo desempenho valeu a qualificação para os campeonatos do mundo master, que vão decorrer em Oslo, Suécia, no mês de Agosto.

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Page 16: 4808#OMENSAGEIRO#06MAI

6MAIO2010ÚLTIMA Nós estamos caminhando para uma ditadura do relativismo que não reconhece nada como defi nitivo e tem comovalor máximo o ego e os desejos individuais. A Igreja precisa se opor às “marés de modismos e das últimas novidades.

(...) Precisamos nos tornar maduros nessa fé adulta, precisamos guiar o rebanho de Cristo para essa fé”.Joseph Ratzinger, no conclave, um dia antes de ser eleito Papa Bento XVI (18.04.2005)

PROGRAMA da VISITA a PORTUGAL11 de Maio, terça-feiraROMA8h50 – Partida de avião do Aeroporto Internacional Leonardo da

Vinci de Fumicino para Lisboa LISBOA11h00 – Chegada ao Aeroporto Internacional da Portela, Lisboa.

Acolhimento ofi cial. Discurso do Santo Padre.12h45 – Cerimónia de boas-vindas, frente ao Mosteiro dos Jerónimos.

Breve visita ao Mosteiro dos Jerónimos13h30 – Visita de cortesia ao Presidente da República, no Palácio

de Belém18h15 – Santa Missa no Terreiro do Paço. Homilia do Santo Padre.

Mensagem do Santo Padre comemorativa do 50º aniversário da inauguração do Santuário de Cristo Rei de Almada

12 de Maio, quarta-feira7h30 – Santa Missa, em privado, na Capela da Nunciatura Apos-

tólica10h00 – Encontro com o mundo da cultura, no Centro Cultural de

Belém. Discurso do Santo Padre12h00 – Encontro com o Primeiro Ministro, na Nunciatura Apos-

tólica15h45 – Despedida da Nunciatura Apostólica16h40 – Partida de helicóptero do Aeroporto Internacional da Portela

de Lisboa para FátimaFÁTIMA17h10 – Chegada ao heliporto no grande parque do novo Estádio

Municipal de Fátima17h30 – Visita à Capelinha das Aparições. Oração do Santo Padre18h00 – Celebração das Vésperas com sacerdotes, diáconos,

religiosos/as, seminaristas e agentes de pastoral, na Igreja da Santíssima Trindade. Discurso do Santo Padre

21h30 – Bênção das velas, na Capelinha das Aparições. Discurso do Santo Padre. Oração do Rosário.

13 de Maio, quinta-feira10h00 – Santa Missa na esplanada do Santuário de Fátima. Homilia

do Santo Padre. Saudações do Santo Padre.13h00 – Almoço com os Bispos de Portugal e com o Séquito Papal

no Refeitório da Casa de Nossa Senhora do Carmo17h00 – Encontro com as Organizações da Pastoral Social, na Igreja

da SS.ma Trindade. Discurso do Santo Padre18h45 – Encontro com os Bispos de Portugal no Salão da Casa de

Nossa Senhora do Carmo. Discurso do Santo Padre14 de Maio, sexta-feira8h00 – Despedida da Casa de Nossa Senhora do Carmo8h40 – Partida de helicóptero do heliporto de Fátima para o PortoGAIA9h30 – Chegada ao heliporto do Quartel da Serra do PilarPORTO10h15 – Santa Missa na Avenida dos Aliados. Homilia do Santo

Padre13h30 – Cerimónia de despedida no Aeroporto Internacional Sá

Carneiro do Porto. Discurso do Santo Padre14h00 – Partida de avião do Porto para RomaROMA18.00 – Chegada ao Aeroporto de Ciampino, Roma

Caros irmãos e irmãs: Venho mais uma vez

lembrar-vos a próxima visita do Santo Padre a Portugal. Ele vem sobre-tudo como peregrino do Santuário de Fátima tão querido ao nosso povo e a todo o mundo católico. Aqui somos nós, os dio-cesanos de Leiria-Fátima,

os primeiros anfitriões a receber tão ilustre e amado peregrino na sua qualidade de Sucessor do Apóstolo S. Pedro e Pastor universal da Igreja.

Queremos correspon-der à honra da sua visita acolhendo-o com júbilo, entusiasmo e afecto e unindo-nos em oração às

suas intenções pela Igreja e pelos anseios da humani-dade. É importante, nesta hora, darmos testemunho da Igreja unida ao Papa e solidária com ele.

Por isso, apelo do co-ração à vossa presença e participação pessoal nas celebrações de 12 e 13 de Maio, em Fátima, presidi-

das pelo Santo Padre. Não vos deixeis seduzir pelo comodismo de ver apenas pela televisão.

Grato pela vossa aten-ção a este meu apelo, en-vio a todos uma saudação cordial e amiga.

Leiria, 28 de Abril de 2010. † António Marto,

Bispo de Leiria-Fátima

O Coro Adulto do Santu-ário de Fátima animará as celebrações da Peregrinação Internacional Aniversária de Maio, nos dias 12 e 13, que este ano serão presi-didas por Sua Santidade Bento XVI.

Serão 80 vozes a cantar, a juntar às dos muitos mi-lhares de peregrinos que se espera que venham a aco-lher o Papa neste santuário nacional português dedica-do a Nossa Senhora.

Este coro, que tem a seu cargo a animação das principais celebrações no Santuário, tem como bases para o início da sua história a chegada à instituição, em meados dos anos 50, do organista Dr. Gregório.

“O primeiro e grande impulsionador da música litúrgica no Santuário, o Dr. Gregório, iniciou uma programação nova, mais actualizada. Em latim ou gregoriano, as celebrações de domingo eram animadas pelas vozes dos alunos dos seminários menores em Fá-tima e, nos dias 12 e 13, de Maio a Outubro pela Scho-la Cantorum do Seminário Maior de Leiria”, recorda o Padre Artur Oliveira, capelão do Santuário agora responsável pela área.

“Foi nessa altura que o Concilio Vaticano II intro-duziu a liturgia em língua vernácula. Começaram uns esboços de animação celebrativa das missas do-

minicais, com a ajuda de um grupo de voluntárias, entre as Servas de Nossa Senhora de Fátima e de empregadas do Santuário. O repertório era muito exíguo, de adaptações de língua estrangeira, foram-se preparando as colecções de cânticos, passando por dossiers, folhetos de vés-peras, etc.”, acrescenta o sacerdote.

O Padre Artur Oliveira, actual responsável pela secção de Música Sacra do Serviço de Pastoral Li-túrgica, iniciou em 1977 no Santuário o trabalho de ensaio e preparação de cantores. Em final dos anos 70, as vozes femininas eram preparadas em Fátima e as

masculinas no Seminário Maior de Leiria.

Na década seguinte foram recrutados alguns homens de Fátima para integrar este coro e assim nasce o coro misto do San-tuário de Fátima, ao qual, desde os anos 90, se asso-ciam nas peregrinações ani-versárias as vozes do grupo corais paroquiais de Ourém e Alburitel.

Este foi o coro que animou as celebrações do Cinquentenário do Santu-ário de Cristo Rei e tem alguns trabalhos editados, como “Cânticos Marianos do Santuário de Fátima” (2004), “Eu vi a cidade san-ta…” (2009).

Leopoldina Simões

Peregrinação do Santo Padre a Fátima

Apelo do Bispo Diocesano

Coro do Santuário nas celebrações em Fátima

QUEM ÉO PAPA?

A expressão Papa possivelmente provém do Latim “Papa”, (do grego παππας, uma palavra carinhosa para pai). Ele é o Bispo de Roma e, como tal, é o líder mundial da Igreja Católica ( Rito Latino e das Igrejas Orientais Católicas em plena comunhão com Roma).

O actual pontífice é o Papa Bento XVI, que foi eleito no conclave em 19 de Abril de 2005.

O cargo eclesiástico do papa é cha-mado de Papado, e a sua sede ecle-siástica de “Santa Sé” - Sancta Sedes em latim - ou “Sé Apostólica” - Soles Apostolica em latim - (Esta última com base no facto dos apóstolos São Pedro e São Paulo terem sido martirizados

de auxiliaram na propagação do cristianismo e a resolver di-versas disputas doutrinárias. Na Idade Média os papas desempenha-ram um papel importante na Europa Ocidental, muitas vezes, lutando com monarcas sobre amplos assuntos de igreja e estado. Actualmente os papas têm papel importante no diálogo in-ter-religioso, nas acções de caridade e a defesa dos direitos humanos.

A Igreja Católica reconhece que

Jesus designou São Pedro, como “pas-tor” e “rocha” da Igreja. Declarações oficiais, colocam a situação dos Papas no Colégio dos Bispos como uma si-tuação análoga à realizada por Pedro no colégio dos apóstolos, dos quais o Colégio dos Bispos, uma entidade distinta, é o sucessor.

em Roma). O papa também é o Chefe de Es-tado da Cidade do Vaticano.

Os papas na Antiguida-de auxiliaram na propagação