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4A - AULA 11 O MUNDO ROMANO I Prof. Alexandre Cardoso

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4A - AULA 11

O MUNDO ROMANO I

Prof. Alexandre Cardoso

Roma

A aldeia que virou Império

História Política de Roma:

Monarquia (Realeza) (753a.C. – 509a.C.)República (509a.C. – 27a.C.) Império (27a.C. – 476d.C.)

A civilização romana selocalizou na parte continental pelapenínsula Itálica e na parte insularpelas ilhas de Córsega, Sardenha eSicília banhada pelos maresMediterrâneo, Tirreno, Adriático eJônico.

O povoamento se deu pelosindo europeus, por volta de 2000a.C., na mesma época que se deuo povoamento da Grécia.Os principais povos foram:a) Italiotas ou Itálicos (latinos,sabinos, úmbrios, samnitas,volscos)b) Cartaginesesc) Gregosd) Etruscose) Gauleses

Geografia e Povoamento

A fundação de RomaOrigem Mitológica

Enéias – Lácio (Latium) – seufilho Ascânio - fundou Alba Longa– Amúlio – Numitor.

Segundo essa versão Roma foifundada entre 754 a.C. e 753 a.C.,pelos irmãos Rômulo e Remo.Esses irmãos gêmeos foram frutodo relacionamento entre o DeusMarte e a mortal Réia Silvia. Após oparto eles foram abandonados eamamentados por uma loba,criados por um casal de pastores,quando adultos regressam àsproximidades de Roma fundando atal cidade.

A fundação de RomaOrigem Histórica

- Historiadores acreditam que Roma foifundada pelos etruscos.- Outros historiadores firmam que Romase originou de algumas aldeias depastores que se uniram para se protegerda invasão de outros povos.(Latinos e Sabinos construíram um forteàs margens do Rio Tibre).- Outros afirmam que os Etruscosinvadiram Roma no período monárquicoDurante o período monárquico Romateria sigo governada por sete reis(4 Latinos e Sabinos e 3 últimos deorigem Etrusca.

Etruscos.Origem misteriosa.Viviam na região da Etrúria (região próxima do Mar Tirreno, Apeninos, Rio Tibre e Rio Arno).Heródoto afirmou serem originários da Lídia e estabeleceram-se na Península Itálica (séc. VIII a.C.).- Latinos chamavam os estruscos de etrusci ou tusci (origem da Toscana).-Fundaram várias cidades (Voltera, Vetulônia, Arezzo, Tarquínia, Perúgia, Orvieto, Cortona...)-Cada cidade era independente, sendo governada por um rei (Lucumona) – detinha todos os poderes.

Etruscos.- Agricultura avançada (canais de irrigação).- Comércio ativo, atividade industrial, sociedade de classes, mulheres gozavam de plena igualdade social com os homens, extremamente religiosos, politeístas, faziam sacrifícios humanos às divindades, artes com influência grega (depois influenciaram os romanos), alfabeto etrusco veio do grego (escrita nunca foi traduzida e idioma desconhecido).- Enfraquecimento etrusco após ascensão dos latinos e invasões dos celtas (séc.IV a.C.)

A Roma Monárquica (753 – 509 a.C.)

Estrutura Política

Segundo a tradição Roma tevesete reis, (4 latinos e sabinos e 3etruscos) sendo o primeiro Rômulo eo último Tarquínio, o Soberbo.

O rei não tinha autoridadeilimitada, era fiscalizado peloConselho dos Anciãos - Senado(formado por ilustres patrícios).

Neste período a base daorganização social era a GENS

[1] Durante a Monarquia Roma foi invadida pelos etruscos porisso os três reis de origem etrusca.

Gens, genos ou comunidade gentílica.

Famílias identificadas por laços de sangue ou laços religiosos.

Organização igualitária.- Não havia propriedade privada da terra.

-Liderança – Pater- família (Patriarca).-Base econômica: Exploração de terras coletivas e

Pecuária.

GENS - CRISE.

Crescimento populacional.Falta de Terras.

- Surgiram as desigualdades sociais.-TERRA – na mão dos Patriarcas (Pater) – origem da

Aristocracia Romana.-Patrícios – Poder Econômico (melhores terras) e Poder Político (membros do Conselho dos Anciãos - Senado).

A Roma Monárquica (753 – 509 a.C.)Estrutura social

a)Patrícios: Eram os cidadãos (poder econômicoe político) - donos das terras romanas, queoriginou a aristocracia patrícia, a elite rural epolítica (Conselho do Anciãos).Originalmente os descendentes diretos dopater familias.

b)Clientes: Ligados à uma família patrícia,subordinados ao seu patrono, devendo segui-lo na política e na guerra, assumiam tambémobrigações econômicas.

c)Plebeus: Livres, porém sem direitos políticos.Possivelmente se originaram dos parentesmais distantes do pater-familia e dos povosdominados por Roma, eram camponeses,artesãos, comerciantes. Eram a grande maioriada população.

d) Escravos: Prisioneiros de guerra, consideradosinstrumentos de trabalho, sem nenhum direitopolítico. Escravismo foi uma atividade compouca expressão durante a Monarquia.

a

b

c

d

Em 509 a.C. ...

Uma revolta patrícia depôs o último rei Etrusco de Roma...

A República Romana (509 - 27 a.C.)

A República Romana (509 - 27 a.C.)

Estrutura Política: Os magistrados romanos detinham o poder executivo e eram eleitos anualmente.

- CÔNSULES (2) eleitos anualmente pela Assembleia Centuriata, presidiam o Senado e tinham funções administrativas e militares.

- Em caso de grave crise interna, era escolhido um DITADOR, com poderes absolutos, pelo prazo de 6 meses. A designação era feita pelos CÔNSULES.

- PRETORES – eleitos pela Assembleia Centuriata. Responsáveis por decidir as contendas entre cidadãos romanos (praetor urbanus); cidadãos romanos e estrangeiros ou estrangeiros entre si (praetor peregrinus).

A República Romana (509 - 27 a.C.)

- CENSORES – eleitos pela Assembleia Centuriata, promoviam o censo da população, classificando-a de acordo com a renda anual de cada um. Preparavam a lista de senadores (eram escolhidos) e cuidavam da moralidade pública.

- EDIS – eleitos pela Assembleia Tribunícia, encarregados da conservação da cidade, abastecimento, policiamento.

- QUESTORES – eleitos pela Assembleia Tribunícia, eram cobradores de impostos. Estavam sob a autoridade dos CÔNSULES.

- TRIBUNOS – patrícios representantes da plebe. Convocavam os concílios e os comícios-tributos e, diante dessas assembleias populares apresentavam propostas de caráter político, administrativo e militar. Poder de veto sobre questões que prejudicassem plebeus.

A República Romana (509 - 27 a.C.)

- SENADO – Assembleia de notáveis. Composto por 100 membros na origem, 300 no fim do período monárquico, 600 do tempo de Sila, 900 no tempo de César. De início os senadores eram recrutados entre os patrícios. (A plebe só teve acesso ao Senado a partir do século IV a.C.).

- Mandato era vitalício, eram escolhidos pelos censores entre ex-magistrados e os que haviam se destacado na guerra.

- Decidiam o comando e recrutamento de tropas, autorizavam despesas, dirigiam a política exterior, preparavam as leis com os cônsules, administravam as províncias.

- Nas insígnias de guerra, edifícios públicos e nos atos oficiais figuravam 4 letras SPQR

SPQRSenatus Populusque

Romanus"O Senado e o Povo

Romano".

Assembleias...

CURIATA – importante na Monarquia e sem importancia naRepública (só funções religiosas).

CENTURIATA – mais importante da República. Consistia nareunião do exército no Campo de Marte.

Elegia os cônsules, censores, pretores e votava leis.

Os cidadãos estavam divididos em cinco classes de acordo com a suariqueza. Patrícios – maior número de centúrias.

TRIBUNÍCIA – formada pelas tribos de Roma. 35 tribos (31 rurais e4 urbanas). Cada tribo tinha um voto. A divisão das tribos não sebaseava na riqueza de seus membros. Plebeus geralmente inscritos nastribos urbanas e Patrícios inscritos nas rurais. Também votava leis.Elegia os edis e questores.

494 a.C. - Revolta do Monte Sagrado – plebe passou a ter o direito de eleger um patrício para Tribuno da Plebe –poder de veto sobre questões que prejudicassem plebeus.

450a.C. - Lei das Doze Tábuas – Primeiras Leis Escritas.

367a.C. -Lei Licínia – abertas as portas da magistratura aos plebeusenriquecidos.

445 a.C. - Lei Canuléia – casamento entre Patrícios e Plebeus.

Lutas Sociais – grandes diferenças entre patrícios (pater) e os plebeus (multidão).Patricios – controlavam as instituições políticas.Plebe – se revoltou.

Expansão Territorial

Expansão Interna: A conquista territorial romana começou napenínsula Itálica. Lutou contra Etruscos, Gauleses, Gregos.

Expansão Externa: Ao dominarem a península Itálica, os romanospassaram a desejar outros territórios, o primeiro deles foi Cartago no norteda África, a guerra dessa conquista chamou-se Guerras Púnicas (264 a.C –46 a.C.), após três guerras, Roma dominou Cartago tornando-se umagigantesca potência comercial no mar Mediterrâneo.

A expansão romana seguiu para a península Ibérica, Grécia, Gáliae Oriente, depois de séculos de conquista Roma dominou toda a orla doMediterrâneo, chamando-o de Mare Nostrum, ou seja, nosso Mar.

EXPANSIONISMO TERRITORIAL

Expansão Territorial - Consequências

- Expansão mercantil-manufatureira.

- Nova classe de comerciantes e militares enriquecidos com as guerras(homens novos ou cavaleiros da ordem equestre).

-Grande afluxo de riquezas para Roma.

-Ruína dos pequenos e médios proprietários (concorrência dos latifúndiostrabalhados por escravos).

-Êxodo rural – gerando a proletarização da plebe.

-Declínio moral – divórcio torna-se frequente.

-Aumento da escravidão.

ESCRAVOS.

Em geral prisioneiros de guerra.

Dívidas (até 326 a.C.)

Comércio de Escravos (pirataria).

Filho de uma escrava era escravo

(mesmo que o pai fosse livre)

Tratamento de acordo com a

origem e atividade.

Não eram cidadãos (A libertação era possível, porém o libertonão se tornava cidadão) – sem direitos políticos.

Senhor tinha poder de vida e de morte sobre o cativo.

Spartacus ou Espártaco – 73a.C. – 71a.C.líder de 200 gladiadores, revoltou-se em Cápua.

Tentativas de Reformas: os irmãos Graco.

Tibério Graco – exerceu seu primeiro Tribunato em 133a.C.- Seu principal objetivo era realizar uma reforma agrária limitando

a posse de terras públicas (ager públicus) por particulares.

Caio Graco – Lei frumentária – venda de trigo a preços baixos às populações pobres.

Fundação de Colônias, com concessão de terras (Cápua, Tarento, Cartago e Corinto).

Tentou estabelecer o direito da cidadania romana a todos os itálicos.

República Romana entrou em crise – guerra civil.

4A - AULA 12

O MUNDO ROMANO II

Prof. Alexandre Cardoso

Crise da República RomanaGeneral Mário – homem novo, líder da plebe.Reelegeu-se cônsul seis vezes.Governou para a plebe e para os cavaleiros.

General Sila – Governou para os patrícios.

Final da República (60a.C.):

Primeiro Triunvirato – Pompeu (Espanha), Crasso (Oriente) e Júlio César (Gália).Crasso morreu na Síria, Cesar e Pompeu lutaram pelo poder único.Cesar venceu na Batalha de Farsália.Pompeu fugiu para o Egito – assassinado pelos ministros do faraó Ptolomeu.Cesar – Ditador (assassinado em 44a.C.)Obras públicas, ordem nas finanças, proibiu o abuso do luxo, obrigou proprietários a empregar homens livres, fundou colônias, unificou o mundo romano estendendo a cidadania para os habitantes da províncias.

Crise da República Romana

Líderes do Senado – Brutus e Cássio – vencidos por Marco Antonio e Otávio (Batalha de Filipos na Grécia).

Segundo Triunvirato – Marco Antônio (Ásia), Lépido (África) e Otávio (Europa).

Otávio venceu Marco Antônio na Batalha de Áccio.

Conquista o Egito, torna-se o senhor absoluto de Roma e seuprimeiro imperador.

Império Romano ( 27 aC – 476 dC ) - Fase de grande prosperidade econômica e comercial, mas também de problemas administrativos – o território cresceu mais que a capacidade de seus governantes controlarem

a imensa área.

OTÁVIO

• Augusto – divino.

• Princeps – primeiro cidadão e líder do Senado.

• Imperator – maior autoridadedo exército romano.

• Pontífice Máximo – autoridade religiosa.

Império Romano ( 27 aC – 476 dC ) - Fase de grande prosperidade econômica e comercial, mas também de problemas administrativos – o território cresceu mais que a capacidade de seus governantes controlarem a imensa área.

Governou de 27a.C. a 14d.C.

- Controlou o Senado.Ampliou as conquistas e fortaleceu

o Império.- Inaugurou a Pax Romana –

período de paz e prosperidade.

- Política do Pão e Circo

- Guarda Pretoriana

Guerra dos Cem Anos

Império - Dinastias

14 a 68 d.C. Dinastia Júlio-Claudiana

Imperadores de origem patrícia e pertenciam à família de Otávio. Governos marcados por

traições, corrupção e terror.

Tibério

Nero

Calígula

Cláudio

69 a 96 d.C. Dinastia Flaviana ou dos Flávios

Imperadores originários de plebeus ricos. Governos tranquilos e marcados pela

reestruturação das atividade econômicas e do exército.

Vespasiano

Domiciano

Tito

96 a 192 d.C. Dinastia Antonina

Período conhecido como a “Idade do Ouro” do Império. Essa dinastia aumentou os

domínios imperiais e promoveu o desenvolvimento cultural.

Trajano Nerva

Adriano

Tito

Marco Aurélio

Antonio Pio

Cômodo

5A - AULA 13

O MUNDO DOS ROMANOS

Prof. Alexandre Cardoso

193 a 235 d.C. Dinastia dos Severos

Imperadores de origem síria. Governos marcados por invasões de povos estrangeiros

e perda do controle econômico.

Caracala Sétimo Severo

Hélio-gábalo Alexandre Severo

Crise do Império

Desenvolvido por Marcos Pizzolatto

Fim das Conquistas Crise Escravista

Dificuldade em Proteger As Fronteiras

Aumento de ImpostosEmissão de Dinheiro

Difusão do Cristianismo

Invasões Fuga para o Campo

CRISESÉCULO

III

ImpérioReformadores

Desenvolvido por Marcos Pizzolatto

DioclesianoDivisão do império em quatro – TetrarquiaEdito Máximo (301) controlar a alta dos preços e saláriosPerseguiu Cristãos

ConstantinoCapital : (330) Constantinopla (Bizâncio)Legalizou o cristianismo (313) – Edito de Milão

Teodósio(395)Império Oriental (Constantinopla) Império Ocidental (Roma)

Baixo Império 285 - 476

Bárbaros

• Povos estrangeiros que não haviam sido conquistados pelos romanos.

Bárbaros

• Não falavam latim.

Bárbaros

• Não conheciam a cultura romana.

Bárbaros

• A cultura e a religião dos bárbaros não eram aceitas pelos romanos.

Cultura dos Bárbaros – Cultura Germânica

• Os invasores do Império Romano do Ocidente eram formados por diferentes povos.

• Exemplos: Ásia - Hunos

• Ásia - Hunos

Átila

• Ásia - Hunos

leste Europeu - Eslavos

Maioria do norte da Europa - chamados genericamente GERMÂNICOS.

Eram subdivididos em VISIGODOS, OSTROGODOS, BURGÚNDIOS, VIKINGS, VÂNDALOS, SUEVOS, LOMBARDOS, ANGLOS, SAXÕES, ALAMANOS, FRANCOS...

visigodos

ostrogodos

Rei Teodorico

burgúndios

vikings

Vândalos e Suevos

lombardos

anglos

saxões

alamanos

francos

Reinos bárbaros – entre os séculos III e V

Crescente Fértil

ORIENTE

Legado Cultural

Imperadores de origem síria. Governos marcados por invasões de povos estrangeiros

e perda do controle econômico.

Religião – politeísmo

Influência grega.

Gregos – Romanos

Zeus – JúpiterAtena – Minerva

Ares – MarteAfrodite – VênusDionísio – Baco

Posêidon – Netuno

Rituais domésticos

Fogo Sagrado

Deuses protetores –Lares.

Penates – protetores dos bens da famíliae alimentos

Rituais públicos:

Deus protetor.

Magia.

Bruxaria

Superstição

Festas populares:

Para homenagearseus deuses

Divinização do Imperador

Cristianismo

De ilegal a oficial

O cristianismo nasceudurante o reinado de Augusto,primeiramente foi a população pobreque cultuava essa religião monoteísta,reuniam-se em catacumbas, e eramperseguidos. Com o passar do tempo ocristianismo, ganhou liberdade religiosa(Edito de Milão – 313), e se tornou areligião oficial do Estado (391),transformando-se em um dos aparatosde controle social.

Latim – Língua oficial – origem do português, inglês, espanhol, francês

Obras literárias.

Valorização da História – “Mestra da vida”.

Lus Civile – Direito Civil.Lus Gentium – Direito dos Povos.

Lus Naturale – Direito Natural.

Arquitetura Romana

ColiseuFórum romano

Herança Arquitetônica

A esquerda Arco de Tito em Roma (78 –81 d.C.)A direita Arco do Triunfo em Paris (1811)

Herança Arquitetônica

Aqueduto em Istambul, Turquia

Herança Arquitetônica

Aqueduto na França

Herança Arquitetônica

Aqueduto em Portugal