CONTEÚDO DA AULA DE 16.03.12

RESUMO DA 1a., 2a. e 3a. AULAS PARA A 1a. AVALIAÇÃO SEMESTRAL

EXEMPLOS DE PROJETOS DE DISTRIBUIÇÃO DE LUMINÁRIAS E DE

DIMENSIONAMENTO DE ABERTURAS EM AMBIENTES INTERNOS.

Conceitos de Iluminação Natural e Iluminação Artificial em Arquitetura.

Denomina-se Iluminação Natural toda a luz proveniente do Sol, representada pelos raios solares diretos ou indiretos de mesma distância, sendo estes retransmitidos pelo céu, pelas nuvens, pela vegetação, pelos edifícios, entre outros elementos presentes na superfície terrestre, sejam estes elementos edificados ou não.

- Quanto aos aspectos da abóbada celeste, adota-se as seguintes características:

- Céu Claro: até 30% oculto por nuvens; - Parcialmente nublado: de 30 a 70% oculto por nuvens; - Nublado: mais de 70% oculto por nuvens; - Encoberto: 100%.

- Quanto ao Conforto Visual:

A iluminação é um dos mais importantes fatores a se levar em conta na definição do ambiente interior das construções, não só para garantir a visibilidade no espaço interno das mesmas, mas também para assegurar a realização adequada, segura e confortável das atividades cotidianas nestes espaços, proporcionando assim, conforto visual para o desenvolvimento das suas tarefas visuais com o máximo de precisão visual, com o menor esforço, com menor risco de prejuízos à visão e também para evitar riscos de acidentes de trabalho.

- Requisitos necessários para a ocorrência adequada de iluminação natural nos ambientes internos de uma edificação:

- iluminância suficiente;- boa distribuição de iluminâncias;- ausência de ofuscamento;- contrastes adequados (proporção de iluminâncias);

- O correto aproveitamento da iluminação natural nos edifícios pode contribuir para:

- a eficiência energética;- o conforto visual; - o bem estar dos ocupantes.

- As principais vantagens da iluminação natural são:

1) o fato de utilizar uma fonte de energia renovável e gratuita;

2) a capacidade que um bom projeto de iluminação tem de cumprir o requisitos de iluminação de pontos localizados no interior dos compartimentos;

3) o grande potencial de iluminação, sem necessidade de energia elétrica auxiliar, em edifícios de utilização diurna (escolas, edifícios comerciais, de serviços e industriais) pois, há de 60% a 90% do total de horas de luz natural disponíveis por dia;

4) a sustentabilidade econômica;

5) a eficácia luminosa da luz natural.

A Iluminação Artificial.

Para a iluminação artificial é necessário considerar cada componente do sistema (lâmpadas, luminárias, reatores) que a constitui.

A eficiência do sistema de iluminação artificial adotado no projeto luminotécnico depende do desempenho particular de todos os elementos envolvidos.

Existem diferentes tipos de lâmpada para as diversas aplicações.

Para utilização no interior e exterior de edifícios, as lâmpadas podem ser classificadas em dois grupos através da:

- irradiação por efeito térmico (incandescentes); - descarga em gases e vapores (fluorescentes, fluorescentes compactas, vapor de mercúrio, de sódio, etc.).

- As lâmpadas incandescentes.

As lâmpadas incandescentes são as mais comuns, têm um custo inicial baixo e uma vida útil curta (1000 a 2000 horas). Quanto aos tipos de lâmpadas incandescentes, estas são classificadas em três tipos:

- incandescentes comuns;- refletoras (espelhadas) e - de halogêneo.

- As lâmpadas fluorescentes.

As lâmpadas fluorescentes são em geral de forma tubular, com um eletrodo (reator) em cada extremidade, contendo vapor de mercúrio a baixa pressão. As suas principais vantagens são a boa eficiência luminosa (quatro a seis vezes maior do que as incandescentes) e vida útil alta (6000 a 9000 horas). Quanto aos tipos de lâmpadas fluorescentes, estas são classificadas em:

- fluorescentes tubulares comuns;- fluorescentes compactas.

Conceitos das Grandezas Fotométricas utilizadas em Projetos Luminotécnicos.

As grandezas descritas a seguir são elementos importantes para o desenvolvimento do projeto de iluminação natural ou artificial.

As grandezas relativas a iluminação natural são a luminância e o contraste.

Em relação às grandezas relativas a iluminação artificial, estas são o fluxo energético, o fluxo luminoso, a intensidade luminosa, a eficiência luminosa, a iluminância, o índice de reprodução da cor e a temperatura da cor.

Grandeza

Nome Símbolo Significado Unidade

Fluxo

luminoso

Componente do fluxo radiante que gera uma resposta visual.

Esfera de Ulbricht: a fonte luminosa é colocada dentro de uma grande esfera, cujo o interior é pintado de branco perfeitamente difusor. Mede-se a iluminância produzida pela luz difusa através de uma pequena abertura, protegendo os raios que saem diretamente da fonte, esta iluminância é proporcional ao fluxo luminoso emitido pela fonte.

Eficiência

Luminosa

É a razão entre o fluxo luminoso "" produzido por uma fonte e a potência "P" consumida.

A eficiência luminosa é deduzida juntamente com a medição do fluxo luminoso com a esfera de Ulbricht, medindo-se a potência consumida pela fonte luminosa e seus equipamentos auxiliares, através de um wattímetro.

Intensidade

Luminosa

É o fluxo luminoso "" emitido por uma fonte numa certa direção, dividido pelo ângulo sólido "", no qual está contido.

cd

Banco fotométrico: a fonte luminosa em exame é comparada com uma fonte de intensidade conhecida. No caso de aparelhos de iluminação, a medição é feita por meio de um fotogoniômetro: uma célula fotovoltaica gira em volta do aparelho e mede a intensidade luminosa emitida em todas as direções.

Iluminância

É o fluxo luminoso incidente "" numa dada superfície, dividida pela área "A"da mesma.

lux Luxímetro: é formado por uma fotocélula que transforma a energia luminosa em energia elétrica, indicada por um galvanômetro cuja a escala está marcada em lux.

Luminância

É a intensidade luminosa "I" (de uma fonte ou de uma superfície iluminada) por unidade de área aparente "A'" numa dada direção.

Luminancímetro: aparelho que reproduz a imagem da superfície projetada e cuja a luminância deve ser medida. A energia elétrica produzida pelo fotosensor é ampliada e medida por um galvanômetro calibrado em candelas por m2.

Como medir

P

I

AE

I

E

L

lm

W

lm

2m

cd

'A

IL

Resumo das Grandezas Fotométricas referentes à Iluminação.

Propriedades Óticas de diversos Materiais.

Tabela de Refletância das Cores nos Ambientes.

Os Tipos e as Classificações das Aberturas utilizadas em Edificações para proporcionar Iluminação Natural no interior dos

ambientes.

Quanto aos Tipos de Aberturas utilizadas em Edificações para proporcionar Iluminação Natural no interior dos ambientes, estas são classificadas em:

- Poço de Luz;- Duto Solar;- Clarabóia;- Zenital;- Lanternim;- Átrio;- Palas Refletoras;- Componentes Prismáticos;- Domus;- Translúcidas;- Hemisféricas.

A Classificação das Aberturas utilizadas em Edificações para proporcionar Iluminação Natural no interior dos ambientes.

Quanto à Classificação das Aberturas utilizadas em Edificações para proporcionar Iluminação Natural no interior dos ambientes, estas são classificadas quanto à sua:

- Função;- Tamanho;- Forma;- Posição;- Altura;- Orientação;- Controle.

À FUNÇÃO:

- para iluminação natural;

- para ventilação natural;

- para iluminação natural e proporcionar visão;

- para captação do calor solar (aquecimento);

- para distribuição de calor.

AO TAMANHO:

- Aberturas Pequenas (Janelas com folhas Basculante ou Pivotante): menor ou igual à 0.80 m2;- Aberturas Médias (Janelas com folhas de Correr): variam entre 01.00 à 04.00 m2;- Aberturas Grandes (Janelas com folhas de Correr ou Painéis Fixos de Vidro): acima de 04.00 m2.

À FORMA:

- Horizontais: a razão largura/altura é a de 2:1;- Verticais: a razão largura/altura é a de 1:2.

À POSICÃO:

- Centrais;- Laterais.

À ALTURA (do nível do Piso Acabado à base da Abertura):

- Altas: a 01.80 m. do nível do piso acabado;- Intermediárias: a 01.00 m. do nível do piso acabado;- Baixas: a de 0.40 m. do nível do piso acabado – apenas para ventilação.

À ORIENTAÇÃO:

- Voltadas à Norte, Sul, Leste e Oeste.

AO CONTROLE DAS FOLHAS DE ABERTURA:

- Fixas e Móveis (para as Móveis, estas podem ser manuais ou motorizadas).

EXEMPLOS DE PROJETOS DE DISTRIBUIÇÃO DE LUMINÁRIAS EM

AMBIENTES INTERNOS

Exemplo de como calcular as áreas mínimas das aberturas para os ambientes internos de uma residência.

- Ambientes Transitórios:

- Sala de Estar: 25.00 m2; - Sala de Jantar: 20.00 m2; - Cozinha: 16.00 m2; - Área de Serviço: 06.00 m2; - Banheiro: 04.50 m2.

- Ambientes de Permanência Prolongada:

- Dormitório Casal: 12.00 m2; - Dormitório Filho: 09.00 m2;

Obs.: para ambientes transitórios = 1/8 da Área do Piso.Para ambientes de permanência prolongada = 1/6 da Área do Piso.

Planta – Luminotécnica (Espaço Empresarial / Institucional)