50 anos da ida à Lua: será trampolim para Marte · 2019-07-22 · regresso de astronautas à Lua....

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50 anos da ida à Lua: agora será trampolim para Marte A NASA tem um calendário para voltar a levar astronautas à Lua e daí chegar a Marte P2/6

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Page 1: 50 anos da ida à Lua: será trampolim para Marte · 2019-07-22 · regresso de astronautas à Lua. O caminho até 2030 Em Dezembro de 2017, Donald Trump anunciou uma nova estraté-

50 anos da idaà Lua: agoraserá trampolimpara MarteA NASA tem um calendáriopara voltar a levarastronautas à Lua e daíchegar a Marte P2/6

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A Lua comotrampolimpara Marte

A NASA tem um calendário (bastanteapertado) para voltar a levar astronautasà Lua e usar o nosso satélite naturalcomo uma "rampa de lançamento" paraMarte. E não é a únicaTeresa Sofia SerafimHá 50 anos, quando o foguetão Satur-

no V descolava e levava Neil Arms-

trong, Edwin Aldrin e Michael Collinsem direcção à Lua, Richard Weisssustinha a respiração numa sala de

lançamento do Centro Espacial Ken-

nedy, nos Estados Unidos. "Estava

completamente compenetrado e nãoestava sozinho: havia um silêncio demorte na sala" , recorda agora o enge-nheiro aeroespacial com 72 anos,que esteve na equipa de testes do

primeiro andar do Saturno V para a

missão Apoio 11. "Ver o momento do

lançamento foi uma honra e algoabsolutamente inacreditável", assi-

nala no documentário Apoio 11: Os

Ficheiros Esquecidos, que se estreia

hoje, às 21h, no Discovery Channel.

Poucos dias depois do lançamento,a 20 de Julho de 1969, Neil Armstronge Edwin Aldrin conseguiam o feito deserem os primeiros seres humanos aalunar e a pisar o solo da Lua no dia

seguinte. Passados 50 anos, RichardWeiss destaca que o nosso interessena Lua foi ficando "mais inteligente"através do conhecimento que fomos

adquirindo. "Há coisas que consegui-mos fazer na Lua que não consegui-mos fazer na Terra [a nível científico] .

E a Lua é uma rampa de lançamentose quisermos ir para outro planeta",diz ao PÚBLICO por telefone. O outroplaneta é Marte.

Ao todo, entre 1969 e 1972, as seis

missões do programa Apoio levaram12 homem à Lua. Desde então, mais

nenhum ser humano voltou a pisaro solo lunar. Mas não têm faltado

intenções.Recuemos a 2004. Nesse ano, Geor-

ge W. Bush, então Presidente dos EUA,anunciou o programa Constelaçãopara pôr na reforma três vaivéns espa-ciais, por um lado, e, por outro, cons-truir os foguetões Ares, a cápsulaOrion (onde seguiriam os astronautas)e o módulo de alunagem Altair, o quepermitiria aos norte-americanosregressarem à Lua até 2020. Quandoeste objectivo fosse alcançado, Marteseria o próximo destino.

Em 2010, Barack Obama recuou na

concretização desses planos do seuantecessor na Casa Branca e apostou,em conjunto com o sector privado, no

desenvolvimento de um foguetão - o

Space Launch System - e da Orion

para transportar astronautas para láda órbita da Terra. Os maiores proble-mas apontados ao Constelação foramo elevado custo, atrasos na sua con-

cretização e a possibilidade de deixaros EUA demasiado dependentes daRússia no acesso à Estação EspacialInternacional devido ao foco no

Superfíciede Martefotografadapelo robôCuriosity, daNASA, quechegou aoplanetavermelhoem 2012

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regresso de astronautas à Lua.O caminho até 2030Em Dezembro de 2017, DonaldTrump anunciou uma nova estraté-

gia para o espaço, a Directiva de Polí-tica Espacial 1, que começou por tero objectivo de enviar norte-america-nos para a Lua em 2028 e criar alicer-

ces para enviar humanos para Marteou até mais longe.

Em Março deste ano, o prazoencurtou-se e a Administração de

Trump anunciou que pretende levara primeira norte-americana à Lua e o

primeiro norte-americano ao Pólo Sul

da Lua já em 2024, seguindo-se "uma

presença permanente" no nosso saté-

lite natural em 2028.

Jim Bridenstine, o administradorda NASA, referiu que a meta de 2024impedirá que a discussão política des-

te assunto se arraste no tempo, segun-do o site da revista Nature. Afinal, se

voltar a ser reeleito, Donald Trumpficará na Casa Branca até Janeiro de

2025, o que significa - caso se cum-

pram os prazos - que o regresso à Luaaconteceria durante a sua presidên-cia. Numa declaração ao Senado a

propósito das comemorações da Apo-lo 11, Jim Bridenstine voltou a reforçaresta semana: "Estamos a construiralgo a longo prazo. Começaremos porir para a Lua, ficaremos por lá [commódulos, robôs, roverse humanos] e

depois iremos para Marte."Para regressar à Lua, a NASA criou

o programa Commercial LunarPayload Services, uma parceria comnove empresas privadas para enviarnovos instrumentos científicos e tec-

nologia para a Lua, e o programaÁrtemis (irmã de Apoio e deusa daLua na mitologia grega), que já temsete missões espaciais agendadas.

Para este último programa, têmestado a ser desenvolvidos a cápsulaOrion - sobrevivente do programa deBush - e o foguetão que a transporta-

rá, o Space Launch System.No calendário do Ártemis, o pri-

meiro lançamento da Orion atravésdo Space Launch System será já em2020. Este primeiro voo de teste não-

-tripulado será uma forma de"demonstrar" a capacidade de enviara cápsula para a órbita da Lua e voltar,assinala a agência espacial. Já em 2022

- na Ártemis 2 - o objectivo será lan-

çar a Orion com astronautas e pô-la àvolta da Lua. Também se espera queem 2022 seja lançado, num foguetãoprivado, o primeiro módulo para a

propulsão e energia da PlataformaOrbital Lunar - Gateway, uma futura

estação espacial internacional emórbita do satélite natural da Terra.

Um ano depois, os astronautas visi-

tarão a Gateway. E o grande ano de

regresso à Lua será em 2024, quandoos astronautas atracarem na Gatewaye depois seguirem para o satélitenatural. "O propósito da Gateway éser uma paragem antes da chegada àLua e depois para Marte", diz à BBCPete McGrath, director de marketingda divisão de exploração espacial da

Boeing, a maior empreiteira do SpaceLaunch System.

Na apertada agenda da NASA, espe-ra-se que a partir de 2026 - nas Árte-mis 4, 5, 6 e 7 - os astronautas come-cem a fazer expedições a bordo da

Gateway e na superfície lunar. Tudoisto para que em 2028 a presençahumana na Lua seja sustentável e nadécada de 2030 seja possível replicara presença da Lua em Marte.

Sobre estes prazos, Richard Weissnão tem dúvidas: "2024 é facilmente

alcançável. Com aquilo que sabemos

agora, faz que tudo tenha menos ris-cos." Mesmo assim, as dificuldadesnão são apenas técnicas, mas também

políticas e financeiras. Em Maio, a

Casa Branca propôs ao Con- "?

gresso 1600 milhões de dólares adi-cionais (dos iniciais 21.000 milhõesinicialmente pedidos) para o orça-mento da NASA de 2020, de forma afinanciar o regresso à Lua. Nos próxi-mos cinco anos, o Ártemis deverácustar entre 20.000 milhões e 30.000milhões de dólares.

Mas, como salienta a revista Natu-re, parece haver "um desinteresse do

Congresso para pagar esta missão à

Lua", pois a Câmara dos Represen-tantes (controlada pelos democratas)não aprovou esse aumento. "Este tipode programas é extremamente caroe depende da vontade política. NoApoio havia um apoio e interessebipartidário", assinala à BBC TeaselMuir Harmony, historiadora espacialdo Museu Smithsonian da Aeronáuti-

ca e do Espaço, em Washington. Já a

agência Reuters frisa que o regressodo ser humano à Lua está dependen-te do trabalho em conjunto da NASAcom empresas privadas como a Spa-ceX ou a Blue Origin, que tambémpretendem ganhar dinheiro com a idaà Lua através do turismo espacial.

China à espreitaTambém Richard Weiss destaca ocontributo da Blue Origin - que anun-ciou que irá fazer voos comerciais não

tripulados até à Lua a partir de 2024- e da Space X - que lançou o veículo

espacial Crew Dragon. Para ele, oconhecimento dos lançamentos des-

tas empresas e a experiência da NASA

(algo que a China não tem) permitirãoque os humanos regressem à Lua. Asonda israelita Beresheet (que falhoua alunagem) já foi construída pelaempresa privada SpacelL.

"Acho que [o financiamento] devia

aumentar, mas não sei se o resto dopaís pensa o mesmo. É sempre umacompetição por escassos recursos",considera Richard Weiss.Além de os prazos apertados estaremsubordinados à (possível) estada de

Trump na Casa Branca, há a pressãoda China, que tem feito progressosnas missões espaciais nos últimos

tempos e pretende levar astronautasa Marte em meados da década de2030. No início deste ano, a Chinatornou-se o primeiro país a pousarum módulo - o Change-4 - no ladooculto da Lua. Entretanto, tem agen-dadas quatro missões robóticas paraa Lua e a ambição de construir lá umabase. "Na próxima década ou nas pró-ximas duas décadas, iremos definiti-vamente ver um astronauta chinês a

chegar à Lua", afirma àNature Chris-

toph Beischl, do Instituto de Políticae Direito Espacial de Londres.

Num artigo publicado ontem narevista Science, destacam-se os actuais

e futuros objectivos do Programa de

Exploração Lunar da China. Algunsdos objectivos - segundo os três auto-

res, cientistas da Academia Chinesade Ciências - "é ganhar uma com-preensão profunda da Lua" e cientí-fica através da exploração em órbitae na superfície lunar.

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Armstrong perto do módulo Eagle, que alunou a 2O de Julho de 1969

Pela primeira vez em 13 anos,o fato que Neil Armstrong vestiuna missão Apoio 11 está expostono Museu Smithsonian daAeronáutica e do Espaço, emWashington DC

Durante o século XXI, têm sidovárias as missões científicas na Luacomo a da sonda Smart-1 (da AgênciaEspacial Europeia - ESA), da Selene

(do Japão), da Chandrayaan-1 (daÍndia, que tem o lançamento da Chan-

drayaan-2 marcado para segunda-fei-ra às 10hl3 de Lisboa) e da Grail(ambas da NASA). Em Maio, a ESA

publicou também uma estratégiapara ciência na Lua para os próximosdez anos. E, em 2018, o Grupo deAnálise de Exploração Lunar da NASAactualizou as abordagens científicas

para exploração na Lua."Neste momento, estamos a traba-

lhar num plano detalhado para reali-

zarmos uma missão a Marte usando

tecnologia que será colocada à provana Lua", afirmou Jim Bridenstine aos

jornalistas esta semana, frisando queessa missão poderia chegar a Martejá em 2033. Essas tecnologias seriamusadas para extrair água gelada da

subsuperfície da Lua e manter assim

os astronautas lá, assim como retirardaí hidrogénio e oxigénio para usarna propulsão de foguetões, o que será

importante numa missão a Marte.Outro dos tópicos destacados na

Science é a cooperação internacionalcomo uma estratégia de exploraçãoespacial da China. Por exemplo, emJaneiro, a Chang'e-4 levou carga e

experiências da Alemanha, Suécia eHolanda. "A China também está dis-

ponível para cooperar com a NASAna exploração lunar e ambos os lados

podem começar a cooperar emaspectos como a partilha de dados

científicos", refere-se no artigo. Con-tudo, não é claro se a China participa-rá na Gateway, que terá como parcei-

ros, além da NASA, a ESA, a Roscos-

mos (da Rússia), a Jaxa (do Japão) e a

agência espacial canadiana.Também foi criado, em 2007, o

Grupo Internacional de Coordenaçãoda Exploração Espacial (ISECG), quejunta 15 agências espaciais, incluindoa NASA, a Roscosmos e a ESA. O

objectivo deste grupo é que as agên-cias partilhem informação sobre os

seus planos e interesses - como o

regresso à Lua - e se articulem assimos programas individuais. "Há muitos

anticorpos do ponto de vista estraté-

gico à colaboração entre os EstadosUnidos e a China, assim como em

tempos houve com os soviéticos e

depois passaram a trabalhar em con-

junto. São vistos como adversários

estratégicos, com quem os EstadosUnidos não estão à vontade para par-tilhar o uso de tecnologias avança-das", afirmava em Janeiro ao PÚBLI-CO Tiago Hormigo, fundador da

empresa aeroespacial portuguesaSpin .Works.

E há mesmo quem anteveja umaguerra no espaço. Afinal, se a Chinacriou uma força militar independen-te para missões no espaço e a Rússia- que anunciou que pretende pôrastronautas na Lua em 2030 - reac-tivou as forças espaciais, os EUA

anunciaram para 2020 a criação deuma força espacial autónoma da For-

ça Aérea.

A fórmula do sucessoRichard Weiss prefere olhar o regres-so dos humanos à Lua como umaconquista global. "Já estivemos lá [os

EUA] e não temos nada a provar. Se

outras pessoas conseguirem lá ir e

fazer algumas coisas, melhor ainda. "

Ao longo das duas horas do documen-

tário, Richard Weiss, astronautas e

responsáveis pela Apoio 11 contam

aspectos que conduziram ao sucessoda missão, acompanhados por ima-

gens dos centros da NASA ou da cons-

trução e lançamento do Saturno V.Ao PÚBLICO, o engenheiro

aeroespacial que fez parte de um

grupo de 400 mil pessoas que tra-balharam em todo o programa Apo-lo enumera o que levou ao sucessoda Apoio 11: "Trabalho árduo, mui-tas horas, atenção ao detalhe, 100%de certeza de que estávamos a fazerbem e nunca aceitar que algo esti-vesse menos do que perfeito. Por

vezes, trabalhávamos 16 horas pordia, dormíamos no escritório e vol-távamos ao trabalho."

Se nos anos 60 trabalhou de formaárdua para que outras pessoas pisas-sem o solo lunar, agora gostaria de serele a visitar a Lua. "Se alguém me

comprovasse que a viagem era segu-ra, estaria pronto para ir a bordo.Gostaria de ver a Terra do céu. "

[email protected]

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uma festa para a Lua em PortugalJardins ao luar no Paláciode BelémO Instituto de Astrofísica eCiências do Espaço (IA) e o

Museu da Presidência da

República uniram-se paracelebrar hoje os 50 anos da

chegada à Lua. Os jardins doPalácio de Belém vão acolhervárias actividades. O programacomeça no relvado do Jardim

dos Teixos, às 21h30, com a

sessão Ignite lAstro — UmaCorrida pelo Universo emContra-relógio que terá oito

investigadores que vão ter cincominutos (cada um) a falar sobre a

investigação que se faz emPortugal em ciências do espaço.A partir das 23h30, no Jardim doBuxo, iniciam-se as sessões deobservação da Lua, com os

telescópios do IA ali instalados. O

público poderá obter fotografiascom o telemóvel através dos

telescópios. No mesmo local, a

partir da meia-noite, osastrónomos estarão disponíveispara responder a questões numaconversa individual de doisminutos para cada pessoa. O

programa refere ainda que oMuseu da Presidência da

República ficará aberto hoje à

noite, com várias actividades.

Bicicleta a voar no Pavilhãodo Conhecimento (Lisboa)Um grupo de 75 crianças, entreos dez e os 14 anos, de escolas daGrande Lisboa, vai passar a noiteno Pavilhão do Conhecimento.Para quem não participa nesta

acção, os visitantes podem hoje

pedalar a seis metros do chão nabicicleta voadora com vista parauma da Lua com cinco metros dediâmetro que se encontra

suspensa na nave do pavilhão.Amanhã, entre as 16h e as 19h, o

pavilhão faz o convite paraassistir à exibição do filme FirstMan on the Moon, realizado porDamien Chazelle, numa sessãocomentada por Rui Agostinho, do

Observatório Astronómico deLisboa.

Astrofesta em ConstânciaAAstrofesta em Constância,organizada pelo Centro CiênciaViva, já começou a 16 de Julho,mas reservou um programaespecial sobre a Lua para estesdias. Durante a manhã, há, porexemplo, a apresentação da

exposição Miniaturas de Módulose Naves de Investigação Espacial(às 9h45) e um minicurso de

Introdução à Astronomia, porMáximo Ferreira, das 10h às 13h.Às 16h10 será possível ouvirCédric Pereira, do Observatórioda Universidade de Coimbra, na

sessão Mergulhos no OceanoCósmico e Pedro Ré a falar sobre

observação e registo de imagens

de eclipses, às 16h50. Até ao finaldo dia há mais sessões: Por queAcelera o Universo, às 21h15, comNelson Nunes; Viagens Espaciaise Astronáutica da Apoio 11, às 22hcom Rui Agostinho; e Um Passeio

pelo Céu, às 23h20, com MáximoFerreira. Durante o dia, decorreainda um workshop no lagoArquimedes, observaçõesastronómicas e várias sessões de

planetário: Missão Apoio 11; Lua,Fases e Eclipses; Perdidos noMar. Por fim, e só depois donascer do Sol esperado às 6h50,a organização anuncia que vai

registar uma "fotografia de grupodos sobreviventes".

Tertúlia em MatosinhosO Museu da Quinta de Santiago,em Matosinhos, promove a

tertúlia Da Terra à Lua — 50 Anosdepois, com Ana Pires e José

Matos, às 22h, com entradalivre.

A Lua e os filmes em BragaO Planetário — Casa de Ciênciade Braga, centro Ciência Viva,vai exibir hoje filmes de curtaduração e uma exposição sobreeste dia histórico. De manhã há

ainda um teatro interactivo e a

exibição de um filme sobre a

missão, com "custo simbólico e

lugares limitados".

Ciclo de conferências no PortoA "viagem" arranca hoje, nosalão nobre da reitoria, às 21h,com a primeira de umconjunto de sete conferências— organizadas pelo Planetário

do Porto — Centro de CiênciaViva, em parceria com oInstituto de Astrofísica eCiências do Espaço e a CasaComum da Universidade Porto.Na primeira "missão", vão a

bordo Rui Moura, professor daFaculdade de Ciências daUniversidade do Porto, que vaijuntar-se ao geógrafo Álvaro

Domingues e a Daniel Folha,

director executivodo planetário do Porto, parauma conversa sobre

exploração espacial. Areceber os participantesestará ainda um modelotridimensional da Lua (com2,8 metros de diâmetro), queserá suspenso na entradaprincipal do edifício dareitoria. A entrada é livre