55025344 Apostila de Bombas
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SENA I – P E T R O B RAS181
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Monitoramento e controle de processos
BombasBombas
ão máquinas acionadas que recebem energia mecânica de uma fonte mo-
tora (máquina acionadora) e a transformam em energia cinética (movimen-
to), ou energia de pressão (força), ou ambas, e as transmitem ao líquido.
O uso de bombas hidráulicas ocorre sempre que se necessita aumen-
tar a pressão de trabalho de um líquido, para transportá-lo pela tubula-
ção, de um ponto a outro da planta, obedecendo às condições de vazão e
pressão requeridas pelo processo. Existem diversos tipos diferentes de
bombas, cada um adequado a uma determinada necessidade ou exigên-
cia do processo. Veja no lembrete abaixo.
Unidade 2
Vamos apresentar os diferentes tipos, com suas características básicas,
vantagens e desvantagens, com maior atenção para as bombas dinâmicas
centrífugas, que são as mais utilizadas em refinarias.
LEMBRE-SE DISSO
Vazão do líquido
Diferencial de pressão necessária (carga)
Características do líquido (viscosidade,densidade, contaminantes etc.)
Condições de temperatura e pressão
Regime de funcionamento
Flexibilidade operacional desejada
✔✔✔
✔✔✔
SS
SENA I – P E T R O B RAS182
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Quanto aos tipos
BOMBAS
Dinâmicasou turbobombas
CENTRÍFUGAS ALTERNATIVAS
EngrenagensDE FLUXO AXIAL Pistão
LóbulosDE FLUXO MISTO Êmbolo
ParafusosPERIFÉRICAS Diafragma
Volumétricasou de deslocamento positivo
CLASSIFICAÇÃO DAS BOMBAS
Palhetasdeslizantes
ROTATIVAS
SENA I – P E T R O B RAS183
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Monitoramento e controle de processos
Bombas volumétricas
ou de deslocamento positivo
Nestas, a movimentação de uma peça da bomba força o líquido a execu-
tar o mesmo movimento. O líquido sucessivamente preenche e é expulso
de um volume no interior da bomba. Logo, existe uma proporcionalidade
entre a vazão de líquido e a velocidade da bomba.
Bombas alternativas
A peça que impelirá o fluido possui movimento alternativo. Utilizadas para
baixas vazões e elevado diferencial de pressão. Observe a Figura 16 e leia
a seguir as características das principais partes desse tipo de bomba.
PISTÃO
O impelidor é um pistão
que se desloca dentro de
um cilindro. No movimen-
to de aspiração diminui a
pressão na câmara, abre-
se a válvula direcional de
entrada e o líquido é admi-
tido. Em seguida, pelo mo-
vimento de recalque do
pistão, a pressão aumenta,
abre-se a válvula direcio-
nal de saída e o líquido é
expulso do cilindro.
ÊMBOLO
Ele tem o mesmo princípio
de funcionamento da bom-
ba de pistão, sendo que nesta o impelidor é um êmbolo que admite e ex-
pulsa o líquido, ocupando e desocupando um determinado volume den-
tro da câmara. Indicada para pressões mais altas.
DIAFRAGMA
O líquido é impelido por uma membrana, que por sua vez é acionada por
uma haste com movimento alternativo. Quando puxada, a membrana di-
FIGURA 16 BOMBA ALTERNATIVA
TAMPA
ANELINTERMEDIÁRIO
PRESSIONADOR
CAIXA
ROTOR
COROA DENTADA CABEÇA DA BIELA
CAIXA
PISTÃO
BIELA ARTICULADA
COROA DENTADA
ÁRVOREDE ARRASTE
SENA I – P E T R O B RAS184
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minui a pressão na câmara, abre-se a válvula direcional de entrada e o
líquido é admitido. Quando empurrada, a pressão aumenta, abre-se a
válvula direcional de saída e o líquido é expulso da câmara. Muito encon-
tradas com duplo diafragma e acionamento por ar comprimido. Utilizadas
como bombas dosadoras.
Bombas rotativas
As peças que impelirão o fluido possuem movimento rotativo. São utili-
zadas para elevado diferencial de pressão com vazões mais altas que as
alternativas. Observe a Figura 17 e leia a seguir as características das prin-
cipais partes desse tipo de bomba.
ENGRENAGENS
Consiste em duas engrenagens montadas em uma carcaça com pouquís-
sima folga. Com engrenagens lado a lado, no bocal de admissão, o fluido
é forçado a percorrer as laterais da carcaça pela rotação das engrenagens,
nos espaços entre os seus
dentes. Na descarga o fe-
chamento dos dentes for-
ça a saída do líquido. As-
sim, sucessivamente, os
dentes se abrem, admi-
tindo o líquido, o carre-
gam e o expulsam ao se
fecharem. Com velocida-
de fixa, a vazão é fixa.
Com engrenagem inter-
na e coroa externa excên-
tricas, o funcionamento é
parecido com os de pa-
lhetas deslizantes.
LÓBULOS
É o mesmo princípio das bombas anteriores, só que ao invés de engrena-
gens são montadas as peças denominadas lóbulos.
Observe na página ao lado a Figura 18.
FIGURA 17 BOMBA DE ENGRENAGENS
ENGRENAGEMMOVIDA
CAIXA DABOMBA
ÁRVORE DEARRASTE
SENA I – P E T R O B RAS185
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Monitoramento e controle de processos
PARAFUSOS
Consistem em dois para-
fusos de acionamento,
montados dentro de uma
carcaça com pouquíssi-
ma folga e sem contato
entre os filetes, sincroni-
zados por engrenagens.
O líquido é admitido e os
filetes o expulsam pelo
bocal de saída. Indicadas
para fluidos de viscosida-
de elevada.
PALHETAS DESLIZANTES
Consistem em um cilindro montado excêntrico na câmara da carcaça, pos-
suindo cavidades radiais no seu entorno, onde são montadas palhetas re-
tráteis. O líquido é admitido no lado de maior folga da excentricidade,
sendo levado pelas palhetas e expulso à medida que a folga diminui.
FIGURA 18 BOMBA DE PALHETAS DESLIZANTES
FIGURA 19 BOMBA DE PARAFUSOS
CAIXA DA BOMBA PARAFUSOÁRVORE DEARRASTE
PALHETA CAIXA DE BOMBAROTOR
ÁRVORE DE ARRASTE
SENA I – P E T R O B RAS186
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PEÇAS DAS TURBOBOMBAS
Bombas dinâmicas ou turbobombas
A energia é transferida para o líquido pela rotação de um eixo onde é mon-
tado um disco, com um certo número de palhetas ou pás, chamadas de
rotor ou impelidor. O que caracteriza os diferentes tipos de turbobombas
é a geometria do impelidor e suas palhetas, o que vai influenciar a forma
como a energia é transferida para o fluido e sua direção na saída do im-
pelidor. A vazão bombeada depende da construção da bomba e das ca-
racterísticas do sistema em que está operando. Observe a Figura 20 abai-
xo e a Figura 21 na página ao lado. Leia a seguir as características dos prin-
cipais tipos de turbobombas.
Bombas centrífugas
O líquido entra na bomba e é acelerado radialmente pelo impelidor, sen-
do a direção de saída do líquido perpendicular ao eixo. Usadas para dife-
renciais de pressão elevados com cargas relativamente baixas.
Bombas de fluxo axial
O líquido entra na bomba e é acelerado por arrasto pelo impelidor, sendo
a direção de saída do líquido paralela ao eixo.
Bombas de fluxo misto
Seu impelidor é uma composição dos dois tipos anteriores, sendo a dire-
ção de saída do líquido inclinada ao eixo.
Bombas periféricas
O impelidor com palhetas na periferia arrasta o fluido.
FIGURA 20
SENA I – P E T R O B RAS187
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Monitoramento e controle de processos
FUNCIONAMENTO DAS BOMBAS CENTRÍFUGAS
PARTES FUNDAMENTAIS
PRINCÍPIOS
FIGURA 21 PARTES DA BOMBA CENTRÍFUGA
As bombas centrífugas têm como princípio de funcionamento a criação de duas zonas depressão: uma de baixa pressão na sucção e outra de alta pressão na descarga (recalque).Na partida é necessário que a carcaça da bomba e a tubulação de sucção estejam totalmentepreenchidas com o fluido a ser bombeado (escorva). O movimento rotativo do impelidor fazcom que as partículas de líquido sejam impulsionadas para fora. Esse movimento decentrifugação cria um “vazio” na entrada (baixa pressão) e um “acúmulo” na saída (altapressão) pela redução da velocidade com o aumento de volume na carcaça (no difusor ou naspás difusoras). A baixa pressão succiona novas partículas vindas da tubulação, estabelecendoum fluxo contínuo de líquido. A alta pressão permite que o fluxo de líquido vença as perdasimpostas pela tubulação e seus acessórios na descarga.
ANÉIS DEDESGASTESUBSTITUÍVEIS
FIXAÇÃODO ROTOR
TAMPA DACARCAÇA
EIXORÍGIDO
MANCAL AXIAL ERADIAL DE ALTAPERFORMANCE
VEDAÇÃODOS MANCAIS
REFRIGERAÇÃODOS MANCAIS
PALHETA
ROTOR
FURO DE DRENO
FURO DE CARCAÇA
CÂMARA DE VEDAÇÃO
SELO MECÂNICOTIPO CARTUCHO
DOIS ANÉISPESCADORES
IMPELIDOR OU ROTOR – Impulsiona o líquido
CARCAÇA – Contém o líquido, envolvendo o impelidor, e dispõe dos bocais de entrada(sucção) e saída (descarga). Podem ser do tipo carcaça em voluta com região difusora oudo tipo carcaça com pás difusoras, entre outras
EIXO – Atravessa a carcaça e se conecta ao impelidor, provendo movimento rotativo
SENA I – P E T R O B RAS188
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Teoricamente, carga de uma bomba é definida como a energia por uni-
dade de massa que a bomba tem condições de fornecer ao líquido, para
uma determinada vazão.
No campo prático, é definida como a energia por unidade de peso (for-
ça) que a bomba tem condições de fornecer ao líquido, para uma determi-
nada vazão. Assim, as curvas “cargas x vazão” fornecidas pelos fabrican-
tes normalmente apresentam a carga com uma das seguintes unidades:
Diz-se então que é a altura de coluna de líquido (m ou ft) equivalente
ao diferencial de pressão que a bomba fornece, para aquela vazão. Ou a
altura manométrica que a bomba consegue vencer naquela vazão.
Como a energia fornecida pelo eixo é constante, quanto maior a vazão,
maior a distribuição de energia pela massa de fluido e menor a carga, ou
diferencial de pressão, conseguida. Porém, a carga fornecida ao líquido
não varia de maneira linear com a vazão (curva teórica), pois existem di-
versas perdas hidráulicas no processo (Ph), devido ao comportamento do
líquido em relação ao impelidor e carcaça não ser ideal (escorregamento,
atrito interno, choques e turbulência), fazendo com que a variação da “car-
ga x vazão” tenha diferentes curvas (curvas reais). Com base no que você
acabou de ler, procure analisar a Figura 22.
CURVAS DE CARGA (H) X VAZÃO (Q)
kgf . m/kgf = m ou lbf . ft/lbf = ft
FIGURA 22 CURVAS DE CARGA (H) X VAZÃO (Q)
Q
H
ESCORREGAMENTO E NÃO-UNIFORMIDADE
CHOQUES E TURBULÊNCIA
ATRITO INTERNO
CURVA REAL
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Monitoramento e controle de processos
A potência realmente absorvida pelo líquido, potência útil (Potu), pode ser
definida também em função da massa ou do peso.
As curvas reais dependem dos detalhes construtivos das bombas e
podem ser estáveis – para cada carga apenas uma vazão – ou instáveis:
Planas (flat)
Inclinadas
Ascendentes/descendentes (instáveis)
Descendentes
FIGURA 23 CURVAS REAIS
CURVAS DE POTÊNCIA ABSORVIDA
Potu = � . Q . H
(Potabs) X VAZÃO (Q)
� = massa específica� = peso específico
Potu = � . Q . H
MassaH
Em energia
PesoH
Em energia
Q
H
Q
H
Q
H
Q
H
SENA I – P E T R O B RAS190
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A potência absorvida pelo conjunto da bomba (Potabs) é igual à potên-
cia útil somada a todas as perdas de energia no conjunto da bomba. Além
das perdas hidráulicas (Ph), devemos considerar ainda:
PERDAS VOLUMÉTRICAS (Pv)
Uma parte da energia cedida ao líquido é perdida com a recirculação do
líquido entre as partes da bomba
PERDAS MECÂNICAS (Pm)
Uma parte da energia se perde no atrito entre as partes em movimento,
nos mancais e sistema de vedação. Logo:
Potabs = Potu + Ph + Pv + Pm
Mostram o rendimento total da bomba em função da vazão, contabiliza-
dos os rendimentos hidráulico, volumétrico e mecânico:
Na prática é calculada pela relação entre a potência útil e a potência absorvida:
CURVAS DE RENDIMENTO TOTAL
� = �h . �v . �m
h =
(�) X Vazão (Q)
ATENÇÃO
Não se faz o cálculo exato das diferentes perdas;a curva de Potabs é medida em bancadas de prova e
fornecida pelo fabricante do equipamento
Potabs
Potu
SENA I – P E T R O B RAS191
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Monitoramento e controle de processos
São alterações na geometria da bomba, no acionamento ou no fluido que
alteram seu desempenho e conseqüentemente suas curvas características,
passando de uma condição atual (1) para uma nova condição depois das
mudanças (2).
Variação do diâmetro do impelidor (D)
Refere-se à troca de impelidores ou à sua usinagem para a redução do
diâmetro, sendo limitados pelo tamanho da carcaça e pela baixa eficiên-
cia para rotores pequenos (folga muito grande entre rotor e carcaça; logo,
muita recirculação):
Outras mudanças geométricas no impelidor têm influência mais com-
plexa nas curvas e devem ser estudadas com o fabricante. O desgaste de-
vido ao tempo de vida da bomba reduz sua eficiência.
Variação da rotação do impelidor (N)
Refere-se a variações no acionamento. Às vezes são utilizados variadores de
velocidade nos motores para controlar o desempenho da bomba no sistema:
Variações nas propriedades dos líquidos
A variação da massa específica não altera a carga da bomba, ou seja, a ener-
gia cedida por unidade de massa de fluido continuará a mesma. Porém, a
potência absorvida pela bomba é diretamente proporcional:
Q1Q2
D1D2
=H1H2
D1D2
=( (2 Pot1Pot2
D1D2
=( (3
Q1Q2
N1N2
=H1H2
N1N2
=( (2 Pot1Pot2
=� N1N2�3
Potu = � .Q . H
FATORES QUE ALTERAM AS CURVAS CARACTERÍSTICAS DAS BOMBAS
SENA I – P E T R O B RAS192
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Com fluidos muito viscosos as bombas centrífugas aumentam bastan-
te a potência absorvida, reduzem a carga e diminuem um pouco a vazão
bombeada. Existem cartas de correção das curvas para uso das bombas
centrífugas com fluidos muito viscosos.
As curvas de carga (H) x vazão (Q), potência absorvida (Potabs) x vazão
(Q) e rendimento total (�) x vazão (Q) são normalmente fornecidas pelo
fabricante da bomba em um único gráfico, em relação a um único eixo de
vazão, com valores para di-
versos tamanhos de rotor e
ainda com a curva de NPSH
(Net Positive Suction Head)
requerido, que será visto
adiante. Em alguns casos a
potência e o rendimento são
apresentados em um conjun-
to de linhas que marcam as
faixas de valores (linhas de
isopotência e isorrendimen-
to). Observe a Figura 24.
Temos de determinar a ener-
gia por unidade de peso,
que o sistema solicitará de
uma bomba em função da
vazão de bombeamento. É
denominada carga do siste-
ma (H) ou altura manométri-
ca do sistema (AMT).
Ela varia em função da
diferença de elevação entre
os reservatórios de sucção e
descarga; da diferença de
pressões entre os reservatórios de sucção e descarga; e das perdas de car-
ga existentes na tubulação, devido às perdas por atrito e restrições.
CURVAS DAS BOMBAS CENTRÍFUGASFIGURA 24
H (m)
Q min
150
100
50
0
Ø648
Ø630
Ø570
Ø500
60 70 7585 87
8785
80
75
80
88
NPSH (m)14
10
6
2
Ø500
Ø648
P (kW)1500
Ø648
1000
500
01000 1500 2000 2500 3000 350010005000
Ø630
Ø570
Ø500
Q (m3/h)
APRESENTAÇÃO DAS CURVAS CARACTERÍSTICAS DAS BOMBAS CENTRÍFUGAS
CURVA DO SISTEMA
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Monitoramento e controle de processos
São estas diferenças e perdas que a bomba deve compensar. Várias
mudanças no sistema podem mudar sua curva característica:
Mudanças nas propriedades dos fluidos: diminuição da densidade re-
duz o peso das colunas de líquido e altera os valores da perda de carga.
Aumento na viscosidade também aumenta a perda de carga etc.
Variações de níveis nos vasos de sucção e descarga
Variações de pressão nos vasos de sucção e descarga
Alterações nas linhas: aumento ou redução de restrição à passagem do
líquido, principalmente por válvulas de controle, aumenta ou reduz a perda
de carga
(Net Positive Suction Head ou Pressão Líquida Positiva na Sucção)
Em linhas gerais, o processo da cavitação pode ser definido da seguin-
te maneira:
Todos os fluidos processados na indústria, por mais “puros” que sejam,
sempre possuem uma pequena quantidade de impurezas e gases dissolvi-
dos. Essas impurezas e gases (núcleos) quebram a resistência do líquido à
formação de bolhas maiores, notadamente abaixo de um determinado va-
lor de pressão, chamada de pressão crítica. Esta pressão crítica normalmente
fica em torno da pressão de vapor do líquido à temperatura de operação.
Quando há uma redução da pressão do líquido até a pressão crítica, é
facilitada a formação de macrobolhas a partir das microbolhas de gases
existentes. Então, na veia líquida começam a aparecer mais e mais ma-
crobolhas à medida que a pressão cai.
Se a pressão é levada novamente a valores acima da pressão crítica, as
bolhas geradas entram em colapso, implodem. O líquido ao redor ocupa
o espaço deixado instantaneamente pelo gás, gerando ondas de choque
e microjatos de fluido. Quando este fenômeno ocorre na proximidade de
paredes metálicas, gera vibração, ruído e erosão nas peças envolvidas.
Quanto maior a intensidade da cavitação, maiores a vibração e o ruído, e
mais severa será a erosão.
CAVITAÇÃO E NPSH
SENA I – P E T R O B RAS194
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Nas bombas centrífugas, se a pressão na sucção chegar a níveis abai-
xo da pressão crítica do líquido, serão formadas as bolhas e, ao entrarem
no impelidor, serão subitamente pressurizadas, implodindo. Diz-se então
que a bomba está “cavitando”, com ruído, vibração, erosão severa e per-
da de eficiência.
A cavitação é um fenômeno indesejável e deve ser equacionado. Para
isto devemos garantir que a pressão do líquido na entrada do impelidor
(Pi) esteja acima da pressão crítica.
Tomamos a pressão de vapor do fluido na temperatura de operação (Pv)
como referência para a pressão crítica, pois esta não é determinada para
as condições práticas. Logo, Pi deve estar acima da Pv, considerando ainda
uma folga. Os fabricantes testam e calculam as perdas de carga da entra-
da da bomba até o impelidor, informando aos consumidores o NPSH re-
querido, ou seja, o mínimo de carga que deve haver acima da Pv no bo-
cal de sucção para que não se inicie a cavitação. Este valor depende uni-
camente da geometria da entrada da bomba e da vazão, sendo indicado
no gráfico da bomba como uma curva NPSHr x Q.
Quem seleciona a bomba deve calcular o NPSH disponível, ou seja, o
valor de carga acima da Pv existente no bocal de sucção. Este valor de-
pende unicamente do sistema: pressão e elevação do vaso de sucção, tem-
peratura do fluido, perdas de carga na linha de sucção etc. Como também
varia com a vazão, pode ser indicado em um gráfico NPSHd x Q.
Podemos representar
no mesmo gráfico as
curvas características
da bomba e do sistema.
O ponto de trabalho
será determinado na
interseção entre a cur-
va de carga da bomba
e a curva de carga do
sistema. Observe a Fi-
gura 25.
CURVAS DA BOMBA E DO SISTEMAFIGURA 25
H x Q sistema
� x Q
Pot x Q
H x Q
�t
Ht
Pot
Qt Q
DETERMINAÇÃO DO PONTO DE TRABALHO E SELEÇÃO DA BOMBA
SENA I – P E T R O B RAS195
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Monitoramento e controle de processos
Este ponto indica a AMT fornecida pela bomba e a vazão de opera-
ção. Traçando uma reta vertical, identificamos o rendimento e a potên-
cia absorvida.
A reta vertical também cruza as curvas de NPSH requerido e disponí-
vel e verificamos a folga (f) entre os valores:
Quando há problemas em selecionar bombas com boa folga, pode-se
aumentar o NPSHd, modificando o projeto do sistema na sucção, ou redu-
zir o NPSH requerido, optando pelo uso de indutores (peças semelhantes a
rotores axiais ou mistos, instaladas à frente do rotor da bomba), ou reduzin-
do-se a rotação (só em casos especiais como bombas de condensado).
No projeto, determina-se a curva do sistema que atende às exigências
do processo e procura-se escolher nos catálogos dos fabricantes, do tipo
de bomba adequado ao serviço, o modelo cujas curvas atendam às neces-
sidades, na região de alta eficiência e com boa folga (f).
Para aplicações fora das soluções usuais oferecidas no mercado, “de
prateleira”, deve-se estudar cuidadosamente as alternativas. Como comen-
tado anteriormente, existem várias maneiras de modificar as curvas da
bomba e do sistema, visando adequá-las às exigências do processo.
As bombas podem ser associadas em série ou em paralelo.
Associação em série: opção quando a altura manométrica é muito ele-
vada para a vazão requerida, acima dos limites alcançados por uma úni-
ca bomba disponível no mercado. A curva H x Q do conjunto correspon-
de ao somatório do head das bombas para as mesmas vazões
Associação em paralelo: opção quando a vazão é muito elevada para a
altura manométrica requerida, ou varia de forma definida, acima dos limites
f = NPSHd - NPSHr
f > 0,6 m (2ft) é aceitável
ASSOCIAÇÃO DE BOMBAS CENTRÍFUGAS
SENA I – P E T R O B RAS196
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alcançados por uma única bomba disponível no mercado, oferecendo ainda
flexibilidade e segurança operacional. A curva H x Q do conjunto corresponde
ao somatório da vazão das duas bombas para os mesmos heads.
Características gerais das turbobombas
Este grupo de bombas responde pela maioria das aplicações, notadamen-
te as bombas centrífugas. Nesta Unidade será dada ênfase às bombas cen-
trífugas por serem maioria na instalação de refinarias. Ver a Figura 26.
Vantagens
São acionadas por motores elétricos sem modificadores de velocidade
Trabalham em regime permanente
Apresentam flexibilidade operacional devido às modificações que po-
dem ser feitas para que se adaptem às novas condições: restrição de vál-
vula na descarga, mudança do impelidor, variação de velocidade
Requerem menor manutenção do que as bombas alternativas
Cobrem ampla faixa de vazões
Apresentam relação de custo favorável
ANÉIS DE DESGASTEFIGURA 26
ANÉIS DE DESGASTE
ANÉIS DE DESGASTE
ANÉIS DE DESGASTE
ANÉIS DE DESGASTE
ANÉIS DE DESGASTE
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Monitoramento e controle de processos
Desvantagens
Baixa eficiência para vazões muito baixas e diferenciais de pressão
muito altos
Baixa eficiência para altas viscosidades
Redução da sua capacidade pelos gases dissolvidos no líquido
Erosão acelerada causada pelos sólidos em suspensão
Inadequada quando se deseja vazão constante, independente de alte-
rações no sistema
Quanto à posição, podem ser:
Horizontais
Verticais
Quanto ao número de impelidores, as bombas podem ser de:
Simples estágio
Múltiplos estágios
DETALHE DE UMA TURBOBOMBAFIGURA 27
DETALHES CONSTRUTIVOS DAS TURBOBOMBAS
SENA I – P E T R O B RAS198
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Impelidor
Já foi vista sua classifica-
ção em centrífugos, axi-
ais ou mistos. Os impeli-
dores podem ser:
Abertos
Semi-abertos
Fechados
E ainda:
Sucção simples
Dupla sucção
Carcaça
Os tipos construtivos são os seguintes:
EM VOLUTA
São as mais utilizadas pela eficiência, baixo custo e simplicidade mecâ-
nica, predominantemente para bombas de simples estágio. Devido aos
esforços radiais gerados por vazões diferentes da vazão de projeto, a va-
zão mínima para bombas com voluta é limitada em torno de 25% a 50%
da vazão de projeto.
COM PÁS DIFUSORAS
Possui pás difusoras fixas à carcaça, formando canais difusores para o lí-
quido que sai do rotor. Mais utilizadas em bombas de múltiplos estágios,
onde ainda possui uma parte chamada diafragma, para separar os estági-
os e redirecionar o líquido.
CONCÊNTRICAS
São baratas porém menos eficientes que as de voluta e com maiores es-
forços radiais.
EM DUPLA VOLUTA
Possui uma chicana intermediária, formando duas volutas defasadas de 180°.
IMPELIDOR DE DUPLA SUCÇÃOFIGURA 28
SENA I – P E T R O B RAS199
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Monitoramento e controle de processos
MISTA
É uma combinação de vo-
luta com pás difusoras.
Podem ser ainda:
Partidas axialmente
Partidas radialmente
Eixo
O eixo transmite o movi-
mento do acionador para
o(s) impelidor(es), supor-
tando todas as partes ro-
tativas da bomba. O eixo se conecta ao acionador por meio de um acopla-
mento e é suportado por mancais. Como atravessa a carcaça para conec-
tar-se ao(s) impelidor(es), necessita de um sistema de vedação que evite
o vazamento do fluido da carcaça. Ver Figura 29.
Luvas de eixo
Têm o objetivo de proteger o eixo de corrosão, erosão ou desgaste, prin-
cipalmente em caixas de gaxetas onde há atrito com as gaxetas na pre-
sença do fluido bombeado ou de selagem. As luvas podem ter outros ob-
jetivos, como por exemplo atuar como espaçadores na montagem de vá-
rios impelidores em bombas de múltiplos estágios.
Anéis de desgaste
São “peças de sacrifício” colocadas nas extremidades que sofrem muito des-
gaste por erosão nas carcaças e nos impelidores. O aumento da folga entre
carcaça e impelidor permite maior recirculação, reduzindo o rendimento da
bomba. A colocação dos anéis torna mais simples e barata a manutenção.
Vedação por gaxetas
Sua função é evitar o vazamento do líquido bombeado (ou no caso de
operação com pressão, sucção inferior à pressão atmosférica, evitar a ad-
missão de ar). Composta por:
CARCAÇAFIGURA 29
Partida axialmente
SENA I – P E T R O B RAS200
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CAIXA DE GAXETASCAIXA DE GAXETAS
Acomoda os anéis de gaxetas
na parte posterior da carcaça
ANÉIS DE GAXETAS
Elementos de vedação de se-
ção quadrada, que envolvem
o eixo ou luva de eixo dentro
da caixa de gaxetas
SOBREPOSTA
Atravessada pelo eixo e mon-
tada ao final da caixa de gaxe-
tas, comprime as gaxetas para dar o ajuste necessário. O aperto de ajuste
na sobreposta é feito de tal forma que permita um vazamento de 30 a 60
gotas de líquido por minuto, fazendo a lubrificação e refrigeração no con-
tato gaxeta/eixo
E em determinados casos ainda pode possuir:
BUCHA DE GARGANTA OU DE FUNDO
Montada no fundo da caixa de gaxetas, próxima ao impelidor, restringe a
passagem do líquido bombeado
CONEXÃO PARA LÍQUIDO DE SELAGEM
Usa-se líquido de selagem quando a pressão interna na carcaça é negati-
va, quando o fluido é abrasivo ou contém sólidos em suspensão, ou quan-
do o vazamento do fluido bombeado é indesejável (líquidos inflamáveis,
tóxicos, corrosivos etc.). Pode ser o próprio fluido bombeado, no caso de
água fria ou produto limpo (com conexões na própria bomba), ou um flui-
do disponível adequado para este fim (água ou óleo de selagem).
ANEL DE LANTERNA
O anel bipartido perfurado, que distribui o líquido de selagem de manei-
ra uniforme no entorno do eixo, pode ser montado entre as gaxetas, pró-
ximo ao rotor (evitando a passagem de sólidos e impurezas), ou próximo
à sobreposta para reduzir a diluição do fluido bombeado.
FIGURA 30
GAXETAS
SOBREPOSTA
SENA I – P E T R O B RAS201
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Monitoramento e controle de processos
CÂMARA PARA REFRIGERAÇÃO
São caixas de gaxetas com câmaras para passagem de fluido de refrige-
ração, usadas quando se deseja uma refrigeração mais eficiente do con-
junto de vedação.
São indicadas para:
Produtos limpos ou que não oferecem restrições ao vazamento (não
perigosos)
Condições de operação suaves ou moderadas
Velocidades superficiais inferiores a 900 ft/min
Líquido com boas propriedades lubrificantes
Alta deflexão do eixo na caixa de gaxetas
Alta vibração
Serviço intermitente com produtos que se solidificam ou formam de-
pósitos
As gaxetas podem ser fabricadas de diversos materiais, tais como juta, li-
nho, algodão, borracha natural, neoprene, silicone, teflon, amianto, cobre,
alumínio, ente outros. Sua escolha depende da compatibilidade com o fluido
bombeado e seus contaminantes, além das condições de bombeamento.
Vedação por selo mecânico
É aplicada em condições de bom-
beamento em que as deficiências
das caixas de gaxetas são excessi-
vas. Em linhas gerais, os selos me-
cânicos consistem em duas super-
fícies adjacentes (sedes), polidas,
montadas em posição perpendicu-
lar ao eixo, uma na parte estacioná-
ria da bomba e outra no eixo, giran-
do com ele. O contato contínuo en-
tre as partes é garantido por molas,
sendo mantido um selo fluido entre
elas, com atrito e vazamento míni-
mos. Veja a Figura 31.
VEDAÇÃOFIGURA 31
Por selo mecânico
SENA I – P E T R O B RAS202
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Compostos basicamente por:
CAIXA DE SELAGEM
Acomoda o selo mecânico.
SEDE ESTACIONÁRIA
Peça montada na sobreposta que possui a face polida estacionária.
SEDE ROTATIVA
Peça montada no eixo que possui a face polida rotativa.
MOLA
Mantém as sedes em contato. Pode ser montada mais de uma mola.
SOBREPOSTA
Atravessada pelo eixo e montada ao final da caixa de selagem, recebe a
sede estacionária.
Nos selos mecânicos existem três áreas que necessitam de selagem (ver
Figuras 32 e 33, na página ao lado).
ENTRE A SEDE ESTACIONÁRIA E A CARCAÇA (SELO SECUNDÁRIO ESTÁTICO)
Usam-se juntas convencionais ou anéis tipo o-ring.
ENTRE A SEDE ROTATIVA E O EIXO (SELO SECUNDÁRIO DINÂMICO)
Usam-se anéis tipo o-ring, cunha, anéis em “V” ou fole de borracha ou
elastômero.
ENTRE AS DUAS SUPERFÍCIES DE SELAGEM EM MOVIMENTO
É garantido por um filme lubrificante líquido formado entre as superfí-
cies polidas.
Tipos básicos de montagem:
INTERNA
A sede rotativa é montada dentro da caixa de selagem, ficando em conta-
to com o fluido, com melhor refrigeração e menor vazamento.
SENA I – P E T R O B RAS203
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2
Monitoramento e controle de processos
EXTERNA
A sede rotativa é montada fora da
caixa de selagem, não tendo conta-
to com o fluido, de fácil instalação e
inspeção.
Tipo de selagem externa:
SIMPLES
Um único selo mecânico montado.
DUPLO
A montagem é feita com dois selos
mecânicos para fluidos que não po-
dem passar para a atmosfera. Po-
dem ser montados face a face, costa a costa ou em série (tandem), pos-
suindo fluido de barreira entre eles, injetado para evitar o vazamento do
fluido bombeado.
NÃO BALANCEADOS
Quando toda a pressão interna atua no sentido de juntar as faces. Para
fluidos de boas propriedades lubrificantes e baixas pressões.
BALANCEADOS
Quando a força de fechamento é di-
minuída pela redução da área efeti-
va exposta à pressão interna que
atua no sentido de juntar as faces.
Pode possuir ainda:
CONEXÕES PARA LÍQUIDO
DE SELAGEM, REFRIGERAÇÃO,
LAVAGEM, DRENO E RESPIRO
Usam-se para fazer lubrificação,
limpeza e refrigeração das faces de
selagem com fluidos externos.
SELOS DE AÇÃO SIMPLESFIGURA 32
SELOS DE AÇÃO DUPLAFIGURA 33
SENA I – P E T R O B RAS204
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CÂMARAS PARA REFRIGERAÇÃO
Caixas de selagem, sobreposta ou sede estacionária, com câmaras para
passagem de fluido de refrigeração. São usadas quando se deseja uma
refrigeração mais eficiente do conjunto de vedação.
São indicados para:
Produtos perigosos
Produtos caros
Líquidos com baixas propriedades lubrificantes
Gaxetas que gerariam alto atrito, consumindo potência
Altas temperaturas que inibem o uso de gaxetas
Condições de operação cíclicas
Mancais
Apóiam o eixo e suportam os esforços radiais e axiais que atuam sobre con-
junto rotativo. Garantem também as folgas entre as partes móveis e esta-
cionárias. Podem ser mancais radiais (de apoio), axiais (de escora) ou mis-
tos (combinação apoio e escora).
Os mancais de rolamentos são os mais usados para bombas centrífu-
gas comuns, quando a combinação de carregamentos elevados e veloci-
dade não é muito severa. São muito empregados rolamentos de esferas e
cilindros, de pistas simples e duplas e também os autocompensadores.
Os mancais de deslizamento são utilizados nas condições em que os de
rolamentos não são aconselhados e também em casos em que se empre-
ga o fluido bombeado para lubrificação.
Operação de bombas centrífugas
A operação de uma bomba centrífuga depende do tipo de bomba e do
serviço para o qual ela foi selecionada, bem como do sistema no qual ela
está instalada. Deve-se observar cuidadosamente os dados e procedimen-
tos definidos no manual de instalação, operação e manutenção fornecido
pelo fabricante, assim como nos manuais de operação da unidade. Serão
apresentados aqui passos básicos para uma visão global da operação de
bombas centrífugas.
SENA I – P E T R O B RAS205
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2
Monitoramento e controle de processos
A operação compõe-se das fases de partida, acompanhamento e para-
da. Deve-se efetuar uma inspeção preliminar da bomba, observando:
Limpeza
Segurança
Sentido de rotação do acionador
Sistema de lubrificação
Sistemas auxiliares (água de refrigeração, líquido de selagem, vapor
de aquecimento etc.)
Linhas de sucção e descarga e seus alinhamentos
Escorva da sucção
A partida pode ser manual ou automática. Para partida manual é ne-
cessário observar os principais passos:
Fechar drenos
Fechar válvula de descarga – lembrar que bombas axiais partem com
a válvula de descarga aberta
Abrir válvula de recirculação se necessário
Abrir válvula de sucção
Partir o acionador
Abrir válvula de descarga vagarosamente após a bomba alcançar ro-
tação normal
Fechar válvula de recirculação se necessário
Observar operação inicial do conjunto: vazamentos, temperatura, ruí-
do, vibração, aquecimento ou qualquer comportamento anormal etc.
No caso de partida automática tem-se apenas o passo partir, de forma
remota. Porém, é necessário colocar a bomba em condição de partida au-
tomática e realizar os passos não-automatizados, pois é importante obser-
var que na opção automático as válvulas sempre ficarão abertas, a menos
que se tenham acionadores com comando remoto.
O acompanhamento visa detectar anormalidades e evitar que uma
condição operacional inadequada se torne uma falha mecânica, ou uma
falha mecânica se agrave a ponto de danificar severamente o equipamento
e/ou causar acidentes. Dá-se pela observação e intervenção do operador,
com uso de instrumentos portáteis de monitoramento (como medidores de
SENA I – P E T R O B RAS206
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vibração, medidores de temperatura, avaliadores de ruído e detectores de
vazamentos) e de instrumentos residentes de monitoramento e proteção
(sensores instalados no equipamento e cabos transmitindo os sinais até a
estação de controle). As determinações de uso destes métodos são em
função da importância do equipamento e da política de operação e auto-
mação da empresa.
Os principais problemas que constituem falhas mecânicas são:
VAZAMENTOS
Produto, lubrificante e água de refrigeração
VIBRAÇÃO
Cavitação, carga excessiva, carga muito baixa, desbalanceamento, desa-
linhamento, folgas inadequadas etc.
EROSÃO
Cavitação, sólidos em suspensão
RUÍDO
Danificação dos mancais, atrito entre as partes móveis, cavitação
AQUECIMENTO EXCESSIVO
Falha na lubrificação, excesso de lubrificante nos mancais, falha na refri-
geração, recirculação excessiva, bloqueio da descarga etc.
PERDA DE EFICIÊNCIA
Recirculação interna devido a desgaste dos anéis de desgaste, vazamen-
to excessivo etc.
A parada também pode ser manual ou automática. Na parada manual
é necessário observar os passos da partida na seqüência inversa. Na pa-
rada automática é preciso apenas parar pelo sistema de comando remoto.
SENA I – P E T R O B RAS207
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Monitoramento e controle de processos
BOMBAS
DEFINIÇÃO
São máquinas acionadas que recebem energia mecânica de uma fonte motora (máquinaacionadora) e a transformam em energia cinética (movimento), ou energia de pressão (força),ou ambas, e as transmitem ao líquido, para transportá-lo pela tubulação, de um ponto a outroda planta, obedecendo às condições de vazão e pressão requeridas pelo processo.
BOMBAS VOLUMÉTRICAS OUDE DESLOCAMENTO POSITIVO
BOMBAS ALTERNATIVASA peça que impelirá o fluido possui movimentoalternativo.
Pistão – O impelidor é um pistão que sedesloca dentro de um cilindro
Êmbolo – O impelidor é um êmbolo queadmite e expulsa o líquido, ocupando edesocupando um determinado volume
Diafragma – O líquido é impelido por umamembrana, acionada por uma haste commovimento alternativo
BOMBAS ROTATIVASAs peças que impelirão o fluido possuemmovimento rotativo.
Engrenagens – Consiste em duasengrenagens montadas em uma carcaçacom pouquíssima folga. O fluido é forçadoa percorrer as laterais da carcaça pelarotação das engrenagens, nos espaçosentre os seus dentes
Lóbulos – Mesmo princípio das bombasanteriores, só que ao invés de engrenagenssão montadas as peças denominadas lóbulos
Parafusos – Consiste em dois parafusos deacionamento montados em uma carcaça compouquíssima folga, sincronizados. O líquidoé admitido e os filetes o expulsam
Palhetas deslizantes – Consiste em umcilindro montado excêntrico na carcaça,com cavidades radiais, onde sãomontadas palhetas retráteis. O líquido éadmitido no lado de maior folga, sendolevado pelas palhetas e expulso à medidaque a folga diminui
1 BOMBAS DINÂMICAS OUTURBOBOMBAS
A energia é transferida para o líquido pela rotaçãode um eixo, onde é montado um impelidor.
Centrífugas – O líquido é aceleradoradialmente pelo impelidor, sendo a direçãode saída perpendicular ao eixo
De fluxo axial – O líquido é acelerado porarrasto pelo impelidor, sendo a direção desaída paralela ao eixo
De fluxo misto – Seu impelidor é umacomposição dos dois tipos anteriores,sendo a direção de saída inclinada ao eixo
Periféricas – O impelidor com palhetas naperiferia arrasta o fluido
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CLASSIFICAÇÃO DAS BOMBAS QUANTO AOS TIPOS
PRINCÍPIO DE FUNCIONAMENTODAS BOMBAS CENTRÍFUGAS
Impelidor – Impulsiona o líquido
Carcaça – Contém o líquido, envolvendo oimpelidor, e dispõe dos bocais de entrada(sucção) e saída (descarga)
Eixo – Atravessa a carcaça e se conecta aoimpelidor, provendo movimento rotativo
Criação de duas zonas de pressão pelomovimento de centrifugação do impelidor: a debaixa pressão na entrada succiona novaspartículas vindas da tubulação, e a de altapressão na descarga permite que o fluxo delíquido vença as perdas na descarga.
3
11RESUMO
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CURVA CARACTERÍSTICADO SISTEMA
CARGA (H OU AMT) x VAZÃO (Q)É função da diferença de elevação e diferençade pressões entre os reservatórios de sucção edescarga e das perdas de carga na tubulação.
6
CURVAS CARACTERÍSTICASDA BOMBA
Carga (H) x vazão (Q)
Potência absorvida (Potabs) x vazão (Q)
Rendimento total (�) x vazão (Q)
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BOMBAS
FATORES QUE ALTERAM AS CURVASCARACTERÍSTICAS DAS BOMBAS
DIÂMETRO DO IMPELIDOR
VARIAÇÃO DA ROTAÇÃO (N)
VARIAÇÃO DA MASSA ESPECÍFICAPotência absorvida diretamente proporcional
FLUIDOS MUITO VISCOSOSAumentam muito a potência absorvida,reduzem a carga e a vazão bombeada
São normalmente fornecidas pelo fabricante emum único gráfico, em relação a um único eixo devazão e ainda com a curva de NPSH requerido.
5
CAVITAÇÃO
A redução da pressão do líquido até a pressãocrítica (próxima à pressão de vapor – Pv)facilita a formação contínua de macrobolhas apartir das microbolhas de gases existentes.Se a pressão é levada novamente a valoresacima da pressão crítica, as bolhas geradasentram em colapso, gerando ondas dechoque e microjatos de fluido. Gera vibração,ruído e erosão na região do impelidor.
7
22RESUMO
NPSH
REQUERIDOÉ o mínimo de carga que deve haver acima daPv no bocal de sucção para que não se inicie acavitação (gráfico NPSHr x Q)
DISPONÍVELNo sistema, é o valor de carga acima da Pvexistente no bocal de sucção (gráfico NPSHd x Q)
8
DETERMINAÇÃO DODETERMINAÇÃO DODETERMINAÇÃO DODETERMINAÇÃO DODETERMINAÇÃO DOPONTO DE TRABALHO EPONTO DE TRABALHO EPONTO DE TRABALHO EPONTO DE TRABALHO EPONTO DE TRABALHO ESELEÇÃO DASELEÇÃO DASELEÇÃO DASELEÇÃO DASELEÇÃO DA BOMBABOMBABOMBABOMBABOMBA
Interseção entre as curvas de carga da bombae do sistema. Uma reta vertical identifica orendimento, a potência absorvida, NPSHrequerido e disponível (folga > 0,6m = 2ft éaceitável). Escolher nos catálogos dosfabricantes o modelo cujas curvas atendam àsnecessidades, na região de alta eficiência ecom boa folga (f).
9
ASSOCIAÇÃO DE BOMBASCENTRÍFUGASEm série Em paralelo
10
CARACTERÍSTICASGERAIS DAS TURBOBOMBAS
Responde pela maioria das aplicações,notadamente as bombas centrífugas
VANTAGENS
São acionadas por motores elétricos semmodificadores de velocidade
Trabalham em regime permanente
Apresentam flexibilidade operacional devidoàs modificações que podem ser feitas paraque se adaptem às novas condições:restrição de válvula na descarga, mudançado impelidor, variação de velocidade
Requerem menor manutenção do que asbombas alternativas
Cobrem ampla faixa de vazões
Apresentam relação de custo favorável
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Monitoramento e controle de processos
BOMBAS
CARACTERÍSTICASGERAIS DAS TURBOBOMBAS
DESVANTAGENS
Baixa eficiência para vazões muito baixas ediferenciais de pressão muito altos
Baixa eficiência para altas viscosidades
Redução da sua capacidade pelos gasesdissolvidos no líquido
Erosão acelerada causada pelossólidos em suspensão
Inadequada quando se deseja vazão constante,independente de alterações no sistema
33RESUMO
12
DETALHES CONSTRUTIVOSDAS TURBOBOMBAS
Impelidor – Abertos; semi-abertos efechados. De sucção simples e dupla sucção
Carcaça – Em voluta, com pás difusoras,concêntricas, em dupla voluta ou mista.Partidas axialmente ou radialmente
Eixo e luvas de eixo
Anéis de desgaste
Quanto à posição – Horizontais e verticais
Quanto ao número de impelidores – Simplesestágio e múltiplos estágios
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VEDAÇÃO PORSELO MECÂNICO
Caixa de selagem
Sede estacionária
Sede rotativa
Mola
Sobreposta
Conexões para líquido de selagem,refrigeração, lavagem, dreno e respiro
Câmaras para refrigeração
Selo secundário estático
Selo secundário dinâmico
Filme lubrificante
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VEDAÇÃOPOR GAXETASCaixa de gaxetas
Anéis de gaxetas
Sobreposta
Bucha de garganta ou de fundo
Conexão para líquido de selagem
Anel de lanterna
Câmara para refrigeração
São indicadas para:
Produtos limpos ou que não oferecemrestrições ao vazamento (não perigosos)
Condições de operação suaves ou moderadas
Velocidades superficiais inferioresa 900 ft/min
Líquido com boas propriedades lubrificantes
Alta deflexão do eixo na caixa de gaxetas
Alta vibração
Serviço intermitente com produtos que sesolidificam ou formam depósitos
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TIPOS BÁSICOS DEMONTAGEMInterna ou externa
Simples ou duplo
Não-balanceados
Balanceados
São indicadas para:
Produtos perigosos
Produtos caros
Líquidos com baixas propriedadeslubrificantes
Gaxetas que gerariam alto atrito,consumindo potência
Altas temperaturas que inibemo uso de gaxetas
Condições de operação cíclicas
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SENA I – P E T R O B RAS210
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MANCAIS
Os de rolamentos são os mais usados parabombas centrífugas comuns, quando a combinaçãode carregamentos elevados e velocidade não émuito severa. Os mancais de deslizamento sãousados nas condições onde os de rolamentos nãosão aconselhados e também em casos em que seutiliza o fluido bombeado para lubrificação
BOMBAS 44RESUMO
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INSPEÇÃO PRELIMINARDA BOMBA
Limpeza
Segurança
Sentido de rotação do acionador
Sistema de lubrificação
Sistemas auxiliares (água de refrigeração,líquido de selagem, vapor de aquecimento etc.)
Linhas de sucção e descarga e seusalinhamentos
Escorva da sucção
PARTIDAAUTOMÁTICA
Partir remotamente. Colocar a bomba emcondição de partida e realizar os passosnão-automatizados
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PARTIDA MANUAL
Fechar drenos
Fechar válvula de descarga – lembrar quebombas axiais partem com a válvula dedescarga aberta
Abrir válvula de recirculação se necessário
Abrir válvula de sucção
Partir o acionador
Abrir válvula de descarga vagarosamenteapós a bomba alcançar rotação normal
Fechar válvula de recirculação se necessário
Observar operação inicial do conjunto:vazamentos, temperatura, ruído, vibração,aquecimento ou qualquer comportamentoanormal etc.
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ACOMPANHAMENTO
Detectar anormalidades e intervir para evitarcondição operacional inadequada ou que umafalha mecânica se agrave. Uso de instrumentosportáteis de monitoramento e de instrumentosresidentes de monitoramento e proteção.Principais problemas que constituem falhasmecânicas: vazamentos, vibração, erosão, ruído,aquecimento excessivo, perda de eficiência
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PARADA
MANUALPassos da partida na seqüência inversa
AUTOMÁTICAParar pelo sistema de comando remoto
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Tome NotaTome Nota