552 Portugues Simulado Farias Brito

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  • Srie Ensino

    TC

    Pr-Universitrio

    ____/____/____

    Rumo ao ITA N 05

    eqUipe de LngUa portUgUesa

    portUgUsAluno(a)

    Turma Turno Data

    Sede

    N

    Professor(a)

    OSG.: 62961/12

    BRASIL, MOSTRA A TUA CARA

    A busca de uma identidade nacional preocupao deste sculo

    Ao criar um livro, um quadro ou uma cano, o artista brasileiro dos dias atuais tem uma preocupao a menos: parecer brasileiro. A noo de cultura nacional algo to incorporado ao cotidiano do pas que deixou de ser um peso para os criadores. Agora, em vez de servir ptria, eles podem servir ao prprio talento. Essa uma conquista deste sculo. Tem como marco a Semana de Arte Moderna, de 1922, uma espcie de grito de independncia artstica do pas, cem anos depois da independncia poltica. At esta data, o brasileiro era, antes de tudo, um envergonhado. Achava que pertencia a uma raa inferior e que a nica soluo era imitar os modelos culturais importados. Para acabar com esse complexo, foi preciso que um grupo de artistas de diversas reas se reunisse no Teatro Municipal de So Paulo e bradasse que ser brasileiro era bom. O escritor Mrio de Andrade lanou o projeto de uma lngua nacional. Seu colega, Oswald de Andrade, props o conceito de antropofagia, segundo o qual a cultura brasileira criaria um carter prprio depois de digerir as influncias externas.

    A Semana de 22 foi s um marco, mas pode-se dizer que ela realmente criou uma agenda cultural para o pas. Foi tentando inventar uma lngua brasileira que Graciliano Ramos e Guimares Rosa escreveram suas obras, as mais significativas do sculo XX, no pas, no campo da prosa. Foi recorrendo ao bordo da antropofagia que vrios artistas jovens, nos anos 60, inventaram a cultura pop brasileira, no movimento conhecido como tropicalismo. No plano das ideias, o sculo gerou trs obras que se tornariam clssicos da reflexo sobre o pas. Os Sertes, do carioca Euclides da Cunha, escrito em 1902, ainda influenciado por teorias racistas do sculo passado, que achavam que a mistura entre negros, brancos e ndios provocaria um enfraquecimento da raa brasileira. Mesmo assim, um livro essencial, porque o reprter Euclides, que trabalhava no jornal O Estado de S. Paulo, foi a campo cobrir a guerra de Canudos e viu na frente de combate muitas coisas que punham em questo as teorias formuladas em gabinete. Casa Grande & Senzala, do pernambucano Gilberto Freyre, apresentava pela primeira vez a miscigenao como algo positivo e buscava nos primrdios da colonizao portuguesa do pas as origens da sociedade que se formou aqui. Por ltimo, o paulista Srgio Buarque de Holanda, em Razes do Brasil, partia de premissas parecidas, mas propunha uma viso crtica, que influenciaria toda a sociologia produzida a partir de ento.

    Por Joo Gabriel de Lima. Revista Veja.

    01. Observe esta passagem: At esta data, o brasileiro era, antes de tudo, um envergonhado.

    Sobre a organizao sinttica que ela apresenta, correto afirmar que:

    A) se trata de um perodo composto por coordenao e subordinao.

    B) nela a palavra at introduz uma orao subordinada substantiva.

    C) h, em sua composio, apenas um sujeito simples, no caso, o brasileiro.

    D) a substituio de at esta data por at aquela data causaria graves mudanas semnticas ao texto.

    02. Em relao passagem Essa uma conquista deste sculo. Tem como marco a Semana de Arte Moderna de 1922, uma espcie de grito de independncia artstica do pas, cem anos depois da independncia poltica., fazem-se as seguintes afirmaes:

    I. Essa um pronome demonstrativo que, no texto, retoma o que foi expresso anteriormente e, na orao em que aparece, exerce a funo sinttica de sujeito;

    II. deste aponta para uma mensagem que ser mencionada cataforicamente no texto;

    III. Para expressar uma definio pessoal da Semana de Arte Moderna, o autor utilizou um aposto no segundo perodo.

    Est(o) correta(s):

    A) I, apenas. B) I e II, apenas. C) I e III, apenas. D) I, II e III.

    03. Analisando estes dois perodos: Ao criar um livro, um quadro ou uma cano, o artista brasileiro dos dias atuais tem uma preocupao a menos: parecer brasileiro. A noo de cultura nacional algo to incorporado ao cotidiano do pas que deixou de ser um peso para os criadores., s no possvel afirmar que neles h:

    A) uma orao que expressa valor semntico de consequncia.

    B) o uso de conjuno que expressa valor semntico de alternncia.

    C) conjuno que une termos e conjuno que une oraes.

    D) a presena de oraes coordenadas sindticas e assindticas.

    04.

    PERO VAZ DE CAMINHA

    a descoberta Seguimos nosso caminho por este mar de longo At a oitava da Pscoa Topamos aves E houvemos vista de terra

    os selvagens Mostraram-lhes uma galinha Quase haviam medo dela E no queriam por a mo E depois a tomaram como espantados

    primeiro ch Depois de danarem Diogo Dias Fez o salto real

    as meninas da gare Eram trs ou quatro moas bem moas e bem gentis Com cabelos mui pretos pelas espduas E suas vergonhas to altas e to saradinhas Que de ns as muito olharmos No tnhamos nenhuma vergonha

    ANDRADE, Oswald de. Poesias reunidas. Rio de Janeiro:

    Civilizao Brasileira, 1978, p. 80.

    BRASIL, MOSTRA A TUA CARA

    A busca de uma identidade nacional preocupao deste sculo

    Ao criar um livro, um quadro ou uma cano, o artista brasileiro dos dias atuais tem uma preocupao a menos: parecer brasileiro. A noo de cultura nacional algo to incorporado ao cotidiano do pas que deixou de ser um peso para os criadores. Agora, em vez de servir ptria, eles podem servir ao prprio talento. Essa uma conquista deste sculo. Tem como marco a Semana de Arte Moderna, de 1922, uma espcie de grito de independncia artstica do pas, cem anos depois da independncia poltica. At esta data, o brasileiro era, antes de tudo, um envergonhado. Achava que pertencia a uma raa inferior e que a nica soluo era imitar os modelos culturais importados. Para acabar com esse complexo, foi preciso que um grupo de artistas de diversas reas se reunisse no Teatro Municipal de So Paulo e bradasse que ser brasileiro era bom. O escritor Mrio de Andrade lanou o projeto de uma lngua nacional. Seu colega, Oswald de Andrade, props o conceito de antropofagia, segundo o qual a cultura brasileira criaria um carter prprio depois de digerir as influncias externas.

    A Semana de 22 foi s um marco, mas pode-se dizer que ela realmente criou uma agenda cultural para o pas. Foi tentando inventar uma lngua brasileira que Graciliano Ramos e Guimares Rosa escreveram suas obras, as mais significativas do sculo XX, no pas, no campo da prosa. Foi recorrendo ao bordo da antropofagia que vrios artistas jovens, nos anos 60, inventaram a cultura pop brasileira, no movimento conhecido como tropicalismo. No plano das ideias, o sculo gerou trs obras que se tornariam clssicos da reflexo sobre o pas. Os Sertes, do carioca Euclides da Cunha, escrito em 1902, ainda influenciado por teorias racistas do sculo passado, que achavam que a mistura entre negros, brancos e ndios provocaria um enfraquecimento da raa brasileira. Mesmo assim, um livro essencial, porque o reprter Euclides, que trabalhava no jornal O Estado de S. Paulo, foi a campo cobrir a guerra de Canudos e viu na frente de combate muitas coisas que punham em questo as teorias formuladas em gabinete. Casa Grande & Senzala, do pernambucano Gilberto Freyre, apresentava pela primeira vez a miscigenao como algo positivo e buscava nos primrdios da colonizao portuguesa do pas as origens da sociedade que se formou aqui. Por ltimo, o paulista Srgio Buarque de Holanda, em Razes do Brasil, partia de premissas parecidas, mas propunha uma viso crtica, que influenciaria toda a sociologia produzida a partir de ento.

    Por Joo Gabriel de Lima. Revista Veja.

    01. Observe esta passagem: At esta data, o brasileiro era, antes de tudo, um envergonhado.

    Sobre a organizao sinttica que ela apresenta, correto afirmar que:

    A) se trata de um perodo composto por coordenao e subordinao.

    B) nela a palavra at introduz uma orao subordinada substantiva.

    C) h, em sua composio, apenas um sujeito simples, no caso, o brasileiro.

    D) a substituio de at esta data por at aquela data causaria graves mudanas semnticas ao texto.

    02. Em relao passagem Essa uma conquista deste sculo. Tem como marco a Semana de Arte Moderna de 1922, uma espcie de grito de independncia artstica do pas, cem anos depois da independncia poltica., fazem-se as seguintes afirmaes:

    I. Essa um pronome demonstrativo que, no texto, retoma o que foi expresso anteriormente e, na orao em que aparece, exerce a funo sinttica de sujeito;

    II. deste aponta para uma mensagem que ser mencionada cataforicamente no texto;

    III. Para expressar uma definio pessoal da Semana de Arte Moderna, o autor utilizou um aposto no segundo perodo.

    Est(o) correta(s):

    A) I, apenas. B) I e II, apenas. C) I e III, apenas. D) I, II e III.

    03. Analisando estes dois perodos: Ao criar um livro, um quadro ou uma cano, o artista brasileiro dos dias atuais tem uma preocupao a menos: parecer brasileiro. A noo de cultura nacional algo to incorporado ao cotidiano do pas que deixou de ser um peso para os criadores., s no possvel afirmar que neles h:

    A) uma orao que expressa valor semntico de consequncia.

    B) o uso de conjuno que expressa valor semntico de alternncia.

    C) conjuno que une termos e conjuno que une oraes.

    D) a presena de oraes coordenadas sindticas e assindticas.

    04.

    PERO VAZ DE CAMINHA

    a descoberta Seguimos nosso caminho por este mar de longo At a oitava da Pscoa Topamos aves E houvemos vista de terra

    os selvagens Mostraram-lhes uma galinha Quase haviam medo dela E no queriam por a mo E depois a tomaram como espantados

    primeiro ch Depois de danarem Diogo Dias Fez o salto real

    as meninas da gare Eram trs ou quatro moas bem moas e bem gentis Com cabelos mui pretos pelas espduas E suas vergonhas to altas e to saradinhas Que de ns as muito olharmos No tnhamos nenhuma vergonha

    ANDRADE, Oswald de. Poesias reunidas. Rio de Janeiro:

    Civilizao Brasileira, 1978, p. 80.

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    tC Portugus

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    A converso de substantivos em adjetivos, isto , tomar uma palavra designadora (substantivo) e us-la como caracterizadora (adjetivo), constitui um procedimento comum em lngua portuguesa.

    Assinale a opo em que a palavra em destaque exemplifica este procedimento de converso de substantivo em adjetivo.

    A) Fez o salto real (v. 14) B) Eram trs ou quatro moas bem moas e bem gentis

    (v. 16) C) Com cabelos mui pretos pelas espduas (v. 17) D) E suas vergonhas to altas e to saradinhas. (v. 18)

    05. Leia os textos a seguir.

    Texto I

    Vou retratar a Marlia,

    A Marlia, meus amores;

    Porm como? se eu no vejo

    Quem me empreste as finas cores!

    Dar-mas a terra no pode;

    No, que a sua cor mimosa

    Vence o lrio, vence a rosa,

    O jasmim, e as outras flores.

    Ah! socorre, Amor, socorre

    Ao mais grato empenho meu!

    Voa sobre os Astros, voa,

    Traze-me as tintas do Cu. Gonzaga, 1992, p. 44-45. Lira VII, parte 1.

    Texto II

    Que havemos desperar, Marlia bela?

    Que vo passando os florescentes dias?

    As glrias, que vm tarde, j vm frias;

    E pode enfim mudar-se a nossa estrela.

    Ah! no, minha Marlia,

    Aproveite-se o tempo, antes que faa

    O estrago de roubar ao corpo as foras,

    E ao semblante a graa. Gonzaga, 1992, p. 64-65. Lira XIV, parte 1.

    Faa uma anlise interpretativa dos fragmentos anteriores,

    retirados das liras VII e XIV de Marlia de Dirceu, de

    Toms Antnio Gonzaga, e assinale a alternativa

    incorreta.

    A) O tempo figura como agente destruidor da beleza de

    Marlia, por isso o pastor aconselha a pastora a

    aproveitar a vida.

    B) O poeta Gonzaga estabelece um dilogo intertextual

    com a mitologia greco-latina quando recupera a figura

    do deus do amor.

    C) O pastor exalta a beleza de Marlia atravs de

    elementos da natureza e expressa um modelo de vida

    simples.

    D) O poeta Gonzaga revela, atravs da delegao

    potica, o estado de esprito do pastor Dirceu que se

    encontra preso e longe da amada Marlia.

    06. Faa uma leitura atenta dos textos a seguir.

    Texto I

    Pretende, Doroteu, o nosso chefe

    erguer uma cadeia majestosa,

    que possa escurecer a velha fama

    da torre de Babel e mais dos grandes,

    custosos edifcios que fizeram,

    para sepulcros seus, os reis do Egito.

    Talvez, prezado amigo, que imagine

    que neste monumento se conserve,

    eterna, a sua glria, bem que os povos,

    ingratos, no consagrem ricos bustos

    nem montadas esttuas ao seu nome.

    Desiste, louco chefe, dessa empresa:

    um soberbo edifcio, levantado

    sobre ossos de inocentes, construdo

    com lgrimas dos pobres, nunca serve

    de glria ao seu autor, mas sim de oprbrio.

    3 Carta. Gonzaga, 1996. p. 814.

    Texto II

    Frequentemente reexaminava em cima da mesa o projeto, maravilhado com os resultados obtidos em cada detalhe e sentindo o meu perfil crescer para a histria livre, desenvolto e sobranceiro acima daquela vila de modestos casares de pau-a-pique, acima daquela populao incaracterstica que contra mim aulava um poeta annimo, falsamente encarnado na pele de um hispano-americano mentiroso residente em Santiago do Chile. A verve canalha do despersonalizado que fugia a se identificar publicamente circulava em manuscritos. Condenava o porte da construo, considerado desproporcional com relao ao que existia em torno, e defendia os vagabundos cujos restos de energia til procurava aproveitar. Que continuassem a protestar.

    Mouro, 1991, p. 42.

    Compare os dois textos, retirados de Cartas Chilenas (sculo XVIII), de Toms Antnio Gonzaga, e Boca de Chafariz (sculo XX), de Rui Mouro, e marque a alternativa incorreta.

    A) No texto II, o personagem Lus da Cunha Meneses um personagem fantasma da Inconfidncia Mineira, que apresenta o seu ponto de vista em relao sua histria e sua obra: a construo da cadeia.

    B) No texto II, o personagem fantasma Lus da Cunha Meneses faz uma avaliao do passado e v o autor das cartas satricas como um poeta importante para a histria da Inconfidncia.

    C) No texto I, o personagem Critilo porta-voz de um discurso legalista contra as injustias e os desmandos do governador de Minas Gerais, nomeado como Fanfarro Minsio.

    D) No texto I, o poeta Gonzaga, com ferina anlise crtica, serviu-se do pseudnimo de Critilo para desmoralizar o governador e capito general.

    A converso de substantivos em adjetivos, isto , tomar uma palavra designadora (substantivo) e us-la como caracterizadora (adjetivo), constitui um procedimento comum em lngua portuguesa.

    Assinale a opo em que a palavra em destaque exemplifica este procedimento de converso de substantivo em adjetivo.

    A) Fez o salto real (v. 14) B) Eram trs ou quatro moas bem moas e bem gentis

    (v. 16) C) Com cabelos mui pretos pelas espduas (v. 17) D) E suas vergonhas to altas e to saradinhas. (v. 18)

    05. Leia os textos a seguir.

    Texto I

    Vou retratar a Marlia,

    A Marlia, meus amores;

    Porm como? se eu no vejo

    Quem me empreste as finas cores!

    Dar-mas a terra no pode;

    No, que a sua cor mimosa

    Vence o lrio, vence a rosa,

    O jasmim, e as outras flores.

    Ah! socorre, Amor, socorre

    Ao mais grato empenho meu!

    Voa sobre os Astros, voa,

    Traze-me as tintas do Cu. Gonzaga, 1992, p. 44-45. Lira VII, parte 1.

    Texto II

    Que havemos desperar, Marlia bela?

    Que vo passando os florescentes dias?

    As glrias, que vm tarde, j vm frias;

    E pode enfim mudar-se a nossa estrela.

    Ah! no, minha Marlia,

    Aproveite-se o tempo, antes que faa

    O estrago de roubar ao corpo as foras,

    E ao semblante a graa. Gonzaga, 1992, p. 64-65. Lira XIV, parte 1.

    Faa uma anlise interpretativa dos fragmentos anteriores,

    retirados das liras VII e XIV de Marlia de Dirceu, de

    Toms Antnio Gonzaga, e assinale a alternativa

    incorreta.

    A) O tempo figura como agente destruidor da beleza de

    Marlia, por isso o pastor aconselha a pastora a

    aproveitar a vida.

    B) O poeta Gonzaga estabelece um dilogo intertextual

    com a mitologia greco-latina quando recupera a figura

    do deus do amor.

    C) O pastor exalta a beleza de Marlia atravs de

    elementos da natureza e expressa um modelo de vida

    simples.

    D) O poeta Gonzaga revela, atravs da delegao

    potica, o estado de esprito do pastor Dirceu que se

    encontra preso e longe da amada Marlia.

    06. Faa uma leitura atenta dos textos a seguir.

    Texto I

    Pretende, Doroteu, o nosso chefe

    erguer uma cadeia majestosa,

    que possa escurecer a velha fama

    da torre de Babel e mais dos grandes,

    custosos edifcios que fizeram,

    para sepulcros seus, os reis do Egito.

    Talvez, prezado amigo, que imagine

    que neste monumento se conserve,

    eterna, a sua glria, bem que os povos,

    ingratos, no consagrem ricos bustos

    nem montadas esttuas ao seu nome.

    Desiste, louco chefe, dessa empresa:

    um soberbo edifcio, levantado

    sobre ossos de inocentes, construdo

    com lgrimas dos pobres, nunca serve

    de glria ao seu autor, mas sim de oprbrio.

    3 Carta. Gonzaga, 1996. p. 814.

    Texto II

    Frequentemente reexaminava em cima da mesa o projeto, maravilhado com os resultados obtidos em cada detalhe e sentindo o meu perfil crescer para a histria livre, desenvolto e sobranceiro acima daquela vila de modestos casares de pau-a-pique, acima daquela populao incaracterstica que contra mim aulava um poeta annimo, falsamente encarnado na pele de um hispano-americano mentiroso residente em Santiago do Chile. A verve canalha do despersonalizado que fugia a se identificar publicamente circulava em manuscritos. Condenava o porte da construo, considerado desproporcional com relao ao que existia em torno, e defendia os vagabundos cujos restos de energia til procurava aproveitar. Que continuassem a protestar.

    Mouro, 1991, p. 42.

    Compare os dois textos, retirados de Cartas Chilenas (sculo XVIII), de Toms Antnio Gonzaga, e Boca de Chafariz (sculo XX), de Rui Mouro, e marque a alternativa incorreta.

    A) No texto II, o personagem Lus da Cunha Meneses um personagem fantasma da Inconfidncia Mineira, que apresenta o seu ponto de vista em relao sua histria e sua obra: a construo da cadeia.

    B) No texto II, o personagem fantasma Lus da Cunha Meneses faz uma avaliao do passado e v o autor das cartas satricas como um poeta importante para a histria da Inconfidncia.

    C) No texto I, o personagem Critilo porta-voz de um discurso legalista contra as injustias e os desmandos do governador de Minas Gerais, nomeado como Fanfarro Minsio.

    D) No texto I, o poeta Gonzaga, com ferina anlise crtica, serviu-se do pseudnimo de Critilo para desmoralizar o governador e capito general.

  • OSG.: 62961/12

    tC Portugus

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    07.

    I

    Um anjo veio e deu vida

    Ao peito de amores nu:

    Minhalma agora remida

    Adora o anjo que s tu.

    Casimiro de Abreu

    II

    E vendo os vales e os montes

    E a ptria que Deus nos deu,

    Possamos dizer contentes:

    Tudo isso que vejo meu!"

    Gonalves Dias

    Os excertos poticos acima transcritos pertencem ao Romantismo porque:

    A) o sentimento cvico, o esprito religioso, a divinizao do elemento feminino presentes nos versos enquadram-se na viso de mundo da esttica romntica.

    B) constatamos uma viso platonizante da amada na 1 estrofe, e presena de um nacionalismo crtico na 2 estrofe, caractersticas da fase ultrarromntica do movimento.

    C) a despreocupao formal que enforma os versos dos fragmentos refora a postura libertria dos poetas romnticos, sobretudo, em relao criao potica.

    D) ocorre formalizao do eterno conflito entre o bem e o mal, o corpo e a matria, amplamente tratado pela esttica romntica.

    08. Numere a primeira coluna de acordo com a segunda.

    Coluna I Coluna II

    ( ) Compensao de frustraes

    sentimentais na fuga da realidade

    atravs da imaginao.

    ( 1 )

    ( 2 )

    ( 3 )

    Romantismo

    Barroco

    Quinhentismo ( ) Literatura de informao que

    resgata as origens da

    nacionalidade brasileira, refletindo

    um certo didatismo.

    ( ) Reconhecimento da realidade

    atravs dos sentidos, revelando

    uma preocupao com aspectos

    religiosos.

    ( ) Utilizao de linguagem

    simblica para a expresso da

    fugacidade das coisas, marcada

    pelo paradoxo e pela gradao.

    A sequncia correta :

    A) 3 2 2 1 1 B) 3 1 3 1 2 C) 1 3 2 2 1 D) 1 3 2 1 2

    09. O homem de todas as pocas se preocupa com a natureza. Cada perodo a v de modo particular. No Romantismo, a natureza aparece como:

    A) um cenrio cientificamente estudado pelo homem; a natureza mais importante que o elemento humano.

    B) um cenrio esttico, indiferente; s o homem se projeta em busca de sua realizao.

    C) um cenrio sem importncia nenhuma; apenas pano de fundo para as emoes humanas.

    D) confidente do poeta, que compartilha seus sentimentos com a paisagem; a natureza se modifica de acordo com o estado emocional do poeta.

    GABARITO 01 02 03 04 05 C C D B D 06 07 08 09 B A C D

    07.

    I

    Um anjo veio e deu vida

    Ao peito de amores nu:

    Minhalma agora remida

    Adora o anjo que s tu.

    Casimiro de Abreu

    II

    E vendo os vales e os montes

    E a ptria que Deus nos deu,

    Possamos dizer contentes:

    Tudo isso que vejo meu!"

    Gonalves Dias

    Os excertos poticos acima transcritos pertencem ao Romantismo porque:

    A) o sentimento cvico, o esprito religioso, a divinizao do elemento feminino presentes nos versos enquadram-se na viso de mundo da esttica romntica.

    B) constatamos uma viso platonizante da amada na 1 estrofe, e presena de um nacionalismo crtico na 2 estrofe, caractersticas da fase ultrarromntica do movimento.

    C) a despreocupao formal que enforma os versos dos fragmentos refora a postura libertria dos poetas romnticos, sobretudo, em relao criao potica.

    D) ocorre formalizao do eterno conflito entre o bem e o mal, o corpo e a matria, amplamente tratado pela esttica romntica.

    08. Numere a primeira coluna de acordo com a segunda.

    Coluna I Coluna II

    ( ) Compensao de frustraes

    sentimentais na fuga da realidade

    atravs da imaginao.

    ( 1 )

    ( 2 )

    ( 3 )

    Romantismo

    Barroco

    Quinhentismo ( ) Literatura de informao que

    resgata as origens da

    nacionalidade brasileira, refletindo

    um certo didatismo.

    ( ) Reconhecimento da realidade

    atravs dos sentidos, revelando

    uma preocupao com aspectos

    religiosos.

    ( ) Utilizao de linguagem

    simblica para a expresso da

    fugacidade das coisas, marcada

    pelo paradoxo e pela gradao.

    A sequncia correta :

    A) 3 2 2 1 1 B) 3 1 3 1 2 C) 1 3 2 2 1 D) 1 3 2 1 2

    09. O homem de todas as pocas se preocupa com a natureza. Cada perodo a v de modo particular. No Romantismo, a natureza aparece como:

    A) um cenrio cientificamente estudado pelo homem; a natureza mais importante que o elemento humano.

    B) um cenrio esttico, indiferente; s o homem se projeta em busca de sua realizao.

    C) um cenrio sem importncia nenhuma; apenas pano de fundo para as emoes humanas.

    D) confidente do poeta, que compartilha seus sentimentos com a paisagem; a natureza se modifica de acordo com o estado emocional do poeta.

    GABARITO 01 02 03 04 05 C C D B D 06 07 08 09 B A C D

    Anotaes

    AN 18/08/12 Rev.: Tony

  • OSG.: 62961/12

    tC Portugus

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