55594828 NBR 11682 2006 Estabilidade de Encosta

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    Projeto NBR 11682:2006Projeto NBR 11682:2006 verso 18 de maio de 2006

    Sede:

    Rio de Janeiro

    Av. Treze de Maio, 13 / 28 andar

    CEP 20003-900 Caixa Postal 1680

    Rio de Janeiro RJ

    Tel.: PABX (21) 210-3122

    Fax: (21) 220-1762/220-6436

    Endereo eletrnico:

    www.abnt.org.br

    ABNT Associao

    Brasileira deNormas Tcnicas

    Copyright 2000,

    ABNTAssociao Brasileira de

    Norma s Tcnicas

    Printed in Brazil/

    Impresso no Brasil

    Todos os direitos reservados

    MAIO 2006 Projeto NBR 11682

    Origem: NBR 11682: 1991

    ABNT/CB-02 - Comit Brasileiro de Construo Civil

    CE-02:004.07 - Comisso de estudo de estabilidade de taludes

    Slope Stability

    Descriptors: Slope

    Esta Norma substitu a(s) NBR 11682:1991

    Palavra(s)-chave: Encosta, Talude 18 pginas

    Sumrio

    Prefcio1 Objetivo2 Referncias normativas3 Definies4 Condies gerais5 Procedimentos preliminares

    6 Investigaes do terreno7 Projeto8 Execuo de obras9Acompanhamento10 Manuteno11 MonitoramentoANEXOS

    A DenifiesB Laudo de vistoria

    Prefcio

    A ABNT Associao Brasileira de Normas Tcnicas o Frum Nacional de Normalizao. As Normas Brasileiras, cujocontedo de responsabilidade dos Comits Brasileiros (ABNT/CB) e dos Organismos de Normalizao Setorial (ONS),so elaboradas por Comisses de Estudo (ABNT/CE), formadas por representantes dos setores envolvidos, delas fazendoparte: produtores, consumidores e neutros (universidades, laboratrios e outros).

    Os Projetos de Norma Brasileira, elaborados no mbito dos ABNT/CB e ONS circulam para Consulta Pblica entre osassociados da ABNT e demais interessados.

    1Objetivo

    Esta Norma prescreve as condies exigveis no estudo e controle da estabilidade de encostas naturais e de taludesresultantes de cortes e aterros realizados em encostas. Abrange, tambm, as condies para projeto, execuo, controlee observao de obras de estabilizao. No esto includas nesta Norma as condies especficas aplicveis a taludes decavas de minerao e barragens, bem como qualquer outra situao distinta que no envolva encostas.

    2Referncia normativa

    NBR 11682 - Estabilidade de encostas

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    As normas relacionadas a seguir contm disposies que, ao serem citadas neste texto, constituem prescries para estaNorma. A edio indicada estava em vigor no momento desta publicao. Como toda norma est sujeita a reviso,recomenda-se queles que realizam acordos com base nesta que verifiquem a convenincia de se usar a edio maisrecente da norma citada a seguir. A ABNT possui a informao das normas em vigor em um dado momento.

    a) Normas ABNT

    NBR-6118: ____ - Projeto e construo de obras de concreto armado

    NBR-6122: ____ - Projeto e execuo de fundaes

    NBR-6497: ____ - Levantamento geotcnico (AINDA NO CITADA)

    NBR-8044: ____ - Projeto geotcnico

    NBR-9288: ____ - Emprego de terrenos reforados

    NBR-9286: ____ - Terra armada

    NBR-9285: ____ - Microancoragem

    NBR-6501: ____ - Rochas e solos

    NBR-9604: ____ - Abertura de poo e trincheira de inspeo em solo, com retirada de amostras deformadas eindeformadas

    NBR-9820: ____ - Coleta de amostras indeformadas em solo em furos de sondagem

    NBR-6484: ____ - Execuo de sondagens de simples reconhecimento dos solos

    NBR-9061: ____ - Segurana de escavaes a cu aberto

    NBR-12589: ____ - Proteo de taludes e fixao de margens em obras porturias

    NBR-5629: ____ - Execuo de tirantes ancorados no terreno

    NBR-13896: ____ - Aterros de resduos no perigosos critrios para projeto, implantao e operao..(AINDA NOCITADA)

    NBR-5681: ____ - Controle tecnolgico da execuo de aterros em obras de edificaes.(AINDA NO CITADA)

    NBR-9653: ____ - Guia para avaliao dos efeitos provocados pelo uso de explosivos nas mineraes em reas urbanas procedimento

    NBR-13602: ____ - Avaliao de dispersibilidade de solos argilosos pelo ensaio sedimentomtrico comparativo (ensaio de

    disperso SCS (AINDA NO CITADA)b) Normas ASTM (NENHUMA CITADA DEVEM SAIR SE NO CITADAS)

    D2216: 1998 - Standard test method for laboratory determination of water (moistures) content of soil and rock mass bymass

    D2850: 2003 - Standard test method for unconsolidated undrained triaxial compression test for cohesive soils

    D3080: 2004 - Standard test method for direct shear test of soils under consolidated drained conditions

    D3213: 2003 - Standard practices for handling, storing and preparing soft undisturbed marine soil

    D4220: 2000 - Standard practices for preserving and transporting soil samples

    D4254: 2000 - Standard test methods for minimum index density and unit weight of soils and calculation of relative density

    D4648: 2000 - Standard test method for laboratory miniature vane shear test for saturated fine-grained clayey soil

    D4767: 2004 - Standard test method for consolidated undrained triaxial compression test for cohesive soils

    D6026: 2001 - Standard practice for using significant digits in geotechnical data

    c) Normas DNIT (NOA CITADA DEVE SAIR SE NO CITADA)

    DNER-ME 093: 1994 - Solos Determinao da densidade real

    3Definies

    Para efeitos desta Norma, aplicam-se as seguintes definies:

    3.1 altura do talude (aplicvel a cortes e aterros): Distncia, medida na vertical, entre o topo e o p do talude em estudo, aolongo da reta de maior declive da encosta.

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    3.2 ngulo mdio do talude (aplicvel a cortes e aterros):

    ngulo, com a horizontal, da reta de maior declive que passa pelop e pelo topo de um talude.

    3.3 ngulo parcial do talude (aplicvel a cortes e aterros):

    ngulo, com a horizontal, da reta de maior declive que define umsegmnento de face do talude.

    3.4 chumbador: Elemento estrutural, em geral uma barra de ao, introduzido em furo aberto no macio rochoso, ao qual sefixa por calda e/ou argamassa de cimento e/ou por dispositivo mecnico. A extremidade externa da barra fixada aoelemento (por exemplo: muro de concreto, lasca de rocha, etc.) que se pretende fixar superfcie rochosa. O chumbadorno protendido, sendo assim um elemento passivo.

    3.5 Extenso do talude: Medida em planta deo seu contorno ou desenvolvimento ao nvel do p.

    3.6 fator de segurana (em relao resistncia ao cisalhamento do solo): Relao entre esforos estabilizantes (resistentes)e esforos instabilizantes (atuantes), para determinado mtodo de clculo adotado.

    3.7 grampo: Elemento de reforo do terreno constitudo de perfurao preenchida com calda de cimento, argamassa,compsito ou outro aglutinante e elemento resistente trao/cisalhamento. Tem a finalidade de distribuir cargas ao longode todo o seu comprimento interagindo com o terreno circunvizinho, podendo parte da carga mobilizada ser absorvida pelacabea. A mobilizao de carga no grampo induzida pela deformao do terreno ou pequena cxarega aplicada naextremidade. Diferem dos tirantes conforme descrito na NBR-5629 por no apresentarem trecho livre e serem passivos.

    3.8 modelo geotcnico-geolgico: Representao, por meio de sees, vistas e/ou blocos-diagramas, das caractersticasgeolgicas e geotcnicas bsicas do subsolo, assim como da superfcie do trecho que interessa ao estudo de estabilidadedo talude ou da encosta.

    3.9 p de talude (aplicvel a cortes e aterros): Parte mais baixa de um talude ou de um trecho dele.3.10 retaludamento: Obra de mudana da inclinao e/ou da altura de um talude, objetivando melhorar suas condies deestabilidade.

    3.11ruptura de um talude: Modificao da geometria do talude ocasionada por escorregamento ao longo de umasuperfcie.

    3.12 suborizontal: Plano ou reta pouco inclinados em relao horizontal.

    3.13 sub-vertical: Plano ou reta pouco inclinados em relao vertical.

    3.14 subsidncia:Afundamento de uma rea ou superfcie do terreno em relao sua situao original.

    3.15 talude artificial: Talude formado por aterro ou modificado por obras.

    3.16 talude natural: Talude formado pela natureza, sem interferncia humana.

    3.17 tirante injetado: De acordo com a Norma NBR-5629/96, tirantes injetados so peas especialmente montadas, tendocomo componente principal um ou mais elementos resistentes trao, que so introduzidos no terreno em perfuraoprpria, nas quais por meio de injeo de calda de cimento (ou outro aglutinante) em parte dos elementos, forma um bulbode ancoragem que ligado estrutura atravs do elemento resistente trao e da cabea do tirante. Para outros tiposde tirante, ver Norma NBR-5629/96.

    3.18 topo ou crista do talude (aplicvel a cortes e aterros): Parte mais elevada de um talude ou de um trecho dele.

    3.19 velocidade residual: Velocidade dos deslocamentos do talude ou de partes do mesmo aps a implantao de obras deestabilizao.

    3.20retro-anlise: Anlise de estabilidade elaborada com o conheciment o da geometria real da superfcie de ruptura ocorrida e outrosfatores que estavam presentes no momento da rotura, como sobrecargas, posio do nvel de gua, sismos, e outros .

    A Figura A1 do Anexo A, aplica-se a cortes e aterros e ilustra as definies 3.1, 3.2, 3.3, 3.5, 3.9; 3.18.

    4Condies gerais

    Esta norma define os estudos relacionados estabilidade de encostas e s minoraes dos efeitos de sua instabilidadeem reas especficas, pr-definidas, objetivando definir as intervenes a serem relacionadas, a elaborao de projetos, aexecuo de obras ou servios de implantao, o acompanhamento dos mesmos e a manuteno de tais obras ouservios.

    Tendo em vista que a rea de estudo pode ser influenciada por fatores externos e mais abrangentes e/ou legais, devemser consideradas e analisadas tais condicionantes, antes do estudo especfico para o local.

    Esta norma define, dentro de uma organizao cronolgica, as etapas e as prescries a respeito da estabilidade deencostas em reas especficas, conforme a seguir itemizado.

    4.1Procedimentos Preliminares

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    Os procedimentos preliminares indicados nesta Norma so de carter obrigatrio e visam o conhecimento dascaractersticas do local, a consulta a mapas e levantamentos disponveis, a verificao de restries legais e ambientais, aelaborao de laudo de vistoria (Anexo B), a avaliao da necessidade de implantao de medidas emergenciais e aprogramao de investigaes geotcnicas e geolgicas. O detalhamento dos procedimentos preliminares obrigatrios apresentado no item 5.

    4.2Investigaes

    Incluem investigaes geotcnicas, geolgicas e outras, inclusive geomorfolgicas, topogrficas e geo-hidrolgicas.

    Abrangem levantamentos locais, coleta de dados, ensaios in situ e de laboratrio, bem como o uso de instrumentaoadequada para estabelecer um modelo geotcnico-geolgico.

    As investigaes de cunho obrigatrio so definidas no item 6.

    4.3Projeto

    Esta etapa corresponde caracterizao do perfil geolgico-geotcnico (uma seo ou mais), incluindo definio domodelo de clculo com os respectivos parmetros, diagnstico e concepo do projeto (com possveis alternativas) edetalhamento da obra com as respectivas fases de execuo.

    No item 7 so apresentados os estudos obrigatrios, os critrios a serem adotados e os elementos a serem apresentadosno projeto.

    Numa fase preliminar pode ser elaborado um Anteprojeto, com a finalidade de avaliao de oramentos, concepo dealternativas de projeto, programao da obra futura ou de qualquer outra finalidade que se mostre justificvel. Neste caso,

    obrigatria a definio clara de todos os elementos avaliados e utilizados na concepo e no detalhamento doAnteprojeto, sendo recomendvel a execuo de um nmero mnimo de sondagens de reconhecimento e levantamentotopogrfico.

    No caso de local com instabilidade j ocorrida ou com indcios de instabilidade iminente, devero ser estudados osprocessos indutores da instabilidade, bem como de todas as demais possibilidades de instabilizao, incluindorecomendaes para possveis aes emergenciais.

    4.4Execuo de Obra

    Abrange as consideraes bsicas de tcnicas de execuo, seqncia executiva, detalhes de acabamentos, segurana econtrole de qualidade, bem como a documentao necessria para arquivo, incluindo os ajustes executados no projetodurante as obras, em documento de reviso do projeto como construdo (as built).

    As prescries da execuo de obras esto detalhadas no item 8.

    4.5Acompanhamento

    So definidos no item 9 os cr itrios de acompanhamento das obras durante a execuo, de forma a garantir o fielcumprimento do projeto, incluindo as adaptaes necessrias para manuteno de sua concepo.

    4.6Manuteno

    Esta norma caracteriza e define, no item 10, as necessidades de manuteno das obras em encostas, ps construo.Tem como objetivo a durabilidade das obras e a manuteno da estabilidade da encosta ao longo do tempo, de acordocom o Manual do Usurio.

    5Procedimentos preliminares

    Os procedimentos preliminares a seguir descritos so obrigatrios para a elaborao de projetos de estabilizao deencostas e/ou de obras de engenharia em regies de encostas.

    5.1Levantamento de informaes disponveis

    Devero ser pesquisados os dados histricos disponveis relativos topografia, geologia e dados geotcnicos locais, almde informaes sobre ocupaes, condies de vizinhana, cursos de gua, histricos de deslizamentos e demaiscaractersticas que permitam a visualizao da encosta em questo, inclusive sob o aspecto de insero no ambiente. Olevantamento inclui consulta a mapas regionais ou setoriais de risco e de susceptibilidade de escorregamentos, bem comoa mapas geotcnicos e geolgicos, quando disponveis. A consulta a esses mapas dever ser feita junto aos rgosFederais, Estaduais e Municipais competentes, podendo ser complementada por estudos disponveis em universidades ecentros de pesquisa, atravs de teses e relatrios de pesquisa.

    5.2Verificao das restries legais e ambientais execuo de obras e quanto a interferncias com edificaes e instalaespresentes

    Para verificao das restries legais e ambientais e das interferncias com edificaes, dutos, cabos e outros elementos,enterrados ou no, dever ser consultada a legislao especfica aplicvel, nas esferas Federal, Estadual e Municipal.

    5.3Vistoria da rea por engenheiro geotcnico e/ou gelogo de engenharia

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    Aps o levantamento dos dados listados nos itens 5.1 e 5.2, dever ser feita inspeo detalhada ao local em estudo, porengenheiro geotcnico e/ou gelogo de engenharia, aps a qual dever ser emitido um laudo de vistoria com informaesbsicas sobre o local, data da vistoria, tipo de ocupao, tipo de vegetao, condies de drenagem, tipo de relevo enatureza da encosta, geometria, existncia de obras de conteno (com indicativo do seu estado atual),condies desaturao, indcios de artesianismo, natureza do material, possibilidade de movimentao, grau de risco, tipologia depossveis movimentos, indicao de elementos em risco (vidas e propriedades), tipo provvel de superfcie dedeslizamento e possveis conseqncias. Essas informaes devero ser indicadas em uma planilha especfica, cujomodelo est indicado no Anexo B. O laudo dever ser complementado por uma descrio detalhada da vistoria, incluindoobrigatoriamente um documentrio fotogrfico e um croqui indicativo dos pontos mais relevantes observados. Dever ainda

    ser indicado, se possvel, o diagnstico preliminar sobre as causas de instabilidades j ocorridas e/ou a possibilidade deinstabilizaes iminentes. No laudo de vistoria dever constar, em local de destaque, a identificao profissional doresponsvel pela vistoria.

    5.4Avaliao da necessidade de implantao de medidas emergenciais

    Com base no laudo de vistoria, dever ser avaliada a necessidade de implantao de medidas emergenciais para aproteo de vidas e de propriedades, em situaes de risco iminente. As medidas emergenciais podero constar deindicao da evacuao e interdide prdios pblicos, residenciais e comerciais, interrupes ao trfego de veculos epedestres, drenagem superficial e profunda, escoramentos, remoo de sobrecargas, pequenos retaludamentos,lanamento de aterro ao p de taludes (diminuindo sua altura e aumentando a resistncia passiva), proteo superficial detaludes expostos por lona, ou qualquer outra medida emergencial julgada cabvel. As medidas emergenciais podero serapresentadas em relatrio especfico ou incorporadas no laudo de vistoria.

    5.5Programao de investigaes geotcnicas e de instrumentao geotcnica preliminares

    Com base nas informaes disponveis nos itens 5.1 a 5.4 acima, podero ser programadas investigaes geotcnicase/ou instrumentao preliminares para consolidao do laudo de vistoria. Os detalhamentos das investigaes geotcnicase geolgicas, bem como da instrumentao de campo, esto descritos no item 6.

    6Investigaes do terreno

    O objetivo principal das investigaes definir sees transversais e longitudinais encosta que represente, com a maiorfidelidade possvel, as caractersticas topogrficas e geolgico-geotcnicas do talude em estudo, ressaltando a estratigrafiae as propriedades geomecnicas.

    As investigaes e levantamentos de carter genrico, necessrios para o desenvolvimento de um projeto geotcnicoencontram-se relacionados na norma NBR 8044.

    O perfil geolgico-geotcnico obtido a partir das investigaes do terreno e compreendendo as camadas do solo e rochas,com suas caractersticas fsicas e mecnicas, constitui um elemento obrigatrio para o estudo/projeto de estabilizao daencosta.

    6.1Dados cartogrficos

    As informaes preliminares , referidas no item 4.1, devero ser complementadas atravs da pesquisa e obteno, casodisponveis, em mapas e restituies aerofotogramtricas da regio em estudo.

    6.2Levantamento topogrfico

    Dever ser orientado por engenheiro geotcnico ou gelogo de engenharia, que indicar sees e pontos obrigatrios deinteresse geotcnico, bem como a abrangncia da rea levantada.

    Para elaborao do estudo, dever ser realizado levantamento topogrfico plani-altimtrico, com curvas de nvel, emescala compatvel com as dimenses da encosta . O levantamento dever indicar claramente o contorno da reaescorregada (se for o caso), a locao das investigaes geotcnicas, se disponvel, construes eventualmenteexistentes e quaisquer outras estruturas, vias pblicas, cursos e surgncias de gua, afloramentos e blocos de rocha, bemcomo fendas, trincas e abatimentos no terreno.

    6.3Dados hidrolgicos

    Devem ser levantadas informaes sobre a pluviometria local e o regime hidrulico de cursos dgua (vazo e velocidade)existentes na encosta em estudo. Surgncias dgua permanentes, ou sujeitas variaes sazonais, tambm devero serinvestigadas e registradas no levantamento topogrfico, visando a identificao de caminhos de drenagem subterrnea.

    6.4Dados geolgicos e geomorfolgicos

    As informaes sobre a geologia e geomorfologia da rea, obtidas com base em mapeamentos e trabalhos de amplituderegional , devero ser complementadas por levantamentos locais de sub-superfcie, de modo a determinar as principaiscaractersticas litolgicas, estruturais, estratigrficas e hidrogeolgicas, relevantes para o local em estudo. O levantamentodestes dados deve dar subsdios para o plano de investigaes geotcnicas de campo e laboratrio.

    6.5Investigaes geotcnicas

    6.5.1P

    lanejamento

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    O plano de investigaes, no que se refere ao tipo, quantidade e profundidade, devidamente detalhado, deve serespecificado pelo geotcnico responsvel.

    So vlidos quaisquer tipos de investigao que forneam elementos confiveis paraa montagem do modelo de anlise,tanto sob o ponto de vista geomtrico como paramtrico.

    No caso de taludes escorregados dever ser determinada a superfcie de escorregamento, para fins de retro-anlise.

    A terminologia a ser adotada na classificao dos materiais de ve serguir a NBR-6501 Rochas e solos.

    6.5.2Investigaes de campoAs investigaes de campo so caracterizadas por dois mtodos bsicos:

    a) Diretos : Correspondem aos processos com acesso direto ao terreno em estudo, tais como poos, sondagens trado, sondagens a percusso (ou de simples reconhecimento NBR 6484), sondagens rotativas ou mistas,penetrmetros, medidores de torque, medidores de poro-presso ou de suco.

    A execuo de sondagens para caracterizao da encosta e determinao da estratigrafia do terreno obrigatria paraestudos e projetos de estabilizao de encostas.

    O nmero de sondagens deve ser tal que permita uma interpretao adequada do macio, especialmente das regiespotencialmente instveis ou afetadas pelas obras a serem realizadas .

    No caso de processo com coleta de amostras, estas devero ser armazenadas e mantidas pelo executor, com a respectivaidentificao de sua locao em planta e profundidade, disposio do solicitante, por pelo menos 1 ano.

    Os testemunhos de rocha obtidos atravs das sondagens rotativas devero ser classif icados por gelogo, identificando-seo tipo da rocha, grau de alterao e fraturamento (poe exemplo RQD).

    O monitoramento do nvel dgua deve ser rigoroso durante a sondagem. necessrio a instalao de um medidor denvel dgua (tubo de PVC perfurado envolvido por elemento drenante e areia) no interior do furo, aps a concluso domesmo, visando medies posteriores para subsdio ao projeto.

    b) Geofsicos : Correspondem aos processos que identificam os terrenos e/ou suas propriedades a partir decorrelaes fsicas , como velocidade de propagao e reflexo de ondas , resistividade eltrica e outras.

    As investigaes geotcnicas de campo devem ser direcionadas para obteno do perfil geotcnico que orientar omodelo de clculo de estabilidade. O perfil geotcnico constitui um elemento obrigatrio para o estudo de estabilidade daencosta.

    Os tipos de investigao devero ser escolhidos de forma a caracterizar um perfil que abranja todas as regies possveisde movimentao, bem como condicionantes influentes, como superfcies potenciais de ruptura, nveis dgua,

    descontinuidades geolgicas e outros interesses.

    6.5.3Amostragem

    Planejamento Deve definir o planejamento da amostragem, no que se refere ao tipo, quantidade, locao e profundidadedas amostras, de forma a permitir a realizao da campanha de ensaios de laboratrio para o estudo/projeto, quandonecessrias.

    As amostras coletadas devero ser no mnimo, representativas das camadas de solo envolvidas nas potenciais superfciesde ruptura. Ateno especial deve ser dada situaes que envolvam anisotropia de resistncia e feies geolgicas taiscomo falhas, juntas, intruses, veios alterados, etc

    Coleta As amostras podero ser coletadas nas condies designadas como apenas representativas ou indeformadas,dependendo do programa de ensaios laboratoriais previstos.

    Em qualquer caso, as amostras devem ser embaladas e manuseadas de forma a preservar as condies de umidadenatural, bem como evitar a contaminao por outros materiais.

    As amostras deformadas so aquelas que admitem a destruio total ou parcial da estrutura original do terreno. Soobtidas por coleta simples com p ou picareta, em sondagens a trado ou em sondagens percusso, e podero servirapenas para caracterizao fsica dos solos.

    As amostra indeformadas so aquelas que procuram preservar a estrutura intergranular e a umidade originais do terreno.So coletadas em blocos, anis biselados ou com amostradores especiais tipo Denison ou similar. Cuidados especiaisdevem ser tomados para evitar a violao da embalagem.

    Para amostras em profundidade , quando acima do nvel dgua, podero ser executados poos para retirada de blocosindeformados ( NBR 9604). Para amostras em profundidade onde no for possvel a coleta direta por intermdio de poos,dever ser prevista a utilizao de amostradores especiais , tipo Denison ou similar ( NBR 9604), a partir de barriletestriplos de sondagem rotativa.

    Acondicionamento e transporte Todas as amostras devero ser devidamente identificadas, com a data da amostragem,locao e profundidade da amostra, e devidamente acondicionadas.

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    O transporte requer ateno especial , de forma a serem evitadas trepidaes, quedas ou acidentes que possam vir aalterar as caractersticas originais da amostra, particularmente das indeformadas. As eventuais anomalias constatadas noacondicionamento ou no transporte devero ser anotadas na prpria embalagem da amostra e comunicadas aolaboratrio.

    Devem ser adotados os procedimentos preconizados nas normas NBR 9604 e NBR 9820, no que couber.

    6.5.4Investigaes de laboratrio

    As investigaes de laboratrio objetivam a caracterizao fsica e mecnica dos diversos solos que compem a

    estratigrafia da encosta. Ensaios de granulometria, limites de liquidez e plasticidade, e ensaios de determinao daresistncia ao cisalhamento devem ser obrigatrios para os estudos de estabilizao de encostas terrosas em que seconsidera uma superfcie potencial de ruptura. A no realizao destes ensaios, apenas admitida para as situaes citadasa seguir, deve ser justificada pelo projetista, que assumir a responsabilidade pela escolha dos parmetros de clculo parao projeto:

    a) Existncia prvia de resultados de ensaios em quantidade suficiente na rea de estudo , permitindo ento adotarparmetros que estejam baseados em ampla experincia local;

    b) Evidncia de instabilizaes no local de estudo que permitam estimar com segurana os parmetros porretroanlise;

    c) Predominncia de situaes onde a realizao de ensaios no acrescentar muito na quantificao de parmetrosde clculo, tais como encostas com preponderncia de blocos de rocha, certos depsitos de tlus, encostas compredominncia rochosa, etc.

    Para a determinao da resistncia ao cisalhamento do solo, devero ser previstos ensaios triaxiais ou de cisalhamentodireto (Norma ASTM D3080), sob condies de saturao, tenses, drenagem e velocidade de carregamento pr-estabelecidas pelo projetista.

    6.6Levantamento de taludes rochosos

    No caso de taludes rochosos ou encostas com blocos de rocha, dever ser feito um levantamento contendo:

    a) Aerofotografia ou foto convencional de todo o conjunto, obtida atravs de montagem, objetivando visualizar toda area em estudo;

    b) Registro minucioso dos elementos instveis, com fotos, e indicao em planta da localizao de cada foto;

    c) Perfis esquemticos indicando as dimenses dos elementos instveis, de eventuais intruses (diques), orientaodos planos de fratura da rocha e das xistosidades, condies de apoio ( declividade, rugosidade e tipo de material), deforma a permitir a elaborao do modelo geomecnico;

    d) Outros processos, como ortofotografia vertical ou scanner podem ser utilizados em substituio fotografiaconvencional.

    6.7Monitoramento

    O monitoramento de uma encosta em uma fase preliminar, ou durante o prprio desenvolvimento do projeto, pode, emcertos casos, ser um dado importante de investigao do terreno. Neste caso, a instalao de instrumentos para controledo nvel piezomtrico e dos movimentos (horizontais e verticais) da encosta dever ser programada juntamente com asinvestigaes geotcnicas.

    Em casos especiais, em que o projetista identifique a necessidade de monitoramento aps a concluso das investigaesna encosta,dever especifica-lo no projeto ou em documentao adicional durante a fase de realizao do servio ouobras.

    7Projeto

    7.1IntroduoPara elaborao do projeto so requisitos obrigatrios aqueles indicados nos itens 5 e 6.

    A escolha da soluo a ser adotada no projeto de estabilizao dever levar em conta:

    a) elaborao de modelo geotcnico representativo das condies locais, caracterizado por planta de situao e seestransversais representativas, incluindo anlise crtica e definio dos parmetros aplicveis ao mesmo.

    b) estudo de alternativas de projeto considerando:

    1) Acessos;

    2) Condies de operao de equipamentos;

    3) Disponibilidade de materiais;

    4) Local adequado para bota-fora, se for o caso;

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    5) Dificuldades construtivas;

    6) Interferncias com instalaes existentes, enterradas ou no, e propriedades de terceiros;

    7) Implicaes ambientais;

    8) Dificuldades de manuteno;

    9) Segurana da equipe/equipamentos envolvidos na construo;

    10) Custos;

    11) Prazos.

    Um projeto de estabilizao pode ser subdividido em duas fases: Projeto Bsico (ou Anteprojeto) e Projeto Executivo.

    7.2Projeto bsico ou anteprojeto

    Entende-se por Projeto Bsico ou Anteprojeto a definio da concepo da soluo, incluindo avaliao preliminar dequantidades, custos e prazos envolvidos.

    Quando a soluo de um problema de estabilidade oferecer a possibilidade de mais de uma opo, cada soluo pode serdesenvolvida em seus aspectos bsicos, incluindo uma avaliao preliminar das quantidades de servio e de materiais demodo a permitir uma anlise comparativa entre elas, buscando uma melhor relao custo/benefcio. Aps escolhida asoluo que ser desenvolvida, elaborar-se- o Projeto Executivo.

    So partes integrantes do Projeto Bsico:

    a) Memria de clculo da estabilidade da encosta, incluindo parmetros de resistncia do terreno, nvel dgua esobrecargas adotadas;

    b) Planta com locao da obra;

    c) Vista e sees com as dimenses bsicas da obra de conteno, se houver;

    d) Seo ou sees transversais do modelo geotcnico com indicao da soluo concebida;

    e) Planilha de quantidades;

    f) Relatrio sucinto, incluindo as hipteses de clculo adotadas e as consideraes executivas;

    g) Em casos mais simples a serem justificados pelo projetista, o Projeto Bsico pode ser incorporado ao ProjetoExecutivo.

    7.3Projeto executivo

    7.3.1Consideraes Iniciais

    O Projeto Executivo deve conter todos os elementos suficientemente detalhados para que possa ser executado semsuscitar dvidas por parte do Executor e da Fiscalizao. Os seguintes elementos devem constar obrigatoriamente de umProjeto Executivo de Estabilizao:

    a) Todos os elementos do Projeto Bsico, devidamente verificados e revistos;

    b) Detalhamento da seqncia executiva, incluindo clculos de estabilidade e fatores de segurana para todas asfases da obra, principalmente nas etapas de escavao e localizao de sobrecargas eventuais;

    c) Detalhamento, dimensionamento e especificaes dos elementos individuais componentes da obra deestabilizao do talude, as condies de controle e a metodologia de construo e futura manuteno (item10). Nocaso de solos compactados, o projeto dever apresentar claramente as especificaes relativas ao material a sercompactado, bem como os critrios para controle e aprovao da compactao no campo;

    d) Detalhamento dos elementos de drenagem superficial, que devero ser projetados a partir do levantamentohidrolgico da rea em estudo. Dever ser levantada a rea da bacia de contribuio, assim como a (s) declividade(es) da encosta, o coeficiente de escoamento superficial (run-off) de acordo com a cobertura da encosta, o tempo deconcentrao da bacia e o perodo de recorrncia de projeto, todos devidamente justificados. O perodo de recorrnciamnimo para dimensionamento do sistema de drenagem superficial ser de 10 anos, enquanto que o tempo deconcentrao mnimo da bacia ser de 7 minutos. Nos casos mais complexos de estabilidade da encosta ou quando aestabilidade geral da encosta possa ser afetada por um funcionamento inadequado do sistema de drenagem, o tempode recorrncia dever ser mais elevado, cabendo ao projetista a justificativa dos valores adotados. Os elementos dedrenagem interna (valas drenantes, drenos profundos, poos drenantes, tneis de drenagem, etc.) devem serdetalhados quanto a: dimenses, materiais, caractersticas de drenagem, declividade, selagem, condies de sada degua e outras. Os casos de obras de proteo contra eroses superficiais e voorocas devero ser detalhados deacordo com as etapas do projeto e da seqncia executiva;

    e) Relatrio consolidado, elaborado de acordo com o item 7.6, incluindo as respectivas anlises de estabilidade, quedevem atender os fatores de segurana indicados no item 7.5.

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    f) O dimensioinamento dos elementos estrutureais de concreto armado dever obedecer a NBR-6118 - Projeto ecosntruo de obras de concreto armado e suas fundaes seguir a NBR-6122 Projeto e execuo de fundaes.

    7.3.2Projetos envolvendo apenas terraplenagem e elementos de drenagem

    Um projeto pode ser concebido apenas com mudana da geometria do terreno, sem elementos de conteno estrutural.Neste caso o levantamento topogrfico do terreno original deve ser apresentado juntamente com a topografia final. Seesrepresentativas das obras de terraplenagem devem mostrar claramente as etapas de execuo juntamente com todos oselementos de controle de eroso (canaletas, banquetas, escadas de drenagem, dissipadores de energia e proteosuperficial contra eroso de terrenos escavados e de aterros compactados, ao longo de todas as etapas).

    Devero ser apresentadas as anlises de estabilidade, baseadas nos parmetros de resistncia e de caracterizao dossolos envolvidos, determinados de acordo com o Capitulo 6 desta Norma.

    Caso seja prevista uma ou mais bermas de estabilizao, estas devero estar assentes em camada drenante granular(filtros granulares ou de geotxteis adequados), no caso em que o lenol fretico possa ser aflorante, no contato com osolo natural, cortado ou no. Dever ser prevista a sada da gua recolhida por estas camadas drenantes de modo a nohaver eroso interna do aterro.

    7.3.3Projetos envolvendo obras de conteno

    So aqueles com elementos destinados a contrapor-se aos esforos estticos provenientes do terreno e de sobrecargasacidentais e/ou permanentes. Todas as estruturas de conteno devero ser projetadas para suportar, alm dos esforosprovenientes do solo, uma sobrecarga acidental mnima de 20 kPa, uniformemente distribuda sobre a superfcie do terrenoarrimado. A utilizao de valores inferiores para a sobrecarga acidental dever ser devidamente justificada pelo projetista.

    As estruturas de conteno podem ser:

    7.3.3.1Muros de gravidade

    So aqueles que formam uma estrutura monoltica, cuja estabilidade garantida atravs do peso prprio da estrutura.Podem ser de concreto simples, concreto ciclpico, gabies, alvenaria de pedra argamassada ou de pedra seca, tijolos ouelementos especiais. O dimensionamento deve atender verificao da estabilidade quanto ao tombamento,deslizamento e capacidade de carga da fundao. A linha de ao da resultante dos esforos envolvidos deverinterceptar o tero central da base. Casos contrrios devem ser justificados.

    7.3.3.2Muros de flexo

    So aqueles que resistem aos esforos por flexo, geralmente utilizando parte do peso prprio do macio arrimado que seapia sobre sua base para manter o equilbrio, sem caracterizar uma estrutura monoltica.

    O dimensionamento deve atender aos mesmos critrios do muro de gravidade, acrescido das verificaes de estabilidade

    estrutural das peas do material constituinte, geralmente concreto armado.

    7.3.3.3Estruturas ancoradas

    So aquelas cuja estabilidade garantida atravs de tirantes ancorados no terreno ou de estruturas especficas deancoragem (mortos). A estrutura pode se contnua, em grelha, em placas ou em contrafortes. O dimensionamento deveatender a verificao estrutural das peas constituintes da estrutura, aos critrios preconizados pela NBR-5629 para ostirantes injetados no terreno e aos Fatores de Segurana indicados no item 7.5 para a estabilidade do macio.

    7.3.3.4Estruturas de solo reforado

    So aquelas cuja estabilidade garantida atravs do reforo do terreno com elementos resistentes introduzidos no seuinterior. Os elementos resistentes podem ser grampos, fitas, geotexteis, geogrelhas, colunas de solo-cimento ou estacasde qualquer tipo, que trabalham conjuntamente com o terreno. O projeto deve demonstrar que os esforos atuantes noselementos resistentes utilizados situam-se na faixa de trabalho dos mesmos. obrigatria a apresentao dascaractersticas fsicas de resistncia, deformabilidade e durabilidade dos materiais empregados, que devem ser coerentes

    com a dos produtos fabricados e existentes no mercado.No caso de utilizao de peas de ao enterradas devem ser atendidas as mesmas condies de tenso de trabalho, paraa condio definit iva ou provisria, e de proteo anticorrosiva, indicadas na norma NBR-5629 Execuo de tirantesancorados no terreno.

    O projeto de estruturas de solo reforado devem seguir as recomendaes de normas especficas sobre o assuntodisponveis na ABNT: NBR-9288 Emprego de terrenos reforados; NBR-9286 - Terra Armada; NBR-9285-Microancoragem.

    7.3.3.5Estruturas para estabilizao de taludes rochosos

    A adoo da soluo deve ser precedida da caracterizao do problema, abordando-se os aspectos topogrficos egeolgicos, com especial ateno inclinao e altura do talude, alm do estudo da litologia, das descontinuidades, dograu de intemperizao da rocha, das condies de contato e da possibilidade de sismos e demais riscos envolvidos.

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    necessrio o levantamento das descontinuidades com a representao estereogrfica e definio do mecanismo deruptura. A resistncia ao cisalhamento das discontinuidades (se preenchidas ou no) deve ser pesquisada adotando-secrit[erios de ruptura consagrados cnsiderando-se a rugosidade e resistncia a compresso atravs de grficos e tabelasconsagrados.

    Os elementos ou as alteraes introduzidas no talude rochoso para aumentar a sua estabilidade podem ser divididosem cinco grupos:

    a) Grupo 1 Introduo de ancoragens, grampos e chumbadores

    A utilizao de ancoragens, grampos e chumbadores pode estar ou no associada estruturas, geralmente de concretoarmado ou telas metlicas. Para as ancoragens so vlidas as definies constantes na NBR 5629. As estruturas maisusuais correspondem aos seguintes tipos:

    1) Grelhas ancoradas: so estruturas constitudas, em geral, de vigas horizontais e verticais de concreto armado,adaptadas s irregularidades da face do talude rochoso, tendo ancoragens protendidas posicionadas nainterseo das vigas. As grelhas so aplicadas em taludes rochosos fraturados, quando se pretende consolidaruma determinada regio potencialmente instvel.

    2) Contrafortes de concreto armado: so estruturas adaptadas s irregularidades da face do talude rochoso,associadas ou no a ancoragens, chumbadores ou grampos, trabalhando predominantemente a compresso eaplicadas como apoio ou calamento de blocos rochosos.

    3) Placas de concreto armado: so estruturas utilizadas quando se pretende distribuir as tenses introduzidas nomacio por ancoragens protendidas.

    4) Telas metlicas: so estruturas utilizadas para estabilizao de taludes rochosos muito fraturados ou mesmo desolo saproltico, estando sempre posicionadas junto face do talude e fixadas por meio de ancoragens, tirantes ouchumbadores. A conteno com telas metlicas deve ser verificada quanto possibilidade da ruptura do sistemaformado pela tela, pelas placas metlicas de distribuio de tenses e pelos elementos de fixao. O sistema etodos os seus componentes devem ser comprovados quanto sua resistncia, durabilidade, proteoanticorrosiva e desempenho. O comprimento, espaamento e dimetro do elemento de fixao devem serdeterminados por clculo da ruptura global do macio, ante a possibilidade de queda de poro rochosa, comsuperfcie planar ou em cunha, condicionada pela geologia local.

    b) Grupo 2 Alteraes na geometria do talude Implantao de banquetas.

    As banquetas podem ser concebidas de acordo com os seguintes tipos de utilizao:

    1) Banquetas para diminuio do ngulo mdio do talude, de forma a aumentar o fator de segurana e permitir aimplantao da drenagem superficial, dividindo a vazo em cada trecho do sistema drenante. A altura entre cadabanqueta e a largura deve ser calculada visando atender a estabilidade geral da encosta e a de cada talude entre

    banquetas. A altura das banquetas no deve exceder a 15 m.

    2) Banquetas para a reduo de energia, de forma a criar espaos para possibilitar a reduo da energia cintica deblocos rochosos em queda. A largura e a altura das banquetas devem ser determinadas por mtodos numricosque simulem a energia e a trajetria de rolamento de blocos rochosos em queda.

    c) Grupo 3 Drenagem

    Os sistemas de drenagem podem abranger os seguintes tipos:

    1) Drenagem superficial: Os elementos de drenagem superficial devem ser preferencialmente moldados no local ecalculados por mtodos consagrados, considerando-se os mesmos critrios estabelecidos no item 7.3.1-d. Deverser verificado o local final de descarga do sistema de drenagem da encosta, evitando-se pontos de concentraono protegidos contra a eroso, devendo ser adotadas bacias de amortecimento quando necessrio.

    2) Drenos profundos: So utilizados para manter rebaixado o lenol fretico e devem ser dimensionados atravs deestudos geolgicos e hidrolgicos. No caso de macios rochosos fraturados, devem interceptar o maior numeropossvel de fraturas. So geralmente constitudos de tubos plsticos perfurados e envolvidos com geotextil. Parapermitir avaliar a eficincia dos drenos as vazes devem ser medidas em intervalos definidos no Projeto.

    d) Grupo 4 Barreiras e estruturas de impacto.

    As barreiras e estruturas de impacto visam desacelerao de blocos de rocha ou de massas de solo em movimento,podendo abranger os seguintes tipos:

    1) Muros rgidos ou semi-rgidos de impacto: so estruturas metlicas ou de concreto armado associadas a uma reaplana, atrs da face interna do muro, destinada ao amortecimento do impacto. A largura da rea deamortecimento e a altura do muro devem ser determinadas por mtodos numricos que simulem a energia e atrajetria de blocos rochosos e de massas de terra em movimento.

    2) Barreiras flexveis: so constitudas de postes de ao, elas de ao, rede de anis de ao, cabos de ao edispositivos de frenagem. Servem para a desacelerao de blocos rochosos ou de massas de solo emmovimento. O numero de elementos, o posicionamento da barreira na encosta, a altura e o tipo de barreira devem

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    ser dimensionados por mtodos numricos que simulem a energia, a trajetria de rolamento de blocos rochososou de massas de terreno em movimento. O sistema constituinte da barreira e todos os seus componentesdevero ser comprovados quanto sua resistncia, durabilidade, proteo anticorrosiva e desempenho.

    3) Implantao de trincheiras de amortecimento: so posicionadas no p da encosta e servem de rea de impactopara queda e coleta de blocos rochosos e de massas de solo. A largura e a profundidade das trincheiras devemser determinadas por mtodos numricos que simulem a energia e trajetria de rolamento de blocos rochosos emqueda.

    e) Grupo 5 Tnel falso.

    So estruturas metlicas ou em concreto armado utilizadas como cobertura para trechos de estrada e destinadas a recebere/ou desviar avalanches e quedas de blocos rochosos ou detritos. A largura e a extenso do tnel devem ser determinadaspor mtodos numricos que simulem a energia e trajetria de rolamento de blocos rochosos e de massas de solo. Devertambm ser comprovada a estabilidade interna da estrutura em funo da energia e do impacto esperados.

    7.3.3.6Mistas e outras estruturas

    So aquelas envolvendo simultaneamente duas ou mais solues acima, ou com elementos de estabilizao diferentesdaqueles listados nos itens 7.3.3.1 a 7.3.3.4, tais como jet grouting, cortinas de tubules, muros de terra ou outras. Odimensionamento dessas estruturas dever atender ao estabelecido na presente Norma, quando couber. De outra forma,todos os critrios e clculos adotados devero ser demonstrados pelo projetista responsvel.

    7.4CRITRIOSDECLCULO

    Para qualquer situao de clculo de estabilidade de encosta ou de elemento constituinte de obra de conteno, devem

    ser claramente definidos:

    a) a seo ou sees geotcnicas consideradas;

    b) os parmetros do terreno e os respectivos critrios para obteno dos valores adotados;

    c) o mtodo de clculo, com indicao das frmulas consideradas, programas utilizados ou bibliografia de consulta;

    d) situaes do nvel d gua, atuao de sobrecargas e fases executivas.

    7.5FATORESDESEGURANA

    Os Fatores de Segurana (FS) considerados nesta norma tm a finalidade de cobrir as incertezas naturais das diversasetapas de dimensionamento. Dependendo dos riscos envolvidos, deve-se inicialmente enquadrar o projeto em uma dasseguintes classificaes de Grau de Segurana, definidas a partir da possibilidade de perdas de vidas humanas (Tabela1) e de perdas materiais e ambientais (Tabela 2):

    Tabela 1 Grau de segurana esperado Vidas humanas

    Grau de segurana Critrios

    Alto

    - reas urbanas com intensa movimentao e permanncia de pessoas, como edifciospblicos, residenciais, comerciais e industriais, escolas, hospitais, estdios, praas edemais locais, urbanos ou no, com possibilidade de elevada concentrao depessoas.

    - Ferrovias. Rodovias de trfego intenso.

    Mdio- reas e edificaes com movimentao e permanncia restrita de pessoas.

    - Rodovias de trfego moderado.

    Baixo- reas e edificaes com movimentao e permanncia eventual de pessoas.

    - Rodovias de trfego baixo.

    Tabela 2 Grau de segurana esperado Perdas materiais e ambientais

    Grau de segurana Critrios

    Alto

    - Propriedades: Locais junto a propriedades de alto valor histrico, social ou aquisitivo,obras de grande porte e reas que afetem servios essenciais.

    - Dano ambiental: Locais sujeitos a acidentes com dano ambiental elevado, como juntoa oleodutos, barragens de rejeito, fbricas de produtos txicos e outras.

    Mdio - Propriedades: Locais junto a propriedades de valor mdio.

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    - Dano Ambiental: Locais sujeitos a acidentes com dano ambiental moderado.

    Baixo- Propriedades: Locais junto a propriedades de valor baixo.

    - Dano ambiental: Locais sujeitos a acidentes com dano ambiental baixo.

    O enquadramento em cada caso previsto nos Tabelas 1 e 2 dever ser justificado pelo projetista, sempre de comumacordo com o proprietrio da rea afetada e atendendo s exigncias dos rgos pblicos competentes. O fator de

    segurana mnimo a ser adotado no projeto, levando-se em conta os graus de segurana preconizados nos Tabelas 1 e 2,dever ser obtido de acordo com o Tabela 3.

    Os fatores de segurana indicados no Tabela 3 referem-se s anlises de estabilidade interna e externa do solo, sendoindependentes de outros fatores de segurana recomendados por normas de dimensionamento dos elementos estruturaisde obras de conteno, como do concreto armado, de tirantes injetados no terreno e de outros.

    Entende-se por estabilidade interna aquela que envolve superfcies potenciais de escorregamento locais, a seremestabilizadas pela estrutura de conteno, como no caso de uma cunha de empuxo ativo. Por outro lado, a estabilidadeexterna aquela que envolve superfcies de escorregamento globais. No caso de estruturas de arrimo suportadas portirantes, tiras, grampos ou geossintticos, por exemplo, as superfcies locais interceptam os elementos de reforo(estabilidade interna), enquanto que as superfcies globais no interceptam esses elementos, por serem a eles externas(estabilidade externa).

    Tabela 3 Fatores de segurana

    Grau de segurana

    Perdas de vidas

    Grau de segurana

    Perdas materiais e ambientais

    Alto Mdia Baixo

    Alto 1,5 1,4 1,3

    Mdio 1,4 1,3 1,2(*)

    Baixo 1,4 1,3 1,10(*)

    (*)A adoo de fatores de segurana iguais ou inferiores a 1,2 s ser permitida quando os parmetros de resistncia

    do solo puderem ser confirmados por retroanlise, para as condies mais desfavorveis de poro-presses.No caso de estabilidade de blocos rochosos os fatores de segurana podem ser parciais, incidindo sobreKJC , em funo da incerteza sobre estes parmetros, devendo ser justificado pelo projetista. Deve-setambm adotar um fator de segurana mnimo sobre o mtodo de clculo empregado, igual a 1,1

    No caso de estabilidade de muros de gravidade e de muros de flexo, devero ser atendidos os seguintes fatores desegurana:

    Tabela 2 Requisitos para estabilidade de muros de arrimo

    Grau de segurana Fator de segurana

    Tombamento 2,0

    Deslizamento 1,5

    Capacidade de carga da fundao 3,0

    Nos casos de colvios permanentemente saturados, o fator de segurana mnimo a ser atingido aps as obras deestabilizao dever ser FS=1,15, nas situaes em que as poro-presses e os parmetros de resistncia do solo possamser estabelecidos com boa confiabilidade, a partir de retroanlises, ensaios de campo, de laboratrio e instrumentao.

    7.6APRESENTAODEPROJETO

    Os projetos devem ser apresentados em relatrio consolidado contendo memria de clculo com indicao dos itensabaixo, mas no necessariamente se limitando a estes:

    a) Introduo contendo descrio do local, histrico e condies gerais;

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    b) Obteno de Dados - contendo a caracterizao e forma de obteno de todos os dados utilizados nos clculo,incluindo dados geomtricos, sobrecargas, nveis de gua, parmetros do terreno e fatores de segurana, todos com adevida interpretao e justificativa dos valores adotados;

    c) Clculo de estabilidade contendo a descrio do mtodo de estabilidade aplicado e a justificativa dos respectivosfatores de segurana;

    d) Instrumentao geotcnica, conforme descrio apresentada no item 10;

    e) Especificaes contendo as caractersticas dos materiais e procedimentos a serem adotados na execuo,

    incluindo seqncia executiva e cuidados especiais com escavaes e sobrecargas;f) Desenhos contendo a planta geral a obra, sees que representem todas as partes do projeto e detalhesnecessrios ao perfeito entendimento, execuo e fiscalizao das obras;

    g) Quantidades contendo a planilha de quantidades dos materiais e servios;

    h) Plano de manuteno conforme especificado no item 10.

    8Execuo

    8.1Introduo

    Antes do incio da construo de obras de estabilizao de taludes em encostas devem estar concludos:

    - o projeto executivo, conforme item 7 desta Norma;

    - os processos de obteno das respectivas licenas e autorizaes.Em casos de perigo iminente de escorregamento ou evoluo deste fenmeno, com risco de danos materiais ou de vidas,as obras podem ser iniciadas sem os quesitos acima, entretanto obrigatoriamente acompanhadas por geotcnico eprecedida de relatrio com indicao da concepo de estabilizao, metodologia executiva, plano de ataque e cuidadosespeciais, elaborado por engenheiro geotcnico.

    8.2Mobilizao

    Corresponde a fase inicial onde so posicionadas as instalaes provisrias da obra e disponibilizados os equipamentosnecessrios no local dos servios.

    Esta atividade no deve interferir com terceiros (ruas, estradas, caminhos, linhas de abastecimento e outras), nem com acom a prpria obra ou critrios de projeto, como posicionamento de sobrecargas e proteo de locais de risco, sem asrespectivas autorizaes e sinalizaes adequadas.

    8.3D

    esenvolvimento da obraA execuo deve seguir as fases executivas, dimenses, materiais e ensaios indicados no projeto.

    Especial ateno dever ser dada nas fases de escavao, posicionamento de sobrecargas (pilhas de estoque e trfegode equipamentos), conduo de guas e outros aspectos de obra, de forma a no alterar as consideraes de projetodurante as fases intermedirias da obras.

    Antes de cada atividade devero ser feitas as locaes necessrias tanto no local especfico dos servios como em locaisde segurana, mais afastados, de forma a no perder a referncia uma vez iniciados os servios. Esta situao tpica demarcao de limites de corte e outras atividades de terraplanagem.

    Devero ser observados os aspectos abaixo listados:

    a) Condies de campo em desacordo com as indicadas no projeto, em particular na fase de locao, seja porevoluo de eroses, impreciso de topografia ou outra qualquer, devero ser comunicadas ao projetista e a obra siniciada aps os devidos ajustes;

    b) Atividade com interferncias ou envolvendo remoo de vegetao de porte dever ter planejamento adequado eexecutado aps a respectiva licena, se necessrio;

    c) Devero ser devidamente avaliados os impactos dos servios relativos emprstimos, disposio de bota-fora eentulho, bem como trfego de equipamentos;

    d) A disposio de material resultante de escavao e entulhos, bem como o caminhamento de guas de drenagemou de retorno de perfurao, no podero causar instabilizao;

    e) Para escavaes a cu aberto dever ser seguida a norma NBR-9061/85;

    f) No caso de uso autorizado de escavao com explosivos dever ser seguida a NBR-9653;

    g) Na execuo de cortinas atirantadas pelo mtodo descendente, a escavao abaixo de qualquer nvel de tirantessomente poder ser iniciada aps a aplicao da carga especificada no projeto, de todos os nveis superiores namesma vertical;

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    h) Na compactao de aterro junto estruturas de conteno (cortina, muro, gabio, etc.) dever ser respeitada umadistncia mnima do paramento interno da estrutura de no mnimo 2m, onde no poder ser utilizado equipamentomecnico de compactao, para evitar danos na estrutura. Nesta faixa, o aterro dever ser compactado com sistemamanual ou semimecanizado (tipo sapo ou mesa vibratria), ou alternativamente com gua, no caso de utilizao dematerial granular;

    i) O terreno de assentamento de estruturas de conteno dever ser verificado por engenheiro geotcnico, de formaa comprovar a capacidade de carga da fundao no nvel de tenses previsto;

    j) Antes de qualquer procedimento de perfurao dever ser verificada a possibilidade da existncia de interferncias

    enterradas (dutos, cabos, fundaes, galerias e outras) e executando seu devido mapeamento, se for o caso, de formaa evitar danos.

    k) Sempre devero ser atendidas as recomendaoes executivas das normas disponveis na ABNT relacioinadas comos servios realizados, a saber: NBR-6118 Projeto e construo de obras de concreto armado; NBR-6122 Projetoe execuo de fundaes; NBR-9286 Terra Armada; NBR-9285 Microancoragem; NBR-9061 Segurana deescavapes a cu aberto; NBR-5629 Execuo de tirantes ancorados no trerreno.

    9Acompanhamento de obras

    Em obras geotcnicas de estabilizao de encosta, eventuais ajustes e adaptaes ao projeto originalmente desenvolvidosso inevitveis devido s alteraes na topografia do terreno que ocorrem com o tempo, complexidade da geologia local eoutros condicionantes relacionadas com a interao solo- estrutura.

    O acompanhamento tcnico durante a fase de execuo obrigatrio e deve ser realizado pelo projetista da obra.

    A periodicidade das visitas de acompanhamento, pelo projetista, dever ser estabelecida em funo do porte da obra,tendo como objetivo a verificao dos critrios de projeto e modelos de clculo, permitindo eventual ajuste s condies decampo.

    Dentre os principais aspectos relacionados ao acompanhamento tcnico, destacam-se: locao, cotas de assentamento,condies de fundao, fases de execuo, perfuraes, adequao da drenagem, testes e ensaios de acordo com asnormas.

    Os registros das visitas devero ser feitos em dirio de obra ou documento semelhante a ser encaminhado ao proprietrioou executor, onde sero registradas as recomendaes pertinentes, sobre a situao da obra, as questes tcnicas demaior relevncia, as alteraes de projeto, etc. Para ilustrao do relatrio podero ser previstas fotos.

    O relatrio tcnico de acompanhamento, de carter mais geral, alm das informaes transmitidas diretamente obra,dever ser informado ao cliente.

    Ao trmino da obra, dever ser providenciado pelo executor o projeto como construdo (as built), ou seja, todas as

    modificaes no projeto realizadas pelo construtor, devendo ser consolidadas em documento final a ser encaminhado aoproprietrio.

    10Manuteno

    Ao trmino da obra, o executor dever elaborar o Manual do Usurio a ser encaminhado ao proprietrio. Neste manual,devero constar todas as providncias em termos de manuteno da obra a serem seguidas pelo proprietrio. Tanto o tipode servio a ser realizado quanto sua periodicidade devero ser definidos no manual.

    As recomendaes constantes do manual devem ter por objetivo manter as caractersticas de sua concepo e utilizao.

    Devero ser seguidas as seguintes recomendaes:

    a) Proceder a vistorias peridicas obra (no mnimo semestrais) para verificao de situaes anmalas a saber:trincas, deslocamentos, obstrues na drenagem, eroses e outros fatos julgados de relevncia;

    b) Realizar limpeza peridica no sistema de drenagem;

    c) Realizar com a periodicidade recomendada pelo executor, medio de vazo dos drenos profundos suborizontais;

    d) No caso de obras com empregos de tirantes, proceder testes peridicos de acordo com a NBR 5629;

    e) No caso de obras com monitoramento previsto, realizar e analisar as leituras de acompanhamento conformerecomendado;

    f) Outras recomendaes pertinentes.

    No caso de obras com tirantes, as cargas de 5% do total de tirantes devem ser revistas a cada 5 anos com macacohidrilico aferido, assim como o estado as cabeas metlicas inspecionadas no mesmo perodo. Os resultados devem serapresentados ao proprietrio da obra com as recomendaes cabveis.

    11Monitoramento

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    Caso haja indicao de projeto ou necessidade definida durante ou aps as obras de estabilizao da encostas deacompanhamento do seu comportamente com instrumentao, todo servio dever ser executado de acordo complanejamenteo especfico, constando no mnimo de:

    a) definio dos instrumento e tipos de medidas a serem obtidas;

    b) ordem de grandesa das medidas esperadas e aferies necessrias;

    c) locao e profundidade (se for o caso) de todos os instrumentos;

    d) perodos ou frequncia de medidas;e) tipo de interpretao;

    f) valores ou coeficientes de alerta.

    Qualquer tipo de monitoramente somente poder ser executado por profissional devidamente hablitado.

    Os resultados devem ser apresentados ao proprietrio da obra em forma de relatrio contendo os dados obtidos,interpretao e recomendaes cabveis.

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    Up

    Um

    Anexo A (normativo)

    Definies

    A1. Definies quanto geometria, aplicveis a cortes e aterros.

    Figura A1 Definies aplicveis a cortes e aterros

    Sendo:

    H Altura do talude;

    E Extenso do talude;

    Um - ngulo mdio do talude;

    Up - ngulo parcial do talude;

    P do talude Ponto mais baixo;

    Crista do talude Ponto mais alto;

    H

    P do

    talude

    Crista do

    talude

    E

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    LAUDO DE VISTORIA fl.2/2

    7-e

    ARACTERSTICAS DA SITUAO7.1- Movimentoocorrido 7.2- Possibilidadedemovimento

    7.2.1- Grau de rif g h

    i

    ata e hora: AltoVolume estimado (m3): MdioPluviometria (ltimas 48h): Bai p o

    7.1.1- Consequncias: 7.2.2- Nmero de elementos em riscoVitimas fatais: (n __________ ) < 10

    Vtimas no fatais: (n __________ ) vidas entre 10 e 30

    Obstruo de vias > 30

    Danos a bens particulares moradia

    Danos a bens pblicos hospitalq

    escola

    Riscos para terceiros edificao/estrutura

    Sem consequncias estradas

    outros (especificar):__________

    7.3- Tipologiadomovimento/CaracteristicasQueda

    Tombamento Rotacional 7.4- Superfciededeslizamentor

    scorregamento Planar solo-solo

    Escoamento Complexo solo-rocha

    Subsidncia Lento rocha-rocha

    Complexo Rpido no identificada (descrever):

    _________________________

    8-s

    ECESSIDADE DEPROVIDNCIAS URGENTESNo

    Sim (especificar): __________________________________________________________________________

    Descrio da situao (informaes complementares):________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

    ____________________________________________________________________________

    9- Responsvelpelavistoria: 9.1- CREA:9.2- CREA:9.3- Instituio:

    10- Localedatadesterelatrio:

    12- ANEXOSRelatrio preliminar

    Croqui (obrigatrio)

    Fotos (obrigatrio)

    Outros (especificar): ___________________