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6. PROPOSTAS AO SISTEMA DE TRANSPORTES ÍNDICE PAG.
6.1. PROPOSTAS DE INTERVENÇÕES 60
6.2. PROPOSTAS DE PROJETOS DE MOBILIDADE 67
6.3. PROPOSTAS DE PROJETOS ESTRATÉGICOS 84
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6. TRANSPORTES
6.1. PROPOSTAS DE INTERVENÇÕES
6.1.1. PROPOSTA DE INTERVENÇÃO PI 01 - PADRONIZAÇÃO DOS PONTOS DE
PARADA
Na etapa de diagnóstico do presente trabalho foram indicadas deficiências referentes à
sinalização, à manutenção e à padronização dos pontos de parada do transporte
público no município de Valinhos.
O ponto de parada é a primeira interface do passageiro com o sistema de transporte
existente e, como tal, deve ser concebido e gerenciado de forma integrada à rede de
transporte.
Os projetos e implantações de pontos de parada devem considerar:
� as características do local de implantação do ponto, no que tange às calçadas,
lotes e edificações lindeiras; às travessias e trajetos dos pedestres até o ponto; à
posição do ponto de parada em relação à quadra; às entradas e saídas de
estacionamento no seu; à existência de polos geradores de tráfego nas
imediações;
� as características da via em que o ponto será implantado: fluxos e movimentos
veiculares; capacidade e conservação do pavimento e a sinalização existente;
� as características das linhas que atendem o ponto: tipos de veículo em operação e
suas dimensões; freqüência de passagem de ônibus e sua variação sazonal;
� a demanda de passageiros existente no local e sua flutuação ao longo do dia;
� o distanciamento entre pontos de parada, considerando características de
adensamento populacional do lugar e de atração de viagens. Recomenda-se a
implantação de pontos a cada 300 metros em áreas mais adensadas; e a cada
500 metros, em áreas de menor densidade.
Desta forma, cada implantação ou modificação em ponto de parada deve ser
acompanhada de um estudo que abarque as variáveis acima descritas.
São objetivos desta Proposta de Intervenção PI 01:
01. estabelecimento de critérios à localização de pontos de parada, às características
de abrigos e do mobiliário de transporte, seguindo tipologias específicas
adequadas a cada local;
02. qualificação dos pontos de parada, dotando-os de estrutura adequada que propicie
informação, segurança e conforto ao usuário do transporte.
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03. melhoria do sistema de transporte, dotando-o de condições mais atraentes.
Como forma de padronizar os pontos de parada da cidade, propõe-se que cada um
desses pontos seja sinalizado com um marco ou totem padrão. Este marco padrão
deverá:
� possuir uma identidade visual distinta e letreiros bem legíveis;
� ser projetado de maneira a não atrapalhar o fluxo de pedestres nas calçadas;
� ter, como atributos, a resistência a intempéries e alta durabilidade;
� cada marco/totem de ponto de parada conterá as seguintes informações
mínimas:
� símbolo / logotipo do sistema de transporte e do município de Valinhos;
� código identificador daquele ponto;
� lista de linhas que atendem o referido ponto;
� outras informações (dependendo do Sistema Operacional a ser
implantado)
Foto 6.1.1 - Exemplo de marco de ponto de parada com itinerário resumido das linhas.
Em locais de baixa demanda de passageiros, onde o espaço disponível não for
suficiente para a implantação de abrigos, ou em pontos nos bairros com
predominância de desembarques, esse marco padrão pode sofrer adequação às
condições do local ou ser substituído por um marco que venha a ser estabelecido
especialmente para esta circunstancia.
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Foto 6.1.2 - Exemplo de marco de ponto de parada (observar que os letreiros em inglês
servem apenas como ilustração).
Atenção especial deve ser dada à informação a portadores de limitações visuais,
provavelmente através de letreiros em braile, em painéis ao alcance destes usuários.
Para os demais casos é proposta a seguinte tipologia de pontos de parada:
� Pontos Tipo 1: a serem alocados em paradas nos bairros, com demanda de
passageiros de nível baixo a médio. Devem conter ao menos um abrigo, no
padrão a ser estabelecido para o município; a) bancos e/ ou apoia - glúteos; b)
tratamento diferenciado do piso, que deve estar ao nível do primeiro degrau do
ônibus (28 cm); c) sinalização de solo indicando baia / parada de ônibus.
� Pontos tipo 2: a serem alocados ao longo das vias de maior freqüência de
transporte público no município. Contarão com os itens do Ponto Tipo 1,
acrescidos de denominação específica, considerando a toponímia do entorno;
câmera(s) de monitoramento e painéis de informação ao usuário. Em locais de
maior demanda, devem ser agrupados dois ou mais abrigos, aumentando a área
coberta para o usuário;
� Pontos tipo 2a: em vias de maior freqüência de transporte em que não houver
espaço disponível para a alocação de abrigos, deve ser implantado totem
específico, que além dos atributos já descritos, deve possuir denominação do
ponto e sinalização de solo indicando a baia / parada de ônibus. Todavia, esta
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alternativa somente será adotada caso não exista a mais remota possibilidade de
dotar o ponto de um abrigo ainda que adaptado às restrições de espaço.
� Pontos tipo 3: a serem alocados na área central. Devem possuir os atributos do
ponto tipo 2, utilizando um modelo de abrigo mais leve, adaptado à menor
disponibilidade de espaço nos passeios.
Os pontos dos tipos 2 e 3 disporão de câmeras de monitoramento, que permitirão a
central de controle acompanhar o nível de demanda do ponto e identificar ocorrências
operacionais.
Tais pontos deverão contar, ainda, com painéis de informação ao usuário (estes
painéis serão gradativamente substituídos por painéis eletrônicos conectados à central
de controle operacional), informarão ao passageiro a lista de linhas que atendem o
ponto, o tempo estimado até a passagem do próximo ônibus, e eventuais ocorrências
e alterações operacionais que surjam no decorrer do dia.
Foto 6.1.3 - Exemplo de abrigo com informação ao usuário e painel de publicidade.
São diretrizes de ação para a viabilização desta Proposta de Intervenção 01:
� elaboração de Projeto de Tipologia de Pontos de Parada;
� adequação às diretrizes do Sistema de Planejamento e Gestão, proposto neste
trabalho como Projeto Estratégico;
� gestão junto a outras esferas governamentais ou, preferentemente, inclusão desta
Proposta de Intervenção no escopo da concessão dos serviços de transporte, com
vistas à viabilização de sua implantação;
� no Projeto de Tipologia devem ser previstos os seguintes itens:
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� realização de um inventário dos pontos de parada no Município;
� previsão da inclusão de dispositivos de informação adequados às
características de cada ponto;
� projeto executivo de cada tipo de abrigo, previstas especificações de
fundações, estrutura, cobertura, piso, assentos ou apoios e outros
detalhes;
� projeto de dispositivos que atendam condições especiais aos portadores de
limitações motoras ou visuais,tanto de acesso quanto de informação
� elaboração de um estudo de alocação dos novos pontos de parada, considerando
o que foi exposto nesta Proposta.
Qualificação e nível de prioridade desta A.I.
Qualificação: Meta / Diretriz;
Prioridade: Alto (2 anos);
6.1.2. ÁREA DE INTERVENÇÃO AI 02 – REFORMA DO TERMINAL
RODOVIÁRIO DE VALINHOS
O Terminal Rodoviário de Valinhos é o principal equipamento público de transporte do
município, operando como ponto de articulação e integração para as linhas dos
sistemas municipal e intermunicipal.
Apesar da denominação, o equipamento não opera como um Terminal Rodoviário
padrão, mas sim como um Terminal Urbano de Integração. Entretanto, a
infraestrutura implantada não reflete seu uso atual, tendo em vista que:
� o Terminal apresenta baias a 45 graus, configuração típica de estações
rodoviárias, mas inadequada para a operação de ônibus urbanos, pois exige
manobras de entrada e saída da baia;
� o controle de acesso é improvisado, com postos de cobrança feitos a partir de
cabines de fiscalização pré-moldadas em fibra de vidro, e bloqueios feitos com
catracas do tipo veicular, para operação embarcada;
� o Terminal utiliza o ladrilho português para calçamento da área interna, opção
inadequada para locais com grande fluxo de pedestres;
� o Terminal não atende plenamente os requisitos de acessibilidade universal
estabelecidos na legislação vigente;
� a cobertura utilizada não possui aberturas para a entrada de luz solar, tornando o
ambiente muito escuro; além disso, a cobertura não abrange a travessia e as
posições de parada da plataforma C.
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Foto 6.1.4 - Baia de parada à 45 graus.
Foto 6.1.5 - Coberturas da plataforma C.
Desta forma, a presente Proposta de Intervenção AI 02 aponta a reforma deste
edifício, tendo por objetivos:
I. adequar o lay-out do organograma às funções tecnicamente revistas;
II. atender a padrões de acessibilidade mais eficientes;
III. qualificar a infraestrutura utilizada pelo sistema de transporte, em consonância
com o que foi exposto nas demais áreas de intervenção;
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Foto 6.1.6 - Bilheteria e catracas para cobrança de tarifa e controle de acesso ao Terminal.
IV. proceder às melhorias arquitetônicas e urbanísticas, visando:
� nova estrutura de cobertura, mais leve e provida de iluminação e ventilação
zenitais;
� compatibilização das demandas e características dos diferentes modos de
transporte – táxi, ônibus rodoviário, automóvel, bicicletas – no acesso ao
Terminal e de maneira a absorver o potencial de crescimento da demanda de
transporte na cidade de Valinhos;
� harmonização do projeto de reforma do edifício com o projeto de revitalização
do Centro de Valinhos e com o Projeto do Grande Eixo (ligação com o parque
de exposições);
Para a viabilização desta Proposta de Intervenção AI 02 deverão ser previstas as
seguintes diretrizes:
a) definição do programa arquitetônico, preferentemente em conjunto com o
programa de revitalização do Centro e com o do Grande Eixo
b) elaboração de ante-projeto urbanístico, atendendo ao escopo ampliado que
tenha sido discutido e aprovado pelo poder executivo, pela comunidade e pelo
setor empresarial que deverá ser convidado para eventual parceria;
c) concurso arquitetônico de ante-projetos de reforma do edifício do Terminal
baseado no ante-projeto urbanístico aprovado;
d) gestões junto a órgãos estaduais e federais pleiteando os recursos necessários
à implementação do projeto, nelas incluídos entendimentos que possam
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evoluir para eventual parceria com a concessionária do Transporte Público e
com empresários locais. Como alternativa, deverá ser considerada a hipótese
de inclusão da participação obrigatória da futura Concessionária no
financiamento das obras previstas no projeto;
e) elaboração de Plano Estratégico de implantação do novo Terminal.
Qualificação e nível de prioridade desta A.I. 02
Qualificação: Meta
Prioridade: Alto (2 anos).
6.2. PROPOSTAS DE PROJETOS DE MOBILIDADE
6.2.1. PROJETO DE MOBILIDADE – PM 01 – REALIZAÇÃO DE UMA PESQUISA
ORIGEM-DESTINO NO SISTEMA DE TRANSPORTE DE VALINHOS
A realização de uma Pesquisa Origem-Destino no Sistema de Transportes municipal é
condição necessária para o projeto da nova rede de transporte público no município,
bem como para obtenção dos dados de demanda nos pontos de parada, conforme
mencionado na Proposta de Intervenção PI 01.
Esta pesquisa deverá ser realizada nos sistemas de transportes municipal e
intermunicipal, utilizando pesquisadores embarcados nos veículos, no terminal
rodoviário e nos pontos de maior demanda de transporte público no município
Este Projeto de Mobilidade tem por objetivos:
I- caracterizar o comportamento espacial da demanda nas linhas do sistema
municipal, a partir dos dados obtidos na pesquisa embarcada e nas entrevistas
em campo;
II- mapear as origens e destinos dos passageiros do sistema de transporte, dentro
do município de Valinhos e nos municípios de Campinas e Vinhedo (sistema
intermunicipal);
III- identificar a flutuação da curva de demanda de transporte ao longo do dia;
IV- subsidiar a revisão dos itinerários proposta no Projeto de Mobilidade 02), ao
permitir a identificação de trechos ociosos e ineficientes nos trajetos das linhas
de ônibus;
V- subsidiar os estudos relativos aos pontos de parada do município, possibilitando
assim seu dimensionamento.
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A partir dos dados obtidos, torna-se possível realizar a revisão de itinerários,
reprogramação de tabelas horárias e revisão do perfil de frota existente.
É importante que esta pesquisa seja realizada periodicamente em todo o sistema, e
pontualmente em cada linha sempre que uma alteração significativa for solicitada ou
proposta, observado o prazo não superior a 5 anos;
Esta pesquisa deverá ser realizada pelo poder público municipal, empregando mão-
de-obra capacitada para esse fim ou, então, ser contratada, para isso devendo prover
recursos suficientes.
São indicadas as seguintes ações de intervenções para a realização deste Projeto de
Mobilidade PM 01:
� mapeamento dos pontos de parada ao longo do trajeto de cada linha;
� definição do cronograma de realização da pesquisa;
� planejamento da pesquisa, com o cálculo da amostragem necessária para
entrevistas, dimensionamento e definição das escalas das equipes embarcadas
nos veículos;
� realização da pesquisa e posterior tabulação dos dados obtidos.
Deve ser prevista a divulgação dos resultados desta pesquisa.
Qualificação e nível de prioridade deste PM 01
Qualificação: Meta
Prioridade: Alto (02 anos).
6.2.2. PROJETO DE MOBILIDADE PM 02 - REALIZAÇÃO DA REVISÃO DO
SISTEMA DE TRANSPORTE PÚBLICO NO MUNICÍPIO
Durante a etapa de diagnóstico do presente trabalho foram identificados diversos
aspectos referentes ao sistema de transporte municipal de Valinhos, tais como:
� utilização de itinerários do tipo circular, com percursos de ida ao bairro diferentes
e, por vezes distantes, do trajeto de retorno ao Centro;
� pouca objetividade em alguns itinerários;
� intervalos longos entre partidas, mesmo nos horários de pico;
De forma geral, nota-se, em Valinhos, a predominância de linhas com itinerários
pouco objetivos, resultantes da desarticulação viária produzida pelo crescimento
desordenado da cidade. A abertura de novos loteamentos sem conexões com os
loteamentos já existentes, dentre outras consequências, faz com que o atendimento
de transporte seja feito por linhas de pouca demanda e baixa freqüência de partidas.
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As alterações propostas para os itinerários visam unificar linhas que possuam trajetos
similares dentro de um mesmo compartimento, bem como corrigir itinerários em que
a linha realiza o trajeto de ida por um eixo de transporte e o de retorno por outro
eixo.
É proposta, ainda, uma alteração no perfil da frota, com a adoção de veículos do tipo
Midiônibus em parte das linhas municipais, objeto de melhor atenção já que sua
adoção depende de melhor avaliação da demanda e, ainda, da concentração da
demanda que irá atender. Este veículo possui custos de aquisição e de operação
menores se comparado ao veículo convencional. A redução na oferta de lugares,
resultante da menor capacidade deste veículo, é compensada com aumento na
freqüência de partidas, o que resulta em menos tempo de espera para o passageiro no
ponto de ônibus.
Este Projeto de Mobilidade PM 02 tem os seguintes objetivos:
I. aumentar a eficiência do sistema de transporte;
II. aumentar a freqüência de ônibus nas linhas do município, contribuindo para tornar
o sistema mais atraente ao passageiro (observando que as atratividades do
sistema dependem, também, de outros fatores: conforto, limpeza dos veículos e
boa manutenção);
As modificações nos trajetos das linhas são apresentadas a seguir por compartimento
ou grupo de compartimentos. Todas as modificações propostas necessitam de
validação em função dos resultados da Pesquisa de Origem-Destino no sistema de
Transporte do Município, objeto do PM 01.
COMPARTIMENTOS NORTE E CENTRO NORTE
As alterações de itinerário propostas para estes compartimentos são as seguintes:
� supressão da linha 525 – Jardim São Luiz;
� modificação no itinerário da linha 513 – Jardim São Marcos, para atendimento ao
bairro São Luiz;
� extensão da linha 503 - Jurema via São Francisco até a Estrada do Roncaglia;
� modificação no itinerário da linha 505 - Jardim América II, para atendimento ao
Bairro Jurema;
Estas alterações têm por objetivo condensar a oferta de viagens num menor número
de linhas e vias percorridas, fato que reduziria o tempo de espera dos passageiros
nos pontos de parada.
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A fusão das linhas 513 e 525 amplia a oferta de transporte para os bairros Jardim São
Marcos e Jardim São Luiz, com a criação de um serviço com intervalo de 8 minutos no
pico, ante os atuais 16 minutos de intervalo da linha 513 e 30 minutos da linha 525.
Figura 6.1.1 -Compartimentos Norte e Centro Norte – Itinerários Propostos
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A inclusão do Jardim Jurema no trajeto da linha 505 justifica o aumento de mais um
veículo na frota, o que também reduz significativamente o intervalo entre partidas.
Já a extensão da linha 503 até a Estrada do Roncaglia visa ampliar a abrangência da
rede de transporte para esta porção do município, atualmente desatendida pelo
transporte público.
COMPARTIMENTOS EXTREMO-NORTE E NORDESTE
Figura 6.1.2 – Compartimentos Extremo Norte e Nordeste – Itinerários Propostos
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As alterações de trajeto propostas para este compartimento são:
� fusão das linhas 509 - Parque das Colinas via Pinheiros e 512 - Parque das Colinas
via Fonte Sônia;
� modificação no trajeto da linha 508 - Fonte Mécia, que deixa de atender ao
loteamento Nova Espírito Santo;
� modificação no trajeto da linha 523 - Parque Portugal, para atendimento ao
loteamento Nova Espírito Santo;
A fusão das linhas 509 e 512 visa aumentar a freqüência de viagens e ampliar o
atendimento ao entorno do Residencial Alvorada, área que vem passando por
processo recente de expansão.
A mudança no itinerário da linha 523 visa tornar mais objetivo o atendimento ao
loteamento Nova Espírito Santo, bem como reduzir o percurso da linha 508. O
atendimento ao bairro pode ser feito por parte das viagens da linha 523;
alternativamente, é possível criar uma variante da linha 523 que atenda a este bairro
e faça um trajeto similar a linha 508, pelas vias internas do bairro Parque CECAP.
COMPARTIMENTO SUDOESTE Para este compartimento propõe-se a alteração no itinerário da linha 515 –
Joapiranga. Esta modificação visa corrigir uma distorção existente no itinerário atual,
no qual a linha percorre, na Ida, o eixo da Rodovia Guilherme Mamprim, e no retorno
segue por ruas internas ao compartimento.
O itinerário proposto segue pelas Ruas Dr. Adhemar de Bairros e Paiquerê, atendendo
ao Shopping Valinhos; acessa, em seguida, a Alameda Itatuba, a partir do qual atinge
a porção industrial deste compartimento. Percorre toda a porção industrial do
compartimento, margeando a rodovia Anhanguera, e faz o laço de retorno nas
alamedas Maria Tereza e Flávia, próximo ao Trevo de Valinhos. Retorna para o Centro
pela Rua Engenheiro Paulo de Campos Fessel, acessando em seguida a Rua Paiquerê,
em direção ao centro de Valinhos.
Associada a esta modificação de trajeto, é proposta a inclusão de mais um veículo
nesta linha, aumentando, assim, a freqüência de partidas nos horários de pico.
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Figura 6.1.3 – Compartimento Sudoeste – Itinerários propostos
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COMPARTIMENTOS CENTRO SUL, SUDESTE E SUL As modificações de trajeto neste compartimento são:
Figura 6.1.4 – Compartimentos Centro Sul, Sudeste e Sul – Itinerários propostos
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� unificação das linhas 519 - Jardim do Lago / Maracanã e 522 - Morada do Sol via
Jardim do Lago;
� ampliação no itinerário da linha 524 - Jardim das Figueiras, para atendimento aos
Jardins Santa Elisa e São Pedro;
� modificação no itinerário da linha 511 - Pedreira São Jerônimo, para atendimento
ao Jardim das Figueiras;
A alteração no trajeto das linhas 519 e 522 visa concentrar a oferta de transporte na
região em uma mesma linha. Os trajetos anteriores das duas linhas possuíam elevada
sobreposição; além disso, a linha 522 realizava um grande trajeto circular,
percorrendo na ida o eixo da rodovia Guilherme Mamprim, e no retorno a Avenida
Joaquim Alves Correia.
A modificação no itinerário das linhas 511 e 524 visa ampliar a oferta de viagens para
os bairros do Entorno da Avenida Rosa Belmiro Ramos, que passam por um processo
de verticalização. O itinerário proposto para a linha 524 poderia ser mais objetivo caso
parte das vias do Residencial MAISON BLANCHE estivesse disponível para o tráfego
em geral.
O itinerário da linha 511 foi revisto, visando o atendimento direto à Pedreira São
Jerônimo pela Rua João Bissoto Filho, no sentido Ida; e o atendimento ao Jardim das
Figueiras, no sentido Volta, de forma complementar à linha 524.
Após a realização da pesquisa sobe-desce, caberá a avaliação da demanda desta
linha, considerando a possibilidade de torná-la uma variante da linha 524 que atende
a pedreira São Jerônimo nos horários de entrada e saída de funcionários.
COMPARTIMENTOS MACUCO / REFORMA AGRÁRIA E EXTREMO SUL As modificações nos trajetos das linhas propostas para este compartimento são:
� unificação das linhas 507 - COUNTRY CLUB e 514 - VALE VERDE;
� mudança no itinerário da linha 517 - Jardim Centenário via Correios;
A unificação das linhas 507 e 514 visa concentrar maior oferta de viagens em um
mesmo serviço, reduzir intervalos entre partidas e, desta forma, tornar a linha mais
atrativa para o passageiro.
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Figura 6.1.5 – Compartimentos Macuco / Reforma Agrária e Extremo Sul – Itinerários Propostos
O percurso sugerido mantém o itinerário atual no bairro VALE VERDE, até as
imediações do portal de entrada de Valinhos; neste ponto, a linha adentra ao bairro
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Country Club, percorrendo, na ida e na volta, as mesmas vias atualmente utilizadas
pela linha 507.
A modificação no itinerário da linha 517 visa criar um serviço de transporte dedicado à
porção industrial do compartimento, no entorno da Rodovia Anhanguera. Isto permite
ao passageiro desta parte da cidade retornar ao centro sem a necessidade de
percorrer toda a região do Macuco / Reforma agrária pela linha 504.
Estas modificações tem caráter transitório, até a implantação do Terminal de
integração do Portal (Projeto Estratégico 02), a partir da qual as linhas desta porção
do município serão seccionadas para a criação de um sistema tronco-alimentado.
A Tabela 6.1.1 apresenta os dados operacionais da rede de transporte proposta.
Em função da mudança do tipo de ônibus em operação, a frota do transporte no
município passará dos atuais 37 veículos para 49 veículos, sendo 21 ônibus e 28
Midiônibus em operação nos horários de pico.
Tipo Qtd
501 R ALPINAS VIA COLINA DOS PINHEIROS 501 MIDIÔNIBUS 1 18,4 54 1,1
502 R SÃO BENTO / CLUBE DE CAMPO 502 ÔNIBUS 3 28,5 22 2,8
503 R JARDIM MARACANÃ / LENHEIRO 503 MIDIÔNIBUS 1 16,0 50 1,2
504 R MACUCO / REFORMA AGRÁRIA 504 ÔNIBUS 3 32,1 26 2,3
505 R JD AMÉRICA II - RODOVIÁRIA 505 MIDIÔNIBUS 2 8,2 16 3,8
506 R VALE DO ITAMARACÁ 506 MIDIÔNIBUS 3 14,1 12 5,0
508 R FONTE MÉCIA / SESI 508 MIDIÔNIBUS 2 18,6 31 1,9
509 R PQ CECAP / JARDIM ALVORADA 509 512 MIDIÔNIBUS 3 12,2 14 4,4
510 R JD PARAÍSO VIA FONTE SÔNIA 510 MIDIÔNIBUS 2 16,5 32 1,9
511 R PEDREIRA SÃO JERÔNIMO 511 MIDIÔNIBUS 1 8,5 28 2,1
513 R JD SÃO MARCOS / JD SÃO LUIZ 513 525 ÔNIBUS 5 15,0 8 7,7
514 R VALE VERDE / CONTRY CLUB 514 507 ÔNIBUS 3 26,7 28 2,1
515 R PAIQUERÊ / JOAPIRANGA 515 MIDIÔNIBUS 2 21,6 31 2,0
516 R RES. ALVORADA / PQ DAS COLINAS 516 MIDIÔNIBUS 4 18,9 16 3,7
517 R MACUCO / INDÚSTRIAS 517 MIDIÔNIBUS 2 22,8 38 1,6
520 R BOM RETIRO 520 MIDIÔNIBUS 1 5,8 27 2,2
522 R MORADA DO SOL / JARDIM DO LAGO 519 522 ÔNIBUS 3 15,7 19 3,2
523 R PQ PORTUGAL / NOVA ESPÍRITO STO. 523 ÔNIBUS 4 20,2 18 3,3
524 R JD DAS FIGUEIRAS VIA STA. ELISA 511 524 MIDIÔNIBUS 3 8,1 9 6,7
526 R PQ VALINHOS 526 MIDIÔNIBUS 1 19,2 55 1,1
Totais 20 49 60,0
Frota Extensão (Km)
Intervalo (min)
FreqLinha Descrição da linhaLinhas
Anteriores
Tabela 6.1.1 - Dados operacionais da rede proposta
A Figura 6.1.6 apresenta a comparação entre os itinerários
atuais (em amarelo) e os itinerários propostos (em azul). As correções e alterações
propostas fazem com que um pequeno número de vias deixe de ser trajeto do
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transporte público sem, entretanto, reduzir a abrangência espacial do sistema de
transporte.
Figura 6.1.6 - Comparativo entre a rede atual e proposta
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A rede de transporte proposta neste Projeto de Mobilidade PM 02 terá caráter
preliminar, operando de forma transitória até a plena conclusão do Projeto Estratégico
03 Implantação de Sistema Tronco-Alimentado na porção Oeste do Município.
São indicadas as seguintes diretrizes para a implantação deste Projeto de Mobilidade
PM 02 :
� realização da concessão do sistema de transporte municipal;
� realização da pesquisa Origem-Destino (PM 01);
� análise e validação dos itinerários propostos, com base nos dados oriundos da
pesquisa;
� aquisição, por parte da empresa operadora, dos veículos tipo Midiônibus;
� emissão das ordens de serviço e início da operação dos novos itinerários,
associada à ampla divulgação das mudanças propostas para a população.
Qualificação e nível de prioridade deste PM 02:
Qualificação: Meta / Diretriz
Prioridade: Alto (02 anos).
6.2.3. PROJETO DE MOBILIDADE PM 03 – IMPLANTAÇÃO DE ESTAÇÕES DE
INTEGRAÇÃO E CONEXÃO
As estações de conexão são pontos de parada dotados de infraestrutura que favoreça
o transbordo entre linhas de ônibus e entre diferentes modos de transporte (ônibus,
bicicletas, táxi, automóvel).
Este Projeto de Mobilidade PM 03 tem por objetivos:
I. permitir ao passageiro realizar o transbordo entre linhas em um local que disponha
de iluminação, informação ao passageiro, tratamento de calçadas, abrigo contra
intempéries e monitoramento por câmeras, contribuindo, assim, para a
qualificação do transporte em Valinhos;
II. implantar, em locais estratégicos, equipamentos urbanos que favoreçam a
integração entre o sistema de transporte municipal e os demais modos de
transporte;
III. ampliar as possibilidades de destino e acesso dos passageiros ao território do
município;
IV. contribuir para a formação de Centralidades no entorno das Estações de Conexão.
Tais Estações de Conexões devem ser compostas por:
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� dois ou mais pontos de parada do tipo 02, conforme exposto na Proposta de
Intervenção PI 01, alocados de forma modular, nos dois sentidos da via e nas
vias transversais, quando necessário;
� pára-ciclos ou bicicletários;
� previsão de baias / locais de parada rápida, para embarque e desembarque de
passageiros de automóvel;
� previsão de locais de parada para táxis;
� cada estação deve possuir anteprojeto funcional e projeto arquitetônico
próprio, contemplando tratamento paisagístico e urbanístico do entorno da
estação;
� sinalização vertical e horizontal, contagem e análise dos movimentos
veiculares, bem como as soluções propostas para os conflitos viários;
Devem ser previstos, ainda:
� os fluxos e travessias de pedestres;
� o projeto e a implantação dos diferentes equipamentos e mobiliário urbano que
formam a Estação.
São propostas as seguintes Estações de Conexão:
� São Marcos: A ser implantada no cruzamento da Rua João Previtale com a R.
José Carlos Ferrari. Tem por objetivo induzir a consolidação de uma
centralidade em seu entorno, bem como favorecer o transbordo entre as linhas
da região e a linha 556 – Interbairros, prevista no Projeto Estratégico 02;
� SESI: Deve ser implantada nas proximidades do cruzamento entre a Rodovia
Flávio de Carvalho e a Avenida Albertina de Castro Prado. Tem por objetivo
facilitar o transbordo entre a linha Interbairros, as linhas intermunicipais que
utilizem o eixo da Rodovia Flávio de Carvalho e as demais linhas do sistema
municipal.
� Parque CECAP: A ser implantada próximo ao cruzamento da Rua dos Gerânios
com a Rua dos Manacás. Visa facilitar o transbordo entre as linhas deste
compartimento e a linha Interbairros, contribuir para a consolidação de uma
centralidade no local e favorecer o acesso aos equipamentos institucionais em
seu entorno;
� Parque SANTANA: A ser implantada na Rua Orozimbo Maia, próximo ao
entroncamento com a Rua Guilherme Mamprim. Tem por objetivo facilitar o
transbordo entre as linhas que seguem pela Av. João Antunes dos Santos e as
linhas que seguem pela Estrada Municipal Itatiba-Valinhos;
� Paulista: A ser alocada na Avenida Paulista, próximo à passagem sobre a linha
férrea. Visa favorecer o transbordo entre as linhas municipais do
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compartimento Sudeste, a linha Interbairros e as linhas intermunicipais que
vêm de Vinhedo pela Rodovia dos Andradas;
� Shopping Valinhos: A ser implantada em módulos, na Avenida Invernada e na
Rua Paiquerê, para facilitar o transbordo entre as linhas do compartimento
Sudoeste e a linha Interbairros, bem como qualificar o atendimento de
transporte ao polo gerador de tráfego do entorno;
� Invernada: A ser implantada em módulos na Avenida Invernada e nas ruas
Campos Sales e Paulo Setúbal, para favorecer o transbordo entre as linhas que
atendem as vias citadas.
� Quinze de Novembro: A ser implantada na via homônima, utilizando abrigos do
tipo 03. Tem por finalidade qualificar o atendimento aos passageiros que
embarcam no centro da cidade ou realizam transbordo no local entre os
sistemas municipal e intermunicipal.
� Imigrantes / Gessy Lever: A ser implantada no entroncamento com a Rua Sete
de Setembro e a Av. Gessy Lever, onde hoje já há um ponto de parada com
expressivo volume de passageiros. Tem por finalidade favorecer o transbordo e
melhorar o atendimento aos passageiros da área central.
A Figura 6.1.7 apresenta as localizações propostas para as Estações de
Conexão, bem como o trajeto proposto para a linha Interbairros. Nos locais de
instalação de das Estações de Conexão pode-se prever a implantação, desde que
haja espaço disponível, de outros serviços e facilidades municipais, em edifício
anexo.
São diretrizes de ação para a efetivação deste Projeto de Mobilidade PM 03:
� elaboração do projeto dos novos padrões de pontos de parada e mobiliário
urbano do município, conforme a Proposta de Intervenção 01;
� elaboração de projeto das Estações de Conexão, considerando os parâmetros já
expostos;
São indicadas as seguintes intervenções para a efetivação dos objetivos:
� implementação da Proposta de Intervenção 01;
� execução dos projetos específicos das Estações de Conexão;
� implantação das Estações de Conexão;
Qualificação e nível de prioridade deste Projeto de Mobilidade PM 03:
Qualificação: Meta
Prioridade: Normal (3 a 5 anos).
82
Figura 6.1.7 - Estações de Conexão propostas e trajeto da linha Interbairros
83
6.2.4. PROJETO DE MOBILIDADE 04 – REESTRUTURAÇÃO DO SERVIÇO DE
TÁXI
A etapa de diagnóstico do presente trabalho apontou a pouca abrangência do sistema
de táxi em Valinhos, atualmente concentrado na área central da cidade, e com
número de permissionários inferior ao existente em cidades de porte semelhante.
Este Projeto de Mobilidade propõe a remodelação do serviço de táxi no município, a
sua posterior ampliação e tem, por objetivos:
I. ampliar a abrangência do sistema de táxi, com a inclusão de novos
permissionários e a criação de uma central única;
II. tornar o sistema de táxis mais eficiente;
III. incentivar a redução das tarifas, através de maior concorrência.
Conforme os índices apresentados no relatório de diagnóstico, a cidade de Valinhos
poderia comportar cerca de 100 permissionários, ante os 29 taxistas cadastrados
atualmente. Esta ampliação do número de permissões, entretanto, deve ser feita em
etapas, de maneira estruturada, em consonância com a reestruturação na prestação
do serviço.
A existência de uma central única de táxis no município permitirá ao passageiro
solicitar o serviço por telefone ou internet, sem a necessidade de deslocamento até o
ponto mais próximo. A central deve ser capaz de se comunicar em tempo real com os
taxistas, possibilitando que as solicitações sejam atendidas pelo motorista mais
próximo disponível.
Os veículos que não estejam em deslocamento deverão aguardar as solicitações em
bases de apoio específicas, ao invés de ocupar espaço viário em pontos de táxi
convencionais. Toda a gestão e controle deste sistema devem estar integrados ao
Sistema de Planejamento e Gestão da mobilidade de Valinhos.
São indicadas as seguintes ações para a efetivação dos objetivos:
� realização de gestão junto aos permissionários existentes, para a implantação de
uma central única;
� abertura de processo de outorga de novas permissões no município.
Qualificação e nível de prioridade deste Projeto de Mobilidade PM 04 :
Qualificação: Meta
Prioridade: Normal (3 a 5 anos).
84
6.3. PROJETOS ESTRATÉGICOS
6.3.1. PROJETO ESTRATÉGICO PE 01 – CONCESSÃO DO SISTEMA MUNICIPAL
DE TRANSPORTE DE VALINHOS
A realização de processo licitatório para concessão da operação do sistema municipal
de transporte de Valinhos é condição fundamental para a qualificação do transporte
público no município.
Com a concessão torna-se possível estabelecer regras claras no que tange ao
planejamento, gestão, operação e controle do sistema de transporte do município.
Este projeto estratégico PE 01 possui os seguintes objetivos:
I. estabelecer regramento jurídico claro acerca da gestão e operação do sistema
municipal de transporte;
II. definir, de maneira clara, as atribuições e deveres do poder público e da
empresa operadora do sistema;
III. dar segurança jurídica ao poder público e aos operadores, condição importante
para que sejam feitos investimentos;
IV. definir regras claras e de transparência social para o cálculo da tarifa de
transportes;
V. definir procedimentos de medição e acompanhamento do nível do serviço
prestado, bem como penalidades em caso de descumprimento dos parâmetros
estabelecidos;
Para tanto, devem ser observadas as seguintes diretrizes:
� realizar a concessão em conformidade com a lei 12.587/2012, que institui a
Política Nacional de Mobilidade Urbana;
� estabelecer, no edital de concessão, padrões e especificações claras de frota:
quantidade de veículos para início de operação, tipos de veículo que serão
admitidos na operação e especificações técnicas de veículos e equipamentos
embarcados;
� estabelecer, no edital de concessão, os procedimentos para o cálculo da tarifa,
aferição dos custos operacionais do sistema de transporte e medição do serviço
prestado;
� prever receitas extra-tarifárias, tais como a exploração de publicidade nos
veículos e nos pontos de parada do município.
85
� realizar estudo prévio de viabilidade econômica, considerando receitas tarifárias,
extra-tarifárias e subsídios, o retorno financeiro ao concessionário, e os
investimentos a serem realizados pelo concessionário, calculando a partir destes
dados o fluxo de caixa estimado para o período de vigência da concessão;
� estabelecer uma agenda de investimentos a serem realizados pela empresa
concessionária, abrangendo frota, equipamentos e mobiliário urbano e sistemas
inteligentes de transporte, com vistas a propiciar ganhos de eficiência na
operação e qualificar o serviço prestado à população;
• incorporar à concessão a implantação e a manutenção dos pontos de parada e
Terminais Urbanos, de acordo com a tipologia adotada pela Prefeitura Municipal;
� caso o estudo de viabilidade econômica indique a necessidade de o poder público
subsidiar os serviços de implantação e/ou manutenção dos pontos de parada e
dos Terminais Urbanos, a decisão final deverá ser referendada pelo Conselho
Municipal de Transportes;
� o estudo de viabilidade deve avaliar a possibilidade de esta concessão ser
transformada em uma parceria público-privada, caso sejam previstos grandes
investimentos, hipótese também sujeita à aprovação do Conselho Municipal de
Transportes .
� O edital deve obrigar a empresa concessionária a publicar regularmente
planilhas com os dados referentes ao cálculo da tarifa, custos operacionais e as
receitas aferidas no período, bem como fornecer ao poder público acesso pleno
aos dados do monitoramento de frota e da bilhetagem eletrônica.
De forma coerente com as normas do Sistema de Planejamento e Gestão que vier a
ser proposto e aprovado o Edital de Concessão deverá prever a implantação dos
seguintes mecanismos inteligentes:
� Monitoramento de frota / Localização veicular (AVL): Utilizando a tecnologia de
localização GPS e comunicação GPRS/3G o monitoramento de frota permite ao
concessionário e ao órgão gestor identificar a posição espacial, em tempo real,
dos veículos em operação. Este sistema tem por objetivo permitir o
acompanhamento e a intervenção em tempo real na operação de transporte,
bem como fornecer ao planejamento e gestão da mobilidade dados sobre a
fluidez do transporte coletivo e do tráfego em geral no município.
� Informação ao usuário: Através de painéis eletrônicos instalados nos principais
pontos de parada, de sites de Internet e aplicativos para smartphones, este
sistema informa ao usuário a posição espacial dos veículos do sistema de
transporte municipal (obtida pelo monitoramento de frota) e o tempo estimado
86
até a chegada do próximo ônibus ao ponto de parada. Pode ser utilizado, ainda
para informar o usuário sobre ocorrências e alterações operacionais, bem como
veicular mensagens institucionais;
� Monitoramento / CFTV: Através de câmeras instaladas nos Terminais e principais
vias e pontos de parada do município o órgão gestor pode visualizar o estado do
sistema em tempo real, identificar ocorrências em andamento e tomar medidas
operacionais.
� Controle Semafórico com prioridade ao transporte coletivo: Ao longo dos
corredores que compõem o projeto estratégico 03 deve ser prevista a
implantação de controle semafórico com prioridade ao transporte coletivo,
utilizando tecnologia de controle adaptativo ou de priorização seletiva.
O novo Edital deve estabelecer um padrão de comunicação e identidade visual único
aos ônibus do sistema municipal, visto que estes atualmente utilizam o padrão da
empresa que possui a permissão a título precário, padrão este que pode ser
encontrado em veículos de outros sistemas municipais e suburbanos da região.
É importante que esta concessão considere, ainda que em caráter preliminar, a nova
rede de transporte descrita na Projeto de Mobilidade PM 03 e no Projeto Estratégico
PE 02.
Outro elemento importante a ser considerado diz respeito à integração tarifária. O
Plano Diretor do Município, no artigo 67, inciso VI, estabelece como diretriz a
implantação de integração tarifária temporal (não física) no sistema de transporte do
município. Esta meta deve estar contemplada no edital de concessão, bem como a
divisão de receitas tarifárias com o sistema metropolitano, em conformidade com o
exposto no Estratégico PE 05.
São indicadas as seguintes intervenções para a implantação deste Projeto Estratégico
PE 01:
� elaboração de um estudo de viabilidade da concessão, considerando o horizonte
da concessão, a taxa de retorno do investimento,receitas tarifárias e extra-
tarifárias previstas, depreciação dos equipamentos, investimentos e os gastos de
custeio e manutenção decorrentes, dentre outros elementos;
� elaboração do edital de concessão, em consonância com o que foi exposto neste
projeto estratégico e nos demais itens do presente trabalho;
� definição dos requisitos operacionais, frota e itinerários do sistema de transporte
que subsidiarão o estudo de viabilidade da concessão;
87
� definição dos regramentos do sistema no que tange:a) à vida útil do veículo; b)
à forma de cálculo da planilha tarifária; c) à medição do serviço prestado; d) aos
padrões de Ordem de Serviço e às formas de fiscalização e penalidades previstas
e e) às responsabilidades de adequação, instalação e manutenção dos abrigos
em pontos de embarque/desembarque;
� definição dos investimentos a serem realizados pela empresa concessionária,
bem como os equipamentos públicos cuja manutenção será de sua
responsabilidade;
� estabelecimento do calendário de transição para o novo sistema, considerando a
aquisição de frota, a modificação na rede de transporte e a implantação da
infraestrutura e dos sistemas inteligentes de transporte;
� realização do processo licitatório e homologação do mesmo.
Qualificação e nível de prioridade do PE 01:
Qualificação: Meta/Diretriz
Prioridade: Alto (02 anos).
6.3.2. PROJETO ESTRATÉGICO 02– TRONCALIZAÇÃO DA REDE DE
TRANSPORTE NA REGIÃO OESTE DO MUNICÍPIO
A rede de transporte na Região Oeste atende a um setor do Município de perfil
distinto, caracterizado por bairros rurais e de chácaras (Vale Verde, Joapiranga,
Reforma Agrária), e pela concentração de estabelecimentos industriais no entorno da
rodovia Anhanguera.
A partir da Rodovia Guilherme Mamprim todas as linhas desta porção da cidade se
sobrepõem por cerca de 5 Km, realizando o mesmo itinerário até o centro da cidade. A
implantação de um sistema tronco-alimentado nesta porção do município possibilita
ampliar a oferta de transporte, ante a redução da ineficiência resultante da
sobreposição de trajetos.
São objetivos deste Projeto Estratégico PE 02:
I. criar um sistema tronco-alimentado para a região Oeste do Município;
II. implantar um Terminal de Integração nas imediações do Portal de entrada do
município de Valinhos;
III. criar novas linhas a partir deste Terminal, com trajetos que o conectem à área
central de Valinhos e os setores Nordeste e Norte da cidade;
IV. aumentar a disponibilidade de viagens e acessibilidade do transporte;
88
V. viabilizar a utilização de veículos de menor porte, mais adequados ao perfil de
demanda a ser devidamente caracterizado .
O terminal de integração deverá ser implantado na Rodovia Guilherme Mamprim, nas
imediações do Portal de entrada de Valinhos. Deverá ocupar um espaço do tipo “ilha”,
no eixo central da via, formado a partir do deslocamento das pistas da rodovia para
uma posição mais próxima das vias marginais existentes.
A concepção proposta para o Terminal prevê a implantação de plataformas paralelas,
com operação de ônibus à direita e dispositivos de retorno nas extremidades, que
podem ser compartilhados com o tráfego em geral. O conjunto deverá ser fechado por
gradis, formando um parque fechado, com cobrança de tarifa em bilheterias e linhas
de bloqueio nas extremidades da plataforma.
Considerando a posição do mesmo, junto à principal entrada do município, o projeto
deverá ter relevância arquitetônica, constituindo assim um marco de referência da
cidade, de forma complementar ao Portal ali existente. Associado ao projeto
arquitetônico deverá ser desenvolvido o projeto operacional da rede de transporte que
atenderá o Terminal, a partir do qual será estabelecido o dimensionamento do
mesmo.
O sistema tronco-alimentado terá como alimentadoras as atuais linhas 504 – Reforma
Agrária, 507 – Country Club, 514 – Vale Verde, 515 – Joapiranga e 517 – Macuco /
Indústrias, todas operando com Midiônibus.
A parte troncal do sistema, em âmbito municipal, será formada por três linhas, a
serem criadas:
� Linha 555: Liga o novo Terminal ao Terminal Rodoviário de Valinhos;
� Linha 556: Faz a conexão direta entre o novo Terminal e as porções norte e
nordeste do município, atendendo a região dos Bairros São Marcos e São Luiz e a
região do Parque CECAP / Parque das Colinas. Para sua implantação, faz-se
necessária a ampliação da passagem sob a linha férrea, nas imediações do
condomínio Terras do Caribe.
89
Tipo Qtd
507 A COUNTRY CLUB MIDIÔNIBUS 1 6,06 18,9 19 19 3,1515 A JOAPIRANGA MIDIÔNIBUS 2 11,26 21,3 32 16 3,8514 A VALE VERDE MIDIÔNIBUS 2 9,89 18,9 31 16 3,8
517 A MACUCO / INDÚSTRIAS MIDIÔNIBUS 2 12,31 18,0 41 21 2,9504 A REFORMA AGRÁRIA MIDIÔNIBUS 2 21,62 24,4 53 27 2,3555 T PORTAL / RODOVIÁRIA ÔNIBUS 3 10,94 20,0 33 11 5,5
556 T PORTAL / INTERBAIRROS MIDIÔNIBUS 6 25,99 20,2 77 13 4,7
Totais 7 18 26,1
FreqVel Média
(Km/h)Linha Descrição da linha
Frota Extensão (Km)
Tempo de Ciclo (min)
Intervalo (min)
Tabela 6.3.1 - Dados operacionais das linhas propostas para o novo Terminal.
Tipo Qtd
501 R ALPINAS VIA COLINA DOS PINHEIROS MIDIÔNIBUS 1 18,4 54 54 1,1502 R SÃO BENTO / CLUBE DE CAMPO ÔNIBUS 3 28,5 65 22 2,8
503 R JARDIM MARACANÃ / LENHEIRO MIDIÔNIBUS 1 16,0 50 50 1,2504 A REFORMA AGRÁRIA (ALIMENTADORA) MIDIÔNIBUS 2 21,6 53 27 2,3
505 R JD AMÉRICA II - RODOVIÁRIA MIDIÔNIBUS 2 8,2 32 16 3,8506 R VALE DO ITAMARACÁ MIDIÔNIBUS 3 14,1 36 12 5,0
507 A COUNTRY CLUB (ALIMENTADORA) MIDIÔNIBUS 1 6,1 19 19 3,1508 R FONTE MÉCIA / SESI MIDIÔNIBUS 2 18,6 62 31 1,9
509 R PQ CECAP / JARDIM ALVORADA MIDIÔNIBUS 3 12,2 41 14 4,4510 R JD PARAÍSO / PQ CECAP VIA FONTE SÔNIA MIDIÔNIBUS 2 16,5 64 32 1,9
511 R PEDREIRA SÃO JERÔNIMO MIDIÔNIBUS 1 8,5 28 28 2,1513 R JD SÃO MARCOS / JD SÃO LUIZ ÔNIBUS 5 15,0 39 8 7,7
514 A VALE VERDE (ALIMENTADORA) MIDIÔNIBUS 2 9,9 31 16 3,8515 A JOAPIRANGA (ALIMMENTADORA) MIDIÔNIBUS 2 11,3 32 16 3,8
516 R RES. ALVORADA / PQ DAS COLINAS MIDIÔNIBUS 4 18,9 65 16 3,7517 A MACUCO / INDÚSTRIAS (ALIMENTADORA) MIDIÔNIBUS 2 12,3 41 21 2,9
520 R BOM RETIRO MIDIÔNIBUS 1 5,8 27 27 2,2522 R MORADA DO SOL / JARDIM DO LAGO ÔNIBUS 3 15,7 56 19 3,2
523 R PQ PORTUGAL / NOVA ESPÍRITO SANTO ÔNIBUS 4 20,2 74 18 3,3524 R JD DAS FIGUEIRAS VIA SANTA ELISA MIDIÔNIBUS 3 8,1 27 9 6,7
526 R PQ VALINHOS MIDIÔNIBUS 1 19,2 55 55 1,1555 T PORTAL / RODOVIÁRIA (TRONCO) ÔNIBUS 3 10,9 33 11 5,5
556 T PORTAL / INTERBAIRROS (TRONCO) MIDIÔNIBUS 6 26,0 77 13 4,7
Totais 23 57 78,1
Intervalo (min)
FreqLinha Descrição da l inhaFrota Extensão
(Km)Tempo de Ciclo (min)
Tabela 6.3.2 - Dados operacionais da rede de Valinhos após a implantação do Terminal
O trajeto circular proposto para a linha 556 exigirá a operação simultânea nos
sentidos horário (ida) e anti-horário (volta). Isto permitirá ao passageiro retornar ao
ponto de origem sem a necessidade de percorrer todo o trajeto da linha.
Em seu percurso, a linha 556 atenderá as estações de conexão propostas no Projeto de Mobilidade PM 03. O trajeto proposto para a rede de transporte deste terminal é apresentado na Figura 6.3.1
90
Figura 6.3.1 - Rede de transporte prevista para o novo Terminal
Além das linhas já mencionadas, deverá ser feita gestão junto à Empresa
Metropolitana de Transportes Urbanos para modificação do itinerário das linhas
intermunicipais 679 e 680 – Campinas (Trevo da Bosch). Estas linhas deverão ter seu
ponto inicial no novo Terminal, com o objetivo de criar uma conexão rápida a partir
deste para o município de Campinas. Propõe-se, ainda, que a linha 688 Vinhedo
91
(Terminal Rodoviário) – Campinas (Botafogo) atenda ao novo Terminal em seus dois
sentidos.
São diretrizes de ação para a implantação deste Projeto Estratégico PE 02:
� elaborar um projeto operacional da rede de transporte que atenderá o novo
Terminal, de modo a definir os requisitos e o dimensionamento do mesmo;
� elaborar o projeto arquitetônico considerando a posição do Terminal como marco
de entrada no município de Valinhos;
� elaborar o projeto do Terminal considerando a implantação futura de um corredor
de ônibus no eixo da Rodovia Guilherme Mamprim.
� as intervenções para a implantação deste Projeto Estratégico são indicadas a
seguir:
� gestão junto a Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos para
adequações nas linhas intermunicipais mencionadas;
� gestão junto ao Departamento de Estradas de Rodagem – DER, para a
implantação da Estação de Conexão na Rodovia Guilherme Mamprim;
� contratação de projeto de engenharia e operacional e posterior construção
de um Terminal de Integração nas imediações do Portal de Valinhos;
� revisão dos itinerários e reprogramação das linhas de ônibus supracitadas.
Qualificação e nível de prioridade deste Projeto Estratégico.
Qualificação: Meta/Diretriz
Prioridade: Normal (03 a 05 anos).
6.3.3. PROJETO ESTRATÉGICO 03 – IMPLANTAÇÃO DE CORREDORES DE
ÔNIBUS
Este projeto estratégico propõe a implantação de dois corredores de ônibus no
município de Valinhos: um corredor no vetor Norte-Sul, e outro no vetor Leste-Oeste,
este último de caráter intermunicipal.
O corredor Norte-Sul articulará as regiões mais populosas do município, a norte e
nordeste, com o centro da cidade e com o eixo formado pelas avenidas dos Esportes,
Independência e a Rodovia Guilherme Mamprim, terminando o trajeto no Terminal
previsto no Projeto Estratégico 02.
O corredor Leste-Oeste inicia-se na divisa com o município de Vinhedo, percorre a
Avenida Joaquim Alves Correia, acessa o Centro de Valinhos pela Avenida dos
Esportes, onde se integra ao eixo Norte-Sul; atende o Centro da cidade e segue em
direção à Campinas pela Rodovia Francisco Von Zuben.
A Figura 6.3.2 apresenta o trajeto proposto para estes corredores.
92
São objetivos do projeto estratégico PE 03:
I. estruturar o transporte público de Valinhos, a partir da implantação de
infraestrutura compatível com as características urbanas e com as demandas
de transporte;
II. aumentar o desempenho do sistema de transporte, com a adoção de faixa
preferencial à circulação do transporte, reposicionamento de pontos de parada,
adoção de veículos com embarque ao nível do passeio e reprogramação dos
horários de partida;
III. qualificar a mobilidade no município, tornando o sistema de transporte mais
rápido e confortável ao passageiro;
São propostas as seguintes ações para este Projeto :
� operação em faixa preferencial à direita, considerando as atuais características
do sistema viário e da demanda de transporte da cidade;
� tratamento dos pontos de parada conforme o estabelecido na A.I. 01;
� operação com veículo piso baixo / entrada baixa;
� criação de novos serviços de transporte, conforme exposto no Projeto
Estratégico PE 02;
� implantação de controle semafórico com prioridade ao transporte coletivo.
Considerando as atuais características de demanda e freqüência do sistema de
transporte municipal, não se justifica, num primeiro momento, a implantação de um
corredor de ônibus em faixas exclusivas à esquerda. Entretanto, na etapa de projeto e
implantação destes corredores deve ser feito projeto operacional da rede de
transporte, que definirá os requisitos básicos de projeto e o dimensionamento da
infraestrutura proposta.
O trajeto proposto para estes corredores utiliza vias com apenas uma faixa de
rolamento por sentido, sobretudo nos trechos 2 e 3 do eixo Norte-Sul. O plano diretor
a ser revisto deve estabelecer diretrizes viárias e urbanísticas que garantam recuo
suficiente nas edificações para a posterior ampliação do viário, com vistas à
implantação futura de faixas preferenciais e exclusivas de ônibus à direita e a
esquerda.
93
Figura 6.3.2 - Trajetos propostos para os corredores de ônibus
94
Considerando que este sistema atuará como estruturador da mobilidade no município,
ao longo do seu trajeto deve ser considerada a aplicação das zonas corredores
expostas no artigo 50 do Plano Diretor do Município, tornando-as áreas prioritárias
para usos que propiciem maior adensamento e concentração de atividades de viagens
mais atraentes.
Qualificação e prioridade deste projeto estratégico
Qualificação: Meta / Diretriz
Prioridade: Normal (03 a 05 anos);
6.3.4. PROJETO ESTRATÉGICO PE 04 – IMPLANTAÇÃO DO TREM
METROPOLITANO
O governo do Estado de São Paulo vem desenvolvendo estudos para a implantação de
uma ligação ferroviária de passageiros entre a Região Metropolitana de Campinas, a
aglomeração urbana de Jundiaí e a Região Metropolitana de São Paulo.
Este sistema, denominado ainda em caráter preliminar de TREM METROPOLITANO ou
TREM MACRO METROPOLITANO, deverá, se implantado, alterar significativamente a
dinâmica urbana e da mobilidade em Valinhos, motivo pelo qual compete à gestão
municipal participar ativamente do processo de concepção do novo sistema .
Compete ao Município, em conjunto com o Governo do Estado de São Paulo:
� definir a localização das Estações no território de Valinhos, considerando: seu
impacto no entorno, em termos do zoneamento e do ordenamento territorial; o
sistema viário estrutural que irá servi-las e a articulação modal com a rede de
transporte público;
� propor a construção de novas passagens viárias e de pedestres sobre a ferrovia
e a ampliação das passagens existentes;
� propor um padrão de urbanização ao longo da linha férrea, que possibilite a
segregação do leito, sem precipitar a degradação dos bairros do entorno;
� propor diretrizes e ações visando o reordenamento do território no entorno das
Estações, com vistas à mitigação dos impactos decorrentes e ao aproveitamento
das vantagens locacionais resultantes da implantação deste tipo de
equipamento.
A integração entre o sistema ferroviário e o transporte municipal é fundamental para o
bom desempenho do sistema. A existência de uma rede de transporte que permita ao
passageiro acessar facilmente a estação favorece a utilização do sistema ferroviário e
reduz o volume de automóveis nas vias de acesso à Estação.
95
O projeto da Estação deve considerar a implantação de equipamentos de transporte,
como terminais de integração, estacionamentos integrados à Estação, bicicletários,
acessos em desnível para pedestres, dentre outros.
São indicadas as seguintes intervenções para a viabilização deste Projeto Estratégico:
� gestão junto ao governo do Estado, para a definição conjunta dos elementos de
projeto que tenham relação direta com o município;
� gestão junto à sociedade civil organizada para a divulgação do projeto, sua
conscientização, mobilização e participação efetiva neste Projeto.
Qualificação e prioridade deste Projeto Estratégico
Qualificação: Meta / Diretriz
Prioridade: Normal (03 a 05 anos);
6.3.5. PROJETO ESTRATÉGICO 05 - INTEGRAÇÃO COM O SISTEMA
METROPOLITANO
A cidade de Valinhos já possui integração, de caráter físico e tarifário, entre os
sistemas de transporte municipal e metropolitano, apenas no Terminal Rodoviário do
Município.
Esta integração, entretanto, se dá sem que haja qualquer controle que permita
mensurar quantos passageiros realizam o transbordo entre os sistemas, de modo a
promover uma divisão adequada de receitas. Além disso, o modelo existente faz com
que o passageiro tenha que se deslocar até o Terminal Rodoviário para fazer a
integração, o que em alguns casos resulta em trajetos pouco objetivos e perda de
tempo no deslocamento.
O projeto estratégico 05 propõe a remodelação da integração metropolitana. Para
tanto, o PE 05 tem por objetivos:
I. implantar a integração tarifária temporal entre os sistemas municipal e
metropolitano;
II. possibilitar ao passageiro realizar a integração entre sistemas em qualquer
ponto de parada através do uso de um cartão eletrônico de bilhetagem, de
padrão comum aos dois sistemas;
III. ampliar as possibilidades de deslocamento para os passageiros do transporte
público;
96
IV. dotar o município de mecanismos de controle que permitam aferir com precisão
o volume de integrações, de modo a aprimorar o controle das receitas e o
cálculo das tarifas.
Para tanto, são propostas as seguintes intervenções para a viabilização deste projeto
estratégico:
� Criação, em conjunto com o Governo do Estado de São Paulo, de um convênio /
termo de cooperação visando a integração tarifária e a gestão conjunta dos dois
sistemas, no qual estejam estabelecidas claramente as responsabilidades e
atribuições da Prefeitura Municipal de Valinhos e da Empresa Metropolitana de
Transportes Urbanos (EMTU);
� Gestão junto ao governo do Estado de São Paulo para a integração tecnológica
entre os sistemas de bilhetagem eletrônica municipal e metropolitano;
� Gestão junto ao Governo do Estado de São Paulo para a criação de uma câmara de
compensação, que fará a divisão das receitas tarifárias entre os sistemas municipal
e intermunicipal a partir dos dados oriundos da bilhetagem eletrônica;
� Considerar, na modelagem econômica e institucional da câmara de compensação a
implantação do Trem Macrometropolitano, conforme exposto no PE 04;
� Considerar como diretriz, na modelagem institucional da câmera de compensação,
a transparência e o controle social sobre a movimentação de receitas, a
mensuração de despesas e custos operacionais, e a definição de tarifas e subsídios;
� Considerar, na previsão de receita para a câmara de compensação, a existência de
dois valores tarifários: um valor de tarifa específico para o uso exclusivo do sistema
municipal; e a tarifa integrada, que considera a utilização integrada do transporte
municipal e metropolitano. A diferença entre as duas tarifas deve ser cobrada do
passageiro quando este embarca no ônibus do sistema intermunicipal utilizando o
cartão da bilhetagem eletrônica;
� Compatibilizar, em conjunto com o Governo do Estado de São Paulo, as planilhas
tarifárias e a forma de aferição dos custos operacionais, de forma a propiciar o
cálculo preciso da tarifa integrada.
Qualificação e prioridade deste Projeto Estratégico
Qualificação: Meta / Diretriz
Prioridade: Normal (03 a 05 anos);
97
6.3.6. PROJETO ESTRATÉGICO 06 - ELABORAÇÃO DE PLANO DE
MOVIMENTAÇÃO DE CARGAS NA ÁREA URBANA
A movimentação de cargas não é, via de regra, objeto prioritário das políticas públicas
para o transporte nas cidades e à mobilidade urbana. Apesar disso, a livre circulação
de veículos de carga em meio urbano desencadeia uma série de impactos na fluidez
de tráfego, na vizinhança dos estabelecimentos comerciais e industriais e no meio-
ambiente da cidade como um todo.
Em Valinhos, destacam-se duas áreas industriais de grande porte no entorno do
Centro, pertencentes às empresas Gessy-Lever e Rigesa, cujos acessos se dão a partir
de vias estruturais: as Avenidas Gessy-Lever e Imigrantes e a Rua Antônio Carlos.
Além destes exemplos, há uma série de outros estabelecimentos instalados ao longo
das rodovias Anhanguera, Guilherme Mamprim, Flávio de Carvalho, dos Agricultores e
Dom Pedro I e, ainda, outros polos espalhados nos bairros, que são origem ou destino
de viagens de veículos de carga.
Ante o exposto, o presente projeto estratégico consiste na elaboração de um plano
específico de estudo de movimentação de cargas em meio urbano. Este plano terá por
objetivos:
I. identificar e quantificar origens, destinos, tipos e volumes de carga e de
veículos de carga no âmbito do município de Valinhos;
II. identificar as principais rotas viárias de acesso aos estabelecimentos geradores
deste tipo de tráfego, e a flutuação desta demanda no tempo;
III. propor normas, metas, regulamentos e diretrizes que visam disciplinar a
circulação de veículos de cargas no âmbito do município, considerando o
impacto que estas cargas produzem na fluidez viária e no entorno dos
estabelecimentos, bem como as necessidades logísticas das empresas e
estabelecimentos;
IV. propor ações de engenharia de tráfego, que envolvam sinalização viária,
revisão da circulação no entorno do estabelecimento, restrição à circulação e
estacionamento em determinadas vias, revisão da geometria viária e criação de
novos dispositivos de acesso e transposição, com vistas ao aumento da
eficiência da circulação em geral e a mitigação dos impactos resultantes do
fluxo de veículos de carga;
V. propor rotas , regramentos específicos e restrições para a circulação de cargas
perigosas, considerando os recursos ambientais existentes no município;
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VI. propor procedimentos e ações operacionais para ocorrências como quebra e
remoção de veículos de carga, acidentes e derramamento de carga e produtos
perigosos;
VII. propor penalidades, multas e outras sanções aos infratores.
A partir dos resultados deste plano deve ser criada, pelo poder público, legislação
municipal que discipline a circulação de cargas em geral.
As ações e regulamentos propostos pelo plano mencionado devem considerar as
necessidades logísticas das empresas, evitando criar situações que inviabilizem a
permanência destas no município.
São indicadas as seguintes intervenções para a viabilização deste projeto estratégico:
� elaboração do Termo de Referência e contratação do Plano, considerando os
objetivos expostos;
� realização, no âmbito do plano, de uma pesquisa Origem-Destino de cargas
urbanas;
� definição das propostas de engenharia viária e de regulamentação da circulação de
veículos de carga;
� realização de reuniões com a sociedade civil e com representantes dos diversos
setores empresariais, com vistas à elaboração do plano e das propostas que dele
farão parte;
� publicação da nova regulamentação e implantação das ações de engenharia de
tráfego propostas.
Qualificação e prioridade deste Projeto Estratégico
Qualificação: Meta / Diretriz
Prioridade: Normal (03 a 05 anos).
6.3.7. SUBSÍDIOS À IMPLANTAÇÃO DE SISTEMA INTEGRADO DE
PLANEJAMENTO E GESTÃO.
O Sistema Integrado de Planejamento e Gestão da Mobilidade no Município
compreende:
� ferramentas computacionais de software e hardware que desempenhem as
funções previstas neste plano e em projeto específico;
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� equipes alocadas no centro de controle operacional e em campo, ,devidamente
capacitadas, para a realização de intervenções operacionais no trânsito e
transporte;
� regras e procedimentos pré-estabelecidos para as ocorrências operacionais
possíveis, de modo a viabilizar tomadas rápidas de decisão;
� Softwares adequados ao planejamento e gestão da mobilidade.
O sistema de planejamento e gestão da mobilidade no município de Valinhos tem por
objetivos:
1. promover a melhoria na qualidade do serviço prestado ao passageiro;
2. tornar mais eficiente a gestão da mobilidade no Município;
3. dotar o poder público de instrumentos para o planejamento da mobilidade;
Em sua concepção, o sistema deverá integrar elementos de planejamento e gestão da
mobilidade. O planejamento se dá a partir das informações produzidas pelo sistema,
utilizando dados oriundos da operação diária do trânsito e do transporte. As funções
de gestão visam possibilitar ao poder público realizar o acompanhamento em tempo
real da mobilidade no município, intervindo no sistema sempre que, conforme padrões
pré-estabelecidos, se fizer necessário.
Como finalidade última, este Projeto visa conferir eficiência ao Sistema de
Transportes e ao Sistema Viário que lhe dá suporte, bem como melhorar,
substancialmente, a qualidade do serviço prestado ao munícipe e fornecer informações
que subsidiem o planejamento urbano e de mobilidade.
Para tanto, este sistema deverá prever as seguintes funções em sua estrutura e
organização:
� acompanhamento em tempo real da operação do transporte público no município,
através do sistema de monitoramento de frota a serem implantado pela empresa
concessionária;
� monitoramento em tempo real da infraestrutura do sistema de transporte
(Terminal Rodoviário, pontos de parada ao longo dos principais eixos de
transporte e na área central), em conformidade com o exposto na A.I. 01;
� monitoramento em tempo real das principais vias e cruzamentos do município;
� controle semafórico com prioridade ao transporte coletivo, preferencialmente
utilizando tecnologias adaptativas, que contam os volumes veiculares nos
cruzamentos e calculam em tempo real os tempos semafóricos para cada fase da
intersecção;
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� informação ao usuário, através de painéis eletrônicos instalados nos principais
pontos de parada e no Terminal Rodoviário, através da internet e de aplicativos
para smartphones;
� capacidade de atuação e intervenção rápida no trânsito e no transporte do
município, a partir de um centro de controle operacional, onde se dá a tomada de
decisão, e de equipes de campo que realizam as intervenções necessárias;
� implantação de um banco de dados referente à mobilidade do município: dados
oriundos do monitoramento de frota, dados obtidos em pesquisas de campo,
dados da bilhetagem eletrônica, estatística de manifestações dos usuários, dentre
outros;
� adoção de ferramentas de planejamento e gestão do sistema, utilizando os dados
oriundos do banco de dados. Tais ferramentas incluem softwares para simulação e
microssimulação de tráfego e transporte (Transcad, Ainsun, Vissun); e softwares
de modelagem de transporte e uso do solo (Tranus, EMME/2);
� associação a controles centrais de outros órgãos, tais como polícia, guarda
municipal, bombeiros, SAMU, Defesa Civil;
Toda a operação do trânsito e transporte no Município se dará a partir de um Centro
de Controle Operacional, que deve estar instalado em sede própria dentro das
dependências do poder público municipal. As informações referentes ao planejamento
deverão ser disponibilizadas às equipes da Secretaria de Transportes e Trânsito,
através de uma interface própria, que favoreça o trabalho de análise e mineração de
dados.
A partir dos dados fornecidos por estes subsistemas será possível acompanhar a
evolução da demanda de transporte e trânsito no viário de Valinhos, modelando com o
uso dos softwares citados diferentes cenários de expansão urbana. A partir destes
cenários tornar-se-á possível a realização de análise de polos geradores de tráfego, e
a proposição de medidas mitigatórias, bem como a verificação da efetividade de
propostas de implantação de infraestrutura, mudanças nos itinerários de ônibus, no
sentido de circulação de vias, dentre outros.
A plena funcionalidade do Sistema de Planejamento e Gestão depende da existência
de um corpo técnico qualificado e permanente dentro das secretarias de Transportes e
Trânsito e de Planejamento Urbano. Qualquer compra ou contratação de um novo
sistema computacional deverá, obrigatoriamente, ser associada ao fornecimento de
treinamento específico.
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Por fim uma recomendação: convirá, à implantação de todo este processo, a
contratação de profissionais aptos à atuação eficiente no Sistema de
Planejamento e Gestão da Mobilidade do Município.
Qualificação e prioridade deste projeto estratégico
Qualificação: Meta
Prioridade: Alta (02 anos)